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III Dimensões da acção humana e dos valores

  2. A dimensão estética
    Análise e compreensão da experiência estética




                        Malangatana, Mural, (edifício do Centro de Estudos Africanos)
2.1 A experiência
   e o juízo estético




    Sumário
    Análise da Situação-Problema
    Caracterização da experiência estética
    Sensibilidade estética
    A justificação do juízo estético: subjectivismo e
    objectivismo estéticos
Problema

O que é a experiência estética?

Nesta unidade vamos estudar a dimensão estética
do ser humano e a natureza da Arte




                                    >>>
Situação-Problema

1.Contemplação de uma imagem: Pietá, de Miguel Ângelo

2. Audição de Stabat Mater, de Pergolesi

3. Observação de outras representações (esculturas e
   pinturas) sobre o tema
Michelangelo, Pietá   Pergolesi, Stabat Mater
Boticelli
(1445-1510),

Pietá
Van Gogh,
Pietá
Pietá
Já lívido repousa em seu regaço.
Já não escuta, não vê, não ri, não fala.
Aquele que foi Seu filho, Ela o embala
Morto, alheia a tempo e espaço.

O mistério parou no limiar dos assombros.
Dos irados profetas, das rígidas escrituras
Sobra um Deus morto; e os únicos escombros
São a atónita aflição das criaturas.

Eles choram, vários, como vários são
Sua revolta e sua dor. Absorto,
O olhar da Mãe escorre, inútil, no chão.
Ela, o que chora? O Deus parado - ou o filho morto?

                                       Reinaldo Ferreira
Guião de exploração
da Situação-Problema >>>

Observação da escultura
• Qual é o tema?
• Que tipo de sentimentos
  exprimem as figuras?
• Que elementos da
composição justificam
esses sentimentos?
(dar atenção ao material, à
proporcionalidade e
expressividade das figuras, à
postura, aos pormenores …)
Guião de exploração da Situação-Problema

Pietá

Já lívido repousa em seu regaço.                  Análise do poema
Já não escuta, não vê, não ri, não fala.
Aquele que foi Seu filho, Ela o embala
Morto, alheia a tempo e espaço.

O mistério parou no limiar dos assombros.
Dos irados profetas, das rígidas escrituras       •  Qual é o tema?
Sobra um Deus morto; e os únicos
escombros
São a atónita aflição das criaturas.
                                                  •  Que tipo de
Eles choram, vários, como vários são                 sentimentos exprime?
Sua revolta e sua dor. Absorto,
O olhar da Mãe escorre, inútil, no chão.
Ela, o que chora? O Deus parado - ou o
                                                  •  Que questões coloca?
filho morto?
                              Reinaldo Ferreira
Caracterização da experiência estética >>>
Miguel Ângelo representou a Mãe de Jesus com o corpo do filho
morto
A escultura foi encomendada pelo cardeal Jean de Bilheres para a
Capela dos Reis de França (Basílica de São Pedro, Vaticano)

Observámos diferentes formas
de representação de um drama
da existência (escultura, música,
poesia)

Os seus autores usaram meios
diferentes para retratar a emoção
sentida por Maria, Mãe de Jesus




                           Van Gogh, Pietá
Caracterização da experiência estética

Apesar de se tratar de uma obra de arte sacra, e de
representar a morte de Cristo (um momento importante do
Cristianismo), a Pietá pode ser interpretada como uma
representação simbólica do sofrimento de todas as mães
perante a morte de um filho

A beleza formal da escultura estimula a nossa sensibilidade,
provocando um estado afectivo paradoxal: somos ao mesmo
tempo tocados pela dor e atraídos pela beleza da obra

A este tipo de experiência chamamos experiência estética
aos objectos capazes de a suscitar, objectos estéticos
Experiência estética


É um estado afectivo de agrado e de prazer
suscitado pela apropriação subjectiva de um
objecto, seja a contemplação da natureza, seja
a criação ou a contemplação de uma obra de arte
O’stravaganza (arranjo celta de Vivaldi),
Música para recém-nascidos
Objecto estético
                                          O termo usa-se em dois sentidos:

                                          •  em sentido objectivo designa
                                          as obras de arte ou elementos da
                                          natureza capazes de provocarem
                                          uma experiência estética

                                          •  em sentido subjectivo (no
                                          contexto da linguagem estética),
                                          designa as representações
                                          mentais dessas obras de arte
Míron (escultor grego, século V a.C.) -
Discóbolo (cópia)                         ou desses objectos naturais
Tipos de Atitudes


Quando nos colocamos perante os objectos podemos assumir:

