Marcadores genéticos para previsão de características físicas em genética forense
1. Marcadores para Características Físicas em Genética Forense Professor: Dr. Rinaldo Pereira Alunas: Ana Cláudia Oliveira; Larissa Santos; Luciana Vieira; Mikaely Gonçalves Brasília, Junho de 2011
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4. AncestralidadeCaracterísticas Físicas Estudo de Galtone Candolle: Descrição da natureza fenotípica da cor dos olhos, em estudos de herança nas famílias; Predição de características físicas na investigação da ancestralidade geográfica. http://3.bp.blogspot.com/_VjhZVizBKfI/TL5m1mCc2FI/AAAAAAAAAEw/NcuY4cbTqMs/s1600/cor+dos+olhos.jpg
5. AncestralidadeCaracterísticas Físicas Hipóteses sobre a evolução da pigmentação da pele em humanos, segundo Esteban J. Parra: Exposição a raios UV; Níveis de melanina e latitude. Variação da pigmentação da pele em humanos STURM, 2009
6. AncestralidadeCaracterísticas Físicas Estudo brasileiro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): Pele escura não indica com segurança que a pessoa teve a maioria de seus genes herdada de ascendentes africanos; Indivíduo de pele branca, não é possível afirmar que a maioria dos seus genes são herdados de ascendentes europeus; Brasil – Cor determinada por avaliação física é um fraco fator de predição de ancestralidade genômica africana ou européia – Miscigenação. Os Operários, 1933
9. Pigmentação Humana Diversidade na pigmentação humana: Fatores Ambientais e Culturais Exposição a radiação UV. Pigmentos Exógenos Carotenóides – amarelo. Pigmentos Endógenos Oxihemoglobina - vermelho Desoxihemoglobina – azul. Genes Determinam o número, tamanho e distribuição de Melanossomas; Proporção de eumelanina preta/marrom; Pigmento feomelanina amarelo/vermelho.
10. Melanogênese O processo de melanogênese ocorre dentro dos Melanócitos Localizados em diversos locais: olhos (epitélio pigmentar retiniano, íris e coróide), ouvidos (estrias vasculares), SNC (leptomeninges), matriz dos pêlos, mucosas, e pele. Melanossomas Estruturas intracitoplasmáticas específicas dos melanócitos que sintetizam e armazenam melanina. Quando repletos, direcionam a melanina para o interior dos ceratinócitos. http://www.scielo.br/pdf/abd/v84n6/v84n06a08.pdf
11. Melanogênese Gillian Tully .Genotype versus phenotype: Human pigmentation. Forensic Science International: Genetics 1 (2007) 105–110.
12. Melanogênese A diferença fenotípica entre populações mais pigmentadas e menos pigmentadas não reside no número de melanócitos, mas na da atividade de síntese de melanina pelos melanossomas! http://cliquedicas.blogspot.com/2009_05_01_archive.html
16. Gene do Receptor de Melanocortina 1 - MC1R Membro da família de receptores acoplados a proteína G; Papel fundamental na mudança de eumelanina e síntese feomelanina nos melanócitos; Essencial para pigmentação da pele e do cabelo; Também tem sido associado com a cor dos olhos; Valor preditivo limitado.
17. Gene do Receptor de Melanocortina 1 - MC1R Ligação do hormônio melanócito-estimulante (a-MSH) com MC1R resulta: Na ativação da guanilato ciclase, aumento dos níveis de AMPc e da atividade de tirosinase; Promove a produção de eumelanina dentro dos melanócitos. Quando o antagonista de sinalização da proteína (ASIP) liga-se a MC1R: Há uma diminuição da atividade da tirosinase e tem produção de feomelanina.
18. Gene do Receptor de Melanocortina 1 - MC1R Na Europa, na Ásia Oriental e Sudeste da Ásia, o MC1R é altamente polimórfico; Mutações que têm uma forte associação com o cabelo vermelho/fenótipo de pele clara: Asp84Glu, Arg151Cys Arg160Trp, e Asp294His; Associação fraca: Val60Leu, Val92Met e Arg163Gln.
19. Mutações do Gene MC1R http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19083738
20. Gene Oculocutâneo Tipo II – OCA2 Codifica a proteína P-humana; Mutações nesse gene são responsáveis pelo albinismo; Também associada com variação de pigmentação normal do olho e do cabelo; Polimorfismo Arg305Trp – pigmentação entre diferentes populações; Alelo 305Trp é o mais comum em Caucasianos; Alelo 305Arg é o mais comum em indivíduos da raça negra.
