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Pró-­‐Reitoria	
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Colaboradores	
  	
  	
  
	
  

	
  

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  Veloso	
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UNIVERSIDADE	
  FEDERAL	
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  SÃO	
  PAULO
PRÓ-­‐REITORIA	
  DE	
  EXTENSÃO	
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  PROEX

Núcleo	
  de	
  Medicina	
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  PráEcas	
  IntegraEvas	
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  NUMEPI

ORGANOGRAMA	
  DOS	
  SUBNÚCLEOS/DEPARTAMENTOS	
  PARTICIPANTES	
  e	
  PARCERIAS	
  

NUMEPI	
  

(Núcleo	
  de	
  Medicina	
  e	
  PráEcas	
  IntegraEvas)	
  
Pró-­‐Reitoria	
  de	
  Extensão	
  da	
  Unifesp

Departamento	
  de	
  Obstetrícia	
  

Núcleo	
  de	
  Medicina	
  Antroposófica:	
  NUMA

Profa.	
  Dra.	
  Mary	
  Uchiyama	
  Nakamura	
  
Dr.	
  Ricardo	
  Ghelman	
  
Ms.	
  Jorge	
  Kioshi	
  Hosomi	
  

Associação	
  Brasileira	
  de	
  Reciclagem	
  e	
  
Atualização	
  em	
  HomeopaEa:	
  ABRAH	
  	
  
Clínica	
  de	
  HomeopaEa	
  do	
  Hospital	
  do	
  Servidor	
  
Público	
  Municipal	
  de	
  São	
  Paulo:	
  HSPM-­‐SP	
  
Ms.	
  Romeu	
  Carillo	
  Junior	
  	
  

Departamento	
  de	
  Neurologia	
  e	
  Neurocirurgia	
  
Núcleo	
  de	
  Cuidados	
  IntegraEvos:	
  NUCI	
  

Profa.	
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  Fontes	
  
Prof.	
  Dr.	
  Acary	
  Souza	
  Bulle	
  Oliveira	
  
Profa.	
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Ms.	
  Márcia	
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  Urbano	
  
Ms.	
  Andréa	
  Romero	
  LaRerza	
  
Ms.	
  Sérgio	
  Felipe	
  de	
  Oliveira	
  
Esp.	
  Moacyr	
  Mendes	
  de	
  Morais	
  

Sociedade	
  Brasileira	
  de	
  Termalismo:	
  SBT	
  
Esp.	
  Nélida	
  Amélia	
  Fontana	
  
Esp.	
  Selda	
  Pantalena	
  de	
  Sousa	
  
José	
  Peccinini	
  Petri	
  

Setor	
  de	
  InvesEgação	
  em	
  Doenças	
  
Neuromusculares:	
  SIDN/MTC	
  –	
  UNIFESP	
  

Ambulatório	
  de	
  Medicina	
  Tradicional	
  Chinesa:	
  MTC	
  

Departamento	
  de	
  Medicina	
  PrevenEva	
  

Centro	
  Brasileiro	
  de	
  Informações	
  sobre	
  Drogas	
  Psicotrópicas:	
  CEBRID	
  

Prof.	
  Dr.	
  Ricardo	
  Tabach	
  

Ms.	
  Gislaine	
  Cris-na	
  Abe	
  
Esp.	
  Paulo	
  Eduardo	
  Ramos	
  
Introdução
•  Polí&ca	
  Nacional	
  de	
  Atenção	
  Básica
	
  

-­‐ 

	
  

-­‐ 
	
  
-­‐ 

Portaria	
  nº	
  648,	
  de	
  28	
  de	
  Março	
  de	
  2006	
  
	
  
ATENÇÃO	
   BÁSICA	
   EM	
   SAÚDE:	
   é	
   “um	
   conjunto	
   de	
   ações	
   de	
   saúde	
   desenvolvidas	
   em	
  
âmbito	
   Individual	
   e	
   Cole&vo	
   que	
   abrangem	
   a	
   PROMOÇÃO	
   E	
   PROTEÇÃO	
   DA	
   SAÚDE,	
  
prevenção	
  de	
  agravos,	
  diagnós&co,	
  tratamento,	
  reabilitação	
  e	
  manutenção	
  da	
  saúde”	
  É	
  o	
  
primeiro	
  ponto	
  de	
  contato	
  do	
  cidadão	
  com	
  o	
  	
  Sistema	
  de	
  Saúde.	
  	
  
PRINCÍPIOS:	
   universalidade,	
   acessibilidade,	
   coordenação,	
   vínculo,	
   con&nuidade,	
  	
  
integração,	
  responsabilidade,	
  humanização,	
  equidade	
  e	
  par&cipação	
  social.	
  
CONSIDERA	
   O	
   SUJEITO:	
   em	
   sua	
   singularidade,	
   complexidade,	
   integralidade,	
   inserção	
  
sociocultural.
(Brasil,	
  2006	
  -­‐	
  PNAB)
	
  
	
  

	
  

	
  

• Portaria	
  GM	
  Nº	
  154,	
   de	
  24	
  de	
  
Janeiro	
   de	
   2008,	
   Republicada	
  
em	
  04	
  de	
  março	
  de	
  2008.	
  
	
  
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   VISA:	
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   BÁSICA,	
   bem	
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sua	
  resolubilidade.	
  
	
  

	
  

Atividade Física/
Práticas Corporais
	
  

Serviço Social, Saúde da
Criança, da Mulher,
do Idoso e Mental

Assistência
Farmacêutica

Práticas Integrativas
e Complementares

Reabilitação,
Alimentação e
Nutrição
Práticas Integrativas e Complementares
Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para o SUS
(Diário Oficial, portaria No. 971 de 03/05/06 do Ministério da Saúde)

- O campo das PIC´s contempla SISTEMAS MÉDICOS COMPLEXOS (racionalidade médica) E RECURSOS
TERAPÊUTICOS, também denominados pela OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA).
- Cosmologia/Cosmovisão: doutrina médica, diagnóstico, sistemas terapêuticos, morfologia (anatomia), dinâmica vital (fisiologia).
(Madel T. Luz, 2006)

“Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – Organização Mundial de Saúde (OPAS-OMS), Medicina Tradicional é o total
de conhecimento técnico e procedimentos baseado nas teorias, crenças e, experiências indígenas de diferentes culturas, sejam ou
não explicáveis pela ciência, usados para a manutenção da saúde, como também para a prevenção, diagnose e tratamento de doenças
físicas e mentais. São exemplos: a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica hindu, a medicina unani árabe e as
diversas formas
medicina indígena. Abrange terapias como a medicação à base de ervas, partes de animais ou minerais, e terapias sem medicação, como
a acupuntura, as terapias manuais e as terapias espirituais”.
(Traditional Medicine Strategy.
Genebra: WHO, 2010)

- Visam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias
efetivas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na INTEGRAÇÃO do
ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse
campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do CUIDADO HUMANO, especialmente do
AUTOCUIDADO.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
- Todas as AÇÕES decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e
complementares ao SUS, perpassam pelo entendimento e valorização da MULTICULTURALIDADE E
INTERCULTURALIDADE, por gestores e profissionais de saúde, para MAIOR EQUIDADE E
INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO.
“Interculturalidade pode ser entendida como modo de coexistência no qual os indivíduos, grupos e instituições, com
características culturais e posições diferentes, convivem e interagem de forma aberta, inclusiva, horizontal, respeitosa e se
reforçam mutuamente, em um contexto compartilhado. Assim, a Política Nacional considera o sujeito em sua singularidade
e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral”.

- Na relação intercultural, busca-se favorecer o ENTENDIMENTO DE PESSOAS COM CULTURAS
DIFERENTES, em que a ESCUTA e o enriquecimento dos DIVERSOS ESPAÇOS DE RELAÇÃO são
facilitados e promovidos visando ao fortalecimento da IDENTIDADE PRÓPRIA, do AUTOCUIDADO, da
AUTOESTIMA, da VALORAÇÃO DA DIVERSIDADE E DAS DIFERENÇAS, além de proporcionar o
desenvolvimento de uma CONSCIÊNCIA DE INTERDEPENDÊNCIA para o benefício e
DESENVOLVIMENTO COMUM.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como OBJETIVOS:

1. Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na perspectiva da
prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica,
voltada ao CUIDADO continuado, humanizado e INTEGRAL em saúde;
2. Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo
qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso;

3. Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente
contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e;
4. Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento
responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de
efetivação das políticas de saúde.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnpic.php
Procedimentos
Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
-  Com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) institucionalizou-se até 10/13 no (SUS):
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php

• 

A HOMEOPATIA: Sistema médico complexo, de caráter holístico, baseado no princípio vitalista e no uso da
lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates, no século IV a.C. A homeopatia desenvolvida por Samuel
Hahnemann, no século XVIII, utiliza como recurso diagnóstico a matéria médica e o repertório e, como recurso
terapêutico, o medicamento homeopático.

• 

AS PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICAS:

Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas
medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de
origem vegetal. A prática da fitoterapia incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação
social. Os serviços podem oferecer os seguintes produtos: planta medicinal in natura, planta medicinal seca (droga
vegetal), fitoterápico manipulado e/ou fitoterápico industrializado.

• 

A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA/ACUPUNTURA E PRÁTICAS CORPORAIS:
Sistema médico integral originado há milhares de anos na China que se fundamenta nas teorias do yin-yang e
dos cinco movimentos. Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua e
possui como abordagens terapêuticas plantas medicinais e fitoterápicos, dietoterapia, práticas corporais e mentais,
ventosa, moxa e acupuntura.

• 

A MEDICINA ANTROPOSÓFICA:

A medicina antroposófica apresenta-se como abordagem médicoterapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar,
buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos que acompanham a abordagem médica, destacase o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros específicos da medicina antroposófica.
Integrada ao trabalho médico, está prevista a atuação de outros profissionais da área da saúde, de acordo com as
especificidades de cada categoria.

• 

TERMALISMO SOCIAL-CRENOTERAPIA:

O termalismo compreende as diferentes maneiras de
utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde. A crenoterapia consiste na indicação e uso
de águas minerais com finalidade terapêutica, atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de
saúde.
Homeopatia
• 

	
  
HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
	
  
A	
   Homeopa&a	
   segue	
   o	
   modelo	
   de	
   atenção	
   centrado	
   na	
   saúde,	
   colocando
	
  

todas	
  as	
  dimensões	
  do	
  indivíduo	
  no	
  centro	
  desse	
  paradigma.	
  	
  

	
  
•  Tem	
   como	
   caracterís&ca	
   fortalecer	
   o	
   paciente	
   tanto	
   nas	
   suas	
   capacidades
	
  
biológicas	
   de	
   manutenção	
   da	
   saúde	
   como	
   nas	
   de	
   autocuidado,	
   além	
   de
	
  
promover	
  a	
  humanização	
  da	
  atenção.	
  	
  
	
  
•  A	
   experiência	
   vem	
   demonstrando	
   sua	
   capacidade	
   de	
   reduzir	
   a	
   fármaco-­‐
dependência	
   e	
   a	
   demanda	
   por	
   intervenções	
   e	
   emergências,	
   diminuindo	
   os
	
  
custos	
  dos	
  serviços	
  públicos	
  e,	
  melhorando	
  a	
  qualidade	
  de	
  vida.	
  
HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
	
  

• 

Em	
   1796,	
   Hahnemann,	
   o	
   fundador	
   da	
   Homeopa&a	
   publicou	
   um	
   ar&go	
   in&tulado:	
   “Ensaio	
   sobre	
   um
	
  
novo	
  princípio	
  para	
  descobrir	
  as	
  virtudes	
  cura@vas	
  das	
  substâncias	
  medicinais,	
  seguido	
  de	
  algumas
	
  
exposições	
   sumárias	
   sobre	
   os	
   princípios	
   aceitos	
   até	
   os	
   nossos	
   dias”.	
   O	
   Dr.	
   Richar	
   Haehl,	
   seu	
   melhor
	
  
biógrafo,	
  considera	
  essa	
  publicação	
  como	
  o	
  marco	
  inaugural	
  da	
  Homeopa&a.	
  

• 

A	
  importância	
  desse	
  trabalho	
  reside	
  na	
  fundamentação	
  da	
  base	
  experimental	
  dessa	
  ciência	
  médica,
	
  
isto	
  é,	
  no	
  seu	
  alicerce	
  empírico.	
  Denis	
  Demarque,	
  renomado	
  homeopata	
  francês,	
  chegou	
  a	
  escrever
	
  
um	
   livro	
   in&tulado:	
   “Homeopa@a,	
   Medicina	
   de	
   Base	
   Experimental”,	
   infelizmente	
   há	
   muito
	
  
esgotado,	
  que	
  ressalta	
  essa	
  caracterís&ca	
  metodológica	
  desse	
  sistema	
  médico-­‐terapêu&co.	
  	
  

• 

Hahnemann	
   se	
   referia	
   ao	
   que	
   chamou	
   de	
   Patogenesia,	
   isto	
   é,	
   a	
   capacidade	
   das	
   substâncias
	
  
alterarem	
   a	
   saúde	
   dos	
   indivíduos	
   saudáveis.	
   Assim	
   como	
   nos	
   Ensaios	
   Clínicos	
   de	
   nossos	
   dias,
	
  
experimentadores	
   voluntários	
   passavam	
   (e	
   ainda	
   passam,	
   no	
   caso	
   das	
   experimentações	
   que
	
  
con&nuam	
  a	
  ser	
  realizadas)	
  a	
  ser	
  observados	
  após	
  ingerirem	
  determinadas	
  substâncias.	
  	
  

• 

O	
   resultado	
   dessas	
   observações,	
   representado	
   pelo	
   conjunto	
   de	
   sintomas	
   produzidos	
   por	
   essas
	
  
substâncias,	
   compõem	
   o	
   que	
   se	
   chama	
   Matéria	
   Médica	
   Homeopá@ca.	
   Esse	
   tratado	
   ainda	
   é
	
  
composto	
  por	
  sintomas	
  re&rados	
  da	
  Toxicologia,	
  Farmacologia	
  e	
  experiência	
  clínica,	
  na	
  sua	
  quase
	
  
totalidade.	
  
• 

HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
	
  
O	
   obje&vo	
   final	
   da	
   construção	
   da	
   Matéria	
   Médica
	
  

Homeopá&ca	
   é	
   a	
   u&lização	
   das	
   substâncias	
   nela	
   con&das
	
  
como	
   medicamentos	
   segundo	
   o	
   princípio	
   da	
   Semelhança,
	
  
enunciado	
   por	
   Hipócrates	
   (480	
   –	
   370	
   a.C.):	
   “Aquilo	
   que
	
  
provoca	
  a	
  doença	
  onde	
  não	
  existe,	
  cura	
  a	
  doença	
  que	
  existe”.	
  
•  Em	
   outras	
   palavras,	
   u&lizar	
   algo	
   que	
   provoque	
   uma	
   doença
	
  
ar&ficial	
  para	
  curar	
  uma	
  natural.	
  O	
  Pai	
  da	
  Medicina	
  formulou
	
  
esse	
   aforisma	
   baseado	
   na	
   observação	
   de	
   que	
   determinadas
	
  
substâncias	
   que	
   provocavam	
   certos	
   transtornos	
   podiam	
   curar
	
  
os	
   mesmos	
   transtornos	
   e,	
   portanto,	
   na	
   observação	
   clínica,	
   o
	
  
que	
  se	
  chamaria	
  hoje	
  de	
  “Medicina	
  Baseada	
  em	
  Evidências”.	
  
• 

• 

• 

• 

HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
Esses	
  dois	
  princípios:	
  o	
  da	
  experimentação	
  em	
  voluntários	
  sadios	
  e	
  u&lização	
  das
	
  
	
  
substâncias	
  estudadas	
  como	
  medicamentos	
  pela	
  semelhança	
  formariam	
  o	
  que	
  se
	
  
pode	
   chamar	
   de	
   vertente	
   empírica	
   ou	
   posi&vista	
   da	
   Homeopa&a.	
   No	
   entanto,
	
  
assim	
  como	
  em	
  outros	
  ramos	
  da	
  Ciência,	
  como	
  a	
  Física,	
  por	
  exemplo,	
  no	
  caso	
  do
	
  
modelo	
   atômico	
   a	
   Homeopa&a	
   também	
   é	
   cons&tuída	
   por	
   uma	
   vertente
	
  
“construcionista”	
  baseada	
  num	
  modelo	
  vitalista.	
  	
  
Para	
   Hahnemann,	
   a	
   doença	
   não	
   é	
   material	
   e	
   sim	
   dinâmica,	
   resultado	
   do
	
  
desequilíbrio	
   da	
   Força	
   Vital,	
   que	
   tem	
   a	
   responsabilidade	
   de	
   manter	
   o	
   organismo
	
  
em	
  harmoniosa	
  operação	
  vital	
  com	
  relação	
  às	
  suas	
  funções	
  e	
  sensações.	
  	
  
O	
   vitalismo	
   de	
   Hahnemann,	
   baseado	
   na	
   corrente	
   filosófica	
   ternária	
   de	
   Barthez,
	
  
tornou-­‐se	
  uma	
  forte	
  corrente	
  de	
  oposição	
  ao	
  dogma&smo	
  da	
  Medicina	
  do	
  século
	
  
XVIII.	
  
Resta	
  ainda	
  o	
  tema	
  das	
  altas	
  diluições.	
  Estas	
  surgiram	
  depois	
  de	
  estabelecidos	
  os
	
  
princípios	
   anteriores,	
   qual	
   sejam	
   o	
   da	
   experimentação	
   e	
   da	
   semelhança.	
   A
	
  
Farmacotécnica	
  Homeopá&ca	
  desenvolvida	
  por	
  Hahnemann,	
  que	
  além	
  de	
  remover
	
  
os	
   efeitos	
   tóxicos	
   dos	
   “venenos”	
   possibilitou	
   a	
   u&lização	
   de	
   substâncias	
   inertes,
	
  
elevou	
  as	
  possibilidades	
  terapêu&cas	
  a	
  um	
  nível	
  muito	
  mais	
  alto.	
  
• 

• 

• 

• 

HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
Um	
   dos	
   mais	
   importantes	
   trabalhos	
   do	
   fundador	
   da	
   Homeopa&a,	
   qual	
   seja	
   o
	
  
	
  
Tratado	
  das	
  Doenças	
  Crônicas,	
  desenvolvido	
  entre	
  1816	
  e	
  1827.	
  Na	
  referida	
  obra,
	
  

Hahnemann	
  descreveu	
  três	
  síndromes	
  onde	
  aloca	
  todos	
  os	
  &pos	
  de	
  manifestações
	
  
crônicas.	
   Segundo	
   o	
   próprio	
   autor,	
   esse	
   foi	
   um	
   divisor	
   de	
   águas	
   na	
   terapêu&ca
	
  
homeopá&ca.	
  	
  
As	
  doenças	
  agora	
  não	
  eram	
  mais	
  consideradas	
  como	
  males	
  isolados	
  e	
  idiopá&cos,
	
  
mas	
  &nham	
  origens	
  e	
  fisiopatologias	
  comuns,	
  dentro	
  do	
  que	
  resolveu	
  chamar	
  de
	
  
“Miasmas”.	
  Considerou	
  ainda	
  sua	
  transmissão	
  hereditária	
  e	
  a	
  possibilidade	
  de	
  se
	
  
apresentarem	
  de	
  forma	
  simples,	
  isto	
  é,	
  uma	
  de	
  cada	
  vez,	
  ou	
  complexa.	
  	
  
A	
   prescrição	
   do	
   medicamento	
   homeopá&co	
   agora	
   já	
   não	
   estaria	
   simplesmente
	
  
baseada	
  em	
  sintomas,	
  mas	
  nos	
  sintomas	
  da	
  doença	
  crônica	
  que	
  se	
  pretende	
  curar.
	
  
A	
   Homeopa&a	
   teve	
   seu	
   desenvolvimento	
   mais	
   marcante	
   na	
   segunda	
   metade	
   do
	
  
século	
  XIX	
  e	
  início	
  do	
  XX.	
  	
  	
  
A	
   expansão	
   nos	
   Estados	
   Unidos,	
   por	
   exemplo,	
   se	
   deu	
   de	
   maneira	
   extraordinária
	
  
graças	
  a	
  Constan&no	
  Hering	
  que,	
  em	
  1848,	
  fundou	
  com	
  Williamson	
  e	
  Jeanes	
  “The
	
  
Hahnemann	
  Medical	
  College”,	
  na	
  Filadélfia.	
  Em	
  pouco	
  tempo	
  agregaram-­‐se,	
  a	
  essa
	
  
escola	
   um	
   hospital	
   e	
   uma	
   policlínica,	
   onde	
   milhares	
   de	
   médicos	
   receberam
	
  
formação	
  homeopá&ca.	
  
• 

HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
Graças	
   ao	
   impulso	
   dado	
   por	
   Hering,	
   outros	
   estabelecimentos	
   foram	
   construídos.
	
   em	
  1857	
  a	
  de	
  Saint-­‐Louis,	
  em	
  1859	
  a	
  	
  
Em	
  1850	
  a	
   Escola	
  homeopá@ca	
  de	
  Cleveland,	
  
de	
  Chicago,	
  e	
  em	
  1860	
  a	
  de	
  Nova	
  Iorque.	
  	
  

	
  
• 

	
  
• 

Paralelamente	
   a	
   isso,	
   mul&plicavam-­‐se	
   as	
   escolas	
   ditas	
   eclé&cas,	
   onde	
   eram
	
  
ensinadas	
   as	
   ciências	
   fundamentais	
   e	
   diversas	
   terapêu&cas:	
   alopá&ca,
	
  
homeopá&ca,	
  naturista	
  e	
  quiroprá&ca.	
  
A	
   Homeopa&a	
   desenvolveu-­‐se	
   também	
   na	
   Europa,	
   notadamente	
   na	
   França,
	
  
sustentada	
   por	
   homeopatas	
   do	
   mais	
   alto	
   gabarito	
   como	
   Vannier,	
   Henri	
   Bernard,
	
  
Zissu,	
   Demarque	
   e	
   muitos	
   outros,	
   que	
   ajudaram	
   a	
   desenvolver	
   e	
   modernizar	
   o
	
  
modelo	
  criado	
  por	
  Hahnemann.	
  Hoje,	
  países	
  como	
  a	
  Inglaterra,	
  se	
  u&lizam	
  dessa
	
  
terapêu&ca	
  em	
  larga	
  escala.	
  	
  
• 

HomeopaEa
	
  
Cosmologia	
  e	
  breve	
  histórico
	
  
No	
   Brasil,	
   como	
   especialidade	
   médica	
   desde	
   1980,	
   a	
   Homeopa&a	
   vem
	
  
	
  

galgando	
  lugar	
  de	
  destaque	
  entre	
  as	
  possibilidades	
  terapêu&cas	
  na	
  saúde
	
  
pública.	
  	
  
•  A	
   portaria	
   3237,	
   de	
   2007,	
   do	
   Ministério	
   da	
   Saúde,	
   passou	
   a	
   incluir	
   os
	
  
medicamentos	
   que	
   integram	
   a	
   Farmacopéia	
   Homeopá&ca	
   Brasileira	
   na
	
  
rede	
  do	
  SUS	
  conforme	
  recomenda	
  a	
  PNPIC.	
  	
  
•  A	
  Polí&ca	
  Nacional	
  de	
  Prá&cas	
  Integra&vas	
  e	
  Complementares	
  no	
  SUS	
  foi
	
  
publicada	
   na	
   forma	
   das	
   Portarias	
   Ministeriais	
   no.	
   971	
   em	
   03	
   de	
   maio	
   de
	
  
2006	
  e	
  no.	
  1.600	
  de	
  17	
  	
  de	
  julho	
  de	
  2006.	
  	