• Uma atitude técnica, quando os “olhamos” como algo útil

• Uma atitude teórica, quando procuramos compreender

• Uma atitude religiosa quando os “olhamos” como sinais
  ou símbolos de uma outra realidade

• Uma atitude estética, quando os “olhamos” para sentir
  simplesmente o prazer do acto de observar sem
  qualquer outra finalidade
Atitude estética
                                                Atitude estética
                                                é a atitude
                                                desinteressada,
                                                fixada apenas
                                                no sentimento
                                                de prazer
                                                proporcionado
                                                pela percepção
                                                do objecto
Alexander Calder, Lithograph Skybird -   1974
Experiência estética: texto de Kant
Apreender pela sua faculdade de conhecimento (…) um
edifício regular e conforme a fins, é algo totalmente diverso
do que ser consciente desta representação com a sensação
de comprazimento. Aqui a representação é referida
inteiramente ao sujeito e na verdade ao seu sentimento de
prazer ou desprazer. (…) A cor verde dos prados pertence à
sensação objectiva, como percepção de um objecto dos
sentidos; o seu agrado, porém, pertence à sensação
subjectiva, ao sentimento (…) do comprazimento.
                                Kant, Crítica da Faculdade de Julgar
Uma experiência estética pode ser suscitada

•  Pela contemplação             •  Pela contemplação de objectos
   da natureza, da sua beleza,     estéticos, especialmente pela
   do seu poder, grandiosidade     contemplação da arte
   e magnificência

                                   A Pietá é um objecto estético
                                   porque a sua contemplação
                                   provoca uma emoção estética:
                                   um sentimento de prazer que
                                   pode fazer-nos esquecer
                                   o dramatismo da situação
                                   retratada na obra
Sensibilidade estética                    Chopin, por P. Klinge




Se nos colocarmos numa atitude
estética, perceberemos os objectos
como algo de que se gosta ou
não se gosta

Sensibilidade estética é a capacidade
de perceber e apreciar as formas,
em termos de um sentimento de agrado
ou desagrado

Embora seja uma capacidade natural,
a sensibilidade estética precisa de ser
educada e desenvolvida.
                                          Ouvir música desenvolve
                                          a sensibilidade estética?
Em síntese

1) Se adoptarmos uma atitude estética, olharmos os objectos
   desinteressadamente, fixando-nos no sentimento de
   agrado que o objecto nos dá, acedemos a uma experiência
   afectiva a que chamamos experiência estética

2) Segundo Kant, a experiência estética não se centra no
   objecto, nas suas características ou utilidade, nem tem
   qualquer preocupação prática. Refere-se ao sentimento de
   prazer ou de desprazer vivido pelo sujeito

3) Se educarmos a nossa sensibilidade estética, poderemos
   aceder a experiências estéticas de grau mais elevado
Uma experiência estética




                Ludwig van Beethoven, VI Sinfonia (Pastoral)
Juízos
                              estéticos
                              Ao fazermos apreciações
                              dos objectos em termos de
                              beleza estamos a exprimir
                              um juízo estético

                              Juízo estético é
                              a expressão da
                              apreciação dos
                              objectos em termos
                              de beleza

Dali, Mulher nua ao espelho
Qual o fundamento do juízo estético?
               Em que nos baseamos para
               dizer «A Vénus de Milo é uma
               escultura magnífica!», na
               emoção que sentimos ou nas
               suas características?


               A cada uma destas alternativas
               corresponde uma concepção
               acerca da natureza dos juízos
               estéticos: subjectivismo ou
               objectivismo estético?
 Milo, Vénus
Subjectivismo / Objectivismo

 Subjectivismo estético      Objectivismo estético

  Os juízos estéticos são      Os juízos estéticos são
         subjectivos                  objectivos
             ▼                            ▼
   A beleza depende dos        A beleza depende das
   sentimentos de prazer     propriedades dos objectos
      provocados pela           independentemente
       contemplação                do que sente o
 desinteressada do objecto           observador
          estético
Subjectivismo estético - Kant

Se alguém me pergunta se acho belo um palácio que vejo
ante mim, então posso na verdade dizer: não gosto desta
espécie de coisas que são feitas simplesmente para
embasbacar, ou, como aquele chefe iroquês, a quem em
Paris nada lhe agrada mais do que as tabernas; posso além
disso, (…) recriminar a vaidade dos grandes, que se servem
do suor do povo para coisas supérfluas. (…) Pode-se
conceder-me e aprovar tudo isto; só que agora não se trata
disso. Quer-se saber somente se esta simples
representação do objecto [palácio] em mim é acompanhada
de comprazimento, por indiferente que sempre eu possa ser
com respeito à existência do objecto desta representação.
                               Kant, Crítica da Faculdade de Julgar
Subjectivismo estético
                                                 Gosto é a capacidade de
                                                 julgar o sentimento de prazer
                                                 ou desprazer que acompanha
                                                  a representação de um
                                                 objecto (Kant)
  Óscar Niemeyer, Congresso Nacional ,Brasília

