SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Baixar para ler offline
E P I D E M I O L O G I A D A S
D O E N Ç A S T R A N S M I S S Í V E I S
P R O F . T H I A G O F R E I T A S
D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S E
PA R A S I TÁ R I A S
• O risco de infecção não é somente
dependente da suscetibilidade individual
mas também de:
• distribuição da doença dentro da população
• grau de miscigenação da população
• imunidade herdada
• período de transmissão
• via de transmissão.
EPIDEMIOLOGIA É O ESTUDO DA:
- OCORRÊNCIA,
- DISTRIBUIÇÃO
- CONTROLE
DAS DOENÇAS
NA POPULAÇÃO
A D O E N Ç A
“Desajustamento ou falha nos mecanismos de
adaptação do organismo ou ausência de reação
aos estímulos a cuja ação está exposto”.
DOENÇA INFECCIOSA: “doença clinicamente
manifesta, do homem ou dos animais,
resultante de uma infecção” (OPAS, 1983)
DOENÇAS NÃO-INFECCIOSAS: todas aquelas
não resultantes de infecção: doença
cardiovascular, diabetes, osteoporose, etc
T E R M I N O LO G I A
Qualquer enfermidade causada por um
agente infeccioso específico, ou seus
produtos tóxicos, que se manifesta pela
transmissão desse agente ou de seus
produtos, de uma pessoa ou animal
infectados ou de um reservatório a um
hospedeiro suscetível, direta ou
indiretamente por meio de um hospedeiro
intermediário, de natureza vegetal ou
animal, de um vetor ou do meio ambiente
inanimado
DOENÇA INFECCIOSA
T E R M I N O L O G I A
• Todo organismo vivo que, em uma das suas formas evolutivas, ao penetrar em outro
ser vivo tem a capacidade de produzir infecção ou uma doença infecciosa.
Exemplos: bactéria, vírus, verme, protozoário, fungo, dentre outros.
• Entrada e o desenvolvimento de um agente infeccioso específico no corpo de um ser
humano ou outro animal, podendo resultar em doença infecciosa ou em infecção
inaparente.
AGENTE INFECCIOSO:
INFECÇÃO
T E R M I N O L O G I A
INFECÇÃO INAPARENTE:
• Estado resultante de infecção no qual não há manifestações clínicas.
INFECÇÃO
INAPARENTE
DOENÇA
Desenvolvimento dos meios diagnósticos
Ex.: Casos de infecção pelo
Trypanosoma cruzi com
alterações na condução elétrica
do coração eram considerados
como doença de Chagas
inaparente
T E R M I N O L O G I A
DOENÇA CONTAGIOSA:
• Toda doença cujo agente etiológico é transmitido por contato direto, ou seja, de um
indivíduo para outro. Ex.: gripe, sarampo, gonorreia.
TRANSMISSÃO DIRETA:
Pessoa a pessoa
TRANSMISSÃO INDIRETA:
Mediada por diferentes meios
(água, um ser vivo, objeto
inanimado)
Tétano - doença causada por agente infeccioso, porém não é transmitida do doente
para outra pessoa, não sendo transmissível
A S D O E N Ç A S
I N F E C C I O S A S P O D E M S E R
C L A S S I F I C A D A S E M :
Quadro de
Persistência
Emergentes e
Reemergentes
Tendência
Declinante
T E N D Ê N C I A
D E C L I N A N T E
• Aquelas que apresentam redução drástica nos
coeficientes de incidência;
• Grande parte das doenças nesse grupo são
imunopreveníveis;
• Controlada desse modo pelas ações do
Programa Nacional de Imunização, criado em
1973;
VARÍOLA
(erradicada no
Brasil em 1978)
VARÍOLA
(erradicada no
Brasil em 1978)
T E N D Ê N C I A D E C L I N A N T E
RAIVA SARAMPO
DOENÇA DE
CHAGAS
FEBRE TIFÓIDE
• IMUNOPREVENÍVEIS:
DIFTERIA TÉTANO ACIDENTAL COQUELUCHE
Vacina Tríplice Bacteriana (DTP)
Q U A D R O D E P E R S I S T Ê N C I A
• Fortalecimento de novas estratégias (prevenção, controle e assistência);
• Ações multissetoriais para prevenção e controle
HEPATITES VIRAIS LEPTOSPIROSE MENINGITES
ESQUISTOSSOMOSE MALÁRIA FEBRE AMARELA
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES
DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES:
• São as que surgiram nas últimas 2 décadas;
• São causadas por vírus ou bactérias nunca antes descritos ou causadas
por mutação de um vírus já existente;
• AAIDS aparece como a mais importante doença emergente;
• Uma doença que atinge uma região que nunca registrou nenhum caso;
“São as doenças que surgiram, ou foram identificadas,
em período recente”
