Este vídeo pertence ao curso "Gestão de Práticas Integrativas e Complementares" (http://atencaobasica.org.br/courses/7803).
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Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos
1. UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SÃO
PAULO
Pró-‐Reitoria
de
Extensão
(PROEX)
-‐
Núcleos
Associadaos
Núcleo
de
Medicina
e
PráEcas
IntegraEvas
(NUMEPI)
e
parceiros
3. UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SÃO
PAULO
PRÓ-‐REITORIA
DE
EXTENSÃO
-‐
PROEX
Núcleo
de
Medicina
e
PráEcas
IntegraEvas
-‐
NUMEPI
ORGANOGRAMA
DOS
SUBNÚCLEOS/DEPARTAMENTOS
PARTICIPANTES
e
PARCERIAS
NUMEPI
(Núcleo
de
Medicina
e
PráEcas
IntegraEvas)
Pró-‐Reitoria
de
Extensão
da
Unifesp
Departamento
de
Obstetrícia
Núcleo
de
Medicina
Antroposófica:
NUMA
Profa.
Dra.
Mary
Uchiyama
Nakamura
Dr.
Ricardo
Ghelman
Ms.
Jorge
Kioshi
Hosomi
Associação
Brasileira
de
Reciclagem
e
Atualização
em
HomeopaEa:
ABRAH
Clínica
de
HomeopaEa
do
Hospital
do
Servidor
Público
Municipal
de
São
Paulo:
HSPM-‐SP
Ms.
Romeu
Carillo
Junior
Departamento
de
Neurologia
e
Neurocirurgia
Núcleo
de
Cuidados
IntegraEvos:
NUCI
Profa.
Dra.
Sissy
Veloso
Fontes
Prof.
Dr.
Acary
Souza
Bulle
Oliveira
Profa.
Dra.
Débora
Amado
Scerni
Ms.
Márcia
Regina
Donatoni
Urbano
Ms.
Andréa
Romero
LaRerza
Ms.
Sérgio
Felipe
de
Oliveira
Esp.
Moacyr
Mendes
de
Morais
Sociedade
Brasileira
de
Termalismo:
SBT
Esp.
Nélida
Amélia
Fontana
Esp.
Selda
Pantalena
de
Sousa
José
Peccinini
Petri
Setor
de
InvesEgação
em
Doenças
Neuromusculares:
SIDN/MTC
–
UNIFESP
Ambulatório
de
Medicina
Tradicional
Chinesa:
MTC
Departamento
de
Medicina
PrevenEva
Centro
Brasileiro
de
Informações
sobre
Drogas
Psicotrópicas:
CEBRID
Prof.
Dr.
Ricardo
Tabach
Ms.
Gislaine
Cris-na
Abe
Esp.
Paulo
Eduardo
Ramos
5. • Polí&ca
Nacional
de
Atenção
Básica
-‐
-‐
-‐
Portaria
nº
648,
de
28
de
Março
de
2006
ATENÇÃO
BÁSICA
EM
SAÚDE:
é
“um
conjunto
de
ações
de
saúde
desenvolvidas
em
âmbito
Individual
e
Cole&vo
que
abrangem
a
PROMOÇÃO
E
PROTEÇÃO
DA
SAÚDE,
prevenção
de
agravos,
diagnós&co,
tratamento,
reabilitação
e
manutenção
da
saúde”
É
o
primeiro
ponto
de
contato
do
cidadão
com
o
Sistema
de
Saúde.
PRINCÍPIOS:
universalidade,
acessibilidade,
coordenação,
vínculo,
con&nuidade,
integração,
responsabilidade,
humanização,
equidade
e
par&cipação
social.
CONSIDERA
O
SUJEITO:
em
sua
singularidade,
complexidade,
integralidade,
inserção
sociocultural.
(Brasil,
2006
-‐
PNAB)
• Portaria
GM
Nº
154,
de
24
de
Janeiro
de
2008,
Republicada
em
04
de
março
de
2008.
₋
VISA:
ampliar
a
abrangência
e
o
escopo
das
AÇÕES
DA
ATENÇÃO
BÁSICA,
bem
como
sua
resolubilidade.
Atividade Física/
Práticas Corporais
Serviço Social, Saúde da
Criança, da Mulher,
do Idoso e Mental
Assistência
Farmacêutica
Práticas Integrativas
e Complementares
Reabilitação,
Alimentação e
Nutrição
7. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para o SUS
(Diário Oficial, portaria No. 971 de 03/05/06 do Ministério da Saúde)
- O campo das PIC´s contempla SISTEMAS MÉDICOS COMPLEXOS (racionalidade médica) E RECURSOS
TERAPÊUTICOS, também denominados pela OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA).
- Cosmologia/Cosmovisão: doutrina médica, diagnóstico, sistemas terapêuticos, morfologia (anatomia), dinâmica vital (fisiologia).
(Madel T. Luz, 2006)
“Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – Organização Mundial de Saúde (OPAS-OMS), Medicina Tradicional é o total
de conhecimento técnico e procedimentos baseado nas teorias, crenças e, experiências indígenas de diferentes culturas, sejam ou
não explicáveis pela ciência, usados para a manutenção da saúde, como também para a prevenção, diagnose e tratamento de doenças
físicas e mentais. São exemplos: a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica hindu, a medicina unani árabe e as
diversas formas
medicina indígena. Abrange terapias como a medicação à base de ervas, partes de animais ou minerais, e terapias sem medicação, como
a acupuntura, as terapias manuais e as terapias espirituais”.
(Traditional Medicine Strategy.
Genebra: WHO, 2010)
- Visam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias
efetivas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na INTEGRAÇÃO do
ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse
campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do CUIDADO HUMANO, especialmente do
AUTOCUIDADO.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
8. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
- Todas as AÇÕES decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e
complementares ao SUS, perpassam pelo entendimento e valorização da MULTICULTURALIDADE E
INTERCULTURALIDADE, por gestores e profissionais de saúde, para MAIOR EQUIDADE E
INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO.
“Interculturalidade pode ser entendida como modo de coexistência no qual os indivíduos, grupos e instituições, com
características culturais e posições diferentes, convivem e interagem de forma aberta, inclusiva, horizontal, respeitosa e se
reforçam mutuamente, em um contexto compartilhado. Assim, a Política Nacional considera o sujeito em sua singularidade
e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral”.
- Na relação intercultural, busca-se favorecer o ENTENDIMENTO DE PESSOAS COM CULTURAS
DIFERENTES, em que a ESCUTA e o enriquecimento dos DIVERSOS ESPAÇOS DE RELAÇÃO são
facilitados e promovidos visando ao fortalecimento da IDENTIDADE PRÓPRIA, do AUTOCUIDADO, da
AUTOESTIMA, da VALORAÇÃO DA DIVERSIDADE E DAS DIFERENÇAS, além de proporcionar o
desenvolvimento de uma CONSCIÊNCIA DE INTERDEPENDÊNCIA para o benefício e
DESENVOLVIMENTO COMUM.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
9. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como OBJETIVOS:
1. Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na perspectiva da
prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica,
voltada ao CUIDADO continuado, humanizado e INTEGRAL em saúde;
2. Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo
qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso;
3. Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente
contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e;
4. Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento
responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de
efetivação das políticas de saúde.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnpic.php
11. Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s
- Com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) institucionalizou-se até 10/13 no (SUS):
http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php
•
A HOMEOPATIA: Sistema médico complexo, de caráter holístico, baseado no princípio vitalista e no uso da
lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates, no século IV a.C. A homeopatia desenvolvida por Samuel
Hahnemann, no século XVIII, utiliza como recurso diagnóstico a matéria médica e o repertório e, como recurso
terapêutico, o medicamento homeopático.
•
AS PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICAS:
Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas
medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de
origem vegetal. A prática da fitoterapia incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação
social. Os serviços podem oferecer os seguintes produtos: planta medicinal in natura, planta medicinal seca (droga
vegetal), fitoterápico manipulado e/ou fitoterápico industrializado.
•
A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA/ACUPUNTURA E PRÁTICAS CORPORAIS:
Sistema médico integral originado há milhares de anos na China que se fundamenta nas teorias do yin-yang e
dos cinco movimentos. Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua e
possui como abordagens terapêuticas plantas medicinais e fitoterápicos, dietoterapia, práticas corporais e mentais,
ventosa, moxa e acupuntura.
•
A MEDICINA ANTROPOSÓFICA:
A medicina antroposófica apresenta-se como abordagem médicoterapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar,
buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos que acompanham a abordagem médica, destacase o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros específicos da medicina antroposófica.
Integrada ao trabalho médico, está prevista a atuação de outros profissionais da área da saúde, de acordo com as
especificidades de cada categoria.
•
TERMALISMO SOCIAL-CRENOTERAPIA:
O termalismo compreende as diferentes maneiras de
utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde. A crenoterapia consiste na indicação e uso
de águas minerais com finalidade terapêutica, atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de
saúde.
13. •
HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
A
Homeopa&a
segue
o
modelo
de
atenção
centrado
na
saúde,
colocando
todas
as
dimensões
do
indivíduo
no
centro
desse
paradigma.
• Tem
como
caracterís&ca
fortalecer
o
paciente
tanto
nas
suas
capacidades
biológicas
de
manutenção
da
saúde
como
nas
de
autocuidado,
além
de
promover
a
humanização
da
atenção.