                                                 Ora, se o gosto é que julga
Para Kant o juízo estético
                                                 com base no sentimento de
•  não expressa                                  prazer ou desprazer, então,
características do objecto                       o juízo estético é determinado
•  refere-se ao sentimento                       por um sentimento subjectivo
de prazer resultante da                          desinteressado de belo ou de
representação do objecto                         sublime
Segundo Kant,
O valor estético dos objectos depende do sentimento de
prazer que a sua contemplação provoca
(chamamos a isso subjectivismo estético)

Afirmar «A música de Mozart é bela» significa que:

• Ouvi-la produz comprazimento
  (sentimento de prazer)

• Esse sentimento não depende
  de nenhum interesse prático
  no objecto

• A beleza designa o sentimento
  de prazer provocado no sujeito
O belo é universal

O belo é o que é representado sem conceitos como objecto
de um comprazimento universal. (...) Aquilo a respeito de cujo
comprazimento alguém é consciente de que é nele próprio
independente de todo o interesse, isso ele não pode ajuizar
de outro modo senão que tem de conter um fundamento de
comprazimento para qualquer um (…). Consequentemente,
tem que se atribuir ao juízo de gosto, com a consciência da
separação nele de todo o interesse, uma reivindicação de
validade para qualquer um, sem universalidade fundada sobre
objectos, isto é, uma reivindicação de universalidade
subjectiva tem de estar ligada a esse juízo.
                                  Kant, Crítica da Faculdade de Julgar
Conclusão

Para Kant, o juízo estético é

•  Singular, pois refere-se apenas ao sujeito que
   ajuíza

•  Universalmente subjectivo, pois deve ser válido
   para todos os sujeitos que julgam
   desinteressadamente


Tese de Kant: o juízo estético é subjectivamente
universal
Imaginemos dois cenários diferentes


                               Rochedos audazes e
Um prado florido,              proeminentes, por assim
serpenteado por um regato      dizer ameaçadores,
de água cristalina, bordeado   nuvens de trovões
de árvores frondosas, a        acumulando-se no céu,
música dos pássaros...         avançando com
                               relâmpagos e
                               estampidos…
Belo e sublime: diferenças

Estes cenários despertam o mesmo tipo de comprazimento?
Qual dizemos que é belo? Que tipo de comprazimento
proporcionará o cenário B?

No juízo estético sobre o belo, o comprazimento é tranquilo;
a afirmação “o prado é belo”, traduz um sentimento de agrado
positivo que mantém o espírito em serena contemplação


Ora, a contemplação de uma tempestade, como do cenário
B não proporciona o mesmo tipo de comprazimento
Texto de Kant

O ilimitado oceano revolto, uma alta queda d’água de um rio
poderoso, etc., tornam a nossa capacidade de resistência
de uma pequenez insignificante em comparação com o seu
poder. Mas o seu espectáculo só se torna tanto mais
atraente, quanto mais terrível ele é, contanto nos
encontremos em segurança; e de bom grado
denominaremos esses objectos sublimes porque eles
elevam as forças da alma acima da sua mediania, e
permitem descobrir em nós uma faculdade de resistência
de espécie totalmente diversa, a qual nos encoraja a
medir--nos com a omnipotência da natureza.
                                Kant, Crítica da Faculdade de Juízo
Sublime
                    Sublime significa elevado, superior,
                    grandioso, e a experiência do sublime
                    refere-se a um “sentir-se superado”
                    por algo que nos ultrapassa
                    ilimitadamente (Kant)

                    Sublime é aquilo em comparação com
                    o qual tudo o mais é pequeno


O sublime pode ser aquilo que é grande para além de toda
a comparação, ou seja, o infinitamente grande (sublime
matemático) ou aquilo que excede infinitamente as nossas
próprias forças (sublime dinâmico)
Experiência do sublime
Tamanha grandeza ou tamanha manifestação
de poder, atemoriza e atrai, proporcionando um
sentimento misto de:

      Desprazer                     Prazer
          ▼                            ▼
                              permite-nos descobrir
       obriga-nos           a nossa natureza racional
      a reconhecer              ou supra-sensível

         a nossa           (a capacidade de pensar tamanha
                              grandeza revela a existência
        fraqueza              em nós de uma natureza que
                              supera os padrões e medidas
                                   finitas e limitadas)
Texto de Kant

