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S Ã O B E R N A R D O - M A 2 0 2 3
SAÚDE COLETIVA
Aula: Introdução a Saúde Coletiva/Estratégias Saúde da Família
INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA
 SAÚDE: (OMS) define como “um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não somente ausência de afecções e
enfermidades”.
 Direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser
assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou
condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um
valor coletivo, um bem de todos.
 “É um direito de todos e dever do estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
(Art. 196 da Constituição Brasileira, 1988)
ATENÇÃO A SAÚDE COLETIVA
 “É um conjunto de ações de caráter individual e coletivo,
situadas em todos os níveis de atenção do sistema de
saúde voltadas para promoção da saúde, prevenção de
agravos tratamento e reabilitação, centrado na
qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente,
levando em consideração o contexto histórico /estrutural da
sociedade”.
INTRODUÇÃO A SAÚDE
COLETIVA
 Campo de produção de conhecimentos voltados para a
compreensão da saúde e a explicação de seus
determinantes sociais;
 Âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para sua
promoção, além de voltadas para prevenção e o cuidado a
agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os
indivíduos mas, sobretudo, os grupos sociais, portanto a
coletividade.
 Compreende práticas técnicas, científicas, culturais,
ideológicas, políticas e econômicas (Carvalho, 2002).
INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA
 Enquanto PRÁTICA, a Saúde Coletiva propõe um
novo modo de organização do processo de trabalho
em saúde que enfatiza:
 - a promoção da saúde,
 - a prevenção de riscos e agravos,
 - a reorientação da assistência a doentes,
 - a melhoria da qualidade de vida,
A Saúde Coletiva Visa
 - saneamento do meio ambiente,
 - combate das doenças transmissíveis que ameaçam
a coletividade,
 - ensino dos princípios de higiene individual,
 - organizações dos serviços médicos e de
enfermagem para diagnóstico precoce e tratamento
preventivo,
 - estabelecimento de condições de saúde que
assegurem a cada membro da coletividade, um nível
de vida favorável à manutenção da vida.
Qual seria o núcleo da saúde coletiva?
 - O apoio aos sistemas de saúde, à elaboração de
políticas e à construção de modelos;
 - a produção de explicações para os processos
saúde/enfermidade/intervenção;
 - práticas de promoção da saúde e prevenção de
doenças.
SAÚDE-DOENÇA/ VIDA EM SOCIEDADE
Prevenir
 : preparar; chegar antes de; dispor de maneira que
evite (dano, mal); impedir que se realize. A prevenção
em saúde exige uma ação antecipada, baseada no
conhecimento da história natural a fim de tornar
improvável o progresso posterior da doença;
 Prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar a
doença na coletividade, utilizando medidas que
acabem com a patologia, ou a minimizem na
população.
Tipos de Prevenção
 Primária - quaisquer atos destinados a diminuir a
incidência de uma doença numa população,
reduzindo o risco de surgimento de casos novos; São
exemplos a vacinação, o tratamento da água para
consumo humano, de medidas de desinfecção e
desinfestação ou de ações para prevenir a infecção
por HIV, e outras ações de educação e saúde ou
distribuição gratuita de preservativos
Tipos de Prevenção
 Secundária - quaisquer atos destinados a diminuir a
prevalência de uma doença numa população
reduzindo sua evolução e duração; um exemplo é o
rastreio do câncer do colo uterino, causado pela
transmissão sexual do HPV. A prevenção secundária
consiste em um diagnóstico precoce e tratamento
imediato.
Tipos de Prevenção
 Terciária - quaisquer atos destinados a diminuir a
prevalência das incapacidades crônicas numa
população, reduzindo ao mínimo as deficiências
funcionais consecutivas à doença. Como exemplo a
nível da saúde ocupacional seria a reintegração
daquele trabalhador na empresa, caso não pudesse
continuar a exercer, por razões médicas, o mesmo
tipo de atividades
ASPECTOS HISTÓRICOS DA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
 Atualmente, apesar de a saúde não mais ser considerada
apenas como a inexistência de doença, ainda podemos
perceber, em diversas situações, que a prática dos serviços
volta-se prioritariamente para uma atuação curativa que
envolve ações relativas somente à doença, principalmente
queixas específicas e pontuais. Por exemplo, num serviço de
Pronto-Atendimento a preocupação dos profissionais centra-
se na queixa apresentada pelo paciente e a conduta a ser
adotada procura apenas “solucionar” o problema, sem a
preocupação de esclarecer suas causas. A crítica que fazemos é
que idêntica postura também ocorre em outras fases da
assistência. Tal fato só ratifica a necessidade de que devemos
desenvolver intervenções de prevenção e controle
permanentes da saúde da população, visando à melhoria dos
indicadores de saúde.
ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
 É o ramo da enfermagem que está direcionado a
saberes e práticas aplicados em prol da coletividade.
Determinação histórica do
processo coletivo de produção
dos processos de Saúde e
Doença.
Demandas originárias da luta popular
e crítica-renovação do “que fazer”
estatal.
Mudanças radicais, consideradas as
dialéticas das possibilidades e
necessidades resultantes do embate
Estado e Sociedade.
Empírica, reduzida ao plano
fenomênico e individualizado da
causação etiológica.
Sob a ótica do Estado e seus interesses
nas sociedades capitalistas.
Melhorias localizadas e graduais,
dentro das possibilidades limitadas e
definidas pelo Estado
Diagnóstico e
Tratamento de doenças.
Tentativa de assegurar que o
indivíduo tenha dentro da
sociedade uma padrão de
vida que lhe assegure a
manutenção da saúde
Vai além da observação,
diagnóstico e prescrição do
tratamento ao paciente, este
como indivíduo isolado.
Análise do processo saúde-doença
de uma dada coletividade,
considerando o contexto social
historicamente determinado em que
ele se insere.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
 A Saúde da Família é uma das principais estratégias,
propostas pelo Ministério da Saúde do Brasil, para
reorientar o modelo assistencial do Sistema Único de
Saúde, a partir da atenção básica;
 Reorganizar os serviços e reorientar as práticas
profissionais;
 Promoção da saúde, prevenção de doenças e
reabilitação, enfim, da promoção da qualidade de
vida da população, constituindo-se em uma proposta
com dimensões técnica, política e administrativa
inovadoras.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
 Princípio da Vigilância à Saúde, a inter e
multidisciplinaridade e a integridade do cuidado sobre
a população que reside na área de abrangência de suas
unidades de saúde.
 Norma operacional Básica (NOB-96): descentralização
de recursos e a municipalização da saúde.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF
INTEGRALIDADE
CLIENTELA ADSCRITA
EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL
HIERARQUIZAÇÃO
CARATER
SUBSTITUTIVO
TERRITORIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
A Estratégia Saúde da Família busca promover a qualidade de vida
da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde
em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o de tabaco,
etc. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como
uma porta de entrada do Sistema Único de Saúde.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
PROMOÇÃO
PREVENÇÃO REABILITAÇÃO
CONHECIMENTO DA ÁREA / CRIAÇÃO DE VÍNCULO
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
ESF
INDIVÍDUO
COMUNIDADE
FAMÍLIA
OPERACIONALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DA ESF
FAMÍLIA/
FOCO
TERRITORIALIZAÇÃO
EQUIPE INTER/
MULTIDISCIPLINAR
VÍNCULO
TERRITORIALIZAÇÃO PERMITE:
 Identificar os problemas de saúde prevalentes e situação de risco desta
população;
 Elaborar, em conjunto com a comunidade, um plano de ação para o
enfrentamento dos determinantes de processo saúde/doença;
 Prestar assistência integral na ESF, na comunidade, no domicílio além
do acompanhamento nos serviços de referência ambulatorial ou
hospitalar;
 Desenvolver ações educativas e intersetoriais para o enfrentamento dos
problemas de saúde.
TRABALHO EM EQUIPE
Mudança do modelo atual hegemônico em saúde
FUNCIONAMENTO DAS ESF
 Atuação de uma ou mais equipes de profissionais que
devem se responsabilizar pela atenção à saúde da
população, vinculada a um determinado território.
 Área onde residem entre 600 a 1000 famílias, com limite
máximo de 4000 habitantes.
 Cadastramento em domicílio.
Essas informações servem para que o gestor e a
equipe, juntamente com a população, possam
planejar as atividades a serem desenvolvidas, para
que cumpram seu objetivo de melhorar as condições
encontradas. O cadastro destas famílias é registrado
no Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB).
O SIAB é, portanto, um sistema de informação que
sistematiza os dados coletados, possibilita a sua
informatização e gera relatórios de acompanhamento
e avaliação.
EQUIPE DA ESF
 Enfermeiro; médico da família; auxiliar/ técnico de
enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS);
odontólogos, técnico em saúde bucal.
