ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE
DA MULHER
Promover a melhoria das condições de vida e saúde das
mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos
legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e
serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação
da saúde;
Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade
feminina, especialmente por causas evitáveis, em todo ciclo de
vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação
de qualquer espécie;
Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde
da mulher.
INTRODUÇÃO
Em 1996 foi aprovado um projeto de Lei pelo Congresso
Nacional e sancionado pela Presidência da República;
A Lei estabelece que as instâncias gestoras do SUS em todos os
seus níveis, estão obrigadas a garantir a mulher, ao homem ou
ao casal, em toda a sua rede de serviços, assistência a concepção
e contracepção como parte das demais ações que compõem a
assistência integral a saúde;
Uma questão fundamental desta Lei é a inserção das práticas da
laqueadura de trompas e da vasectomia dentro das alternativas
de anticoncepção;
INTRODUÇÃO
É uma das ações da Política de Assistência Integral a
Saúde da Mulher, preconizada pelo MS desde 1984
garantindo acesso aos meios para evitar ou propiciar a
gravidez, o acompanhamento clínico-ginecológico e
ações educativas para que as escolhas sejam
conscientes;
No que concerne a anticoncepção, os serviços de saúde
devem fornecer todos os métodos anticoncepcionais
recomendados pelo MS.
ATIVIDADES EDUCATIVAS
As atividades educativas devem ser desenvolvidas com o objetivo
de oferecer os conhecimentos necessários para a escolha e
posterior utilização do método anticoncepcional mais adequado,
assim como propiciar o questionamento e reflexão sobre os temas
relacionados com a prática da anticoncepção, inclusive a
sexualidade;
As ações educativas devem ser preferencialmente realizadas em
grupo, precedendo a 1ª consulta, e devem ser sempre reforçadas
pela ação educativa individual;
A linguagem utilizada pelo profissional de saúde deve ser sempre
acessível, simples e precisa.
ATIVIDADES CLÍNICAS
Anamnese;
Exame físico geral e ginecológico, com especial atenção para a
orientação do auto-exame de mamas e levantamento de data da
última colpocitologia oncótica para avaliar a necessidade de
realização da coleta ou encaminhamento para tal.
Análise da escolha e prescrição do método anticoncepcional.
As consultas subseqüentes ou de retorno, visam um
atendimento periódico e contínuo para avaliar a adequação do
método em uso, bem como prevenir, identificar e tratar
possíveis intercorrências.
ESCOLHA DO MÉTODO
Na decisão sobre o método anticoncepcional a ser usado
devem ser levados em consideração os seguintes aspectos:
- A escolha da mulher, do homem ou do casal
- Características dos métodos
- Fatores individuais e situacionais relacionados aos usuários
do método
CARACTERÍSTICAS DOS
MÉTODOS
Eficácia
Efeitos secundários
Aceitabilidade
Disponibilidade
Facilidade de uso
Reversibilidade
Proteção à DST e infecção pelo HIV
PROTEÇÃO A DST
Torna-se urgente estimular a prática da dupla proteção,
ou seja, a prevenção simultânea das DST, inclusive a
infecção pelo HIV/Aids e da gravidez indesejada;
Isso pode se traduzir no uso dos preservativos masculino e
feminino ou na opção de utilizá-lo em associação a outro
método anticoncepcional da preferência do indivíduo ou
casal.
MÉTODO OGINI-KNAUS
-TABELINHA
Verificar a duração do ciclo;
Verificar o ciclo mais curto e o mais longo;
Calcular a diferença entre eles. Se a diferença entre o ciclo
mais longo e o mais curto for de 10 dias ou mais, a mulher
não deve usar este método;
Subtraindo-se 18 do ciclo mais curto – início período fértil
Subtraindo-se 11 do ciclo mais longo – fim período fértil
Ex. início período fértil = 25 – 18 = 7º dia
fim período fértil = 34 – 11 = 23º dia
MÉTODO DA TEMPERATURA
BASAL CORPORAL
Antes da ovulação, a temperatura basal corporal
permanece num determinado nível baixo; após a
ovulação, ela se eleva ligeiramente, permanecendo nesse
novo nível até a próxima menstruação;
É resultado da elevação dos níveis de progesterona.
