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Manoel de BarrosO poeta que é apanhador de desperdícios
Natielle Lopes da Costa
Segundo ano de Letras (UNIOESTE)
“Meu avesso é mais visível do que um poste. [...]
Não saio de dentro de mim nem pra pescar.”
Manoel de Barros
O POETA
• Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu na cidade de
Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916, formou-se em
direito em 1941 no Rio de Janeiro e, embora tenha
contato com a poesia desde os 13 anos, escreveu seu
primeiro poema aos 19 anos. Em sua primeira audiência
como advogado ficou tão nervoso que vomitou nos
papéis. Viveu como fazendeiro e poeta. Recebeu muitos
prêmios literários e foi considerado um dos maiores
poetas da contemporaneidade.
O QUE DIZEM DO POETA
• Foi declarado o maior poeta vivo por Carlos Drummond
de Andrade, no ano de 1986.
• “Visionário da humildade e solidariedade humanas”
— Antônio Houaiss, filólogo brasileiro.
• “Originalidade, absurdez, infantilidade, síntese, mas
principalmente esse absurdo verossímil que a gente vê no
mundo infantil, mas com muita estética.”
—Pedro Cezar, diretor. (Sobre as obras do poeta)
O POETA SOBRE SI
Venho de um Cuiabá garimpo e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda de bananas no Beco da
Marinha,
onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá, entre bichos do
chão, pessoas humildes, aves, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz.
Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me sinto
como que desonrado e fujo para o Pantanal onde
sou abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que
fui salvo.
Descobri que todos os caminhos levam à ignorância.
Não fui para a sarjeta porque herdei uma fazenda de
gado. Os bois me recriam.
Agora sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.
(Autorretrato Falado, Livro das ignorãças, 1993, p.107)
A TIMIDEZ
• Quando José Castello entrevistou Manoel de Barros para o
jornal Estado, assim descreveu sua experiência:
“Imaginava Manoel de Barros magro e triste, mas ele é
gorducho e enérgico. Imaginava um homem ingênuo, que
passasse os dias entre cachorros e passarinhos - mas ele ouve
concertos clássicos, lê Kant, Benjamin e Roland Barthes e toma
cerveja com psicanalistas. Caí na armadilha de seus poemas. E
talvez fosse isso o que, mantendo-se escondido, ele desejasse
preservar: os versos. Manoel fala como qualquer senhor
respeitável de 80 anos; não fala "torto", como falam seus
poemas. É essa fala reta, provavelmente, o que ele chama de
timidez: o homem comum que se esconde detrás dos versos
insensatos.” (CASTELLO, J.)
A TIMIDEZ
• Embora reconhecido contemporaneamente, Manoel de
Barros passou grande parte de sua carreira no
anonimato. Quanto a isso, o autor já afirmou:
“foi por minha culpa mesmo. Sou muito orgulhoso,
nunca procurei ninguém, nem freqüentei rodas, nem
mandei um bilhete. Uma vez pedi emprego a Carlos
Drummond de Andrade no Ministério da Educação e
ele anotou o meu nome. Estou esperando até hoje.”
A TIMIDEZ
“ A palavra oral não dá rascunho”
— Manoel de Barros
• Quando o diretor Pedro Cezar decidiu fazer o documentário Só dez por
cento é mentira sobre Manoel de Barros, convencer o autor a deixar
registrá-lo em vídeo não foi uma tarefa fácil, uma vez que Manoel
afirma ser um “ser letral”. Depois de muito insistir, Pedro Cezar
desistiu e disse em uma conversa: “Manoel, deixa essa história toda
pra lá. Isso era um sonho, mas posso viver sem isso.” Este foi o
argumento que fez com que Manoel de Barros tomasse remédio para
não ficar nervoso durante a entrevista. O longa-metragem é organizado
alternando-se em trechos da entrevista com o autor, versos de sua obra
e depoimentos de leitores. O documentário ganhou os prêmios de
melhor documentário longa-metragem do II Festival Paulínia de
Cinema 2009 e os prêmios de melhor direção de longa-metragem
documentário e melhor filme documentário longa-metragem do V Fest
Cine Goiânia 2009.
