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PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga
veiga@iac.sp.gov.br

Foto Quinoa – PROINPA/Bolívia
6. Conservação de Recursos
Fitogenéticos
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•

Coleta
Intercâmbio
Quarentena
Identificação
Caracterização
Conservação
Educação
Valoração
Uso
Documentação

Como existe uma imensa variabilidade de
espécies a serem conservadas, com distintos
sistemas de reprodução, estes determinam os
métodos a serem seguidos.

BAG-Bambu, no IAC
GARANTIA CONSTITUCIONAL
A constituição brasileira nos assegura uma participação ativa do
governo na luta pela preservação da biodiversidade.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade  de  vida,  impondo-se  ao  Poder  Público  e  à 
coletividade  o  dever  de  defendê-lo  e  preservá-lo  para  as 
presentes e futuras gerações. 

    
 
 
 
 
§  1º  Para  assegurar  a  efetividade  desse  direito,  incumbe  ao 
Poder Público: I - preservar a diversidade e a integridade do 
patrimônio  genético  do  País  e  fiscalizar  as  entidades 
dedicadas  à  pesquisa  e  manipulação  de  material  genético; 
      
•Agricultura tradicional: raças nativas, cultivares primitivas e espécies
de importância cultural (ex: uso religioso);
•Material melhorado: cultivares modernas e obsoletas, linhas
avançadas, mutantes, etc.
•Espécies silvestres: Através da Portaria 37-N, de 3 de abril de 1992,
o IBAMA torna pública a Lista Oficial de Espécies da Flora
Brasileira Ameaçada de Extinção: http://www.biodiversitas
.org.br/florabr/lista_ibama.asp. Nesta lista constam as espécies em
risco de extinção, vulneráveis e raras.
•Formas regressivas: Ex: Arroz, milho, tomate e Cana-de-açúcar (Ex:
Sacarum spontaneum: para rendimento, vigor e resistência a pragas, em
melhoramento de Cana-de-açúcar).
•Biotecnologia e Engenharia Genética: Transgênicos, Pólens,
Fragmentos de ADN, Genes Clonados, Genes Marcadores, Genes
Foto: BancoGenoma de Cloroplastos, etc.
Silenciosos, Base de Conservação de Germplasma do Chile
CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO USO SUSTENTÁVEL DA
BIODIVERSIDADE

CONSERVAÇÃO

PRESERVAÇÃO
“IN SITU”

“EX SITU”
Intercâmbio

Comunidades
tradicionais

Coleta

Reservas Genéticas (Parques e Reservas)

BAGs

Câmara Fria

Coleção
de Base

Coleção in vitro

Coleção a Campo

Coleção
Ativa

Populações
indígenas

Coleção
Nuclear

Coleção de
Trabalho

Crioconservação

Coleção
Genômica

Coleção
Polens

Coleção
On farm

USO
SUSTENTÁVEL
A conservação e a preservação somente se justificam se houver a utilização posterior.
CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À
CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À
SUA CONSERVAÇÃO
SUA CONSERVAÇÃO
O problema na conservação de sementes é que nem todas sementes
podem ser conservadas a baixas temperaturas e a baixas umidades.
• ORTODOXAS – Encontram-se secas no estádio de maturação
fisiológica e ainda podem sofrer redução para 3% - 7% em sua
umidade, além de suportarem temperaturas abaixo de 0oC. Neste
grupo encontramos cereais, leguminosas, oleaginosas, forrageiras,
etc. Ex: Amendoim, arroz, feijão, milho, trigo, soja.
• RECALCITRANTES – Possuem altos teores de umidade no
estádio de maturação fisiológica e não toleram a secagem e nem
temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo estão espécies florestais e
frutíferas tropicais e temperadas, entre outras. Ex: Cacau, manga e
seringueira.
• INTERMEDIÁRIAS - Toleram a desidratação até 10% de
umidade, mas não suportam temperaturas negativas. Ex: Café e
citros.
Situação dos BAGs Ex Situ
Situação dos BAGs Ex Situ
•No Mundo: existem 287 BAGs de plantas cultivadas;
•No Brasil: são 177 BAGs e 200.000 acessos. O IAC contribui
com a manutenção de 20% dos BAGs de plantas cultivadas;

•No Estado de São Paulo: existem 89 BAGs, dos quais o IAC
contribui com a manutenção de 80%. Também são
mantenedores de BAGs em São Paulo: a ESALQ/USP, a
UNICAMP, o Jardim Botânico de São Paulo, Instituto
Florestal, a UNESP/Jaboticabal, a CATI e a COPERSUCAR.
SISTEMA NACIONAL DE CURADORIAS

Mesmo constando alguns BAGs, do
IAC e outras instituições estaduais,
ainda não passa de um Sistema
Embrapa de Curadorias.
FOTO: ENCONTRO DOS CURADORES DE BAGs DA EMBRAPA
CONSERVAÇÃO EM CÂMARAS FRIAS
Para cada 1% de aumento no teor de umidade da
semente, a longevidade é reduzida pela metade.
Para cada 5OC de aumento na temperatura
longevidade é reduzida também pela metade.