  
•  A	
   saúde	
   pública	
   brasileira	
   está	
   pronta	
   para	
   a	
   Homeopa&a	
   e	
   o	
   desafio
	
  
agora	
  é	
  formar	
  profissionais	
  bem	
  preparados	
  e	
  em	
  número	
  suficiente	
  para
	
  
suprir	
  a	
  crescente	
  demanda	
  dos	
  pacientes	
  com	
  relação	
  à	
  essa	
  terapêu&ca
	
  
que,	
   por	
   suas	
   caracterís&cas	
   focadas	
   no	
   indivíduo	
   e	
   em	
   seu	
   bem	
   estar,
	
  
sem	
   dúvida	
   alguma	
   poderá	
   ajudar	
   a	
   modificar	
   para	
   melhor	
   o	
   cenário	
   da
	
  
saúde	
  em	
  nosso	
  país.	
  
	
  
HomeopaEa
	
  
Fisiologia	
  e	
  Fisiopatologia
	
  
• 

	
  
• 

	
  
• 

A	
  Homeopa&a	
  segue	
  os	
  princípios	
  da	
  Fisiologia	
  e	
  Fisiopatologia	
  Sistêmicas,	
  isto	
  é,
	
  
todos	
  os	
  órgãos	
  e	
  tecidos	
  apresentam	
  relações	
  entre	
  si	
  e,	
  o	
  ser	
  integral	
  também	
  se
	
  
relaciona	
   com	
   o	
   ambiente	
   em	
   que	
   vive.	
   Veja-­‐se	
   o	
   que	
   ocorre	
   quando	
   o	
   coração
	
  
perde	
  parcialmente	
  a	
  capacidade	
  de	
  bombeamento	
  e	
  o	
  sgado	
  passa	
  a	
  represar	
  o
	
  
sangue	
   para	
   evitar	
   uma	
   sobrecarga	
   cardíaca.	
   Nesse	
   caso,	
   a	
   função	
   hepá&ca	
   é
	
  
adaptada	
  para	
  favorecer	
  o	
  sistema	
  como	
  um	
  todo.	
  	
  
Uma	
   úlcera	
   gástrica,	
   por	
   exemplo,	
   pode	
   surgir	
   em	
   decorrência	
   de	
   um	
   processo	
   de
	
  
stress,	
   uma	
   vez	
   que	
   este	
   promove	
   uma	
   maior	
   produção	
   de	
   cor&sol	
   pela
	
  
suprarrenal,	
   que	
   aumenta	
   a	
   produção	
   de	
   ácido	
   clorídrico	
   do	
   estômago,	
   além	
   de
	
  
diminuir	
  a	
  espessura	
  da	
  sua	
  mucosa	
  protetora.	
  
Em	
   contrapar&da,	
   a	
   Alopa&a	
   atua	
   diretamente	
   sobre	
   o	
   órgão	
   deficiente,	
   no
	
  
primeiro	
   caso	
   com	
   um	
   cardiotônico	
   e	
   no	
   segundo	
   com	
   um	
   an&ácido,	
   seguindo	
   a
	
  
lógica	
  de	
  uma	
  Fisiologia	
  e	
  Fisiopatologia	
  linear	
  e	
  fragmentária.	
  Para	
  compreender
	
  
a	
   atuação	
   dessas	
   duas	
   formas	
   terapêu&cas	
   e	
   suas	
   possibilidades,	
   é	
   necessário
	
  
primeiro	
   compreender	
   como	
   o	
   organismo	
   se	
   mantém	
   em	
   equilíbrio	
   ou	
   melhor,
	
  
como	
  se	
  autorregula,	
  o	
  que	
  seria	
  tema	
  de	
  um	
  curso	
  específico.	
  	
  
HomeopaEa
	
  
Fisiologia	
  e	
  Fisiopatologia
	
  
• 

	
  
• 

	
  
• 

	
  

Apenas	
  a	
  ttulo	
  de	
  esclarecimento,	
  a	
  autorregulação	
  é	
  uma	
  capacidade	
  própria	
  de
	
  
todo	
  ser	
  vivo	
  e,	
  cumpre	
  a	
  função	
  de	
  manter	
  as	
  suas	
  constantes	
  internas	
  (pressão
	
  
arterial	
   ou	
   humor,	
   por	
   exemplo)	
   em	
   constante	
   variação	
   de	
   acordo	
   com	
   as
	
  
circunstâncias	
   (a	
   pressão	
   arterial	
   deve	
   subir	
   com	
   a	
   frequência	
   cardíaca,	
   assim
	
  
como	
  o	
  humor	
  varia	
  de	
  acordo	
  com	
  a	
  circunstância).	
  Quando	
  essa	
  propriedade	
  se
	
  
torna	
  deficiente	
  diz-­‐se	
  que	
  o	
  indivíduo	
  está	
  doente.	
  	
  
A	
  lógica	
  do	
  tratamento	
  alopá&co	
  é	
  atuar	
  diretamente	
  sobre	
  o	
  órgão	
  que	
  deveria
	
  
produzir	
  o	
  resultado	
  esperado	
  e	
  não	
  sobre	
  o	
  sistema	
  que	
  tem	
  a	
  função	
  de	
  atuar
	
  
sobre	
  o	
  referido	
  órgão	
  (no	
  caso	
  da	
  hipertensão	
  arterial	
  se	
  usa	
  vasodilatador	
  e	
  na
	
  
variação	
  de	
  humor	
  um	
  tranquilizante	
  ou	
  estabilizador	
  do	
  humor).	
  	
  
Em	
   outras	
   palavras,	
   o	
   medicamento	
   alopá&co	
   faz	
   aquilo	
   que	
   o	
   sistema	
   de
	
  
autorregulação	
   deficiente	
   não	
   consegue	
   fazer.	
   Por	
   outro	
   lado,	
   a	
   lógica	
   do
	
  
tratamento	
  homeopá&co	
  é	
  a	
  de	
  es&mular	
  o	
  sistema	
  de	
  autorregulação	
  com	
  uma
	
  
“doença	
  medicamentosa”	
  ar&ficial	
  semelhante	
  a	
  natural	
  para	
  que	
  ele	
  busque	
  um
	
  
caminho	
  adapta&vo	
  para	
  uma	
  possível	
  solução	
  do	
  problema.	
  
HomeopaEa
	
  
Fisiologia	
  e	
  Fisiopatologia
	
  
• 

Por	
  esses	
  exemplos	
  é	
  fácil	
  perceber	
  que	
  o	
  tratamento	
  alopá&co	
  consegue	
  manter
	
  
ar&ficialmente	
   a	
   constante	
   interna	
   em	
   níveis	
   adequados	
   (no	
   caso	
   do	
   exemplo	
   a
	
  
pressão	
   arterial)	
   mas,	
   re&ra	
   grada&vamente	
   do	
   sistema	
   a	
   sua	
   capacidade	
   de	
   se
	
  
autorregular	
  (o	
  que	
  não	
  é	
  usado	
  atrofia)	
  o	
  que	
  jus&fica	
  a	
  cronicidade	
  dos	
  quadros
	
  
e	
  o	
  seu	
  gradual	
  agravamento,	
  além	
  da	
  dependência	
  crescente	
  do	
  fármaco.	
  

	
  

• 

A	
   Homeopa&a,	
   de	
   outra	
   forma,	
   ao	
   es&mular	
   o	
   sistema	
   de	
   autorregulação,	
   pode
	
  
levar	
  a	
  cura	
  de	
  doenças	
  consideradas	
  como	
  incuráveis.	
  

	
  

• 

Portanto,	
  o	
  médico	
  e	
  todo	
  o	
  agente	
  de	
  saúde,	
  devem	
  dominar	
  ambas	
  as	
  técnicas	
  e
	
  
atuar	
   de	
   forma	
   palia&va	
   quando	
   necessário	
   para	
   preservar	
   a	
   integridade	
   do
	
  
indivíduo	
   e	
   de	
   forma	
   a	
   es&mular	
   a	
   sua	
   capacidade	
   de	
   autorregulação	
   quando
	
  
possível,	
   minimizando	
   a	
   u&lização	
   de	
   medicamentos	
   potencialmente	
   tóxicos	
   e
	
  
favorecendo	
  a	
  cura.	
  	
  

	
  

• 

A	
   formação	
   do	
   médico,	
   do	
   terapeuta	
   e	
   ou	
   do	
   cuidador	
   da	
   saúde,	
   em	
   geral	
   deve
	
  
contemplar	
   essas	
   duas	
   vertentes	
   complementares,	
   o	
   palia&vo	
   e	
   o	
   cura&vo,	
   em
	
  
proporções	
   e	
   momentos	
   adequados	
   para	
   o	
   restabelecimento	
   da	
   saúde	
   ssica,
	
  
mental	
  e	
  espiritual.	
  
HomeopaEa
	
  
Sistema	
  DiagnósEco
	
  
•  A	
  Homeopa&a,	
  como	
  a	
  Medicina	
  Convencional,	
  se	
  u&liza	
  da	
  Semiologia	
  e
	
  
dos	
   exames	
   complementares	
   para	
   o	
   diagnós&co	
   e	
   ins&tuição	
   do
	
  
tratamento.	
  	
  
•  Talvez,	
   a	
   maior	
   diferença	
   se	
   encontre	
   no	
   foco	
   de	
   uma	
   e	
   de	
   outra.	
   A
	
  
famosa	
   frase	
   de	
   William	
   Osler,	
   o	
   “Pai	
   da	
   Medicina	
   Moderna”,	
   reflite	
   um
	
  
pouco	
   a	
   diferença	
   entre	
   os	
   dois	
   pensamentos:	
   “It’s	
   more	
   important	
   to
	
  
know	
  what	
  sort	
  of	
  person	
  this	
  disease	
  has,	
  than	
  what	
  sort	
  of	
  disease	
  this
	
  
person	
   has”.	
   Se	
   imaginarmos	
   que	
   a	
   Semiologia	
   está	
   mais	
   centrada	
   no
	
  
conhecimento	
  do	
  indivíduo	
  e	
  o	
  exame	
  complementar	
  mais	
  na	
  sua	
  doença,
	
  
pode-­‐se	
  entender	
  a	
  importância	
  de	
  uma	
  e	
  do	
  outro	
  em	
  cada	
  abordagem
	
  
terapêu&ca.	
  	
  
•  No	
  caso	
  da	
  Alopa&a	
  pode-­‐se	
  esperar	
  um	
  menor	
  tempo	
  de	
  Semiologia	
  com
	
  
uma	
   maior	
   quan&dade	
   de	
   exames	
   complementares,	
   enquanto	
   que,	
   na
	
  
Homeopa&a	
   um	
   maior	
   tempo	
   semiológico	
   com	
   menos	
   exames
	
  
complementares.	
  	
  
HomeopaEa
	
  
Sistema	
  DiagnósEco
	
  
• 

• 

• 

• 

A	
   atenção	
   sobre	
   o	
   indivíduo	
   doente,	
   e	
   não	
   sobre	
   a	
   doença,	
   resulta	
   em	
   caracterís&cas
	
  
semiológicas	
   par&culares	
   com	
   relação	
   à	
   Homeopa&a,	
   embora	
   os	
   princípios	
   básicos	
   da
	
  
Semiologia	
  sejam	
  sempre	
  seguidos.	
  	
  
Iden&ficação	
   do	
   paciente,	
   queixa	
   e	
   duração,	
   interrogatório	
   sobre	
   os	
   diversos	
   aparelhos,
	
  
história	
  pregressa	
  da	
  doença	
  atual,	
  antecedentes	
  familiares,	
  exame	
  ssico	
  e	
  diagnós&co	
  clínico
	
  
são	
  imprescindíveis	
  em	
  qualquer	
  anamnese.	
  	
  
No	
  entanto,	
  o	
  item	
  “história	
  pregressa	
  da	
  doença	
  atual”,	
  por	
  exemplo,	
  pode	
  ser	
  subs&tuído
	
  
por	
   “biopatografia”	
   ou	
   histórico	
   de	
   doença	
   e	
   saúde,	
   incluindo	
   eventos	
   biopsicossociais	
   do
	
  
indivíduo,	
   desde	
   a	
   sua	
   gestação	
   até	
   o	
   momento	
   da	
   consulta.	
   Tal	
   cronologia	
   de	
   eventos	
   torna-­‐
se	
   indispensável	
   para	
   a	
   compreensão	
   do	
   estado	
   atual	
   do	
   indivíduo	
   na	
   medida	
   em	
   que	
   se
	
  
considere	
   as	
   doenças	
   como	
   instabilidades	
   do	
   sistema,	
   que	
   se	
   apresentam	
   sob	
   formas
	
  
variadas.	
   Este	
   fato	
   parece	
   cada	
   vez	
   mais	
   reconhecido	
   pela	
   Medicina	
   hegemônica,	
   donde
	
  
proveem,	
   por	
   exemplo,	
   pesquisas	
   demonstrando	
   a	
   relação	
   de	
   uma	
   atopia	
   na	
   infância	
   com
	
  
hiperuricemia	
  no	
  adulto.	
  
Nesse	
   sen&do,	
   as	
   “síndromes”	
   de	
   Hahnemann	
   ou	
   miasmas,	
   como	
   ele	
   resolveu	
   chamar	
   as
	
  
doenças	
   crônicas	
   (veja	
   o	
   breve	
   histórico	
   acima),	
   de	
   caráter	
   hereditário,	
   manifestam-­‐se
	
  
durante	
   a	
   vida	
   do	
   indivíduo	
   de	
   diversas	
   formas	
   através	
   de	
   doenças	
   diferentes	
   quanto	
   à	
   sua
	
  
apresentação,	
   mas	
   com	
   a	
   mesma	
   origem	
   fisiopatológica.	
   O	
   reconhecimento	
   dessas
	
  
alternância	
   entre	
   manifestações	
   de	
   diferentes	
   doenças	
   crônicas	
   herdadas	
   durante	
   a	
   vida	
   é	
   de
	
  
fundamental	
   importância	
   para	
   o	
   diagnós&co	
   homeopá&co,	
   que	
   visa	
   justamente	
   o	
   tratamento
	
  
das	
  referidas	
  instabilidades.	
  
HomeopaEa
	
  
Sistema	
  DiagnósEco
	
  
• 

• 

• 

Desnecessário	
   falar,	
   portanto,	
   da	
   importância	
   dos	
   antecedentes	
   familiares,	
   isto	
   é,	
   dos
	
  
antecedentes	
   das	
   referidas	
   doenças	
   crônicas	
   na	
   família,	
   uma	
   vez	
   que	
   o	
   seu	
   aparecimento	
   na
	
  
descendência	
   representa	
   compa&bilidade	
   de	
   tendência,	
   o	
   que	
   se	
   chama	
   de	
   compa&bilidade
	
  
diatésica.	
   A	
   importância	
   da	
   iden&ficação	
   da	
   compa&bilidade	
   se	
   encontra	
   justamente	
   no	
   fato	
   de
	
  
poder-­‐se	
   deparar	
   com	
   uma	
   incompa&bilidade,	
   isto	
   é,	
   uma	
   doença	
   crônica	
   que	
   não	
   foi
	
  
transmi&da	
  hereditariamente,	
  mas	
  provocada	
  por	
  algo	
  suficientemente	
  forte	
  e	
  persistente	
  para
	
  
modificar	
  as	
  tendências	
  do	
  indivíduo.	
  	
  
Hahnemann	
  chamava	
  esse	
  evento	
  de	
  “falsa	
  doença	
  crônica”	
  e	
  dava	
  as	
  citava	
  como:	
  “doenças
	
  
profissionais	
   ou	
   resultantes	
   de	
   envenenamentos	
   ou	
   tratamento	
   alopá@co	
   violento”.	
   Nos	
   dias	
   de
	
  
hoje	
   são	
   muito	
   comuns	
   das	
   chamadas	
   “doenças	
   medicamentosas”,	
   como	
   por	
   exemplo	
   as
	
  
causadas	
   pelo	
   uso	
   prolongado	
   de	
   cor&coides,	
   neurolép&cos,	
   an&convulsivantes,	
   quimioterapia,
	
  
radioterapia	
   e	
   inumeráveis	
   outras	
   patologias	
   bastante	
   graves	
   e	
   difundidas,	
   cujo	
   tratamento
	
  
homeopá&co	
  diferenciado	
  poderá	
  ser	
  abordado	
  num	
  momento	
  oportuno.	
  
Uma	
   vez	
   que	
   nada	
   é	
   independente	
   no	
   sistema,	
   as	
   questões	
   cogni&vas,	
   afe&vas,	
   intelec&vas
	
  
também	
   devem	
   constar	
   da	
   semiologia	
   homeopá&ca.	
   O	
   psiquismo	
   caracteriza	
   o	
   indivíduo	
   e
	
  
revela	
   suas	
   relações	
   consigo	
   próprio	
   e	
   com	
   os	
   outros.	
   Muitos	
   diagnós&cos	
   equivocados	
   surgem
	
  
em	
  decorrência	
  de	
  não	
  se	
  considerar	
  as	
  relações	
  do	
  indivíduo	
  com	
  o	
  meio	
  em	
  que	
  vive,	
  como	
  a
	
  
escola	
  e	
  a	
  família.	
  Alguns	
  &pos	
  de	
  comportamento	
  infan&l	
  classificados	
  como	
  patológicos	
  são,
	
  
em	
  grande	
  parte	
  das	
  vezes,	
  apenas	
  tenta&vas	
  de	
  adaptação	
  ao	
  meio	
  “hos&l”	
  em	
  que	
  vivem.	
  
HomeopaEa
	
  
Sistema	
  DiagnósEco
	
  
• 

	
  
• 

	
  

Embora	
   possam	
   exis&r	
   as	
   chamadas	
   “Linhas”,	
   a	
   Homeopa&a	
   moderna	
   pode	
   e	
   deve
	
  
ser	
  capaz	
  não	
  apenas	
  de	
  abarcar	
  todas	
  elas	
  mas	
  criar	
  uma	
  união	
  dialé&ca	
  onde	
  o
	
  
produto	
   final	
   seja	
   mais	
   (e	
   menos	
   ao	
   mesmo	
   tempo)	
   do	
   que	
   o	
   simples	
   somatório
	
  
delas.	
  A	
  Semiologia	
  homeopá&ca	
  deve	
  primar	
  pela	
  valorização	
  do	
  “todo”	
  com	
  suas
	
  
“partes”	
   e	
   das	
   “partes”	
   dentro	
   do	
   “todo”	
   e	
   cons&tuir-­‐se	
   na	
   base	
   das	
   tomadas	
   de
	
  
decisões	
  terapêu&cas,	
  sejam	
  elas	
  medicamentosas	
  ou	
  de	
  outra	
  natureza	
  qualquer,
	
  
buscando-­‐se	
  as	
  mais	
  uteis	
  para	
  a	
  preservação	
  da	
  saúde	
  do	
  indivíduo	
  e	
  da	
  sociedade
	
  
em	
  que	
  vive.	
  
Nos	
   trinta	
   anos	
   de	
   ambulatório-­‐escola	
   da	
   Clínica	
   de	
   Homeopa&a	
   do	
   Hospital	
   do
	
  
Servidor	
   Público	
   Municipal	
   de	
   São	
   Paulo,	
   vem	
   sendo	
   desenvolvida	
   uma	
   técnica
	
  
semiológica	
   capaz	
   de	
   preencher	
   esses	
   quesitos	
   e	
   uma	
   ficha	
   clínica,	
   atualmente
	
  
digitalizada,	
  que	
  lhe	
  dá	
  sustentação	
  e	
  possibilidade	
  de	
  avaliação	
  de	
  eficácia/custo,
	
  
além	
   de	
   facilitar	
   os	
   levantamentos	
   para	
   pesquisas	
   clínicas.	
   Assim,	
   uma	
   forma
	
  
semiológica	
  bastante	
  ampla,	
  uniformizada	
  por	
  uma	
  ficha	
  clínica	
  adequada	
  é	
  muito
	
  
mais	
  do	
  que	
  meio	
  caminho	
  andado	
  para	
  um	
  bom	
  tratamento	
  homeopá&co.	
  
• 

	
  
• 

HomeopaEa
	
  
Intervenções	
  terapêuEcas
	
  
	
  

A	
  Homeopa&a	
  é	
  um	
  sistema	
  terapêu&co	
  que	
  se	
  u&liza	
  de	
  medicamentos	
  fabricados	
  através
	
  
de	
   farmacotécnica	
   específica	
   já	
   adotada	
   pelo	
   SUS	
   desde	
   2007	
   pela	
   portaria	
   3237	
   do
	
  
Ministério	
  da	
  Saúde.	
  No	
  entanto,	
  por	
  suas	
  par&cularidades	
  quanto	
  à	
  abordagem	
  do	
  processo
	
  
saúde/doença,	
   que	
   envolve	
   um	
   necessário	
   aprofundamento	
   do	
   conhecimento	
   sobre	
   o
	
  
sujeito,	
   acaba	
   por	
   apresentar	
   uma	
   propriedade	
   emergente,	
   como	
   diria	
   Bateson,	
   da	
   qual
	
  
nascem	
   outras	
   possibilidades.	
   O	
   envolver-­‐se	
   com	
   o	
   doente	
   e	
   vice-­‐versa,	
   o	
   que	
   se	
   chama
	
  
relação	
   médico-­‐paciente,	
   um	
   necessário	
   retorno	
   “às	
   origens”,	
   para	
   que	
   não	
   se	
   diga
	
  
“Humanização	
  da	
  Medicina”,	
  traz	
  possibilidades	
  de	
  intervenções	
  sobre	
  as	
  quais	
  o	
  médico	
  e
	
  
cuidador	
  modernos	
  também	
  devem	
  estar	
  afeitos,	
  o	
  que	
  se	
  traduz	
  em	
  conhecimentos	
  básicos
	
  
de	
  Psicologia,	
  Antropologia	
  e	
  Filosofia,	
  que	
  envolvem	
  questões	
  é&cas,	
  morais	
  e	
  espirituais.	
  
Dentre	
   as	
   intervenções	
   medicamentosas,	
   a	
   Homeopa&a	
   apresenta	
   uma	
   variedade	
   de
	
  
possibilidades.	
   Veja-­‐se,	
   por	
   exemplo,	
   as	
   instabilidades	
   desencadeadas	
   por	
   fatores
	
  
predominantemente	
  extrínsecos	
  ao	
  sistema	
  como	
  o	
  caso	
  de	
  uma	
  fratura.	
  Deve-­‐se	
  u&lizar	
  o
	
  
termo	
   “predominantemente”	
   porque	
   nenhuma	
   instabilidade	
   do	
   sistema	
   depende
	
  
exclusivamente	
   dele	
   ou	
   de	
   um	
   fator	
   extrínseco	
   desencadeante,	
   mas	
   ambos	
   sempre	
   estão
	
  
presentes	
  em	
  graus	
  variáveis	
  de	
  importância.	
  Esse	
  &po	
  de	
  instabilidade	
  pode	
  ser	
  tratada	
  com
	
  
medicamento	
  homeopá&co	
  específico	
  para	
  o	
  melhor	
  restabelecimento	
  dos	
  tecidos	
  afetados
	
  
(ossos,	
  músculos,	
  nervos,	
  vasos,	
  pele,	
  etc).	
  
• 

	
  
• 

	
  
• 

	
  

HomeopaEa
	
  
Intervenções	
  terapêuEcas
	
  
	
  

Dentre	
   as	
   intervenções	
   medicamentosas,	
   a	
   Homeopa&a	
   apresenta	
   uma	
   variedade	
   de
	
  
possibilidades.	
   Veja-­‐se,	
   por	
   exemplo,	
   as	
   instabilidades	
   desencadeadas	
   por	
   fatores
	
  
predominantemente	
  extrínsecos	
  ao	
  sistema	
  como	
  o	
  caso	
  de	
  uma	
  fratura.	
  Deve-­‐se	
  u&lizar	
  o
	
  
termo	
   “predominantemente”	
   porque	
   nenhuma	
   instabilidade	
   do	
   sistema	
   depende
	
  
exclusivamente	
   dele	
   ou	
   de	
   um	
   fator	
   extrínseco	
   desencadeante,	
   mas	
   ambos	
   sempre	
   estão
	
  
presentes	
  em	
  graus	
  variáveis	
  de	
  importância.	
  Esse	
  &po	
  de	
  instabilidade	
  pode	
  ser	
  tratada	
  com
	
  
medicamento	
  homeopá&co	
  específico	
  para	
  o	
  melhor	
  restabelecimento	
  dos	
  tecidos	
  afetados
	
  
(ossos,	
  músculos,	
  nervos,	
  vasos,	
  pele,	
  etc).	
  
