3. Morfologia
• O T. cruzi possui um ciclo evolutivo complexo e
adota diferentes formas evolutivas;
– Tripomastigota
– Epimastigota
– Amastigota
4. Morfologia
• Tripomastigota
– Estágio infectante do parasito
– Cinetoplasto situado posteriormente ao núcleo
– Flagelo emergindo da bolsa flagelar próxima ao cinetoplasto
– Grande mobilidade
– Corrente sangüínea dos vertebrados e nas porções distais
do tubo digestivo do vetor
– NÂO dispõe de capacidade replicativa
Tripomastigota de Trypanosoma cruzi.
Seta preta - cinetoplasto;
vermelha - núcleo;
azul - membrana ondulante;
verde - flagelo
5. Morfologia
• Epimastigota
– Formas de reprodução do parasito no vetor
– Formas alongadas em que o flagelo se origina a frente e
próximo ao núcleo
– O flagelo emerge na extremidade anterior do parasito
– Formas tb muito móveis
6. Morfologia
• Amastigota
– Formas esféricas ou ovaladas
– Destituías de mobilidade
– Carecem de flagelo livre
– Estágio
vertebrado
de
multiplicação
intracelular
no
hospedeiro
7. O agente etiológico e os seus Vetores
• T. cruzi e os triatomíneos - amplamente distribuídos
por toda a América; Sul dos EUA à Patagônia (42N 46S)
• + de 120 sp. de triatomíneos
60 sp. + T. cruzi
• Estudos enzimáticos de T. cruzi
Z1 – é a mais difundida, região amazônica (gambá e com uma larga
gama de sp. de triatomíneos), lesões cardíacas
Z2 – encontrada ao sul da região amazônica, lesões intestinais, T.
infestans
Z3 - raramente isolado de casos humanos, associado a dif.
reservatórios e triatomíneos (Panstrongylus)
8. Ciclo biológico do Trypanosoma cruzi
Transmissão
pelas fezes
contaminadas do
barbeiro
Obs.: O ciclo do T. cruzi é do tipo heteroxênico: Multiplicação
intracelular (hospedeiro) e extracelular (vetor)
11. Principais espécies de Triatomíneos no Brasil
• Triatoma infestans
• Triatoma brasiliensis
• Panstrongylus megistus
• Triatoma sordida
• Triatoma pseudomaculata
Panstrongylus megistus
12. Aparelho Bucal dos Hemípteros
No gênero Panstrongylus, as antenas encontram-se inseridas junto à margem dos olhos,
no gênero Rhodnius, as antenas apresentam-se no ápice da cabeça e no Triatoma, as
antenas inserem-se no meio do caminho entre o ápice da cabeça e a margem dos olhos.
Fitófago
Probócita larga
com 4 segmentos
Predador
Probócita curva
com 4 segmentos
Triatoma
Probócita delgada, reta
com 3 segmentos
13. A Doença
• 16 18 milhões de pessoas infectadas pelo
Trypanosoma cruzi;
• 90 milhões de pessoas sob risco (25%)
AL quarta causadora de morbidade (infec. Resp.,
diarréias, AIDS);
• Perda econômica superior a US$ 6.5 bilhões por
ano.
Alto gasto médico
baixa produtividade
14. Constatações Epidemiológicas Básicas
• A DCH ORIGINOU-SE FUNDAMENTALMENTE DO CONTATO HOMEMTRIATOMÍNEO DOMICILIADO, DISPERSANDO-SE PELA ATUAL ÁREA ENDÊMICA A
PARTIR DE INVASÃO DE NICHOS SILVESTRES, AÇÃO ANTRÓPICA, MIGRAÇÕES E
FATORES SOCIO-POLÍTICOS;
• NO ÂMBITO SILVESTRE SÃO HABITUAIS AS VIAS VETORIAL E ORAL;
• COM A URBANZAÇÃO E A MODERNIZAÇÃO DA MEDICINA EMERGIU A
TRANSMISSÃO TRANSFUSIONAL NA DÉCADA DE 40, POSTERIORMENTE
SURGINDO A VIA DE TRANSPLANTES;
• AS VIAS TRANSFUSIONAL E CONGÊNITA TÊM COMO BASE FUNDAMENTAL A
VIA VETORIAL;
• VÁRIAS DAS FORMAS HIPOTÉTICAS DEPENDEM DE ELEVADA CONCENTRAÇÃO
TRIPANOSÔMICA E EVENTUALMENTE DA DENSIDADE TRIATOMÍNICA;
• NA MEDIDA EM QUE SE CONTROLA A VIA VETORIAL, CRESCEM EM
IMPORTÂNCIA RELATIVA AS OUTRAS VIAS, POSTERIORMENTE OCORRENDO
IMPACTO POSITIVO (REDUÇÃO).