a

Regeneração dos acessos: quando a viabilidade das
sementes for reduzida para 85% do poder germinativo
inicial.
Foto: Banco Base de Amendoim ICRISAT- Índia (-20 C)
o
• TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400 se/tes
TESTE DE VIABILIDADE
= 400
• DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes
DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes
• 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200 se/tes
6 TESTES DE
CONSERVAÇÃO
• 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400
2 DETERMINAÇÕES DE
400
• 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes
3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes
• 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes
1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes
• PERDAS POR ACIDENTE = 400 se/tes
PERDAS POR
• TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes
TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes
• Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes.
Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes.
Periodicidade  da  monitoração:  10  anos  para  os  acessos  incorporados 
com viabilidade inicial acima de 85%.  
                                                         5 anos para os acessos incorporados 
com viabilidade inicial abaixo de 85%.
Foto: Preparo das sementes, para conservação em sacos aluminizados, BAG-Arachis ICRISAT Índia
ACONDICIONAMENTO DAS SEMENTES

•ACONDICIONAMENTO: Sugere-se o uso de embalagens
herméticas, para não alterar a umidade, podendo ser latas de
alumínio (foto) ou sacos aluminizados (foto anterior).
•METODOLOGIA: Utilizam-se regras Internacionais de análise de
sementes: ISTA, 1993; Manual de Tecnologia de Sementes para
BAGs, Ellis et al.,1985; Protocolo de Sementes no Armazenamento,
Hong & Ellis, 1996.
Foto: Câmara-fria de longo prazo, com grão de bico. Icrisat, Índia
SOBREVIVÊNCIA DAS SEMENTES
ORTODOXAS
Considera-se que a conservação de sementes ortodoxas, com
umidade e temperatura (-10 oCa -20oC)controladas, pode ser
realizada “ad eternum” com poder germinativo e vigor adequados.
Exemplos comprovados:

AVEIA = 123 ANOS
CEVADA = 123 ANOS
ERVILHA = 130 ANOS
QUIABO = 125 ANOS

TOMATE = 124 ANOS

Foto: Câmara fria de médio prazo, com 5oC, no IAC
PANORAMA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DE
RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS
• 6 milhões de acessos conservados (1470 bancos)
• 2 a 3 milhões (sementes ortodoxas)
• 14% - conservadas a longo prazo
• 75 países armazenam em condições de médio e longo prazo
• 35 atendem aos padrões internacionais para conservação a
longo prazo (15 na Europa, 7 nas Américas, 5 na Ásia, 4 na
África e 4 nos países do Oriente Próximo)
O QUE E QUANTO SE CONSERVA

CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL
• 48% - cereais (trigo,14%; arroz,
8%; milho 5%)
• 16% são leguminosas
alimentícias
• 10% forrageiras
• 8% hortaliças
• 4% fruteiras
• 4% raízes e tubérculos,
• 2% fibrosas
• 2% oleaginosas

NÚMERO
DE
CONSERVADOS
PRAZO
CHINA

ACESSOS
A
LONGO
300.000

EUA

268.000

ALEMANHA

160.000

JAPÃO

146.091

ÌNDIA

144.109

KOREA

115.639

CANADÁ

100.000

BRASIL

90.000
EXEMPLO DE NÚMERO DE ACESSOS EM BAGs

NÚMERO TOTAL DE ACESSOS/LONGO
PRAZO
GÊNERO

TOTAL

L. PRAZ0

%

Triticum

788.654

102.525

13

Oryza

420.341

142.915

34

Zea

261.584

65.396

25

Sorghum

168.550

42.137

25

Hordeum

486.724

48.672

10

Avena

223.287

42.424

19

Phaseolus

268.369

37.571

14

Glycine

176.400

42.336

24

O número de acessos ideal para cada BAG é planejado de modo a
representar toda a variabilidade da espécie ou gênero conservado.
EXEMPLO DE CUSTOS DE CONSERVAÇÃO POR
SEMENTES
CIMMYT (123.000 ACESSOS) TRIGO

OPERAÇÕES

CUSTO (%)

ESTOCAGEM
INTRODUÇÕES

6,2

TESTE VIAB.

