SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Contexto sócio-histórico
 Fase de ouro da burguesia, enriquecida com a Revolução Industrial,
desfrutando do conforto moderno e do progresso;
 desenvolveu-se paralelamente ao Realismo-Naturalismo;
 Belle époque (fins do século XIX até a Primeira Grande Guerra);
 Surgiu na França, a partir de 1866, com uma antologia de poetas desejosos
de reagir contra o sentimentalismo romântico: Le Parnase Contemporain;
 A denominação de Parnase Contemporain remete à Antiguidade Clássica: o
Monte Parnaso, na região da Fócida (Grécia), que segundo a mitologia, era a
morada dos deuses e poetas que se isolavam do mundo para dedicar-se
exclusivamente à arte;
 Além da França, somente no Brasil se deu o Parnasianismo, diretamente
inspirado no movimento francês;
 O Rio de Janeiro, então capitão federal, foi o centro da vida artística e
cultural: Parnasianismo; Realismo; Naturalismo; Simbolismo; Impressionismo,
são algumas das correntes estéticas que coexistiram no período entre 1881 e
1922;
Características da poesia parnasiana
 “Arte pela Arte” – esteticismo;
 Volta-se para o belo; descompromisso com os problemas do
mundo; Poetas encerram-se em suas torres de marfim;
 Impassibilidade (contenção do lirismo): a subjetividade é afastada
do sentimentalismo;
 Perfeição formal: materialismo da forma, o artesanato do verso,
palavra lapidada, burilada, assimilação dos ideais das artes
plásticas;
 Poesia descritiva, plástica e visual: objetos; cenas históricas;
fenômenos naturais (anoitecer, primavera, o amanhacer);
cromatismo intenso;
 Contato com o oriente; gosto burguês pelo exótico e requintado;
 Retorno à tradição clássica: ideais da poesia greco-romana,
renascentista e árcade – predomínio da razão; antropocentrismo;
arte voltada para o belo ideal; para o bem, a verdade e a
perfeição; mimeses (arte cópia da natureza)
Aspectos formais da poesia parnasiana
• Rimas ricas e raras;
• Forma fixa: soneto;
• Enjambements ou encadeamentos;
• Métrica rígida: predominância de decassílabos
e dodecassílabos;
• Preciosismo vocabular;
O Ninho
O/ mus/go /mais /se/do/so, a ús/nea/ mais/ le/(ve)
Trouxe de longe o alegre passarinho,
E um dia inteiro ao sol paciente esteve
Com o destro bico a arquitetar o ninho.
Da paina os vagos flocos cor de neve
Colhe, e por dentro o alfombra com carinho;
E armado, pronto, enfim, suspenso, em breve,
Ei-lo balouça à beira do caminho.
E a ave sobre ele as asas multicores
Estende, e sonha. Sonha que o áureo pólen
E o néctar suga às mais brilhantes flores;
Sonha... Porém de súbito a violento
Abalo acorda. Em torno as folhas bolem...
É o vento! E o ninho lhe arrebata o vento.
(Alberto de Oliveira)
Musa Impassível
Mu/sa! um /ges/to/ se/quer /de/ dor/ ou /de /sin/ce/(ro)
Lu/to/ ja/mais/ te a/fe/ie o /cân/di/do/ sem/blan/(te!)
Dian/te/ de um /Jó,/ com/ser/va o /mes/mo or/gu/lho, e/ dian/(te)
De um /mor/to, o/ mês/mo o/lhar /e /so/bre/ce/nho aus/te/(ro.)
Em teus olhos não quero a lágrima; não quero
Em tua boca o suave o idílico descante.
Celebra ora um fantasma angüiforme de Dante;
Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero.
Dá-me o hemistíquio d'ouro, a imagem atrativa;
A rima cujo som, de uma harmonia crebra,
Cante aos ouvidos d'alma; a estrofe limpa e viva;
Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,
Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,
Ora o surdo rumor de mármores partidos.
Francisca Júlia
Alberto de Oliveira (1857-1937)
Antonio Mariano Alberto de Oliveira nasceu
