SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Auto da Barca do Inferno




             Prof. Vanda Barreto
Auto
 •Auto (latim: actu =  ação,  ato)  é  uma  composição  teatral  surgida 
na Idade Média, em Espanha, por volta do século XII. 

 •De  linguagem  simples,  os  autos,  na  sua  maioria,  têm  elementos 
cómicos e intenção moralizadora. As suas personagens simbolizam 
as virtudes, os pecados, ou representam anjos, demónios e santos.

 •Em Portugal,  no século  XVI, Gil  Vicente é  a  grande  expressão 
deste género dramático. 


                            Prof. Vanda Barreto                    2
Auto da Barca do Inferno
 •Gil Vicente inspirou-se na lenda de Caronte, da antiguidade 
clássica. 
 •Na  mitologia  grega,  Caronte  é  o  barqueiro  do  Hades,  que 
carrega  as almas dos  recém-mortos sobre  as  águas  dos  rios 
Estige  e  Aqueronte,  que  dividiam  o  mundo  dos  vivos  do 
mundo dos mortos. 
 •Por vezes uma moeda era colocada dentro ou sobre a boca 
dos  cadáveres,  de  acordo  com  a  tradição  funerária  da  Grécia 
Antiga, como forma de pagamento ao barqueiro.
                           Prof. Vanda Barreto                     3
Auto da Barca do Inferno
 •Gil  Vicente,  neste  auto,  substituiu  Caronte  por  dois 
barqueiros  (Diabo  e  Anjo)  e  o  destino  final  (Infernos)  pelo 
Inferno ou Paraíso.
 • Ao criticar os costumes, hábitos e vícios da sociedade,  Gil 
Vicente  queria  transmitir  uma  moral  a  toda  a  sociedade; 
pretendia  que  toda  a sociedade, ao ver a peça, se risse, mas, 
em  simultâneo,  criticava  os  ''  podres  ''  da  sociedade  daquele 
tempo.


                            Prof. Vanda Barreto                      4
Personagens

 •As  personagens  desta  obra  são  divididas  em  dois 
grupos: as personagens alegóricas e as personagens–
tipo.




                      Prof. Vanda Barreto               5
Personagens Alegóricas
 •Neste  grupo  inserem-se  o  Anjo  e  o  Diabo,  representando 
respetivamente o Bem e o Mal, o Céu e o Inferno. 
 •Ao longo de toda a obra estas personagens são os «juízes» 
no julgamento das almas, tendo em conta os seus pecados na 
vida terrena.
 •As  personagens  alegóricas  servem  para  dar  corpo  e  alma 
humanos a deuses, anjos, diabos, virtudes, à Igreja, à Lusitânia, 
à Fama, a estações do ano, serras, planetas, etc.

                          Prof. Vanda Barreto                   6
Personagens- Tipo
 •Neste grupo inserem-se todas as restantes personagens do 
Auto,  nomeadamente  o  Fidalgo,  o  Onzeneiro,  o  Sapateiro,  o 
Parvo (Joane), o Frade, a Alcoviteira, o Judeu, o Corregedor e 
o Procurador e os Quatro Cavaleiros.
 •Cada  uma  representa  uma  classe  social,  uma  determinada 
profissão ou mesmo um credo. 
 •À medida que estas personagens vão surgindo vemos que 
todas  trazem  elementos  simbólicos,  que  representam  a  sua 
vida  terrena  e  demonstram  que  não  têm  qualquer 
arrependimento pelos pecados cometidos em vida.
                       Prof. Vanda Barreto                       7
Humor
 •Surgem ao longo do auto três tipos de cómico: o de
carácter, o de situação e o de linguagem.


 •O cómico de carácter é aquele que é demonstrado pela
personalidade da personagem, de que é exemplo o Parvo, que
devido à sua pobreza de espírito não mede as suas palavras,
não podendo ser responsabilizado pelos seus erros.