4,2

REGENERAÇÃO

47,0

MULTIPLICAÇÃO

6,8

DISTRIBUIÇÃO

Foto: CIMMYT

23,5

12,1

A conservação de recursos genéticos tem um custo que tem que ser
levado em consideração ao se montar um Banco de Germoplasma.
A estratégia aqui é a de monitorar e proteger diferentes
acessos e diferentes espécies cultivadas em um determinado
agroecossistema.
Assim a Pesquisa Científica trabalha integrada aos
agricultores, num sistema de parceria, onde o
germoplasma é mantido como parte do sistema agrícola,
dentro da própria comunidade, como bancos de sementes
ou in vivo.
Neste Sistema incluem-se as raças locais, as cultivares
tradicionais e os parentes silvestres das espécies cultivadas.
Foto: Conservação realizada por agricultor
Principais alvos: on farm
1. Caiçaras
2. Ribeirinhos
3. Quilombolas
4. Índígenas

Foto: Cooperativa do Paraná, conservando sementes dos agricultores
Exemplo de Metodologia de Conservação On Farm
OBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARM
OBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARM

•Conservar o germoplasma, evitando sua erosão genética e permitindo a sua
coleta;
• Disponibilizar sistemas de produção adequados às comunidades;
• Evitar a adoção involuntária de variedades melhoradas;
• Garantir o direito legal das comunidades sobre o seu germoplasma;
• Incentivar a comunidade a volorizar o seu germoplasma.
• Possibilitar o trabalho conjunto com a pesquisa científica;
• Possibilitar o intercâmbio entre comunidades;
• Restaurar a diversidade de cultivos alimentares;

Figura: Mapa da Fome indígena no Brasil
COLEÇÃO NUCLEAR (Core collections)
1- COLEÇÃO ATUAL
Os BAGs têm problemas que limitam o seu uso, tais como:
1. Tamanho da Coleção: O espaço é um fator limitante, tanto no campo como em câmarasfrias.
2. Caracterização e Avaliação: Quanto maior o BAG menor a possibilidade de realizar a
caracterização e avaliação.
3. Duplicações: comumente alguns acessos têm mais de uma entrada na coleção, com
diferentes sinonímias.
4. Custo De Manutenção: quanto maior número de acessos maior o custo de manutenção.
2- PASSOS PARA FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR
A estratificação da CN pode ser baseada em:
1. Distribuição geográfica: O local da coleta é determinante na separação de acessos.
2. Caracterização: Dados morfológicos, citogenéticos, bioquímicos e genéticos, são
essenciais para uma perfeita distinção entre acessos, inclusive para a detecção de duplicações.
3- RETIRADA DE AMOSTRAS DENTRO DE CADA ESTRATO PARA A FORMAÇÃO
DA COLEÇÃO NUCLEAR
Para a retirada das amostras pode-se utilizar:
1. Amostras iguais a aproximadamente 10% do tamanho do original, com cerca de 70% da
representatividade genética da coleção original, não devendo exceder a 3.000 acessos.
COLEÇÕES NUCLEARES (CORE COLLECTIONS)
Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das
coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da
diversidade genética da espécie e seus parentes silvestres.
Representatividade: Brown (1989), sugere que 10% do total de acessos
representa aproximadamente 70% da variabilidade genética de uma
coleção. Para coleções muito grandes sugere não exceder a 3.000
acessos.
Informações fundamentais: Dados de passaporte;
dados de
caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e
genética.
Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) são o maior número de acessos
identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor
número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso.
Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim,
Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas:
Milho (300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com
caracteres morfológicos e geográficos.
Seleção dos acessos para compor a CN
Cultivares tradicionais, elite e linhagens
• selecionada pelo tipo de grão;
• pela região de cultivo;
•pelo sistema de cultivo;
• pelo local de origem do acesso; etc.
•com uso do Sistema de informação geográfica
(SIG).

Uso dos critérios geográficos na estruturação de Coleções Nucleares:
- Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm sido utilizados no
estudo de Recursos Genéticos, através do SIG é possível cruzar as
informações geográficas sobre os locais de coleta dos acessos com
mapas ambientais, permitindo obter uma classificação do
germoplasma
FOTO: CIMMYT de acordo com o seu ambiente de origem.
• É a conservação de plantas in vivo, ex situ, plantadas de modo
ordenado a facilitar a obtenção dos dados.

Devido ao grande espaço ocupado, normalmente utiliza-se apenas 3
a 5 plantas de cada acesso, sem repetição, na conservação do BAG.
CONSERVAÇÃO EM TELADO E CAMPO
•CONSERVAÇAO: Pode ser utilizada para todas espécies, mas,
tradicionalmente é aplicada para espécies recalcitrantes e
intermediárias, pela dificuldade em conservar como sementes. O lote
tem que ser plantado de modo a possibilitar o seu uso em pesquisas
científicas. Ex: mandioca e cará;
•RECOMENDADA: Para espécies perenes, arbóreas, silvestres,
semidomesticadas, heterozigotas, de reprodução vegetativa, de
sementes de vida curta, de sementes sensíveis à secagem;
•PROBLEMAS: Ocupam muito espaço e não possibilitam uma boa
representatividade da diversidade genética da espécie, estando
sujeitas a desastres naturais, no caso do campo.