A DIDÁTICA DA CRIAÇÃO
• Tudo o que Manoel de Barros criou foi escrito em
blocos de notas que ele mesmo criava em um quarto
3x4 nomeado pelo poeta de “lugar de ser inútil”, como
relata o diretor/narrador Pedro Cezar do documentário
Só dez por cento é mentira.
• As obras de Manoel não chamavam atenção pelos
temas tratados pelo autor, mas sim pela forma como
trabalhava com os mesmos e a linguagem da qual
utilizava-se.
A DIDÁTICA DA CRIAÇÃO
• Em uma entrevista ao Globo, no ano de 1998, Manoel
afirmou:
“Eu estou trabalhando com a palavra e aí me vem
uma ideia. E por isso não acredito em inspiração,
acredito em trabalho. Mas sei também que
transformar palavra em verso, combinar o ritmo
com a ressonância verbal, é um dom linguístico.
Tenho frases poéticas que são versos. Sei fazer
frases.”
O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO
• Se tratando de arte, é notório o que afirma Chklovski:
“E eis que para devolver a sensação de vida, para sentir
os objetos, para provar que pedra é pedra, existe o que
se chama de arte. O objetivo da arte é dar a sensação do
objeto como visão e não como reconhecimento [...]”
(CHKLOVSKI, V., 1917, p. 45) Ou seja, a arte tem
como objetivo levar o leitor ao estranhamento. Uma
simples notícia de jornal só faz com que o leitor tenha
uma visão mecânica, uma vez que está em contato com
uma linguagem prosaica. A arte, pelo contrário, não faz
uso desta linguagem comum, seja na prosa ou na
poesia, como vemos nas obras de Manoel de Barros.
O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO
• Sobre a linguagem utilizada em suas obras, assim
afirma Manoel:
Escrevo o idioleto manoelês archaico (Idioleto é o dialeto que os idiotas
usam para falar com as paredes e com as moscas). Preciso atrapalhar as
significâncias. (BARROS apud Dias, 2009, p.131)
O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO
• Assim afirma Dias sobre a linguagem usada por
Manoel de Barros em suas obras:
Trata-se de uma trangressão, porém armada de consciência quanto
aos modos de agenciamento da linguagem, na qual é possível fazer
coexistirem numa só palavra outras em plena (e fértil) contradição: o
“dessaber”, que finaliza o verso citado de 1 Em Inútil poesia, Leyla
Perrone-Moisés comenta sobre essa noção de (in)utilidade da poesia,
lembrando-nos de Mallarmé e Leminski. Manoel de Barros, contém
ocultos em seu corpo outros signos que a leitura deve recuperar:
dissabor, saber, não saber, sabor. É aí, nessa conjugação entre
familiaridade – afinal, o eu poético se instala “nos fundos do quintal”
– e distanciamento crítico – a invenção de signos que desacomodam
o conhecido – que essa poesia acontece, afirma-se enquanto
linguagem. (DIAS, M., 2009.)
O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO
• O jornal online Jornal de Poesia traz um artigo de Edna Menezes referente a
Manoel. Quanto ao estilo do autor, afirma Edna:
“No que se refere ao estilo, a poética de Manoel de Barros distancia-se do padrão
estético e estilístico da literatura moderna e contemporânea de maneira que o
universo é transfigurado por intermédio de uma linguagem que se desvela em
imagens inusitadas. Nesse contexto, a idealização dos elementos banais retirados
do cotidiano mediante o uso da temática telúrico-pantaneira, permite que o poeta
reinvente o mundo por ele contemplado através da palavra criadora. O estilo de
Manoel de Barros sustenta-se na combinação dos vocábulos de maneira inédita,
fato que acarreta numa linguagem inovadora com expressões insólitas e distantes
ao lugar comum. Essa linguagem, muitas vezes aproveitada do dialeto pantaneiro,
se junta a uma temática que ultrapassa o regionalismo e vai a busca da palavra em
sua essência profunda e primitiva. Assim, a obra barreana caracteriza-se como um
verdadeiro artesanato da palavra, ou, às vezes, como um grande laboratório
vocabular em que o artista opera cada significado verbal e continua “re-
buscando” novas dimensões lingüísticas. Com efeito, o leitor depara-se com uma
realidade fragmentada e marcada pela utilização de neologismos (invenção da
linguagem). Conhecer a obra de Manoel de Barros é se deixar levar pela magia de
um mundo novo, um mundo no qual as coisas possuem um sentido inusitado e
deixam emanar a essência vital do universo.” (MENEZES, E.)