• A
experiência
vem
demonstrando
sua
capacidade
de
reduzir
a
fármaco-‐
dependência
e
a
demanda
por
intervenções
e
emergências,
diminuindo
os
custos
dos
serviços
públicos
e,
melhorando
a
qualidade
de
vida.
14. HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
•
Em
1796,
Hahnemann,
o
fundador
da
Homeopa&a
publicou
um
ar&go
in&tulado:
“Ensaio
sobre
um
novo
princípio
para
descobrir
as
virtudes
cura@vas
das
substâncias
medicinais,
seguido
de
algumas
exposições
sumárias
sobre
os
princípios
aceitos
até
os
nossos
dias”.
O
Dr.
Richar
Haehl,
seu
melhor
biógrafo,
considera
essa
publicação
como
o
marco
inaugural
da
Homeopa&a.
•
A
importância
desse
trabalho
reside
na
fundamentação
da
base
experimental
dessa
ciência
médica,
isto
é,
no
seu
alicerce
empírico.
Denis
Demarque,
renomado
homeopata
francês,
chegou
a
escrever
um
livro
in&tulado:
“Homeopa@a,
Medicina
de
Base
Experimental”,
infelizmente
há
muito
esgotado,
que
ressalta
essa
caracterís&ca
metodológica
desse
sistema
médico-‐terapêu&co.
•
Hahnemann
se
referia
ao
que
chamou
de
Patogenesia,
isto
é,
a
capacidade
das
substâncias
alterarem
a
saúde
dos
indivíduos
saudáveis.
Assim
como
nos
Ensaios
Clínicos
de
nossos
dias,
experimentadores
voluntários
passavam
(e
ainda
passam,
no
caso
das
experimentações
que
con&nuam
a
ser
realizadas)
a
ser
observados
após
ingerirem
determinadas
substâncias.
•
O
resultado
dessas
observações,
representado
pelo
conjunto
de
sintomas
produzidos
por
essas
substâncias,
compõem
o
que
se
chama
Matéria
Médica
Homeopá@ca.
Esse
tratado
ainda
é
composto
por
sintomas
re&rados
da
Toxicologia,
Farmacologia
e
experiência
clínica,
na
sua
quase
totalidade.
15. •
HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
O
obje&vo
final
da
construção
da
Matéria
Médica
Homeopá&ca
é
a
u&lização
das
substâncias
nela
con&das
como
medicamentos
segundo
o
princípio
da
Semelhança,
enunciado
por
Hipócrates
(480
–
370
a.C.):
“Aquilo
que
provoca
a
doença
onde
não
existe,
cura
a
doença
que
existe”.
• Em
outras
palavras,
u&lizar
algo
que
provoque
uma
doença
ar&ficial
para
curar
uma
natural.
O
Pai
da
Medicina
formulou
esse
aforisma
baseado
na
observação
de
que
determinadas
substâncias
que
provocavam
certos
transtornos
podiam
curar
os
mesmos
transtornos
e,
portanto,
na
observação
clínica,
o
que
se
chamaria
hoje
de
“Medicina
Baseada
em
Evidências”.
16. •
•
•
•
HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
Esses
dois
princípios:
o
da
experimentação
em
voluntários
sadios
e
u&lização
das
substâncias
estudadas
como
medicamentos
pela
semelhança
formariam
o
que
se
pode
chamar
de
vertente
empírica
ou
posi&vista
da
Homeopa&a.
No
entanto,
assim
como
em
outros
ramos
da
Ciência,
como
a
Física,
por
exemplo,
no
caso
do
modelo
atômico
a
Homeopa&a
também
é
cons&tuída
por
uma
vertente
“construcionista”
baseada
num
modelo
vitalista.
Para
Hahnemann,
a
doença
não
é
material
e
sim
dinâmica,
resultado
do
desequilíbrio
da
Força
Vital,
que
tem
a
responsabilidade
de
manter
o
organismo
em
harmoniosa
operação
vital
com
relação
às
suas
funções
e
sensações.
O
vitalismo
de
Hahnemann,
baseado
na
corrente
filosófica
ternária
de
Barthez,
tornou-‐se
uma
forte
corrente
de
oposição
ao
dogma&smo
da
Medicina
do
século
XVIII.
Resta
ainda
o
tema
das
altas
diluições.
Estas
surgiram
depois
de
estabelecidos
os
princípios
anteriores,
qual
sejam
o
da
experimentação
e
da
semelhança.
A
Farmacotécnica
Homeopá&ca
desenvolvida
por
Hahnemann,
que
além
de
remover
os
efeitos
tóxicos
dos
“venenos”
possibilitou
a
u&lização
de
substâncias
inertes,
elevou
as
possibilidades
terapêu&cas
a
um
nível
muito
mais
alto.
17. •
•
•
•
HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
Um
dos
mais
importantes
trabalhos
do
fundador
da
Homeopa&a,
qual
seja
o
Tratado
das
Doenças
Crônicas,
desenvolvido
entre
1816
e
1827.
Na
referida
obra,
Hahnemann
descreveu
três
síndromes
onde
aloca
todos
os
&pos
de
manifestações
crônicas.
Segundo
o
próprio
autor,
esse
foi
um
divisor
de
águas
na
terapêu&ca
homeopá&ca.
As
doenças
agora
não
eram
mais
consideradas
como
males
isolados
e
idiopá&cos,
mas
&nham
origens
e
fisiopatologias
comuns,
dentro
do
que
resolveu
chamar
de
“Miasmas”.
Considerou
ainda
sua
transmissão
hereditária
e
a
possibilidade
de
se
apresentarem
de
forma
simples,
isto
é,
uma
de
cada
vez,
ou
complexa.
A
prescrição
do
medicamento
homeopá&co
agora
já
não
estaria
simplesmente
baseada
em
sintomas,
mas
nos
sintomas
da
doença
crônica
que
se
pretende
curar.
A
Homeopa&a
teve
seu
desenvolvimento
mais
marcante
na
segunda
metade
do
século
XIX
e
início
do
XX.
A
expansão
nos
Estados
Unidos,
por
exemplo,
se
deu
de
maneira
extraordinária
graças
a
Constan&no
Hering
que,
em
1848,
fundou
com
Williamson
e
Jeanes
“The
Hahnemann
Medical
College”,
na
Filadélfia.
Em
pouco
tempo
agregaram-‐se,
a
essa
escola
um
hospital
e
uma
policlínica,
onde
milhares
de
médicos
receberam
formação
homeopá&ca.
18. •
HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
Graças
ao
impulso
dado
por
Hering,
outros
estabelecimentos
foram
construídos.
em
1857
a
de
Saint-‐Louis,
em
1859
a
Em
1850
a
Escola
homeopá@ca
de
Cleveland,
de
Chicago,
e
em
1860
a
de
Nova
Iorque.
•
•
Paralelamente
a
isso,
mul&plicavam-‐se
as
escolas
ditas
eclé&cas,
onde
eram
ensinadas
as
ciências
fundamentais
e
diversas
terapêu&cas:
alopá&ca,
homeopá&ca,
naturista
e
quiroprá&ca.
A
Homeopa&a
desenvolveu-‐se
também
na
Europa,
notadamente
na
França,
sustentada
por
homeopatas
do
mais
alto
gabarito
como
Vannier,
Henri
Bernard,
Zissu,
Demarque
e
muitos
outros,
que
ajudaram
a
desenvolver
e
modernizar
o
modelo
criado
por
Hahnemann.
Hoje,
países
como
a
Inglaterra,
se
u&lizam
dessa
terapêu&ca
em
larga
escala.
19. •
HomeopaEa
Cosmologia
e
breve
histórico
No
Brasil,
como
especialidade
médica
desde
1980,
a
Homeopa&a
vem
galgando
lugar
de
destaque
entre
as
possibilidades
terapêu&cas
na
saúde
pública.
• A
portaria
3237,
de
2007,
do
Ministério
da
Saúde,
passou
a
incluir
os
medicamentos
que
integram
a
Farmacopéia
Homeopá&ca
Brasileira
na
rede
do
SUS
conforme
recomenda
a
PNPIC.
• A
Polí&ca
Nacional
de
Prá&cas
Integra&vas
e
Complementares
no
SUS
foi
publicada
na
forma
das
Portarias
Ministeriais
no.
971
em
03
de
maio
de
2006
e
no.
1.600
de
17
de
julho
de
2006.
• A
saúde
pública
brasileira
está
pronta
para
a
Homeopa&a
e
o
desafio
agora
é
formar
profissionais
bem
preparados
e
em
número
suficiente
para
suprir
a
crescente
demanda
dos
pacientes
com
relação
à
essa
terapêu&ca
que,
por
suas
caracterís&cas
focadas
no
indivíduo
e
em
seu
bem
estar,
sem
dúvida
alguma
poderá
ajudar
a
modificar
para
melhor
o
cenário
da
saúde
em
nosso
país.
20. HomeopaEa
Fisiologia
e
Fisiopatologia
•
•
•
A
Homeopa&a
segue
os
princípios
da
Fisiologia
e
Fisiopatologia
Sistêmicas,
isto
é,
todos
os
órgãos
e
tecidos
apresentam
relações
entre
si
e,
o
ser
integral
também
se
relaciona
com
o
ambiente
em
que
vive.
Veja-‐se
o
que
ocorre
quando
o
coração
perde
parcialmente
a
capacidade
de
bombeamento
e
o
sgado
passa
a
represar
o
sangue
para
evitar
uma
sobrecarga
cardíaca.