21. SLC24A5 Localizado no cromossomo 15 no braço longo (21.1); Precursor do melanossoma; Efeito clareador da pigmentação - substituição de alanina por treonina no aminoácido 111; Relacionado a cor pálida da pele dos europeus; Associado a cor do cabelo.
22. Gene da Tirosinase - TYR Codifica enzima chave na melanogênese; Dependente de íons cobre para catalisar a biossíntese da melanina; Responsável pelo tipo mais comum de albinismo; Associado com a pigmentação normal da pele e da íris do olho.
23. Genes Polimórficos Envolvidos na Pigmentação em Humanos Human Molecular Genetics, 2009, Vol. 18, Review Issue 1 R9–R17 doi:10.1093/hmg/ddp003
24. PCR Multiplex Permite amplificar simultaneamente múltiplos locos: Amplificação de várias sequencias específicas do DNA ao mesmo tempo; Amplifica mais de 10 regiões distintas do DNA; Utilização de vários primers. Realizada após a extração de DNA. A PCR multiplex é a metodologia de escolha para análise dos marcadores de características físicas a partir do DNA: SNPs.
25. PCR Multiplex São usados primers específicos para cada seqüência que se deseja ampliar: Cor do cabelo (Kitlg, OCA2, MC1R, TYRP1, SLC45A2, HERC2, ASIP); Cor dos olhos (OCA2, HERC2, e TYR); Pigmentação da pele (MC1R,TYR, SLC24A2); Comprados ou confeccionados.
30. Retinome 17 de agosto de 2004, a DNAPrint ™ anuncia o lançamento do RETINOME ™ para o mercado forense; Prever a cor da íris do olho humano a partir do DNA; Usado para predizer uma característica complexa a partir do DNA; Usado por investigadores forenses.
31. Retinome O teste RETINOME ™, junto com outros testes constituem um grande avanço na ciência; Inferência precisa da cor da íris através de SNPs específicos.
32. IrisPlex Sistema de genotipagem multiplex para a cor dos olhos; Prever a cor dos olhos azul e marrom em humanos: Precisão >90%. Requer uma pequena quantidade de DNA, cerca 31 pg; Amplificação de fragmento de apenas 80-128 pb; Não requer informação sobre a ancestralidade-biogegráfica; Recomendada para a tipagem de DNA degradado; Maior sensibilidade do que os outros métodos disponíveis atualmente.
33. IrisPlex Obtenção de amostra de DNA: Diversos materiais podem ser usados; Extração de DNA pelo kit Mini QIAamp DNA (Qiagen); 6 SNPs: HERC2 - (rs12913832); OCA2 - (rs1800407); SLC24A4 - (rs12896399); SLC45A2 ( MATP) - (rs16891982); TYR - (rs1393350); IRF4 - (rs12203592); Amplificação dos mesmos pelo PCR multiplex.
34. IrisPlex Purificação do produto obtido, para remover primers e dNTPs sem personalidade jurídica; Realização de Ensaio SBE multiplex com uma mistura de reação SNAPshot (AppliedBiosystems); Quantificação usando o DNA humano kit Quantifiler (AppliedBiosystems); Eletroforese capilar; Comparação com padrões conhecidos.
36. SNaPshot Minisequenciamento; Extensão de primer alelo-específico; Dideoxinucleotídeos marcados com corante fluorescente; Três passos: Amplificação; Extensão; Análise.
37. Questões Éticas Opinião Científica x Opinião da Sociedade Quais sãos as informações obtidas pelos marcadores de DNA? Elas são tratadas com sigilo?
39. Referências Bibliográficas BOND J.W. Value of DNA evidence in detecting crime. J Forensic Sci 52, 128-136, 2007. DECORTE, Ronny. Genetic identification in the 21st century—Current status and future developments. Forensic Science International 201 (2010) 160–164. EDWARDS, Mary C., GIBBS, Edwards R. A.Multiplex PCR: Advantages, Development, and Applications. Institute for Molecular Genetics, BaylorCollegeof Medicine, Houston, Texas 77030. June 2, 2011. GRAHAM, Eleanor A. M.. DNA reviews: predicting phenotype. Forensic Sci Med Pathol (2008) 4:196–199 DOI 10.1007/s12024-008-9056-6. JAGER, Alessandra V., TAVARES, Marina F. M. Determinação simultânea de cátions por eletroforese capilar: fundamentos e aplicações. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, Vol. 24, n3, May/June 2001. KAYSER, Manfred, SCHNEIDER, Peter M. DNA-based prediction of human externally visible characteristics in forensics: Motivations, scientific challenges, and ethical considerations. Forensic Science International: Genetics 3 (2009) 154–161.