                         Prof. Vanda Barreto              8
•O cómico de situação é o criado à volta de certa situação,
de que é bom exemplo a cena do Fidalgo, em que este é
gozado pelo Diabo, e o seu orgulho é pisado.


 •    Por fim, o cómico de linguagem é aquele que é
proferido por certa personagem, de que são bons exemplos as
falas do Diabo.




                        Prof. Vanda Barreto                9
O Fidalgo – correção da ficha
1.   Símbolos cénicos do Fidalgo:
•    pajem, cadeira e manto
2.   Significado de cada símbolo:
•    pajem – tirania para com o povo
•    cadeira – riqueza, ostentação
•    manto – vaidade e presunção
3.   O Diabo recebe o Fidalgo com:
•    respeito

                    Prof. Vanda Barreto   10
O Fidalgo – correção da ficha
4. Figura de estilo em “Vai pera a ilha perdida”:
• Eufemismo – dizer de forma suave algo
   desagradável
5. Tipo de cómico em “Pêra lá vai a senhora?”:
• Cómico de situação
6. “Parece-me isso cortiço...” revela:
• O desprezo que o Fidalgo sente pelo Diabo/
   característica da nobreza quinhentista.
                    Prof. Vanda Barreto      11
O Fidalgo – correção da ficha
7. “Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso
   cais...”:
• é um argumento de acusação – a
   presunção, vaidade e ostentação,
   evidentes no Fidalgo, são garantia da
   sua ida para o Inferno.



                Prof. Vanda Barreto      12
O Fidalgo – correção da ficha
8. “Que leixo na outra vida quem reze por
   mi.”
• é um argumento de defesa utilizado pelo
   Fidalgo, que pensava ser suficiente rezar
   para ir para o Paraíso.




                 Prof. Vanda Barreto      13
O Fidalgo – correção da ficha
9. “E tu viveste a teu prazer...”
• O Diabo acusa o Fidalgo de ter levado a
   vida a seu prazer, sem se preocupar com
   nada mais.
10. “Mandai meter a cadeira, que assi
   passou vosso pai”:
• Revela a corrupção da nobreza ao longo
   de várias gerações.
                Prof. Vanda Barreto      14
O Fidalgo – correção da ficha
11. “Segundo lá escolhestes, assi cá vos
   contentai”
• É um argumento de acusação – o mal
   que praticou em vida, tem consequências
   depois de morto.
12. “Que giricocins, salvanor!”
• É cómico de linguagem – o Fidalgo
   chama asno/ burro ao barqueiro da outra
   barca que não lhe respondia.
                Prof. Vanda Barreto      15
O Fidalgo – correção da ficha
13. Os argumentos de defesa utilizados
   pelo Fidalgo, na sua conversa com o
   Diabo são:
• É amado e tem quem reze por ele. – Do
   seu ponto de vista, bastava ter alguém
   rezando pela sua alma, para ter direito a
   entrar no Paraíso.


                  Prof. Vanda Barreto          16
O Fidalgo – correção da ficha
14. O Anjo acusa o Fidalgo de ser:
• tirano, oprimindo o povo; vaidoso,
   presunçoso e soberbo.

15. Figura de estilo em “Oh! Que maré tão
   de prata!”:
• Metáfora

                 Prof. Vanda Barreto        17
O Fidalgo – correção da ficha
16.De regresso à barca do Diabo, o Fidalgo
   evidencia:
• arrependimento e resignação

17. Figura de estilo em “Embarqu’a vossa
   doçura, que cá nos entenderemos”:
• Ironia

                 Prof. Vanda Barreto       18
O Fidalgo – correção da ficha
18. “... tornarei à outra vida ver minha dama
   querida...”:
• É cómico de caráter.