No	
   caso	
   de	
   uma	
   doença	
   epidêmica,	
   cuja	
   origem	
   é	
   mista,	
   isto	
   é,	
   existe	
   um	
   grau	
   de
	
  
importância	
   aproximadamente	
   igual	
   entre	
   o	
   fator	
   extrínseco	
   desencadeante	
   e	
   o	
   intrínseco
	
  
(individual),	
   surge	
   a	
   possibilidade	
   de	
   um	
   medicamento	
   para	
   o	
   tratamento	
   da	
   Epidemia.
	
  
Hahnemann,	
   no	
   caso	
   do	
   Cólera,	
   indicava	
   três	
   medicamentos	
   (Veratrum	
   álbum,	
   Cuprum
	
  
metallicum	
  e	
  Camphora)	
  na	
  dependência	
  das	
  caracterís&cas	
  da	
  Epidemia.	
  
As	
  doenças	
  crônicas	
  (verdadeiras	
  e	
  não	
  as	
  causadas	
  por	
  fatores	
  extrínsecos	
  violentos	
  como
	
  
visto	
   anteriormente)	
   têm	
   causa	
   predominantemente	
   intrínseca	
   ao	
   sistema,	
   onde	
   a
	
  
individualidade,	
   portanto,	
   tem	
   a	
   maior	
   influência.	
   Nesses	
   casos,	
   o	
   medicamento	
   será
	
  
escolhido	
  segundo	
  um	
  elevado	
  grau	
  de	
  semelhança	
  com	
  as	
  caracterís&cas	
  da	
  doença	
  crônica
	
  
que	
  se	
  pretende	
  curar	
  dentro	
  das	
  ma&zes	
  do	
  indivíduo	
  que	
  a	
  apresenta.	
  
• 

• 

HomeopaEa
	
  
Intervenções	
  terapêuEcas
	
  
	
  

Dessa	
  breve	
  exposição	
  se	
  conclui	
  que	
  o	
  tempo	
  de	
  tratamento	
  está	
  diretamente	
  relacionado
	
  
ao	
   &po	
   de	
   instabilidade	
   que	
   se	
   pretende	
   tratar.	
   O	
   mito	
   de	
   que	
   a	
   Homeopa&a	
   é	
   “boa	
   mas
	
  
lenta”	
   repousa	
   sobre	
   o	
   fato	
   de	
   um	
   grande	
   número	
   de	
   pessoas	
   que	
   a	
   procuram	
   serem
	
  
portadoras	
  das	
  instabilidades	
  predominantemente	
  intrínsecas	
  ao	
  sistema	
  além	
  de	
  trazerem
	
  
as	
  doenças	
  crônicas	
  medicamentosas	
  decorrentes	
  de	
  “tratamentos”	
  prolongados	
  com	
  drogas
	
  
violentas	
   e	
   ineficazes.	
   A	
   Homeopa&a,	
   nos	
   casos	
   agudos,	
   por	
   exemplo,	
   habitualmente
	
  
apresenta	
  resultados	
  bastante	
  eficazes	
  e	
  rápidos.	
  
Outro	
  tema	
  bastante	
  interessante	
  e,	
  sumamente	
  importante	
  é	
  o	
  das	
  intervenções	
  nos	
  casos
	
  
crônicos	
   que	
   vêm	
   usando	
   medicamentos	
   alopá&cos	
   durante	
   muito	
   tempo	
   e,	
   cuja	
   re&rada
	
  
coloca	
  em	
  risco	
  a	
  integridade	
  do	
  indivíduo.	
  Essa	
  circunstância,	
  por	
  sinal,	
  é	
  a	
  mais	
  comumente
	
  
encontrada	
   pelo	
   médico	
   homeopata,	
   mormente	
   o	
   que	
   atua	
   na	
   Rede	
   Pública.	
   Como
	
  
apresentado	
   anteriormente,	
   o	
   medicamento	
   alopá&co	
   atua	
   sobre	
   o	
   órgão	
   efetor	
   para
	
  
produzir	
   um	
   resultado	
   adequado	
   ar&ficialmente	
   enquanto	
   o	
   medicamento	
   homeopá&co
	
  
atua	
   na	
   autorregulação	
   es&mulando	
   o	
   sistema	
   a	
   produzir	
   naturalmente	
   esse	
   resultado.
	
  
Existe	
   antagonismo	
   entre	
   as	
   duas	
   terapêu&cas	
   na	
   medida	
   em	
   que	
   a	
   Alopa&a	
   atrofia	
   o
	
  
sistema	
   de	
   autorregulação	
   e	
   a	
   Homeopa&a	
   es&mula.	
   Por	
   outro	
   lado,	
   existe	
   algo	
   sinérgico
	
  
entre	
   as	
   duas	
   na	
   medida	
   em	
   que	
   ambas	
   buscam	
   um	
   resultado	
   adequado.	
   Portanto,	
   o
	
  
homeopata	
   deve	
   estar	
   preparado	
   para	
   essa	
   circunstância	
   e	
   conhecer	
   as	
   técnicas	
   mais
	
  
adequadas	
  para	
  a	
  desmedicalização	
  sem	
  colocar	
  o	
  indivíduo	
  em	
  risco.	
  
• 

HomeopaEa
	
  
Intervenções	
  terapêuEcas
	
  
Poder-­‐se-­‐ia	
   abrir	
   um	
   parênteses	
   	
  
para	
   abordar	
   as	
   doenças	
   profissionais,
	
  
intoxicações	
   e	
   medicamentosas,	
   onde	
   a	
   Homeopa&a,	
   mais	
   precisamente	
   a
	
  
Isoterapia,	
   tem	
   demonstrado	
   grande	
   eficácia,	
   como	
   nas	
   intoxicações	
   pelo	
   chumbo
	
  
ou	
  mercúrio	
  ou	
  mesmo	
  nos	
  efeitos	
  colaterais	
  da	
  quimioterapia.	
  	
  

	
  
• 

	
  
• 

	
  

Ainda	
   existe	
   um	
   vasto	
   campo	
   a	
   ser	
   explorado	
   pela	
   Homeopa&a	
   nos	
   casos	
   de
	
  
transplante	
  de	
  órgão	
  e	
  no	
  implante	
  de	
  células	
  tronco,	
  além	
  da	
  sua	
  já	
  consagrada
	
  
u&lização	
  na	
  síndrome	
  do	
  climatério	
  e	
  outros	
  transtornos	
  hormonais.	
  
Pelo	
   exposto,	
   desnecessário	
   dizer	
   que	
   não	
   existe	
   nada	
   que	
   a	
   Homeopa&a	
   não
	
  
possa	
  estar	
  incluída	
  num	
  plano	
  de	
  tratamento.	
  A	
  Homeopa&a	
  é	
  uma	
  terapêu&ca
	
  
centrada	
   no	
   indivíduo	
   e	
   suas	
   intervenções	
   são	
   fundamentadas	
   nele.	
   Não	
   há
	
  
indivíduo	
  que	
  não	
  possa	
  ser	
  tratado	
  homeopa&camente.	
  
Plantas Medicinais e Fitoterápicas
Plantas Medicinais: História
•  Plantas	
  medicinais:	
  
u&lização	
  como	
  
medicamento	
  tão	
  an&ga	
  
quanto	
  o	
  próprio	
  homem;	
  

•  Método	
  da	
  tenta&va	
  e	
  erro	
  
–	
  experimentação	
  para	
  
saber	
  qual	
  planta	
  deveria	
  
ser	
  u&lizada	
  para	
  cada	
  mal.	
  
	
  
Plantas Medicinais: História
Ø  Sumérios:	
  4000	
  anos	
  a.C.:	
  Rio	
  Tigres/Eufrates	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
ü  inscrições	
  em	
  placas	
  de	
  barro:	
  ópio/alcaçuz	
  

	
  
Ø  China:	
  3000	
  anos	
  a.C.:	
  Medicina	
  Herbal	
  Chinesa	
  
	
  
Ø  Índia:	
  Medicina	
  Ayuvérdica	
  ⇒	
  início	
  da	
  era	
  Cristã:	
  associações
	
  
de	
  plantas	
  (prevenção)	
  	
  

	
  
Plantas Medicinais: História
Ø  Raízes	
   culturais	
   da	
   civilização:	
   gerações	
   transmitem	
   ensinamentos
	
  
sobre	
  a	
  flora	
  e	
  suas	
  propriedades	
  cura&vas;	
  
	
  
Ø  As	
   substâncias	
   presentes	
   nas	
   plantas	
   con&nuam	
   sendo	
   a	
   base	
   de
	
  
uma	
  proporção	
  grande	
  dos	
  medicamentos	
  u&lizados	
  atualmente;	
  
	
  
Ø  O	
   uso	
   de	
   plantas	
   medicinais	
   e	
   fitoterápicos,	
   com	
   finalidade
	
  
profilá&ca,	
  cura&va,	
  palia&va	
  ou	
  para	
  fins	
  de	
  diagnós&co,	
  passou	
  a	
  ser
	
  
oficialmente	
  reconhecido	
  pela	
  Organização	
  Mundial	
  de	
  Saúde	
  (OMS)
	
  
em	
  1978,	
  durante	
  a	
  conferência	
  em	
  Alma-­‐Ata	
  	
  na	
  an&ga	
  URSS.	
  
Fitoterápicos
São medicamentos obtidos empregando-se exclusivamente
derivados de drogas vegetais como ativos;
Excipientes e outros componentes não ativos da fórmula podem
ser de outras origens que não a vegetal;
São caracterizados pelo conhecimento da
eficácia e dos riscos de seu uso, como
também pela constância de sua atividade.
Medicamentos fitoterápicos
Definições
Planta	
  medicinal:	
  planta	
  usada	
  tradicionalmente	
  com	
  	
  
finalidade	
  terapêu&ca.	
  
Droga	
  vegetal:	
  planta	
  medicinal	
  ou	
  suas	
  partes,	
  após	
  
processos	
  de	
  coleta,	
  estabilização	
  e	
  secagem,	
  
podendo	
  ser	
  íntegra,	
  rasurada,	
  triturada	
  ou	
  
pulverizada.	
  

Derivado	
   de	
   droga	
   vegetal:	
   produtos	
   de	
  
extração	
   da	
   matéria-­‐prima	
   vegetal.	
   É	
  
caracterizado	
   pela	
   reprodu&bilidade	
   e	
  
constância	
  de	
  sua	
  qualidade.	
  
LEGISLAÇÃO E FITOTERÁPICOS
Ø ANVISA	
   /	
   MS:	
   exigência	
   de	
   estudos	
   cientficos	
   que
	
  
comprovem	
   a	
   eficácia	
   do	
   produto	
   e	
   a	
   ausência	
   de
	
  
riscos	
  à	
  saúde;	
  
	
  
Ø Estudos	
  pré-­‐clínicos	
  e	
  clínicos;	
  
	
  
Ø Combate	
  à	
  comercialização	
  ilegal	
  de	
  medicamentos.	
  
Regulamentações diversas

Plantas medicinais
Ø Dispensadas em farmácias e ervanarias (Lei
5991/73).
- “A dispensação de plantas medicinais é privativa das
farmácias e ervanarias, observados o acondicionamento
adequado e a classificação botânica.”
-

As embalagens não podem ter alegações terapêuticas.
Registro: fitoterápico = medicamento
Ø  Todo	
   fitoterápico	
   industrializado	
   deve	
   ser	
  
registrado	
  previamente	
  à	
  comercialização;	
  
Ø  Tem	
   que	
   apresentar	
   critérios	
   de	
   qualidade,	
  
segurança	
   e	
   eficácia	
   exigidos	
   pela	
   ANVISA	
  
para	
  todos	
  os	
  medicamentos	
  alopá&cos.	
  

“A venda de produtos não registrados é considerado crime grave contra a
saúde pública.”
(Cod. Penal Art. 273 § 1º B-I)
Quem pode produzir fitoterápicos?
Laboratórios	
   farmacêu&cos,	
   públicos	
   ou	
   privados,	
   com	
  
autorização	
   de	
   funcionamento,	
   licença	
   sanitária	
   e	
   	
   condição	
  
sa&sfatória	
  de	
  produção	
  (CBPFC).	
  
Medicamento fitoterápico
Segurança

Controle de Qualidade

Eficácia
Segurança e eficácia
Há 4 formas de comprovar S/E
Ø  Referências em literatura científica (RE 88/04);
Ø  Registro simplificado (RE 89/04);
Ø  Ensaios pré-clínicos (RE 90/04) e clínicos (CNS 196/96 e 251/97);
Ø  Levantamento etnofarmacológico.
Controle de qualidade
Ø  Droga vegetal;
Ø  Derivado de droga;
Ø  Produto acabado.
Centella asiatica

CQ: droga vegetal

Ø  Laudo de identificação botânica;
Ø  Métodos de secagem, estabilização e conservação;
Ø  Pureza e integridade;
Ø 

Referências Farmacopeica: Brasileira ou RDC 79/03 + RDC
169/06;
CQ: derivado da droga
vegetal
Tanacetum	
  parthenium	
  

Ø  Nomenclatura	
  botânica	
  oficial;	
  
Ø  Parte	
  u&lizada;	
  
Ø  Solventes,	
  excipientes	
  e/ou	
  veículos;	
  
Ø  Testes	
  de	
  auten&cidade;	
  pureza	
  e	
  integridade;	
  
Ø  Análise	
  qualita&va	
  e	
  quan&ta&va.	
  
CQ: produto acabado
Uncaria tomentosa
GUACO

Ø  Descrição	
   das	
   metodologias	
   u&lizadas,	
   com	
  
métodos	
  validados;	
  
Ø  Análise	
  quan&ta&va	
  e	
  qualita&va;	
  
Ø  EET;	
  
Ø  Estabilidade/especificações	
  de	
  embalagem;	
  
Ø  CBPF.
Espécies vegetais mais registradas
Planta

No de registros

Ginkgo biloba (Ginkgo)

33

Aesculus hippocastanum (Castanha da
índia)

29

Cynara scolymus (Alcachofra)

21

Hypericum perforatum (Hipérico)

20

Glycine max (Soja)

20

Valeriana officinalis (Valeriana)

20

Panax ginseng (Ginseng)

17

Senna alexandrina (Sene)

14

Cimicifuga racemosa (Cimicífuga)

14

Mikania glomerata (Guaco)

14

Maytenus ilicifolia (Espinheira-Santa)

13

Peumus boldus (Boldo)

13

Paullinia cupana (Guaraná)

12
Exemplos: Hypericum perforatum L.
Ø 

Ø 

Ø 

Ø 

Nome popular: erva de São João;
Partes utilizadas: partes aéreas da planta
florida;
Indicação: para depressão leve ou
moderada (extratos padronizados);
É um dos principais antidepressivos
vendidos no mundo.
Exemplos: Hypericum perforatum L
Ø 
Ø 
Ø 

Ø 
Ø 
Ø 

Flavonóides
Floroglucinóis
Taninos

Hipericina
Xantonas
Hiperforina
Hypericum perforatum L.

Exemplos: Hypericum perforatum L
n 
n 
n 
n 
n 
n 
n 

Hyperico®
Iperisan®
Börnin®
Fiotan®
Jarsin®
Hiperex®
Extrato padronizado (LI 160)
Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo: damasco prateado)

•  Planta milenar (considerada um fóssil vivo);
•  Parte empregada: folhas;
•  Princípios ativos: ginkgolídeos e bilobalídeos.
Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo:
damasco prateado)

•  Inúmeros	
  trabalhos	
  mostrando	
  os	
  benescios	
  do	
  extrato	
  de	
  Ginkgo	
  biloba	
  
nos	
   processos	
   cogni&vos	
   (memória,	
   atenção,	
   aprendizagem),	
  
especialmente	
  nos	
  casos	
  onde	
  existe	
  um	
  déficit	
  inicial;	
  	
  
•  É	
  u&lizada	
  no	
  tratamento	
  da	
  doença	
  de	
  Alzheimer;	
  
•  Ação:	
   an&oxidante,	
   ↓	
   viscosidade	
   sanguínea	
   e	
   ↑	
   a	
   circulação	
   sanguínea:	
  
↑	
  aporte	
  de	
  oxigênio	
  e	
  glicose	
  para	
  os	
  neurônios.	
  
Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)
•  Originária	
   da	
   Europa	
   e	
   oeste	
   da
	
  
Ásia;	
  
	
  
•  Parte	
  U&lizada:	
  raízes;	
  
	
  
•  A m p l a m e n t e	
   u & l i z a d a	
   n a
	
  
composição	
   de	
   um	
   grande
	
  
número	
  de	
  produtos.	
  	
  
Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)
	
  
•  C o m p o s t o s :	
   ó l e o s	
   v o l á t e i s
	
  
( s e d a & v o )	
   e	
   v a l e p o t r i a t o s
	
  
(ansiolí&co);	
  
	
  	
  
•  Mecanismo	
   de	
   ação:	
   inibição	
   da
	
  
GABA-­‐transaminase,	
   interação
	
  
com	
   receptor,	
   alteração	
   na
	
  
liberação/recaptação	
  de	
  GABA.	
  
Plantas Medicinais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ø Renascimento do interesse pelo tema;
Ø Lucro com a análise objetiva da ciência médica;
Ø Fitoterapia vem crescendo em importância;
Ø Grande procura por medicamentos;
Ø Opção terapêutica eficaz;
Ø baixo custo / menores efeitos colaterais.
Medicina Tradicional Chinesa - acupuntura e práticas corporais
Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
•  Técnicas utilizadas pela civilização chinesa há
mais de cinco mil anos, baseadas na
experiência empírica de líderes intelectuais
curandeiros, replicadas com sucesso pelos
discípulos através das gerações subsequentes;
•  Influenciada pelo contexto sócio-cultural e
religioso;
•  Praticada não somente na China, mas em
países vizinhos, como Japão e Coréia.
Palmeira, 1990
Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
•  Dinastia Qing (século 19) missionários do
ocidente levaram medicamentos, e houve a
introdução da Medicina ocidental na China;
•  1950 – estruturação do ensino da MTC, com
eliminação de aspectos considerados
supersticiosos. A formação do médico de MTC
passa a ser nas universidades.
Dong Z, 2008
Medicinas associadas
•  Desde o século 19 a China adota ambas as medicinas
(ocidental e chinesa tradicional), e ainda está em
processo de adaptação, o estudo da medicina
integrativa.
Palmeira, 1990
Xu J, 2009

•  Evento marcante - epidemia de SARS em 2003: redução
de 80% na taxa de mortalidade em Beinjin após a
associação de MTC no tratamento dos doentes (taxa de
mortalidade chinesa: 6,5 / taxa de mortalidade mundial:
9,5).
Xu J, 2009
Medicinas associadas
•  90% dos hospitais gerais têm um departamento
de MTC;
•  Quase todos os médicos dos hospitais praticam
ambas as medicinas (ocidental e chinesa
tradicional);
•  Custo financeiro da MTC é muito menor;
•  Bom resultado em doenças crônicas;
•  Orientação OMS: ações preventivas e
autocuidado.
Xu J, 2009
Racionalidade da MTC
• 
• 
• 
• 

Anatomia;
Fisiologia;
Fisiopatologia;
Sistema de diagnóstico: anamnese e exame
físico (Língua e Pulso) próprios;
•  Terapias da MTC.
Nascimento, 2012
No Brasil
•  Terapias conhecidas: acupuntura (incluindo
moxabustão e ventosaterapia), exercícios físicos
(qigong, tai chi chuan, meditação), massagens
(tuiná), fitoterapia chinesa, dietoterapia chinesa.
Palmeira, 1990

•  Técnica de diagnóstico: exame da língua
adaptado para medicina integrativa.
Abe, 2012
Acupuntura
•  Inserção de finas agulhas em pontos
determinados anatomicamente, para equilibrar
corpo/mente;
•  Várias técnicas: acupuntura sistêmica, auricular,
escalpeana, eletroacupuntura;
•  Sistematização do procedimento – SUS.
Acupuntura - Revisões Cochrane
Evidências positivas:
• Cefaléia tensional;
• Profilaxia migrania;
• Cervicalgia.
Qigong - Histórico
Qigong é uma técnica, dentre várias, da medicina
tradicional chinesa.
De acordo com registros históricos, tem uma história de
5.000 anos, remontando ao período neolítico (entre 10.000
e 4.000 anos atrás).
É um método original de orientações e cuidados médicos,
que os antepassados da nação chinesa criaram
gradualmente, acumulando e organizando suas
experiências de prática ao longo de suas vidas.
Wang & Huan, 1992; Ramos, 2012
Qigong
Qigong é um método terapêutico, onde são
utilizados exercícios, que são realizados de forma
suave e lenta, associados à respiração, ao
relaxamento e à concentração, bem como a
manipulação em pontos específicos de
acupuntura, a fim de recuperar, manter e prevenir
doenças.
Ramos, 2012
Categoria de Qigong
Existem diversas categorias e estilos de Qigong,
que se originaram em diferentes períodos
históricos, podendo ser:
• Jing Gong (práticas estáticas, de serenidade,
tranquilidade);
• Dong Gong (práticas de movimento, dinâmicas).
Ramos,
2010
Racionalidade do Qigong
• 
• 
• 
• 

Anatomia;
Fisiologia;
Fisiopatologia;
Sistema de diagnóstico: anamnese e
exame físico (Língua e Pulso) próprios.

Yang, 2006
No Brasil
Práticas conhecidas:
• Daoyin (導引)
• Ba Duan jin (八段錦)
• Yi Jin Jing (易筋經)
• Nei gong (內功)
• Lian Gong (練功)
• Xiang Gong (香功) 
• Taijiquan (tai chi chuan – 太極拳)
Tai Chi Chuan - Histórico
Zhang San Feng, 張三豊 (1247-?), lendário monge
taoista chinês, que muitos acreditam ter conquistado a
imortalidade, enquanto estava meditando, ele viu uma
serpente sair do buraco; nesse momento, um pássaro
desceu da árvore para enfrentá-la. Após a luta, o
pássaro voou de volta para a árvore e a serpente
rastejou de volta para o buraco.
No dia seguinte, a mesma cena se repetiu.
Foi a partir da observação desse fato, que Zhang San
Feng criou o Taijiquan, 太極拳.
孔德, 2011
Tai Chi Chuan
•  Taijiquan é uma arte marcial, realizada de forma
suave e lenta, associada à respiração, ao
relaxamento e à concentração. Estimula
respostas naturais de cura do organismo, que
atuam na prevenção de agravos, recuperação
da saúde e na visão ampliada do autocuidado;
•  Atualmente é reconhecida pela UNESCO, como
patrimônio da humanidade.
Na China
Vários estilos de tai chi chuan:
• Estilo Chen; 
• Estilo Yang; 
• Estilo Wu; 
• Estilo Wu/Hao; 
• Estilo Sun.
No Brasil
Práticas conhecidas:
• Estilo Chen; 
• Estilo Yang; 
• Estilo Pai Lin.
Qigong e Tai Chi Chuan –
Revisões Cochrane

•  Evidências positivas – revisão de 77 estudos
Medicina Antroposófica
• 

• 
• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Cosmologia
	
  
	
  
Um	
   princípio	
   fundamental	
   da	
   Cosmologia	
   antroposófica	
   é	
   de	
   que	
   o	
   Ser	
   Humano	
   é
	
  

composto	
   em	
   sua	
   natureza	
   por	
   dimensões	
   minerais,	
   vegetais,	
   animais	
   e	
   humanas,
	
  
individuais	
  e	
  ao	
  mesmo	
  tempo	
  universais.	
  	
