SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
POETAS DA
CONTEMPORANEIDADE: ADÉLIA
PRADO, MANOEL DE BARROS E
JOSÉ PAULO PAES
Docente: Paulo Kozen
Acadêmicas: Letícia Hettwer Ribeiro, Jaqueline Iapp e
Patricia Kuns
Marechal Cândido Rondon
2017
Adélia Prado
Adélia Luzia Prado Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no
dia 13 de dezembro de 1935. Começou a escrever seus primeiros
versos em 1950, após o falecimento de sua mãe. A escritora teve o
apoio do importante poeta, também mineiro, Carlos Drummond de
Andrade, que adorou os poemas de Adélia e sugeriu que fossem
publicados.
 Adélia Prado ficou conhecida na literatura brasileira pelos poemas que
valorizavam a mulher e falavam da fé cristã. Sob o olhar feminino, os poemas
de Adélia Prado utilizam um vocabulário simples para falar sobre
religiosidade, família e cotidiano. A poetisa recebeu o Prêmio Jabuti, na
categoria Poesia, por “O Coração Disparado”, lançado em 1978. A poetisa
pode ser classificada como uma escritora da literatura contemporânea. Adélia
Prado costuma colocar a perspectiva da mulher em seus poemas, colocando
sempre o feminino em primeiro plano.
Estilo
A fé católica sempre se fez presente nos
poemas da autora, que costuma tratar de
temas ligados a Deus, à família e,
principalmente, à mulher. O vocabulário
simples e a linguagem coloquial produzem
poemas leves e de suavidade marcante.
Adélia Prado também coloca o erótico em
seus escritos, de forma delicada e leve,
características de sua poesia.
(OLIVIERI, 1995, p.121)
Obras
Poesia:
 Bagagem, Imago - 1976
 O coração disparado, Nova Fronteira - 1978
 Terra de Santa Cruz, Nova Fronteira - 1981
 O pelicano, Rio de Janeiro - 1987
 A faca no peito, Rocco - 1988
 Oráculos de maio, Siciliano - 1999
 A duração do dia, Record - 2010
Exemplo de poemas:
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
PRADO, Adélia. Bagagem
(OLIVIERI,1995, p.126)
Manoel de Barros
 O poeta Manoel Wenceslau Leite de Barros, mais conhecido como Manoel de
Barros, nasceu no Beco da Marinha, em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de
dezembro de 1916. Aos 19 anos, Manoel de Barros escreveu seu primeiro
poema, e a partir de então sua veia poética não mais deixou de pulsar. O
poeta ganhou prêmios importantes, como o Prêmio Orlando Dantas, em 1960,
doado pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro Compêndio para Uso dos
Pássaros. Sua obra posterior, Gramática Expositiva do Chão, foi contemplada
com o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, enquanto Livro Sobre
Nada ganhou outra honraria, desta vez de contexto nacional.
Características
 Uso de vocabulário coloquial-rural e de uma sintaxe que remete diretamente
à oralidade, ampliando as possibilidades expressivas e comunicativas do seu
léxico através da formação de palavras novas (neologismos). Assim, pelo uso
que Manoel de Barros faz da língua escrita, seu trabalho tem sido muitas
vezes comparado ao de Guimarães Rosa, sendo chamado como "o
Guimarães Rosa da poesia”. Manoel de Barros nunca se afasta do
"vanguardismo primitivista”, como se pode notar pelo título "Poesia Rupestre"
(2004), ganhador de vários prêmios literários de repercussão em todo o
Brasil.
(SILVA, 2009 p.544)
“Para entrar em estado de árvore é preciso partir de
um torpor animal de lagarto às três horas da tarde,
no mês de agosto.
Em dois anos a inércia e o mato vão crescer em
nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até o mato
sair na voz.
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.”
O livro das ignorãças, de Manoel de Barros
Principais obras
 1937 — Poemas concebidos sem pecado
 1960 — Compêndio para uso dos pássaros
 1966 — Gramática expositiva do chão
 1989 — O guardador das águas
 1990 — Poesia quase toda
 1991 — Concerto a céu aberto para solos de aves
 1993 — O livro das ignorãças
 1996 — Livro sobre nada
1999 —Exercícios de ser criança