15. Peso de enfermidades Transmissíveis na América
Latina e Caribe
Milhões de AVAI*
7
6
5
4
3
2
1
0
Resp
Dia
HIV
CHA
* AVAI - anos de vida perdidos por incapacidade
Fonte: World Development Report, 1993. p.216-218.
TBC
Helm
MAL
ESQ
HAN
LEI
16. Epidemiologia Social e Controle
•
Os seus fatores principais são:
Pobreza
Habitação e ação antropica
Migrações e relações de produção
Baixa prioridade política, baixa cultura, baixa auto-estima
A doença de Chagas é bastante vulnerável as ações de
controle, porém, sua demanda social e política é muito pequena
(baixa), assim como o seu “mercado”
•
•
Os elementos determinantes de controle envolvem:
Dados epidemiológicos básicos (especialmente impacto)
Decisão política e continuidade de suas ações
Expertise & recursos humanos
Institucionalização e articulação dos programas de controle
17. Evolução da Doença de Chagas na Natureza
Inicialmente uma enzootia (ou seja uma infecção ou doença de
animais, transmitida entre eles por triatomíneos silvestres)
Antropozoonose (definida como uma infecção de animais que se
transmite ao homem, de início acidentalmente pelo seu contato com
triatomíneos silvestres) Ex.: Amazônia brasileira
O desmatamento e a adaptação dos triatomíneos ao peridomicílio e
ao domicílio humano, a infecção torna-se uma zoonose intercambiada
entre animais e o homem através de triatomíneos domiciliados
Antroponose, ou seja doença de transmissão inter-humana
finalmente em caminho inverso para uma zooantroponose, com a
possibilidade da transmissão da infecção do próprio homem para os
animais domésticos susceptíveis que com ele convivem no domicílio.
18. Antecedentes:
– Da descoberta de Carlos Chagas (1909), ao início das ações
de controle no país, se passaram aproximadamente 4 décadas.
– 1943 – Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz em
Bambuí, MG (implantação de medidas de controle aos vetores).
– 1948 – Dias e Pellegrino, ação tóxica do isômero gama do
hexaclorociclohexano.
– 1950 – Primeiras “campanhas” de controle da DCh em “larga
escala” (Serviço Nacional de Malária)
74 municípios
68.700 UD´s tratadas
BHC e o tiofosfato
20. Antecedentes:
• 1950 a 1975 – Atividades não muito regulares de combate aos
vetores.
• 1975 – A doença de Chagas passar a merecer algum grau de
prioridade.
• 1975 / 1980 – Inquéritos Entomológico e Sorológico
Área endêmica compreendia 2.445 municípios (19 Estados)
• 1983 – Cobertura integral de toda área considerada endêmica para a
DCh, o equivalente a 36% do território brasileiro.
• 1991 – Iniciativa dos Países do Cone Sul para a Eliminação do
Triatoma infestans e Interrupção da Transmissão Transfusional da
Doença de Chagas
21. Antecedentes:
• 1999 – Proposta de Certificação da Interrupção da
Transmissão Vetorial da Doença de Chagas por T. infestans no
Brasil.
• Em 2000/02, com base na cobertura das ações de VE do
PCDCh, índices de infestação domiciliar, de estudos
sorológicos realizados no período de 1989 a 1997 e na
ausência de casos agudos de DCh, a OPAS certificou a
interrupção da transmissão vetorial da DCh pelo T. infestans
em dez Estados brasileiros: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio de
Janeiro, São Paulo e Tocantins;
22. Área com Risco de Transmissão Vetorial da Doença de
Chagas. Brasil*, 1983.
