2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
SAÚDE COLETIVA AULA1.pdf
1. D O C E N T E : E N F ª A L Y N E K É Z I A A M A D O R
S Ã O B E R N A R D O - M A 2 0 2 3
SAÚDE COLETIVA
Aula: Introdução a Saúde Coletiva/Estratégias Saúde da Família
2. INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA
SAÚDE: (OMS) define como “um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não somente ausência de afecções e
enfermidades”.
Direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser
assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou
condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um
valor coletivo, um bem de todos.
“É um direito de todos e dever do estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
(Art. 196 da Constituição Brasileira, 1988)
3. ATENÇÃO A SAÚDE COLETIVA
“É um conjunto de ações de caráter individual e coletivo,
situadas em todos os níveis de atenção do sistema de
saúde voltadas para promoção da saúde, prevenção de
agravos tratamento e reabilitação, centrado na
qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente,
levando em consideração o contexto histórico /estrutural da
sociedade”.
4. INTRODUÇÃO A SAÚDE
COLETIVA
Campo de produção de conhecimentos voltados para a
compreensão da saúde e a explicação de seus
determinantes sociais;
Âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para sua
promoção, além de voltadas para prevenção e o cuidado a
agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os
indivíduos mas, sobretudo, os grupos sociais, portanto a
coletividade.
Compreende práticas técnicas, científicas, culturais,
ideológicas, políticas e econômicas (Carvalho, 2002).
5. INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA
Enquanto PRÁTICA, a Saúde Coletiva propõe um
novo modo de organização do processo de trabalho
em saúde que enfatiza:
- a promoção da saúde,
- a prevenção de riscos e agravos,
- a reorientação da assistência a doentes,
- a melhoria da qualidade de vida,
6. A Saúde Coletiva Visa
- saneamento do meio ambiente,
- combate das doenças transmissíveis que ameaçam
a coletividade,
- ensino dos princípios de higiene individual,
- organizações dos serviços médicos e de
enfermagem para diagnóstico precoce e tratamento
preventivo,
- estabelecimento de condições de saúde que
assegurem a cada membro da coletividade, um nível
de vida favorável à manutenção da vida.
7. Qual seria o núcleo da saúde coletiva?
- O apoio aos sistemas de saúde, à elaboração de
políticas e à construção de modelos;
- a produção de explicações para os processos
saúde/enfermidade/intervenção;
- práticas de promoção da saúde e prevenção de
doenças.
10. Prevenir
: preparar; chegar antes de; dispor de maneira que
evite (dano, mal); impedir que se realize. A prevenção
em saúde exige uma ação antecipada, baseada no
conhecimento da história natural a fim de tornar
improvável o progresso posterior da doença;
Prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar a
doença na coletividade, utilizando medidas que
acabem com a patologia, ou a minimizem na
população.
11. Tipos de Prevenção
Primária - quaisquer atos destinados a diminuir a
incidência de uma doença numa população,
reduzindo o risco de surgimento de casos novos; São
exemplos a vacinação, o tratamento da água para
consumo humano, de medidas de desinfecção e
desinfestação ou de ações para prevenir a infecção
por HIV, e outras ações de educação e saúde ou
distribuição gratuita de preservativos
12. Tipos de Prevenção
Secundária - quaisquer atos destinados a diminuir a
prevalência de uma doença numa população
reduzindo sua evolução e duração; um exemplo é o
rastreio do câncer do colo uterino, causado pela
transmissão sexual do HPV. A prevenção secundária
consiste em um diagnóstico precoce e tratamento
imediato.
13. Tipos de Prevenção
Terciária - quaisquer atos destinados a diminuir a
prevalência das incapacidades crônicas numa
população, reduzindo ao mínimo as deficiências
funcionais consecutivas à doença. Como exemplo a
nível da saúde ocupacional seria a reintegração
daquele trabalhador na empresa, caso não pudesse
continuar a exercer, por razões médicas, o mesmo
tipo de atividades
14. ASPECTOS HISTÓRICOS DA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Atualmente, apesar de a saúde não mais ser considerada
apenas como a inexistência de doença, ainda podemos
perceber, em diversas situações, que a prática dos serviços
volta-se prioritariamente para uma atuação curativa que
envolve ações relativas somente à doença, principalmente
queixas específicas e pontuais. Por exemplo, num serviço de
Pronto-Atendimento a preocupação dos profissionais centra-
se na queixa apresentada pelo paciente e a conduta a ser
adotada procura apenas “solucionar” o problema, sem a
preocupação de esclarecer suas causas. A crítica que fazemos é
que idêntica postura também ocorre em outras fases da
assistência. Tal fato só ratifica a necessidade de que devemos
desenvolver intervenções de prevenção e controle
permanentes da saúde da população, visando à melhoria dos
indicadores de saúde.
15. ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
É o ramo da enfermagem que está direcionado a
saberes e práticas aplicados em prol da coletividade.
16. Determinação histórica do
processo coletivo de produção
dos processos de Saúde e
Doença.
Demandas originárias da luta popular
e crítica-renovação do “que fazer”
estatal.
Mudanças radicais, consideradas as
dialéticas das possibilidades e
necessidades resultantes do embate
Estado e Sociedade.
Empírica, reduzida ao plano
fenomênico e individualizado da
causação etiológica.
Sob a ótica do Estado e seus interesses
nas sociedades capitalistas.
Melhorias localizadas e graduais,
dentro das possibilidades limitadas e
definidas pelo Estado
17. Diagnóstico e
Tratamento de doenças.
Tentativa de assegurar que o
indivíduo tenha dentro da
sociedade uma padrão de
vida que lhe assegure a
manutenção da saúde
Vai além da observação,
diagnóstico e prescrição do
tratamento ao paciente, este
como indivíduo isolado.
Análise do processo saúde-doença
de uma dada coletividade,
considerando o contexto social
historicamente determinado em que
ele se insere.
18.
19. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
A Saúde da Família é uma das principais estratégias,
propostas pelo Ministério da Saúde do Brasil, para
reorientar o modelo assistencial do Sistema Único de
Saúde, a partir da atenção básica;
Reorganizar os serviços e reorientar as práticas
profissionais;
Promoção da saúde, prevenção de doenças e
reabilitação, enfim, da promoção da qualidade de
vida da população, constituindo-se em uma proposta
com dimensões técnica, política e administrativa
inovadoras.
20. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
Princípio da Vigilância à Saúde, a inter e
multidisciplinaridade e a integridade do cuidado sobre
a população que reside na área de abrangência de suas
unidades de saúde.
Norma operacional Básica (NOB-96): descentralização
de recursos e a municipalização da saúde.
21. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
INTEGRALIDADE
CLIENTELA ADSCRITA
EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL
HIERARQUIZAÇÃO
CARATER
SUBSTITUTIVO
TERRITORIALIZAÇÃO
22. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
A Estratégia Saúde da Família busca promover a qualidade de vida
da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde
em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o de tabaco,
etc. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como
uma porta de entrada do Sistema Único de Saúde.
23. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
PROMOÇÃO
PREVENÇÃO REABILITAÇÃO
CONHECIMENTO DA ÁREA / CRIAÇÃO DE VÍNCULO
26. TERRITORIALIZAÇÃO PERMITE:
Identificar os problemas de saúde prevalentes e situação de risco desta
população;
Elaborar, em conjunto com a comunidade, um plano de ação para o
enfrentamento dos determinantes de processo saúde/doença;
Prestar assistência integral na ESF, na comunidade, no domicílio além
do acompanhamento nos serviços de referência ambulatorial ou
hospitalar;
Desenvolver ações educativas e intersetoriais para o enfrentamento dos
problemas de saúde.
28. FUNCIONAMENTO DAS ESF
Atuação de uma ou mais equipes de profissionais que
devem se responsabilizar pela atenção à saúde da
população, vinculada a um determinado território.
Área onde residem entre 600 a 1000 famílias, com limite
máximo de 4000 habitantes.
Cadastramento em domicílio.
29. Essas informações servem para que o gestor e a
equipe, juntamente com a população, possam
planejar as atividades a serem desenvolvidas, para
que cumpram seu objetivo de melhorar as condições
encontradas. O cadastro destas famílias é registrado
no Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB).
O SIAB é, portanto, um sistema de informação que
sistematiza os dados coletados, possibilita a sua
informatização e gera relatórios de acompanhamento
e avaliação.
30. EQUIPE DA ESF
Enfermeiro; médico da família; auxiliar/ técnico de
enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS);
odontólogos, técnico em saúde bucal.
Além desses, assistentes sociais, nutricionista,
fonoaudióloga, educador físico, fisioterapeuta, e psicólogo:
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).