Foto: BAG-Arachis do CENARGEN/EMBRAPA - DF
Foto: Conservação in vitro, no IAC

• Cultura de Tecidos: conservam-se pequenas plantas em tubos
com Agar nutritivo;
• Apropriado para: clonagem em grande escala de um único acesso,
conservação em crescimento retardado;
• Variáveis: temperatura e nutrientes;
• Recomendado: plantas que não produzem sementes, aquelas que
se reproduzem por rizomas ou bulbos;
• Parte utilizada: embriões e pontas de raízes;
• Espécies: mandioca, batata, cana-de-açúcar, banana, baunilha,
cacau, fruteiras temperadas, raízes e tubérculos, etc;.
• ProblemaS: Instabilidade genética e curto período de
conservação, sem repicagem.
 Baixo custo
 Coleta em qualquer época do ano
 Eliminação de viroses
 Produção de clones
 Multiplicação rápida
 Germinação de sementes imaturas
 Facilita intercâmbio (troca de material)

 Equipamentos caros
 Necessidade de Treinamento
 Necessidade de mão de obra
especializada
Foto: Conservação in vitro de amarilis, no IAC
Técnicas de Conservação In vitro
1.Redução de temperatura
desacelera o metabolismo celular

2.Adição de inibidores

Ex: SADH, CCC, AAS

reduz alongamento das hastes
inibe divisão celular
inibe síntese de etileno
Ex: manitol, sacarose
3.Emprego de osmóticos ao
meio na absorção de água e nutrientes
redução
Foto: Pesquisador visitante da Nigéria, no laboratório do IAC
CONSERVAÇÃO IN VITRO
ESPÉCIESS CONSERVADAS NA Embrapa Recursos Genéticos
Tabela 3- Espécies conservadas in vitro naEMBRAPARECURSOS
ESPÉCIESS CONSERVADAS NA EMBRAPA RECURSOS
GENÉTICOS (CENARGEN)
GENÉTICOS (CENARGEN)
e Biotecnologia

Abacaxi
Manihot
(Ananas comosus)
dichotoma
Aspargo
(Asparagus officinalis)
Banana
(Musa sp.)
Batata
(Solanum sp.)
Batata-doce
(Ipomea batatas )
E. dysenterica

Baunilha
(Vanilla sp)
Salacia sp.
Cará
(Dioscorea sp)
Estévia
(Stevia rebaudiana )
Inhame
(Colocasia sp)
Mandioca
(Maniot esculenta)
H. speciosa

Menta
(Mentha sp)
Morango
T. esculenta
(Ananas comosus)
Orégano
(Origanum vulgare)
Uva
(Vitis sp.)
E. uniflora

Fotos: Exemplos de Conservação in vitro no CENARGEN
Foto: Embrapa/Cenargen

• Esta parece ser a melhor solução para a conservação in
vitro a longo prazo. Nitrogênio líquido a –196ºC, com a
virtual paralisação de todos processos biológicos, os quais
poderiam ser teoricamente conservados indefinidamente
(Materiais: Sementes, Calos, Ápices caulinares, embriões
somáticos ou zigóticos, in vitro (suspensões celulares),
gemas axilares e Pólens).
Conservação de
material biológico
em nitrogênio líquido
(-196°C) - (ou seu
vapor a -150°C)

Foto: Crio no IAC
Congelamento lento - Vitrificação
Congelamento ultra-rápido - Sacarose
CONSERVAÇÃO “ IN SITU”
•Significa: Conservação das plantas dentro de seus habitats
naturais;
•O IBPGR sugeriu, em 1984, as seguintes culturas e áreas
prioritárias para conservação “in situ”:
Área necessária para Preservação In Situ
Inúmeros são os métodos aplicados para determinar o tamanho da
área necessária para se conservar determinadas espécies em risco de
extinção. A seguir mostramos um exemplo de Kageyama e Lepsch
Cunha:

Área de Proteção Ambiental Municipal Capivari-Monos (SP)
Áreas prioritárias de conservação
In Situ do Cerrado e Pantanal

87 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação da Caatinga

82 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação da Mata
Atlântica e dos Campos Sulinos

182 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação das zonas
Costeira e Marinha

164 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação da Caatinga

385 ÁREAS PRIORITÁRIAS
BIBLIOGRAFIA
Hoyt, E. Conservação dos Parentes Silvestres das Plantas Cultivadas. Brasília.
IBPGR, IUCN, WWF, EMBRAPA/CENARGEN. 52p.1992.
Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Biodiversidade: roteiro de
consulta para elaboração de uma proposta. Brasília: MMA/SBF, 2000. 48p.
Ministério do Meio Ambiente. Normas Internacionais de conservação para
jardins botânicos/Conselho Nacional do Meio Ambiente, Rede Brasileira de
Jardins Botânicos, Instituto de Pesuisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
Botanic Gardens Conservation International. Rio de Janeiro: EMC, 2001. 109p.
Primach, R.B & Rodrigues, E. Biologia da Conservação. Londrina: E.Rodrigues,
2001. 328p. 2001.
Diegues, A.C. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos
trópicos. São Paulo: USP, 2000. 290p.
Ministério do Meio Ambiente. Estratégias para Conservação e Manejo de
Recursos Genéticos de Plantas Medicinais e Aromáticas: Resultados da 1a.
Reunião Técnica/ Roberto Fontes Vieira... (et al.) – Brasília: Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia/ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