em 28 de abril de 1857 em Saquarema (RJ).
Abandonou o curso de Medicina no terceiro
ano e foi estudar Farmácia, formando-se em
1883. Também foi professor de Literatura
Brasileira e um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras.
Alberto de Oliveira é considerado “O Príncipe
dos Poetas Brasileiros”, ficou com este título
depois da morte de Olavo Bilac.
Sempre permaneceu fiel ao Parnasianismo e à
margem dos acontecimentos históricos. É
considerado mestre nessa estética, com sua
temática presa à descrição, desde a natureza
até meros objetos, exaltando-lhes a forma.
Perfeição formal, métrica rígida e linguagem
extremamente trabalhada, chegando, por
vezes, ao rebuscamento.
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?… de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Alberto de Oliveira
Raimundo Correia (1859-1911)
Raimundo da Mota Azevedo Correia
fez humanidades no Colégio Pedro II
e Direito em S. Paulo. No período
acadêmico foi ardente liberal e
admirador de Antero de Quental.
Formado, ingressou na magistratura.
Durante algum tempo secretariou a
legação brasileira em Lisboa. Embora
reconhecido pelos conterrâneos
como um dos melhores poetas do fim
do século, pouco participou da vida
literária, escudando a própria timidez
com a reserva que lhe facultavam as
funções de juiz. Morreu em Paris.
As Pombas
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
Raimundo Correia
Olavo Bilac (1865-1918)
Olavo Brás Martins dos Guimarães
Bilac nasceu no Rio de Janeiro.
Abandonou os cursos de medicina
(5º ano) e direito para se dedicar à
poesia. Além de poeta, foi jornalista,
crítico, inspetor da Instrução Pública
e membro do Conselho Superior do
Departamento Federal, entregando-
se a uma campanha em prol do
serviço militar obrigatório.
Pertenceu à Escola Parnasiana
Brasileira, sendo um dos seus
principais representantes, ao lado
de Alberto de Oliveira e Raimundo
Correia.
PROFISSÃO DE FÉ
Olavo Bilac
Não quero o Zeus Capitolino
Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.
Que outro - não eu! - a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atene o altivo porte
Descomunal.
Mais que esse vulto extraordinário,
Que assombra a vista,
Seduz-me um leve relicário
De fino artista.
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
Corre; desenha, enfeita a imagem,
A idéia veste:
Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
Azul-celeste.
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:
VILA RICA
O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição
Na torturada entranha abriu da terra nobre:
E cada cicatriz brilha como um brasão.
O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,
O último ouro do sol morre na cerração.
E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
O crepúsculo cai como uma extrema-unção.
Agora, para além do cerro, o céu parece
Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu...
A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,
Como uma procissão espectral que se move...
Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.
Sobressai no poema:
a) a descrição de um ambiente fictício;
b) a visão do homem infeliz;
c) um retrato valorizador da fé humana;
d) O aspecto descritivo e a lembrança de um passado
histórico.
Resposta:
d) O aspecto descritivo e a lembrança de um passado
histórico.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismoAna Batista
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoQuezia Neves
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Claudio Soares
 