19. “Ó namorado sandeu, o maior que
   nunca vi!”
• É uma hipérbole. O Fidalgo não é tolo,
   nem ingénuo.
                  Prof. Vanda Barreto       19
O Fidalgo – correção da ficha
20. O Fidalgo pede três vezes ao Diabo
   para voltar à vida, para ver a sua dama
   querida.
• O Fidalgo pede uma vez ao Diabo que o
   deixe voltar para ver a sua amante.

21. O Diabo diz-lhe que ela tem sido infiel.
• Verdadeiro
                  Prof. Vanda Barreto          20
O Fidalgo – correção da ficha
22. Figura de estilo em “Nom há i choro de
   alegria?”
• Antítese – choro/alegria

23. Com a expressão “Entremos, pois que
   assi é.”
• o Fidalgo revela aceitar o seu destino.

                 Prof. Vanda Barreto         21
O Fidalgo – correção da ficha
24. O Diabo manda embora o Pajem porque
• ele não errara, limitara-se a cumprir as
   ordens do seu senhor.

25. A cadeira não pode entrar na barca do
   Inferno porque
• tinha estado na Igreja.

                 Prof. Vanda Barreto        22
O Fidalgo – correção da ficha
26. O destino do Fidalgo é ir para
• o Inferno.

27. O Pajem, quanto ao relevo (importância) é
• um figurante.




                   Prof. Vanda Barreto     23
O Fidalgo – correção da ficha
28. Quanto à composição, podemos dizer
   que o Fidalgo é uma personagem
• tipo (representa uma classe social), mas
   também modelada (apresenta densidade
   psicológica).

29. Registos de língua nesta cena:
• linguagem corrente e linguagem popular
                 Prof. Vanda Barreto       24
O Fidalgo – correção da ficha
30. Nesta cena estão presentes o cómico
• de linguagem, de situação e de caráter.

31. A movimentação cénica do Fidalgo é a
   seguinte:
• Cais/ barca do Diabo/ barca do Anjo/
   barca do Diabo, onde entra.

                 Prof. Vanda Barreto        25

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenasAuto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Claudia Lazarini
 
Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"
Inês Moreira
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
Lurdes Augusto
 
O corregedor e o procurador - Português 9º ano
O corregedor e o procurador - Português 9º anoO corregedor e o procurador - Português 9º ano
O corregedor e o procurador - Português 9º ano
Gabriel Lima
 
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os LusíadasA Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
sin3stesia
 
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedorAutodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
Francisco Teixeira
 
Auto Da Barca Do Inferno cena do frade
Auto Da Barca Do Inferno cena do fradeAuto Da Barca Do Inferno cena do frade
Auto Da Barca Do Inferno cena do frade
Delfina Vernuccio
 
Auto da barca do inferno, cena VI-O Frade
Auto da barca do inferno, cena VI-O FradeAuto da barca do inferno, cena VI-O Frade
Auto da barca do inferno, cena VI-O Frade
Beatriz Campos
 

Mais procurados (20)

Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenasAuto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
 
Auto da Barca do Inferno
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Auto da Barca do Inferno
 
Adamastor
AdamastorAdamastor
Adamastor
 
Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
 
Ilha dos Amores
Ilha dos AmoresIlha dos Amores
Ilha dos Amores
 
Sapateiro Auto Da Barca Do Inferno
Sapateiro Auto Da Barca Do InfernoSapateiro Auto Da Barca Do Inferno
Sapateiro Auto Da Barca Do Inferno
 
Grelha de análise do auto da barca do inferno 9º
Grelha de análise do auto da barca do inferno 9ºGrelha de análise do auto da barca do inferno 9º
Grelha de análise do auto da barca do inferno 9º
 
Síntese do consílio dos deuses
Síntese do consílio dos deusesSíntese do consílio dos deuses
Síntese do consílio dos deuses
 
O corregedor e o procurador - Português 9º ano
O corregedor e o procurador - Português 9º anoO corregedor e o procurador - Português 9º ano
O corregedor e o procurador - Português 9º ano
 