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  • 1. PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga veiga@iac.sp.gov.br Foto Quinoa – PROINPA/Bolívia
  • 2. 6. Conservação de Recursos Fitogenéticos • • • • • • • • • • Coleta Intercâmbio Quarentena Identificação Caracterização Conservação Educação Valoração Uso Documentação Como existe uma imensa variabilidade de espécies a serem conservadas, com distintos sistemas de reprodução, estes determinam os métodos a serem seguidos. BAG-Bambu, no IAC
  • 3. GARANTIA CONSTITUCIONAL A constituição brasileira nos assegura uma participação ativa do governo na luta pela preservação da biodiversidade. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente  equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia  qualidade  de  vida,  impondo-se  ao  Poder  Público  e  à  coletividade  o  dever  de  defendê-lo  e  preservá-lo  para  as  presentes e futuras gerações.               §  1º  Para  assegurar  a  efetividade  desse  direito,  incumbe  ao  Poder Público: I - preservar a diversidade e a integridade do  patrimônio  genético  do  País  e  fiscalizar  as  entidades  dedicadas  à  pesquisa  e  manipulação  de  material  genético;        
  • 4. •Agricultura tradicional: raças nativas, cultivares primitivas e espécies de importância cultural (ex: uso religioso); •Material melhorado: cultivares modernas e obsoletas, linhas avançadas, mutantes, etc. •Espécies silvestres: Através da Portaria 37-N, de 3 de abril de 1992, o IBAMA torna pública a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção: http://www.biodiversitas .org.br/florabr/lista_ibama.asp. Nesta lista constam as espécies em risco de extinção, vulneráveis e raras. •Formas regressivas: Ex: Arroz, milho, tomate e Cana-de-açúcar (Ex: Sacarum spontaneum: para rendimento, vigor e resistência a pragas, em melhoramento de Cana-de-açúcar). •Biotecnologia e Engenharia Genética: Transgênicos, Pólens, Fragmentos de ADN, Genes Clonados, Genes Marcadores, Genes Foto: BancoGenoma de Cloroplastos, etc. Silenciosos, Base de Conservação de Germplasma do Chile
  • 5. CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO PRESERVAÇÃO “IN SITU” “EX SITU” Intercâmbio Comunidades tradicionais Coleta Reservas Genéticas (Parques e Reservas) BAGs Câmara Fria Coleção de Base Coleção in vitro Coleção a Campo Coleção Ativa Populações indígenas Coleção Nuclear Coleção de Trabalho Crioconservação Coleção Genômica Coleção Polens Coleção On farm USO SUSTENTÁVEL A conservação e a preservação somente se justificam se houver a utilização posterior.
  • 6. CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À SUA CONSERVAÇÃO SUA CONSERVAÇÃO O problema na conservação de sementes é que nem todas sementes podem ser conservadas a baixas temperaturas e a baixas umidades. • ORTODOXAS – Encontram-se secas no estádio de maturação fisiológica e ainda podem sofrer redução para 3% - 7% em sua umidade, além de suportarem temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo encontramos cereais, leguminosas, oleaginosas, forrageiras, etc. Ex: Amendoim, arroz, feijão, milho, trigo, soja. • RECALCITRANTES – Possuem altos teores de umidade no estádio de maturação fisiológica e não toleram a secagem e nem temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo estão espécies florestais e frutíferas tropicais e temperadas, entre outras. Ex: Cacau, manga e seringueira. • INTERMEDIÁRIAS - Toleram a desidratação até 10% de umidade, mas não suportam temperaturas negativas. Ex: Café e citros.
  • 7. Situação dos BAGs Ex Situ Situação dos BAGs Ex Situ •No Mundo: existem 287 BAGs de plantas cultivadas; •No Brasil: são 177 BAGs e 200.000 acessos. O IAC contribui com a manutenção de 20% dos BAGs de plantas cultivadas; •No Estado de São Paulo: existem 89 BAGs, dos quais o IAC contribui com a manutenção de 80%. Também são mantenedores de BAGs em São Paulo: a ESALQ/USP, a UNICAMP, o Jardim Botânico de São Paulo, Instituto Florestal, a UNESP/Jaboticabal, a CATI e a COPERSUCAR.
  • 8. SISTEMA NACIONAL DE CURADORIAS Mesmo constando alguns BAGs, do IAC e outras instituições estaduais, ainda não passa de um Sistema Embrapa de Curadorias. FOTO: ENCONTRO DOS CURADORES DE BAGs DA EMBRAPA
  • 9. CONSERVAÇÃO EM CÂMARAS FRIAS Para cada 1% de aumento no teor de umidade da semente, a longevidade é reduzida pela metade. Para cada 5OC de aumento na temperatura longevidade é reduzida também pela metade. a Regeneração dos acessos: quando a viabilidade das sementes for reduzida para 85% do poder germinativo inicial. Foto: Banco Base de Amendoim ICRISAT- Índia (-20 C) o