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES
DOENÇAS INFECCIOSAS REEMERGENTES:
• Causadas por microorganismos bem conhecidos que estavam sob
controle;
• Tornaram-se resistentes às drogas antimicrobianas comuns;
• Estão se expandindo rapidamente em incidência ou em área geográfica;
“São as que ressurgiram como problema de saúde pública, após
terem sido controladas no passado”
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
Fontes
Homem (MAIORIA)
Animais
RESERVATÓRIOSANIMAIS zoonoses/antropozoonoses
INTER-HUMANO: antroponoses
Vias de
transmissão
Vetores (ex. lepstospirose)
Contato Direto
Solo (107 bactéria e 105 fungos/grama)
Alimentos (vegetais, frutas, carne, ovos, leite, peixes)
Água (potabilidade/saneamento básico – cloro, recreacional)
Ar atmosférico (poerira, sazonalidade, síndrome dos edifícios doentes)
Mediato (ex. TB)
Imediato (ex. DST)
Soluções terapéuticas
¢ Pele (rota: tegumentar)
¢ Mucosas
¢ Vias Aéreas (rota inalatória)
¢ Via Oral (rota oral-fecal)
¢ CONGÊNITA (transplacentária)
¢ IATROGÊNICA (instrumentos contaminados,
agulhas, ou vacinas).
PORTAS
DE
ENTRADA/
SAÍDA
INFECÇÃO E DOENÇA
Instalação com sucesso no
hospedeiro
Infecção
Causa
doença
Não Causa doença
Infecção acompanhada
de manifestação clinica
T= período de incubação
A bactéria
Vence as defesas
do organismo
Não vence as defesas
do organismo
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
CONTROLE
• MEDIDAS DE PREVENÇÃO:
• Agente: combater os
microorganismos patogênicos e se
possível eliminá-los.
• Hospedeiro: reduzir a
suscetibilidade frente a agressão.
• Meio ambiente: impedir ou
• dificultar a transmissão.
HOSPEDEIRO
AGENTE
MEIO
AMBIENTE
TRÍADE DAS DOENÇAS
ATUAÇÃO NOS
RESERVATÓRIOS
ANIMAL:
eliminação e
vacinação. HUMANO:
isolamento,
diagnóstico e
tratamento.
MEIO AMBIENTE:
desinfecção (formol,
raio ultra violeta),
limitação da exposição
(cavernas, solo)
MEDIDAS ESPECÍFICAS
INTERRUPÇÃO DA
TRANSMISSÃO NO
MEIOAMBIENTE
SANEAMENTO
AMBIENTAL
VIGILÂNCIA
SANITÁRIA
CONTROLE
DE VETORES
MEDIDAS ESPECÍFICAS
EDUCAÇÃO
E SAÚDE
IMUNIZAÇÃO
ATIVA E PASSIVA
QUIMIOPROFILAXIA
DIAGNÓSTICO
PRECOCE DE
CASOS
PROTEÇÃO DO
INDIVÍDUO
SUSCETÍVEL
TRATAMENTO
EFETIVO
MEDIDAS ESPECÍFICAS
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
INFECCIOSAS
v Educação
v Nutrição adequada
v Higiene e condições de vida
v Saneamento básico esgosto e água potável
v Imunização
v Controle de surtos e epidemias
diagnóstico rápido e correto
controle transmissão
população de risco
P R O G R E S S O S ALCANÇADOS E
SITUAÇÃO ATUAL
• Embora existam exceções, as doenças infecciosas são mais facilmente prevenidas
e tratadas do que qualquer outro conjunto de agravos à saúde.
• Uma das doenças infecciosas mais temíveis da história da humanidade, a varíola,
foi erradicada do planeta;
• Para várias patologias há vacinas eficazes, ex: tétano, coqueluche, sarampo,
poliomielite
CONTRIBUIÇÃO PARA DIMINUIÇÃO DA MORTALIDADE E MORBIDADE
• A hanseníase têm incidência elevada no país;
• A leishmaniose e a febre amarela são doenças que ainda
persistem no Brasil;
• Outras doenças foram sendo reconhecidas como a AIDS.
PROGRESSOS ALCANÇADOS E SITUAÇÃO
ATUAL
• DENGUE à nos últimos 50 anos a incidência aumentou 30 vezes;
• A transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986;
• Atualmente circulam no país 4 sorotipos da doença.
• 2016: 170.103 casos prováveis de dengue;
PROGRESSOS ALCANÇADOS E SITUAÇÃO
ATUAL
Aumento de
162% DE
2015 em
relação a
2014
Nº de óbitos
diminuiu
• CHIKUNGUNYA à causada pelo virus do gênero Alphavirus, transmitida
por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da
dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores;
• 2015: 26.952 casos autóctones de febre chikungunya
• 2016: 14 estados com transmissão autóctone desde 2014
(32 municípios em PE)
PROGRESSOS ALCANÇADOS E SITUAÇÃO
ATUAL
Casos em pessoas sem
registros de viagem para
países com transmissão da
doença
O B R I G A D O
t h i a g o f r e i t a s n u t r i @ g m a i l . c o m