Encontramos a nossa própria limitação na
incomensurabilidade da natureza e na insuficiência da
nossa faculdade para tomar um padrão de medida
proporcionado à avaliação estética do seu domínio, e
contudo também ao mesmo tempo encontramos na nossa
faculdade da razão um outro padrão de medida não
sensível que contém em si, como unidade, aquela própria
infinitude, e em confronto com a qual tudo na natureza é
pequeno;

>>>
>>>
por conseguinte, encontramos no nosso espírito uma
superioridade sobre a própria natureza na sua
incomensurabilidade: assim também a irresistibilidade
do seu poder nos dá a conhecer, considerados como entes
da natureza, a nossa impotência física, mas descobre
ao mesmo tempo uma faculdade de ajuizar-nos como
independentes dela e uma superioridade sobre a natureza,
sobre a qual se funda uma auto conservação de espécie
totalmente diversa daquela que pode ser atacada e posta
em perigo pela natureza fora de nós (…).
                              Kant, Crítica da Faculdade de Juízo
Belo ou sublime?
O belo é o sentimento de   O sublime é, simultaneamente:
Conclusão

                    O sublime é, simultaneamente,

 O belo é o         • o sentimento de temor e de respeito
 sentimento de      suscitado pelo incapacidade da imaginação
                    para compreender aquilo que a excede em
 comprazimento
                    poder e grandeza
 suscitado pela
 contemplação da     • o sentimento de atracção e de sedução
                    pelo objecto (da natureza), cuja
 forma do objecto   representação determina o espírito a
                    pensar a própria natureza como totalidade
                    (ideia de Mundo) e a pensar-se a si mesmo
                    como natureza supra-sensível concretizada
                    através da moralidade
Gluck,
Che Faro senza Euridice
Objectivismo estético


                        O objectivismo
                        faz depender a
                        apreciação
                        estética de um
                        conjunto de
                        características
                        existentes no
                        objecto estético
 Matisse, Dance
Segundo o objectivismo, quais são as características do objecto que
permitem considerá-lo como objecto estético?
Como identificá-las quando materializadas nas diferentes formas de arte?


Na arte contemporânea encontramos uma enorme
variedade de correntes estéticas e de estilos.

Os artistas nem sempre estão integrados em movimentos
estéticos nem subordinam as suas criações às regras formais
(cânones) definidas
O que é valorizado é a criatividade a capacidade de
imaginar novas formas para expressar uma emoção,
comunicar uma ideia, fazer pensar e até intervir

Cada criação tem as suas próprias regras
Objectivismo estético
Salvador Dali, The Weaning of Furniture
Nutrition




                                          A beleza deste quadro depende das suas
                                          características ou do sentimento de prazer
                                                        do espectador?
Como identificar o que é arte?
            Como distinguir a boa da má?

O filósofo americano Monroe Beardsley (1915-1985)
identificou as qualidades estéticas gerais exigidas para se
poder falar de arte (seja qual for a forma de arte e das
diferenças de estilo)

Afirmando que a função da arte é produzir experiências
estéticas disse:


 o valor de uma obra de arte depende da sua capacidade
 de produzir experiências estéticas
Quais as características formais para que uma obra produza
uma experiência estética? Uma obra (de arte) deve ter:

Qualidades estéticas gerais:
          unidade / intensidade / complexidade
Qualidades regionais específicas de cada forma de arte

 APLICAÇÃO
 Se usarmos a teoria objectivista de Beardsley como critério de
 avaliação da Pietá, teremos de verificar se ela tem:

 • as qualidades estéticas gerais (unidade, complexidade e
 intensidade)

 • as qualidades específicas da escultura (leveza formal, por
 exemplo), necessárias para provocar uma experiência estética
Claude Monet, Impressão – Nascer do Sol




                                          Que qualidades tornam este quadro uma obra de arte?
Nesta pintura,
                                     e do ponto de vista
                                     do objectivismo
                                     estético, que
                                     características
                                     justificam o juízo




                                     “Esta pintura é uma
                                     obra de arte?”
Chagall (1887-1985), Eu e a Aldeia
Organograma conceptual >>>
Objectos              Atitude estética          Obras de
naturais     Contemplação pura e desinteressada   arte
             Experiência estética
 Objectos    Estado afectivo de agrado e de prazer          Objectos
 estéticos   provocado pela contemplação da Natureza,       estéticos
     ↓       pela criação (artista) e pela contemplação        ↓
             artística observador)

                         Juízos estéticos
              Juízos de apreciação dos objectos estéticos

  Objectivismo estético               Subjectivismo estético
A beleza depende das             A beleza depende dos sentimentos de
propriedades do objecto, não     prazer provocados pela contemplação
do que sente o observador          desinteressada do objecto estético
>>> Organograma conceptual
                     Subjectivismo estético
 O belo depende dos sentimentos prazer provocados pela contemplação
                   desinteressada do objecto estético