  • 10. • TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400 se/tes TESTE DE VIABILIDADE = 400 • DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes • 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200 se/tes 6 TESTES DE CONSERVAÇÃO • 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400 2 DETERMINAÇÕES DE 400 • 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes • 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes • PERDAS POR ACIDENTE = 400 se/tes PERDAS POR • TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes • Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes. Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes. Periodicidade  da  monitoração:  10  anos  para  os  acessos  incorporados  com viabilidade inicial acima de 85%.                                                            5 anos para os acessos incorporados  com viabilidade inicial abaixo de 85%. Foto: Preparo das sementes, para conservação em sacos aluminizados, BAG-Arachis ICRISAT Índia
  • 11. ACONDICIONAMENTO DAS SEMENTES •ACONDICIONAMENTO: Sugere-se o uso de embalagens herméticas, para não alterar a umidade, podendo ser latas de alumínio (foto) ou sacos aluminizados (foto anterior). •METODOLOGIA: Utilizam-se regras Internacionais de análise de sementes: ISTA, 1993; Manual de Tecnologia de Sementes para BAGs, Ellis et al.,1985; Protocolo de Sementes no Armazenamento, Hong & Ellis, 1996. Foto: Câmara-fria de longo prazo, com grão de bico. Icrisat, Índia
  • 12. SOBREVIVÊNCIA DAS SEMENTES ORTODOXAS Considera-se que a conservação de sementes ortodoxas, com umidade e temperatura (-10 oCa -20oC)controladas, pode ser realizada “ad eternum” com poder germinativo e vigor adequados. Exemplos comprovados: AVEIA = 123 ANOS CEVADA = 123 ANOS ERVILHA = 130 ANOS QUIABO = 125 ANOS TOMATE = 124 ANOS Foto: Câmara fria de médio prazo, com 5oC, no IAC
  • 13. PANORAMA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS • 6 milhões de acessos conservados (1470 bancos) • 2 a 3 milhões (sementes ortodoxas) • 14% - conservadas a longo prazo • 75 países armazenam em condições de médio e longo prazo • 35 atendem aos padrões internacionais para conservação a longo prazo (15 na Europa, 7 nas Américas, 5 na Ásia, 4 na África e 4 nos países do Oriente Próximo)
  • 14. O QUE E QUANTO SE CONSERVA CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL • 48% - cereais (trigo,14%; arroz, 8%; milho 5%) • 16% são leguminosas alimentícias • 10% forrageiras • 8% hortaliças • 4% fruteiras • 4% raízes e tubérculos, • 2% fibrosas • 2% oleaginosas NÚMERO DE CONSERVADOS PRAZO CHINA ACESSOS A LONGO 300.000 EUA 268.000 ALEMANHA 160.000 JAPÃO 146.091 ÌNDIA 144.109 KOREA 115.639 CANADÁ 100.000 BRASIL 90.000
  • 15. EXEMPLO DE NÚMERO DE ACESSOS EM BAGs NÚMERO TOTAL DE ACESSOS/LONGO PRAZO GÊNERO TOTAL L. PRAZ0 % Triticum 788.654 102.525 13 Oryza 420.341 142.915 34 Zea 261.584 65.396 25 Sorghum 168.550 42.137 25 Hordeum 486.724 48.672 10 Avena 223.287 42.424 19 Phaseolus 268.369 37.571 14 Glycine 176.400 42.336 24 O número de acessos ideal para cada BAG é planejado de modo a representar toda a variabilidade da espécie ou gênero conservado.
  • 16. EXEMPLO DE CUSTOS DE CONSERVAÇÃO POR SEMENTES CIMMYT (123.000 ACESSOS) TRIGO OPERAÇÕES CUSTO (%) ESTOCAGEM INTRODUÇÕES 6,2 TESTE VIAB. 4,2 REGENERAÇÃO 47,0 MULTIPLICAÇÃO 6,8 DISTRIBUIÇÃO Foto: CIMMYT 23,5 12,1 A conservação de recursos genéticos tem um custo que tem que ser levado em consideração ao se montar um Banco de Germoplasma.
  • 17. A estratégia aqui é a de monitorar e proteger diferentes acessos e diferentes espécies cultivadas em um determinado agroecossistema. Assim a Pesquisa Científica trabalha integrada aos agricultores, num sistema de parceria, onde o germoplasma é mantido como parte do sistema agrícola, dentro da própria comunidade, como bancos de sementes ou in vivo. Neste Sistema incluem-se as raças locais, as cultivares tradicionais e os parentes silvestres das espécies cultivadas. Foto: Conservação realizada por agricultor
  • 18. Principais alvos: on farm 1. Caiçaras 2. Ribeirinhos 3. Quilombolas 4. Índígenas Foto: Cooperativa do Paraná, conservando sementes dos agricultores
  • 19. Exemplo de Metodologia de Conservação On Farm