Romantismo no Brasil
Romantismo no BrasilRomantismo no Brasil
Romantismo no BrasilCrisBiagio
 
Segunda fase do Modernismo no Brasil
Segunda fase do Modernismo no BrasilSegunda fase do Modernismo no Brasil
Segunda fase do Modernismo no Brasileeadolpho
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaCynthia Funchal
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literárioFábio Guimarães
 
2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)rillaryalvesj
 
Vanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slidesVanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slidesEline Lima
 
Terceira geração romântica
Terceira geração românticaTerceira geração romântica
Terceira geração românticaViviane Gomes
 
Modernismo 2 fase (geração de 30)
Modernismo 2 fase (geração de 30)Modernismo 2 fase (geração de 30)
Modernismo 2 fase (geração de 30)Josie Ubiali
 

Mais procurados (20)

O pré modernismo
O pré modernismoO pré modernismo
O pré modernismo
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Ppt realismo (1)
Ppt realismo (1)Ppt realismo (1)
Ppt realismo (1)
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista
 
Romantismo no Brasil
Romantismo no BrasilRomantismo no Brasil
Romantismo no Brasil
 
Segunda fase do Modernismo no Brasil
Segunda fase do Modernismo no BrasilSegunda fase do Modernismo no Brasil
Segunda fase do Modernismo no Brasil
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - Literatura
 
G. Literários
G. LiteráriosG. Literários
G. Literários
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literário
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Naturalismo
NaturalismoNaturalismo
Naturalismo
 
2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)
 
Vanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slidesVanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slides
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Terceira geração romântica
Terceira geração românticaTerceira geração romântica
Terceira geração romântica
 
Modernismo 2 fase (geração de 30)
Modernismo 2 fase (geração de 30)Modernismo 2 fase (geração de 30)
Modernismo 2 fase (geração de 30)
 
Modernismo
Modernismo Modernismo
Modernismo
 

Destaque (7)

Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Parnasianismo slide
Parnasianismo slideParnasianismo slide
Parnasianismo slide
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Parnasianismo 2.0
Parnasianismo 2.0Parnasianismo 2.0
Parnasianismo 2.0
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Slides parnasianismo
Slides parnasianismoSlides parnasianismo
Slides parnasianismo
 

Semelhante a A Paisagem Histórica de Ouro Preto

PARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
PARNASIANISMO-AUTORES1.pptPARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
PARNASIANISMO-AUTORES1.pptRildeniceSantos
 
Parnasianismo de Olavo Bilac
Parnasianismo de Olavo BilacParnasianismo de Olavo Bilac
Parnasianismo de Olavo BilacVitor Morais
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.pptVANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.pptAdilsonSevero
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...DanyelleRibeiro3
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.pptVANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.pptfranciscomoura710
 
VANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.pptVANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.pptSarahAkaida
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...Silvanasoares26
 
Parnasianismo 2014 power point atual(1)
Parnasianismo 2014   power point atual(1)Parnasianismo 2014   power point atual(1)
Parnasianismo 2014 power point atual(1)Gustavo Cuin
 
Parnasianismo 2014 power point atual
Parnasianismo 2014   power point atualParnasianismo 2014   power point atual
Parnasianismo 2014 power point atualGustavo Cuin
 
Poesia romântica brasileira
Poesia romântica brasileiraPoesia romântica brasileira
Poesia romântica brasileiraFabricio Souza
 
As vanguardas europeias.ppt
As vanguardas europeias.pptAs vanguardas europeias.ppt
As vanguardas europeias.pptAllanPatrick22
 
Parnasianismo em ppt
Parnasianismo em pptParnasianismo em ppt
Parnasianismo em pptjace13034
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 

Semelhante a A Paisagem Histórica de Ouro Preto (20)

PARNASIANISMO.ppt
PARNASIANISMO.pptPARNASIANISMO.ppt
PARNASIANISMO.ppt
 
Parnasianismo.pptx
Parnasianismo.pptxParnasianismo.pptx
Parnasianismo.pptx
 
PARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
PARNASIANISMO-AUTORES1.pptPARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
PARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Parnasianismo de Olavo Bilac
Parnasianismo de Olavo BilacParnasianismo de Olavo Bilac
Parnasianismo de Olavo Bilac
 
Olavo bilac roteiro de estudo
Olavo bilac roteiro de estudoOlavo bilac roteiro de estudo
Olavo bilac roteiro de estudo
 
Olavo bilac roteiro de estudo
Olavo bilac roteiro de estudoOlavo bilac roteiro de estudo
Olavo bilac roteiro de estudo
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.pptVANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDESNovo.ppt
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES: IMPRESSIONISMO, SURREALISMO, DADAÍSMO, EXPRESSIO...
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.pptVANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS_E MOVIMENTOSSLIDES.ppt
 
VANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.pptVANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.ppt
VANGUARDAS EUROPEIAS__________SLIDES.ppt
 
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...
VANGUARDAS EUROPEIAS_SLIDES cubismo, expressionismo, dadaismo...
 