Área com vetores capturados
no ambiente domiciliar
* com exceção do estado de São aulo
Fonte: GTCHAGAS/CCDTV/DEOPE/FNS
23. Mecanismo de Transmissão e Controle da DCh
•
Transmissão Vetorial
Transmissão Transfusional
Transmissão Transplacentária
Transmissão Acidental
Transmissão Oral
•
A VE em DCh se faz sobre:
•
•
•
•
o vetor domiciliado **
sobre transmissão transfusional *
sobre os casos agudos e congênitos
e sobre a evolução dos casos crônicos *
24. Doença de Chagas – Formas Clínicas
AGUDA
INDETERMINADA
CRÔNICA
Sinal de Romaña
25. Forma Aguda
Período de incubação: 05 a
14 dias/ 30 a 40 dias
Casos graves: miocardites intensas
e meniningoencefalites
Febre: 37º a 38º
intermitente
Forma aguda inaparente
Predominante nas crianças
menores de 05 anos (letalidade 2 a
7%)
Importância do Diagnóstico na fase
Aguda
Pouco Diagnosticada nesta fase
astenia, anorexia,
linfoadenopatia periférica,
hepatoesplenomegalia (30 a
40%)
Sinais de porta de entrada
em 70 a 80% - Áreas
Endêmicas: Romañ a e
Chagoma de inoculaç ão
26. Forma Aguda - Evolução
Remissão gradativa do
quadro agudo: 30 a 90 dias
Favorável
Evolui para uma fase
indeterminada
(assintomática/duração de
anos ou décadas)
A formação de
anticorpos se inicia na
primeira semana
Persistência de
sorologia positiva a
despeito do tratamento
específico: considerar
Chagásico crônico
27. Forma Crônica
Forma cardíaca
Principal causa de
morte (MS, FUNASA
2000)
Distúrbio do ritmo
cardíaco
Insuficiência cardíaca
Forma digestiva
Disfagia
Regurgitação
Soluços
Constipação intestinal
Desnutrição
28. Diagnóstico da Doença de Chagas
Fase crônica
Fase Aguda
• Demonstração das
formas tripomastigotas
no exame direto sangue
periférico
• Métodos indiretos:
- Imunoflorescência
- Hemoaglutinação
- Elisa
- Hemocultura (única 79%de
positividade, três 94%)
- Radioimunoensaio
- Xenodiagnóstico
29. Diagnóstico de infecção por Trypanosoma cruzi
FASE
FORMA
Avaliação Laboratorial
AGUDA (vetorial, congênita,
Parasitológica
transfusional, etc.)
CRONICA a) Indeterminado (asymptomatic)
b) Cardíaca (moderada ou severa)
c) Digestiva . Sueprior: megaesôfago
. inferior: megacolon
d) Associada
Sorológica
30. Serological tests for American Trypanosomiasis
Used for
Confirmation of etiology in a
patient
Exclusion of blood from a
donor
Epidemiological study (certify
area free of infection)
Follow up after etiological
treatment - Check up in
immunosupressed/AIDS
Suspect acute phase without
detectable parasites
Performed by
Requirements
Diagnostic laboratory High specificity
Blood bank
Public Health, service
network
Research laboratory
(compare Ab title)
Diagnostic laboratory
Diagnostic laboratory
(searc for specific
IgM)
Observations/Pitfalls
Mislabelling of sample. A false positive:
rejection job/psychological fear
High specificity
False negative transmit infection
High specificity
Crossreaction leishmania (false positive)
High specificity and
sensitivity
Need long period of observation. Stored
sample of seru comparison of
titers.(Possibility of reaction f infection)
First look for parasites.
If negative than search
for IgM
If positive, should be specifically treated
Suspect congenital infection:
Mother serologypositive
If specific IgG is present after 6 months of
a) after delivery, acute phase
Diagnostic laboratory (Search for specific IgG
age, the child must be treated.
b) oherwise, recall infant 6 mo.
after 6 mo. of age
31. Terapêutica Específica para a DCh
•
Benznidazol (1ª opção)
₋ Crianças: 5 a 10 mg/kg/dia durante 60dias
₋ Adultos: 5mg/kg/dia durante 60 dias
•
Nifurtimox
₋ Crianças: 15 mg/kg/dia durante 90 dias
₋ Adultos:8 a 10 mg/kg/dia
32. Terapêutica Específica para a DCh
Indicações correntes (consensuais)
• Todos os agudos, inclusive congênitos
• Químioprofilaxia (acidentes, transplantes)
• Episódios de reativação
• Baixa idade e crônicos recentes
• Crônicos indeterminados (CE)*
• Formas clínicas iniciais (CE)
• Não tratar: crônicos clinicamente avançados e mulheres
grávidas
* - CE = caráter experimental (individual)
33. Situação epidemiológica atual da doença de Chagas
no Brasil
• A transmissão natural da doença de Chagas no país foi
grandemente reduzida;
• Triatoma infestans reduzido a pequenos focos no oeste do estado
da Bahia e Noroeste do Rio Grande do Sul;
• No caso das outras espécies tem sido possível manter níveis de
infestação, colonização intradomiciliar e índice de infecção natural
incompatíveis com a transmissão;
• a prevalência de soro-reagentes entre doadores na hemo-rede
pública, em 2002 foi de 0,61%, frente a uma mediana superior aos
2% nos anos 70;
• Inquéritos sorológicos mais recentes em crianças apontam para
uma baixa soroprevalência (~ 0.14 – 0.11%).