O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO
• Ainda no que diz respeito a linguagem utilizada por Manoel, pode-se observar
este fragmento de uma entrevista concedida pelo autor ao jornal Estado.
Estado - Poemas são assim tão perigosos? Os seus costumam ser adotados nas
provas de vestibular. Você não gosta. Por quê?
Manoel - Faço uma poesia difícil. Depois, cair no mundo das imagens não é para
qualquer um. Ainda mais para adolescentes. Adolescentes querem as coisas retas,
senão não aceitam. E minha poesia é torta.
Estado - Eles exigem, no mínimo, professores muito preparados.
Manoel - Mas nem os professores me digerem. Há pouco tempo, chegou aqui em
casa uma das coordenadoras do vestibular em Mato Grosso. Ela me disse: "Eu
não entendo nada de seus livros. Se me permitir dizer a verdade, eu vou dizer:
seus livros são uma m...!"
Estado - E como você reagiu?
Manoel - Eu lhe disse: "Olhe, minha querida, se meus poemas são difíceis, a
culpa não é minha. Juro que não tenho culpa. Meus poemas sofrem de mim."
O POETA E OS OBJETOS
“As coisas tinham para nós uma desutilidade poética
Nos fundos do quintal era muito riquíssimo o nosso dessaber”
(BARROS, M., Livro sobre nada, 1996, p. 11)
O POETA E OS OBJETOS
• Como já afirmado, os escritos de Manoel não chamam a
atenção do leitor por o que escreve, mas como escreve.
Assim, pode-se citar o que afirma Dias:
A poesia de Manoel de Barros desperta a atenção do leitor não
tanto pela temática que traz em sua linguagem quanto,
principalmente, pela forma inusitada como (re)configura essa
matéria enquanto dizer. Falar sobre o mundo e criar um meio
singular que dê corpo a essa fala são gestos simultâneos – projeto
em afinidade com uma tradição poética que faz da palavra sujeito
e objeto, uma autoconsciência onde se alojam criação e leitura,
espírito crítico e ludicidade.
O POETA E OS OBJETOS
• Observa-se a maneira com que Manoel de Barros lida com
os objetos em seus escritos, consoante afirma Azevedo “ele
está propondo uma poética que vai levar a linguagem às
últimas consequências, pois vai desabrigar a palavra de seu
sentido usual [...]”ou como afirma a leitora Bianca, no
documentário sobre o autor Só dez por cento é mentira “Eu
acho que é por isso que ele vai falar com a nova geração
[...] ele escreve do ponto de vista da coisa: é como se os
objetos pedissem ‘pelo amor de Deus, me liberte dessa
função de ser apenas uma cadeira pra sentar’ [...] Uma
cadeira pode servir poeticamente pra duzentos milhões de
coisas. Eu acho que aí é que ele é libertador.”
O POETA E OS OBJETOS
“As coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis
Elas desejam ser olhadas de azul”
— Manoel de Barros
DESENHOS
• Além de seus escritos, Manoel de Barros criava
desenhos. Quanto a estes, dizia que são desenhos
verbais, pois é quando se “consegue colocar uma
imagem na vista do leitor”.
“ Imagens são palavras que nos faltaram”
— Manoel de Barros
MORTE
• Manoel de Barros morreu aos 97 anos no dia 13 de
novembro de 2014, por falência múltipla de órgãos,
depois de uma cirurgia.
• Sua filha Martha disse em uma entrevista ao O Globo
que, depois da morte de seu filho em 2013 e por causa
da idade, “ele estava se apagando como uma velinha”.