Parnasianismo 2014 power point atual(1)
Parnasianismo 2014   power point atual(1)Parnasianismo 2014   power point atual(1)
Parnasianismo 2014 power point atual(1)
 
Parnasianismo 2014 power point atual
Parnasianismo 2014   power point atualParnasianismo 2014   power point atual
Parnasianismo 2014 power point atual
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Romantismo
 Romantismo Romantismo
Romantismo
 
Poesia romântica brasileira
Poesia romântica brasileiraPoesia romântica brasileira
Poesia romântica brasileira
 
As vanguardas europeias.ppt
As vanguardas europeias.pptAs vanguardas europeias.ppt
As vanguardas europeias.ppt
 
Parnasianismo em ppt
Parnasianismo em pptParnasianismo em ppt
Parnasianismo em ppt
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 

A Paisagem Histórica de Ouro Preto

  • 1.
  • 2. Contexto sócio-histórico  Fase de ouro da burguesia, enriquecida com a Revolução Industrial, desfrutando do conforto moderno e do progresso;  desenvolveu-se paralelamente ao Realismo-Naturalismo;  Belle époque (fins do século XIX até a Primeira Grande Guerra);  Surgiu na França, a partir de 1866, com uma antologia de poetas desejosos de reagir contra o sentimentalismo romântico: Le Parnase Contemporain;  A denominação de Parnase Contemporain remete à Antiguidade Clássica: o Monte Parnaso, na região da Fócida (Grécia), que segundo a mitologia, era a morada dos deuses e poetas que se isolavam do mundo para dedicar-se exclusivamente à arte;  Além da França, somente no Brasil se deu o Parnasianismo, diretamente inspirado no movimento francês;  O Rio de Janeiro, então capitão federal, foi o centro da vida artística e cultural: Parnasianismo; Realismo; Naturalismo; Simbolismo; Impressionismo, são algumas das correntes estéticas que coexistiram no período entre 1881 e 1922;
  • 3.
  • 4. Características da poesia parnasiana  “Arte pela Arte” – esteticismo;  Volta-se para o belo; descompromisso com os problemas do mundo; Poetas encerram-se em suas torres de marfim;  Impassibilidade (contenção do lirismo): a subjetividade é afastada do sentimentalismo;  Perfeição formal: materialismo da forma, o artesanato do verso, palavra lapidada, burilada, assimilação dos ideais das artes plásticas;  Poesia descritiva, plástica e visual: objetos; cenas históricas; fenômenos naturais (anoitecer, primavera, o amanhacer); cromatismo intenso;  Contato com o oriente; gosto burguês pelo exótico e requintado;  Retorno à tradição clássica: ideais da poesia greco-romana, renascentista e árcade – predomínio da razão; antropocentrismo; arte voltada para o belo ideal; para o bem, a verdade e a perfeição; mimeses (arte cópia da natureza)
  • 5.
  • 6. Aspectos formais da poesia parnasiana • Rimas ricas e raras; • Forma fixa: soneto; • Enjambements ou encadeamentos; • Métrica rígida: predominância de decassílabos e dodecassílabos; • Preciosismo vocabular;
  • 7. O Ninho O/ mus/go /mais /se/do/so, a ús/nea/ mais/ le/(ve) Trouxe de longe o alegre passarinho, E um dia inteiro ao sol paciente esteve Com o destro bico a arquitetar o ninho. Da paina os vagos flocos cor de neve Colhe, e por dentro o alfombra com carinho; E armado, pronto, enfim, suspenso, em breve, Ei-lo balouça à beira do caminho. E a ave sobre ele as asas multicores Estende, e sonha. Sonha que o áureo pólen E o néctar suga às mais brilhantes flores; Sonha... Porém de súbito a violento Abalo acorda. Em torno as folhas bolem... É o vento! E o ninho lhe arrebata o vento. (Alberto de Oliveira)
  • 8. Musa Impassível Mu/sa! um /ges/to/ se/quer /de/ dor/ ou /de /sin/ce/(ro) Lu/to/ ja/mais/ te a/fe/ie o /cân/di/do/ sem/blan/(te!) Dian/te/ de um /Jó,/ com/ser/va o /mes/mo or/gu/lho, e/ dian/(te) De um /mor/to, o/ mês/mo o/lhar /e /so/bre/ce/nho aus/te/(ro.) Em teus olhos não quero a lágrima; não quero Em tua boca o suave o idílico descante. Celebra ora um fantasma angüiforme de Dante; Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero. Dá-me o hemistíquio d'ouro, a imagem atrativa; A rima cujo som, de uma harmonia crebra, Cante aos ouvidos d'alma; a estrofe limpa e viva; Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos, Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra, Ora o surdo rumor de mármores partidos. Francisca Júlia