Nesse
caso,
a
função
hepá&ca
é
adaptada
para
favorecer
o
sistema
como
um
todo.
Uma
úlcera
gástrica,
por
exemplo,
pode
surgir
em
decorrência
de
um
processo
de
stress,
uma
vez
que
este
promove
uma
maior
produção
de
cor&sol
pela
suprarrenal,
que
aumenta
a
produção
de
ácido
clorídrico
do
estômago,
além
de
diminuir
a
espessura
da
sua
mucosa
protetora.
Em
contrapar&da,
a
Alopa&a
atua
diretamente
sobre
o
órgão
deficiente,
no
primeiro
caso
com
um
cardiotônico
e
no
segundo
com
um
an&ácido,
seguindo
a
lógica
de
uma
Fisiologia
e
Fisiopatologia
linear
e
fragmentária.
Para
compreender
a
atuação
dessas
duas
formas
terapêu&cas
e
suas
possibilidades,
é
necessário
primeiro
compreender
como
o
organismo
se
mantém
em
equilíbrio
ou
melhor,
como
se
autorregula,
o
que
seria
tema
de
um
curso
específico.
21. HomeopaEa
Fisiologia
e
Fisiopatologia
•
•
•
Apenas
a
ttulo
de
esclarecimento,
a
autorregulação
é
uma
capacidade
própria
de
todo
ser
vivo
e,
cumpre
a
função
de
manter
as
suas
constantes
internas
(pressão
arterial
ou
humor,
por
exemplo)
em
constante
variação
de
acordo
com
as
circunstâncias
(a
pressão
arterial
deve
subir
com
a
frequência
cardíaca,
assim
como
o
humor
varia
de
acordo
com
a
circunstância).
Quando
essa
propriedade
se
torna
deficiente
diz-‐se
que
o
indivíduo
está
doente.
A
lógica
do
tratamento
alopá&co
é
atuar
diretamente
sobre
o
órgão
que
deveria
produzir
o
resultado
esperado
e
não
sobre
o
sistema
que
tem
a
função
de
atuar
sobre
o
referido
órgão
(no
caso
da
hipertensão
arterial
se
usa
vasodilatador
e
na
variação
de
humor
um
tranquilizante
ou
estabilizador
do
humor).
Em
outras
palavras,
o
medicamento
alopá&co
faz
aquilo
que
o
sistema
de
autorregulação
deficiente
não
consegue
fazer.
Por
outro
lado,
a
lógica
do
tratamento
homeopá&co
é
a
de
es&mular
o
sistema
de
autorregulação
com
uma
“doença
medicamentosa”
ar&ficial
semelhante
a
natural
para
que
ele
busque
um
caminho
adapta&vo
para
uma
possível
solução
do
problema.
22. HomeopaEa
Fisiologia
e
Fisiopatologia
•
Por
esses
exemplos
é
fácil
perceber
que
o
tratamento
alopá&co
consegue
manter
ar&ficialmente
a
constante
interna
em
níveis
adequados
(no
caso
do
exemplo
a
pressão
arterial)
mas,
re&ra
grada&vamente
do
sistema
a
sua
capacidade
de
se
autorregular
(o
que
não
é
usado
atrofia)
o
que
jus&fica
a
cronicidade
dos
quadros
e
o
seu
gradual
agravamento,
além
da
dependência
crescente
do
fármaco.
•
A
Homeopa&a,
de
outra
forma,
ao
es&mular
o
sistema
de
autorregulação,
pode
levar
a
cura
de
doenças
consideradas
como
incuráveis.
•
Portanto,
o
médico
e
todo
o
agente
de
saúde,
devem
dominar
ambas
as
técnicas
e
atuar
de
forma
palia&va
quando
necessário
para
preservar
a
integridade
do
indivíduo
e
de
forma
a
es&mular
a
sua
capacidade
de
autorregulação
quando
possível,
minimizando
a
u&lização
de
medicamentos
potencialmente
tóxicos
e
favorecendo
a
cura.
•
A
formação
do
médico,
do
terapeuta
e
ou
do
cuidador
da
saúde,
em
geral
deve
contemplar
essas
duas
vertentes
complementares,
o
palia&vo
e
o
cura&vo,
em
proporções
e
momentos
adequados
para
o
restabelecimento
da
saúde
ssica,
mental
e
espiritual.
23. HomeopaEa
Sistema
DiagnósEco
• A
Homeopa&a,
como
a
Medicina
Convencional,
se
u&liza
da
Semiologia
e
dos
exames
complementares
para
o
diagnós&co
e
ins&tuição
do
tratamento.
• Talvez,
a
maior
diferença
se
encontre
no
foco
de
uma
e
de
outra.
A
famosa
frase
de
William
Osler,
o
“Pai
da
Medicina
Moderna”,
reflite
um
pouco
a
diferença
entre
os
dois
pensamentos:
“It’s
more
important
to
know
what
sort
of
person
this
disease
has,
than
what
sort
of
disease
this
person
has”.
Se
imaginarmos
que
a
Semiologia
está
mais
centrada
no
conhecimento
do
indivíduo
e
o
exame
complementar
mais
na
sua
doença,
pode-‐se
entender
a
importância
de
uma
e
do
outro
em
cada
abordagem
terapêu&ca.
• No
caso
da
Alopa&a
pode-‐se
esperar
um
menor
tempo
de
Semiologia
com
uma
maior
quan&dade
de
exames
complementares,
enquanto
que,
na
Homeopa&a
um
maior
tempo
semiológico
com
menos
exames
complementares.
24. HomeopaEa
Sistema
DiagnósEco
•
•
•
•
A
atenção
sobre
o
indivíduo
doente,
e
não
sobre
a
doença,
resulta
em
caracterís&cas
semiológicas
par&culares
com
relação
à
Homeopa&a,
embora
os
princípios
básicos
da
Semiologia
sejam
sempre
seguidos.
Iden&ficação
do
paciente,
queixa
e
duração,
interrogatório
sobre
os
diversos
aparelhos,
história
pregressa
da
doença
atual,
antecedentes
familiares,
exame
ssico
e
diagnós&co
clínico
são
imprescindíveis
em
qualquer
anamnese.
No
entanto,
o
item
“história
pregressa
da
doença
atual”,
por
exemplo,
pode
ser
subs&tuído
por
“biopatografia”
ou
histórico
de
doença
e
saúde,
incluindo
eventos
biopsicossociais
do
indivíduo,
desde
a
sua
gestação
até
o
momento
da
consulta.
Tal
cronologia
de
eventos
torna-‐
se
indispensável
para
a
compreensão
do
estado
atual
do
indivíduo
na
medida
em
que
se
considere
as
doenças
como
instabilidades
do
sistema,
que
se
apresentam
sob
formas
variadas.
Este
fato
parece
cada
vez
mais
reconhecido
pela
Medicina
hegemônica,
donde
proveem,
por
exemplo,
pesquisas
demonstrando
a
relação
de
uma
atopia
na
infância
com
hiperuricemia
no
adulto.
Nesse
sen&do,
as
“síndromes”
de
Hahnemann
ou
miasmas,
como
ele
resolveu
chamar
as
doenças
crônicas
(veja
o
breve
histórico
acima),
de
caráter
hereditário,
manifestam-‐se
durante
a
vida
do
indivíduo
de
diversas
formas
através
de
doenças
diferentes
quanto
à
sua
apresentação,
mas
com
a
mesma
origem
fisiopatológica.
O
reconhecimento
dessas
alternância
entre
manifestações
de
diferentes
doenças
crônicas
herdadas
durante
a
vida
é
de
fundamental
importância
para
o
diagnós&co
homeopá&co,
que
visa
justamente
o
tratamento
das
referidas
instabilidades.
25. HomeopaEa
Sistema
DiagnósEco
•
•
•
Desnecessário
falar,
portanto,
da
importância
dos
antecedentes
familiares,
isto
é,
dos
antecedentes
das
referidas
doenças
crônicas
na
família,
uma
vez
que
o
seu
aparecimento
na
descendência
representa
compa&bilidade
de
tendência,
o
que
se
chama
de
compa&bilidade
diatésica.
A
importância
da
iden&ficação
da
compa&bilidade
se
encontra
justamente
no
fato
de
poder-‐se
deparar
com
uma
incompa&bilidade,
isto
é,
uma
doença
crônica
que
não
foi
transmi&da
hereditariamente,
mas
provocada
por
algo
suficientemente
forte
e
persistente
para
modificar
as
tendências
do
indivíduo.
Hahnemann
chamava
esse
evento
de
“falsa
doença
crônica”
e
dava
as
citava
como:
“doenças
profissionais
ou
resultantes
de
envenenamentos
ou
tratamento
alopá@co
violento”.
Nos
dias
de
hoje
são
muito
comuns
das
chamadas
“doenças
medicamentosas”,
como
por
exemplo
as
causadas
pelo
uso
prolongado
de
cor&coides,
neurolép&cos,
an&convulsivantes,
quimioterapia,
radioterapia
e
inumeráveis
outras
patologias
bastante
graves
e
difundidas,
cujo
tratamento
homeopá&co
diferenciado
poderá
ser
abordado
num
momento
oportuno.
Uma
vez
que
nada
é
independente
no
sistema,
as
questões
cogni&vas,
afe&vas,
intelec&vas
também
devem
constar
da
semiologia
homeopá&ca.
O
psiquismo
caracteriza
o
indivíduo
e
revela
suas
relações
consigo
próprio
e
com
os
outros.