MORTE
• “Ao ser indagado sobre como gostaria de ser lembrado,
Manoel ri, coça o peito, diz que a pergunta é cruel; já
mais sério, fala que o único jeito é pela poesia.
“A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece, morre.
Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste. Eis
a ciência da poesia: amarrar o tempo no poste”.”
(Trecho de reportagem sobre Manoel em O Globo)
Referências
LEITE, Carlos Willian. ‘O maior poeta vivo’ in Os 10 melhores poemas de Manoel de Barros. Revista bula.
Disponível em: http://www.revistabula.com/2680-os-10-melhores-poemas-de-manoel-de-barros/ Acesso
em: 19 de dez. de 2015.
BARROS, Manoel Wenceslau Leite de. O livro sobre nada (fragmentado) in Se não canto, pelo menos
grito. Disponível em: http://blogdoitarcio2.blogspot.com.br/2015/07/o-livro-sobre-nada-sempre-que-
desejo.html Acesso em: 23 de dez. de 2015.
Lista de reprodução "Estante de Vídeo & Áudio-Livros" do canal YouTube CarlosAlbertoDidier.
Documentário "Só dez por cento é mentira" sobre a vida e a obra de Manoel de Barros, dirigido por Pedro
Cezar (2008). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QZLC8wNVtfs Acesso em: 23 de dez. de
2015.
COLOMBO, Patrícia. O poeta do povo in Revista Rolling Stone. Disponível em:
http://rollingstone.uol.com.br/noticia/manoel-de-barros-o-poeta-do-povo/ Acesso em: 23 de dez. de 2015.
AZEVEDO, C. S. . A "desutilidade poética" de Manoel de Barros- questão de poesia ou filosofia?.
Revista.doc , v. 03, p. 1-13, 2003. Disponível em:
http://www.sjpambrosiasabatovich.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/3/2570/1890/arquivos/File/Poesia.pdf
Acesso em: 23 de dez. de 2015.
MENEZES, E. Manoel de Barros: O poeta universal do Mato Grosso do Sul in Jornal de Poesia.
Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/ednamenezes1.html Acesso em: 26 de dez. de 2015.
Referências
Chklovski in “A arte como processo”, em Teoria da Literatura I: Textos dos Formalistas Russos
apresentados por Tzvetan Todorov, Edições 70, Lisboa, 1999.
DIAS, M. H. M. ; Espaço e linguagem na poesia de Manoel de Barros: uma constante
(des)aprendizagem. Antares: Letras e Humanidades , v. 1, p. 125-133, 2009. Disponível em:
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/viewFile/304/264 Acesso em: 23 de dez. de
2015.
Entrevista. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/castel11.html Acesso em: 23 de dez. de
2015.
CASTELLO, J. Manoel de Barros faz do absurdo sensatez in Jornal da Poesia. Disponível em:
http://www.jornaldepoesia.jor.br/castel11.html Acesso em: 23 de dez. de 2015.
Morte de Manoel de Barros e entrevista de 1998. Morre o Poeta Manoel de Barros, aos 97 anos in O
Globo. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/morre-poeta-manoel-de-barros-aos-97-anos-
14548514 Acesso em: 26 de dez. de 2016.
Referências
Imagens:
(Imagem 1): Reprodução: Google imagens. Disponível em: https://catracalivre.com.br/wp-
content/uploads/2015/09/Manoel-de-Barros.jpg Acesso em: 23 de dez. de 2015.
(Imagem 2): Desenho de Manoel de Barros. Manoel de Barros – O Falso Primitivo in Tanto.
Disponível em: http://www.tanto.com.br/ericponty.htm Acesso em: 23 de dez. de 2015.
(Imagem 3): Manoel em cena do documentário "Dedicatória". Aos 97 anos, Manoel de Barros
renasce em “Bernardo” e com poesia inédita in Lado B. Disponível em:
http://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes-23-08-2011-08/aos-97-anos-manoel-de-
barros-renasce-em-bernardo-e-com-poesia-inedita Acesso em: 23 de dez. de 2015.