2001 — O fazedor de amanhecer
 2004 — Poemas rupestres
Exemplo de poemas:
Retrato do artista quando coisa
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.
José Paulo Paes
 O poeta nasceu em Taquaritinga - SP, em 22 de julho de 1926. Foi para
Curitiba e formou-se em Química Industrial. Fez parte, também, do grupo da
livraria Ghignone e escreveu na revista “Joaquim”, fundada por Trevisan
(com circulação nos anos 40). Em 1947, José Paulo Paes publicou seu
primeiro livro de poemas, “O aluno”. Radicou-se em São Paulo em 1949,
exercendo a profissão de químico. Paes tornou-se amigo de Graciliano
Ramos, de Jorge Amado e de Oswald de Andrade. Em1952, publicou seu
segundo livro. Paes abandonou a profissão de químico e trabalhou durante
vinte e cinco anos como tradutor de escritores gregos, dinamarqueses,
italianos, norte-americanos e ingleses. Afora os dezessete livros de poesia,
publicados de 1947 a 2001, escreveu onze obras ensaísticas. Morreu em
1998.
Características da poesia de
José Paulo Paes
A dedicação à permanente pesquisa estética faz com que se
torne, em linhas gerais, o poeta capaz de, a partir da herança
modernista, negar o formalismo da denominada “Geração de
45” – à qual estaria ligado cronologicamente –, aproximar-se
de vanguardas como a poesia Concreta, e, simultaneamente,
partir em busca da construção de linguagem breve e pessoal,
caracterizada por concentrar na estrutura poética apenas o
que há de mais essencial;
De poética marcadamente irônica e concisa, o escritor também
se revela um cidadão permanentemente atento às intenções,
ações e condições do homem moderno e urbano;
 Interpretar poeticamente o mundo dos homens e dos livros foi a
tarefa a que se dedicou José Paulo Paes. Para tal, lançou mão, em
sua poética, de recursos como o epigrama, a ironia e o chiste. Além
disso, manteve-se sempre atento à possibilidade de produzir uma
literatura em que pudesse concentrar o máximo no mínimo; A
comicidade e a ironia da poesia de Paes, justamente, criticar o
imediatismo de uma sociedade imersa em interesses financistas e
calcada, muitas vezes, em valores pouco solidários.
Principais obras:
 O aluno (1947);
 Cúmplices (1951);
 Novas cartas chilenas (1954);
 Mistério em casa (1961);
 Resíduo (1973);
 Calendário perplexo (1983);
 É isso ali (1984);
 Gregos e baianos (1985);
 Prosas seguidas de odes mínimas (1992);
 A poesia está morta mas juro que não fui eu (1988);
 De ontem para hoje (1996);
 Um passarinho me contou (Premio Jabuto 1997);
 Melhores poemas (1998);
 Uma letra puxa a outra (1998);
 Ri melhor quem ri primeiro (1999);
 O lugar do outro (1999).
Madrigal
Meu amor é simples, Dora,
Como a água e o pão.
Como o céu refletido
Nas pupilas de um cão.
(De “Cúmplices”, 1951)
Bucólica
O camponês sem terra
Detêm a charrua
E pensa em colheitas
Que nunca serão suas.
(De “Epigramas”, 1958)
Referências:
OLIVIERI, Rita. Poesia e oralidade na obra de Adélia Prado. Sitientibus, v.
13, p. 121-126, 1995.
SILVA, Célia Sebastiana. Manoel de Barros: sem margens com as palavras.
Fragmentos de cultura, v. 19, n. 4, p. 541-550, 2009.
A voz da poesia. Disponível em:
<http://www.avozdapoesia.com.br/autores.php?poeta_id=299> Acesso em: 08
Fev. 2017
Educação. Disponível em:
<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/adelia-prado.html>
Acesso em: 08 Fev. 2017
Intervox. Disponível em:
<http://intervox.nce.ufrj.br/~clodo/jose_paulo_paes.htm> Acesso em: 12 Fev.
2017
Releituras. Disponível em: <http://www.releituras.com/aprado_bio.asp> Acesso
em: 12 Fev. 2017
Revista bula. Disponível em: <http://www.revistabula.com/2680-os-10-melhores-
poemas-de-manoel-de-barros/> Acesso em: 12 Fev. 2017
Info escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/biografias/adelia-prado/>
Acesso em: 08 Fev. 2017
Info escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/escritores/manoel-de-
barros/> Acesso em: 08 Fev. 2017