                                   Kant
Os juízos estéticos são juízos de gosto pois referem-se
           ao comprazimento do sujeito e não ao objecto estético

               Belo                               Sublime
 O sentimento de comprazimento       O sentimento
 suscitado pela contemplação             de temor/respeito/atracção
            do objecto               suscitado pela grandiosidade
                                          ou pela força da Natureza
Ninguém está
dispensado de
responder Exercício

As respostas podem
ser dadas:
1. On-line (através do
“Moodle”)
2. Em papel (fornecido
pelo professor)

O exercício será feito
em sala de aula.

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A experiência estética: da sensibilidade à justificação do juízo

  • 1. III Dimensões da acção humana e dos valores 2. A dimensão estética Análise e compreensão da experiência estética Malangatana, Mural, (edifício do Centro de Estudos Africanos)
  • 2. 2.1 A experiência e o juízo estético Sumário Análise da Situação-Problema Caracterização da experiência estética Sensibilidade estética A justificação do juízo estético: subjectivismo e objectivismo estéticos
  • 3. Problema O que é a experiência estética? Nesta unidade vamos estudar a dimensão estética do ser humano e a natureza da Arte >>>
  • 4. Situação-Problema 1.Contemplação de uma imagem: Pietá, de Miguel Ângelo 2. Audição de Stabat Mater, de Pergolesi 3. Observação de outras representações (esculturas e pinturas) sobre o tema
  • 5. Michelangelo, Pietá Pergolesi, Stabat Mater
  • 8. Pietá Já lívido repousa em seu regaço. Já não escuta, não vê, não ri, não fala. Aquele que foi Seu filho, Ela o embala Morto, alheia a tempo e espaço. O mistério parou no limiar dos assombros. Dos irados profetas, das rígidas escrituras Sobra um Deus morto; e os únicos escombros São a atónita aflição das criaturas. Eles choram, vários, como vários são Sua revolta e sua dor. Absorto, O olhar da Mãe escorre, inútil, no chão. Ela, o que chora? O Deus parado - ou o filho morto? Reinaldo Ferreira
  • 9. Guião de exploração da Situação-Problema >>> Observação da escultura • Qual é o tema? • Que tipo de sentimentos exprimem as figuras? • Que elementos da composição justificam esses sentimentos? (dar atenção ao material, à proporcionalidade e expressividade das figuras, à postura, aos pormenores …)
  • 10.
  • 11. Guião de exploração da Situação-Problema Pietá Já lívido repousa em seu regaço. Análise do poema Já não escuta, não vê, não ri, não fala. Aquele que foi Seu filho, Ela o embala Morto, alheia a tempo e espaço. O mistério parou no limiar dos assombros. Dos irados profetas, das rígidas escrituras •  Qual é o tema? Sobra um Deus morto; e os únicos escombros São a atónita aflição das criaturas. •  Que tipo de Eles choram, vários, como vários são sentimentos exprime? Sua revolta e sua dor. Absorto, O olhar da Mãe escorre, inútil, no chão. Ela, o que chora? O Deus parado - ou o •  Que questões coloca? filho morto? Reinaldo Ferreira
  • 12. Caracterização da experiência estética >>> Miguel Ângelo representou a Mãe de Jesus com o corpo do filho morto A escultura foi encomendada pelo cardeal Jean de Bilheres para a Capela dos Reis de França (Basílica de São Pedro, Vaticano) Observámos diferentes formas de representação de um drama da existência (escultura, música, poesia) Os seus autores usaram meios diferentes para retratar a emoção sentida por Maria, Mãe de Jesus Van Gogh, Pietá
  • 13. Caracterização da experiência estética Apesar de se tratar de uma obra de arte sacra, e de representar a morte de Cristo (um momento importante do Cristianismo), a Pietá pode ser interpretada como uma representação simbólica do sofrimento de todas as mães perante a morte de um filho A beleza formal da escultura estimula a nossa sensibilidade, provocando um estado afectivo paradoxal: somos ao mesmo tempo tocados pela dor e atraídos pela beleza da obra A este tipo de experiência chamamos experiência estética aos objectos capazes de a suscitar, objectos estéticos
  • 14. Experiência estética É um estado afectivo de agrado e de prazer suscitado pela apropriação subjectiva de um objecto, seja a contemplação da natureza, seja a criação ou a contemplação de uma obra de arte
  • 15. O’stravaganza (arranjo celta de Vivaldi), Música para recém-nascidos
  • 16. Objecto estético O termo usa-se em dois sentidos: •  em sentido objectivo designa as obras de arte ou elementos da natureza capazes de provocarem uma experiência estética •  em sentido subjectivo (no contexto da linguagem estética), designa as representações mentais dessas obras de arte Míron (escultor grego, século V a.C.) - Discóbolo (cópia) ou desses objectos naturais