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e AdamastorAnálise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
 
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os LusíadasA Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
 
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedorAutodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
 
Os Quatro Cavaleiros, Auto da Barca do Inferno
Os Quatro Cavaleiros, Auto da Barca do InfernoOs Quatro Cavaleiros, Auto da Barca do Inferno
Os Quatro Cavaleiros, Auto da Barca do Inferno
 
Cena Fidalgo
Cena FidalgoCena Fidalgo
Cena Fidalgo
 
A alcoviteira
A alcoviteiraA alcoviteira
A alcoviteira
 
Auto da barca do inferno- O frade
Auto da barca do inferno- O fradeAuto da barca do inferno- O frade
Auto da barca do inferno- O frade
 
Auto Da Barca Do Inferno cena do frade
Auto Da Barca Do Inferno cena do fradeAuto Da Barca Do Inferno cena do frade
Auto Da Barca Do Inferno cena do frade
 
Auto da barca do inferno, cena VI-O Frade
Auto da barca do inferno, cena VI-O FradeAuto da barca do inferno, cena VI-O Frade
Auto da barca do inferno, cena VI-O Frade
 
Teste 9 b_auto (1)
Teste 9 b_auto (1)Teste 9 b_auto (1)
Teste 9 b_auto (1)
 

Destaque

Auto da barca do Inferno
Auto da barca do InfernoAuto da barca do Inferno
Auto da barca do Inferno
Margarida Ramos
 
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticosAuto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Ana Paula
 
Cena do Corregedor e Procurador.
Cena do Corregedor e Procurador.Cena do Corregedor e Procurador.
Cena do Corregedor e Procurador.
Lurdes Augusto
 
Entre um regime monárquico e republicano
Entre um regime monárquico e republicanoEntre um regime monárquico e republicano
Entre um regime monárquico e republicano
eb23ja
 
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do infernoQuestões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
ma.no.el.ne.ves
 
Auto da barca quadro síntese por preencher
Auto da barca quadro síntese por preencherAuto da barca quadro síntese por preencher
Auto da barca quadro síntese por preencher
micla
 
Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno, de Gil VicenteAuto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Lurdes Augusto
 
Sistema Neuro Hormonal
Sistema Neuro HormonalSistema Neuro Hormonal
Sistema Neuro Hormonal
leonorsm
 

Destaque (20)

Auto da barca do Inferno
Auto da barca do InfernoAuto da barca do Inferno
Auto da barca do Inferno
 
Tempos compostos
Tempos compostosTempos compostos
Tempos compostos
 
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil VicenteO Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
 
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticosAuto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
Auto da-barca-do-inferno-quadro-sintese-com- rscurssos estilisticos
 
Alcoviteira
AlcoviteiraAlcoviteira
Alcoviteira
 
Cena do Corregedor e Procurador.
Cena do Corregedor e Procurador.Cena do Corregedor e Procurador.
Cena do Corregedor e Procurador.
 
Entre um regime monárquico e republicano
Entre um regime monárquico e republicanoEntre um regime monárquico e republicano
Entre um regime monárquico e republicano
 
Consílio
ConsílioConsílio
Consílio
 
Gil vicente
Gil vicenteGil vicente
Gil vicente
 
A pontuação
A pontuaçãoA pontuação
A pontuação
 
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do infernoQuestões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
 
Estudo da obra - Auto da Barca do Inferno
Estudo da obra - Auto da Barca do InfernoEstudo da obra - Auto da Barca do Inferno
Estudo da obra - Auto da Barca do Inferno
 
Judeu
JudeuJudeu
Judeu
 
Auto da barca quadro síntese por preencher
Auto da barca quadro síntese por preencherAuto da barca quadro síntese por preencher
Auto da barca quadro síntese por preencher
 
O corregedor
O corregedorO corregedor
O corregedor
 
Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno, de Gil VicenteAuto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
 