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Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdícios

  • 1. Manoel de BarrosO poeta que é apanhador de desperdícios Natielle Lopes da Costa Segundo ano de Letras (UNIOESTE)
  • 2. “Meu avesso é mais visível do que um poste. [...] Não saio de dentro de mim nem pra pescar.” Manoel de Barros
  • 3. O POETA • Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu na cidade de Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916, formou-se em direito em 1941 no Rio de Janeiro e, embora tenha contato com a poesia desde os 13 anos, escreveu seu primeiro poema aos 19 anos. Em sua primeira audiência como advogado ficou tão nervoso que vomitou nos papéis. Viveu como fazendeiro e poeta. Recebeu muitos prêmios literários e foi considerado um dos maiores poetas da contemporaneidade.
  • 4. O QUE DIZEM DO POETA • Foi declarado o maior poeta vivo por Carlos Drummond de Andrade, no ano de 1986. • “Visionário da humildade e solidariedade humanas” — Antônio Houaiss, filólogo brasileiro. • “Originalidade, absurdez, infantilidade, síntese, mas principalmente esse absurdo verossímil que a gente vê no mundo infantil, mas com muita estética.” —Pedro Cezar, diretor. (Sobre as obras do poeta)
  • 5. O POETA SOBRE SI Venho de um Cuiabá garimpo e de ruelas entortadas. Meu pai teve uma venda de bananas no Beco da Marinha, onde nasci. Me criei no Pantanal de Corumbá, entre bichos do chão, pessoas humildes, aves, árvores e rios. Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar entre pedras e lagartos. Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz. Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me sinto como que desonrado e fujo para o Pantanal onde sou abençoado a garças. Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que fui salvo. Descobri que todos os caminhos levam à ignorância. Não fui para a sarjeta porque herdei uma fazenda de gado. Os bois me recriam. Agora sou tão ocaso! Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço coisas inúteis. No meu morrer tem uma dor de árvore. (Autorretrato Falado, Livro das ignorãças, 1993, p.107)
  • 6. A TIMIDEZ • Quando José Castello entrevistou Manoel de Barros para o jornal Estado, assim descreveu sua experiência: “Imaginava Manoel de Barros magro e triste, mas ele é gorducho e enérgico. Imaginava um homem ingênuo, que passasse os dias entre cachorros e passarinhos - mas ele ouve concertos clássicos, lê Kant, Benjamin e Roland Barthes e toma cerveja com psicanalistas. Caí na armadilha de seus poemas. E talvez fosse isso o que, mantendo-se escondido, ele desejasse preservar: os versos. Manoel fala como qualquer senhor respeitável de 80 anos; não fala "torto", como falam seus poemas. É essa fala reta, provavelmente, o que ele chama de timidez: o homem comum que se esconde detrás dos versos insensatos.” (CASTELLO, J.)
  • 7. A TIMIDEZ • Embora reconhecido contemporaneamente, Manoel de Barros passou grande parte de sua carreira no anonimato. Quanto a isso, o autor já afirmou: “foi por minha culpa mesmo. Sou muito orgulhoso, nunca procurei ninguém, nem freqüentei rodas, nem mandei um bilhete. Uma vez pedi emprego a Carlos Drummond de Andrade no Ministério da Educação e ele anotou o meu nome. Estou esperando até hoje.”
  • 8. A TIMIDEZ “ A palavra oral não dá rascunho” — Manoel de Barros • Quando o diretor Pedro Cezar decidiu fazer o documentário Só dez por cento é mentira sobre Manoel de Barros, convencer o autor a deixar registrá-lo em vídeo não foi uma tarefa fácil, uma vez que Manoel afirma ser um “ser letral”. Depois de muito insistir, Pedro Cezar desistiu e disse em uma conversa: “Manoel, deixa essa história toda pra lá. Isso era um sonho, mas posso viver sem isso.” Este foi o argumento que fez com que Manoel de Barros tomasse remédio para não ficar nervoso durante a entrevista. O longa-metragem é organizado alternando-se em trechos da entrevista com o autor, versos de sua obra e depoimentos de leitores. O documentário ganhou os prêmios de melhor documentário longa-metragem do II Festival Paulínia de Cinema 2009 e os prêmios de melhor direção de longa-metragem documentário e melhor filme documentário longa-metragem do V Fest Cine Goiânia 2009.
