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Importância da
Genética na atenção
primária à saúde
Hector Y. C. Wanderley, Médico Geneticista
Genética na Atenção Primária à Saúde
  1 em cada 10 pacientes atendidos na atenção
primária possui um forte componente genético na
causa da sua queixa.
Hopkinson, 2004
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Portanto, conhecimento, habilidades e atitudes
relacionadas a genética são fundamentais na
atenção primária.
Royal College of Medical Practitioners, 2010
Genética na Atenção Primária à Saúde
  A identificação dos pacientes com tais fatores
genéticos na atenção primária pode trazer
benefícios não só para o paciente mas também
para sua família.
Burke, 2005
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Os profissionais envolvidos na atenção primária
possuem diversas qualidades importantes para uma
boa interação com a genética:
  Entendimento sobre o impacto de uma doença na
indivíduo e na sua família;
  Habilidades em promoção da saúde, técnicas de
triagem e aconselhamento;
  Vínculo mais próximo e contínuo com o paciente.
Royal College of Medical Practitioners, 2010
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Para os profissionais da atenção primária é
fundamental:
  Reconhecer os pacientes com risco genético elevado nos
diferentes ciclos da vida;
  Encaminhar de forma adequada aos serviços de
referência em Genética Médica;
  Manter o acompanhamento conjunto adequado.
Hayflick, 1998
Genética na Atenção Primária à Saúde
  O trabalho em conjunto dos profissionais da
atenção primária com a equipe dos serviços de
genética médica é necessário para que o paciente
e sua família sejam beneficiados.
Royal College of Medical Practitioners, 2010
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Um ponto importante na identificação de pessoas
que precisam de avaliação genética especializada
é a interpretação da História Familiar obtida na
atenção primária.
  Nos casos de câncer;
  Nos casos de abortamentos de repetição;
  Nos casos de retardo mental e autismo;
  Nos casos de pessoas com malformações;
  Nos casos de doenças cardiovasculares...
Royal College of Medical Practitioners, 2010
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Em relação a genética clínica:
  As ações da genética na saúde são voltadas para
medidas de prevenção, o diagnóstico precoce, a
estimativa do risco de recorrência, a identificação
de grupos de risco e o aconselhamento genético.
  Tais ações podem beneficiar toda a coletividade e
agilizar o sistema de saúde como um todo.
Albano, 2000
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Na América Latina, a genética médica está
atrasada.
  Há serviços privados disponíveis apenas para uma
pequena parcela da população e a maioria não
tem acesso aos serviços preventivos e assistenciais
básicos de genética.
Albano, 2000
Genética na Atenção Primária à Saúde
  É recomendado que exista um centro de genética
(complexidade terciária) para diagnóstico e
manejo de doenças genéticas para cada 1 milhão
de habitantes.
Brunoni, 1999
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Além disso, recomenda-se um médico geneticista
para cada 100.000 habitantes (para atendimento
ambulatorial e aconselhamento genético).
Brunoni, 1999
Genética na Atenção Primária à Saúde
  A existência de poucos centros especializados de
genética acarreta uma sobrecarga no serviço
público e, até mesmo, no serviço privado.
  Este fato dificulta o encaminhamento de pacientes
portadores de uma determinada anormalidade
genética para atendimento especializado.
Brunoni, 1999
Genética na Atenção Primária à Saúde
  A maioria dos países latino-americanos não
apresenta uma política de saúde explícita e de
apoio financeiro para a prevenção e tratamento de
distúrbios genéticos.
  Falta integração entre os programas de genética e
os serviços gerais de assistência primária.
Albano 2000
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Possibilidades de Melhorias:
  Políticas Públicas que definam soluções:
  Regulamentação da Profissão do Médico Geneticista
no SUS.
  Formalização da Genética Clínica no SUS.
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Possibilidades de Melhorias:
  Criação de uma Rede de Atendimento em Genética
Clínica.
  Poderia ser estruturada de acordo com cada Estado,
município ou região, critério a ser estabelecido pela
população a ser atendida, necessidade e
disponibilidade de serviços na área.
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Possibilidades de Melhorias:
  Integração de serviços de genética de uma mesma
região em uma rede única;
  Criação de Centros de Referência e vias de acesso
bem definidas.
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Possibilidades de Melhorias:
  Criação de uma rede de suporte laboratorial.
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Possibilidades de Melhorias:
  Capacitação e Educação Continuada em Genética
na Atenção Primária com foco na prevenção.
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Atividades complementares bem sucedidas:
  Serviços especiais de suporte:
  os de informação relacionados a agentes teratogênicos
(SIATs)
  Sobre erros inatos do metabolismo (SIEMs)
  Dismorfologia
  Auxílio em áreas remotas!
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Atividades complementares bem sucedidas:
  Registro de Malformações Congênitas:
  Deve ser estimulada a implementação efetiva
do“campo 34” nas declarações de nascimento (que
registra a presença de malformação congênita no
recém-nascido).
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  Atividades complementares bem sucedidas:
  Estímulo a organizações de pais e pacientes.
Horovitiz, 2006
Genética na Atenção Primária à Saúde
  “A saúde é um direito de todos e um dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”.
Artigo 196, Constituição Federal Brasileira
Ainda somos 15 milhões de Excluídos
  No Brasil, os pacientes com doenças raras e suas
famílias continuam não sendo uma prioridade nas
políticas públicas de saúde.
Foto: http://www.orpha.net
Ainda somos 15 milhões de Excluídos
  As pessoas com doenças raras são muitas!
  Existem mais de 7 mil doenças classificadas como
raras e em conjunto elas afetam 15 milhões de
brasileiros, cerca de 8% da população.
  É essencial percebermos que elas podem acontecer
com qualquer pessoa em qualquer fase da vida. 
Ainda somos 15 milhões de Excluídos
  Hoje as principais dificuldades que elas enfrentam são:
  Falta de acesso a um diagnóstico correto;
  Falta de informação;
  Falta de cuidados adequados ou acesso aos centros
especializados;
  Alto custo do tratamento;
  Consequências emocionais e sociais: exclusão, discriminação,
falta de oportunidades para estudo e trabalhos adequados.
Genética na Atenção Primária
  É preciso por em prática a Política Nacional de Atenção
Integral em Genética Clínica criada em 2009 e até hoje
ainda não implantada na maior parte dos estados.
  Priorizar a regulamentação e implantação das Normas
para Habilitação de Serviços de Atenção Especializada
e Centros de Referência em Doenças Raras no SUS e as
Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças
Raras no SUS que permanecem não estão oficializadas.
Genética na Atenção Primária
  Sem a inclusão da genética médica como parte do
Sistema Único de Saúde e integrada à atenção primária,
além de pessoas com doenças raras, temos pacientes
excluídos de uma assistência pública que deveria ser
para todos.
  E não existe paciente com doença tão rara que não
mereça assistência adequada.
Referências Citadas
  Albano LMJ. Importância da genética no serviço público: relato da
extinção de um setor de genética no Município de São Paulo, Brasil.
Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 7(1), 2000
  Burke S, Stone A, Martyn M, et al. Genetic Education for GP
Registrars Birmingham: University of Birmingham, 2005
  Brunoni D. O médico especialista em genética. Médicos
1999;6(janeiro/fevereiro): 49–53.
  Hayflick SJ, Eiff MP. Role of primary care providers in the delivery
of genetics services. Community Genet 1998
  Hopkinson I. Clinical context of genetics in primary care.
Presentation at: Reality not Hype: the new genetics in primary care,
2004
  Horovitz DDG et al. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(12):
2599-2609, dez, 2006
  Royal College of Medical Practitioners, Abril-2010: www.rcmp.co.uk

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Importância da Genética na Atenção Primária

  • 1. Importância da Genética na atenção primária à saúde Hector Y. C. Wanderley, Médico Geneticista
  • 2. Genética na Atenção Primária à Saúde   1 em cada 10 pacientes atendidos na atenção primária possui um forte componente genético na causa da sua queixa. Hopkinson, 2004
  • 3. Genética na Atenção Primária à Saúde   Portanto, conhecimento, habilidades e atitudes relacionadas a genética são fundamentais na atenção primária. Royal College of Medical Practitioners, 2010
  • 4. Genética na Atenção Primária à Saúde   A identificação dos pacientes com tais fatores genéticos na atenção primária pode trazer benefícios não só para o paciente mas também para sua família. Burke, 2005
  • 5. Genética na Atenção Primária à Saúde   Os profissionais envolvidos na atenção primária possuem diversas qualidades importantes para uma boa interação com a genética:   Entendimento sobre o impacto de uma doença na indivíduo e na sua família;   Habilidades em promoção da saúde, técnicas de triagem e aconselhamento;   Vínculo mais próximo e contínuo com o paciente. Royal College of Medical Practitioners, 2010
  • 6. Genética na Atenção Primária à Saúde   Para os profissionais da atenção primária é fundamental:   Reconhecer os pacientes com risco genético elevado nos diferentes ciclos da vida;   Encaminhar de forma adequada aos serviços de referência em Genética Médica;   Manter o acompanhamento conjunto adequado. Hayflick, 1998
  • 7. Genética na Atenção Primária à Saúde   O trabalho em conjunto dos profissionais da atenção primária com a equipe dos serviços de genética médica é necessário para que o paciente e sua família sejam beneficiados. Royal College of Medical Practitioners, 2010
  • 8. Genética na Atenção Primária à Saúde   Um ponto importante na identificação de pessoas que precisam de avaliação genética especializada é a interpretação da História Familiar obtida na atenção primária.   Nos casos de câncer;   Nos casos de abortamentos de repetição;   Nos casos de retardo mental e autismo;   Nos casos de pessoas com malformações;   Nos casos de doenças cardiovasculares... Royal College of Medical Practitioners, 2010
  • 9. Genética na Atenção Primária à Saúde   Em relação a genética clínica:   As ações da genética na saúde são voltadas para medidas de prevenção, o diagnóstico precoce, a estimativa do risco de recorrência, a identificação de grupos de risco e o aconselhamento genético.   Tais ações podem beneficiar toda a coletividade e agilizar o sistema de saúde como um todo. Albano, 2000
  • 10. Genética na Atenção Primária à Saúde   Na América Latina, a genética médica está atrasada.   Há serviços privados disponíveis apenas para uma pequena parcela da população e a maioria não tem acesso aos serviços preventivos e assistenciais básicos de genética. Albano, 2000
  • 11. Genética na Atenção Primária à Saúde   É recomendado que exista um centro de genética (complexidade terciária) para diagnóstico e manejo de doenças genéticas para cada 1 milhão de habitantes. Brunoni, 1999
  • 12. Genética na Atenção Primária à Saúde   Além disso, recomenda-se um médico geneticista para cada 100.000 habitantes (para atendimento ambulatorial e aconselhamento genético). Brunoni, 1999
  • 13. Genética na Atenção Primária à Saúde   A existência de poucos centros especializados de genética acarreta uma sobrecarga no serviço público e, até mesmo, no serviço privado.   Este fato dificulta o encaminhamento de pacientes portadores de uma determinada anormalidade genética para atendimento especializado. Brunoni, 1999
  • 14. Genética na Atenção Primária à Saúde   A maioria dos países latino-americanos não apresenta uma política de saúde explícita e de apoio financeiro para a prevenção e tratamento de distúrbios genéticos.   Falta integração entre os programas de genética e os serviços gerais de assistência primária. Albano 2000
  • 15. Genética na Atenção Primária à Saúde   Possibilidades de Melhorias:   Políticas Públicas que definam soluções:   Regulamentação da Profissão do Médico Geneticista no SUS.   Formalização da Genética Clínica no SUS. Horovitiz, 2006
  • 16. Genética na Atenção Primária à Saúde   Possibilidades de Melhorias:   Criação de uma Rede de Atendimento em Genética Clínica.   Poderia ser estruturada de acordo com cada Estado, município ou região, critério a ser estabelecido pela população a ser atendida, necessidade e disponibilidade de serviços na área. Horovitiz, 2006
  • 17. Genética na Atenção Primária à Saúde   Possibilidades de Melhorias:   Integração de serviços de genética de uma mesma região em uma rede única;   Criação de Centros de Referência e vias de acesso bem definidas. Horovitiz, 2006
  • 18. Genética na Atenção Primária à Saúde   Possibilidades de Melhorias:   Criação de uma rede de suporte laboratorial. Horovitiz, 2006
  • 19. Genética na Atenção Primária à Saúde   Possibilidades de Melhorias:   Capacitação e Educação Continuada em Genética na Atenção Primária com foco na prevenção. Horovitiz, 2006
  • 20. Genética na Atenção Primária à Saúde   Atividades complementares bem sucedidas:   Serviços especiais de suporte:   os de informação relacionados a agentes teratogênicos (SIATs)   Sobre erros inatos do metabolismo (SIEMs)   Dismorfologia   Auxílio em áreas remotas! Horovitiz, 2006
  • 21. Genética na Atenção Primária à Saúde   Atividades complementares bem sucedidas:   Registro de Malformações Congênitas:   Deve ser estimulada a implementação efetiva do“campo 34” nas declarações de nascimento (que registra a presença de malformação congênita no recém-nascido). Horovitiz, 2006
  • 22. Genética na Atenção Primária à Saúde   Atividades complementares bem sucedidas:   Estímulo a organizações de pais e pacientes. Horovitiz, 2006
  • 23. Genética na Atenção Primária à Saúde   “A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Artigo 196, Constituição Federal Brasileira
  • 24. Ainda somos 15 milhões de Excluídos   No Brasil, os pacientes com doenças raras e suas famílias continuam não sendo uma prioridade nas políticas públicas de saúde. Foto: http://www.orpha.net
  • 25. Ainda somos 15 milhões de Excluídos   As pessoas com doenças raras são muitas!   Existem mais de 7 mil doenças classificadas como raras e em conjunto elas afetam 15 milhões de brasileiros, cerca de 8% da população.   É essencial percebermos que elas podem acontecer com qualquer pessoa em qualquer fase da vida. 
  • 26. Ainda somos 15 milhões de Excluídos   Hoje as principais dificuldades que elas enfrentam são:   Falta de acesso a um diagnóstico correto;   Falta de informação;   Falta de cuidados adequados ou acesso aos centros especializados;   Alto custo do tratamento;   Consequências emocionais e sociais: exclusão, discriminação, falta de oportunidades para estudo e trabalhos adequados.
  • 27. Genética na Atenção Primária   É preciso por em prática a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica criada em 2009 e até hoje ainda não implantada na maior parte dos estados.   Priorizar a regulamentação e implantação das Normas para Habilitação de Serviços de Atenção Especializada e Centros de Referência em Doenças Raras no SUS e as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no SUS que permanecem não estão oficializadas.
  • 28. Genética na Atenção Primária   Sem a inclusão da genética médica como parte do Sistema Único de Saúde e integrada à atenção primária, além de pessoas com doenças raras, temos pacientes excluídos de uma assistência pública que deveria ser para todos.   E não existe paciente com doença tão rara que não mereça assistência adequada.
  • 29. Referências Citadas   Albano LMJ. Importância da genética no serviço público: relato da extinção de um setor de genética no Município de São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 7(1), 2000   Burke S, Stone A, Martyn M, et al. Genetic Education for GP Registrars Birmingham: University of Birmingham, 2005   Brunoni D. O médico especialista em genética. Médicos 1999;6(janeiro/fevereiro): 49–53.   Hayflick SJ, Eiff MP. Role of primary care providers in the delivery of genetics services. Community Genet 1998   Hopkinson I. Clinical context of genetics in primary care. Presentation at: Reality not Hype: the new genetics in primary care, 2004   Horovitz DDG et al. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(12): 2599-2609, dez, 2006   Royal College of Medical Practitioners, Abril-2010: www.rcmp.co.uk