O método permite por meio da mensuração diária da
temperatura basal, a determinação da fase infértil pós-
ovulatória;
MÉTODO DA
TEMPERATURA BASAL
CORPORAL
A partir do 1º dia do ciclo menstrual, verificar
diariamente a temperatura basal, pela manhã, antes de
realizar qualquer atividade;
A diferença de no mínimo 0,2ºC entre a última
temperatura baixa e as 3 temperaturas altas que se
seguem indica a mudança da fase ovulatória para a fase
pós-ovulatória do ciclo menstrual, durante a qual a
temperatura se manterá alta, até a época da próxima
menstruação;
O período fértil termina na manhã do 4º dia em que for
observada a temperatura elevada.
MÉTODO DO MUCO
CERVICAL
Este método baseia-se na identificação do período
fértil por meio da auto-obsevação das
características do muco cervical e da sensação por
ele provocada na vulva;
Esse efeito é devido a ação estrogênica;
O muco fica transparente, elástico, escorregadio e
fluido, semelhante a clara de ovo.
DIAFRAGMA
Anel flexível, coberto no centro
com uma delgada membrana de
latex ou silicone em forma de
cúpula que se coloca na vagina
cobrindo completamente o colo
uterino e a parte superior da
vagina, impedindo a penetração
dos SPTZ no útero e trompas;
Para maior eficácia do método,
antes da introdução, colocar, na
parte côncava, creme
espermaticida;
Há diversos tamanhos, sendo
necessário a medição por
profissional de saúde treinado.
CONT. DIAFRAGMA
O diafragma não deve ser retirado antes de um período de 6
horas após a última relação sexual, e deve-se evitar duchas
vaginais durante este período;
Observar o tempo mínimo de 6 horas após a relação e o
máximo de 24 após a sua inserção;
A detecção de DST é motivo para suspender o uso do método.
O diafragma pode ser colocado antes da relação sexual
(minutos ou horas) ou utilizado de forma contínua;
Durante a menstruação, o diafragma deve ser retirado;
Usar o diafragma todas as vezes que mantiver relações sexuais,
independente do período do mês;
Em caso do uso com geléia espermaticida, aplicar dentro da
parte côncava do diafragma.
DIU – DISPOSITIVO INTRA
UTERINO
Os DIU são artefatos de polietileno aos quais podem ser
adicionados cobre ou hormônio que, inseridos na cavidade
uterina, exercem sua função contraceptiva.
Atuam impedindo a fecundação porque tornam mais difícil a
passagem do SPTZ pelo trato reprodutivo feminino,
reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo.
INSERÇÃO DO DIU
Momentos apropriados para
iniciar o uso:
- Mulher menstruando
regularmente
- Até 48 horas após o parto
- Após aborto espontâneo se
não houver infecção
REMOÇÃO DO DIU
Ver indicação do fabricante (geralmente 10 anos)
Em caso de DIP
Gravidez
Sangramento vaginal anormal
Expulsão parcial do DIU
ANTICONCEPCIONAL
HORMONAL ORAL
Classificam-se em combinadas e apenas com progestogênio ou
minipílulas;
As primeiras compõem-se de um estrogênio associado a um
progestogênio, enquanto a minípílula é constituída por
progestogênio isolado;
As combinadas dividem-se ainda em monofásicas, bifásicas e
trifásicas.
ANTICONCEPCIONAL
HORMONAL ORAL
COMBINADO
São componentes que contêm 2 hormônios sintéticos, o
estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos
pelo ovário da mulher.
As pílulas combinadas atuam basicamente por maio da
inibição da ovulação, além de provocar alterações nas
características físico-químicas do endométrio e do muco
cervical.
No 1º mês de uso, ingerir o 1º
comprimido no 1º dia do ciclo
menstrual ou, no máximo até o 5º dia
útil.
ANTICONCEPCIONAL
HORMONAL ORAL
COMBINADO
A seguir a usuária deve ingerir um comprimido por dia até
o término da cartela, preferencialmente no mesmo horário.
Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar
nova cartela, independentemente do dia de início do fluxo
menstrual.
Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo, quando deve
ocorrer o sangramento, não sendo necessário haver
interrupção.
PROIBIÇÃO
Gravidez
Lactantes
Idade maior ou igual a 35 anos e fumante
Hipertensão arterial moderada ou grave
Doença vascular
Doença trombo embólica em atividade no momento ou no passado
Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada
Antecedente de AVC
Doença cardíaca valvular complicada
Cefaléia grave, recorrente, incluindo enxaqueca com sintomas
neurológicos focais
Câncer de mama atual
Cirrose hepática descompensada
Hepatite viral em atividade
Tumores de fígado maligno ou benigno
ANTICONCEPCIONAL HORMONAL
ORAL APENAS DE
PROGESTOGÊNIO
São comprimidos que contém uma dose muito
baixa de progestogênio, que promove o
espessamento do muco cervical, dificultando a
penetração dos SPTZ.