 Além desses, assistentes sociais, nutricionista,
fonoaudióloga, educador físico, fisioterapeuta, e psicólogo:
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).
PRINCIPAIS PROGRAMAS DA ESF
 Atenção à Saúde da Criança;
 Atenção à Saúde da Mulher;
 Controle de Tuberculose ;
 Eliminação da Hanseníase;
 Ações de Saúde Bucal;
 Atenção à Saúde do Idoso;
 Atenção à Saúde do Homem.
ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA
 Vigilância nutricional com acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento, promoção ao aleitamento materno;
 Imunização; realização de esquema vacinal básico e busca ativa de
faltosos;
 Assistência às doenças prevalentes entre elas as diarreicas em crianças
menores de cinco anos;
 Assistência e prevenção das patologias bucais com foco no
desenvolvimento neurolinguístico e o no processo de socialização.
Atenção à Saúde da Mulher
 Pré-natal, diagnostico de gravidez, cadastramento das gestantes com e
sem riscos gestacionais, na primeira consulta. Vacinação antitetânica,
avaliação no puerpério e atividade educativa de promoção à saúde;
 Planejamento familiar com fornecimento de medicamento e orientação
quanto aos métodos anticoncepcionais;
 Prevenção de câncer de colo e útero;
 Prevenção de problemas odontológicos e levantamento de doenças
bucais especialmente cáries e doenças gengivais. Controle de
hipertensão e diabetes:
Atenção à Saúde da Mulher
 Diagnóstico de caso e cadastramento dos portadores;
 Busca ativa dos casos com medição de pressão arterial e/ou dosagem
dos níveis de glicose;
 Tratamento dos casos com fornecimento de medicação e
acompanhamento do paciente;
 Diagnóstico precoce de complicações;
 Ação educativa para controle de risco como obesidade, vida sedentária,
tabagismo além da prevenção de patologias bucais.
Controle de Tuberculose
 Busca ativa de casos e identificação de sintomaticos e
respiratórios
 Diagnóstico clínico dos comunicantes, vacinação
com BCG e quimioprofilaxia quando necessário;
 Notificação e investigação dos casos;
 Tratamento supervisionado dos casos positivos e
busca de faltosos;
 Fornecimento de medicamentos;
 Ações educativas.
Controle de Tuberculose
Eliminação da Hanseníase
 Busca ativa de casos e identificação dos sintomáticos
dermatológicos e de seus comunicantes;
 Notificação e investigação dos casos;
 Diagnóstico clínico dos casos com exames dos sintomáticos
e classificação clínica dos casos multi e palcibacilares;
 Tratamento supervisionado dos casos com avaliação
dermato-neurológica e fornecimento de medicamento;
 Controle de incapacidades físicas;
 Atividades educativas.
Eliminação da Hanseníase
Ações de Saúde Bucal
 Cadastramento de usuários, planejamento e
programação integrada às demais áreas de atenção
da ESF;
 Alimentação e análise dos sistemas de informação
específicos;
 Participação do processo de planejamento,
acompanhamento e avaliação das ações
desenvolvidas no território de abrangência;
 Desenvolvimento de ações intersetoriais.
Ações de Saúde Bucal
Atenção à Saúde do Idoso
 Humanização e acolhimento à pessoa idosa na atenção
básica;
 Promoção de hábitos saudáveis;
 Gerenciamento ou cuidados com a pessoa em processo de
envelhecimento;
 Suporte familiar e social;
 Avaliação multidimensional rápida da pessoa idosa;
 Envelhecimento e medicamentos;
 Atenção domiciliar às pessoas idosas.
Atenção à Saúde do Idoso
Atenção à Saúde do Homem
 Acesso da população masculina aos serviços de saúde hierarquizados
nos diferentes níveis de atenção e organizados em rede, possibilitando
melhoria do grau de resolutividade dos problemas e acompanhamento
do usuário pela equipe de saúde;
 Articular-se com as diversas áreas do governo com o setor privado e a
sociedade, compondo redes de compromisso e corresponsabilidade
quanto a saúde e a qualidade de vida da população masculina;
 Informações e orientação à população masculina, aos familiares e a
comunidade sobre a promoção; prevenção e tratamento dos agravos e
das enfermidades do homem;
Atenção à Saúde do Homem
 Captação precoce da população masculina nas atividades de
prevenção primaria relativa às doenças cardiovasculares e
cânceres, entre outros agravos recorrentes;
 Captação técnica dos profissionais de saúde para o
atendimento do homem;
 Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais
educativos;
 Estabelecimento de mecanismos de monitoramento e
avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos
profissionais de saúde com participação dos usuários;
 Elaboração e análise dos indicadores que permitam aos
gestores monitorar as ações e serviços e avaliar seu impacto,
redefinindo as estratégias e/ou atividades que fizeram
necessárias.