  
Estas	
   dimensões	
   são	
   resultado	
   da	
   criação	
   do	
   Cosmos,	
   de	
   tal	
   forma	
   que	
   o	
   mundo
	
  
microcósmico	
  pessoal	
  está	
  em	
  ín&ma	
  conexão	
  com	
  o	
  macrocosmo.	
  	
  
Estas	
  dimensões	
  organizadas	
  como	
  reinos	
  da	
  natureza,	
  correspondem	
  a	
  ações	
  de	
  quatro
	
  
forças	
   dinâmicas	
   de	
   natureza	
   não	
   perceptvel	
   aos	
   sen&dos	
   criadas	
   pelo	
   macrocosmo
	
  
com	
   naturezas	
   próprias	
   que	
   se	
   integram	
   com	
   as	
   substâncias	
   corporais	
   e	
   com	
   as
	
  
substâncias	
  dos	
  medicamentos	
  naturais.	
  	
  
Toda	
   esta	
   complexidade	
   é	
   ordenada	
   por	
   forças	
   espirituais,	
   ou	
   seja,	
   não	
   perceptveis	
   aos
	
  
sen&dos	
   como	
   forças	
   gravitacionais,	
   forças	
   vitais,	
   forças	
   anímicas	
   e	
   forças	
   da
	
  
individualidade.	
  	
  
Os	
  períodos	
  de	
  desenvolvimento	
  humano	
  refletem	
  os	
  períodos	
  de	
  desenvolvimento	
  da
	
  
humanidade,	
   de	
   maneira	
   que	
   7	
   anos	
   de	
   existência	
   humana	
   correspondem	
   a
	
  
aproximadamente	
  2000	
  anos	
  de	
  história	
  da	
  humanidade.	
  
• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Cosmologia
	
  
Somos	
   uma	
   síntese	
   organizada	
   do	
   desenvolvimento	
   ao	
   longo	
   dos	
   milhões	
   de	
   anos
	
  
	
  
filogené&cos	
  e	
  anos	
  de	
  vida.	
  	
  

• 

No	
   primeiro	
   ano	
   de	
   vida,	
   recapitulamos	
   o	
   desenvolvimento	
   neurológico	
   motor	
   dos
	
  
vertebrados.	
   Como	
   neonatos,	
   nos	
   movimentamos	
   como	
   peixes.	
   Aos	
   3	
   meses,	
   com	
   um
	
  
ano	
   de	
   existência,	
   iniciamos	
   a	
   aquisição	
   de	
   nosso	
   tônus	
   muscular	
   cervical	
   em	
   direção
	
  
crânio-­‐podálica.	
  Com	
  isso,	
  assim	
  como	
  os	
  ansbios,	
  sustentamos	
  a	
  cabeça.	
  Com	
  7	
  meses
	
  
enga&nhamos	
   como	
   quadrúpedes	
   rep&lianos.	
   Com	
   8	
   meses	
   enga&nhamos	
   como
	
  
mamíferos	
   com	
   cruzamento	
   no	
   movimento	
   dos	
   membros.	
   Com	
   11	
   meses	
   ficamos	
   de
	
  
cócoras	
  como	
  primatas	
  e	
  andamos	
  com	
  apoio	
  e	
  braços	
  elevados.	
  Com	
  1	
  ano	
  terminamos
	
  
o	
  ciclo	
  e	
  com	
  o	
  tônus	
  alcançando	
  os	
  pés,	
  iniciamos	
  a	
  marcha	
  ereta.	
  	
  

• 

Nos	
   primeiros	
   três	
   anos	
   adquirimos	
   o	
   Andar	
   Ereto	
   com	
   liberação	
   das	
   mãos	
   –	
   fase	
   Homo
	
  
erectus	
   e	
   Homo	
   habilis	
   e	
   Consciência	
   reflexiva	
   e	
   Fala	
   complexa	
   (Auto-­‐Consciência)	
   como
	
  
Homo	
   sapiens.	
   	
   Da	
   mesma	
   forma	
   nosso	
   cérebro	
   possui	
   regiões	
   que	
   foram	
   se
	
  
desenvolvendo	
  na	
  filogênese.	
  O	
  nosso	
  cérebro	
  primi&vo	
  voluntarioso	
  ou	
  Arquicortex	
  se
	
  
desenvolveu	
  com	
  os	
  répteis,	
  o	
  nosso	
  cérebro	
  intermediário	
  sen&mental	
  ou	
  Paleocortex
	
  
se	
  desenvolveu	
  com	
  os	
  mamíferos	
  e,	
  o	
  cérebro	
  racional	
  ou	
  Neocortex	
  com	
  os	
  primatas.
	
  
Apenas	
  a	
  área	
  pré-­‐frontal	
  de	
  nosso	
  cérebro	
  surgiu	
  conosco.	
  	
  
• 

• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Histórico
	
  
Segundo	
   a	
   Federação	
   Internacional	
   	
  das	
   Associações	
   Médicas	
   Antroposóficas
	
  

(Interna@onale	
   Vereinigung	
   Anthroposophischer	
   Ärztegesellscha^en)	
   es&ma-­‐se	
   que	
   os
	
  
medicamentos	
  antroposóficos	
  são	
  prescritos	
  por	
  mais	
  de	
  30.000	
  médicos	
  em	
  65	
  países
	
  
de	
   todo	
   mundo,	
   reunidos	
   em	
   30	
   associações	
   nacionais	
   de	
   médicos	
   antroposóficos.	
   A
	
  
origem	
   da	
   Medicina	
   Antroposófica	
   (MA)	
   remonta	
   ao	
   início	
   do	
   século	
   XX,	
   tendo	
   sido
	
  
desenvolvida	
  pela	
  médica	
  Ita	
  Wegman	
  (1876	
  –	
  1943),	
  graduada	
  em	
  Medicina	
  na	
  Suíça,
	
  
em	
  parceria	
  com	
  o	
  filósofo	
  austríaco	
  Rudolf	
  
Steiner	
  (1861-­‐1925).	
  
A	
   Medicina	
   Antroposófica	
   (MA)	
   está	
   presente	
   no	
   Sistema	
   de	
   Saúde	
   Pública	
   na
	
  
Alemanha,	
  Suíça,	
  Itália,	
  Holanda,	
  Brasil,	
  Suécia,	
  Áustria	
  Reino	
  Unido	
  e	
  Estados	
  Unidos	
  e	
  é
	
  
legalmente	
  reconhecida	
  também	
  na	
  Dinamarca,	
  Finlândia	
  e	
  Reino	
  Unido.	
  	
  
No	
   Brasil,	
   a	
   Medicina	
   Antroposófica	
   foi	
   introduzida	
   na	
   década	
   de	
   1950	
   e,	
   desde	
   2006
	
  
integra	
  a	
  Polí&ca	
  Nacional	
  de	
  Prá&cas	
  Integra&vas	
  e	
  Complementares	
  e,	
  é	
  reconhecida
	
  
como	
  prá&ca	
  médica	
  pelo	
  parecer	
  21/93	
  do	
  Conselho	
  Federal	
  de	
  Medicina.	
  
No	
   Brasil,	
   a	
   medicina	
   antroposófica	
   tem	
   seu	
   exercício	
   organizado	
   pela	
   Associação
	
  
Brasileira	
   de	
   Medicina	
   Antroposófica	
   (ABMA)	
   -­‐	
   www.abmanacional.com.br,	
   e	
   possui
	
  
sete	
  regionais,	
  nos	
  estados	
  de	
  São	
  Paulo,	
  Minas	
  Gerais,	
  Santa	
  Catarina,	
  Rio	
  Grande	
  do
	
  
Sul,	
  Rio	
  de	
  Janeiro,	
  Sergipe,	
  Pernambuco	
  e	
  Distrito	
  Federal.	
  	
  
• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Histórico
	
  
O	
   exercício	
   da	
   farmácia	
   antroposófica	
   	
   regulamentado	
   pelo	
   Conselho	
   Federal	
   de
é	
  
	
  
Farmácia	
   (CFF)	
   através	
   do	
   RDC	
   465	
   de	
   24	
   de	
   julho	
   de	
   2007.	
   Oficialmente,	
   a	
   Agência
	
  
Nacional	
  de	
  Vigilância	
  Sanitária	
  (ANVISA)	
  reconhece	
  os	
  medicamentos	
  antroposóficos	
  na
	
  
categoria	
   de	
   medicamentos	
   industrializados	
   dinamizados	
   (RDC	
   No	
   26,	
   de	
   30	
   de	
   março
	
  
de	
   2007,	
   RDC	
   No	
   67,	
   de	
   08	
   de	
   outubro	
   de	
   2007	
   e	
   RDC	
   No	
   87,	
   de	
   21	
   de	
   novembro	
   de
	
  
2008).	
  	
  
A	
   Medicina	
   Antroposófica	
   (MA)	
   surgiu	
   na	
   Europa	
   Central	
   nas	
   primeiras	
   décadas	
   do
	
  
século	
   XX	
   e	
   está	
   entre	
   os	
   sistemas	
   médicos	
   que	
   consideram	
   que	
   o	
   ser	
   humano	
   possui
	
  
uma	
   natureza	
   que	
   transcende	
   a	
   dimensão	
   ssico-­‐química,	
   biológica	
   e	
   psico-­‐social,
	
  
adicionando	
   a	
   estas	
   bases	
   as	
   dimensões	
   da	
   vitalidade	
   e	
   de	
   individualidade	
   tanto	
   nos
	
  
âmbitos	
   orgânicos,	
   através	
   dos	
   processos	
   regenera&vos	
   e	
   imunológicos
	
  
respec&vamente,	
  como	
  psíquicos	
  através	
  da	
  capacidade	
  de	
  adequado	
  enfrentamento	
  e
	
  
busca	
   de	
   sen&do	
   na	
   vida.	
   Estes	
   dois	
   conceitos	
   são	
   fundamentais	
   para	
   o
	
  
desenvolvimento	
  do	
  estado	
  de	
  saúde	
  ou	
  salutogênese.	
  
A	
  MA	
  com	
  sua	
  concepção	
  de	
  um	
  ser	
  humano	
  em	
  constante	
  evolução	
  biográfica,	
  tem	
  por
	
  
obje&vo	
  ampliar	
  a	
  visão	
  da	
  medicina	
  acadêmica	
  de	
  forma	
  complementar,	
  se	
  propondo	
  a
	
  
enriquecer	
  a	
  atuação	
  do	
  médico	
  e	
  do	
  profissional	
  da	
  saúde.	
  	
  
• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Histórico
	
  
	
  

Essa	
   abordagem	
   sistêmica	
   e	
   integra&va	
   tem	
   como	
   referencial	
   a	
   Antroposofia,	
   cujo	
   significado
	
  
e&mológico	
   é	
   Sabedoria	
   do	
   Homem	
   (“anthropos”-­‐	
   homem,	
   ser	
   humano;	
   “sofia”-­‐	
   sabedoria,
	
  
conhecimento).	
   Os	
   estudos	
   cientficos	
   de	
   Wolfgang	
   von	
   Goethe	
   (1749-­‐1832),	
   reconhecidos	
   como
	
  
precursores	
   de	
   uma	
   metodologia	
   cientfica	
   fenomenológica,	
   influenciaram	
   profundamente	
   Rudolf
	
  
Steiner,	
  e	
  chamaram	
  a	
  atenção	
  para	
  a	
  existência	
  das	
  forças	
  arquetpicas	
  nos	
  reinos	
  da	
  natureza.	
  Os
	
  
trabalhos	
  de	
  Goethe,	
  integrando	
  ciência	
  e	
  arte,	
  irrigaram	
  com	
  poesia,	
  esté&ca	
  e	
  sen&mento	
  a	
  “fria
	
  
e	
   seca”	
   ciência	
   quan&ta&va	
   do	
   século	
   XVIII,	
   antecipando	
   a	
   moderna	
   mudança	
   de	
   paradigma	
   na
	
  
ciência	
  do	
  século	
  XX,	
  na	
  direção	
  de	
  uma	
  ciência	
  qualita&va	
  .	
  
Oferece	
   um	
   amplo	
   campo	
   de	
   atuação	
   nas	
   Atenções	
   Primária,	
   Secundária	
   e	
   Terciária,	
   gerando	
   bons
	
  
índices	
   de	
   resolu&vidade	
   através	
   do	
   uso	
   integrado	
   de	
   orientações	
   preven&vas	
   e	
   cura&vas,	
   de
	
  
escuta	
   qualificada,	
   da	
   u&lização	
   preferencial	
   de	
   duas	
   farmacopéias	
   (dinamizada	
   antroposófica	
   e
	
  
fitoterápica),	
  de	
  uma	
  equipe	
  de	
  saúde	
  transdisciplinar	
  composta	
  por	
  profissionais	
  da	
  saúde	
  e	
  por
	
  
um	
   conjunto	
   de	
   diversas	
   terapias	
   e	
   técnicas,	
   incluindo	
   todos	
   os	
   recursos	
   clínico-­‐cirúrgicos	
   e
	
  
laboratoriais	
  da	
  Biomedicina	
  (Medicina	
  convencional).	
  Assim,	
  a	
  MA	
  possui	
  um	
  caráter	
  de	
  Medicina
	
  
Complementar	
  e	
  não	
  alterna&vo.	
  	
  
Desde	
   o	
   seu	
   nascimento,	
   na	
   década	
   de	
   20	
   do	
   século	
   XX	
   foi	
   pra&cada	
   de	
   maneira	
   transdisciplinar
	
  
atuando	
  de	
  maneira	
  integrada	
  e	
  ar&culada	
  na	
  promoção	
  da	
  qualidade	
  de	
  vida,	
  na	
  busca	
  da	
  cura	
  e
	
  
da	
  recuperação	
  no	
  modelo	
  de	
  comunidade	
  terapêu&ca.	
  Possibilita,	
  dessa	
  maneira,	
  uma	
  abordagem
	
  
essencialmente	
  humanís&ca	
  e	
  humanizadora,	
  afinada	
  com	
  os	
  princípios	
  da	
  Organização	
  Mundial	
  de
	
  
Saúde	
  (OMS)	
  e	
  com	
  o	
  Sistema	
  Único	
  de	
  Saúde	
  (SUS).	
  
• 
	
  
• 

	
  
• 

	
  
• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Doutrina	
  Médica
	
  
MA	
  desenvolve	
  metodologia	
  cientfica	
  própria.	
  Desenvolve	
  uma	
  abordagem	
  unificada	
  da
	
  
	
  
fisiologia,	
  fisiopatologia	
  e	
  terapêu&ca	
  baseado	
  na	
  ideia	
  de	
  sistemas	
  e	
  organizações.	
  
A	
  Metodologia	
  cientfica	
  antroposófica	
  ou	
  Fenomenologia	
  de	
  Goethe	
  é	
  uma	
  proposta	
  de
	
  
integração	
  Arte	
  &	
  Ciência.	
  A	
  fenomenologia	
  de	
  Goethe	
  é	
  baseada	
  na	
  observação	
  exata,
	
  
que	
   u&liza	
   a	
   arte	
   no	
   método	
   e,	
   que	
   se	
   aplica	
   tanto	
   no	
   estudo	
   de	
   pacientes	
   como	
   da
	
  
terapêu&ca.	
  
Esta	
  metodologia	
  parte	
  da	
  descrição	
  da	
  realidade	
  percebida	
  e	
  se	
  aprofunda	
  através	
  da
	
  
intencionalidade	
   no	
   estudo	
   das	
   relações	
   e	
   do	
   desenvolvimento	
   dos	
   fenômenos	
   em
	
  
direção	
  à	
  percepção	
  da	
  totalidade,	
  desenvolvendo	
  o	
  conceito	
  de	
  ‘arqué&po’.	
  
O	
   profissional	
   de	
   saúde	
   antroposófico	
   se	
   empenha	
   junto	
   ao	
   paciente	
   e	
   a	
   família	
   em
	
  
perceber	
   o	
   significado	
   da	
   doença,	
   na	
   visão	
   do	
   desenvolvimento	
   noo-­‐psico-­‐somá&co
	
  
(noé&ca	
   =	
   dimensão	
   espiritual	
   humana)	
   sobre	
   o	
   pano	
   de	
   fundo	
   do	
   estudo	
   racional	
   de
	
  
sua	
  biografia.	
  
• 
• 
• 
• 
• 
• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Doutrina	
  Médica
	
  
	
  

Para	
   MA,	
  	
   saúde	
   é	
   o	
   resultado	
   de	
   um	
   equilíbrio	
   rítmico	
   e	
   harmonioso	
   entre	
   os	
   cons&tuintes	
   do	
   ser
	
  
humano,	
  	
  e	
  doença	
  é	
  consequência	
  de	
  desequilíbrio	
  entre	
  estes	
  cons&tuintes	
  e	
  com	
  o	
  habitat.	
  	
  
Os	
   cons&tuintes	
   do	
   Ser	
   Humano	
   são	
   o	
   Corpo	
   ou	
   Soma,	
   a	
   Alma	
   ou	
   Psique	
   e	
   a	
   Individualidade	
   ou
	
  
Espírito.	
  	
  
O	
  Corpo	
  é	
  compreendido	
  por	
  uma	
  Morfologia	
  e	
  Fisiologia	
  ordenadas	
  por	
  quatro	
  organizações	
  ou
	
  
campos	
  de	
  forças	
  que	
  se	
  comportam	
  em	
  três	
  sistemas.	
  	
  
A	
   Psique	
   compreende	
   a	
   organização	
   das	
   vontades,	
   sen&mentos	
   e	
   pensamentos	
   em	
   interação
	
  
psicossomá&ca	
  com	
  estes	
  três	
  sistemas.	
  	
  
A	
   Individualidade	
   (ou	
   pyrus)	
   é	
   a	
   essência	
   humana	
   que	
   gera	
   autoconsciência	
   na	
   psique	
   e	
   iden&dade
	
  
imunológica	
  no	
  corpo.	
  A	
  Cura	
  corresponde	
  ao	
  reequilíbrio	
  destes	
  sistemas	
  de	
  forças.	
  
Estes	
   três	
   cons&tuintes	
   se	
   desenvolvem	
   ao	
   longo	
   da	
   biografia,	
   de	
   forma	
   tríplice,	
   dos	
   0	
   as	
   21	
   anos	
   o
	
  
maior	
   desenvolvimento	
   é	
   corporal,	
   dos	
   21	
   aos	
   42	
   anos	
   o	
   maior	
   desenvolvimento	
   é	
   psicológico	
   e
	
  
dos	
  42	
  em	
  diante,	
  o	
  maior	
  desenvolvimento	
  é	
  espiritual.	
  	
  
O	
  Corpo	
  também	
  é	
  compreendido	
  de	
  forma	
  sistêmica	
  pela	
  sua	
  natureza	
  tríplice	
  em	
  três	
  sistemas
	
  
orgânicos	
  funcionais:	
  	
  
ü  SISTEMA	
  NEURO-­‐SENSORIAL(SNS)	
  	
  -­‐	
  associado	
  ao	
  ectoderma	
  
ü  SISTEMA	
  RÍTMICO	
  (SR)	
  -­‐	
  associado	
  ao	
  mesoderma	
  
ü  SISTEMA	
  METABÓLICO	
  –	
  MOTOR	
  (SMM)	
  -­‐	
  associado	
  ao	
  endoderma	
  
• 

• 

• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Doutrina	
  Médica
	
  
	
  

Quanto	
  à	
  organização	
  quádrupla	
  estamos	
  falando	
  de	
  sistemas	
  dinâmicos.	
  As	
  quatro	
  organizações
	
  
são	
  Organização	
  Física	
  (OF),	
  Organização	
  Vital	
  (OV),	
  Organização	
  Anímica	
  (OA)	
  e	
  Organização	
  do	
  Eu
	
  
(OE).	
  	
  
A	
  OF	
  é	
  avaliada	
  através	
  do	
  peso	
  (quan&ta&vo	
  e	
  qualita&vo),	
  pela	
  tendência	
  a	
  mineralização,	
  rigidez
	
  
e	
  edema.	
  No	
  aspecto	
  psíquico	
  é	
  inves&gada	
  pelo	
  grau	
  de	
  melancolia	
  (peso	
  d’alma),	
  rigidez,	
  dureza
	
  
mental	
  e	
  cristalização	
  de	
  ideias	
  fixas.	
  
A	
   OV	
   é	
   avaliada	
   pelas	
   formas	
   convexas	
   (formas	
   infan&s),	
   pela	
   leveza,	
   pela	
   capacidade	
   de
	
  
regeneração	
   e	
   crescimento,	
   pelo	
   turgor	
   úmido	
   e	
   maciez	
   da	
   pele,	
   pela	
   falta	
   de	
   cansaço	
   e	
   fácil
	
  
recuperação.	
   Psiquicamente	
   pela	
   boa	
   memória,	
   pela	
   profundidade	
   do	
   sono,	
   pelo	
   temperamento
	
  
fleumá&co	
  e	
  pela	
  adaptabilidade.	
  
A	
   OA	
   é	
   avaliada	
   pelo	
   tônus	
   muscular,	
   motricidade,	
   sensibilidade,	
   agilidade,	
   distribuição	
   da	
   gordura
	
  
e	
   sua	
   absorção,	
   sensibilidade	
   gástrica,	
   pressão	
   arterial,	
   frequência	
   cardíaca	
   e	
   respiratória	
   e	
   pela
	
  
distribuição	
   de	
   gases.	
   Psiquicamente	
   pela	
   irritabilidade,	
   ansiedade,	
   atenção,	
   vigília,	
   animação,
	
  
dispersão	
  e	
  temperamento	
  sanguíneo.	
  
A	
   OE	
   é	
   avaliada	
   pelo	
   equilíbrio,	
   postura,	
   capacidade	
   de	
   manter	
   a	
   temperatura,	
   olhar	
   presente	
   e
	
  
imunocompetência.	
   Psiquicamente	
   pela	
   capacidade	
   de	
   concentração,	
   pela	
   ‘presença	
   de	
   espírito’,
	
  
pela	
  determinação	
  e	
  atuação,	
  pelo	
  temperamento	
  colérico	
  e	
  pela	
  coerência.	
  Estas	
  manifestações	
  se
	
  
traduzem	
   como	
   Resiliência,	
   auto-­‐regulação,	
   Salutogênese	
   -­‐	
   termos	
   que	
   expressam	
   a	
   atuação	
   da
	
  
Individualidade.	
  
• 

• 
• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Doutrina	
  Médica
	
  
	
  

O	
  desenvolvimento	
  das	
  quatro	
  organizações	
  de	
  forças:	
  os	
  quatro	
  Partos.	
  Estes	
  partos	
  nos	
  primeiros
	
  
21	
  anos	
  de	
  vida,	
  criam	
  as	
  condições	
  para	
  o	
  amadurecimento	
  das	
  quatro	
  organizações	
  de	
  forças	
  que
	
  
organizam	
  nosso	
  corpo	
  humano.	
  
Na	
   Maternidade	
   ou	
   em	
   casa	
   acontece	
   o	
   Parto	
   Físico	
   (parto	
   normal	
   ou	
   cesariana),	
   quando	
   a	
   criança
	
  
se	
  separa	
  fisicamente	
  da	
  mãe.	
  	
  
Ao	
   final	
   da	
   primeira	
   infância,	
   quando	
   termina	
   um	
   ciclo	
   de	
   7	
   anos	
   (setênio)	
   ocorre	
   a	
   troca	
   dos
	
  
dentes,	
   o	
   fim	
   da	
   mielinização	
   (bainha	
   de	
   gordura	
   termina	
   de	
   envolver	
   os	
   neurônios),	
   o	
   fim	
   da
	
  
produção	
  de	
  células	
  de	
  gordura	
  e	
  o	
  pulmão	
  amadurece.	
  A	
  esta	
  passagem	
  para	
  a	
  segunda	
  infância,
	
  
quando	
  a	
  criança	
  passa	
  de	
  um	
  nível	
  de	
  consciência	
  de	
  fantasia	
  para	
  um	
  mais	
  racional,	
  com	
  muito
	
  
maior	
   consciência	
   do	
   mundo	
   e	
   muitas	
   perguntas	
   que	
   surgem,	
   chamamos	
   de	
   segundo	
   Parto	
   ou
	
  
Parto	
  da	
  Vitalidade.	
  	