ANTICONCEPCIONAL
HORMONAL INJETÁVEL
São anticoncepcionais hormonais que contém progestogênio
ou associação de estrogênios e progestogênio para
administração parenteral (IM) com doses hormonais de longa
duração;
Tipos de injetáveis
- Com progestogênio isolado: efeito anticonceptivo por período
de 3 meses
- Combimado: estrogênio e progestogênio
LAQUEADURA OU LIGADURA
TUBÁRIA
Realizado através de microcirurgia;
Certificar-se da não gravidez;
Aconselhar quanto a dificuldade de uma possível
reversão;
Seguir o protocolo do MS.
VASECTOMIA
Consistem em impedir a presença de SPTZ no líquido
ejaculado, por meio da obstrução dos canais
deferentes;
Aconselhar quanto a dificuldade de uma possível
reversão;
Seguir o protocolo do MS.
ANTICONCEPÇÃO DE
EMERGÊNCIA
É um uso alternativo da anticoncepção hormonal oral para
evitar uma gravidez depois da relação sexual (tomada antes
de completar 72 horas após a relação sexual desprotegida)
Inibe ou adianta a ovulação, interferindo na capacitação
espermática e possivelmente na maturação do oocito.
Não tem nenhum efeito após a implantação ter se completado
É conhecida como a pílula do dia seguinte
Intercorrências:
- Náuseas
- Vômitos (se vomitar antes de 2 hs após tomar a pílula, repetir
a dose)
CÂNCER COLO ÚTERO
O câncer de colo do útero é responsável
pela morte de milhares de mulheres em
todo o mundo, devendo ser devidamente
prevenido e controlado.
É comprovado que 99% das mulheres que
têm câncer do colo uterino, foram antes
infectadas pelo vírus HPV. No Brasil, cerca
de 7.000 mulheres morrem anualmente por
esse tipo de tumor.
CÂNCER ÚTERO
O útero da mulher é composto por colo, corpo e fundo.
Inicialmente, o tumor limita-se à região do colo.
Sua evolução ocorre vagarosamente e é curável na quase
totalidade dos casos.
Se não for tratado em tempo hábil, pode estender-se para
todo o útero e outros órgãos.
Atinge predominantemente mulheres
na faixa de 35 a 50 anos; porém, há
muitos relatos de casos em pacientes
com cerca de 20 anos.
Fatores de risco
Fatores sociais (baixa condição sócio-econômica)
Hábitos de vida
(má higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais)
Atividade sexual antes dos 18 anos
Gravidez antes dos 18 anos
Vício de fumar
Infecção por Vírus Papilomavírus Humano (HPV)
e o Herpesvírus Tipo II (HSV)
Muitos parceiros sexuais
Instalação câncer útero
displasia - lesão inicial onde as células do colo sofrem alterações
mínimas;
decorridos cerca de 3 anos do surgimento da displasia, instala-
se uma forma localizada de câncer chamada carcinoma in situ;
após 6 anos, o tumor invade a mucosa do útero e torna-se um
carcinoma microinvasor;
14 anos após o aparecimento da displasia, o câncer assume sua
forma mais terrível espalhando-se, mediante a ocorrência de
metástase, para outras regiões do corpo.
Estatística
A estimativa do Ministério da Saúde, elaborada pelo Instituto
Nacional do Câncer (INCA), foi de 104.200 óbitos e 261.900
casos novos de câncer.
o câncer de colo do útero está no terceiro lugar em incidência
e o quarto em mortalidade.
as regiões mais atingidas são: Norte, Nordeste e Centro-
Oeste.
Sintomas
Nas fases iniciais do câncer de colo de útero não há sintomas
característicos, sendo apenas o exame de Papanicolau capaz de
indicar a presença da doença.
sangramento vaginal ou pequenos sangramentos entre as
menstruações;
menstruações mais longas e volumosas que o normal;
sangramento vaginal após a menopausa;
sangramento vaginal após relações sexuais;
dor durante relações sexuais;
secreção vaginal espessa, que pode apresentar qualquer cheiro;
secreção vaginal aquosa;
dor pélvica.
