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I - O princípio em RFG;
II - A contextualização em RFG;
III - As atividades em RFG.
A MUDANÇA CLIMÁTICA torna nosso tema muito relevante
pela urgência em se MINIMIZAR seus EFEITOS sobre a
AGROBIODIVERSIDADE. Tal mudança no clima altera as
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS afetando a pluviosidade,
disponibilidade de nutrientes no solo, temperatura e umidade do ar,
os ventos, etc., interferindo no crescimento, no desenvolvimento, e
na produtividade das plantas (FAO 2022).
Os Recursos Fitogenéticos (RFG) por sua vez são afetados,
positiva ou negativamente, pelo CLIMA, mas, podem ser PARTE
DA SOLUÇÃO para a estabilidade do “TECIDO DA VIDA”.
VAVILOV (1926) já sabia que nos CENTROS DE ORIGEM
DAS PLANTAS CULTIVADAS se encontraria, dentre os acessos
do germoplasma coletado, materiais com maior RESISTÊNCIA ÀS
INTEMPÉRIES (Ex.: seca, frio, pragas e moléstias, ...).
“OS RECURSOS FITOGENÉTICOS NO PLANEJAMENTO AGRÍCOLA”
31.05.22
Nossa TERRA
4,6 Bilhões de anos.
Nosso gênero HOMO surgiu há 2,5 Milhões de anos, e teve
sete (7) espécies. No entanto, a que nos interessa aqui é a
HOMO SAPIENS que surgiu há cerca de 300 Mil anos atrás
(Tibet), embora somente a subespécie HOMO SAPIENS
SAPIENS tenha sobrevivido desde 35 Mil anos atrás. Já as
atividades de DOMESTICAÇÃO e de AGROPECUÁRIA
surgem apenas “recentemente”, entre 16 - 10 Mil anos atrás,
Walter NEVES (2019).
LUCA 3,9
GIMNO 365
PLANTAS 500
ANGIO 140
Nossa época GEOLÓGICA tem sido chamada de ANTROPOCENO, pelas
alterações provocadas pelos humanos, desde a década de 1970 (Will STEFFEN
et al., 2011). Porém, não devemos nos esquecer dos efeitos do movimento dos
CONTINENTES, da “caminhada” da terra pela VIA LÁCTEA e desta pelo
UNIVERSO, ao lado de 200 bilhões de GALÁXIAS, dentre outras variantes,
quando estudamos as INSTABILIDADES CLIMÁTICAS!
Definição da forma atual dos
CONTINENTES.
Desde o Pangea estes
continuam se separando 3,5
cm/ano (Brasil – África).
John GROTZINGER &
Jordan (2013).
Nosso UNIVERSO
13,8 Bilhões de anos
PRÉ-MELHORAMENTO: é o
conjunto de atividades que visam à
identificação de caracteres e/ou genes
de interesse ao melhoramento genético
(NASS & PATERNIANI, 2000).
DOMESTICAÇÃO: é a ação
do ser humano de criar,
cultivar e dispersar spp. de
animais, de microrganismos e
de plantas.
RECURSOS GENÉTICOS foi um termo cunhado por Otto FRANKEL & Erna K. BENNETT (1970). Onde:
RECURSOS: São os BENS materiais e imateriais, oriundos de um GERMOPLASMA, valoráveis ao SER HUMANO.
GENÉTICOS: Refere-se ao material HEREDITÁRIO dos ORGANISMOS VIVOS.
1. A SÍNDROME DA DOMESTICAÇÃO
a) Aceleração na germinação das sementes;
b) Ampliação da uniformidade das estruturas, cores, sabores;
c) Aumento do número e gigantismo de sementes e frutos;
d) Diminuição no ciclo de vida (perene para anual);
e) Exclusão de compostos químicos tóxicos ou amargos;
f) Eliminação de estruturas indesejáveis (ex: espinhos)...
Para Lloyd Thomas EVANS (1993) o HOMEM seleciona e ALTERA as características originais da espécie
através de POUCOS GENES, o que já DIFICULTA sua SOBREVIVÊNCIA na natureza sem a ajuda
HUMANA. Citou, também, existirem cerca de 2.489 spp. submetidas à SÍNDROME DA DOMESTICAÇÃO,
da qual apresentamos a seguir alguns exemplos:
Do Teosinto (Zea mexicana) ao Milho (Zea mays)
Exemplos de Domesticação:
BANANA E MELANCIA, ANTES DA DOMESTICAÇÃO
AMPLA
BASE
GENÉTICA
E S T R E I T A
Sinapis arvensis
Brassica oleracea
var. botrytis
Brassica oleracea
var. italica
Brassica oleracea
var. capitata
Brassica oleracea
var. acephala
Brassica oleracea
var. gongylodes
2. O INÍCIO DA DOMESTICAÇÃO E DA AGRICULTURA
1 2
3
4
5
6
Vere Gordon CHILDE & Kathleen KENYON (1928) teorizaram que: Depois da última grande MUDANÇA CLIMÁTICA
com uma Glaciação, os homens e animais procuraram os poucos locais com plantas e água, e deste convívio surgiu a
AGRICULTURA e a DOMESTICAÇÃO.