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SAÚDE COLETIVA AULA1.pdf

  • 1. D O C E N T E : E N F ª A L Y N E K É Z I A A M A D O R S Ã O B E R N A R D O - M A 2 0 2 3 SAÚDE COLETIVA Aula: Introdução a Saúde Coletiva/Estratégias Saúde da Família
  • 2. INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA  SAÚDE: (OMS) define como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.  Direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos.  “É um direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (Art. 196 da Constituição Brasileira, 1988)
  • 3. ATENÇÃO A SAÚDE COLETIVA  “É um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, situadas em todos os níveis de atenção do sistema de saúde voltadas para promoção da saúde, prevenção de agravos tratamento e reabilitação, centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, levando em consideração o contexto histórico /estrutural da sociedade”.
  • 4. INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA  Campo de produção de conhecimentos voltados para a compreensão da saúde e a explicação de seus determinantes sociais;  Âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para sua promoção, além de voltadas para prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os indivíduos mas, sobretudo, os grupos sociais, portanto a coletividade.  Compreende práticas técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas e econômicas (Carvalho, 2002).
  • 5. INTRODUÇÃO A SAÚDE COLETIVA  Enquanto PRÁTICA, a Saúde Coletiva propõe um novo modo de organização do processo de trabalho em saúde que enfatiza:  - a promoção da saúde,  - a prevenção de riscos e agravos,  - a reorientação da assistência a doentes,  - a melhoria da qualidade de vida,
  • 6. A Saúde Coletiva Visa  - saneamento do meio ambiente,  - combate das doenças transmissíveis que ameaçam a coletividade,  - ensino dos princípios de higiene individual,  - organizações dos serviços médicos e de enfermagem para diagnóstico precoce e tratamento preventivo,  - estabelecimento de condições de saúde que assegurem a cada membro da coletividade, um nível de vida favorável à manutenção da vida.
  • 7. Qual seria o núcleo da saúde coletiva?  - O apoio aos sistemas de saúde, à elaboração de políticas e à construção de modelos;  - a produção de explicações para os processos saúde/enfermidade/intervenção;  - práticas de promoção da saúde e prevenção de doenças.
  • 9.
  • 10. Prevenir  : preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize. A prevenção em saúde exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença;  Prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar a doença na coletividade, utilizando medidas que acabem com a patologia, ou a minimizem na população.
  • 11. Tipos de Prevenção  Primária - quaisquer atos destinados a diminuir a incidência de uma doença numa população, reduzindo o risco de surgimento de casos novos; São exemplos a vacinação, o tratamento da água para consumo humano, de medidas de desinfecção e desinfestação ou de ações para prevenir a infecção por HIV, e outras ações de educação e saúde ou distribuição gratuita de preservativos
  • 12. Tipos de Prevenção  Secundária - quaisquer atos destinados a diminuir a prevalência de uma doença numa população reduzindo sua evolução e duração; um exemplo é o rastreio do câncer do colo uterino, causado pela transmissão sexual do HPV. A prevenção secundária consiste em um diagnóstico precoce e tratamento imediato.
  • 13. Tipos de Prevenção  Terciária - quaisquer atos destinados a diminuir a prevalência das incapacidades crônicas numa população, reduzindo ao mínimo as deficiências funcionais consecutivas à doença. Como exemplo a nível da saúde ocupacional seria a reintegração daquele trabalhador na empresa, caso não pudesse continuar a exercer, por razões médicas, o mesmo tipo de atividades
  • 14. ASPECTOS HISTÓRICOS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE  Atualmente, apesar de a saúde não mais ser considerada apenas como a inexistência de doença, ainda podemos perceber, em diversas situações, que a prática dos serviços volta-se prioritariamente para uma atuação curativa que envolve ações relativas somente à doença, principalmente queixas específicas e pontuais. Por exemplo, num serviço de Pronto-Atendimento a preocupação dos profissionais centra- se na queixa apresentada pelo paciente e a conduta a ser adotada procura apenas “solucionar” o problema, sem a preocupação de esclarecer suas causas. A crítica que fazemos é que idêntica postura também ocorre em outras fases da assistência. Tal fato só ratifica a necessidade de que devemos desenvolver intervenções de prevenção e controle permanentes da saúde da população, visando à melhoria dos indicadores de saúde.