Muitos
diagnós&cos
equivocados
surgem
em
decorrência
de
não
se
considerar
as
relações
do
indivíduo
com
o
meio
em
que
vive,
como
a
escola
e
a
família.
Alguns
&pos
de
comportamento
infan&l
classificados
como
patológicos
são,
em
grande
parte
das
vezes,
apenas
tenta&vas
de
adaptação
ao
meio
“hos&l”
em
que
vivem.
26. HomeopaEa
Sistema
DiagnósEco
•
•
Embora
possam
exis&r
as
chamadas
“Linhas”,
a
Homeopa&a
moderna
pode
e
deve
ser
capaz
não
apenas
de
abarcar
todas
elas
mas
criar
uma
união
dialé&ca
onde
o
produto
final
seja
mais
(e
menos
ao
mesmo
tempo)
do
que
o
simples
somatório
delas.
A
Semiologia
homeopá&ca
deve
primar
pela
valorização
do
“todo”
com
suas
“partes”
e
das
“partes”
dentro
do
“todo”
e
cons&tuir-‐se
na
base
das
tomadas
de
decisões
terapêu&cas,
sejam
elas
medicamentosas
ou
de
outra
natureza
qualquer,
buscando-‐se
as
mais
uteis
para
a
preservação
da
saúde
do
indivíduo
e
da
sociedade
em
que
vive.
Nos
trinta
anos
de
ambulatório-‐escola
da
Clínica
de
Homeopa&a
do
Hospital
do
Servidor
Público
Municipal
de
São
Paulo,
vem
sendo
desenvolvida
uma
técnica
semiológica
capaz
de
preencher
esses
quesitos
e
uma
ficha
clínica,
atualmente
digitalizada,
que
lhe
dá
sustentação
e
possibilidade
de
avaliação
de
eficácia/custo,
além
de
facilitar
os
levantamentos
para
pesquisas
clínicas.
Assim,
uma
forma
semiológica
bastante
ampla,
uniformizada
por
uma
ficha
clínica
adequada
é
muito
mais
do
que
meio
caminho
andado
para
um
bom
tratamento
homeopá&co.
27. •
•
HomeopaEa
Intervenções
terapêuEcas
A
Homeopa&a
é
um
sistema
terapêu&co
que
se
u&liza
de
medicamentos
fabricados
através
de
farmacotécnica
específica
já
adotada
pelo
SUS
desde
2007
pela
portaria
3237
do
Ministério
da
Saúde.
No
entanto,
por
suas
par&cularidades
quanto
à
abordagem
do
processo
saúde/doença,
que
envolve
um
necessário
aprofundamento
do
conhecimento
sobre
o
sujeito,
acaba
por
apresentar
uma
propriedade
emergente,
como
diria
Bateson,
da
qual
nascem
outras
possibilidades.
O
envolver-‐se
com
o
doente
e
vice-‐versa,
o
que
se
chama
relação
médico-‐paciente,
um
necessário
retorno
“às
origens”,
para
que
não
se
diga
“Humanização
da
Medicina”,
traz
possibilidades
de
intervenções
sobre
as
quais
o
médico
e
cuidador
modernos
também
devem
estar
afeitos,
o
que
se
traduz
em
conhecimentos
básicos
de
Psicologia,
Antropologia
e
Filosofia,
que
envolvem
questões
é&cas,
morais
e
espirituais.
Dentre
as
intervenções
medicamentosas,
a
Homeopa&a
apresenta
uma
variedade
de
possibilidades.
Veja-‐se,
por
exemplo,
as
instabilidades
desencadeadas
por
fatores
predominantemente
extrínsecos
ao
sistema
como
o
caso
de
uma
fratura.
Deve-‐se
u&lizar
o
termo
“predominantemente”
porque
nenhuma
instabilidade
do
sistema
depende
exclusivamente
dele
ou
de
um
fator
extrínseco
desencadeante,
mas
ambos
sempre
estão
presentes
em
graus
variáveis
de
importância.
Esse
&po
de
instabilidade
pode
ser
tratada
com
medicamento
homeopá&co
específico
para
o
melhor
restabelecimento
dos
tecidos
afetados
(ossos,
músculos,
nervos,
vasos,
pele,
etc).
28. •
•
•
HomeopaEa
Intervenções
terapêuEcas
Dentre
as
intervenções
medicamentosas,
a
Homeopa&a
apresenta
uma
variedade
de
possibilidades.
Veja-‐se,
por
exemplo,
as
instabilidades
desencadeadas
por
fatores
predominantemente
extrínsecos
ao
sistema
como
o
caso
de
uma
fratura.
Deve-‐se
u&lizar
o
termo
“predominantemente”
porque
nenhuma
instabilidade
do
sistema
depende
exclusivamente
dele
ou
de
um
fator
extrínseco
desencadeante,
mas
ambos
sempre
estão
presentes
em
graus
variáveis
de
importância.
Esse
&po
de
instabilidade
pode
ser
tratada
com
medicamento
homeopá&co
específico
para
o
melhor
restabelecimento
dos
tecidos
afetados
(ossos,
músculos,
nervos,
vasos,
pele,
etc).
No
caso
de
uma
doença
epidêmica,
cuja
origem
é
mista,
isto
é,
existe
um
grau
de
importância
aproximadamente
igual
entre
o
fator
extrínseco
desencadeante
e
o
intrínseco
(individual),
surge
a
possibilidade
de
um
medicamento
para
o
tratamento
da
Epidemia.
Hahnemann,
no
caso
do
Cólera,
indicava
três
medicamentos
(Veratrum
álbum,
Cuprum
metallicum
e
Camphora)
na
dependência
das
caracterís&cas
da
Epidemia.
As
doenças
crônicas
(verdadeiras
e
não
as
causadas
por
fatores
extrínsecos
violentos
como
visto
anteriormente)
têm
causa
predominantemente
intrínseca
ao
sistema,
onde
a
individualidade,
portanto,
tem
a
maior
influência.
Nesses
casos,
o
medicamento
será
escolhido
segundo
um
elevado
grau
de
semelhança
com
as
caracterís&cas
da
doença
crônica
que
se
pretende
curar
dentro
das
ma&zes
do
indivíduo
que
a
apresenta.
29. •
•
HomeopaEa
Intervenções
terapêuEcas
Dessa
breve
exposição
se
conclui
que
o
tempo
de
tratamento
está
diretamente
relacionado
ao
&po
de
instabilidade
que
se
pretende
tratar.
O
mito
de
que
a
Homeopa&a
é
“boa
mas
lenta”
repousa
sobre
o
fato
de
um
grande
número
de
pessoas
que
a
procuram
serem
portadoras
das
instabilidades
predominantemente
intrínsecas
ao
sistema
além
de
trazerem
as
doenças
crônicas
medicamentosas
decorrentes
de
“tratamentos”
prolongados
com
drogas
violentas
e
ineficazes.
A
Homeopa&a,
nos
casos
agudos,
por
exemplo,
habitualmente
apresenta
resultados
bastante
eficazes
e
rápidos.
Outro
tema
bastante
interessante
e,
sumamente
importante
é
o
das
intervenções
nos
casos
crônicos
que
vêm
usando
medicamentos
alopá&cos
durante
muito
tempo
e,
cuja
re&rada
coloca
em
risco
a
integridade
do
indivíduo.
Essa
circunstância,
por
sinal,
é
a
mais
comumente
encontrada
pelo
médico
homeopata,
mormente
o
que
atua
na
Rede
Pública.
Como
apresentado
anteriormente,
o
medicamento
alopá&co
atua
sobre
o
órgão
efetor
para
produzir
um
resultado
adequado
ar&ficialmente
enquanto
o
medicamento
homeopá&co
atua
na
autorregulação
es&mulando
o
sistema
a
produzir
naturalmente
esse
resultado.
Existe
antagonismo
entre
as
duas
terapêu&cas
na
medida
em
que
a
Alopa&a
atrofia
o
sistema
de
autorregulação
e
a
Homeopa&a
es&mula.
Por
outro
lado,
existe
algo
sinérgico
entre
as
duas
na
medida
em
que
ambas
buscam
um
resultado
adequado.
Portanto,
o
homeopata
deve
estar
preparado
para
essa
circunstância
e
conhecer
as
técnicas
mais
adequadas
para
a
desmedicalização
sem
colocar
o
indivíduo
em
risco.
30. •
HomeopaEa
Intervenções
terapêuEcas
Poder-‐se-‐ia
abrir
um
parênteses
para
abordar
as
doenças
profissionais,
intoxicações
e
medicamentosas,
onde
a
Homeopa&a,
mais
precisamente
a
Isoterapia,
tem
demonstrado
grande
eficácia,
como
nas
intoxicações
pelo
chumbo
ou
mercúrio
ou
mesmo
nos
efeitos
colaterais
da
quimioterapia.
•
•
Ainda
existe
um
vasto
campo
a
ser
explorado
pela
Homeopa&a
nos
casos
de
transplante
de
órgão
e
no
implante
de
células
tronco,
além
da
sua
já
consagrada
u&lização
na
síndrome
do
climatério
e
outros
transtornos
hormonais.
Pelo
exposto,
desnecessário
dizer
que
não
existe
nada
que
a
Homeopa&a
não
possa
estar
incluída
num
plano
de
tratamento.
A
Homeopa&a
é
uma
terapêu&ca
centrada
no
indivíduo
e
suas
intervenções
são
fundamentadas
nele.
Não
há
indivíduo
que
não
possa
ser
tratado
homeopa&camente.