  
O	
  terceiro	
  parto	
  é	
  bem	
  visível,	
  pois	
  aquela	
  criança	
  começa	
  a	
  transformar	
  seu	
  corpo	
  dos	
  10	
  aos	
  14
	
  
anos,	
   surge	
   uma	
   vida	
   animal	
   intensa	
   chamada	
   Puberdade	
   quando	
   nascem	
   pelos,	
   mudam	
   de
	
  
comportamento	
   para	
   uma	
   vida	
   solitária	
   ou	
   em	
   bandos	
   e	
   	
   aumenta	
   muito	
   a	
   consciência	
   dos
	
  
sen&mentos	
  próprios.	
  Chamamos	
  este	
  processo	
  de	
  Parto	
  Anímico	
  ou	
  Animal.	
  	
  
O	
  quarto	
  e	
  úl&mo	
  parto	
  acontecem	
  por	
  volta	
  dos	
  21	
  anos	
  e	
  se	
  chama	
  Maioridade	
  ou	
  Parto	
  do	
  Eu,
	
  
quando	
   surgem	
   perguntas	
   de	
   iden&dade	
   como	
   Quem	
   Sou	
   Eu?	
   -­‐	
   Qual	
   minha	
   Vontade?	
   –	
   Qual	
   o
	
  
Sen&do	
  da	
  Vida	
  ?	
  
• 

• 

• 

• 
	
  
• 

	
  

ANTROPOSOFIA
	
  
Doutrina	
  Médica
	
  
Para	
  a	
  organização	
  héptupla	
  vinculadas	
  aos	
  arqué&pos	
  clássicos	
  dos	
  sete	
  planetas	
  e	
  da
	
  
mitologia	
  grega,	
  adotamos	
  uma	
  Tipologia	
  	
   ue	
  caracteriza	
  psiquicamente	
  cada	
  um	
  destes
q
	
  

arqué&pos	
  como	
  traços	
  de	
  personalidade.	
  	
  
Os	
   &pos	
   1,	
   2	
   e	
   3	
   estão	
   associados	
   aos	
   arqué&pos	
   -­‐	
   Lua,	
   Mercúrio	
   e	
   Vênus,
	
  
respec&vamente,	
   se	
   organizam	
   a	
   cada	
   setênio	
   do	
   nascimento	
   aos	
   21	
   anos	
   de	
   idade	
   e
	
  
são	
  &pos	
  &picamente	
  femininos.	
  
Os	
   &pos	
   5,	
   6	
   e	
   7	
   estão	
   associados	
   aos	
   arqué&pos	
   Marte,	
   Júpiter	
   e	
   Saturno,
	
  
respec&vamente,	
  se	
  organizam	
  a	
  cada	
  setênio	
  dos	
  42	
  anos	
  aos	
  63	
  anos	
  de	
  idade	
  e	
  são
	
  
&pos	
  &picamente	
  masculinos.	
  	
  
O	
   &po	
   4	
   solar,	
   de	
   natureza	
   integrada	
   e	
   não	
   sexual,	
   se	
   desenvolve	
   entre	
   21	
   e	
   42	
   anos	
   de
	
  
idade	
  e	
  corresponde	
  ao	
  equilíbrio	
  entre	
  os	
  6	
  &pos	
  complementares.	
  	
  
Nossa	
   Epologia	
   denomina	
   os	
   aspectos	
   psíquicos	
   destes	
   sete	
   Epos	
   como	
   Tipo	
   1:
	
  
Cuidador(a)/	
  Maternal,	
  Tipo	
  2:	
   	
  ComunicaEvo(a)/Sociável,	
  Tipo	
  3:	
  Sensual/EstéEco(a),
	
  
Tipo	
   4:	
   Altruísta/Cordial,	
   Tipo	
   5:	
   Empreendedor(a)/ExecuEvo(a),	
   Tipo	
   6:
	
  
Estratégico(a)/Organizador(a)	
  e	
  Tipo	
  7:	
  Disciplinado(a)/Rígido(a)/Formal.	
  	
  
ANTROPOSOFIA
	
  
Morfologia
	
  
TRIMEMBRAÇÃO:	
  
	
  
• O	
   SNS	
   está	
   mais	
   vinculado	
   à	
   epiderme,	
   cabeça	
   e	
   pescoço,	
   músculos	
   estriados	
   esquelé&cos,
	
  
sistema	
   nervoso	
   somá&co,	
   sistema	
   nervoso	
   autônomo	
   simpá&co,	
   órgãos	
   dos	
   sen&dos,
	
  
&reoide,	
   sistema	
   arterial	
   e	
   as	
   plaquetas.	
   Possui	
   como	
   caracterís&cas	
   um	
   centro	
   cranial,
	
  
mineralização	
   periférica	
   nos	
   ossos	
   chatos,	
   simetria	
   lateral,	
   baixa	
   capacidade	
   regenera&va,
	
  
tendência	
   a	
   imobilidade,	
   permite	
   sensação,	
   percepção	
   e	
   consciência,	
   ação	
   catabolizante,
	
  
configurante,	
  ordenador	
  e	
  promotor	
  de	
  frio	
  corporal.	
  
• O	
  SR	
  está	
  mais	
  vinculado	
  à	
  derme,	
  tórax	
  e	
  mamas,	
  o	
  aparelho	
  cardiovascular,	
  o	
  aparelho
	
  
respiratório,	
   a	
   série	
   vermelha	
   do	
   sangue	
   e	
   o	
   sistema	
   linfá&co.	
   Seu	
   papel	
   é	
   conciliador,
	
  
harmonizador,	
  curador	
  e	
  integrador.	
  
• O	
   SMM	
   tem	
   está	
   mais	
   vinculado	
   a	
   hipoderme,	
   musculatura	
   lisa,	
   o	
   aparelho	
   digestório	
   e
	
  
seus	
   anexos,	
   sistema	
   nervoso	
   autônomo	
   parassimpá&co,	
   o	
   sistema	
   locomotor,	
   o	
   sistema
	
  
endócrino-­‐metabólico	
  (exceto	
  &reóide),	
  o	
  aparelho	
  geniturinário,	
  sistema	
  venoso,	
  o	
  sistema
	
  
re&culoendotelial	
   e	
   a	
   série	
   branca	
   sanguínea.	
   Possui	
   as	
   seguintes	
   caracterís&cas:	
   centro
	
  
caudal,	
   mineralização	
   central	
   nos	
   ossos	
   longos	
   tubulares,	
   assimetria	
   e	
   forma	
   espiral,
	
  
enorme	
   capacidade	
   regenera&va,	
   não	
   permite	
   sensação,	
   percepção	
   e	
   consciência,	
   ação
	
  
anabolizante,	
  tendência	
  ao	
  movimento,	
  sen&do	
  centrífugo,	
  dissolvente	
  e	
  gerador	
  de	
  calor.	
  
ANTROPOSOFIA
	
  
Morfologia
	
  
QUADRIMEMBRAÇÃO:	
  
	
  
• Entendemos	
   que	
   cada	
   uma	
   destas	
   quatro	
   organizações	
   se	
   manifesta,	
   respec&vamente,
	
  

como	
   quatro	
   lemniscatas	
   ver&cais	
   (forma	
   do	
   infinito,	
   do	
   número	
   8),	
   que	
   se	
   relacionam
	
  
diretamente	
   com	
   os	
   três	
   sistemas	
   orgânicos	
   e	
   psíquicos.	
   Assim	
   temos	
   para	
   a	
   OF	
   a
	
  
lemniscata	
   esquelé&ca	
   composta	
   por	
   tecidos	
   cristalizados,	
   para	
   a	
   OV	
   a	
   lemniscata	
   muscular
	
  
de	
  caráter	
  fluido	
  (80%	
  de	
  água),	
  para	
  a	
  OA	
  a	
  lemniscata	
  nervosa	
  de	
  natureza	
  lipídica	
  e,	
  para
	
  
a	
  OE	
  a	
  lemniscata	
  circulatória	
  de	
  natureza	
  calórica.	
  	
  
	
  
• Os	
   órgãos	
   e	
   tecidos	
   da	
   OF	
   (órgãos	
   terra)	
   são	
   os	
   órgãos	
   sensoriais,	
   ossos	
   (tecidos
	
  
mineralizados)	
  e	
  pulmão.	
  A	
  OV	
  (órgãos	
  agua)	
  está	
  presente	
  no	
  sgado,	
  músculos	
  (não	
  placa
	
  
motora),	
   medula	
   óssea,	
   mucosas	
   diges&vas	
   e	
   folículos	
   pilosos	
   	
   (vulneráveis	
   à
	
  
quimioterapia).	
   A	
   OA	
   (órgãos	
   ar)	
   se	
   manifesta	
   nos	
   órgãos	
   gordurosos	
   (SNC,	
   sistema
	
  
urogenital),	
   órgãos	
   musculares	
   e/ou	
   ácidos,	
   aerados,	
   catabolizantes	
   ou	
   anabolizantes
	
  
(estômago,	
   boca,	
   &reóide,	
   adrenais,	
   hipófise,	
   etc).	
   A	
   OE	
   (órgãos	
   fogo)	
   está	
   vinculada	
   a
	
  
pineal	
   (centro	
   do	
   SNS),	
   ao	
   coração	
   (centro	
   do	
   SR)	
   e	
   baço,	
   pâncreas	
   (centro	
   do	
   SM),	
   além	
   do
	
  
sgado	
   e	
   medula	
   óssea.	
   Os	
   quatro	
   órgãos	
   cardinais	
   são	
   pulmão	
   (terra),	
   sgado	
   (água),	
   rins
	
  
(ar)	
  e	
  coração	
  (fogo).	
  	
  
ANTROPOSOFIA
	
  
Morfologia
	
  
HEPTAMEMBRAÇÃO:	
  
	
  

	
  
• Os	
  sete	
  bio&pos	
  estão	
  também	
  vinculados	
  aos	
  órgãos	
  da	
  seguinte	
  maneira:	
  
	
  
ü o	
  &po	
  1	
  ao	
  SNC,	
  órgãos	
  dos	
  sen&dos	
  e	
  gônadas;	
  	
  
ü o	
  &po	
  2	
  ao	
  pulmão,	
  intes&no	
  e	
  pâncreas;	
  	
  
ü o	
  &po	
  3	
  aos	
  rins,	
  adrenais	
  e	
  veias;	
  
ü o	
  &po	
  4	
  ao	
  coração;	
  	
  
ü o	
  &po	
  5	
  a	
  vesícula	
  biliar,	
  &reóide,	
  placa	
  motora	
  e	
  artérias;	
  	
  
ü o	
  &po	
  6	
  ao	
  sgado	
  anabólico,	
  hipófise	
  e	
  ar&culações;	
  	
  
ü o	
  &po	
  7	
  ao	
  baço,	
  ao	
  sistema	
  imune,	
  pineal	
  e	
  ossos.	
  
• 

• 

• 

• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Dinâmica	
  Vital	
  (Fisiologia)	
  
	
  
	
  
Existe	
   uma	
   Lei	
   da	
   Polaridade	
   entre	
   os	
   sistemas	
   polares	
   SNS	
   e	
   SMM.	
   O	
   SNS	
   tem	
   seu
	
  

centro	
  no	
  pólo	
  cefálico	
  e	
  o	
  SMM	
  tem	
  seu	
  centro	
  no	
  pólo	
  abdominal.	
  O	
  Sistema	
  Rítmico
	
  
promove	
  uma	
  equilíbrio	
  dinâmico	
  entre	
  os	
  polos.	
  	
  
O	
   SNS	
   está	
   associado	
   a	
   geração	
   dos	
   processos	
   crônico-­‐degenera&vos,	
   em	
   geral
	
  
associado	
   a	
  um	
  processo	
  inflamatório	
  crônico	
  que	
  evolui	
  para	
   esclerose.	
   Fica	
   mais	
   a&vo
	
  
após	
   os	
   42	
   anos	
   de	
   idade.	
   O	
   Sistema	
   Metabólico-­‐Motor	
   (SMM)	
   está	
   envolvido	
   na
	
  
gênese	
   da	
   inflamação	
   aguda	
   e	
   predomina	
   sua	
   a&vidade	
   até	
   os	
   21	
   anos.	
   O	
   Sistema
	
  
Rítmico	
   (SR),	
   que	
   predomina	
   sua	
   ação	
   harmoniosa	
   entre	
   os	
   21	
   e	
   42	
   anos	
   de	
   idade	
   é
	
  
promotor	
  de	
  homeostase	
  e	
  saúde.	
  	
  
Na	
  inflamação	
  aguda	
  existe	
  uma	
  “intensificação”	
  das	
  4	
  organizações	
  no	
  corpo	
  humano,
	
  
que	
  se	
  manifestam	
  nos	
  quatro	
  sinais	
  inflamatórios	
  respec&vamente:	
  rubor,	
  edema,	
  dor
	
  
e	
  calor.	
  
Na	
   menstruação	
   ocorre	
   afastamento	
   da	
   OE	
   -­‐	
   localmente	
   com	
   perda	
   de	
   relação	
   com	
   o
	
  
sangue	
   que	
   cai	
   na	
   gravidade,	
   hipotermia,	
   baixa	
   de	
   imunidade,	
   perda	
   do	
   “centramento	
   e
	
  
espaço	
   aberto	
   para	
   outro	
   Eu”	
   (filho).	
   Na	
   ovulação,	
   ao	
   contrário,	
   existe	
   um	
   pico	
   de
	
  
aumento	
  de	
  temperatura	
  e,	
  maior	
  “centramento”	
  revelando	
  maior	
  a&vidade	
  da	
  OE.	
  
• 

ANTROPOSOFIA
	
  
Dinâmica	
  Vital	
  (Fisiologia)	
  
	
  
Do	
   ponto	
   de	
   vista	
   orgânico	
   a	
   &pologia	
   da	
   heptamembração	
   procura	
   caracterizar	
   os
	
  
	
  
processos	
   patológicos	
   em	
   seis	
   padrões,	
   além	
   do	
   padrão	
   de	
   equilíbrio	
   (Tipo	
   4)	
   e
	
  

mencionamos	
  os	
  metais	
  associados	
  aos	
  arqué&pos	
  para	
  auxiliar	
  o	
  raciocínio	
  terapêu&co.
	
  
Tipo	
   1	
   (Argentum):	
   &po	
   juvenil,	
   brevilíneo	
   e	
   anabolismo;	
   Tipo	
   2	
   (Mercurius):	
   fluxo,
	
  
movimento,	
  inflamação	
  aguda	
  e	
  absorção;	
  Tipo	
  3	
  (Cuprum):	
  calor,	
  circulação	
  e	
  redução
	
  
de	
  tônus;	
  Tipo	
  4	
  (Aurum):	
  saudável	
  e	
  radiante;	
  Tipo	
  5	
  (Ferrum):	
  intensidade	
  de	
  atuação
	
  
e	
  função,	
  secreção,	
  voz,	
  aumento	
  de	
  tônus;	
  Tipo	
  6	
  (Stannum):	
  deformações,	
  condições
	
  
amorfas,	
   cistos,	
   nódulos	
   e	
   fibroses;	
   Tipo	
   7	
   (Plumbum):	
   &po	
   longilíneo,	
   catabolismo,
	
  
esclerose	
   e	
   envelhecimento	
   precoce.	
   Podemos	
   relacionar	
   os	
   &pos	
   1,	
   2	
   e	
   3,	
   de	
   uma
	
  
forma	
   geral,	
   com	
   os	
   processos	
   inflamatórios	
   agudos	
   e	
   com	
   o	
   SMM.	
   De	
   forma	
   análoga
	
  
podemos	
   relacionar	
   os	
   &pos	
   5,	
   6	
   e	
   7	
   aos	
   processos	
   crônico-­‐degenera&vos	
   e	
   ao	
   SNS,
	
  
assim	
  como	
  relacionar	
  o	
  &po	
  4	
  à	
  saúde.	
  	
  
•  Existem	
   12	
   sen&dos,	
   em	
   três	
   grupos	
   de	
   quatro	
   sen&dos,	
   que	
   estão	
   vinculados,
	
  
respec&vamente	
  as	
  dimensões	
  corporal,	
  psíquica	
  e	
  espiritual:	
  
a)	
  Percepção	
  dos	
  fenômenos	
  corporais:	
  tato,	
  orgânico	
  ou	
  vida,	
  movimento,	
  equilíbrio;	
  	
  
b)	
  Percepção	
  dos	
  fenômenos	
  naturais	
  e	
  psíquicos:	
  olfato,	
  paladar,	
  visão,	
  sen&do	
  térmico;	
  
c)	
  Percepção	
  dos	
  fenômenos	
  culturais	
  e	
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  audição,	
  linguagem,	
  pensamento,	
  Eu	
  do
	