  • 15. ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA  É o ramo da enfermagem que está direcionado a saberes e práticas aplicados em prol da coletividade.
  • 16. Determinação histórica do processo coletivo de produção dos processos de Saúde e Doença. Demandas originárias da luta popular e crítica-renovação do “que fazer” estatal. Mudanças radicais, consideradas as dialéticas das possibilidades e necessidades resultantes do embate Estado e Sociedade. Empírica, reduzida ao plano fenomênico e individualizado da causação etiológica. Sob a ótica do Estado e seus interesses nas sociedades capitalistas. Melhorias localizadas e graduais, dentro das possibilidades limitadas e definidas pelo Estado
  • 17. Diagnóstico e Tratamento de doenças. Tentativa de assegurar que o indivíduo tenha dentro da sociedade uma padrão de vida que lhe assegure a manutenção da saúde Vai além da observação, diagnóstico e prescrição do tratamento ao paciente, este como indivíduo isolado. Análise do processo saúde-doença de uma dada coletividade, considerando o contexto social historicamente determinado em que ele se insere.
  • 18.
  • 19. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF  A Saúde da Família é uma das principais estratégias, propostas pelo Ministério da Saúde do Brasil, para reorientar o modelo assistencial do Sistema Único de Saúde, a partir da atenção básica;  Reorganizar os serviços e reorientar as práticas profissionais;  Promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação, enfim, da promoção da qualidade de vida da população, constituindo-se em uma proposta com dimensões técnica, política e administrativa inovadoras.
  • 20. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF  Princípio da Vigilância à Saúde, a inter e multidisciplinaridade e a integridade do cuidado sobre a população que reside na área de abrangência de suas unidades de saúde.  Norma operacional Básica (NOB-96): descentralização de recursos e a municipalização da saúde.
  • 21. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA -ESF INTEGRALIDADE CLIENTELA ADSCRITA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL HIERARQUIZAÇÃO CARATER SUBSTITUTIVO TERRITORIALIZAÇÃO
  • 22. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA A Estratégia Saúde da Família busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o de tabaco, etc. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada do Sistema Único de Saúde.
  • 23. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA PROMOÇÃO PREVENÇÃO REABILITAÇÃO CONHECIMENTO DA ÁREA / CRIAÇÃO DE VÍNCULO
  • 24. ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ESF INDIVÍDUO COMUNIDADE FAMÍLIA
  • 25. OPERACIONALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DA ESF FAMÍLIA/ FOCO TERRITORIALIZAÇÃO EQUIPE INTER/ MULTIDISCIPLINAR VÍNCULO
  • 26. TERRITORIALIZAÇÃO PERMITE:  Identificar os problemas de saúde prevalentes e situação de risco desta população;  Elaborar, em conjunto com a comunidade, um plano de ação para o enfrentamento dos determinantes de processo saúde/doença;  Prestar assistência integral na ESF, na comunidade, no domicílio além do acompanhamento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar;  Desenvolver ações educativas e intersetoriais para o enfrentamento dos problemas de saúde.
  • 27. TRABALHO EM EQUIPE Mudança do modelo atual hegemônico em saúde
  • 28. FUNCIONAMENTO DAS ESF  Atuação de uma ou mais equipes de profissionais que devem se responsabilizar pela atenção à saúde da população, vinculada a um determinado território.  Área onde residem entre 600 a 1000 famílias, com limite máximo de 4000 habitantes.  Cadastramento em domicílio.
  • 29. Essas informações servem para que o gestor e a equipe, juntamente com a população, possam planejar as atividades a serem desenvolvidas, para que cumpram seu objetivo de melhorar as condições encontradas. O cadastro destas famílias é registrado no Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB). O SIAB é, portanto, um sistema de informação que sistematiza os dados coletados, possibilita a sua informatização e gera relatórios de acompanhamento e avaliação.
  • 30. EQUIPE DA ESF  Enfermeiro; médico da família; auxiliar/ técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS); odontólogos, técnico em saúde bucal.  Além desses, assistentes sociais, nutricionista, fonoaudióloga, educador físico, fisioterapeuta, e psicólogo: Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).