34. Banco de Sangue – Triagem Sorológica
Brasil, 2002*.
• Número de doações avaliadas = 2.265.930
- Sífilis 19.377
(0,85%)
- Chagas
13.977
(0,62%)
- Hep. B
96.003
(4,24%)
- Hep. C
11.609
(0,51%)
- HIV
9.577(0,42%)
Fonte: Ag. Nac. Vig. Sanitária/GG Sangue e hemoderivados
35. Interrupção da Transmissão vetorial da Doença de Chagas por
Triatoma infestans no Brasil, 2003.
Estados com a transmissão comprovadamente interrompida.
Estados com transmissão.
Estados com a transmissão interrompida (demonstração
sujeita a eventuais trabalhos complementares).
Estado sem informação atual e suficiente
36. Área de dispersão do Triatoma infestans.
Brasil, 1975/83 e 2002*.
1975/83
N° de municípios: 721
Dados sujeitos à revisão
Fonte: FUNASA/CENEPI/G.T. Controle de Vetores
(*)
2002*
N° de municípios: 33
37. Distribuição de Triatomíneos no Estado do Rio grande do
Sul, 1984 e 2002* - Triatoma infestans.
1984
N° de municípios: 95
Dados sujeitos à revisão
Fonte: FUNASA/CENEPI/G.T. Controle de Vetores
(*)
2002*
N° de municípios: 14
38. Distribuição de Triatomíneos no Estado da Bahia, 1984
e 2002* - Triatoma infestans.
2002*
N° de municípios: 120
Dados sujeitos à revisão
Fonte: FUNASA/CENEPI/G.T. Controle de Vetores
(*)
N° de municípios: 14
41. Número de Municípios Positivos para T. infestans no Brasil,
1975/83, 1989/92, 1993/02*
800
721
700
600
500
363
400
300
200
86
109
75
84
106
100
65
57
53
25
0
1975/83
* Dados sujeito a alteração
1993
1995
1997
1999
2001
33
42. Número de Exemplares de T. infestans Capturados no
Brasil, 1993 a 2002*.
3.000
2.573
2.500
2.000
1.739
1.512
1.309
1.500
1.080
1.000
546
590
295
500
342
93
0
1993
* Dados sujeito a alteração
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002*
43. Número das Principais Espécies de Triatomíneos Capturadas
e Percentual de Redução. Brasil, 1983 a 2001.
Espécie
Ano
Percentual de Redução
1983
2001
Triatoma infestans
162.163
93
-99,9
Panstrongylus megistus
149.248
2.597
-98,6
Triatoma pseudomaculata
125.634
63.694
-49,3
Triatoma sordida
189.260
32.474
-82,8
99.845
67.972
-31,9
Triatoma brasiliensis
Fonte: MS/SVS/G.T. Controle de vetores
(%)
44. Número das Principais Espécies de Triatomíneos Capturados,
Examinados e Índice de Infecção Natural. Brasil, 1999 a 2000*.
Espécies
T. infestans*
Capturados Examinados
Positivos
Índice de
Infecção (% )
978
582
24
4,12
195.362
143.470
1.219
0,85
2.040
1.861
16
0,86
T. pseudomaculata
112.574
90.314
635
0,70
T. brasiliensis
136.418
99.119
934
0,94
R. neglectus
1.236
866
9
1,04
P. megistus
9.826
7.504
208
2,77
P. lutzi
4.140
2.627
104
3,96
462.574
346.343
3.149
0,91
T. sordida
T. rubrovaria
TOTAL
* Dados sujeito a alteração
45. Taxa de Mortalidade Anual por Doença de Chagas (x100.000).
Brasil, 1980 a 2000.