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeAdriana Masson
 
Carlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeCarlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeAline Almeida
 
Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprioWilliam Ferraz
 
Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdícios
Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdíciosManoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdícios
Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdíciosnatiellelopesc
 
Natalia Correia
Natalia CorreiaNatalia Correia
Natalia Correiatimtim100
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeAndresa Araújo
 
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroEugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroRosário Cunha
 
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De AndradeConsolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andradecatiasgs
 
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De AndradeAmor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andradecatiasgs
 
"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo
"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo
"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudorafabebum
 
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintanaTrabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintanaRosário Cunha
 
A poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andradeA poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andradema.no.el.ne.ves
 

Mais procurados (20)

10 livros escolhidos.
10 livros escolhidos.10 livros escolhidos.
10 livros escolhidos.
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Carlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeCarlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andrade
 
Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprio
 
Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdícios
Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdíciosManoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdícios
Manoel de Barros: o poeta que é apanhador de desperdícios
 
Natalia Correia
Natalia CorreiaNatalia Correia
Natalia Correia
 
Castro Alves
Castro AlvesCastro Alves
Castro Alves
 
Adélia prado
Adélia pradoAdélia prado
Adélia prado
 
Natalia Correia
Natalia CorreiaNatalia Correia
Natalia Correia
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroEugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
 
Gonçalves Dias
Gonçalves DiasGonçalves Dias
Gonçalves Dias
 
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De AndradeConsolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
Consolo Na Praia, Carlos Drummond De Andrade
 
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De AndradeAmor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
Amor, Pois Que é Palavra Essencial; Carlos Drummond De Andrade
 
"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo
"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo
"Claro Enigma", de Carlos Drummond de Andrade - estudo
 
7 faces
7 faces7 faces
7 faces
 
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
PROJETO: SARAU LITERÁRIOPROJETO: SARAU LITERÁRIO
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
 
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintanaTrabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
 
A poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andradeA poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andrade
 

Semelhante a Poetas contemporâneos: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes

Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo PaesPoetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo PaesPaula Back
 
Principais poetas brasileiros
Principais poetas brasileirosPrincipais poetas brasileiros
Principais poetas brasileirosRafael Marques
 
2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.
2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.
2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.Lucas Pascoaloto
 
Os modernistas da 1º fase
Os modernistas da 1º faseOs modernistas da 1º fase
Os modernistas da 1º faseIngrid Ramos
 
Modernismo 2a. geração
Modernismo   2a. geraçãoModernismo   2a. geração
Modernismo 2a. geraçãoVilmar Vilaça
 
ROMANTISMO NO BRASIL
ROMANTISMO NO BRASILROMANTISMO NO BRASIL
ROMANTISMO NO BRASILJunior Moura
 
Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprioWilliam Ferraz
 
Poemas Traduzidos de Manuel Bandeira
Poemas Traduzidos de Manuel BandeiraPoemas Traduzidos de Manuel Bandeira
Poemas Traduzidos de Manuel BandeiraLana Delly Nascimento
 
Modernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª faseModernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª faserillaryalvesj
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoafromgaliza
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxLUCELIOFERREIRADASIL
 
Modernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª faseModernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª faserillaryalvesj
 

Semelhante a Poetas contemporâneos: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes (20)

Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo PaesPoetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
Poetas da contemporaneidade: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes
 
Principais poetas brasileiros
Principais poetas brasileirosPrincipais poetas brasileiros
Principais poetas brasileiros
 
Keilla
KeillaKeilla
Keilla
 
Keilla
KeillaKeilla
Keilla
 
2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.
2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.
2ª tarefa do facegrupo de língua portuguesa.
 
Nascida em divinópolis
Nascida em divinópolisNascida em divinópolis
Nascida em divinópolis
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torga
 
Os modernistas da 1º fase
Os modernistas da 1º faseOs modernistas da 1º fase
Os modernistas da 1º fase
 
Modernismo 2a. geração
Modernismo   2a. geraçãoModernismo   2a. geração
Modernismo 2a. geração
 
ROMANTISMO NO BRASIL
ROMANTISMO NO BRASILROMANTISMO NO BRASIL
ROMANTISMO NO BRASIL
 
Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprio
 
Poemas Traduzidos de Manuel Bandeira
Poemas Traduzidos de Manuel BandeiraPoemas Traduzidos de Manuel Bandeira
Poemas Traduzidos de Manuel Bandeira
 
Hilda Hilst
Hilda HilstHilda Hilst
Hilda Hilst
 
3º ano c wesley
3º ano c wesley3º ano c wesley
3º ano c wesley
 
Modernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª faseModernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª fase
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Antologia poética
Antologia poéticaAntologia poética
Antologia poética
 