  • 31. PRINCIPAIS PROGRAMAS DA ESF  Atenção à Saúde da Criança;  Atenção à Saúde da Mulher;  Controle de Tuberculose ;  Eliminação da Hanseníase;  Ações de Saúde Bucal;  Atenção à Saúde do Idoso;  Atenção à Saúde do Homem.
  • 32. ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA  Vigilância nutricional com acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, promoção ao aleitamento materno;  Imunização; realização de esquema vacinal básico e busca ativa de faltosos;  Assistência às doenças prevalentes entre elas as diarreicas em crianças menores de cinco anos;  Assistência e prevenção das patologias bucais com foco no desenvolvimento neurolinguístico e o no processo de socialização.
  • 33.
  • 34. Atenção à Saúde da Mulher  Pré-natal, diagnostico de gravidez, cadastramento das gestantes com e sem riscos gestacionais, na primeira consulta. Vacinação antitetânica, avaliação no puerpério e atividade educativa de promoção à saúde;  Planejamento familiar com fornecimento de medicamento e orientação quanto aos métodos anticoncepcionais;  Prevenção de câncer de colo e útero;  Prevenção de problemas odontológicos e levantamento de doenças bucais especialmente cáries e doenças gengivais. Controle de hipertensão e diabetes:
  • 35. Atenção à Saúde da Mulher  Diagnóstico de caso e cadastramento dos portadores;  Busca ativa dos casos com medição de pressão arterial e/ou dosagem dos níveis de glicose;  Tratamento dos casos com fornecimento de medicação e acompanhamento do paciente;  Diagnóstico precoce de complicações;  Ação educativa para controle de risco como obesidade, vida sedentária, tabagismo além da prevenção de patologias bucais.
  • 36.
  • 37. Controle de Tuberculose  Busca ativa de casos e identificação de sintomaticos e respiratórios  Diagnóstico clínico dos comunicantes, vacinação com BCG e quimioprofilaxia quando necessário;  Notificação e investigação dos casos;  Tratamento supervisionado dos casos positivos e busca de faltosos;  Fornecimento de medicamentos;  Ações educativas.
  • 39. Eliminação da Hanseníase  Busca ativa de casos e identificação dos sintomáticos dermatológicos e de seus comunicantes;  Notificação e investigação dos casos;  Diagnóstico clínico dos casos com exames dos sintomáticos e classificação clínica dos casos multi e palcibacilares;  Tratamento supervisionado dos casos com avaliação dermato-neurológica e fornecimento de medicamento;  Controle de incapacidades físicas;  Atividades educativas.
  • 41. Ações de Saúde Bucal  Cadastramento de usuários, planejamento e programação integrada às demais áreas de atenção da ESF;  Alimentação e análise dos sistemas de informação específicos;  Participação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas no território de abrangência;  Desenvolvimento de ações intersetoriais.
  • 43. Atenção à Saúde do Idoso  Humanização e acolhimento à pessoa idosa na atenção básica;  Promoção de hábitos saudáveis;  Gerenciamento ou cuidados com a pessoa em processo de envelhecimento;  Suporte familiar e social;  Avaliação multidimensional rápida da pessoa idosa;  Envelhecimento e medicamentos;  Atenção domiciliar às pessoas idosas.
  • 45. Atenção à Saúde do Homem  Acesso da população masculina aos serviços de saúde hierarquizados nos diferentes níveis de atenção e organizados em rede, possibilitando melhoria do grau de resolutividade dos problemas e acompanhamento do usuário pela equipe de saúde;  Articular-se com as diversas áreas do governo com o setor privado e a sociedade, compondo redes de compromisso e corresponsabilidade quanto a saúde e a qualidade de vida da população masculina;  Informações e orientação à população masculina, aos familiares e a comunidade sobre a promoção; prevenção e tratamento dos agravos e das enfermidades do homem;
  • 46. Atenção à Saúde do Homem  Captação precoce da população masculina nas atividades de prevenção primaria relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes;  Captação técnica dos profissionais de saúde para o atendimento do homem;  Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos;  Estabelecimento de mecanismos de monitoramento e avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos profissionais de saúde com participação dos usuários;  Elaboração e análise dos indicadores que permitam aos gestores monitorar as ações e serviços e avaliar seu impacto, redefinindo as estratégias e/ou atividades que fizeram necessárias.