Sistema Neuro Hormonal
Sistema Neuro HormonalSistema Neuro Hormonal
Sistema Neuro Hormonal
 
05 - Gene
05 - Gene05 - Gene
05 - Gene
 
Ciclo sexual
Ciclo sexualCiclo sexual
Ciclo sexual
 
Grammar-Comparatives and Superlatives
Grammar-Comparatives and SuperlativesGrammar-Comparatives and Superlatives
Grammar-Comparatives and Superlatives
 

Semelhante a Auto da barca do inferno

Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8
Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8
Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8
Gabriel Lima
 
Auto da barca do inferno fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)
Auto da barca do inferno   fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)Auto da barca do inferno   fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)
Auto da barca do inferno fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)
paulaoliveiraoliveir2
 
50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt
50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt
50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt
paulaoliveiraoliveir2
 
Auto da-barca-do-inferno
Auto da-barca-do-inferno Auto da-barca-do-inferno
Auto da-barca-do-inferno
Diógenes Zigar
 
Auto da barca do inferno
Auto da barca do infernoAuto da barca do inferno
Auto da barca do inferno
Bruna Silva
 
Auto da barca do inferno - Fidalgo
Auto da barca do inferno - FidalgoAuto da barca do inferno - Fidalgo
Auto da barca do inferno - Fidalgo
Bruna Silva
 
Auto da barca do inferno
Auto da barca do infernoAuto da barca do inferno
Auto da barca do inferno
Bruna Silva
 
Para Compreender o Auto da Barca do Inferno
Para Compreender o Auto da Barca do InfernoPara Compreender o Auto da Barca do Inferno
Para Compreender o Auto da Barca do Inferno
Jú Barbosa
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
luisprista
 

Semelhante a Auto da barca do inferno (20)

Abi analise em ppt
Abi analise em pptAbi analise em ppt
Abi analise em ppt
 
Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8
Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8
Auto da-barca-do-inferno-1213660370289329-8
 
Auto da barca do inferno fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)
Auto da barca do inferno   fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)Auto da barca do inferno   fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)
Auto da barca do inferno fidalgo-quest, interp. global31quest (blog9 10-11)
 
Trabalho de AP do 3º Período
Trabalho de AP do 3º PeríodoTrabalho de AP do 3º Período
Trabalho de AP do 3º Período
 
Auto da barca do inferno ppt bom
Auto da barca do inferno ppt bomAuto da barca do inferno ppt bom
Auto da barca do inferno ppt bom
 
Quadros de Sistematização do ABI_final.pptx
Quadros de Sistematização do ABI_final.pptxQuadros de Sistematização do ABI_final.pptx
Quadros de Sistematização do ABI_final.pptx
 
Auto da barca do inferno análise global
Auto da barca do inferno  análise globalAuto da barca do inferno  análise global
Auto da barca do inferno análise global
 
Auto+da+barca+do+inferno power point (4)
Auto+da+barca+do+inferno power point (4)Auto+da+barca+do+inferno power point (4)
Auto+da+barca+do+inferno power point (4)
 
50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt
50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt
50669819 auto-da-barca-do-inferno-introducao ppt
 
Auto da-barca-do-inferno
Auto da-barca-do-inferno Auto da-barca-do-inferno
Auto da-barca-do-inferno
 
Resumo barcainferno
Resumo barcainfernoResumo barcainferno
Resumo barcainferno
 
Auto da barca do inferno
Auto da barca do infernoAuto da barca do inferno
Auto da barca do inferno
 
Auto da barca do inferno - Fidalgo
Auto da barca do inferno - FidalgoAuto da barca do inferno - Fidalgo
Auto da barca do inferno - Fidalgo
 
Auto da barca do inferno
Auto da barca do infernoAuto da barca do inferno
Auto da barca do inferno
 