  • 20. OBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARM OBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARM •Conservar o germoplasma, evitando sua erosão genética e permitindo a sua coleta; • Disponibilizar sistemas de produção adequados às comunidades; • Evitar a adoção involuntária de variedades melhoradas; • Garantir o direito legal das comunidades sobre o seu germoplasma; • Incentivar a comunidade a volorizar o seu germoplasma. • Possibilitar o trabalho conjunto com a pesquisa científica; • Possibilitar o intercâmbio entre comunidades; • Restaurar a diversidade de cultivos alimentares; Figura: Mapa da Fome indígena no Brasil
  • 21. COLEÇÃO NUCLEAR (Core collections) 1- COLEÇÃO ATUAL Os BAGs têm problemas que limitam o seu uso, tais como: 1. Tamanho da Coleção: O espaço é um fator limitante, tanto no campo como em câmarasfrias. 2. Caracterização e Avaliação: Quanto maior o BAG menor a possibilidade de realizar a caracterização e avaliação. 3. Duplicações: comumente alguns acessos têm mais de uma entrada na coleção, com diferentes sinonímias. 4. Custo De Manutenção: quanto maior número de acessos maior o custo de manutenção. 2- PASSOS PARA FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR A estratificação da CN pode ser baseada em: 1. Distribuição geográfica: O local da coleta é determinante na separação de acessos. 2. Caracterização: Dados morfológicos, citogenéticos, bioquímicos e genéticos, são essenciais para uma perfeita distinção entre acessos, inclusive para a detecção de duplicações. 3- RETIRADA DE AMOSTRAS DENTRO DE CADA ESTRATO PARA A FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR Para a retirada das amostras pode-se utilizar: 1. Amostras iguais a aproximadamente 10% do tamanho do original, com cerca de 70% da representatividade genética da coleção original, não devendo exceder a 3.000 acessos.
  • 22. COLEÇÕES NUCLEARES (CORE COLLECTIONS) Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da diversidade genética da espécie e seus parentes silvestres. Representatividade: Brown (1989), sugere que 10% do total de acessos representa aproximadamente 70% da variabilidade genética de uma coleção. Para coleções muito grandes sugere não exceder a 3.000 acessos. Informações fundamentais: Dados de passaporte; dados de caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e genética. Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) são o maior número de acessos identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso. Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim, Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas: Milho (300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com caracteres morfológicos e geográficos.
  • 23. Seleção dos acessos para compor a CN Cultivares tradicionais, elite e linhagens • selecionada pelo tipo de grão; • pela região de cultivo; •pelo sistema de cultivo; • pelo local de origem do acesso; etc. •com uso do Sistema de informação geográfica (SIG). Uso dos critérios geográficos na estruturação de Coleções Nucleares: - Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm sido utilizados no estudo de Recursos Genéticos, através do SIG é possível cruzar as informações geográficas sobre os locais de coleta dos acessos com mapas ambientais, permitindo obter uma classificação do germoplasma FOTO: CIMMYT de acordo com o seu ambiente de origem.
  • 24. • É a conservação de plantas in vivo, ex situ, plantadas de modo ordenado a facilitar a obtenção dos dados. Devido ao grande espaço ocupado, normalmente utiliza-se apenas 3 a 5 plantas de cada acesso, sem repetição, na conservação do BAG.
  • 25. CONSERVAÇÃO EM TELADO E CAMPO •CONSERVAÇAO: Pode ser utilizada para todas espécies, mas, tradicionalmente é aplicada para espécies recalcitrantes e intermediárias, pela dificuldade em conservar como sementes. O lote tem que ser plantado de modo a possibilitar o seu uso em pesquisas científicas. Ex: mandioca e cará; •RECOMENDADA: Para espécies perenes, arbóreas, silvestres, semidomesticadas, heterozigotas, de reprodução vegetativa, de sementes de vida curta, de sementes sensíveis à secagem; •PROBLEMAS: Ocupam muito espaço e não possibilitam uma boa representatividade da diversidade genética da espécie, estando sujeitas a desastres naturais, no caso do campo. Foto: BAG-Arachis do CENARGEN/EMBRAPA - DF