  • 9. A DIDÁTICA DA CRIAÇÃO • Tudo o que Manoel de Barros criou foi escrito em blocos de notas que ele mesmo criava em um quarto 3x4 nomeado pelo poeta de “lugar de ser inútil”, como relata o diretor/narrador Pedro Cezar do documentário Só dez por cento é mentira. • As obras de Manoel não chamavam atenção pelos temas tratados pelo autor, mas sim pela forma como trabalhava com os mesmos e a linguagem da qual utilizava-se.
  • 10. A DIDÁTICA DA CRIAÇÃO • Em uma entrevista ao Globo, no ano de 1998, Manoel afirmou: “Eu estou trabalhando com a palavra e aí me vem uma ideia. E por isso não acredito em inspiração, acredito em trabalho. Mas sei também que transformar palavra em verso, combinar o ritmo com a ressonância verbal, é um dom linguístico. Tenho frases poéticas que são versos. Sei fazer frases.”
  • 11. O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO • Se tratando de arte, é notório o que afirma Chklovski: “E eis que para devolver a sensação de vida, para sentir os objetos, para provar que pedra é pedra, existe o que se chama de arte. O objetivo da arte é dar a sensação do objeto como visão e não como reconhecimento [...]” (CHKLOVSKI, V., 1917, p. 45) Ou seja, a arte tem como objetivo levar o leitor ao estranhamento. Uma simples notícia de jornal só faz com que o leitor tenha uma visão mecânica, uma vez que está em contato com uma linguagem prosaica. A arte, pelo contrário, não faz uso desta linguagem comum, seja na prosa ou na poesia, como vemos nas obras de Manoel de Barros.
  • 12. O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO • Sobre a linguagem utilizada em suas obras, assim afirma Manoel: Escrevo o idioleto manoelês archaico (Idioleto é o dialeto que os idiotas usam para falar com as paredes e com as moscas). Preciso atrapalhar as significâncias. (BARROS apud Dias, 2009, p.131)
  • 13. O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO • Assim afirma Dias sobre a linguagem usada por Manoel de Barros em suas obras: Trata-se de uma trangressão, porém armada de consciência quanto aos modos de agenciamento da linguagem, na qual é possível fazer coexistirem numa só palavra outras em plena (e fértil) contradição: o “dessaber”, que finaliza o verso citado de 1 Em Inútil poesia, Leyla Perrone-Moisés comenta sobre essa noção de (in)utilidade da poesia, lembrando-nos de Mallarmé e Leminski. Manoel de Barros, contém ocultos em seu corpo outros signos que a leitura deve recuperar: dissabor, saber, não saber, sabor. É aí, nessa conjugação entre familiaridade – afinal, o eu poético se instala “nos fundos do quintal” – e distanciamento crítico – a invenção de signos que desacomodam o conhecido – que essa poesia acontece, afirma-se enquanto linguagem. (DIAS, M., 2009.)
  • 14. O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO • O jornal online Jornal de Poesia traz um artigo de Edna Menezes referente a Manoel. Quanto ao estilo do autor, afirma Edna: “No que se refere ao estilo, a poética de Manoel de Barros distancia-se do padrão estético e estilístico da literatura moderna e contemporânea de maneira que o universo é transfigurado por intermédio de uma linguagem que se desvela em imagens inusitadas. Nesse contexto, a idealização dos elementos banais retirados do cotidiano mediante o uso da temática telúrico-pantaneira, permite que o poeta reinvente o mundo por ele contemplado através da palavra criadora. O estilo de Manoel de Barros sustenta-se na combinação dos vocábulos de maneira inédita, fato que acarreta numa linguagem inovadora com expressões insólitas e distantes ao lugar comum. Essa linguagem, muitas vezes aproveitada do dialeto pantaneiro, se junta a uma temática que ultrapassa o regionalismo e vai a busca da palavra em sua essência profunda e primitiva. Assim, a obra barreana caracteriza-se como um verdadeiro artesanato da palavra, ou, às vezes, como um grande laboratório vocabular em que o artista opera cada significado verbal e continua “re- buscando” novas dimensões lingüísticas. Com efeito, o leitor depara-se com uma realidade fragmentada e marcada pela utilização de neologismos (invenção da linguagem). Conhecer a obra de Manoel de Barros é se deixar levar pela magia de um mundo novo, um mundo no qual as coisas possuem um sentido inusitado e deixam emanar a essência vital do universo.” (MENEZES, E.)