  
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  • 1. UNIVERSIDADE  FEDERAL  DE  SÃO  PAULO     Pró-­‐Reitoria  de  Extensão  (PROEX)  -­‐  Núcleos  Associadaos   Núcleo  de  Medicina  e  PráEcas    IntegraEvas  (NUMEPI)  e   parceiros  
  • 2.   Colaboradores           UNIFESP/parcerias        -­‐  Acary  Souza  Bulle  Oliveira  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Andréa  Romero  LaRerza  →  NUCI    -­‐  Débora  Amado  Scerni  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Gislaine  CrisEna  Abe  →  SIDNM/MTC/NUCI    -­‐  Jorge  Kioshi  Hosomi  →  NUMA/NUMEPI    -­‐  José  Peccinini  Petri  →  SBT/NUCI    -­‐  Márcia  Regina  Donatoni  Urbano  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Mary  Uchiyama  Nakamura  →  NUMA/NUMEPI    -­‐  Moacyr  Mendes  de  Morais  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Nélida  Amélia  Fontana  →  SBT/NUCI    -­‐  Paulo  Eduardo  Ramos  →  SIDNM/MTC/NUCI    -­‐  Ricardo  Ghelman  →  NUMA/NUMEPI    -­‐  Ricardo  Tabach  →  CEBRID/NUMEPI    -­‐  Romeu  Carillo  Junior  →  ABRAH/HSPM-­‐SP/NUCI    -­‐  Selda  Pantalena  de  Sousa  SBT/NUCI    -­‐  Sérgio  Felipe  de  Oliveira  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Sissy  Veloso  Fontes  →  NUCI/NUMEPI      
  • 3. UNIVERSIDADE  FEDERAL  DE  SÃO  PAULO PRÓ-­‐REITORIA  DE  EXTENSÃO  -­‐  PROEX Núcleo  de  Medicina  e  PráEcas  IntegraEvas  -­‐  NUMEPI ORGANOGRAMA  DOS  SUBNÚCLEOS/DEPARTAMENTOS  PARTICIPANTES  e  PARCERIAS   NUMEPI   (Núcleo  de  Medicina  e  PráEcas  IntegraEvas)   Pró-­‐Reitoria  de  Extensão  da  Unifesp Departamento  de  Obstetrícia   Núcleo  de  Medicina  Antroposófica:  NUMA Profa.  Dra.  Mary  Uchiyama  Nakamura   Dr.  Ricardo  Ghelman   Ms.  Jorge  Kioshi  Hosomi   Associação  Brasileira  de  Reciclagem  e   Atualização  em  HomeopaEa:  ABRAH     Clínica  de  HomeopaEa  do  Hospital  do  Servidor   Público  Municipal  de  São  Paulo:  HSPM-­‐SP   Ms.  Romeu  Carillo  Junior     Departamento  de  Neurologia  e  Neurocirurgia   Núcleo  de  Cuidados  IntegraEvos:  NUCI   Profa.  Dra.  Sissy  Veloso  Fontes   Prof.  Dr.  Acary  Souza  Bulle  Oliveira   Profa.  Dra.  Débora  Amado  Scerni   Ms.  Márcia  Regina  Donatoni  Urbano   Ms.  Andréa  Romero  LaRerza   Ms.  Sérgio  Felipe  de  Oliveira   Esp.  Moacyr  Mendes  de  Morais   Sociedade  Brasileira  de  Termalismo:  SBT   Esp.  Nélida  Amélia  Fontana   Esp.  Selda  Pantalena  de  Sousa   José  Peccinini  Petri   Setor  de  InvesEgação  em  Doenças   Neuromusculares:  SIDN/MTC  –  UNIFESP   Ambulatório  de  Medicina  Tradicional  Chinesa:  MTC   Departamento  de  Medicina  PrevenEva   Centro  Brasileiro  de  Informações  sobre  Drogas  Psicotrópicas:  CEBRID   Prof.  Dr.  Ricardo  Tabach   Ms.  Gislaine  Cris-na  Abe   Esp.  Paulo  Eduardo  Ramos  
  • 5. •  Polí&ca  Nacional  de  Atenção  Básica   -­‐    -­‐    -­‐  Portaria  nº  648,  de  28  de  Março  de  2006     ATENÇÃO   BÁSICA   EM   SAÚDE:   é   “um   conjunto   de   ações   de   saúde   desenvolvidas   em   âmbito   Individual   e   Cole&vo   que   abrangem   a   PROMOÇÃO   E   PROTEÇÃO   DA   SAÚDE,   prevenção  de  agravos,  diagnós&co,  tratamento,  reabilitação  e  manutenção  da  saúde”  É  o   primeiro  ponto  de  contato  do  cidadão  com  o    Sistema  de  Saúde.     PRINCÍPIOS:   universalidade,   acessibilidade,   coordenação,   vínculo,   con&nuidade,     integração,  responsabilidade,  humanização,  equidade  e  par&cipação  social.   CONSIDERA   O   SUJEITO:   em   sua   singularidade,   complexidade,   integralidade,   inserção   sociocultural. (Brasil,  2006  -­‐  PNAB)         • Portaria  GM  Nº  154,   de  24  de   Janeiro   de   2008,   Republicada   em  04  de  março  de  2008.     ₋    VISA:  ampliar  a  abrangência  e   o   escopo   das   AÇÕES   DA   ATENÇÃO   BÁSICA,   bem   como   sua  resolubilidade.       Atividade Física/ Práticas Corporais   Serviço Social, Saúde da Criança, da Mulher, do Idoso e Mental Assistência Farmacêutica Práticas Integrativas e Complementares Reabilitação, Alimentação e Nutrição
  • 6. Práticas Integrativas e Complementares
  • 7. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para o SUS (Diário Oficial, portaria No. 971 de 03/05/06 do Ministério da Saúde) - O campo das PIC´s contempla SISTEMAS MÉDICOS COMPLEXOS (racionalidade médica) E RECURSOS TERAPÊUTICOS, também denominados pela OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). - Cosmologia/Cosmovisão: doutrina médica, diagnóstico, sistemas terapêuticos, morfologia (anatomia), dinâmica vital (fisiologia). (Madel T. Luz, 2006) “Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – Organização Mundial de Saúde (OPAS-OMS), Medicina Tradicional é o total de conhecimento técnico e procedimentos baseado nas teorias, crenças e, experiências indígenas de diferentes culturas, sejam ou não explicáveis pela ciência, usados para a manutenção da saúde, como também para a prevenção, diagnose e tratamento de doenças físicas e mentais. São exemplos: a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica hindu, a medicina unani árabe e as diversas formas medicina indígena. Abrange terapias como a medicação à base de ervas, partes de animais ou minerais, e terapias sem medicação, como a acupuntura, as terapias manuais e as terapias espirituais”. (Traditional Medicine Strategy. Genebra: WHO, 2010) - Visam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias efetivas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na INTEGRAÇÃO do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do CUIDADO HUMANO, especialmente do AUTOCUIDADO. http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
  • 8. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s - Todas as AÇÕES decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e complementares ao SUS, perpassam pelo entendimento e valorização da MULTICULTURALIDADE E INTERCULTURALIDADE, por gestores e profissionais de saúde, para MAIOR EQUIDADE E INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO. “Interculturalidade pode ser entendida como modo de coexistência no qual os indivíduos, grupos e instituições, com características culturais e posições diferentes, convivem e interagem de forma aberta, inclusiva, horizontal, respeitosa e se reforçam mutuamente, em um contexto compartilhado. Assim, a Política Nacional considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral”. - Na relação intercultural, busca-se favorecer o ENTENDIMENTO DE PESSOAS COM CULTURAS DIFERENTES, em que a ESCUTA e o enriquecimento dos DIVERSOS ESPAÇOS DE RELAÇÃO são facilitados e promovidos visando ao fortalecimento da IDENTIDADE PRÓPRIA, do AUTOCUIDADO, da AUTOESTIMA, da VALORAÇÃO DA DIVERSIDADE E DAS DIFERENÇAS, além de proporcionar o desenvolvimento de uma CONSCIÊNCIA DE INTERDEPENDÊNCIA para o benefício e DESENVOLVIMENTO COMUM. http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
  • 9. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como OBJETIVOS: 1. Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada ao CUIDADO continuado, humanizado e INTEGRAL em saúde; 2. Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso; 3. Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e; 4. Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde. http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnpic.php
  • 11. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s -  Com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) institucionalizou-se até 10/13 no (SUS): http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php •  A HOMEOPATIA: Sistema médico complexo, de caráter holístico, baseado no princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates, no século IV a.C. A homeopatia desenvolvida por Samuel Hahnemann, no século XVIII, utiliza como recurso diagnóstico a matéria médica e o repertório e, como recurso terapêutico, o medicamento homeopático. •  AS PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICAS: Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. A prática da fitoterapia incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social. Os serviços podem oferecer os seguintes produtos: planta medicinal in natura, planta medicinal seca (droga vegetal), fitoterápico manipulado e/ou fitoterápico industrializado. •  A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA/ACUPUNTURA E PRÁTICAS CORPORAIS: Sistema médico integral originado há milhares de anos na China que se fundamenta nas teorias do yin-yang e dos cinco movimentos. Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua e possui como abordagens terapêuticas plantas medicinais e fitoterápicos, dietoterapia, práticas corporais e mentais, ventosa, moxa e acupuntura. •  A MEDICINA ANTROPOSÓFICA: A medicina antroposófica apresenta-se como abordagem médicoterapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos que acompanham a abordagem médica, destacase o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros específicos da medicina antroposófica. Integrada ao trabalho médico, está prevista a atuação de outros profissionais da área da saúde, de acordo com as especificidades de cada categoria. •  TERMALISMO SOCIAL-CRENOTERAPIA: O termalismo compreende as diferentes maneiras de utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde. A crenoterapia consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica, atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde.
  • 13. •    HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico     A   Homeopa&a   segue   o   modelo   de   atenção   centrado   na   saúde,   colocando   todas  as  dimensões  do  indivíduo  no  centro  desse  paradigma.       •  Tem   como   caracterís&ca   fortalecer   o   paciente   tanto   nas   suas   capacidades   biológicas   de   manutenção   da   saúde   como   nas   de   autocuidado,   além   de   promover  a  humanização  da  atenção.       •  A   experiência   vem   demonstrando   sua   capacidade   de   reduzir   a   fármaco-­‐ dependência   e   a   demanda   por   intervenções   e   emergências,   diminuindo   os   custos  dos  serviços  públicos  e,  melhorando  a  qualidade  de  vida.  
  • 14. HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico     •  Em   1796,   Hahnemann,   o   fundador   da   Homeopa&a   publicou   um   ar&go   in&tulado:   “Ensaio   sobre   um   novo  princípio  para  descobrir  as  virtudes  cura@vas  das  substâncias  medicinais,  seguido  de  algumas   exposições   sumárias   sobre   os   princípios   aceitos   até   os   nossos   dias”.   O   Dr.   Richar   Haehl,   seu   melhor   biógrafo,  considera  essa  publicação  como  o  marco  inaugural  da  Homeopa&a.   •  A  importância  desse  trabalho  reside  na  fundamentação  da  base  experimental  dessa  ciência  médica,   isto  é,  no  seu  alicerce  empírico.  Denis  Demarque,  renomado  homeopata  francês,  chegou  a  escrever   um   livro   in&tulado:   “Homeopa@a,   Medicina   de   Base   Experimental”,   infelizmente   há   muito   esgotado,  que  ressalta  essa  caracterís&ca  metodológica  desse  sistema  médico-­‐terapêu&co.     •  Hahnemann   se   referia   ao   que   chamou   de   Patogenesia,   isto   é,   a   capacidade   das   substâncias   alterarem   a   saúde   dos   indivíduos   saudáveis.   Assim   como   nos   Ensaios   Clínicos   de   nossos   dias,   experimentadores   voluntários   passavam   (e   ainda   passam,   no   caso   das   experimentações   que   con&nuam  a  ser  realizadas)  a  ser  observados  após  ingerirem  determinadas  substâncias.     •  O   resultado   dessas   observações,   representado   pelo   conjunto   de   sintomas   produzidos   por   essas   substâncias,   compõem   o   que   se   chama   Matéria   Médica   Homeopá@ca.   Esse   tratado   ainda   é   composto  por  sintomas  re&rados  da  Toxicologia,  Farmacologia  e  experiência  clínica,  na  sua  quase   totalidade.  
  • 15. •  HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico     O   obje&vo   final   da   construção   da   Matéria   Médica   Homeopá&ca   é   a   u&lização   das   substâncias   nela   con&das   como   medicamentos   segundo   o   princípio   da   Semelhança,   enunciado   por   Hipócrates   (480   –   370   a.C.):   “Aquilo   que   provoca  a  doença  onde  não  existe,  cura  a  doença  que  existe”.   •  Em   outras   palavras,   u&lizar   algo   que   provoque   uma   doença   ar&ficial  para  curar  uma  natural.  O  Pai  da  Medicina  formulou   esse   aforisma   baseado   na   observação   de   que   determinadas   substâncias   que   provocavam   certos   transtornos   podiam   curar   os   mesmos   transtornos   e,   portanto,   na   observação   clínica,   o   que  se  chamaria  hoje  de  “Medicina  Baseada  em  Evidências”.  
  • 16. •  •  •  •  HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico   Esses  dois  princípios:  o  da  experimentação  em  voluntários  sadios  e  u&lização  das     substâncias  estudadas  como  medicamentos  pela  semelhança  formariam  o  que  se   pode   chamar   de   vertente   empírica   ou   posi&vista   da   Homeopa&a.   No   entanto,   assim  como  em  outros  ramos  da  Ciência,  como  a  Física,  por  exemplo,  no  caso  do   modelo   atômico   a   Homeopa&a   também   é   cons&tuída   por   uma   vertente   “construcionista”  baseada  num  modelo  vitalista.     Para   Hahnemann,   a   doença   não   é   material   e   sim   dinâmica,   resultado   do   desequilíbrio   da   Força   Vital,   que   tem   a   responsabilidade   de   manter   o   organismo   em  harmoniosa  operação  vital  com  relação  às  suas  funções  e  sensações.     O   vitalismo   de   Hahnemann,   baseado   na   corrente   filosófica   ternária   de   Barthez,   tornou-­‐se  uma  forte  corrente  de  oposição  ao  dogma&smo  da  Medicina  do  século   XVIII.   Resta  ainda  o  tema  das  altas  diluições.  Estas  surgiram  depois  de  estabelecidos  os   princípios   anteriores,   qual   sejam   o   da   experimentação   e   da   semelhança.   A   Farmacotécnica  Homeopá&ca  desenvolvida  por  Hahnemann,  que  além  de  remover   os   efeitos   tóxicos   dos   “venenos”   possibilitou   a   u&lização   de   substâncias   inertes,   elevou  as  possibilidades  terapêu&cas  a  um  nível  muito  mais  alto.  
  • 17. •  •  •  •  HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico   Um   dos   mais   importantes   trabalhos   do   fundador   da   Homeopa&a,   qual   seja   o     Tratado  das  Doenças  Crônicas,  desenvolvido  entre  1816  e  1827.  Na  referida  obra,   Hahnemann  descreveu  três  síndromes  onde  aloca  todos  os  &pos  de  manifestações   crônicas.   Segundo   o   próprio   autor,   esse   foi   um   divisor   de   águas   na   terapêu&ca   homeopá&ca.     As  doenças  agora  não  eram  mais  consideradas  como  males  isolados  e  idiopá&cos,   mas  &nham  origens  e  fisiopatologias  comuns,  dentro  do  que  resolveu  chamar  de   “Miasmas”.  Considerou  ainda  sua  transmissão  hereditária  e  a  possibilidade  de  se   apresentarem  de  forma  simples,  isto  é,  uma  de  cada  vez,  ou  complexa.     A   prescrição   do   medicamento   homeopá&co   agora   já   não   estaria   simplesmente   baseada  em  sintomas,  mas  nos  sintomas  da  doença  crônica  que  se  pretende  curar.   A   Homeopa&a   teve   seu   desenvolvimento   mais   marcante   na   segunda   metade   do   século  XIX  e  início  do  XX.       A   expansão   nos   Estados   Unidos,   por   exemplo,   se   deu   de   maneira   extraordinária   graças  a  Constan&no  Hering  que,  em  1848,  fundou  com  Williamson  e  Jeanes  “The   Hahnemann  Medical  College”,  na  Filadélfia.  Em  pouco  tempo  agregaram-­‐se,  a  essa   escola   um   hospital   e   uma   policlínica,   onde   milhares   de   médicos   receberam   formação  homeopá&ca.  
  • 18. •  HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico   Graças   ao   impulso   dado   por   Hering,   outros   estabelecimentos   foram   construídos.   em  1857  a  de  Saint-­‐Louis,  em  1859  a     Em  1850  a   Escola  homeopá@ca  de  Cleveland,   de  Chicago,  e  em  1860  a  de  Nova  Iorque.       •    •  Paralelamente   a   isso,   mul&plicavam-­‐se   as   escolas   ditas   eclé&cas,   onde   eram   ensinadas   as   ciências   fundamentais   e   diversas   terapêu&cas:   alopá&ca,   homeopá&ca,  naturista  e  quiroprá&ca.   A   Homeopa&a   desenvolveu-­‐se   também   na   Europa,   notadamente   na   França,   sustentada   por   homeopatas   do   mais   alto   gabarito   como   Vannier,   Henri   Bernard,   Zissu,   Demarque   e   muitos   outros,   que   ajudaram   a   desenvolver   e   modernizar   o   modelo  criado  por  Hahnemann.  Hoje,  países  como  a  Inglaterra,  se  u&lizam  dessa   terapêu&ca  em  larga  escala.    
  • 19. •  HomeopaEa   Cosmologia  e  breve  histórico   No   Brasil,   como   especialidade   médica   desde   1980,   a   Homeopa&a   vem     galgando  lugar  de  destaque  entre  as  possibilidades  terapêu&cas  na  saúde   pública.     •  A   portaria   3237,   de   2007,   do   Ministério   da   Saúde,   passou   a   incluir   os   medicamentos   que   integram   a   Farmacopéia   Homeopá&ca   Brasileira   na   rede  do  SUS  conforme  recomenda  a  PNPIC.     •  A  Polí&ca  Nacional  de  Prá&cas  Integra&vas  e  Complementares  no  SUS  foi   publicada   na   forma   das   Portarias   Ministeriais   no.   971   em   03   de   maio   de   2006  e  no.  1.600  de  17    de  julho  de  2006.     •  A   saúde   pública   brasileira   está   pronta   para   a   Homeopa&a   e   o   desafio   agora  é  formar  profissionais  bem  preparados  e  em  número  suficiente  para   suprir  a  crescente  demanda  dos  pacientes  com  relação  à  essa  terapêu&ca   que,   por   suas   caracterís&cas   focadas   no   indivíduo   e   em   seu   bem   estar,   sem   dúvida   alguma   poderá   ajudar   a   modificar   para   melhor   o   cenário   da   saúde  em  nosso  país.    
  • 20. HomeopaEa   Fisiologia  e  Fisiopatologia   •    •    •  A  Homeopa&a  segue  os  princípios  da  Fisiologia  e  Fisiopatologia  Sistêmicas,  isto  é,   todos  os  órgãos  e  tecidos  apresentam  relações  entre  si  e,  o  ser  integral  também  se   relaciona   com   o   ambiente   em   que   vive.   Veja-­‐se   o   que   ocorre   quando   o   coração   perde  parcialmente  a  capacidade  de  bombeamento  e  o  sgado  passa  a  represar  o   sangue   para   evitar   uma   sobrecarga   cardíaca.   Nesse   caso,   a   função   hepá&ca   é   adaptada  para  favorecer  o  sistema  como  um  todo.     Uma   úlcera   gástrica,   por   exemplo,   pode   surgir   em   decorrência   de   um   processo   de   stress,   uma   vez   que   este   promove   uma   maior   produção   de   cor&sol   pela   suprarrenal,   que   aumenta   a   produção   de   ácido   clorídrico   do   estômago,   além   de   diminuir  a  espessura  da  sua  mucosa  protetora.   Em   contrapar&da,   a   Alopa&a   atua   diretamente   sobre   o   órgão   deficiente,   no   primeiro   caso   com   um   cardiotônico   e   no   segundo   com   um   an&ácido,   seguindo   a   lógica  de  uma  Fisiologia  e  Fisiopatologia  linear  e  fragmentária.  Para  compreender   a   atuação   dessas   duas   formas   terapêu&cas   e   suas   possibilidades,   é   necessário   primeiro   compreender   como   o   organismo   se   mantém   em   equilíbrio   ou   melhor,   como  se  autorregula,  o  que  seria  tema  de  um  curso  específico.    
  • 21. HomeopaEa   Fisiologia  e  Fisiopatologia   •    •    •    Apenas  a  ttulo  de  esclarecimento,  a  autorregulação  é  uma  capacidade  própria  de   todo  ser  vivo  e,  cumpre  a  função  de  manter  as  suas  constantes  internas  (pressão   arterial   ou   humor,   por   exemplo)   em   constante   variação   de   acordo   com   as   circunstâncias   (a   pressão   arterial   deve   subir   com   a   frequência   cardíaca,   assim   como  o  humor  varia  de  acordo  com  a  circunstância).  Quando  essa  propriedade  se   torna  deficiente  diz-­‐se  que  o  indivíduo  está  doente.     A  lógica  do  tratamento  alopá&co  é  atuar  diretamente  sobre  o  órgão  que  deveria   produzir  o  resultado  esperado  e  não  sobre  o  sistema  que  tem  a  função  de  atuar   sobre  o  referido  órgão  (no  caso  da  hipertensão  arterial  se  usa  vasodilatador  e  na   variação  de  humor  um  tranquilizante  ou  estabilizador  do  humor).     Em   outras   palavras,   o   medicamento   alopá&co   faz   aquilo   que   o   sistema   de   autorregulação   deficiente   não   consegue   fazer.   Por   outro   lado,   a   lógica   do   tratamento  homeopá&co  é  a  de  es&mular  o  sistema  de  autorregulação  com  uma   “doença  medicamentosa”  ar&ficial  semelhante  a  natural  para  que  ele  busque  um   caminho  adapta&vo  para  uma  possível  solução  do  problema.  
  • 22. HomeopaEa   Fisiologia  e  Fisiopatologia   •  Por  esses  exemplos  é  fácil  perceber  que  o  tratamento  alopá&co  consegue  manter   ar&ficialmente   a   constante   interna   em   níveis   adequados   (no   caso   do   exemplo   a   pressão   arterial)   mas,   re&ra   grada&vamente   do   sistema   a   sua   capacidade   de   se   autorregular  (o  que  não  é  usado  atrofia)  o  que  jus&fica  a  cronicidade  dos  quadros   e  o  seu  gradual  agravamento,  além  da  dependência  crescente  do  fármaco.     •  A   Homeopa&a,   de   outra   forma,   ao   es&mular   o   sistema   de   autorregulação,   pode   levar  a  cura  de  doenças  consideradas  como  incuráveis.     •  Portanto,  o  médico  e  todo  o  agente  de  saúde,  devem  dominar  ambas  as  técnicas  e   atuar   de   forma   palia&va   quando   necessário   para   preservar   a   integridade   do   indivíduo   e   de   forma   a   es&mular   a   sua   capacidade   de   autorregulação   quando   possível,   minimizando   a   u&lização   de   medicamentos   potencialmente   tóxicos   e   favorecendo  a  cura.       •  A   formação   do   médico,   do   terapeuta   e   ou   do   cuidador   da   saúde,   em   geral   deve   contemplar   essas   duas   vertentes   complementares,   o   palia&vo   e   o   cura&vo,   em   proporções   e   momentos   adequados   para   o   restabelecimento   da   saúde   ssica,   mental  e  espiritual.  
  • 23. HomeopaEa   Sistema  DiagnósEco   •  A  Homeopa&a,  como  a  Medicina  Convencional,  se  u&liza  da  Semiologia  e   dos   exames   complementares   para   o   diagnós&co   e   ins&tuição   do   tratamento.     •  Talvez,   a   maior   diferença   se   encontre   no   foco   de   uma   e   de   outra.   A   famosa   frase   de   William   Osler,   o   “Pai   da   Medicina   Moderna”,   reflite   um   pouco   a   diferença   entre   os   dois   pensamentos:   “It’s   more   important   to   know  what  sort  of  person  this  disease  has,  than  what  sort  of  disease  this   person   has”.   Se   imaginarmos   que   a   Semiologia   está   mais   centrada   no   conhecimento  do  indivíduo  e  o  exame  complementar  mais  na  sua  doença,   pode-­‐se  entender  a  importância  de  uma  e  do  outro  em  cada  abordagem   terapêu&ca.     •  No  caso  da  Alopa&a  pode-­‐se  esperar  um  menor  tempo  de  Semiologia  com   uma   maior   quan&dade   de   exames   complementares,   enquanto   que,   na   Homeopa&a   um   maior   tempo   semiológico   com   menos   exames   complementares.    