  • 17. Tipos de Atitudes Quando nos colocamos perante os objectos podemos assumir: • Uma atitude técnica, quando os “olhamos” como algo útil • Uma atitude teórica, quando procuramos compreender • Uma atitude religiosa quando os “olhamos” como sinais ou símbolos de uma outra realidade • Uma atitude estética, quando os “olhamos” para sentir simplesmente o prazer do acto de observar sem qualquer outra finalidade
  • 18. Atitude estética Atitude estética é a atitude desinteressada, fixada apenas no sentimento de prazer proporcionado pela percepção do objecto Alexander Calder, Lithograph Skybird - 1974
  • 19. Experiência estética: texto de Kant Apreender pela sua faculdade de conhecimento (…) um edifício regular e conforme a fins, é algo totalmente diverso do que ser consciente desta representação com a sensação de comprazimento. Aqui a representação é referida inteiramente ao sujeito e na verdade ao seu sentimento de prazer ou desprazer. (…) A cor verde dos prados pertence à sensação objectiva, como percepção de um objecto dos sentidos; o seu agrado, porém, pertence à sensação subjectiva, ao sentimento (…) do comprazimento. Kant, Crítica da Faculdade de Julgar
  • 20. Uma experiência estética pode ser suscitada •  Pela contemplação •  Pela contemplação de objectos da natureza, da sua beleza, estéticos, especialmente pela do seu poder, grandiosidade contemplação da arte e magnificência A Pietá é um objecto estético porque a sua contemplação provoca uma emoção estética: um sentimento de prazer que pode fazer-nos esquecer o dramatismo da situação retratada na obra
  • 21. Sensibilidade estética Chopin, por P. Klinge Se nos colocarmos numa atitude estética, perceberemos os objectos como algo de que se gosta ou não se gosta Sensibilidade estética é a capacidade de perceber e apreciar as formas, em termos de um sentimento de agrado ou desagrado Embora seja uma capacidade natural, a sensibilidade estética precisa de ser educada e desenvolvida. Ouvir música desenvolve a sensibilidade estética?
  • 22. Em síntese 1) Se adoptarmos uma atitude estética, olharmos os objectos desinteressadamente, fixando-nos no sentimento de agrado que o objecto nos dá, acedemos a uma experiência afectiva a que chamamos experiência estética 2) Segundo Kant, a experiência estética não se centra no objecto, nas suas características ou utilidade, nem tem qualquer preocupação prática. Refere-se ao sentimento de prazer ou de desprazer vivido pelo sujeito 3) Se educarmos a nossa sensibilidade estética, poderemos aceder a experiências estéticas de grau mais elevado
  • 23. Uma experiência estética Ludwig van Beethoven, VI Sinfonia (Pastoral)
  • 24. Juízos estéticos Ao fazermos apreciações dos objectos em termos de beleza estamos a exprimir um juízo estético Juízo estético é a expressão da apreciação dos objectos em termos de beleza Dali, Mulher nua ao espelho
  • 25. Qual o fundamento do juízo estético? Em que nos baseamos para dizer «A Vénus de Milo é uma escultura magnífica!», na emoção que sentimos ou nas suas características? A cada uma destas alternativas corresponde uma concepção acerca da natureza dos juízos estéticos: subjectivismo ou objectivismo estético? Milo, Vénus
  • 26. Subjectivismo / Objectivismo Subjectivismo estético Objectivismo estético Os juízos estéticos são Os juízos estéticos são subjectivos objectivos ▼ ▼ A beleza depende dos A beleza depende das sentimentos de prazer propriedades dos objectos provocados pela independentemente contemplação do que sente o desinteressada do objecto observador estético
  • 27. Subjectivismo estético - Kant Se alguém me pergunta se acho belo um palácio que vejo ante mim, então posso na verdade dizer: não gosto desta espécie de coisas que são feitas simplesmente para embasbacar, ou, como aquele chefe iroquês, a quem em Paris nada lhe agrada mais do que as tabernas; posso além disso, (…) recriminar a vaidade dos grandes, que se servem do suor do povo para coisas supérfluas. (…) Pode-se conceder-me e aprovar tudo isto; só que agora não se trata disso. Quer-se saber somente se esta simples representação do objecto [palácio] em mim é acompanhada de comprazimento, por indiferente que sempre eu possa ser com respeito à existência do objecto desta representação. Kant, Crítica da Faculdade de Julgar
  • 28. Subjectivismo estético Gosto é a capacidade de julgar o sentimento de prazer ou desprazer que acompanha a representação de um objecto (Kant) Óscar Niemeyer, Congresso Nacional ,Brasília Ora, se o gosto é que julga Para Kant o juízo estético com base no sentimento de •  não expressa prazer ou desprazer, então, características do objecto o juízo estético é determinado •  refere-se ao sentimento por um sentimento subjectivo de prazer resultante da desinteressado de belo ou de representação do objecto sublime
  • 29. Segundo Kant, O valor estético dos objectos depende do sentimento de prazer que a sua contemplação provoca (chamamos a isso subjectivismo estético) Afirmar «A música de Mozart é bela» significa que: • Ouvi-la produz comprazimento (sentimento de prazer) • Esse sentimento não depende de nenhum interesse prático no objecto • A beleza designa o sentimento de prazer provocado no sujeito
  • 30. O belo é universal O belo é o que é representado sem conceitos como objecto de um comprazimento universal. (...) Aquilo a respeito de cujo comprazimento alguém é consciente de que é nele próprio independente de todo o interesse, isso ele não pode ajuizar de outro modo senão que tem de conter um fundamento de comprazimento para qualquer um (…). Consequentemente, tem que se atribuir ao juízo de gosto, com a consciência da separação nele de todo o interesse, uma reivindicação de validade para qualquer um, sem universalidade fundada sobre objectos, isto é, uma reivindicação de universalidade subjectiva tem de estar ligada a esse juízo. Kant, Crítica da Faculdade de Julgar
  • 31. Conclusão Para Kant, o juízo estético é •  Singular, pois refere-se apenas ao sujeito que ajuíza •  Universalmente subjectivo, pois deve ser válido para todos os sujeitos que julgam desinteressadamente Tese de Kant: o juízo estético é subjectivamente universal
  • 32. Imaginemos dois cenários diferentes Rochedos audazes e Um prado florido, proeminentes, por assim serpenteado por um regato dizer ameaçadores, de água cristalina, bordeado nuvens de trovões de árvores frondosas, a acumulando-se no céu, música dos pássaros... avançando com relâmpagos e estampidos…
  • 33. Belo e sublime: diferenças Estes cenários despertam o mesmo tipo de comprazimento? Qual dizemos que é belo? Que tipo de comprazimento proporcionará o cenário B? No juízo estético sobre o belo, o comprazimento é tranquilo; a afirmação “o prado é belo”, traduz um sentimento de agrado positivo que mantém o espírito em serena contemplação Ora, a contemplação de uma tempestade, como do cenário B não proporciona o mesmo tipo de comprazimento
  • 34. Texto de Kant O ilimitado oceano revolto, uma alta queda d’água de um rio poderoso, etc., tornam a nossa capacidade de resistência de uma pequenez insignificante em comparação com o seu poder. Mas o seu espectáculo só se torna tanto mais atraente, quanto mais terrível ele é, contanto nos encontremos em segurança; e de bom grado denominaremos esses objectos sublimes porque eles elevam as forças da alma acima da sua mediania, e permitem descobrir em nós uma faculdade de resistência de espécie totalmente diversa, a qual nos encoraja a medir--nos com a omnipotência da natureza. Kant, Crítica da Faculdade de Juízo
  • 35. Sublime Sublime significa elevado, superior, grandioso, e a experiência do sublime refere-se a um “sentir-se superado” por algo que nos ultrapassa ilimitadamente (Kant) Sublime é aquilo em comparação com o qual tudo o mais é pequeno O sublime pode ser aquilo que é grande para além de toda a comparação, ou seja, o infinitamente grande (sublime matemático) ou aquilo que excede infinitamente as nossas próprias forças (sublime dinâmico)
  • 36. Experiência do sublime Tamanha grandeza ou tamanha manifestação de poder, atemoriza e atrai, proporcionando um sentimento misto de: Desprazer Prazer ▼ ▼ permite-nos descobrir obriga-nos a nossa natureza racional a reconhecer ou supra-sensível a nossa (a capacidade de pensar tamanha grandeza revela a existência fraqueza em nós de uma natureza que supera os padrões e medidas finitas e limitadas)
  • 37. Texto de Kant Encontramos a nossa própria limitação na incomensurabilidade da natureza e na insuficiência da nossa faculdade para tomar um padrão de medida proporcionado à avaliação estética do seu domínio, e contudo também ao mesmo tempo encontramos na nossa faculdade da razão um outro padrão de medida não sensível que contém em si, como unidade, aquela própria infinitude, e em confronto com a qual tudo na natureza é pequeno; >>>