  • 15. O IDIOLETO MANOELÊS ARCHAICO • Ainda no que diz respeito a linguagem utilizada por Manoel, pode-se observar este fragmento de uma entrevista concedida pelo autor ao jornal Estado. Estado - Poemas são assim tão perigosos? Os seus costumam ser adotados nas provas de vestibular. Você não gosta. Por quê? Manoel - Faço uma poesia difícil. Depois, cair no mundo das imagens não é para qualquer um. Ainda mais para adolescentes. Adolescentes querem as coisas retas, senão não aceitam. E minha poesia é torta. Estado - Eles exigem, no mínimo, professores muito preparados. Manoel - Mas nem os professores me digerem. Há pouco tempo, chegou aqui em casa uma das coordenadoras do vestibular em Mato Grosso. Ela me disse: "Eu não entendo nada de seus livros. Se me permitir dizer a verdade, eu vou dizer: seus livros são uma m...!" Estado - E como você reagiu? Manoel - Eu lhe disse: "Olhe, minha querida, se meus poemas são difíceis, a culpa não é minha. Juro que não tenho culpa. Meus poemas sofrem de mim."
  • 16. O POETA E OS OBJETOS “As coisas tinham para nós uma desutilidade poética Nos fundos do quintal era muito riquíssimo o nosso dessaber” (BARROS, M., Livro sobre nada, 1996, p. 11)
  • 17. O POETA E OS OBJETOS • Como já afirmado, os escritos de Manoel não chamam a atenção do leitor por o que escreve, mas como escreve. Assim, pode-se citar o que afirma Dias: A poesia de Manoel de Barros desperta a atenção do leitor não tanto pela temática que traz em sua linguagem quanto, principalmente, pela forma inusitada como (re)configura essa matéria enquanto dizer. Falar sobre o mundo e criar um meio singular que dê corpo a essa fala são gestos simultâneos – projeto em afinidade com uma tradição poética que faz da palavra sujeito e objeto, uma autoconsciência onde se alojam criação e leitura, espírito crítico e ludicidade.
  • 18. O POETA E OS OBJETOS • Observa-se a maneira com que Manoel de Barros lida com os objetos em seus escritos, consoante afirma Azevedo “ele está propondo uma poética que vai levar a linguagem às últimas consequências, pois vai desabrigar a palavra de seu sentido usual [...]”ou como afirma a leitora Bianca, no documentário sobre o autor Só dez por cento é mentira “Eu acho que é por isso que ele vai falar com a nova geração [...] ele escreve do ponto de vista da coisa: é como se os objetos pedissem ‘pelo amor de Deus, me liberte dessa função de ser apenas uma cadeira pra sentar’ [...] Uma cadeira pode servir poeticamente pra duzentos milhões de coisas. Eu acho que aí é que ele é libertador.”
  • 19. O POETA E OS OBJETOS “As coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis Elas desejam ser olhadas de azul” — Manoel de Barros
  • 20. DESENHOS • Além de seus escritos, Manoel de Barros criava desenhos. Quanto a estes, dizia que são desenhos verbais, pois é quando se “consegue colocar uma imagem na vista do leitor”. “ Imagens são palavras que nos faltaram” — Manoel de Barros
  • 21. MORTE • Manoel de Barros morreu aos 97 anos no dia 13 de novembro de 2014, por falência múltipla de órgãos, depois de uma cirurgia. • Sua filha Martha disse em uma entrevista ao O Globo que, depois da morte de seu filho em 2013 e por causa da idade, “ele estava se apagando como uma velinha”.