  • 24. HomeopaEa   Sistema  DiagnósEco   •  •  •  •  A   atenção   sobre   o   indivíduo   doente,   e   não   sobre   a   doença,   resulta   em   caracterís&cas   semiológicas   par&culares   com   relação   à   Homeopa&a,   embora   os   princípios   básicos   da   Semiologia  sejam  sempre  seguidos.     Iden&ficação   do   paciente,   queixa   e   duração,   interrogatório   sobre   os   diversos   aparelhos,   história  pregressa  da  doença  atual,  antecedentes  familiares,  exame  ssico  e  diagnós&co  clínico   são  imprescindíveis  em  qualquer  anamnese.     No  entanto,  o  item  “história  pregressa  da  doença  atual”,  por  exemplo,  pode  ser  subs&tuído   por   “biopatografia”   ou   histórico   de   doença   e   saúde,   incluindo   eventos   biopsicossociais   do   indivíduo,   desde   a   sua   gestação   até   o   momento   da   consulta.   Tal   cronologia   de   eventos   torna-­‐ se   indispensável   para   a   compreensão   do   estado   atual   do   indivíduo   na   medida   em   que   se   considere   as   doenças   como   instabilidades   do   sistema,   que   se   apresentam   sob   formas   variadas.   Este   fato   parece   cada   vez   mais   reconhecido   pela   Medicina   hegemônica,   donde   proveem,   por   exemplo,   pesquisas   demonstrando   a   relação   de   uma   atopia   na   infância   com   hiperuricemia  no  adulto.   Nesse   sen&do,   as   “síndromes”   de   Hahnemann   ou   miasmas,   como   ele   resolveu   chamar   as   doenças   crônicas   (veja   o   breve   histórico   acima),   de   caráter   hereditário,   manifestam-­‐se   durante   a   vida   do   indivíduo   de   diversas   formas   através   de   doenças   diferentes   quanto   à   sua   apresentação,   mas   com   a   mesma   origem   fisiopatológica.   O   reconhecimento   dessas   alternância   entre   manifestações   de   diferentes   doenças   crônicas   herdadas   durante   a   vida   é   de   fundamental   importância   para   o   diagnós&co   homeopá&co,   que   visa   justamente   o   tratamento   das  referidas  instabilidades.  
  • 25. HomeopaEa   Sistema  DiagnósEco   •  •  •  Desnecessário   falar,   portanto,   da   importância   dos   antecedentes   familiares,   isto   é,   dos   antecedentes   das   referidas   doenças   crônicas   na   família,   uma   vez   que   o   seu   aparecimento   na   descendência   representa   compa&bilidade   de   tendência,   o   que   se   chama   de   compa&bilidade   diatésica.   A   importância   da   iden&ficação   da   compa&bilidade   se   encontra   justamente   no   fato   de   poder-­‐se   deparar   com   uma   incompa&bilidade,   isto   é,   uma   doença   crônica   que   não   foi   transmi&da  hereditariamente,  mas  provocada  por  algo  suficientemente  forte  e  persistente  para   modificar  as  tendências  do  indivíduo.     Hahnemann  chamava  esse  evento  de  “falsa  doença  crônica”  e  dava  as  citava  como:  “doenças   profissionais   ou   resultantes   de   envenenamentos   ou   tratamento   alopá@co   violento”.   Nos   dias   de   hoje   são   muito   comuns   das   chamadas   “doenças   medicamentosas”,   como   por   exemplo   as   causadas   pelo   uso   prolongado   de   cor&coides,   neurolép&cos,   an&convulsivantes,   quimioterapia,   radioterapia   e   inumeráveis   outras   patologias   bastante   graves   e   difundidas,   cujo   tratamento   homeopá&co  diferenciado  poderá  ser  abordado  num  momento  oportuno.   Uma   vez   que   nada   é   independente   no   sistema,   as   questões   cogni&vas,   afe&vas,   intelec&vas   também   devem   constar   da   semiologia   homeopá&ca.   O   psiquismo   caracteriza   o   indivíduo   e   revela   suas   relações   consigo   próprio   e   com   os   outros.   Muitos   diagnós&cos   equivocados   surgem   em  decorrência  de  não  se  considerar  as  relações  do  indivíduo  com  o  meio  em  que  vive,  como  a   escola  e  a  família.  Alguns  &pos  de  comportamento  infan&l  classificados  como  patológicos  são,   em  grande  parte  das  vezes,  apenas  tenta&vas  de  adaptação  ao  meio  “hos&l”  em  que  vivem.  
  • 26. HomeopaEa   Sistema  DiagnósEco   •    •    Embora   possam   exis&r   as   chamadas   “Linhas”,   a   Homeopa&a   moderna   pode   e   deve   ser  capaz  não  apenas  de  abarcar  todas  elas  mas  criar  uma  união  dialé&ca  onde  o   produto   final   seja   mais   (e   menos   ao   mesmo   tempo)   do   que   o   simples   somatório   delas.  A  Semiologia  homeopá&ca  deve  primar  pela  valorização  do  “todo”  com  suas   “partes”   e   das   “partes”   dentro   do   “todo”   e   cons&tuir-­‐se   na   base   das   tomadas   de   decisões  terapêu&cas,  sejam  elas  medicamentosas  ou  de  outra  natureza  qualquer,   buscando-­‐se  as  mais  uteis  para  a  preservação  da  saúde  do  indivíduo  e  da  sociedade   em  que  vive.   Nos   trinta   anos   de   ambulatório-­‐escola   da   Clínica   de   Homeopa&a   do   Hospital   do   Servidor   Público   Municipal   de   São   Paulo,   vem   sendo   desenvolvida   uma   técnica   semiológica   capaz   de   preencher   esses   quesitos   e   uma   ficha   clínica,   atualmente   digitalizada,  que  lhe  dá  sustentação  e  possibilidade  de  avaliação  de  eficácia/custo,   além   de   facilitar   os   levantamentos   para   pesquisas   clínicas.   Assim,   uma   forma   semiológica  bastante  ampla,  uniformizada  por  uma  ficha  clínica  adequada  é  muito   mais  do  que  meio  caminho  andado  para  um  bom  tratamento  homeopá&co.  
  • 27. •    •  HomeopaEa   Intervenções  terapêuEcas     A  Homeopa&a  é  um  sistema  terapêu&co  que  se  u&liza  de  medicamentos  fabricados  através   de   farmacotécnica   específica   já   adotada   pelo   SUS   desde   2007   pela   portaria   3237   do   Ministério  da  Saúde.  No  entanto,  por  suas  par&cularidades  quanto  à  abordagem  do  processo   saúde/doença,   que   envolve   um   necessário   aprofundamento   do   conhecimento   sobre   o   sujeito,   acaba   por   apresentar   uma   propriedade   emergente,   como   diria   Bateson,   da   qual   nascem   outras   possibilidades.   O   envolver-­‐se   com   o   doente   e   vice-­‐versa,   o   que   se   chama   relação   médico-­‐paciente,   um   necessário   retorno   “às   origens”,   para   que   não   se   diga   “Humanização  da  Medicina”,  traz  possibilidades  de  intervenções  sobre  as  quais  o  médico  e   cuidador  modernos  também  devem  estar  afeitos,  o  que  se  traduz  em  conhecimentos  básicos   de  Psicologia,  Antropologia  e  Filosofia,  que  envolvem  questões  é&cas,  morais  e  espirituais.   Dentre   as   intervenções   medicamentosas,   a   Homeopa&a   apresenta   uma   variedade   de   possibilidades.   Veja-­‐se,   por   exemplo,   as   instabilidades   desencadeadas   por   fatores   predominantemente  extrínsecos  ao  sistema  como  o  caso  de  uma  fratura.  Deve-­‐se  u&lizar  o   termo   “predominantemente”   porque   nenhuma   instabilidade   do   sistema   depende   exclusivamente   dele   ou   de   um   fator   extrínseco   desencadeante,   mas   ambos   sempre   estão   presentes  em  graus  variáveis  de  importância.  Esse  &po  de  instabilidade  pode  ser  tratada  com   medicamento  homeopá&co  específico  para  o  melhor  restabelecimento  dos  tecidos  afetados   (ossos,  músculos,  nervos,  vasos,  pele,  etc).  
  • 28. •    •    •    HomeopaEa   Intervenções  terapêuEcas     Dentre   as   intervenções   medicamentosas,   a   Homeopa&a   apresenta   uma   variedade   de   possibilidades.   Veja-­‐se,   por   exemplo,   as   instabilidades   desencadeadas   por   fatores   predominantemente  extrínsecos  ao  sistema  como  o  caso  de  uma  fratura.  Deve-­‐se  u&lizar  o   termo   “predominantemente”   porque   nenhuma   instabilidade   do   sistema   depende   exclusivamente   dele   ou   de   um   fator   extrínseco   desencadeante,   mas   ambos   sempre   estão   presentes  em  graus  variáveis  de  importância.  Esse  &po  de  instabilidade  pode  ser  tratada  com   medicamento  homeopá&co  específico  para  o  melhor  restabelecimento  dos  tecidos  afetados   (ossos,  músculos,  nervos,  vasos,  pele,  etc).   No   caso   de   uma   doença   epidêmica,   cuja   origem   é   mista,   isto   é,   existe   um   grau   de   importância   aproximadamente   igual   entre   o   fator   extrínseco   desencadeante   e   o   intrínseco   (individual),   surge   a   possibilidade   de   um   medicamento   para   o   tratamento   da   Epidemia.   Hahnemann,   no   caso   do   Cólera,   indicava   três   medicamentos   (Veratrum   álbum,   Cuprum   metallicum  e  Camphora)  na  dependência  das  caracterís&cas  da  Epidemia.   As  doenças  crônicas  (verdadeiras  e  não  as  causadas  por  fatores  extrínsecos  violentos  como   visto   anteriormente)   têm   causa   predominantemente   intrínseca   ao   sistema,   onde   a   individualidade,   portanto,   tem   a   maior   influência.   Nesses   casos,   o   medicamento   será   escolhido  segundo  um  elevado  grau  de  semelhança  com  as  caracterís&cas  da  doença  crônica   que  se  pretende  curar  dentro  das  ma&zes  do  indivíduo  que  a  apresenta.  
  • 29. •  •  HomeopaEa   Intervenções  terapêuEcas     Dessa  breve  exposição  se  conclui  que  o  tempo  de  tratamento  está  diretamente  relacionado   ao   &po   de   instabilidade   que   se   pretende   tratar.   O   mito   de   que   a   Homeopa&a   é   “boa   mas   lenta”   repousa   sobre   o   fato   de   um   grande   número   de   pessoas   que   a   procuram   serem   portadoras  das  instabilidades  predominantemente  intrínsecas  ao  sistema  além  de  trazerem   as  doenças  crônicas  medicamentosas  decorrentes  de  “tratamentos”  prolongados  com  drogas   violentas   e   ineficazes.   A   Homeopa&a,   nos   casos   agudos,   por   exemplo,   habitualmente   apresenta  resultados  bastante  eficazes  e  rápidos.   Outro  tema  bastante  interessante  e,  sumamente  importante  é  o  das  intervenções  nos  casos   crônicos   que   vêm   usando   medicamentos   alopá&cos   durante   muito   tempo   e,   cuja   re&rada   coloca  em  risco  a  integridade  do  indivíduo.  Essa  circunstância,  por  sinal,  é  a  mais  comumente   encontrada   pelo   médico   homeopata,   mormente   o   que   atua   na   Rede   Pública.   Como   apresentado   anteriormente,   o   medicamento   alopá&co   atua   sobre   o   órgão   efetor   para   produzir   um   resultado   adequado   ar&ficialmente   enquanto   o   medicamento   homeopá&co   atua   na   autorregulação   es&mulando   o   sistema   a   produzir   naturalmente   esse   resultado.   Existe   antagonismo   entre   as   duas   terapêu&cas   na   medida   em   que   a   Alopa&a   atrofia   o   sistema   de   autorregulação   e   a   Homeopa&a   es&mula.   Por   outro   lado,   existe   algo   sinérgico   entre   as   duas   na   medida   em   que   ambas   buscam   um   resultado   adequado.   Portanto,   o   homeopata   deve   estar   preparado   para   essa   circunstância   e   conhecer   as   técnicas   mais   adequadas  para  a  desmedicalização  sem  colocar  o  indivíduo  em  risco.  
  • 30. •  HomeopaEa   Intervenções  terapêuEcas   Poder-­‐se-­‐ia   abrir   um   parênteses     para   abordar   as   doenças   profissionais,   intoxicações   e   medicamentosas,   onde   a   Homeopa&a,   mais   precisamente   a   Isoterapia,   tem   demonstrado   grande   eficácia,   como   nas   intoxicações   pelo   chumbo   ou  mercúrio  ou  mesmo  nos  efeitos  colaterais  da  quimioterapia.       •    •    Ainda   existe   um   vasto   campo   a   ser   explorado   pela   Homeopa&a   nos   casos   de   transplante  de  órgão  e  no  implante  de  células  tronco,  além  da  sua  já  consagrada   u&lização  na  síndrome  do  climatério  e  outros  transtornos  hormonais.   Pelo   exposto,   desnecessário   dizer   que   não   existe   nada   que   a   Homeopa&a   não   possa  estar  incluída  num  plano  de  tratamento.  A  Homeopa&a  é  uma  terapêu&ca   centrada   no   indivíduo   e   suas   intervenções   são   fundamentadas   nele.   Não   há   indivíduo  que  não  possa  ser  tratado  homeopa&camente.  
  • 31. Plantas Medicinais e Fitoterápicas
  • 32. Plantas Medicinais: História •  Plantas  medicinais:   u&lização  como   medicamento  tão  an&ga   quanto  o  próprio  homem;   •  Método  da  tenta&va  e  erro   –  experimentação  para   saber  qual  planta  deveria   ser  u&lizada  para  cada  mal.    
  • 33. Plantas Medicinais: História Ø  Sumérios:  4000  anos  a.C.:  Rio  Tigres/Eufrates                   ü  inscrições  em  placas  de  barro:  ópio/alcaçuz     Ø  China:  3000  anos  a.C.:  Medicina  Herbal  Chinesa     Ø  Índia:  Medicina  Ayuvérdica  ⇒  início  da  era  Cristã:  associações   de  plantas  (prevenção)      
  • 34. Plantas Medicinais: História Ø  Raízes   culturais   da   civilização:   gerações   transmitem   ensinamentos   sobre  a  flora  e  suas  propriedades  cura&vas;     Ø  As   substâncias   presentes   nas   plantas   con&nuam   sendo   a   base   de   uma  proporção  grande  dos  medicamentos  u&lizados  atualmente;     Ø  O   uso   de   plantas   medicinais   e   fitoterápicos,   com   finalidade   profilá&ca,  cura&va,  palia&va  ou  para  fins  de  diagnós&co,  passou  a  ser   oficialmente  reconhecido  pela  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS)   em  1978,  durante  a  conferência  em  Alma-­‐Ata    na  an&ga  URSS.  
  • 35. Fitoterápicos São medicamentos obtidos empregando-se exclusivamente derivados de drogas vegetais como ativos; Excipientes e outros componentes não ativos da fórmula podem ser de outras origens que não a vegetal; São caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua atividade.
  • 37. Definições Planta  medicinal:  planta  usada  tradicionalmente  com     finalidade  terapêu&ca.   Droga  vegetal:  planta  medicinal  ou  suas  partes,  após   processos  de  coleta,  estabilização  e  secagem,   podendo  ser  íntegra,  rasurada,  triturada  ou   pulverizada.   Derivado   de   droga   vegetal:   produtos   de   extração   da   matéria-­‐prima   vegetal.   É   caracterizado   pela   reprodu&bilidade   e   constância  de  sua  qualidade.  
  • 38. LEGISLAÇÃO E FITOTERÁPICOS Ø ANVISA   /   MS:   exigência   de   estudos   cientficos   que   comprovem   a   eficácia   do   produto   e   a   ausência   de   riscos  à  saúde;     Ø Estudos  pré-­‐clínicos  e  clínicos;     Ø Combate  à  comercialização  ilegal  de  medicamentos.  
  • 39. Regulamentações diversas Plantas medicinais Ø Dispensadas em farmácias e ervanarias (Lei 5991/73). - “A dispensação de plantas medicinais é privativa das farmácias e ervanarias, observados o acondicionamento adequado e a classificação botânica.” - As embalagens não podem ter alegações terapêuticas.
  • 40. Registro: fitoterápico = medicamento Ø  Todo   fitoterápico   industrializado   deve   ser   registrado  previamente  à  comercialização;   Ø  Tem   que   apresentar   critérios   de   qualidade,   segurança   e   eficácia   exigidos   pela   ANVISA   para  todos  os  medicamentos  alopá&cos.   “A venda de produtos não registrados é considerado crime grave contra a saúde pública.” (Cod. Penal Art. 273 § 1º B-I)
  • 41. Quem pode produzir fitoterápicos? Laboratórios   farmacêu&cos,   públicos   ou   privados,   com   autorização   de   funcionamento,   licença   sanitária   e     condição   sa&sfatória  de  produção  (CBPFC).  
  • 44. Há 4 formas de comprovar S/E Ø  Referências em literatura científica (RE 88/04); Ø  Registro simplificado (RE 89/04); Ø  Ensaios pré-clínicos (RE 90/04) e clínicos (CNS 196/96 e 251/97); Ø  Levantamento etnofarmacológico.
  • 45. Controle de qualidade Ø  Droga vegetal; Ø  Derivado de droga; Ø  Produto acabado.
  • 46. Centella asiatica CQ: droga vegetal Ø  Laudo de identificação botânica; Ø  Métodos de secagem, estabilização e conservação; Ø  Pureza e integridade; Ø  Referências Farmacopeica: Brasileira ou RDC 79/03 + RDC 169/06;
  • 47. CQ: derivado da droga vegetal Tanacetum  parthenium   Ø  Nomenclatura  botânica  oficial;   Ø  Parte  u&lizada;   Ø  Solventes,  excipientes  e/ou  veículos;   Ø  Testes  de  auten&cidade;  pureza  e  integridade;   Ø  Análise  qualita&va  e  quan&ta&va.  
  • 48. CQ: produto acabado Uncaria tomentosa GUACO Ø  Descrição   das   metodologias   u&lizadas,   com   métodos  validados;   Ø  Análise  quan&ta&va  e  qualita&va;   Ø  EET;   Ø  Estabilidade/especificações  de  embalagem;   Ø  CBPF.
  • 49. Espécies vegetais mais registradas Planta No de registros Ginkgo biloba (Ginkgo) 33 Aesculus hippocastanum (Castanha da índia) 29 Cynara scolymus (Alcachofra) 21 Hypericum perforatum (Hipérico) 20 Glycine max (Soja) 20 Valeriana officinalis (Valeriana) 20 Panax ginseng (Ginseng) 17 Senna alexandrina (Sene) 14 Cimicifuga racemosa (Cimicífuga) 14 Mikania glomerata (Guaco) 14 Maytenus ilicifolia (Espinheira-Santa) 13 Peumus boldus (Boldo) 13 Paullinia cupana (Guaraná) 12
  • 50. Exemplos: Hypericum perforatum L. Ø  Ø  Ø  Ø  Nome popular: erva de São João; Partes utilizadas: partes aéreas da planta florida; Indicação: para depressão leve ou moderada (extratos padronizados); É um dos principais antidepressivos vendidos no mundo.
  • 51. Exemplos: Hypericum perforatum L Ø  Ø  Ø  Ø  Ø  Ø  Flavonóides Floroglucinóis Taninos Hipericina Xantonas Hiperforina
  • 52. Hypericum perforatum L. Exemplos: Hypericum perforatum L n  n  n  n  n  n  n  Hyperico® Iperisan® Börnin® Fiotan® Jarsin® Hiperex® Extrato padronizado (LI 160)
  • 53. Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo: damasco prateado) •  Planta milenar (considerada um fóssil vivo); •  Parte empregada: folhas; •  Princípios ativos: ginkgolídeos e bilobalídeos.
  • 54. Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo: damasco prateado) •  Inúmeros  trabalhos  mostrando  os  benescios  do  extrato  de  Ginkgo  biloba   nos   processos   cogni&vos   (memória,   atenção,   aprendizagem),   especialmente  nos  casos  onde  existe  um  déficit  inicial;     •  É  u&lizada  no  tratamento  da  doença  de  Alzheimer;   •  Ação:   an&oxidante,   ↓   viscosidade   sanguínea   e   ↑   a   circulação   sanguínea:   ↑  aporte  de  oxigênio  e  glicose  para  os  neurônios.  
  • 55. Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana) •  Originária   da   Europa   e   oeste   da   Ásia;     •  Parte  U&lizada:  raízes;     •  A m p l a m e n t e   u & l i z a d a   n a   composição   de   um   grande   número  de  produtos.    
  • 56. Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)   •  C o m p o s t o s :   ó l e o s   v o l á t e i s   ( s e d a & v o )   e   v a l e p o t r i a t o s   (ansiolí&co);       •  Mecanismo   de   ação:   inibição   da   GABA-­‐transaminase,   interação   com   receptor,   alteração   na   liberação/recaptação  de  GABA.  
  • 57.
  • 58. Plantas Medicinais CONSIDERAÇÕES FINAIS Ø Renascimento do interesse pelo tema; Ø Lucro com a análise objetiva da ciência médica; Ø Fitoterapia vem crescendo em importância; Ø Grande procura por medicamentos; Ø Opção terapêutica eficaz; Ø baixo custo / menores efeitos colaterais.
  • 59. Medicina Tradicional Chinesa - acupuntura e práticas corporais
  • 60. Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC) •  Técnicas utilizadas pela civilização chinesa há mais de cinco mil anos, baseadas na experiência empírica de líderes intelectuais curandeiros, replicadas com sucesso pelos discípulos através das gerações subsequentes; •  Influenciada pelo contexto sócio-cultural e religioso; •  Praticada não somente na China, mas em países vizinhos, como Japão e Coréia. Palmeira, 1990
  • 61. Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC) •  Dinastia Qing (século 19) missionários do ocidente levaram medicamentos, e houve a introdução da Medicina ocidental na China; •  1950 – estruturação do ensino da MTC, com eliminação de aspectos considerados supersticiosos. A formação do médico de MTC passa a ser nas universidades. Dong Z, 2008
  • 62. Medicinas associadas •  Desde o século 19 a China adota ambas as medicinas (ocidental e chinesa tradicional), e ainda está em processo de adaptação, o estudo da medicina integrativa. Palmeira, 1990 Xu J, 2009 •  Evento marcante - epidemia de SARS em 2003: redução de 80% na taxa de mortalidade em Beinjin após a associação de MTC no tratamento dos doentes (taxa de mortalidade chinesa: 6,5 / taxa de mortalidade mundial: 9,5). Xu J, 2009
  • 63. Medicinas associadas •  90% dos hospitais gerais têm um departamento de MTC; •  Quase todos os médicos dos hospitais praticam ambas as medicinas (ocidental e chinesa tradicional); •  Custo financeiro da MTC é muito menor; •  Bom resultado em doenças crônicas; •  Orientação OMS: ações preventivas e autocuidado. Xu J, 2009
  • 64. Racionalidade da MTC •  •  •  •  Anatomia; Fisiologia; Fisiopatologia; Sistema de diagnóstico: anamnese e exame físico (Língua e Pulso) próprios; •  Terapias da MTC. Nascimento, 2012
  • 65. No Brasil •  Terapias conhecidas: acupuntura (incluindo moxabustão e ventosaterapia), exercícios físicos (qigong, tai chi chuan, meditação), massagens (tuiná), fitoterapia chinesa, dietoterapia chinesa. Palmeira, 1990 •  Técnica de diagnóstico: exame da língua adaptado para medicina integrativa. Abe, 2012
  • 66. Acupuntura •  Inserção de finas agulhas em pontos determinados anatomicamente, para equilibrar corpo/mente; •  Várias técnicas: acupuntura sistêmica, auricular, escalpeana, eletroacupuntura; •  Sistematização do procedimento – SUS.
  • 67. Acupuntura - Revisões Cochrane Evidências positivas: • Cefaléia tensional; • Profilaxia migrania; • Cervicalgia.
  • 68. Qigong - Histórico Qigong é uma técnica, dentre várias, da medicina tradicional chinesa. De acordo com registros históricos, tem uma história de 5.000 anos, remontando ao período neolítico (entre 10.000 e 4.000 anos atrás). É um método original de orientações e cuidados médicos, que os antepassados da nação chinesa criaram gradualmente, acumulando e organizando suas experiências de prática ao longo de suas vidas. Wang & Huan, 1992; Ramos, 2012
  • 69. Qigong Qigong é um método terapêutico, onde são utilizados exercícios, que são realizados de forma suave e lenta, associados à respiração, ao relaxamento e à concentração, bem como a manipulação em pontos específicos de acupuntura, a fim de recuperar, manter e prevenir doenças. Ramos, 2012
  • 70. Categoria de Qigong Existem diversas categorias e estilos de Qigong, que se originaram em diferentes períodos históricos, podendo ser: • Jing Gong (práticas estáticas, de serenidade, tranquilidade); • Dong Gong (práticas de movimento, dinâmicas). Ramos, 2010
  • 71. Racionalidade do Qigong •  •  •  •  Anatomia; Fisiologia; Fisiopatologia; Sistema de diagnóstico: anamnese e exame físico (Língua e Pulso) próprios. Yang, 2006
  • 72. No Brasil Práticas conhecidas: • Daoyin (導引) • Ba Duan jin (八段錦) • Yi Jin Jing (易筋經) • Nei gong (內功) • Lian Gong (練功) • Xiang Gong (香功) • Taijiquan (tai chi chuan – 太極拳)
  • 73. Tai Chi Chuan - Histórico Zhang San Feng, 張三豊 (1247-?), lendário monge taoista chinês, que muitos acreditam ter conquistado a imortalidade, enquanto estava meditando, ele viu uma serpente sair do buraco; nesse momento, um pássaro desceu da árvore para enfrentá-la. Após a luta, o pássaro voou de volta para a árvore e a serpente rastejou de volta para o buraco. No dia seguinte, a mesma cena se repetiu. Foi a partir da observação desse fato, que Zhang San Feng criou o Taijiquan, 太極拳. 孔德, 2011
  • 74. Tai Chi Chuan •  Taijiquan é uma arte marcial, realizada de forma suave e lenta, associada à respiração, ao relaxamento e à concentração. Estimula respostas naturais de cura do organismo, que atuam na prevenção de agravos, recuperação da saúde e na visão ampliada do autocuidado; •  Atualmente é reconhecida pela UNESCO, como patrimônio da humanidade.