40. Referências Bibliográficas MARANO, Leonardo Arduino, SIMÕES, Aguinaldo Luiz, OLIVEIRA, Silviene Fabiana, TEIXEIRA, Celso Mendes-Junior. Polimorfismos genéticos e identificação humana: o DNA como prova forense. Sociedade Brasileira de Genética. RGE – Revista Genética na Escola, 2010. MIOT, Luciane, et al. Fisiopatologia do melasma. An Bras Dermatol. 2009;84(6):623-35. PARRA EJ. Human pigmentation variation: evolution, genetic basis, and implications for public health. Am J Phys AnthropolSuppl 45: 85–105, 2007. PENA, Sergio D. e cols. The phylogeography of African Brazilians. Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. PLoS One, 2007. PULKER, Hannah, et al. Finding genes that underlie physical traits of forensic interest using genetic tools. Forensic Science International: Genetics 1 (2007) 100–104.
41. Referências Bibliográficas SCHULZ ,Heidi L., GOETZ, Thomas, KASCHKOETOE, Juergen; WEBER, Bernhard H.F.The Retinome – Defining a reference transcriptome of the adult mammalian retina/retinalpigmentepithelium. BMC Genomics.Published: 29 July 2004. STURM, Richard A. Molecular genetics of human pigmentation diversity Human Molecular Genetics, 2009, Vol. 18, Review Issue 1 doi:10.1093/hmg/ddp003, 2008. TULLY, Gillian. Genotype versus phenotype: Human pigmentation. Forensic Science International: Genetics 1 (2007) 105–110. WALSH, Susan, LINDENBERGH, Alexander Zuniga, SIJEN, Sofia B. Titia, KNIJFF, Peter de, KAYSER, Manfred, BALLANTYNE , Kaye N. Developmental validation of the IrisPlex system: Determination of blue and brown iris colour for forensic intelligence. Forensic Science International: Genetics, Vol. 648, No. of Pages 8. 2010.
Notas do Editor
A eletroforese capilar e usada para gerar os eletroferogramas para a genotipagem.Explicacao na figura.
No eletroferograma são gerados um padrao de picos, que após serem analisados fornecem as informacoes. Estes eletroferogramas foram obtidos a partir da genotipagem de três amostras modernas de DNA de europeus (a), asiáticos (b), e Africano (c)origem e uma amostra aDNA, S33 (d). O electrofograma passado (d) foi construído a partir de três eletroferogramas resultantes da amplificação singleplex de rs12913832 e rs1545397 e amplificação multiplex dos oito restantes SNPs.Este eletroferograma e proveniente de um artigo que visou demonstrar caracteristicas fisicas e origem geografica de 25 esqueletos encontados no sul da Siberia, e de 36 amostras modernas previamente conhecidas.
E amostra europeia moderna, Af amostra Africano moderno, como exemplo asiático moderno um Diplotype OCA2 correspondem a marcadores rs7495174/rs6497268/rs11855019. Diplotype OCA2 e rs12913832 genótipo preditivo do fenótipo olho azul da cor são sublinhadas.Probabilidade de ser do europeu / / população asiática Africano determinada usando o programa STRUCTURE. A maior probabilidade, a estimativa mais provável da sua ascendência, é indicado em negrito.Esta tabela e resultante da analise do eletroferograma anterior.
RETINOME ™e um teste genetico usado para prever a cor da iris de um individuo a partir do DNA.É o primeiro teste da genética desenvolvido para predizer uma característica complexa a partir de DNA humano.E usado por investigadores forenses que desejam pintar um "retrato físico" de um doador do DNA da cena do crime.
O teste Retinome, juntamente com outros testes geneticos que predizem caracteristicasfisicas a partir do DNA, constituem um grande avanco na ciencia de perfis forense molecular, onde o objetivo e pintar um perfil fisico do DNA da cena do crime. O RETINOME ™ fornece uma inferência precisa da cor da íris (olho) a partir da medição de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) distribuídos por todo o genoma humano.