  • 22. MORTE • “Ao ser indagado sobre como gostaria de ser lembrado, Manoel ri, coça o peito, diz que a pergunta é cruel; já mais sério, fala que o único jeito é pela poesia. “A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece, morre. Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste. Eis a ciência da poesia: amarrar o tempo no poste”.” (Trecho de reportagem sobre Manoel em O Globo)
  • 23.
  • 24. Referências LEITE, Carlos Willian. ‘O maior poeta vivo’ in Os 10 melhores poemas de Manoel de Barros. Revista bula. Disponível em: http://www.revistabula.com/2680-os-10-melhores-poemas-de-manoel-de-barros/ Acesso em: 19 de dez. de 2015. BARROS, Manoel Wenceslau Leite de. O livro sobre nada (fragmentado) in Se não canto, pelo menos grito. Disponível em: http://blogdoitarcio2.blogspot.com.br/2015/07/o-livro-sobre-nada-sempre-que- desejo.html Acesso em: 23 de dez. de 2015. Lista de reprodução "Estante de Vídeo & Áudio-Livros" do canal YouTube CarlosAlbertoDidier. Documentário "Só dez por cento é mentira" sobre a vida e a obra de Manoel de Barros, dirigido por Pedro Cezar (2008). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QZLC8wNVtfs Acesso em: 23 de dez. de 2015. COLOMBO, Patrícia. O poeta do povo in Revista Rolling Stone. Disponível em: http://rollingstone.uol.com.br/noticia/manoel-de-barros-o-poeta-do-povo/ Acesso em: 23 de dez. de 2015. AZEVEDO, C. S. . A "desutilidade poética" de Manoel de Barros- questão de poesia ou filosofia?. Revista.doc , v. 03, p. 1-13, 2003. Disponível em: http://www.sjpambrosiasabatovich.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/3/2570/1890/arquivos/File/Poesia.pdf Acesso em: 23 de dez. de 2015. MENEZES, E. Manoel de Barros: O poeta universal do Mato Grosso do Sul in Jornal de Poesia. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/ednamenezes1.html Acesso em: 26 de dez. de 2015.
  • 25. Referências Chklovski in “A arte como processo”, em Teoria da Literatura I: Textos dos Formalistas Russos apresentados por Tzvetan Todorov, Edições 70, Lisboa, 1999. DIAS, M. H. M. ; Espaço e linguagem na poesia de Manoel de Barros: uma constante (des)aprendizagem. Antares: Letras e Humanidades , v. 1, p. 125-133, 2009. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/viewFile/304/264 Acesso em: 23 de dez. de 2015. Entrevista. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/castel11.html Acesso em: 23 de dez. de 2015. CASTELLO, J. Manoel de Barros faz do absurdo sensatez in Jornal da Poesia. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/castel11.html Acesso em: 23 de dez. de 2015. Morte de Manoel de Barros e entrevista de 1998. Morre o Poeta Manoel de Barros, aos 97 anos in O Globo. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/morre-poeta-manoel-de-barros-aos-97-anos- 14548514 Acesso em: 26 de dez. de 2016.
  • 26. Referências Imagens: (Imagem 1): Reprodução: Google imagens. Disponível em: https://catracalivre.com.br/wp- content/uploads/2015/09/Manoel-de-Barros.jpg Acesso em: 23 de dez. de 2015. (Imagem 2): Desenho de Manoel de Barros. Manoel de Barros – O Falso Primitivo in Tanto. Disponível em: http://www.tanto.com.br/ericponty.htm Acesso em: 23 de dez. de 2015. (Imagem 3): Manoel em cena do documentário "Dedicatória". Aos 97 anos, Manoel de Barros renasce em “Bernardo” e com poesia inédita in Lado B. Disponível em: http://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes-23-08-2011-08/aos-97-anos-manoel-de- barros-renasce-em-bernardo-e-com-poesia-inedita Acesso em: 23 de dez. de 2015.