6,0
5,4
5,0
5,2
4,9
5,0
4,8
4,7
4,5
4,6
4,0
4,4
4,3
3,8
4,1
3,8
3,5
3,7
3,5
3,0
3,4
3,4
3,3
3,0
3,0
2,0
1,0
0,0
1980
1982
* Dados sujeito a alteração
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
46. Número de Óbitos das Principais Doenças Transmitidas
por Vetores no Brasil, 1990 a 2000.
6.000
5.845
5.529
5.684
5.772
5.549
5.442
5.373
5.410
5.355
5.001
5.130
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1990
Malária
1991
1992
Leishmaniose
1993
1994
Febre Amarela
1995
1996
Esquistossomose
1997
1998
1999
Doença de Chagas
2000
Dengue
47. INICIATIVA DEL CONO SUR
BRASIL: Eliminacion de la Transmision de la Enfermedad de
Chagas, 1982-98.
100
10
Tasas x 100
26
18,5 !
"
4,8
!
2,7
!
! Infestacion dom iciliar
" Incidencia (7-14 anos)
1
0,2
"
0,1
0
0
"
80
85
90
95
2000
48. Outras espécies de Trypanosoma
• Trypanosoma rangeli
– Infecta humanos, mamíferos
silvestres e domésticos da
América Central e do Sul,
– Transmitido por triatomíneos
(Rhodnius),
– Não é patogênico para o
hospedeiro mamífero,
– Distribuição sobreposta com a do
T. cruzi,
– Transmitido preferencialmente
pela picada de triatomíneos
infectados
49. Outras espécies de Trypanosoma
• Trypanosoma gambiense
• Trypanosoma rhodesiense
– Agente etiológico da forma menos
grave da Doença do Sono,
– Agente etiológico da forma mais
grave da Doença do Sono,
– Transmitido pela mosca Tsé-tsé
(Glossina palpalis),
– Evolução rápida e fulminante,
– Evolução crônica de longa duração, – A transmissão, a multiplicação e
– Formas tripomastigotas
– Sangue periférico
– Linfonodos
– SNC
– Ocorre em áreas intertropical da
África.
distribuição geográfica são
semelhantes ao T. gambiense.
50. Ciclo biológico do Trypanosoma gambiense e o
seu vetor.
– mosca Tsé-tsé (Glossina palpalis)
51. Carlos Chagas: Prêmio Nobel de 1921
– Nascido em 1878, em Oliveira, Minas Gerais, CARLOS RIBEIRO
JUSTINIANO DAS CHAGAS constitui-se numa das maiores expressões da
ciência brasileira e mundial de todos os tempos.
– em 1903 já se destacava em fundamentais trabalhos sobre a epidemiologia
e o controle da malária, vindo a descobrir praticamente sozinho, em 1909,
uma nova e terrível doença, a tripanossomíase americana.
– Carlos Chagas descobre a enfermidade e a descreve praticamente sozinho,
um feito único na Medicina.
– clínicos, epidemiológicos, parasitológicos, anátomo-patológicos e políticos, de
maneira praticamente perfeita para os recursos da época.
– Chagas, como Oswaldo, foi admirado e invejado
–Em particular, não se compreendiam as observações perfeitas sobre a
cardiopatia crônica da doença, por Chagas minuciosamente descritas e
interpretadas num momento em que tudo dependia da visão direta do
parasito e em que as noções básicas de Imunologia estavam apenas
engatinhando
52. Carlos Chagas: Prêmio Nobel de 1921
– Na Academia Nacional de Medicina, onde Chagas foi duramente contestado
por Afrânio Peixoto e alguns outros acadêmicos, uma disputa histórica que
durou de 1920 a 22, terminando com a plena vitória de Chagas.
– Neste período, entre outras mazelas, um episódio pouco comentado
merece destaque: negaram-lhe o Prêmio Nobel. A descrição do fato se
coloca a seguir, pela visão do historiador argentino Sierra-Iglesias (1990,
pág. 225): "En 1921 era propuesto para el Premio Nobel de Medicina, y
cuando todo presumía que le sería otorgado, inconfesables influencias se
interpusieron. El Instituto sueco se había dirigido a organismos científicos
del Brasil recabando datos sobre su personalidad, sobre su obra, pero
algunos sus propios compatriotas (increíblemente, entre ellos algunos no
médicos, por lo tanto primariamente inhabilitados para juzgar el
descubrimiento de la tripanosomiasis), lo desaconsejaron, siendo este año
declarado desierto este codiciado lauro mundial".