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Doenças causadas por Virus , bactérias e fungos
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungosDoenças causadas por Virus , bactérias e fungos
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungosCamila Araújo
 
Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!2° Ta - cotuca
 
Poliomelite
PoliomelitePoliomelite
Poliomelitekilidin
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasCharles Carvalho
 
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010prevencaonline
 
Epidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasEpidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasAdriana Mércia
 
Coqueluche: situação vacinal
Coqueluche: situação vacinalCoqueluche: situação vacinal
Coqueluche: situação vacinalDouglas Tedesco
 
Dengue, chikungunya e zika
Dengue, chikungunya e zikaDengue, chikungunya e zika
Dengue, chikungunya e zikaMarco Costa
 
Prevenção de doenças infecto contagiosas
Prevenção de doenças infecto contagiosasPrevenção de doenças infecto contagiosas
Prevenção de doenças infecto contagiosasTAS2214
 
Resumo tuberculose grupo 5
Resumo   tuberculose grupo 5Resumo   tuberculose grupo 5
Resumo tuberculose grupo 5Inês Santos
 
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveisAspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveisMaria Luiza
 
Febre amarela e Rubéola
Febre amarela e RubéolaFebre amarela e Rubéola
Febre amarela e RubéolaNatália Maciel
 
Cadeia epidemiológica das arboviroses
Cadeia epidemiológica das arbovirosesCadeia epidemiológica das arboviroses
Cadeia epidemiológica das arbovirosesSamuel Cevidanes
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaFranciskelly
 

Mais procurados (20)

Doenças causadas por Virus , bactérias e fungos
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungosDoenças causadas por Virus , bactérias e fungos
Doenças causadas por Virus , bactérias e fungos
 
Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!Apresentação de biologia!
Apresentação de biologia!
 
Poliomelite
PoliomelitePoliomelite
Poliomelite
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactériasDoenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010Trabalho de doenças ocupacionais 0010
Trabalho de doenças ocupacionais 0010
 
Epidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasEpidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosas
 
Coqueluche: situação vacinal
Coqueluche: situação vacinalCoqueluche: situação vacinal
Coqueluche: situação vacinal
 
Dengue, chikungunya e zika
Dengue, chikungunya e zikaDengue, chikungunya e zika
Dengue, chikungunya e zika
 
Prevenção de doenças infecto contagiosas
Prevenção de doenças infecto contagiosasPrevenção de doenças infecto contagiosas
Prevenção de doenças infecto contagiosas
 
Microbiologia doenças
Microbiologia doençasMicrobiologia doenças
Microbiologia doenças
 
Epidemias
EpidemiasEpidemias
Epidemias
 
Resumo tuberculose grupo 5
Resumo   tuberculose grupo 5Resumo   tuberculose grupo 5
Resumo tuberculose grupo 5
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveisAspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
 
Varola2
Varola2Varola2
Varola2
 
Febre amarela e Rubéola
Febre amarela e RubéolaFebre amarela e Rubéola
Febre amarela e Rubéola
 
Varíola
VaríolaVaríola
Varíola
 
Cadeia epidemiológica das arboviroses
Cadeia epidemiológica das arbovirosesCadeia epidemiológica das arboviroses
Cadeia epidemiológica das arboviroses
 
Coqueluxe remergência
Coqueluxe remergênciaCoqueluxe remergência
Coqueluxe remergência
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 

Semelhante a Doenças Infecciosas e Epidemiologia

Dst – doenças sexualmente transmissíveis
Dst – doenças sexualmente transmissíveisDst – doenças sexualmente transmissíveis
Dst – doenças sexualmente transmissíveisstcnsaidjv
 