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
 
MauríCio Francelino De Jesus Mario De Quintana
MauríCio Francelino De Jesus   Mario De QuintanaMauríCio Francelino De Jesus   Mario De Quintana
MauríCio Francelino De Jesus Mario De Quintana
 
Modernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª faseModernismo brasil 1ª fase
Modernismo brasil 1ª fase
 

Último

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 

Último (20)

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 

Poetas contemporâneos: Adélia Prado, Manoel de Barros e José Paulo Paes

  • 1. POETAS DA CONTEMPORANEIDADE: ADÉLIA PRADO, MANOEL DE BARROS E JOSÉ PAULO PAES Docente: Paulo Kozen Acadêmicas: Letícia Hettwer Ribeiro, Jaqueline Iapp e Patricia Kuns Marechal Cândido Rondon 2017
  • 2. Adélia Prado Adélia Luzia Prado Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Começou a escrever seus primeiros versos em 1950, após o falecimento de sua mãe. A escritora teve o apoio do importante poeta, também mineiro, Carlos Drummond de Andrade, que adorou os poemas de Adélia e sugeriu que fossem publicados.
  • 3.  Adélia Prado ficou conhecida na literatura brasileira pelos poemas que valorizavam a mulher e falavam da fé cristã. Sob o olhar feminino, os poemas de Adélia Prado utilizam um vocabulário simples para falar sobre religiosidade, família e cotidiano. A poetisa recebeu o Prêmio Jabuti, na categoria Poesia, por “O Coração Disparado”, lançado em 1978. A poetisa pode ser classificada como uma escritora da literatura contemporânea. Adélia Prado costuma colocar a perspectiva da mulher em seus poemas, colocando sempre o feminino em primeiro plano.
  • 4. Estilo A fé católica sempre se fez presente nos poemas da autora, que costuma tratar de temas ligados a Deus, à família e, principalmente, à mulher. O vocabulário simples e a linguagem coloquial produzem poemas leves e de suavidade marcante. Adélia Prado também coloca o erótico em seus escritos, de forma delicada e leve, características de sua poesia.
  • 6. Obras Poesia:  Bagagem, Imago - 1976  O coração disparado, Nova Fronteira - 1978  Terra de Santa Cruz, Nova Fronteira - 1981  O pelicano, Rio de Janeiro - 1987  A faca no peito, Rocco - 1988  Oráculos de maio, Siciliano - 1999  A duração do dia, Record - 2010
  • 7. Exemplo de poemas: Com licença poética Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. PRADO, Adélia. Bagagem
  • 9. Manoel de Barros  O poeta Manoel Wenceslau Leite de Barros, mais conhecido como Manoel de Barros, nasceu no Beco da Marinha, em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Aos 19 anos, Manoel de Barros escreveu seu primeiro poema, e a partir de então sua veia poética não mais deixou de pulsar. O poeta ganhou prêmios importantes, como o Prêmio Orlando Dantas, em 1960, doado pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro Compêndio para Uso dos Pássaros. Sua obra posterior, Gramática Expositiva do Chão, foi contemplada com o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, enquanto Livro Sobre Nada ganhou outra honraria, desta vez de contexto nacional.
  • 10. Características  Uso de vocabulário coloquial-rural e de uma sintaxe que remete diretamente à oralidade, ampliando as possibilidades expressivas e comunicativas do seu léxico através da formação de palavras novas (neologismos). Assim, pelo uso que Manoel de Barros faz da língua escrita, seu trabalho tem sido muitas vezes comparado ao de Guimarães Rosa, sendo chamado como "o Guimarães Rosa da poesia”. Manoel de Barros nunca se afasta do "vanguardismo primitivista”, como se pode notar pelo título "Poesia Rupestre" (2004), ganhador de vários prêmios literários de repercussão em todo o Brasil.
  • 12. “Para entrar em estado de árvore é preciso partir de um torpor animal de lagarto às três horas da tarde, no mês de agosto. Em dois anos a inércia e o mato vão crescer em nossa boca. Sofreremos alguma decomposição lírica até o mato sair na voz. Hoje eu desenho o cheiro das árvores.” O livro das ignorãças, de Manoel de Barros