32. Plantas Medicinais: História
• Plantas
medicinais:
u&lização
como
medicamento
tão
an&ga
quanto
o
próprio
homem;
• Método
da
tenta&va
e
erro
–
experimentação
para
saber
qual
planta
deveria
ser
u&lizada
para
cada
mal.
33. Plantas Medicinais: História
Ø Sumérios:
4000
anos
a.C.:
Rio
Tigres/Eufrates
ü inscrições
em
placas
de
barro:
ópio/alcaçuz
Ø China:
3000
anos
a.C.:
Medicina
Herbal
Chinesa
Ø Índia:
Medicina
Ayuvérdica
⇒
início
da
era
Cristã:
associações
de
plantas
(prevenção)
34. Plantas Medicinais: História
Ø Raízes
culturais
da
civilização:
gerações
transmitem
ensinamentos
sobre
a
flora
e
suas
propriedades
cura&vas;
Ø As
substâncias
presentes
nas
plantas
con&nuam
sendo
a
base
de
uma
proporção
grande
dos
medicamentos
u&lizados
atualmente;
Ø O
uso
de
plantas
medicinais
e
fitoterápicos,
com
finalidade
profilá&ca,
cura&va,
palia&va
ou
para
fins
de
diagnós&co,
passou
a
ser
oficialmente
reconhecido
pela
Organização
Mundial
de
Saúde
(OMS)
em
1978,
durante
a
conferência
em
Alma-‐Ata
na
an&ga
URSS.
35. Fitoterápicos
São medicamentos obtidos empregando-se exclusivamente
derivados de drogas vegetais como ativos;
Excipientes e outros componentes não ativos da fórmula podem
ser de outras origens que não a vegetal;
São caracterizados pelo conhecimento da
eficácia e dos riscos de seu uso, como
também pela constância de sua atividade.
37. Definições
Planta
medicinal:
planta
usada
tradicionalmente
com
finalidade
terapêu&ca.
Droga
vegetal:
planta
medicinal
ou
suas
partes,
após
processos
de
coleta,
estabilização
e
secagem,
podendo
ser
íntegra,
rasurada,
triturada
ou
pulverizada.
Derivado
de
droga
vegetal:
produtos
de
extração
da
matéria-‐prima
vegetal.
É
caracterizado
pela
reprodu&bilidade
e
constância
de
sua
qualidade.
38. LEGISLAÇÃO E FITOTERÁPICOS
Ø ANVISA
/
MS:
exigência
de
estudos
cientficos
que
comprovem
a
eficácia
do
produto
e
a
ausência
de
riscos
à
saúde;
Ø Estudos
pré-‐clínicos
e
clínicos;
Ø Combate
à
comercialização
ilegal
de
medicamentos.
39. Regulamentações diversas
Plantas medicinais
Ø Dispensadas em farmácias e ervanarias (Lei
5991/73).
- “A dispensação de plantas medicinais é privativa das
farmácias e ervanarias, observados o acondicionamento
adequado e a classificação botânica.”
-
As embalagens não podem ter alegações terapêuticas.
40. Registro: fitoterápico = medicamento
Ø Todo
fitoterápico
industrializado
deve
ser
registrado
previamente
à
comercialização;
Ø Tem
que
apresentar
critérios
de
qualidade,
segurança
e
eficácia
exigidos
pela
ANVISA
para
todos
os
medicamentos
alopá&cos.
“A venda de produtos não registrados é considerado crime grave contra a
saúde pública.”
(Cod. Penal Art. 273 § 1º B-I)
41. Quem pode produzir fitoterápicos?
Laboratórios
farmacêu&cos,
públicos
ou
privados,
com
autorização
de
funcionamento,
licença
sanitária
e
condição
sa&sfatória
de
produção
(CBPFC).
44. Há 4 formas de comprovar S/E
Ø Referências em literatura científica (RE 88/04);
Ø Registro simplificado (RE 89/04);
Ø Ensaios pré-clínicos (RE 90/04) e clínicos (CNS 196/96 e 251/97);
Ø Levantamento etnofarmacológico.
50. Exemplos: Hypericum perforatum L.
Ø
Ø
Ø
Ø
Nome popular: erva de São João;
Partes utilizadas: partes aéreas da planta
florida;
Indicação: para depressão leve ou
moderada (extratos padronizados);
É um dos principais antidepressivos
vendidos no mundo.
52. Hypericum perforatum L.
Exemplos: Hypericum perforatum L
n
n
n
n
n
n
n
Hyperico®
Iperisan®
Börnin®
Fiotan®
Jarsin®
Hiperex®
Extrato padronizado (LI 160)
53. Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo: damasco prateado)
• Planta milenar (considerada um fóssil vivo);
• Parte empregada: folhas;
• Princípios ativos: ginkgolídeos e bilobalídeos.
54. Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo:
damasco prateado)
• Inúmeros
trabalhos
mostrando
os
benescios
do
extrato
de
Ginkgo
biloba
nos
processos
cogni&vos
(memória,
atenção,
aprendizagem),
especialmente
nos
casos
onde
existe
um
déficit
inicial;
• É
u&lizada
no
tratamento
da
doença
de
Alzheimer;
• Ação:
an&oxidante,
↓
viscosidade
sanguínea
e
↑
a
circulação
sanguínea:
↑
aporte
de
oxigênio
e
glicose
para
os
neurônios.
55. Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)
• Originária
da
Europa
e
oeste
da
Ásia;
• Parte
U&lizada:
raízes;
• A m p l a m e n t e
u & l i z a d a
n a
composição
de
um
grande
número
de
produtos.
56. Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)
• C o m p o s t o s :
ó l e o s
v o l á t e i s
( s e d a & v o )
e
v a l e p o t r i a t o s
(ansiolí&co);
• Mecanismo
de
ação:
inibição
da
GABA-‐transaminase,
interação
com
receptor,
alteração
na
liberação/recaptação
de
GABA.
57.
58. Plantas Medicinais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ø Renascimento do interesse pelo tema;
Ø Lucro com a análise objetiva da ciência médica;
Ø Fitoterapia vem crescendo em importância;
Ø Grande procura por medicamentos;
Ø Opção terapêutica eficaz;
Ø baixo custo / menores efeitos colaterais.
60. Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• Técnicas utilizadas pela civilização chinesa há
mais de cinco mil anos, baseadas na
experiência empírica de líderes intelectuais
curandeiros, replicadas com sucesso pelos
discípulos através das gerações subsequentes;
• Influenciada pelo contexto sócio-cultural e
religioso;
• Praticada não somente na China, mas em
países vizinhos, como Japão e Coréia.
Palmeira, 1990
61. Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• Dinastia Qing (século 19) missionários do
ocidente levaram medicamentos, e houve a
introdução da Medicina ocidental na China;
• 1950 – estruturação do ensino da MTC, com
eliminação de aspectos considerados
supersticiosos. A formação do médico de MTC
passa a ser nas universidades.
Dong Z, 2008
62. Medicinas associadas
• Desde o século 19 a China adota ambas as medicinas
(ocidental e chinesa tradicional), e ainda está em
processo de adaptação, o estudo da medicina
integrativa.
Palmeira, 1990
Xu J, 2009
• Evento marcante - epidemia de SARS em 2003: redução
de 80% na taxa de mortalidade em Beinjin após a
associação de MTC no tratamento dos doentes (taxa de
mortalidade chinesa: 6,5 / taxa de mortalidade mundial:
9,5).
Xu J, 2009
63. Medicinas associadas
• 90% dos hospitais gerais têm um departamento
de MTC;
• Quase todos os médicos dos hospitais praticam
ambas as medicinas (ocidental e chinesa
tradicional);
• Custo financeiro da MTC é muito menor;
• Bom resultado em doenças crônicas;
• Orientação OMS: ações preventivas e
autocuidado.
Xu J, 2009
65. No Brasil
• Terapias conhecidas: acupuntura (incluindo
moxabustão e ventosaterapia), exercícios físicos
(qigong, tai chi chuan, meditação), massagens
(tuiná), fitoterapia chinesa, dietoterapia chinesa.
Palmeira, 1990
• Técnica de diagnóstico: exame da língua
adaptado para medicina integrativa.
Abe, 2012
66. Acupuntura
• Inserção de finas agulhas em pontos
determinados anatomicamente, para equilibrar
corpo/mente;
• Várias técnicas: acupuntura sistêmica, auricular,
escalpeana, eletroacupuntura;
• Sistematização do procedimento – SUS.
68. Qigong - Histórico
Qigong é uma técnica, dentre várias, da medicina
tradicional chinesa.
De acordo com registros históricos, tem uma história de
5.000 anos, remontando ao período neolítico (entre 10.000
e 4.000 anos atrás).
É um método original de orientações e cuidados médicos,
que os antepassados da nação chinesa criaram
gradualmente, acumulando e organizando suas
experiências de prática ao longo de suas vidas.
Wang & Huan, 1992; Ramos, 2012
69. Qigong
Qigong é um método terapêutico, onde são
utilizados exercícios, que são realizados de forma
suave e lenta, associados à respiração, ao
relaxamento e à concentração, bem como a
manipulação em pontos específicos de
acupuntura, a fim de recuperar, manter e prevenir
doenças.
Ramos, 2012
70. Categoria de Qigong
Existem diversas categorias e estilos de Qigong,
que se originaram em diferentes períodos
históricos, podendo ser:
• Jing Gong (práticas estáticas, de serenidade,
tranquilidade);
• Dong Gong (práticas de movimento, dinâmicas).
Ramos,
2010
72. No Brasil
Práticas conhecidas:
• Daoyin (導引)
• Ba Duan jin (八段錦)
• Yi Jin Jing (易筋經)
• Nei gong (內功)
• Lian Gong (練功)
• Xiang Gong (香功)
• Taijiquan (tai chi chuan – 太極拳)
73. Tai Chi Chuan - Histórico
Zhang San Feng, 張三豊 (1247-?), lendário monge
taoista chinês, que muitos acreditam ter conquistado a
imortalidade, enquanto estava meditando, ele viu uma
serpente sair do buraco; nesse momento, um pássaro
desceu da árvore para enfrentá-la. Após a luta, o
pássaro voou de volta para a árvore e a serpente
rastejou de volta para o buraco.
No dia seguinte, a mesma cena se repetiu.
Foi a partir da observação desse fato, que Zhang San
Feng criou o Taijiquan, 太極拳.
孔德, 2011
74. Tai Chi Chuan
• Taijiquan é uma arte marcial, realizada de forma
suave e lenta, associada à respiração, ao
relaxamento e à concentração. Estimula
respostas naturais de cura do organismo, que
atuam na prevenção de agravos, recuperação
da saúde e na visão ampliada do autocuidado;
• Atualmente é reconhecida pela UNESCO, como
patrimônio da humanidade.
75. Na China
Vários estilos de tai chi chuan:
• Estilo Chen;
• Estilo Yang;
• Estilo Wu;
• Estilo Wu/Hao;
• Estilo Sun.
79. •
•
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Cosmologia
Um
princípio
fundamental
da
Cosmologia
antroposófica
é
de
que
o
Ser
Humano
é
composto
em
sua
natureza
por
dimensões
minerais,
vegetais,
animais
e
humanas,
individuais
e
ao
mesmo
tempo
universais.
Estas
dimensões
são
resultado
da
criação
do
Cosmos,
de
tal
forma
que
o
mundo
microcósmico
pessoal
está
em
ín&ma
conexão
com
o
macrocosmo.
Estas
dimensões
organizadas
como
reinos
da
natureza,
correspondem
a
ações
de
quatro
forças
dinâmicas
de
natureza
não
perceptvel
aos
sen&dos
criadas
pelo
macrocosmo
com
naturezas
próprias
que
se
integram
com
as
substâncias
corporais
e
com
as
substâncias
dos
medicamentos
naturais.
Toda
esta
complexidade
é
ordenada
por
forças
espirituais,
ou
seja,
não
perceptveis
aos
sen&dos
como
forças
gravitacionais,
forças
vitais,
forças
anímicas
e
forças
da
individualidade.
Os
períodos
de
desenvolvimento
humano
refletem
os
períodos
de
desenvolvimento
da
humanidade,
de
maneira
que
7
anos
de
existência
humana
correspondem
a
aproximadamente
2000
anos
de
história
da
humanidade.
80. •
ANTROPOSOFIA
Cosmologia
Somos
uma
síntese
organizada
do
desenvolvimento
ao
longo
dos
milhões
de
anos
filogené&cos
e
anos
de
vida.
•
No
primeiro
ano
de
vida,
recapitulamos
o
desenvolvimento
neurológico
motor
dos
vertebrados.
Como
neonatos,
nos
movimentamos
como
peixes.
Aos
3
meses,
com
um
ano
de
existência,
iniciamos
a
aquisição
de
nosso
tônus
muscular
cervical
em
direção
crânio-‐podálica.
Com
isso,
assim
como
os
ansbios,
sustentamos
a
cabeça.
Com
7
meses
enga&nhamos
como
quadrúpedes
rep&lianos.
Com
8
meses
enga&nhamos
como
mamíferos
com
cruzamento
no
movimento
dos
membros.
Com
11
meses
ficamos
de
cócoras
como
primatas
e
andamos
com
apoio
e
braços
elevados.
Com
1
ano
terminamos
o
ciclo
e
com
o
tônus
alcançando
os
pés,
iniciamos
a
marcha
ereta.
•
Nos
primeiros
três
anos
adquirimos
o
Andar
Ereto
com
liberação
das
mãos
–
fase
Homo
erectus
e
Homo
habilis
e
Consciência
reflexiva
e
Fala
complexa
(Auto-‐Consciência)
como
Homo
sapiens.
Da
mesma
forma
nosso
cérebro
possui
regiões
que
foram
se
desenvolvendo
na
filogênese.
O
nosso
cérebro
primi&vo
voluntarioso
ou
Arquicortex
se
desenvolveu
com
os
répteis,
o
nosso
cérebro
intermediário
sen&mental
ou
Paleocortex
se
desenvolveu
com
os
mamíferos
e,
o
cérebro
racional
ou
Neocortex
com
os
primatas.
Apenas
a
área
pré-‐frontal
de
nosso
cérebro
surgiu
conosco.
81. •
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Histórico
Segundo
a
Federação
Internacional
das
Associações
Médicas
Antroposóficas
(Interna@onale
Vereinigung
Anthroposophischer
Ärztegesellscha^en)
es&ma-‐se
que
os
medicamentos
antroposóficos
são
prescritos
por
mais
de
30.000
médicos
em
65
países
de
todo
mundo,
reunidos
em
30
associações
nacionais
de
médicos
antroposóficos.
A
origem
da
Medicina
Antroposófica
(MA)
remonta
ao
início
do
século
XX,
tendo
sido
desenvolvida
pela
médica
Ita
Wegman
(1876
–
1943),
graduada
em
Medicina
na
Suíça,
em
parceria
com
o
filósofo
austríaco
Rudolf
Steiner
(1861-‐1925).
A
Medicina
Antroposófica
(MA)
está
presente
no
Sistema
de
Saúde
Pública
na
Alemanha,
Suíça,
Itália,
Holanda,
Brasil,
Suécia,
Áustria
Reino
Unido
e
Estados
Unidos
e
é
legalmente
reconhecida
também
na
Dinamarca,
Finlândia
e
Reino
Unido.
No
Brasil,
a
Medicina
Antroposófica
foi
introduzida
na
década
de
1950
e,
desde
2006
integra
a
Polí&ca
Nacional
de
Prá&cas
Integra&vas
e
Complementares
e,
é
reconhecida
como
prá&ca
médica
pelo
parecer
21/93
do
Conselho
Federal
de
Medicina.
No
Brasil,
a
medicina
antroposófica
tem
seu
exercício
organizado
pela
Associação
Brasileira
de
Medicina
Antroposófica
(ABMA)
-‐
www.abmanacional.com.br,
e
possui
sete
regionais,
nos
estados
de
São
Paulo,
Minas
Gerais,
Santa
Catarina,
Rio
Grande
do
Sul,
Rio
de
Janeiro,
Sergipe,
Pernambuco
e
Distrito
Federal.
82. •
•
•
ANTROPOSOFIA
Histórico
O
exercício
da
farmácia
antroposófica
regulamentado
pelo
Conselho
Federal
de
é
Farmácia
(CFF)
através
do
RDC
465
de
24
de
julho
de
2007.
Oficialmente,
a
Agência
Nacional
de
Vigilância
Sanitária
(ANVISA)
reconhece
os
medicamentos
antroposóficos
na
categoria
de
medicamentos
industrializados
dinamizados
(RDC
No
26,
de
30
de
março
de
2007,
RDC
No
67,
de
08
de
outubro
de
2007
e
RDC
No
87,
de
21
de
novembro
de
2008).
A
Medicina
Antroposófica
(MA)
surgiu
na
Europa
Central
nas
primeiras
décadas
do
século
XX
e
está
entre
os
sistemas
médicos
que
consideram
que
o
ser
humano
possui
uma
natureza
que
transcende
a
dimensão
ssico-‐química,
biológica
e
psico-‐social,
adicionando
a
estas
bases
as
dimensões
da
vitalidade
e
de
individualidade
tanto
nos
âmbitos
orgânicos,
através
dos
processos
regenera&vos
e
imunológicos
respec&vamente,
como
psíquicos
através
da
capacidade
de
adequado
enfrentamento
e
busca
de
sen&do
na
vida.
Estes
dois
conceitos
são
fundamentais
para
o
desenvolvimento
do
estado
de
saúde
ou
salutogênese.
A
MA
com
sua
concepção
de
um
ser
humano
em
constante
evolução
biográfica,
tem
por
obje&vo
ampliar
a
visão
da
medicina
acadêmica
de
forma
complementar,
se
propondo
a
enriquecer
a
atuação
do
médico
e
do
profissional
da
saúde.
83. •
•
•
ANTROPOSOFIA
Histórico
Essa
abordagem
sistêmica
e
integra&va
tem
como
referencial
a
Antroposofia,
cujo
significado
e&mológico
é
Sabedoria
do
Homem
(“anthropos”-‐
homem,
ser
humano;
“sofia”-‐
sabedoria,
conhecimento).
Os
estudos
cientficos
de
Wolfgang
von
Goethe
(1749-‐1832),
reconhecidos
como
precursores
de
uma
metodologia
cientfica
fenomenológica,
influenciaram
profundamente
Rudolf
Steiner,
e
chamaram
a
atenção
para
a
existência
das
forças
arquetpicas
nos
reinos
da
natureza.