31. PRINCIPAIS PROGRAMAS DA ESF
Atenção à Saúde da Criança;
Atenção à Saúde da Mulher;
Controle de Tuberculose ;
Eliminação da Hanseníase;
Ações de Saúde Bucal;
Atenção à Saúde do Idoso;
Atenção à Saúde do Homem.
32. ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA
Vigilância nutricional com acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento, promoção ao aleitamento materno;
Imunização; realização de esquema vacinal básico e busca ativa de
faltosos;
Assistência às doenças prevalentes entre elas as diarreicas em crianças
menores de cinco anos;
Assistência e prevenção das patologias bucais com foco no
desenvolvimento neurolinguístico e o no processo de socialização.
33.
34. Atenção à Saúde da Mulher
Pré-natal, diagnostico de gravidez, cadastramento das gestantes com e
sem riscos gestacionais, na primeira consulta. Vacinação antitetânica,
avaliação no puerpério e atividade educativa de promoção à saúde;
Planejamento familiar com fornecimento de medicamento e orientação
quanto aos métodos anticoncepcionais;
Prevenção de câncer de colo e útero;
Prevenção de problemas odontológicos e levantamento de doenças
bucais especialmente cáries e doenças gengivais. Controle de
hipertensão e diabetes:
35. Atenção à Saúde da Mulher
Diagnóstico de caso e cadastramento dos portadores;
Busca ativa dos casos com medição de pressão arterial e/ou dosagem
dos níveis de glicose;
Tratamento dos casos com fornecimento de medicação e
acompanhamento do paciente;
Diagnóstico precoce de complicações;
Ação educativa para controle de risco como obesidade, vida sedentária,
tabagismo além da prevenção de patologias bucais.
36.
37. Controle de Tuberculose
Busca ativa de casos e identificação de sintomaticos e
respiratórios
Diagnóstico clínico dos comunicantes, vacinação
com BCG e quimioprofilaxia quando necessário;
Notificação e investigação dos casos;
Tratamento supervisionado dos casos positivos e
busca de faltosos;
Fornecimento de medicamentos;
Ações educativas.
39. Eliminação da Hanseníase
Busca ativa de casos e identificação dos sintomáticos
dermatológicos e de seus comunicantes;
Notificação e investigação dos casos;
Diagnóstico clínico dos casos com exames dos sintomáticos
e classificação clínica dos casos multi e palcibacilares;
Tratamento supervisionado dos casos com avaliação
dermato-neurológica e fornecimento de medicamento;
Controle de incapacidades físicas;
Atividades educativas.
41. Ações de Saúde Bucal
Cadastramento de usuários, planejamento e
programação integrada às demais áreas de atenção
da ESF;
Alimentação e análise dos sistemas de informação
específicos;
Participação do processo de planejamento,
acompanhamento e avaliação das ações
desenvolvidas no território de abrangência;
Desenvolvimento de ações intersetoriais.
43. Atenção à Saúde do Idoso
Humanização e acolhimento à pessoa idosa na atenção
básica;
Promoção de hábitos saudáveis;
Gerenciamento ou cuidados com a pessoa em processo de
envelhecimento;
Suporte familiar e social;
Avaliação multidimensional rápida da pessoa idosa;
Envelhecimento e medicamentos;
Atenção domiciliar às pessoas idosas.
45. Atenção à Saúde do Homem
Acesso da população masculina aos serviços de saúde hierarquizados
nos diferentes níveis de atenção e organizados em rede, possibilitando
melhoria do grau de resolutividade dos problemas e acompanhamento
do usuário pela equipe de saúde;
Articular-se com as diversas áreas do governo com o setor privado e a
sociedade, compondo redes de compromisso e corresponsabilidade
quanto a saúde e a qualidade de vida da população masculina;
Informações e orientação à população masculina, aos familiares e a
comunidade sobre a promoção; prevenção e tratamento dos agravos e
das enfermidades do homem;
46. Atenção à Saúde do Homem
Captação precoce da população masculina nas atividades de
prevenção primaria relativa às doenças cardiovasculares e
cânceres, entre outros agravos recorrentes;
Captação técnica dos profissionais de saúde para o
atendimento do homem;
Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais
educativos;
Estabelecimento de mecanismos de monitoramento e
avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos
profissionais de saúde com participação dos usuários;
Elaboração e análise dos indicadores que permitam aos
gestores monitorar as ações e serviços e avaliar seu impacto,
redefinindo as estratégias e/ou atividades que fizeram
necessárias.