  • 13. Principais obras  1937 — Poemas concebidos sem pecado  1960 — Compêndio para uso dos pássaros  1966 — Gramática expositiva do chão  1989 — O guardador das águas  1990 — Poesia quase toda  1991 — Concerto a céu aberto para solos de aves  1993 — O livro das ignorãças  1996 — Livro sobre nada 1999 —Exercícios de ser criança 2001 — O fazedor de amanhecer  2004 — Poemas rupestres
  • 14. Exemplo de poemas: Retrato do artista quando coisa A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas.
  • 15. José Paulo Paes  O poeta nasceu em Taquaritinga - SP, em 22 de julho de 1926. Foi para Curitiba e formou-se em Química Industrial. Fez parte, também, do grupo da livraria Ghignone e escreveu na revista “Joaquim”, fundada por Trevisan (com circulação nos anos 40). Em 1947, José Paulo Paes publicou seu primeiro livro de poemas, “O aluno”. Radicou-se em São Paulo em 1949, exercendo a profissão de químico. Paes tornou-se amigo de Graciliano Ramos, de Jorge Amado e de Oswald de Andrade. Em1952, publicou seu segundo livro. Paes abandonou a profissão de químico e trabalhou durante vinte e cinco anos como tradutor de escritores gregos, dinamarqueses, italianos, norte-americanos e ingleses. Afora os dezessete livros de poesia, publicados de 1947 a 2001, escreveu onze obras ensaísticas. Morreu em 1998.
  • 16. Características da poesia de José Paulo Paes A dedicação à permanente pesquisa estética faz com que se torne, em linhas gerais, o poeta capaz de, a partir da herança modernista, negar o formalismo da denominada “Geração de 45” – à qual estaria ligado cronologicamente –, aproximar-se de vanguardas como a poesia Concreta, e, simultaneamente, partir em busca da construção de linguagem breve e pessoal, caracterizada por concentrar na estrutura poética apenas o que há de mais essencial; De poética marcadamente irônica e concisa, o escritor também se revela um cidadão permanentemente atento às intenções, ações e condições do homem moderno e urbano;
  • 17.  Interpretar poeticamente o mundo dos homens e dos livros foi a tarefa a que se dedicou José Paulo Paes. Para tal, lançou mão, em sua poética, de recursos como o epigrama, a ironia e o chiste. Além disso, manteve-se sempre atento à possibilidade de produzir uma literatura em que pudesse concentrar o máximo no mínimo; A comicidade e a ironia da poesia de Paes, justamente, criticar o imediatismo de uma sociedade imersa em interesses financistas e calcada, muitas vezes, em valores pouco solidários.
  • 18. Principais obras:  O aluno (1947);  Cúmplices (1951);  Novas cartas chilenas (1954);  Mistério em casa (1961);  Resíduo (1973);  Calendário perplexo (1983);  É isso ali (1984);  Gregos e baianos (1985);  Prosas seguidas de odes mínimas (1992);  A poesia está morta mas juro que não fui eu (1988);  De ontem para hoje (1996);  Um passarinho me contou (Premio Jabuto 1997);  Melhores poemas (1998);  Uma letra puxa a outra (1998);  Ri melhor quem ri primeiro (1999);  O lugar do outro (1999).
  • 19. Madrigal Meu amor é simples, Dora, Como a água e o pão. Como o céu refletido Nas pupilas de um cão. (De “Cúmplices”, 1951) Bucólica O camponês sem terra Detêm a charrua E pensa em colheitas Que nunca serão suas. (De “Epigramas”, 1958)
  • 20. Referências: OLIVIERI, Rita. Poesia e oralidade na obra de Adélia Prado. Sitientibus, v. 13, p. 121-126, 1995. SILVA, Célia Sebastiana. Manoel de Barros: sem margens com as palavras. Fragmentos de cultura, v. 19, n. 4, p. 541-550, 2009. A voz da poesia. Disponível em: <http://www.avozdapoesia.com.br/autores.php?poeta_id=299> Acesso em: 08 Fev. 2017 Educação. Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/adelia-prado.html> Acesso em: 08 Fev. 2017
  • 21. Intervox. Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/~clodo/jose_paulo_paes.htm> Acesso em: 12 Fev. 2017 Releituras. Disponível em: <http://www.releituras.com/aprado_bio.asp> Acesso em: 12 Fev. 2017 Revista bula. Disponível em: <http://www.revistabula.com/2680-os-10-melhores- poemas-de-manoel-de-barros/> Acesso em: 12 Fev. 2017 Info escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/biografias/adelia-prado/> Acesso em: 08 Fev. 2017 Info escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/escritores/manoel-de- barros/> Acesso em: 08 Fev. 2017