Os
trabalhos
de
Goethe,
integrando
ciência
e
arte,
irrigaram
com
poesia,
esté&ca
e
sen&mento
a
“fria
e
seca”
ciência
quan&ta&va
do
século
XVIII,
antecipando
a
moderna
mudança
de
paradigma
na
ciência
do
século
XX,
na
direção
de
uma
ciência
qualita&va
.
Oferece
um
amplo
campo
de
atuação
nas
Atenções
Primária,
Secundária
e
Terciária,
gerando
bons
índices
de
resolu&vidade
através
do
uso
integrado
de
orientações
preven&vas
e
cura&vas,
de
escuta
qualificada,
da
u&lização
preferencial
de
duas
farmacopéias
(dinamizada
antroposófica
e
fitoterápica),
de
uma
equipe
de
saúde
transdisciplinar
composta
por
profissionais
da
saúde
e
por
um
conjunto
de
diversas
terapias
e
técnicas,
incluindo
todos
os
recursos
clínico-‐cirúrgicos
e
laboratoriais
da
Biomedicina
(Medicina
convencional).
Assim,
a
MA
possui
um
caráter
de
Medicina
Complementar
e
não
alterna&vo.
Desde
o
seu
nascimento,
na
década
de
20
do
século
XX
foi
pra&cada
de
maneira
transdisciplinar
atuando
de
maneira
integrada
e
ar&culada
na
promoção
da
qualidade
de
vida,
na
busca
da
cura
e
da
recuperação
no
modelo
de
comunidade
terapêu&ca.
Possibilita,
dessa
maneira,
uma
abordagem
essencialmente
humanís&ca
e
humanizadora,
afinada
com
os
princípios
da
Organização
Mundial
de
Saúde
(OMS)
e
com
o
Sistema
Único
de
Saúde
(SUS).
84. •
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Doutrina
Médica
MA
desenvolve
metodologia
cientfica
própria.
Desenvolve
uma
abordagem
unificada
da
fisiologia,
fisiopatologia
e
terapêu&ca
baseado
na
ideia
de
sistemas
e
organizações.
A
Metodologia
cientfica
antroposófica
ou
Fenomenologia
de
Goethe
é
uma
proposta
de
integração
Arte
&
Ciência.
A
fenomenologia
de
Goethe
é
baseada
na
observação
exata,
que
u&liza
a
arte
no
método
e,
que
se
aplica
tanto
no
estudo
de
pacientes
como
da
terapêu&ca.
Esta
metodologia
parte
da
descrição
da
realidade
percebida
e
se
aprofunda
através
da
intencionalidade
no
estudo
das
relações
e
do
desenvolvimento
dos
fenômenos
em
direção
à
percepção
da
totalidade,
desenvolvendo
o
conceito
de
‘arqué&po’.
O
profissional
de
saúde
antroposófico
se
empenha
junto
ao
paciente
e
a
família
em
perceber
o
significado
da
doença,
na
visão
do
desenvolvimento
noo-‐psico-‐somá&co
(noé&ca
=
dimensão
espiritual
humana)
sobre
o
pano
de
fundo
do
estudo
racional
de
sua
biografia.
85. •
•
•
•
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Doutrina
Médica
Para
MA,
saúde
é
o
resultado
de
um
equilíbrio
rítmico
e
harmonioso
entre
os
cons&tuintes
do
ser
humano,
e
doença
é
consequência
de
desequilíbrio
entre
estes
cons&tuintes
e
com
o
habitat.
Os
cons&tuintes
do
Ser
Humano
são
o
Corpo
ou
Soma,
a
Alma
ou
Psique
e
a
Individualidade
ou
Espírito.
O
Corpo
é
compreendido
por
uma
Morfologia
e
Fisiologia
ordenadas
por
quatro
organizações
ou
campos
de
forças
que
se
comportam
em
três
sistemas.
A
Psique
compreende
a
organização
das
vontades,
sen&mentos
e
pensamentos
em
interação
psicossomá&ca
com
estes
três
sistemas.
A
Individualidade
(ou
pyrus)
é
a
essência
humana
que
gera
autoconsciência
na
psique
e
iden&dade
imunológica
no
corpo.
A
Cura
corresponde
ao
reequilíbrio
destes
sistemas
de
forças.
Estes
três
cons&tuintes
se
desenvolvem
ao
longo
da
biografia,
de
forma
tríplice,
dos
0
as
21
anos
o
maior
desenvolvimento
é
corporal,
dos
21
aos
42
anos
o
maior
desenvolvimento
é
psicológico
e
dos
42
em
diante,
o
maior
desenvolvimento
é
espiritual.
O
Corpo
também
é
compreendido
de
forma
sistêmica
pela
sua
natureza
tríplice
em
três
sistemas
orgânicos
funcionais:
ü SISTEMA
NEURO-‐SENSORIAL(SNS)
-‐
associado
ao
ectoderma
ü SISTEMA
RÍTMICO
(SR)
-‐
associado
ao
mesoderma
ü SISTEMA
METABÓLICO
–
MOTOR
(SMM)
-‐
associado
ao
endoderma
86. •
•
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Doutrina
Médica
Quanto
à
organização
quádrupla
estamos
falando
de
sistemas
dinâmicos.
As
quatro
organizações
são
Organização
Física
(OF),
Organização
Vital
(OV),
Organização
Anímica
(OA)
e
Organização
do
Eu
(OE).
A
OF
é
avaliada
através
do
peso
(quan&ta&vo
e
qualita&vo),
pela
tendência
a
mineralização,
rigidez
e
edema.
No
aspecto
psíquico
é
inves&gada
pelo
grau
de
melancolia
(peso
d’alma),
rigidez,
dureza
mental
e
cristalização
de
ideias
fixas.
A
OV
é
avaliada
pelas
formas
convexas
(formas
infan&s),
pela
leveza,
pela
capacidade
de
regeneração
e
crescimento,
pelo
turgor
úmido
e
maciez
da
pele,
pela
falta
de
cansaço
e
fácil
recuperação.
Psiquicamente
pela
boa
memória,
pela
profundidade
do
sono,
pelo
temperamento
fleumá&co
e
pela
adaptabilidade.
A
OA
é
avaliada
pelo
tônus
muscular,
motricidade,
sensibilidade,
agilidade,
distribuição
da
gordura
e
sua
absorção,
sensibilidade
gástrica,
pressão
arterial,
frequência
cardíaca
e
respiratória
e
pela
distribuição
de
gases.
Psiquicamente
pela
irritabilidade,
ansiedade,
atenção,
vigília,
animação,
dispersão
e
temperamento
sanguíneo.
A
OE
é
avaliada
pelo
equilíbrio,
postura,
capacidade
de
manter
a
temperatura,
olhar
presente
e
imunocompetência.
Psiquicamente
pela
capacidade
de
concentração,
pela
‘presença
de
espírito’,
pela
determinação
e
atuação,
pelo
temperamento
colérico
e
pela
coerência.
Estas
manifestações
se
traduzem
como
Resiliência,
auto-‐regulação,
Salutogênese
-‐
termos
que
expressam
a
atuação
da
Individualidade.
87. •
•
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Doutrina
Médica
O
desenvolvimento
das
quatro
organizações
de
forças:
os
quatro
Partos.
Estes
partos
nos
primeiros
21
anos
de
vida,
criam
as
condições
para
o
amadurecimento
das
quatro
organizações
de
forças
que
organizam
nosso
corpo
humano.
Na
Maternidade
ou
em
casa
acontece
o
Parto
Físico
(parto
normal
ou
cesariana),
quando
a
criança
se
separa
fisicamente
da
mãe.
Ao
final
da
primeira
infância,
quando
termina
um
ciclo
de
7
anos
(setênio)
ocorre
a
troca
dos
dentes,
o
fim
da
mielinização
(bainha
de
gordura
termina
de
envolver
os
neurônios),
o
fim
da
produção
de
células
de
gordura
e
o
pulmão
amadurece.
A
esta
passagem
para
a
segunda
infância,
quando
a
criança
passa
de
um
nível
de
consciência
de
fantasia
para
um
mais
racional,
com
muito
maior
consciência
do
mundo
e
muitas
perguntas
que
surgem,
chamamos
de
segundo
Parto
ou
Parto
da
Vitalidade.
O
terceiro
parto
é
bem
visível,
pois
aquela
criança
começa
a
transformar
seu
corpo
dos
10
aos
14
anos,
surge
uma
vida
animal
intensa
chamada
Puberdade
quando
nascem
pelos,
mudam
de
comportamento
para
uma
vida
solitária
ou
em
bandos
e
aumenta
muito
a
consciência
dos
sen&mentos
próprios.
Chamamos
este
processo
de
Parto
Anímico
ou
Animal.
O
quarto
e
úl&mo
parto
acontecem
por
volta
dos
21
anos
e
se
chama
Maioridade
ou
Parto
do
Eu,
quando
surgem
perguntas
de
iden&dade
como
Quem
Sou
Eu?
-‐
Qual
minha
Vontade?
–
Qual
o
Sen&do
da
Vida
?
88. •
•
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Doutrina
Médica
Para
a
organização
héptupla
vinculadas
aos
arqué&pos
clássicos
dos
sete
planetas
e
da
mitologia
grega,
adotamos
uma
Tipologia
ue
caracteriza
psiquicamente
cada
um
destes
q
arqué&pos
como
traços
de
personalidade.
Os
&pos
1,
2
e
3
estão
associados
aos
arqué&pos
-‐
Lua,
Mercúrio
e
Vênus,
respec&vamente,
se
organizam
a
cada
setênio
do
nascimento
aos
21
anos
de
idade
e
são
&pos
&picamente
femininos.