  • 26. Foto: Conservação in vitro, no IAC • Cultura de Tecidos: conservam-se pequenas plantas em tubos com Agar nutritivo; • Apropriado para: clonagem em grande escala de um único acesso, conservação em crescimento retardado; • Variáveis: temperatura e nutrientes; • Recomendado: plantas que não produzem sementes, aquelas que se reproduzem por rizomas ou bulbos; • Parte utilizada: embriões e pontas de raízes; • Espécies: mandioca, batata, cana-de-açúcar, banana, baunilha, cacau, fruteiras temperadas, raízes e tubérculos, etc;. • ProblemaS: Instabilidade genética e curto período de conservação, sem repicagem.
  • 27.  Baixo custo  Coleta em qualquer época do ano  Eliminação de viroses  Produção de clones  Multiplicação rápida  Germinação de sementes imaturas  Facilita intercâmbio (troca de material)  Equipamentos caros  Necessidade de Treinamento  Necessidade de mão de obra especializada Foto: Conservação in vitro de amarilis, no IAC
  • 28. Técnicas de Conservação In vitro 1.Redução de temperatura desacelera o metabolismo celular 2.Adição de inibidores Ex: SADH, CCC, AAS reduz alongamento das hastes inibe divisão celular inibe síntese de etileno Ex: manitol, sacarose 3.Emprego de osmóticos ao meio na absorção de água e nutrientes redução Foto: Pesquisador visitante da Nigéria, no laboratório do IAC
  • 29. CONSERVAÇÃO IN VITRO ESPÉCIESS CONSERVADAS NA Embrapa Recursos Genéticos Tabela 3- Espécies conservadas in vitro naEMBRAPARECURSOS ESPÉCIESS CONSERVADAS NA EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS (CENARGEN) GENÉTICOS (CENARGEN) e Biotecnologia Abacaxi Manihot (Ananas comosus) dichotoma Aspargo (Asparagus officinalis) Banana (Musa sp.) Batata (Solanum sp.) Batata-doce (Ipomea batatas ) E. dysenterica Baunilha (Vanilla sp) Salacia sp. Cará (Dioscorea sp) Estévia (Stevia rebaudiana ) Inhame (Colocasia sp) Mandioca (Maniot esculenta) H. speciosa Menta (Mentha sp) Morango T. esculenta (Ananas comosus) Orégano (Origanum vulgare) Uva (Vitis sp.) E. uniflora Fotos: Exemplos de Conservação in vitro no CENARGEN
  • 30. Foto: Embrapa/Cenargen • Esta parece ser a melhor solução para a conservação in vitro a longo prazo. Nitrogênio líquido a –196ºC, com a virtual paralisação de todos processos biológicos, os quais poderiam ser teoricamente conservados indefinidamente (Materiais: Sementes, Calos, Ápices caulinares, embriões somáticos ou zigóticos, in vitro (suspensões celulares), gemas axilares e Pólens).
  • 31. Conservação de material biológico em nitrogênio líquido (-196°C) - (ou seu vapor a -150°C) Foto: Crio no IAC
  • 32. Congelamento lento - Vitrificação
  • 34. CONSERVAÇÃO “ IN SITU” •Significa: Conservação das plantas dentro de seus habitats naturais; •O IBPGR sugeriu, em 1984, as seguintes culturas e áreas prioritárias para conservação “in situ”:
  • 35. Área necessária para Preservação In Situ Inúmeros são os métodos aplicados para determinar o tamanho da área necessária para se conservar determinadas espécies em risco de extinção. A seguir mostramos um exemplo de Kageyama e Lepsch Cunha: Área de Proteção Ambiental Municipal Capivari-Monos (SP)
  • 36. Áreas prioritárias de conservação In Situ do Cerrado e Pantanal 87 ÁREAS PRIORITÁRIAS
  • 37. Áreas prioritárias de conservação da Caatinga 82 ÁREAS PRIORITÁRIAS
  • 38. Áreas prioritárias de conservação da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos 182 ÁREAS PRIORITÁRIAS
  • 39. Áreas prioritárias de conservação das zonas Costeira e Marinha 164 ÁREAS PRIORITÁRIAS
  • 40. Áreas prioritárias de conservação da Caatinga 385 ÁREAS PRIORITÁRIAS
  • 41. BIBLIOGRAFIA Hoyt, E. Conservação dos Parentes Silvestres das Plantas Cultivadas. Brasília. IBPGR, IUCN, WWF, EMBRAPA/CENARGEN. 52p.1992. Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Biodiversidade: roteiro de consulta para elaboração de uma proposta. Brasília: MMA/SBF, 2000. 48p. Ministério do Meio Ambiente. Normas Internacionais de conservação para jardins botânicos/Conselho Nacional do Meio Ambiente, Rede Brasileira de Jardins Botânicos, Instituto de Pesuisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Botanic Gardens Conservation International. Rio de Janeiro: EMC, 2001. 109p. Primach, R.B & Rodrigues, E. Biologia da Conservação. Londrina: E.Rodrigues, 2001. 328p. 2001. Diegues, A.C. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: USP, 2000. 290p. Ministério do Meio Ambiente. Estratégias para Conservação e Manejo de Recursos Genéticos de Plantas Medicinais e Aromáticas: Resultados da 1a. Reunião Técnica/ Roberto Fontes Vieira... (et al.) – Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia/ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos