O documento discute os problemas com o foco excessivo em testes e avaliações formais na educação. Argumenta que as provas são usadas mais para ameaçar os alunos do que motivar a aprendizagem, e que o sistema educacional se concentra nos resultados dos testes em vez do processo de aprendizagem. Defende uma abordagem de avaliação mais focada no diagnóstico para melhorar o aprendizado do que classificar os alunos.
2. Os professores utilizam as
provas como instrumentos de
ameaça e tortura prévia dos
alunos, ao invés de serem um
elemento motivador da
aprendizagem.
3. O estabelecimento de ensino está
centrado nos resultados das provas e
exames:
A dinâmica dos processos educativos
permanece obnubilada (obscurecida), porém
deles emergem dados estatísticos formais.
Sua leitura pode ser crítica ou ingênua,
dependendo da maneira com que forem
lidos.
4. O sistema educacional se contenta com as
notas obtidas nos exames:
Enquanto o estabelecimento de ensino
estiver dentro dos “conformes”,o sistema
social se contenta com os quadros
estatísticos. Saindo disso, os mecanismos de
controle são automaticamente acionados:
pais que reclamam da escola; verbas que não
chegam; inquéritos administrativos, etc.
5. DESDOBRAMENTOS NA RELAÇÃO
PROFESSOR-ALUNO A PARTIR DA
AVALIAÇÃO
• Provas para reprovar.
• Pontos a mais e pontos a menos.
• Uso da avaliação da aprendizagem como
disciplinamento social dos alunos.
6. PEDAGOGIA
DOS
EXAMES
PEDAGOGICAMENTE:
ela centraliza a
atenção nos
exames; não auxilia
a aprendizagem dos
estudantes.
PSICOLOGICAMENTE:
é útil para
desenvolver
personalidades
submissas.
SOCIOLOGICAMENTE:
É bastante útil para os
processos de
seletividade social. A
avaliação está muito
mais articulada com a
reprovação do que com
a aprovação e daí vem
a sua contribuição para
a seletividade social.
7. • JUÍZO DE VALOR
• TOMADA DE DECISÃO
• CARACTERES RELEVANTES
DA REALIDADE
(transformação social)
AVALIAÇÃO
8. Com a função classificatória, a avaliação
constitui-se num instrumento estático e
frenador do processo de crescimento.
Com a função diagnóstica, ela será um
momento do processo de avançar no
desenvolvimento da ação, do crescimento
para a autonomia, do crescimento para a
competência, etc.
9. É preciso que a ação pedagógica em
geral e a de avaliação sejam
racionalmente decididas.
Ao planejar suas atividades de ensino,
o professor estabeleça previamente o
mínimo necessário a ser aprendido
efetivamente pelo aluno.
10. Os erros de aprendizagem, servem
positivamente de ponto de partida
para o avanço, na medida em que são
identificados e compreendidos, e sua
compreensão é o passo fundamental
para a sua superação.
11. Ao avaliar o professor deverá coletar,
analisar e sintetizar, da forma mais
objetiva possível, as manifestações de
condutas (cognitivas, afetivas,
psicomotoras) dos educandos, produzindo
uma configuração do efetivamente
aprendido.
12. Cremos que o papel do diretor de um
estabelecimento de ensino é coordenar a construção
de diretrizes da instituição como um todo e atuar
para prover as condições básicas para que tais
diretrizes possam efetivamente sair do papel e
transformar-se em realidade – para que o projeto se
transforme em construção. Não será o diretor que
planejará e imporá seu planejamento sobre os outros;
ele será o coordenador de uma decisão coletiva para
a escola, que também deverá ser gerenciada
coletivamente. Só um projeto comum poderá ser
realizado de forma comum.
13. O ato de planejar é um ato decisório da
maior importância e efetivado dentro de
um projeto coletivo institucional. O
planejamento isolado e diversificado de
cada professor impossibilita a formação
de um corpo, se não único, ao menos
semelhante, de atuação dentro de uma
mesma escola.
14. A ação é o meio pelo qual
construímos os resultados,
que podem nos satisfazer.
Contudo, não é uma ação
qualquer, mas a
ação planejada.
15. Concluindo...
O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se
destina a um julgamento “definitivo” sobre alguma coisa,
pessoa ou situação, pois que não é um ato seletivo. A
avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à
inclusão; destina-se à melhoria do ciclo de vida. Deste
modo, por si, é um ato amoroso. Infelizmente, por nossas
experiências histórico-sociais e pessoais, temos
dificuldades em assim compreendê-la e praticá-la. Mas...
Fica o convite a todos nós. É uma meta a ser trabalhada,
que, com o tempo, se transformará em realidade, por meio
de nossa ação. Somos responsáveis por esse processo.