O documento discute os sinais e características da dislexia em diferentes idades, como se manifesta, possíveis causas e diagnóstico. A dislexia tende a ser hereditária e causa dificuldades com linguagem, leitura, escrita e organização. O tratamento envolve acompanhamento especializado e apoio da família e professores.
4. Sinais de alerta
Como a dislexia é genética e hereditária,
se a criança possuir pais ou outros
parentes disléxicos, quanto mais cedo
for realizado o diagnóstico melhor para
os pais, à escola e à própria criança.
5.
6. Haverá sempre
• dificuldades com a linguagem e escrita;
• dificuldades em escrever;
• dificuldades com a ortografia;
• lentidão na aprendizagem da leitura;
7. Haverá muitas vezes
disgrafia (letra feia);
discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na
assimilação de símbolos e de decorar tabuada;
dificuldades com a memória de curto prazo e com a
organização;
dificuldades em seguir indicações de caminhos e em
executar sequências de tarefas complexas;
dificuldades para compreender textos escritos;
dificuldades em aprender uma segunda língua.
8. Haverá às vezes
dificuldades com a linguagem falada;
dificuldade com a percepção espacial;
confusão entre direita e esquerda.
9. Pré-escola
Dispersão;
Fraco desenvolvimento da atenção;
Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
Dificuldade em aprender rimas e canções;
Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
Dificuldade com quebra cabeça;
Falta de interesse por livros impressos;
10. Adultos
Continuada dificuldade na leitura e escrita;
Memória imediata prejudicada;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
Dificuldade com direita e esquerda;
Dificuldade em organização;
11. Quais são as causas da
dislexia?
Os pesquisadores não sabem exatamente o que causa a
dislexia, mas acham que um problema durante o
desenvolvimento podem afetar a forma como o cérebro
processa a informação. Eles também acreditam que a genética
desempenha um papel. Apesar de um gene para a dislexia não
ter sido encontrado, dislexia tende a ser herdada nas famílias.
A dislexia não é causada por uma deficiência física, como
problemas de visão ou audição.
13. Cabe reforçar que não há prescrição de
medicamentos para quadros de dislexia, e,
sim, adaptações aliadas ao atendimento
especializado com o profissional da área de
saúde.
14. Quem é o profissional responsável pelo tratamento?
O profissional responsável pode variar, dependendo da
dificuldade apresentada pela criança. Ela pode precisar de
acompanhamento especializado de um psicólogo,
psicopedagogo ou fonoaudiólogo. Entretanto, o tratamento não
acontece apenas no contexto da clínica. É necessário o
envolvimento da família e dos professores para estimular
continuamente a criança.
16. Crianças com o diagnóstico de dislexia
(dificuldade de ler, escrever e soletrar) são mais
propensas a desenvolver sintomas depressivos, assim
como também possuem maior risco de passar para a
fase adulta com um transtorno psicológico se a busca
por ajuda for demorada. O alerta é do neuropsicólogo
Ricardo Franco de Lima, que avaliou 31 crianças com o
diagnóstico de dislexia e comparou os resultados com
outras 30 crianças sem nenhum tipo de problema e que
frequentavam uma escola pública de Campinas.
http://www.drbayma.com/criancas-com-dislexia-tem-
mais-chance-de-desenvolver-sintomas-depressivos/
19. Os professores podem
minimizar a situação.
Colocar o aluno numa carteira mais próxima de si, para
assim poder "vigiar" a atenção e as dificuldades do aluno.
Eliminar possíveis focos de distração (afastar colegas/amigos,
barulhos, objetos que distraiam, janelas ou portas, etc.).
Ensinar o aluno a organizar os cadernos/dossiê com cores,
com separadores, etc.
Fazer um reforço positivo e não negativo para que ele não se
sinta marginalizado.
Dar mais tempo durante as provas.
Ler as provas/perguntas para o aluno.
20. Existe legislação específica no Brasil que
garanta os direitos dos disléxicos?
o
No Brasil, os transtornos de aprendizagem se
enquadram na categoria de Necessidades Educacionais
Especiais, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).
Não existe ainda uma politica nacional de identificação
e acompanhamento destes estudantes, no entanto, alguns
municípios (como por exemplo, Jundiaí, Campos do Jordao e o
Estado do Rio de Janeiro) já aprovaram leis que garantem as
necessidades destes alunos.