  • 9. Alberto de Oliveira (1857-1937) Antonio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em 28 de abril de 1857 em Saquarema (RJ). Abandonou o curso de Medicina no terceiro ano e foi estudar Farmácia, formando-se em 1883. Também foi professor de Literatura Brasileira e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Alberto de Oliveira é considerado “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”, ficou com este título depois da morte de Olavo Bilac. Sempre permaneceu fiel ao Parnasianismo e à margem dos acontecimentos históricos. É considerado mestre nessa estética, com sua temática presa à descrição, desde a natureza até meros objetos, exaltando-lhes a forma. Perfeição formal, métrica rígida e linguagem extremamente trabalhada, chegando, por vezes, ao rebuscamento.
  • 10. Vaso Chinês Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?… de um velho mandarim Também lá estava a singular figura. Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. Alberto de Oliveira
  • 11. Raimundo Correia (1859-1911) Raimundo da Mota Azevedo Correia fez humanidades no Colégio Pedro II e Direito em S. Paulo. No período acadêmico foi ardente liberal e admirador de Antero de Quental. Formado, ingressou na magistratura. Durante algum tempo secretariou a legação brasileira em Lisboa. Embora reconhecido pelos conterrâneos como um dos melhores poetas do fim do século, pouco participou da vida literária, escudando a própria timidez com a reserva que lhe facultavam as funções de juiz. Morreu em Paris.
  • 12. As Pombas Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada... E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais... Raimundo Correia
  • 13. Olavo Bilac (1865-1918) Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro. Abandonou os cursos de medicina (5º ano) e direito para se dedicar à poesia. Além de poeta, foi jornalista, crítico, inspetor da Instrução Pública e membro do Conselho Superior do Departamento Federal, entregando- se a uma campanha em prol do serviço militar obrigatório. Pertenceu à Escola Parnasiana Brasileira, sendo um dos seus principais representantes, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
  • 14. PROFISSÃO DE FÉ Olavo Bilac Não quero o Zeus Capitolino Hercúleo e belo, Talhar no mármore divino Com o camartelo. Que outro - não eu! - a pedra corte Para, brutal, Erguer de Atene o altivo porte Descomunal. Mais que esse vulto extraordinário, Que assombra a vista, Seduz-me um leve relicário De fino artista. Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma flor. Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro. Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papel A pena, como em prata firme Corre o cinzel. Corre; desenha, enfeita a imagem, A idéia veste: Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem Azul-celeste. Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito:
  • 15. VILA RICA O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre; Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição Na torturada entranha abriu da terra nobre: E cada cicatriz brilha como um brasão. O ângelus plange ao longe em doloroso dobre, O último ouro do sol morre na cerração. E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, O crepúsculo cai como uma extrema-unção. Agora, para além do cerro, o céu parece Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu... A neblina, roçando o chão, cicia, em prece, Como uma procissão espectral que se move... Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu... Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.
  • 16. Sobressai no poema: a) a descrição de um ambiente fictício; b) a visão do homem infeliz; c) um retrato valorizador da fé humana; d) O aspecto descritivo e a lembrança de um passado histórico. Resposta: d) O aspecto descritivo e a lembrança de um passado histórico.