Doencas emergentes e reemergentes 2008-novo
Doencas emergentes e reemergentes 2008-novoDoencas emergentes e reemergentes 2008-novo
Doencas emergentes e reemergentes 2008-novobhbiohorrores
 
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptxepidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptxThaisAndreadeOliveir
 
GRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZA
GRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZAGRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZA
GRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZAClodomir Araújo
 
Aula n° 3 tripanossoma
Aula n° 3   tripanossomaAula n° 3   tripanossoma
Aula n° 3 tripanossomaGildo Crispim
 
Doenças infecto contagiosas
Doenças infecto contagiosasDoenças infecto contagiosas
Doenças infecto contagiosasflavialoli
 
SAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIA
SAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIASAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIA
SAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIAArtthurPereira2
 
Curso Online 1 - Dengue.pptx
Curso Online 1 - Dengue.pptxCurso Online 1 - Dengue.pptx
Curso Online 1 - Dengue.pptxmilena235441
 
Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...
Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...
Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...Pedro Vieira Martins Costa
 

Semelhante a Doenças Infecciosas e Epidemiologia (20)

Dst – doenças sexualmente transmissíveis
Dst – doenças sexualmente transmissíveisDst – doenças sexualmente transmissíveis
Dst – doenças sexualmente transmissíveis
 
Doencas emergentes e reemergentes 2008-novo
Doencas emergentes e reemergentes 2008-novoDoencas emergentes e reemergentes 2008-novo
Doencas emergentes e reemergentes 2008-novo
 
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptxepidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
 
Epidemiol..
Epidemiol..Epidemiol..
Epidemiol..
 
Epidemiol..
Epidemiol..Epidemiol..
Epidemiol..
 
GRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZA
GRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZAGRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZA
GRIPE SUÍNA TIPO H1 N1 - INFLUENZA
 
Aula n° 3 tripanossoma
Aula n° 3   tripanossomaAula n° 3   tripanossoma
Aula n° 3 tripanossoma
 
aula de VE.pdf
aula de VE.pdfaula de VE.pdf
aula de VE.pdf
 
Epidemiologia
EpidemiologiaEpidemiologia
Epidemiologia
 
Aids.2
Aids.2Aids.2
Aids.2
 
Condições de saúde, doenças e agravos
Condições de saúde, doenças e agravosCondições de saúde, doenças e agravos
Condições de saúde, doenças e agravos
 
Doenças infecto contagiosas
Doenças infecto contagiosasDoenças infecto contagiosas
Doenças infecto contagiosas
 
Aula 2 virus
Aula 2   virusAula 2   virus
Aula 2 virus
 
viroses
virosesviroses
viroses
 
Resumo da Dengue
Resumo da Dengue Resumo da Dengue
Resumo da Dengue
 
SAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIA
SAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIASAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIA
SAUDE E SEGURANNÇA DO TRABALHO E EPIDEMIOLOGIA
 
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
 
Curso Online 1 - Dengue.pptx
Curso Online 1 - Dengue.pptxCurso Online 1 - Dengue.pptx
Curso Online 1 - Dengue.pptx
 
Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...
Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...
Princípios da prevenção e controlo da infeção, cadeia epidemiológica e riscos...
 
Influenza h1 n1
Influenza h1 n1Influenza h1 n1
Influenza h1 n1
 

Mais de Thiago Freitas (13)

Imuno 3
Imuno 3Imuno 3
Imuno 3
 
Grafico e tabela
Grafico e tabelaGrafico e tabela
Grafico e tabela
 
Introducao
IntroducaoIntroducao
Introducao
 
Tipos de estudo
Tipos de estudoTipos de estudo
Tipos de estudo
 
Validade
ValidadeValidade
Validade
 
A logica da investigacao
A logica da investigacaoA logica da investigacao
A logica da investigacao
 
Aula 8 e 9 SUS
Aula 8 e 9   SUSAula 8 e 9   SUS
Aula 8 e 9 SUS
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 
Aula 16
Aula 16Aula 16
Aula 16
 
Aula 15
Aula 15Aula 15
Aula 15
 
Aula 8
Aula 8 Aula 8
Aula 8
 
AULA 7
AULA 7AULA 7
AULA 7
 
Aula 6 - ANATOMIA E FUNCOES DOS TECIDOS LINFOIDES
Aula 6  - ANATOMIA E FUNCOES DOS TECIDOS LINFOIDESAula 6  - ANATOMIA E FUNCOES DOS TECIDOS LINFOIDES
Aula 6 - ANATOMIA E FUNCOES DOS TECIDOS LINFOIDES
 