  • 75. Na China Vários estilos de tai chi chuan: • Estilo Chen; • Estilo Yang; • Estilo Wu; • Estilo Wu/Hao; • Estilo Sun.
  • 76. No Brasil Práticas conhecidas: • Estilo Chen; • Estilo Yang; • Estilo Pai Lin.
  • 77. Qigong e Tai Chi Chuan – Revisões Cochrane •  Evidências positivas – revisão de 77 estudos
  • 79. •  •  •  •  •  ANTROPOSOFIA   Cosmologia     Um   princípio   fundamental   da   Cosmologia   antroposófica   é   de   que   o   Ser   Humano   é   composto   em   sua   natureza   por   dimensões   minerais,   vegetais,   animais   e   humanas,   individuais  e  ao  mesmo  tempo  universais.     Estas   dimensões   são   resultado   da   criação   do   Cosmos,   de   tal   forma   que   o   mundo   microcósmico  pessoal  está  em  ín&ma  conexão  com  o  macrocosmo.     Estas  dimensões  organizadas  como  reinos  da  natureza,  correspondem  a  ações  de  quatro   forças   dinâmicas   de   natureza   não   perceptvel   aos   sen&dos   criadas   pelo   macrocosmo   com   naturezas   próprias   que   se   integram   com   as   substâncias   corporais   e   com   as   substâncias  dos  medicamentos  naturais.     Toda   esta   complexidade   é   ordenada   por   forças   espirituais,   ou   seja,   não   perceptveis   aos   sen&dos   como   forças   gravitacionais,   forças   vitais,   forças   anímicas   e   forças   da   individualidade.     Os  períodos  de  desenvolvimento  humano  refletem  os  períodos  de  desenvolvimento  da   humanidade,   de   maneira   que   7   anos   de   existência   humana   correspondem   a   aproximadamente  2000  anos  de  história  da  humanidade.  
  • 80. •  ANTROPOSOFIA   Cosmologia   Somos   uma   síntese   organizada   do   desenvolvimento   ao   longo   dos   milhões   de   anos     filogené&cos  e  anos  de  vida.     •  No   primeiro   ano   de   vida,   recapitulamos   o   desenvolvimento   neurológico   motor   dos   vertebrados.   Como   neonatos,   nos   movimentamos   como   peixes.   Aos   3   meses,   com   um   ano   de   existência,   iniciamos   a   aquisição   de   nosso   tônus   muscular   cervical   em   direção   crânio-­‐podálica.  Com  isso,  assim  como  os  ansbios,  sustentamos  a  cabeça.  Com  7  meses   enga&nhamos   como   quadrúpedes   rep&lianos.   Com   8   meses   enga&nhamos   como   mamíferos   com   cruzamento   no   movimento   dos   membros.   Com   11   meses   ficamos   de   cócoras  como  primatas  e  andamos  com  apoio  e  braços  elevados.  Com  1  ano  terminamos   o  ciclo  e  com  o  tônus  alcançando  os  pés,  iniciamos  a  marcha  ereta.     •  Nos   primeiros   três   anos   adquirimos   o   Andar   Ereto   com   liberação   das   mãos   –   fase   Homo   erectus   e   Homo   habilis   e   Consciência   reflexiva   e   Fala   complexa   (Auto-­‐Consciência)   como   Homo   sapiens.     Da   mesma   forma   nosso   cérebro   possui   regiões   que   foram   se   desenvolvendo  na  filogênese.  O  nosso  cérebro  primi&vo  voluntarioso  ou  Arquicortex  se   desenvolveu  com  os  répteis,  o  nosso  cérebro  intermediário  sen&mental  ou  Paleocortex   se  desenvolveu  com  os  mamíferos  e,  o  cérebro  racional  ou  Neocortex  com  os  primatas.   Apenas  a  área  pré-­‐frontal  de  nosso  cérebro  surgiu  conosco.    
  • 81. •  •  •  •  ANTROPOSOFIA   Histórico   Segundo   a   Federação   Internacional    das   Associações   Médicas   Antroposóficas   (Interna@onale   Vereinigung   Anthroposophischer   Ärztegesellscha^en)   es&ma-­‐se   que   os   medicamentos  antroposóficos  são  prescritos  por  mais  de  30.000  médicos  em  65  países   de   todo   mundo,   reunidos   em   30   associações   nacionais   de   médicos   antroposóficos.   A   origem   da   Medicina   Antroposófica   (MA)   remonta   ao   início   do   século   XX,   tendo   sido   desenvolvida  pela  médica  Ita  Wegman  (1876  –  1943),  graduada  em  Medicina  na  Suíça,   em  parceria  com  o  filósofo  austríaco  Rudolf   Steiner  (1861-­‐1925).   A   Medicina   Antroposófica   (MA)   está   presente   no   Sistema   de   Saúde   Pública   na   Alemanha,  Suíça,  Itália,  Holanda,  Brasil,  Suécia,  Áustria  Reino  Unido  e  Estados  Unidos  e  é   legalmente  reconhecida  também  na  Dinamarca,  Finlândia  e  Reino  Unido.     No   Brasil,   a   Medicina   Antroposófica   foi   introduzida   na   década   de   1950   e,   desde   2006   integra  a  Polí&ca  Nacional  de  Prá&cas  Integra&vas  e  Complementares  e,  é  reconhecida   como  prá&ca  médica  pelo  parecer  21/93  do  Conselho  Federal  de  Medicina.   No   Brasil,   a   medicina   antroposófica   tem   seu   exercício   organizado   pela   Associação   Brasileira   de   Medicina   Antroposófica   (ABMA)   -­‐   www.abmanacional.com.br,   e   possui   sete  regionais,  nos  estados  de  São  Paulo,  Minas  Gerais,  Santa  Catarina,  Rio  Grande  do   Sul,  Rio  de  Janeiro,  Sergipe,  Pernambuco  e  Distrito  Federal.    
  • 82. •  •  •  ANTROPOSOFIA   Histórico   O   exercício   da   farmácia   antroposófica     regulamentado   pelo   Conselho   Federal   de é     Farmácia   (CFF)   através   do   RDC   465   de   24   de   julho   de   2007.   Oficialmente,   a   Agência   Nacional  de  Vigilância  Sanitária  (ANVISA)  reconhece  os  medicamentos  antroposóficos  na   categoria   de   medicamentos   industrializados   dinamizados   (RDC   No   26,   de   30   de   março   de   2007,   RDC   No   67,   de   08   de   outubro   de   2007   e   RDC   No   87,   de   21   de   novembro   de   2008).     A   Medicina   Antroposófica   (MA)   surgiu   na   Europa   Central   nas   primeiras   décadas   do   século   XX   e   está   entre   os   sistemas   médicos   que   consideram   que   o   ser   humano   possui   uma   natureza   que   transcende   a   dimensão   ssico-­‐química,   biológica   e   psico-­‐social,   adicionando   a   estas   bases   as   dimensões   da   vitalidade   e   de   individualidade   tanto   nos   âmbitos   orgânicos,   através   dos   processos   regenera&vos   e   imunológicos   respec&vamente,  como  psíquicos  através  da  capacidade  de  adequado  enfrentamento  e   busca   de   sen&do   na   vida.   Estes   dois   conceitos   são   fundamentais   para   o   desenvolvimento  do  estado  de  saúde  ou  salutogênese.   A  MA  com  sua  concepção  de  um  ser  humano  em  constante  evolução  biográfica,  tem  por   obje&vo  ampliar  a  visão  da  medicina  acadêmica  de  forma  complementar,  se  propondo  a   enriquecer  a  atuação  do  médico  e  do  profissional  da  saúde.    
  • 83. •  •  •  ANTROPOSOFIA   Histórico     Essa   abordagem   sistêmica   e   integra&va   tem   como   referencial   a   Antroposofia,   cujo   significado   e&mológico   é   Sabedoria   do   Homem   (“anthropos”-­‐   homem,   ser   humano;   “sofia”-­‐   sabedoria,   conhecimento).   Os   estudos   cientficos   de   Wolfgang   von   Goethe   (1749-­‐1832),   reconhecidos   como   precursores   de   uma   metodologia   cientfica   fenomenológica,   influenciaram   profundamente   Rudolf   Steiner,  e  chamaram  a  atenção  para  a  existência  das  forças  arquetpicas  nos  reinos  da  natureza.  Os   trabalhos  de  Goethe,  integrando  ciência  e  arte,  irrigaram  com  poesia,  esté&ca  e  sen&mento  a  “fria   e   seca”   ciência   quan&ta&va   do   século   XVIII,   antecipando   a   moderna   mudança   de   paradigma   na   ciência  do  século  XX,  na  direção  de  uma  ciência  qualita&va  .   Oferece   um   amplo   campo   de   atuação   nas   Atenções   Primária,   Secundária   e   Terciária,   gerando   bons   índices   de   resolu&vidade   através   do   uso   integrado   de   orientações   preven&vas   e   cura&vas,   de   escuta   qualificada,   da   u&lização   preferencial   de   duas   farmacopéias   (dinamizada   antroposófica   e   fitoterápica),  de  uma  equipe  de  saúde  transdisciplinar  composta  por  profissionais  da  saúde  e  por   um   conjunto   de   diversas   terapias   e   técnicas,   incluindo   todos   os   recursos   clínico-­‐cirúrgicos   e   laboratoriais  da  Biomedicina  (Medicina  convencional).  Assim,  a  MA  possui  um  caráter  de  Medicina   Complementar  e  não  alterna&vo.     Desde   o   seu   nascimento,   na   década   de   20   do   século   XX   foi   pra&cada   de   maneira   transdisciplinar   atuando  de  maneira  integrada  e  ar&culada  na  promoção  da  qualidade  de  vida,  na  busca  da  cura  e   da  recuperação  no  modelo  de  comunidade  terapêu&ca.  Possibilita,  dessa  maneira,  uma  abordagem   essencialmente  humanís&ca  e  humanizadora,  afinada  com  os  princípios  da  Organização  Mundial  de   Saúde  (OMS)  e  com  o  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS).  
  • 84. •    •    •    •  ANTROPOSOFIA   Doutrina  Médica   MA  desenvolve  metodologia  cientfica  própria.  Desenvolve  uma  abordagem  unificada  da     fisiologia,  fisiopatologia  e  terapêu&ca  baseado  na  ideia  de  sistemas  e  organizações.   A  Metodologia  cientfica  antroposófica  ou  Fenomenologia  de  Goethe  é  uma  proposta  de   integração  Arte  &  Ciência.  A  fenomenologia  de  Goethe  é  baseada  na  observação  exata,   que   u&liza   a   arte   no   método   e,   que   se   aplica   tanto   no   estudo   de   pacientes   como   da   terapêu&ca.   Esta  metodologia  parte  da  descrição  da  realidade  percebida  e  se  aprofunda  através  da   intencionalidade   no   estudo   das   relações   e   do   desenvolvimento   dos   fenômenos   em   direção  à  percepção  da  totalidade,  desenvolvendo  o  conceito  de  ‘arqué&po’.   O   profissional   de   saúde   antroposófico   se   empenha   junto   ao   paciente   e   a   família   em   perceber   o   significado   da   doença,   na   visão   do   desenvolvimento   noo-­‐psico-­‐somá&co   (noé&ca   =   dimensão   espiritual   humana)   sobre   o   pano   de   fundo   do   estudo   racional   de   sua  biografia.  
  • 85. •  •  •  •  •  •  •  ANTROPOSOFIA   Doutrina  Médica     Para   MA,     saúde   é   o   resultado   de   um   equilíbrio   rítmico   e   harmonioso   entre   os   cons&tuintes   do   ser   humano,    e  doença  é  consequência  de  desequilíbrio  entre  estes  cons&tuintes  e  com  o  habitat.     Os   cons&tuintes   do   Ser   Humano   são   o   Corpo   ou   Soma,   a   Alma   ou   Psique   e   a   Individualidade   ou   Espírito.     O  Corpo  é  compreendido  por  uma  Morfologia  e  Fisiologia  ordenadas  por  quatro  organizações  ou   campos  de  forças  que  se  comportam  em  três  sistemas.     A   Psique   compreende   a   organização   das   vontades,   sen&mentos   e   pensamentos   em   interação   psicossomá&ca  com  estes  três  sistemas.     A   Individualidade   (ou   pyrus)   é   a   essência   humana   que   gera   autoconsciência   na   psique   e   iden&dade   imunológica  no  corpo.  A  Cura  corresponde  ao  reequilíbrio  destes  sistemas  de  forças.   Estes   três   cons&tuintes   se   desenvolvem   ao   longo   da   biografia,   de   forma   tríplice,   dos   0   as   21   anos   o   maior   desenvolvimento   é   corporal,   dos   21   aos   42   anos   o   maior   desenvolvimento   é   psicológico   e   dos  42  em  diante,  o  maior  desenvolvimento  é  espiritual.     O  Corpo  também  é  compreendido  de  forma  sistêmica  pela  sua  natureza  tríplice  em  três  sistemas   orgânicos  funcionais:     ü  SISTEMA  NEURO-­‐SENSORIAL(SNS)    -­‐  associado  ao  ectoderma   ü  SISTEMA  RÍTMICO  (SR)  -­‐  associado  ao  mesoderma   ü  SISTEMA  METABÓLICO  –  MOTOR  (SMM)  -­‐  associado  ao  endoderma  
  • 86. •  •  •  •  •  ANTROPOSOFIA   Doutrina  Médica     Quanto  à  organização  quádrupla  estamos  falando  de  sistemas  dinâmicos.  As  quatro  organizações   são  Organização  Física  (OF),  Organização  Vital  (OV),  Organização  Anímica  (OA)  e  Organização  do  Eu   (OE).     A  OF  é  avaliada  através  do  peso  (quan&ta&vo  e  qualita&vo),  pela  tendência  a  mineralização,  rigidez   e  edema.  No  aspecto  psíquico  é  inves&gada  pelo  grau  de  melancolia  (peso  d’alma),  rigidez,  dureza   mental  e  cristalização  de  ideias  fixas.   A   OV   é   avaliada   pelas   formas   convexas   (formas   infan&s),   pela   leveza,   pela   capacidade   de   regeneração   e   crescimento,   pelo   turgor   úmido   e   maciez   da   pele,   pela   falta   de   cansaço   e   fácil   recuperação.   Psiquicamente   pela   boa   memória,   pela   profundidade   do   sono,   pelo   temperamento   fleumá&co  e  pela  adaptabilidade.   A   OA   é   avaliada   pelo   tônus   muscular,   motricidade,   sensibilidade,   agilidade,   distribuição   da   gordura   e   sua   absorção,   sensibilidade   gástrica,   pressão   arterial,   frequência   cardíaca   e   respiratória   e   pela   distribuição   de   gases.   Psiquicamente   pela   irritabilidade,   ansiedade,   atenção,   vigília,   animação,   dispersão  e  temperamento  sanguíneo.   A   OE   é   avaliada   pelo   equilíbrio,   postura,   capacidade   de   manter   a   temperatura,   olhar   presente   e   imunocompetência.   Psiquicamente   pela   capacidade   de   concentração,   pela   ‘presença   de   espírito’,   pela  determinação  e  atuação,  pelo  temperamento  colérico  e  pela  coerência.  Estas  manifestações  se   traduzem   como   Resiliência,   auto-­‐regulação,   Salutogênese   -­‐   termos   que   expressam   a   atuação   da   Individualidade.  
  • 87. •  •  •  •  •  ANTROPOSOFIA   Doutrina  Médica     O  desenvolvimento  das  quatro  organizações  de  forças:  os  quatro  Partos.  Estes  partos  nos  primeiros   21  anos  de  vida,  criam  as  condições  para  o  amadurecimento  das  quatro  organizações  de  forças  que   organizam  nosso  corpo  humano.   Na   Maternidade   ou   em   casa   acontece   o   Parto   Físico   (parto   normal   ou   cesariana),   quando   a   criança   se  separa  fisicamente  da  mãe.     Ao   final   da   primeira   infância,   quando   termina   um   ciclo   de   7   anos   (setênio)   ocorre   a   troca   dos   dentes,   o   fim   da   mielinização   (bainha   de   gordura   termina   de   envolver   os   neurônios),   o   fim   da   produção  de  células  de  gordura  e  o  pulmão  amadurece.  A  esta  passagem  para  a  segunda  infância,   quando  a  criança  passa  de  um  nível  de  consciência  de  fantasia  para  um  mais  racional,  com  muito   maior   consciência   do   mundo   e   muitas   perguntas   que   surgem,   chamamos   de   segundo   Parto   ou   Parto  da  Vitalidade.     O  terceiro  parto  é  bem  visível,  pois  aquela  criança  começa  a  transformar  seu  corpo  dos  10  aos  14   anos,   surge   uma   vida   animal   intensa   chamada   Puberdade   quando   nascem   pelos,   mudam   de   comportamento   para   uma   vida   solitária   ou   em   bandos   e     aumenta   muito   a   consciência   dos   sen&mentos  próprios.  Chamamos  este  processo  de  Parto  Anímico  ou  Animal.     O  quarto  e  úl&mo  parto  acontecem  por  volta  dos  21  anos  e  se  chama  Maioridade  ou  Parto  do  Eu,   quando   surgem   perguntas   de   iden&dade   como   Quem   Sou   Eu?   -­‐   Qual   minha   Vontade?   –   Qual   o   Sen&do  da  Vida  ?  
  • 88. •  •  •  •    •    ANTROPOSOFIA   Doutrina  Médica   Para  a  organização  héptupla  vinculadas  aos  arqué&pos  clássicos  dos  sete  planetas  e  da   mitologia  grega,  adotamos  uma  Tipologia     ue  caracteriza  psiquicamente  cada  um  destes q   arqué&pos  como  traços  de  personalidade.     Os   &pos   1,   2   e   3   estão   associados   aos   arqué&pos   -­‐   Lua,   Mercúrio   e   Vênus,   respec&vamente,   se   organizam   a   cada   setênio   do   nascimento   aos   21   anos   de   idade   e   são  &pos  &picamente  femininos.   Os   &pos   5,   6   e   7   estão   associados   aos   arqué&pos   Marte,   Júpiter   e   Saturno,   respec&vamente,  se  organizam  a  cada  setênio  dos  42  anos  aos  63  anos  de  idade  e  são   &pos  &picamente  masculinos.     O   &po   4   solar,   de   natureza   integrada   e   não   sexual,   se   desenvolve   entre   21   e   42   anos   de   idade  e  corresponde  ao  equilíbrio  entre  os  6  &pos  complementares.     Nossa   Epologia   denomina   os   aspectos   psíquicos   destes   sete   Epos   como   Tipo   1:   Cuidador(a)/  Maternal,  Tipo  2:    ComunicaEvo(a)/Sociável,  Tipo  3:  Sensual/EstéEco(a),   Tipo   4:   Altruísta/Cordial,   Tipo   5:   Empreendedor(a)/ExecuEvo(a),   Tipo   6:   Estratégico(a)/Organizador(a)  e  Tipo  7:  Disciplinado(a)/Rígido(a)/Formal.    
  • 89. ANTROPOSOFIA   Morfologia   TRIMEMBRAÇÃO:     • O   SNS   está   mais   vinculado   à   epiderme,   cabeça   e   pescoço,   músculos   estriados   esquelé&cos,   sistema   nervoso   somá&co,   sistema   nervoso   autônomo   simpá&co,   órgãos   dos   sen&dos,   &reoide,   sistema   arterial   e   as   plaquetas.   Possui   como   caracterís&cas   um   centro   cranial,   mineralização   periférica   nos   ossos   chatos,   simetria   lateral,   baixa   capacidade   regenera&va,   tendência   a   imobilidade,   permite   sensação,   percepção   e   consciência,   ação   catabolizante,   configurante,  ordenador  e  promotor  de  frio  corporal.   • O  SR  está  mais  vinculado  à  derme,  tórax  e  mamas,  o  aparelho  cardiovascular,  o  aparelho   respiratório,   a   série   vermelha   do   sangue   e   o   sistema   linfá&co.   Seu   papel   é   conciliador,   harmonizador,  curador  e  integrador.   • O   SMM   tem   está   mais   vinculado   a   hipoderme,   musculatura   lisa,   o   aparelho   digestório   e   seus   anexos,   sistema   nervoso   autônomo   parassimpá&co,   o   sistema   locomotor,   o   sistema   endócrino-­‐metabólico  (exceto  &reóide),  o  aparelho  geniturinário,  sistema  venoso,  o  sistema   re&culoendotelial   e   a   série   branca   sanguínea.   Possui   as   seguintes   caracterís&cas:   centro   caudal,   mineralização   central   nos   ossos   longos   tubulares,   assimetria   e   forma   espiral,   enorme   capacidade   regenera&va,   não   permite   sensação,   percepção   e   consciência,   ação   anabolizante,  tendência  ao  movimento,  sen&do  centrífugo,  dissolvente  e  gerador  de  calor.  
  • 90. ANTROPOSOFIA   Morfologia   QUADRIMEMBRAÇÃO:     • Entendemos   que   cada   uma   destas   quatro   organizações   se   manifesta,   respec&vamente,   como   quatro   lemniscatas   ver&cais   (forma   do   infinito,   do   número   8),   que   se   relacionam   diretamente   com   os   três   sistemas   orgânicos   e   psíquicos.   Assim   temos   para   a   OF   a   lemniscata   esquelé&ca   composta   por   tecidos   cristalizados,   para   a   OV   a   lemniscata   muscular   de  caráter  fluido  (80%  de  água),  para  a  OA  a  lemniscata  nervosa  de  natureza  lipídica  e,  para   a  OE  a  lemniscata  circulatória  de  natureza  calórica.       • Os   órgãos   e   tecidos   da   OF   (órgãos   terra)   são   os   órgãos   sensoriais,   ossos   (tecidos   mineralizados)  e  pulmão.  A  OV  (órgãos  agua)  está  presente  no  sgado,  músculos  (não  placa   motora),   medula   óssea,   mucosas   diges&vas   e   folículos   pilosos     (vulneráveis   à   quimioterapia).   A   OA   (órgãos   ar)   se   manifesta   nos   órgãos   gordurosos   (SNC,   sistema   urogenital),   órgãos   musculares   e/ou   ácidos,   aerados,   catabolizantes   ou   anabolizantes   (estômago,   boca,   &reóide,   adrenais,   hipófise,   etc).   A   OE   (órgãos   fogo)   está   vinculada   a   pineal   (centro   do   SNS),   ao   coração   (centro   do   SR)   e   baço,   pâncreas   (centro   do   SM),   além   do   sgado   e   medula   óssea.   Os   quatro   órgãos   cardinais   são   pulmão   (terra),   sgado   (água),   rins   (ar)  e  coração  (fogo).    
  • 91. ANTROPOSOFIA   Morfologia   HEPTAMEMBRAÇÃO:       • Os  sete  bio&pos  estão  também  vinculados  aos  órgãos  da  seguinte  maneira:     ü o  &po  1  ao  SNC,  órgãos  dos  sen&dos  e  gônadas;     ü o  &po  2  ao  pulmão,  intes&no  e  pâncreas;     ü o  &po  3  aos  rins,  adrenais  e  veias;   ü o  &po  4  ao  coração;     ü o  &po  5  a  vesícula  biliar,  &reóide,  placa  motora  e  artérias;     ü o  &po  6  ao  sgado  anabólico,  hipófise  e  ar&culações;     ü o  &po  7  ao  baço,  ao  sistema  imune,  pineal  e  ossos.  
  • 92. •  •  •  •  ANTROPOSOFIA   Dinâmica  Vital  (Fisiologia)       Existe   uma   Lei   da   Polaridade   entre   os   sistemas   polares   SNS   e   SMM.   O   SNS   tem   seu   centro  no  pólo  cefálico  e  o  SMM  tem  seu  centro  no  pólo  abdominal.  O  Sistema  Rítmico   promove  uma  equilíbrio  dinâmico  entre  os  polos.     O   SNS   está   associado   a   geração   dos   processos   crônico-­‐degenera&vos,   em   geral   associado   a  um  processo  inflamatório  crônico  que  evolui  para   esclerose.   Fica   mais   a&vo   após   os   42   anos   de   idade.   O   Sistema   Metabólico-­‐Motor   (SMM)   está   envolvido   na   gênese   da   inflamação   aguda   e   predomina   sua   a&vidade   até   os   21   anos.   O   Sistema   Rítmico   (SR),   que   predomina   sua   ação   harmoniosa   entre   os   21   e   42   anos   de   idade   é   promotor  de  homeostase  e  saúde.     Na  inflamação  aguda  existe  uma  “intensificação”  das  4  organizações  no  corpo  humano,   que  se  manifestam  nos  quatro  sinais  inflamatórios  respec&vamente:  rubor,  edema,  dor   e  calor.   Na   menstruação   ocorre   afastamento   da   OE   -­‐   localmente   com   perda   de   relação   com   o   sangue   que   cai   na   gravidade,   hipotermia,   baixa   de   imunidade,   perda   do   “centramento   e   espaço   aberto   para   outro   Eu”   (filho).   Na   ovulação,   ao   contrário,   existe   um   pico   de   aumento  de  temperatura  e,  maior  “centramento”  revelando  maior  a&vidade  da  OE.  
  • 93. •  ANTROPOSOFIA   Dinâmica  Vital  (Fisiologia)     Do   ponto   de   vista   orgânico   a   &pologia   da   heptamembração   procura   caracterizar   os     processos   patológicos   em   seis   padrões,   além   do   padrão   de   equilíbrio   (Tipo   4)   e   mencionamos  os  metais  associados  aos  arqué&pos  para  auxiliar  o  raciocínio  terapêu&co.   Tipo   1   (Argentum):   &po   juvenil,   brevilíneo   e   anabolismo;   Tipo   2   (Mercurius):   fluxo,   movimento,  inflamação  aguda  e  absorção;  Tipo  3  (Cuprum):  calor,  circulação  e  redução   de  tônus;  Tipo  4  (Aurum):  saudável  e  radiante;  Tipo  5  (Ferrum):  intensidade  de  atuação   e  função,  secreção,  voz,  aumento  de  tônus;  Tipo  6  (Stannum):  deformações,  condições   amorfas,   cistos,   nódulos   e   fibroses;   Tipo   7   (Plumbum):   &po   longilíneo,   catabolismo,   esclerose   e   envelhecimento   precoce.   Podemos   relacionar   os   &pos   1,   2   e   3,   de   uma   forma   geral,   com   os   processos   inflamatórios   agudos   e   com   o   SMM.   De   forma   análoga   podemos   relacionar   os   &pos   5,   6   e   7   aos   processos   crônico-­‐degenera&vos   e   ao   SNS,   assim  como  relacionar  o  &po  4  à  saúde.     •  Existem   12   sen&dos,   em   três   grupos   de   quatro   sen&dos,   que   estão   vinculados,   respec&vamente  as  dimensões  corporal,  psíquica  e  espiritual:   a)  Percepção  dos  fenômenos  corporais:  tato,  orgânico  ou  vida,  movimento,  equilíbrio;     b)  Percepção  dos  fenômenos  naturais  e  psíquicos:  olfato,  paladar,  visão,  sen&do  térmico;   c)  Percepção  dos  fenômenos  culturais  e  espirituais:  audição,  linguagem,  pensamento,  Eu  do   outro.