  • 38. >>> por conseguinte, encontramos no nosso espírito uma superioridade sobre a própria natureza na sua incomensurabilidade: assim também a irresistibilidade do seu poder nos dá a conhecer, considerados como entes da natureza, a nossa impotência física, mas descobre ao mesmo tempo uma faculdade de ajuizar-nos como independentes dela e uma superioridade sobre a natureza, sobre a qual se funda uma auto conservação de espécie totalmente diversa daquela que pode ser atacada e posta em perigo pela natureza fora de nós (…). Kant, Crítica da Faculdade de Juízo
  • 40. O belo é o sentimento de O sublime é, simultaneamente:
  • 41. Conclusão O sublime é, simultaneamente, O belo é o • o sentimento de temor e de respeito sentimento de suscitado pelo incapacidade da imaginação para compreender aquilo que a excede em comprazimento poder e grandeza suscitado pela contemplação da • o sentimento de atracção e de sedução pelo objecto (da natureza), cuja forma do objecto representação determina o espírito a pensar a própria natureza como totalidade (ideia de Mundo) e a pensar-se a si mesmo como natureza supra-sensível concretizada através da moralidade
  • 43. Objectivismo estético O objectivismo faz depender a apreciação estética de um conjunto de características existentes no objecto estético Matisse, Dance
  • 44. Segundo o objectivismo, quais são as características do objecto que permitem considerá-lo como objecto estético? Como identificá-las quando materializadas nas diferentes formas de arte? Na arte contemporânea encontramos uma enorme variedade de correntes estéticas e de estilos. Os artistas nem sempre estão integrados em movimentos estéticos nem subordinam as suas criações às regras formais (cânones) definidas O que é valorizado é a criatividade a capacidade de imaginar novas formas para expressar uma emoção, comunicar uma ideia, fazer pensar e até intervir Cada criação tem as suas próprias regras
  • 45. Objectivismo estético Salvador Dali, The Weaning of Furniture Nutrition A beleza deste quadro depende das suas características ou do sentimento de prazer do espectador?
  • 46. Como identificar o que é arte? Como distinguir a boa da má? O filósofo americano Monroe Beardsley (1915-1985) identificou as qualidades estéticas gerais exigidas para se poder falar de arte (seja qual for a forma de arte e das diferenças de estilo) Afirmando que a função da arte é produzir experiências estéticas disse: o valor de uma obra de arte depende da sua capacidade de produzir experiências estéticas
  • 47. Quais as características formais para que uma obra produza uma experiência estética? Uma obra (de arte) deve ter: Qualidades estéticas gerais: unidade / intensidade / complexidade Qualidades regionais específicas de cada forma de arte APLICAÇÃO Se usarmos a teoria objectivista de Beardsley como critério de avaliação da Pietá, teremos de verificar se ela tem: • as qualidades estéticas gerais (unidade, complexidade e intensidade) • as qualidades específicas da escultura (leveza formal, por exemplo), necessárias para provocar uma experiência estética
  • 48. Claude Monet, Impressão – Nascer do Sol Que qualidades tornam este quadro uma obra de arte?
  • 49. Nesta pintura, e do ponto de vista do objectivismo estético, que características justificam o juízo “Esta pintura é uma obra de arte?” Chagall (1887-1985), Eu e a Aldeia
  • 50. Organograma conceptual >>> Objectos Atitude estética Obras de naturais Contemplação pura e desinteressada arte Experiência estética Objectos Estado afectivo de agrado e de prazer Objectos estéticos provocado pela contemplação da Natureza, estéticos ↓ pela criação (artista) e pela contemplação ↓ artística observador) Juízos estéticos Juízos de apreciação dos objectos estéticos Objectivismo estético Subjectivismo estético A beleza depende das A beleza depende dos sentimentos de propriedades do objecto, não prazer provocados pela contemplação do que sente o observador desinteressada do objecto estético
  • 51. >>> Organograma conceptual Subjectivismo estético O belo depende dos sentimentos prazer provocados pela contemplação desinteressada do objecto estético Kant Os juízos estéticos são juízos de gosto pois referem-se ao comprazimento do sujeito e não ao objecto estético Belo Sublime O sentimento de comprazimento O sentimento suscitado pela contemplação de temor/respeito/atracção do objecto suscitado pela grandiosidade ou pela força da Natureza
  • 52.
  • 53. Ninguém está dispensado de responder Exercício As respostas podem ser dadas: 1. On-line (através do “Moodle”) 2. Em papel (fornecido pelo professor) O exercício será feito em sala de aula.