Doenças Infecciosas e Epidemiologia

  • 1. E P I D E M I O L O G I A D A S D O E N Ç A S T R A N S M I S S Í V E I S P R O F . T H I A G O F R E I T A S
  • 2. D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S E PA R A S I TÁ R I A S • O risco de infecção não é somente dependente da suscetibilidade individual mas também de: • distribuição da doença dentro da população • grau de miscigenação da população • imunidade herdada • período de transmissão • via de transmissão. EPIDEMIOLOGIA É O ESTUDO DA: - OCORRÊNCIA, - DISTRIBUIÇÃO - CONTROLE DAS DOENÇAS NA POPULAÇÃO
  • 3. A D O E N Ç A “Desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto”. DOENÇA INFECCIOSA: “doença clinicamente manifesta, do homem ou dos animais, resultante de uma infecção” (OPAS, 1983) DOENÇAS NÃO-INFECCIOSAS: todas aquelas não resultantes de infecção: doença cardiovascular, diabetes, osteoporose, etc
  • 4. T E R M I N O LO G I A Qualquer enfermidade causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desse agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectados ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado DOENÇA INFECCIOSA
  • 5. T E R M I N O L O G I A • Todo organismo vivo que, em uma das suas formas evolutivas, ao penetrar em outro ser vivo tem a capacidade de produzir infecção ou uma doença infecciosa. Exemplos: bactéria, vírus, verme, protozoário, fungo, dentre outros. • Entrada e o desenvolvimento de um agente infeccioso específico no corpo de um ser humano ou outro animal, podendo resultar em doença infecciosa ou em infecção inaparente. AGENTE INFECCIOSO: INFECÇÃO
  • 6. T E R M I N O L O G I A INFECÇÃO INAPARENTE: • Estado resultante de infecção no qual não há manifestações clínicas. INFECÇÃO INAPARENTE DOENÇA Desenvolvimento dos meios diagnósticos Ex.: Casos de infecção pelo Trypanosoma cruzi com alterações na condução elétrica do coração eram considerados como doença de Chagas inaparente
  • 7. T E R M I N O L O G I A DOENÇA CONTAGIOSA: • Toda doença cujo agente etiológico é transmitido por contato direto, ou seja, de um indivíduo para outro. Ex.: gripe, sarampo, gonorreia. TRANSMISSÃO DIRETA: Pessoa a pessoa TRANSMISSÃO INDIRETA: Mediada por diferentes meios (água, um ser vivo, objeto inanimado) Tétano - doença causada por agente infeccioso, porém não é transmitida do doente para outra pessoa, não sendo transmissível
  • 8. A S D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S P O D E M S E R C L A S S I F I C A D A S E M : Quadro de Persistência Emergentes e Reemergentes Tendência Declinante
  • 9. T E N D Ê N C I A D E C L I N A N T E • Aquelas que apresentam redução drástica nos coeficientes de incidência; • Grande parte das doenças nesse grupo são imunopreveníveis; • Controlada desse modo pelas ações do Programa Nacional de Imunização, criado em 1973; VARÍOLA (erradicada no Brasil em 1978) VARÍOLA (erradicada no Brasil em 1978)
  • 10. T E N D Ê N C I A D E C L I N A N T E RAIVA SARAMPO DOENÇA DE CHAGAS FEBRE TIFÓIDE • IMUNOPREVENÍVEIS: DIFTERIA TÉTANO ACIDENTAL COQUELUCHE Vacina Tríplice Bacteriana (DTP)
  • 11. Q U A D R O D E P E R S I S T Ê N C I A • Fortalecimento de novas estratégias (prevenção, controle e assistência); • Ações multissetoriais para prevenção e controle HEPATITES VIRAIS LEPTOSPIROSE MENINGITES ESQUISTOSSOMOSE MALÁRIA FEBRE AMARELA
  • 12. DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES: • São as que surgiram nas últimas 2 décadas; • São causadas por vírus ou bactérias nunca antes descritos ou causadas por mutação de um vírus já existente; • AAIDS aparece como a mais importante doença emergente; • Uma doença que atinge uma região que nunca registrou nenhum caso; “São as doenças que surgiram, ou foram identificadas, em período recente”
  • 13. DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES DOENÇAS INFECCIOSAS REEMERGENTES: • Causadas por microorganismos bem conhecidos que estavam sob controle; • Tornaram-se resistentes às drogas antimicrobianas comuns; • Estão se expandindo rapidamente em incidência ou em área geográfica; “São as que ressurgiram como problema de saúde pública, após terem sido controladas no passado”
  • 14. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Fontes Homem (MAIORIA) Animais RESERVATÓRIOSANIMAIS zoonoses/antropozoonoses INTER-HUMANO: antroponoses
  • 15. Vias de transmissão Vetores (ex. lepstospirose) Contato Direto Solo (107 bactéria e 105 fungos/grama) Alimentos (vegetais, frutas, carne, ovos, leite, peixes) Água (potabilidade/saneamento básico – cloro, recreacional) Ar atmosférico (poerira, sazonalidade, síndrome dos edifícios doentes) Mediato (ex. TB) Imediato (ex. DST) Soluções terapéuticas
  • 16. ¢ Pele (rota: tegumentar) ¢ Mucosas ¢ Vias Aéreas (rota inalatória) ¢ Via Oral (rota oral-fecal) ¢ CONGÊNITA (transplacentária) ¢ IATROGÊNICA (instrumentos contaminados, agulhas, ou vacinas). PORTAS DE ENTRADA/ SAÍDA
  • 17. INFECÇÃO E DOENÇA Instalação com sucesso no hospedeiro Infecção Causa doença Não Causa doença Infecção acompanhada de manifestação clinica T= período de incubação A bactéria Vence as defesas do organismo Não vence as defesas do organismo
  • 18. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE • MEDIDAS DE PREVENÇÃO: • Agente: combater os microorganismos patogênicos e se possível eliminá-los. • Hospedeiro: reduzir a suscetibilidade frente a agressão. • Meio ambiente: impedir ou • dificultar a transmissão. HOSPEDEIRO AGENTE MEIO AMBIENTE TRÍADE DAS DOENÇAS
  • 19. ATUAÇÃO NOS RESERVATÓRIOS ANIMAL: eliminação e vacinação. HUMANO: isolamento, diagnóstico e tratamento. MEIO AMBIENTE: desinfecção (formol, raio ultra violeta), limitação da exposição (cavernas, solo) MEDIDAS ESPECÍFICAS
  • 21. EDUCAÇÃO E SAÚDE IMUNIZAÇÃO ATIVA E PASSIVA QUIMIOPROFILAXIA DIAGNÓSTICO PRECOCE DE CASOS PROTEÇÃO DO INDIVÍDUO SUSCETÍVEL TRATAMENTO EFETIVO MEDIDAS ESPECÍFICAS
  • 22. PREVENÇÃO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS v Educação v Nutrição adequada v Higiene e condições de vida v Saneamento básico esgosto e água potável v Imunização v Controle de surtos e epidemias diagnóstico rápido e correto controle transmissão população de risco
  • 23. P R O G R E S S O S ALCANÇADOS E SITUAÇÃO ATUAL • Embora existam exceções, as doenças infecciosas são mais facilmente prevenidas e tratadas do que qualquer outro conjunto de agravos à saúde. • Uma das doenças infecciosas mais temíveis da história da humanidade, a varíola, foi erradicada do planeta; • Para várias patologias há vacinas eficazes, ex: tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite CONTRIBUIÇÃO PARA DIMINUIÇÃO DA MORTALIDADE E MORBIDADE
  • 24. • A hanseníase têm incidência elevada no país; • A leishmaniose e a febre amarela são doenças que ainda persistem no Brasil; • Outras doenças foram sendo reconhecidas como a AIDS. PROGRESSOS ALCANÇADOS E SITUAÇÃO ATUAL
  • 25. • DENGUE à nos últimos 50 anos a incidência aumentou 30 vezes; • A transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986; • Atualmente circulam no país 4 sorotipos da doença. • 2016: 170.103 casos prováveis de dengue; PROGRESSOS ALCANÇADOS E SITUAÇÃO ATUAL Aumento de 162% DE 2015 em relação a 2014 Nº de óbitos diminuiu
  • 26. • CHIKUNGUNYA à causada pelo virus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores; • 2015: 26.952 casos autóctones de febre chikungunya • 2016: 14 estados com transmissão autóctone desde 2014 (32 municípios em PE) PROGRESSOS ALCANÇADOS E SITUAÇÃO ATUAL Casos em pessoas sem registros de viagem para países com transmissão da doença
  • 27. O B R I G A D O t h i a g o f r e i t a s n u t r i @ g m a i l . c o m