Sintomas
Em fase mais avançada pode resultar em:
anemia;
perda de apetite e peso;
dor no abdome;
saída de urina e fezes pela vagina
Evolução da doença
Mais de 70% das pacientes diagnosticadas com câncer de colo
do útero apresentam a doença em estágio avançado já na
primeira consulta, o que limita, em muito, a possibilidade de
cura.
De todas as mortes por câncer em mulheres brasileiras da faixa
etária entre 35 e 49 anos, 15% morrem devido ao câncer de
colo do útero.
Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países no mundo
a introduzir a citologia de Papanicolaou para a detecção
precoce do câncer de colo uterino, esta doença continua a ser
um sério problema de saúde pública.
Tratamento
Através do exame de colposcopia com biópsia detecta-se
a área atingida e o tratamento ocorre conforme evolução
da doença.
Vai desde uma cauterização até a retirada de parte do
útero ou o órgão por completo.
Às vezes é necessário tratamento quimio e/ou
radioterápico.
CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas
mulheres devido a sua alta freqüência e, sobretudo, pelos seus
efeitos psicológicos, que afetam a percepção de sexualidade e
a própria imagem pessoal.
Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas
acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e
progressivamente.
Estatisticamente falando
As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tanto
nos países desenvolvidos quanto nos países em
desenvolvimento.
Segundo a OMS, nas décadas de 60 e 70 registrou-se um
aumento de 10 vezes em suas taxas de incidência.
Tem-se documentado também o aumento no risco de
mulheres migrantes de áreas de baixo risco para áreas de
alto risco.
Nos Estados Unidos indica-se que em cada 10 mulheres uma
tem a probabilidade de desenvolver um câncer de mama
durante a vida.
Sintomas
Aparecimento de nódulo ou endurecimento da mama ou
embaixo do braço;
Mudança no tamanho ou no formado da mama;
Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da
mama ou da auréola;
Secreção contínua por um dos ductos;
Retração da pele da mama ou do mamilo (papila);
Inchaço significativo ou distorção da pele.
Prevenção
Feita através da detecção precoce.
Recomendações:
Auto-exame das mamas mensalmente conforme orientação
profissional;
Exame clínico da mama para as mulheres a partir de 40
anos de idade, realizado anualmente.
Mamografia para as mulheres com idade entre 50 a 69
anos, com o máximo de dois anos entre os exames;
Exame clínico da mama e mamografia anual, a partir dos
35 anos, para as mulheres pertencentes a grupos
populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de
mama.
TRATAMENTO
O mesmo vai desde a quimio/radioterapia até a
retirada parcial ou total da mama atingida.
É muito comum também o esvaziamento dos gânglios
linfáticos da região axilar.
GRAVIDEZ
A gestação normal tem duração aproximada de 280 dias ou 9
meses ou 40 semanas, podendo variar de 38 a 42 semanas
gestacionais, período em que ocorre todo o desenvolvimento
embrionário e fetal;
Pode ser subdividido em três trimestres.
SINAIS E SINTOMAS
Sinais de presunção
- Amenorréia
- Náusea com ou sem vômitos
- Alterações mamárias
- Polaciúria
Sinais de probabilidade
- Aumento uterino
- Mudança da coloração da região vulvar
- Colo amolecido
- Testes de gravidez
Sinais de certeza
- Batimento cardíaco fetal (BCF)
- Contornos fetais
- Movimentos fetais ativos
- Visualização do embrião ou feto pela ultra-sonografia
O 1º TRIMESTRE DE
GRAVIDEZ
Cálculo da DPP
Imunização
Solicitação de exames
- hemograma completo
- grupo sanguíneo e fator Rh;
- sorologia para sífilis (VDRL);
- glicemia;
- teste anti-HIV;
- toxoplasmose;
- rubéola;
- EAS;
- parasitológico;
- preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau).
O 2º TRIMESTRE DE
GRAVIDEZ
A partir da 14ª até a 27ª semana de gestação, a grande
maioria dos problemas de aceitação da gravidez foi
amenizada ou sanada e a mulher e/ou casal e/ou família
entram na fase de “curtir o bebê que está por vir”.
A placenta encontra-se formada, os órgãos e tecidos estão
diferenciados e o feto começa o amadurecimento de seus
sistemas.
Reage ativamente aos estímulos externos, como vibrações, luz
forte, som e outros.
O 3º TRIMESTRE DE
GRAVIDEZ
No terceiro trimestre, o útero volumoso e a sobrecarga dos
sistemas cardiovascular, respiratório e locomotor,
Desencadeiam alterações orgânicas e desconforto, pois o
organismo apresenta menor capacidade de adaptação,
Há aumento de estresse, cansaço, e surgem as dificuldades
para movimentar-se e dormir,
Repetir HIV e VDRL,
Preparo para a hora do parto.