Gil Vicente
Gil VicenteGil Vicente
Gil Vicente
 
Para Compreender o Auto da Barca do Inferno
Para Compreender o Auto da Barca do InfernoPara Compreender o Auto da Barca do Inferno
Para Compreender o Auto da Barca do Inferno
 
Cena do fidalgo (1) (1)
Cena do fidalgo (1) (1)Cena do fidalgo (1) (1)
Cena do fidalgo (1) (1)
 
Gêneros literários 2
Gêneros literários 2Gêneros literários 2
Gêneros literários 2
 
Barca gvicente
Barca gvicenteBarca gvicente
Barca gvicente
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
 

Mais de Vanda Marques (20)

Planif Anual 7.docx
Planif Anual 7.docxPlanif Anual 7.docx
Planif Anual 7.docx
 
A Tempestade
A TempestadeA Tempestade
A Tempestade
 
Poesias 7
Poesias 7Poesias 7
Poesias 7
 
A notícia
A notíciaA notícia
A notícia
 
As lendas
As lendasAs lendas
As lendas
 
Funções sintáticas 1
Funções sintáticas 1Funções sintáticas 1
Funções sintáticas 1
 
Formação de palavras
Formação de palavrasFormação de palavras
Formação de palavras
 
A história da língua
A história da línguaA história da língua
A história da língua
 
Inês de castro
Inês de castroInês de castro
Inês de castro
 
Despedidas em belém
Despedidas em belémDespedidas em belém
Despedidas em belém
 
Contextualizando os lusiadas
Contextualizando os lusiadasContextualizando os lusiadas
Contextualizando os lusiadas
 
Adamastor
AdamastorAdamastor
Adamastor
 
A tempestade
A tempestadeA tempestade
A tempestade
 
A epopeia
A epopeiaA epopeia
A epopeia
 
Contextualizando os lusiadas
Contextualizando os lusiadasContextualizando os lusiadas
Contextualizando os lusiadas
 
Consílio
ConsílioConsílio
Consílio
 
Texto a abóbada
Texto a abóbadaTexto a abóbada
Texto a abóbada
 
Trabalhos escritos
Trabalhos escritosTrabalhos escritos
Trabalhos escritos
 
O mundo em que vivi
O mundo em que viviO mundo em que vivi
O mundo em que vivi
 
Textos autobiográficos
Textos autobiográficosTextos autobiográficos
Textos autobiográficos
 

Último

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Último (20)

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 

Auto da barca do inferno

  • 1. Auto da Barca do Inferno Prof. Vanda Barreto
  • 2. Auto •Auto (latim: actu =  ação,  ato)  é  uma  composição  teatral  surgida  na Idade Média, em Espanha, por volta do século XII.  •De  linguagem  simples,  os  autos,  na  sua  maioria,  têm  elementos  cómicos e intenção moralizadora. As suas personagens simbolizam  as virtudes, os pecados, ou representam anjos, demónios e santos. •Em Portugal,  no século  XVI, Gil  Vicente é  a  grande  expressão  deste género dramático.  Prof. Vanda Barreto 2
  • 3. Auto da Barca do Inferno •Gil Vicente inspirou-se na lenda de Caronte, da antiguidade  clássica.  •Na  mitologia  grega,  Caronte  é  o  barqueiro  do  Hades,  que  carrega  as almas dos  recém-mortos sobre  as  águas  dos  rios  Estige  e  Aqueronte,  que  dividiam  o  mundo  dos  vivos  do  mundo dos mortos.  •Por vezes uma moeda era colocada dentro ou sobre a boca  dos  cadáveres,  de  acordo  com  a  tradição  funerária  da  Grécia  Antiga, como forma de pagamento ao barqueiro. Prof. Vanda Barreto 3
  • 4. Auto da Barca do Inferno •Gil  Vicente,  neste  auto,  substituiu  Caronte  por  dois  barqueiros  (Diabo  e  Anjo)  e  o  destino  final  (Infernos)  pelo  Inferno ou Paraíso. • Ao criticar os costumes, hábitos e vícios da sociedade,  Gil  Vicente  queria  transmitir  uma  moral  a  toda  a  sociedade;  pretendia  que  toda  a sociedade, ao ver a peça, se risse, mas,  em  simultâneo,  criticava  os  ''  podres  ''  da  sociedade  daquele  tempo. Prof. Vanda Barreto 4
  • 5. Personagens •As  personagens  desta  obra  são  divididas  em  dois  grupos: as personagens alegóricas e as personagens– tipo. Prof. Vanda Barreto 5
  • 6. Personagens Alegóricas •Neste  grupo  inserem-se  o  Anjo  e  o  Diabo,  representando  respetivamente o Bem e o Mal, o Céu e o Inferno.  •Ao longo de toda a obra estas personagens são os «juízes»  no julgamento das almas, tendo em conta os seus pecados na  vida terrena. •As  personagens  alegóricas  servem  para  dar  corpo  e  alma  humanos a deuses, anjos, diabos, virtudes, à Igreja, à Lusitânia,  à Fama, a estações do ano, serras, planetas, etc. Prof. Vanda Barreto 6
  • 7. Personagens- Tipo •Neste grupo inserem-se todas as restantes personagens do  Auto,  nomeadamente  o  Fidalgo,  o  Onzeneiro,  o  Sapateiro,  o  Parvo (Joane), o Frade, a Alcoviteira, o Judeu, o Corregedor e  o Procurador e os Quatro Cavaleiros. •Cada  uma  representa  uma  classe  social,  uma  determinada  profissão ou mesmo um credo.  •À medida que estas personagens vão surgindo vemos que  todas  trazem  elementos  simbólicos,  que  representam  a  sua  vida  terrena  e  demonstram  que  não  têm  qualquer  arrependimento pelos pecados cometidos em vida. Prof. Vanda Barreto 7
  • 8. Humor •Surgem ao longo do auto três tipos de cómico: o de carácter, o de situação e o de linguagem. •O cómico de carácter é aquele que é demonstrado pela personalidade da personagem, de que é exemplo o Parvo, que devido à sua pobreza de espírito não mede as suas palavras, não podendo ser responsabilizado pelos seus erros. Prof. Vanda Barreto 8
  • 9. •O cómico de situação é o criado à volta de certa situação, de que é bom exemplo a cena do Fidalgo, em que este é gozado pelo Diabo, e o seu orgulho é pisado. • Por fim, o cómico de linguagem é aquele que é proferido por certa personagem, de que são bons exemplos as falas do Diabo. Prof. Vanda Barreto 9
  • 10. O Fidalgo – correção da ficha 1. Símbolos cénicos do Fidalgo: • pajem, cadeira e manto 2. Significado de cada símbolo: • pajem – tirania para com o povo • cadeira – riqueza, ostentação • manto – vaidade e presunção 3. O Diabo recebe o Fidalgo com: • respeito Prof. Vanda Barreto 10