Os
&pos
5,
6
e
7
estão
associados
aos
arqué&pos
Marte,
Júpiter
e
Saturno,
respec&vamente,
se
organizam
a
cada
setênio
dos
42
anos
aos
63
anos
de
idade
e
são
&pos
&picamente
masculinos.
O
&po
4
solar,
de
natureza
integrada
e
não
sexual,
se
desenvolve
entre
21
e
42
anos
de
idade
e
corresponde
ao
equilíbrio
entre
os
6
&pos
complementares.
Nossa
Epologia
denomina
os
aspectos
psíquicos
destes
sete
Epos
como
Tipo
1:
Cuidador(a)/
Maternal,
Tipo
2:
ComunicaEvo(a)/Sociável,
Tipo
3:
Sensual/EstéEco(a),
Tipo
4:
Altruísta/Cordial,
Tipo
5:
Empreendedor(a)/ExecuEvo(a),
Tipo
6:
Estratégico(a)/Organizador(a)
e
Tipo
7:
Disciplinado(a)/Rígido(a)/Formal.
89. ANTROPOSOFIA
Morfologia
TRIMEMBRAÇÃO:
• O
SNS
está
mais
vinculado
à
epiderme,
cabeça
e
pescoço,
músculos
estriados
esquelé&cos,
sistema
nervoso
somá&co,
sistema
nervoso
autônomo
simpá&co,
órgãos
dos
sen&dos,
&reoide,
sistema
arterial
e
as
plaquetas.
Possui
como
caracterís&cas
um
centro
cranial,
mineralização
periférica
nos
ossos
chatos,
simetria
lateral,
baixa
capacidade
regenera&va,
tendência
a
imobilidade,
permite
sensação,
percepção
e
consciência,
ação
catabolizante,
configurante,
ordenador
e
promotor
de
frio
corporal.
• O
SR
está
mais
vinculado
à
derme,
tórax
e
mamas,
o
aparelho
cardiovascular,
o
aparelho
respiratório,
a
série
vermelha
do
sangue
e
o
sistema
linfá&co.
Seu
papel
é
conciliador,
harmonizador,
curador
e
integrador.
• O
SMM
tem
está
mais
vinculado
a
hipoderme,
musculatura
lisa,
o
aparelho
digestório
e
seus
anexos,
sistema
nervoso
autônomo
parassimpá&co,
o
sistema
locomotor,
o
sistema
endócrino-‐metabólico
(exceto
&reóide),
o
aparelho
geniturinário,
sistema
venoso,
o
sistema
re&culoendotelial
e
a
série
branca
sanguínea.
Possui
as
seguintes
caracterís&cas:
centro
caudal,
mineralização
central
nos
ossos
longos
tubulares,
assimetria
e
forma
espiral,
enorme
capacidade
regenera&va,
não
permite
sensação,
percepção
e
consciência,
ação
anabolizante,
tendência
ao
movimento,
sen&do
centrífugo,
dissolvente
e
gerador
de
calor.
90. ANTROPOSOFIA
Morfologia
QUADRIMEMBRAÇÃO:
• Entendemos
que
cada
uma
destas
quatro
organizações
se
manifesta,
respec&vamente,
como
quatro
lemniscatas
ver&cais
(forma
do
infinito,
do
número
8),
que
se
relacionam
diretamente
com
os
três
sistemas
orgânicos
e
psíquicos.
Assim
temos
para
a
OF
a
lemniscata
esquelé&ca
composta
por
tecidos
cristalizados,
para
a
OV
a
lemniscata
muscular
de
caráter
fluido
(80%
de
água),
para
a
OA
a
lemniscata
nervosa
de
natureza
lipídica
e,
para
a
OE
a
lemniscata
circulatória
de
natureza
calórica.
• Os
órgãos
e
tecidos
da
OF
(órgãos
terra)
são
os
órgãos
sensoriais,
ossos
(tecidos
mineralizados)
e
pulmão.
A
OV
(órgãos
agua)
está
presente
no
sgado,
músculos
(não
placa
motora),
medula
óssea,
mucosas
diges&vas
e
folículos
pilosos
(vulneráveis
à
quimioterapia).
A
OA
(órgãos
ar)
se
manifesta
nos
órgãos
gordurosos
(SNC,
sistema
urogenital),
órgãos
musculares
e/ou
ácidos,
aerados,
catabolizantes
ou
anabolizantes
(estômago,
boca,
&reóide,
adrenais,
hipófise,
etc).
A
OE
(órgãos
fogo)
está
vinculada
a
pineal
(centro
do
SNS),
ao
coração
(centro
do
SR)
e
baço,
pâncreas
(centro
do
SM),
além
do
sgado
e
medula
óssea.
Os
quatro
órgãos
cardinais
são
pulmão
(terra),
sgado
(água),
rins
(ar)
e
coração
(fogo).
91. ANTROPOSOFIA
Morfologia
HEPTAMEMBRAÇÃO:
• Os
sete
bio&pos
estão
também
vinculados
aos
órgãos
da
seguinte
maneira:
ü o
&po
1
ao
SNC,
órgãos
dos
sen&dos
e
gônadas;
ü o
&po
2
ao
pulmão,
intes&no
e
pâncreas;
ü o
&po
3
aos
rins,
adrenais
e
veias;
ü o
&po
4
ao
coração;
ü o
&po
5
a
vesícula
biliar,
&reóide,
placa
motora
e
artérias;
ü o
&po
6
ao
sgado
anabólico,
hipófise
e
ar&culações;
ü o
&po
7
ao
baço,
ao
sistema
imune,
pineal
e
ossos.
92. •
•
•
•
ANTROPOSOFIA
Dinâmica
Vital
(Fisiologia)
Existe
uma
Lei
da
Polaridade
entre
os
sistemas
polares
SNS
e
SMM.
O
SNS
tem
seu
centro
no
pólo
cefálico
e
o
SMM
tem
seu
centro
no
pólo
abdominal.
O
Sistema
Rítmico
promove
uma
equilíbrio
dinâmico
entre
os
polos.
O
SNS
está
associado
a
geração
dos
processos
crônico-‐degenera&vos,
em
geral
associado
a
um
processo
inflamatório
crônico
que
evolui
para
esclerose.
Fica
mais
a&vo
após
os
42
anos
de
idade.
O
Sistema
Metabólico-‐Motor
(SMM)
está
envolvido
na
gênese
da
inflamação
aguda
e
predomina
sua
a&vidade
até
os
21
anos.
O
Sistema
Rítmico
(SR),
que
predomina
sua
ação
harmoniosa
entre
os
21
e
42
anos
de
idade
é
promotor
de
homeostase
e
saúde.
Na
inflamação
aguda
existe
uma
“intensificação”
das
4
organizações
no
corpo
humano,
que
se
manifestam
nos
quatro
sinais
inflamatórios
respec&vamente:
rubor,
edema,
dor
e
calor.
Na
menstruação
ocorre
afastamento
da
OE
-‐
localmente
com
perda
de
relação
com
o
sangue
que
cai
na
gravidade,
hipotermia,
baixa
de
imunidade,
perda
do
“centramento
e
espaço
aberto
para
outro
Eu”
(filho).
Na
ovulação,
ao
contrário,
existe
um
pico
de
aumento
de
temperatura
e,
maior
“centramento”
revelando
maior
a&vidade
da
OE.
93. •
ANTROPOSOFIA
Dinâmica
Vital
(Fisiologia)
Do
ponto
de
vista
orgânico
a
&pologia
da
heptamembração
procura
caracterizar
os
processos
patológicos
em
seis
padrões,
além
do
padrão
de
equilíbrio
(Tipo
4)
e
mencionamos
os
metais
associados
aos
arqué&pos
para
auxiliar
o
raciocínio
terapêu&co.
Tipo
1
(Argentum):
&po
juvenil,
brevilíneo
e
anabolismo;
Tipo
2
(Mercurius):
fluxo,
movimento,
inflamação
aguda
e
absorção;
Tipo
3
(Cuprum):
calor,
circulação
e
redução
de
tônus;
Tipo
4
(Aurum):
saudável
e
radiante;
Tipo
5
(Ferrum):
intensidade
de
atuação
e
função,
secreção,
voz,
aumento
de
tônus;
Tipo
6
(Stannum):
deformações,
condições
amorfas,
cistos,
nódulos
e
fibroses;
Tipo
7
(Plumbum):
&po
longilíneo,
catabolismo,
esclerose
e
envelhecimento
precoce.
Podemos
relacionar
os
&pos
1,
2
e
3,
de
uma
forma
geral,
com
os
processos
inflamatórios
agudos
e
com
o
SMM.
De
forma
análoga
podemos
relacionar
os
&pos
5,
6
e
7
aos
processos
crônico-‐degenera&vos
e
ao
SNS,
assim
como
relacionar
o
&po
4
à
saúde.
• Existem
12
sen&dos,
em
três
grupos
de
quatro
sen&dos,
que
estão
vinculados,
respec&vamente
as
dimensões
corporal,
psíquica
e
espiritual:
a)
Percepção
dos
fenômenos
corporais:
tato,
orgânico
ou
vida,
movimento,
equilíbrio;
b)
Percepção
dos
fenômenos
naturais
e
psíquicos:
olfato,
paladar,
visão,
sen&do
térmico;
c)
Percepção
dos
fenômenos
culturais
e
espirituais:
audição,
linguagem,
pensamento,
Eu
do
outro.