PARTO
eliminações vaginais, discreto sangramento, perda de tampão
mucoso, eliminação de líquido amniótico, presente quando
ocorre a ruptura da bolsa amniótica;
contrações uterinas inicialmente regulares, de pequena
intensidade, com duração variável de 20 a 40 segundos,
podendo chegar a duas ou mais em dez minutos;
Desconforto lombar;
Alterações da cérvice, amolecimento, apagamento e dilatação
progressiva;
Diminuição da movimentação fetal.
PUERPÉRIO
De acordo com as alterações físicas, o puerpério pode ser
classificado em quatro fases distintas:
- imediato (primeiras 2 horas pós-parto);
- mediato (da 2ª hora até o 10º dia pós-parto);
- tardio (do 11º dia até o 42º dia pós-parto) e
- remoto (do 42º dia em diante).
CLIMATÉRIO
É a fase de transição entre o período reprodutivo e o não-
reprodutivo da vida da mulher, estendendo-se até os 65 anos de
idade.
A menopausa é o marco dessa fase, correspondendo ao último
período menstrual, somente reconhecida após passados 12 meses
de sua ocorrência.
É um acontecimento fisiológico que se manifesta de forma
evidente no que tange à perda da função reprodutiva, mas essa
modificação abrange vários outros processos simultaneamente
em diferentes órgãos e sistemas.
Os efeitos da carência estrogênica são diferentes para cada
mulher, e as necessidades preventivas ou terapêuticas podem se
modificar ao longo do tempo, das condições de saúde e de bem-
estar individuais
QUADRO CLÍNICO
Suas apresentações clínicas podem ser muito variáveis
entre populações e culturas distinta, e mesmo dentro de um
mesmo grupo:
-Queixa mais freqüente no período pré- menopáusico:
Irregularidade menstrual. É rara a parada abrupta das
menstruações;
-Os sintomas vasomotores (fogacho) são descritos por
cerca de 68 a 85% das mulheres;
-Alteração de humor são freqüentes, como ansiedade,
depressão e irritabilidade.
QUADRO CLÍNICO
A atrofia urogenital da pós-menopausa pode trazer uma série de
sintomas como:
- Ressecamento vaginal (43%);
- Dispareunia (41%);
- Vaginites;
- Urgência urinárias;
- Disúria;
- Uretrites atróficas
- Agravamento de incontinência urinária
QUADRO CLÍNICO
Duas patologias se relacionam diretamente com o período
climatério: a doença cardiovascular e a osteoporose.
A doença cardiovascular é a principal causa de morte entre as
mulheres no período pós-menopáusico.
A Osteoporose que é a alteração metabólica óssea mais
comum definida como uma redução da massa óssea, levando a
um aumento da fragilidade óssea.
CONDUTA
Orientação e esclarecimento sobre as modificações do
organismo nesse período, secundárias à carência
hormonal;
Promoção da manutenção da saúde ( estimular bons
hábitos dietéticos, manutenção do peso ideal, prática
de atividades física, alertar contra consumo excessivo
de álcool e fumo);
Prevenção de doenças (osteoporose, cardiopatias) e
rastreamento de neoplasias, e
Avaliação de indicação da terapia de reposição
hormonal (TRH).
TERAPIA DE REPOSIÇÃO
HORMONAL (TRH)
A indicação da TRH deve ser considerada uma decisão
individual, levando-se em consideração os sintomas, os fatores
de risco e as preferências e necessidades específicas de cada
paciente.
A TRH pode ser prescrita a curto prazo como alívio de
sintomas, mas os ginecologistas tem a obrigação de discutir
com suas pacientes o uso da TRH para prevenção a longo
prazo( contra osteoporose, mas também possível proteção
contra doenças cardiovascular, declínio cognitivo e doença de
Alzheimer, redução de risco de neoplasia de cólon, da perda de
dentes e da acuidade visual).
CONTRA-INDICAÇÃO DA TRH
ABSOLUTAS:
- Câncer de mama prévio
- Câncer de endométrio prévio
- Sangramento genital de origem desconhecida
- Antecedentes de doença troboembólica
- Insuficiência hepática grave em atividade
RELATIVAS:
- Hipertensão arterial grave (>160/100 mmHg);
- Diabetes mellitus de difícil controle e
- Endometriose.