  • 11. O Fidalgo – correção da ficha 4. Figura de estilo em “Vai pera a ilha perdida”: • Eufemismo – dizer de forma suave algo desagradável 5. Tipo de cómico em “Pêra lá vai a senhora?”: • Cómico de situação 6. “Parece-me isso cortiço...” revela: • O desprezo que o Fidalgo sente pelo Diabo/ característica da nobreza quinhentista. Prof. Vanda Barreto 11
  • 12. O Fidalgo – correção da ficha 7. “Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso cais...”: • é um argumento de acusação – a presunção, vaidade e ostentação, evidentes no Fidalgo, são garantia da sua ida para o Inferno. Prof. Vanda Barreto 12
  • 13. O Fidalgo – correção da ficha 8. “Que leixo na outra vida quem reze por mi.” • é um argumento de defesa utilizado pelo Fidalgo, que pensava ser suficiente rezar para ir para o Paraíso. Prof. Vanda Barreto 13
  • 14. O Fidalgo – correção da ficha 9. “E tu viveste a teu prazer...” • O Diabo acusa o Fidalgo de ter levado a vida a seu prazer, sem se preocupar com nada mais. 10. “Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai”: • Revela a corrupção da nobreza ao longo de várias gerações. Prof. Vanda Barreto 14
  • 15. O Fidalgo – correção da ficha 11. “Segundo lá escolhestes, assi cá vos contentai” • É um argumento de acusação – o mal que praticou em vida, tem consequências depois de morto. 12. “Que giricocins, salvanor!” • É cómico de linguagem – o Fidalgo chama asno/ burro ao barqueiro da outra barca que não lhe respondia. Prof. Vanda Barreto 15
  • 16. O Fidalgo – correção da ficha 13. Os argumentos de defesa utilizados pelo Fidalgo, na sua conversa com o Diabo são: • É amado e tem quem reze por ele. – Do seu ponto de vista, bastava ter alguém rezando pela sua alma, para ter direito a entrar no Paraíso. Prof. Vanda Barreto 16
  • 17. O Fidalgo – correção da ficha 14. O Anjo acusa o Fidalgo de ser: • tirano, oprimindo o povo; vaidoso, presunçoso e soberbo. 15. Figura de estilo em “Oh! Que maré tão de prata!”: • Metáfora Prof. Vanda Barreto 17
  • 18. O Fidalgo – correção da ficha 16.De regresso à barca do Diabo, o Fidalgo evidencia: • arrependimento e resignação 17. Figura de estilo em “Embarqu’a vossa doçura, que cá nos entenderemos”: • Ironia Prof. Vanda Barreto 18
  • 19. O Fidalgo – correção da ficha 18. “... tornarei à outra vida ver minha dama querida...”: • É cómico de caráter. 19. “Ó namorado sandeu, o maior que nunca vi!” • É uma hipérbole. O Fidalgo não é tolo, nem ingénuo. Prof. Vanda Barreto 19
  • 20. O Fidalgo – correção da ficha 20. O Fidalgo pede três vezes ao Diabo para voltar à vida, para ver a sua dama querida. • O Fidalgo pede uma vez ao Diabo que o deixe voltar para ver a sua amante. 21. O Diabo diz-lhe que ela tem sido infiel. • Verdadeiro Prof. Vanda Barreto 20
  • 21. O Fidalgo – correção da ficha 22. Figura de estilo em “Nom há i choro de alegria?” • Antítese – choro/alegria 23. Com a expressão “Entremos, pois que assi é.” • o Fidalgo revela aceitar o seu destino. Prof. Vanda Barreto 21
  • 22. O Fidalgo – correção da ficha 24. O Diabo manda embora o Pajem porque • ele não errara, limitara-se a cumprir as ordens do seu senhor. 25. A cadeira não pode entrar na barca do Inferno porque • tinha estado na Igreja. Prof. Vanda Barreto 22
  • 23. O Fidalgo – correção da ficha 26. O destino do Fidalgo é ir para • o Inferno. 27. O Pajem, quanto ao relevo (importância) é • um figurante. Prof. Vanda Barreto 23
  • 24. O Fidalgo – correção da ficha 28. Quanto à composição, podemos dizer que o Fidalgo é uma personagem • tipo (representa uma classe social), mas também modelada (apresenta densidade psicológica). 29. Registos de língua nesta cena: • linguagem corrente e linguagem popular Prof. Vanda Barreto 24
  • 25. O Fidalgo – correção da ficha 30. Nesta cena estão presentes o cómico • de linguagem, de situação e de caráter. 31. A movimentação cénica do Fidalgo é a seguinte: • Cais/ barca do Diabo/ barca do Anjo/ barca do Diabo, onde entra. Prof. Vanda Barreto 25