Marcel MAZOYER & Laurence ROUDART (2001) supõem que um provável INÍCIO da AGRICULTURA se deu na Mesopotâmia (entre rios -
Tigres e Eufrates, no Iraque e Turquia [1]), na Eurásia (Ásia Central [2]) e na América Central [3], independentemente. Há quem cite também na
Oceania (em Pápua - Nova Guiné [4]), na América do Sul (no Peru [5]), e na América do Norte (nos USA - vale do Mississipi [6]).
3. OS “ÍNDIOS” E OS RFG NO BRASIL
Geoglifos
Acre - BR
Segundo Warwick Estevan KERR (1986), nossos PRIMEIROS
BRASILEIROS DOMESTICARAM todas espécies nativas cultiváveis
que conhecemos, entre 12 - 9mil anos atrás. Disse que antes dos
colonizadores Europeus os índios já cultivaram cerca de 83 spp.
NATIVAS (açaí, babaçu, batata-doce, caju, mandioca,...), além de 55
spp. EXÓTICAS (abóboras, milho, tabaco,...).
Charles Roland CLEMENT (1999) supõe que a AMAZÔNIA teria
tido até 5 Milhões de HABITANTES (FOTO: Geoglifos construídos no
Acre), cuja população foi REDUZIDA para 5% depois de 300 anos de
colonização, provocando uma EROSÃO GENÉTICA que causou o
DESAPARECIMENTO de incontáveis ESPÉCIES
DOMESTICADAS.
Fruta-pão: Artocarpus altilis (Park.) Forst.
Origem: Indonésia, Nova Guiné, Oceania.
Pedro
Álvares
Cabral
4. A DEPENDÊNCIA HISTÓRICA DOS RFG EXÓTICOS
Nossos colonizadores nos trouxeram seus COSTUMES ALIMENTÍCIOS e de uso diverso de espécies vegetais agrícolas
EXÓTICAS, tornando-nos BENEFICIÁRIOS destas NOVAS ESPÉCIES, porém DEPENDENTES de seus GENES para o
MELHORAMENTO ou para MINIMIZAR os efeitos da MUDANÇA CLIMÁTICA. Warren DEAN (1991) cita diversas espécies
introduzidas pelos europeus como: abacate, café, carambola, dendê, fruta-pão, jaca, lichia, manga, ...
Gaspard
Coligny
Maurício
Nassau
USAR
REGENERAR
VALORAR
IDENTIFICAR
CARACTERIZAR COM DESCRITORES
CONSERVAR
MULTIPLICAR
INTERCAMBIAR E QUARENTENAR
PRESERVAR
COLETAR
DOCUMENTAR, INFORMATIZAR,
AVALIAR
1A. PRESERVAR IN SITU NO BRASIL
PROTEÇÃO INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL
1. (EE) Estação
Ecológica
2. (MN)Monumento
Natural
4. (REVIS) Refúgio
de Vida Silvestre
3. (ReBio) Reserva
Biológica
5. (PN) Parque
Nacional
1. (APA) Área de
Proteção Ambiental
2. (RESSEX) Reser.
Extrativista
4. (REFAU)
Reserva de Fauna
6. (RDS) Reserva de
Desen. Sustent.
7. (RPPN) Res.
Partic.Patrim.Natu.
3. (FLONA)
Floresta Nacional
5. (ARIE) Área de
Relevante Interesse
 Na Preservação, dois biomas foram enquadrados como HOTSPOTS o Cerrado e a Mata Atlântica,
que juntos abrigam mais de 30 mil espécies de plantas endêmicas (Normam MYERS et al., 2000).
 O SNUC visa preservar espaços territoriais representativos dos ecossistemas. Segundo
Preetha BHADRA et al. (2021), em caso de mudança climática, as populações de plantas nativas
podem se mudar para territórios mais adequados, alterar seu fenótipo ou ajustar-se às novas condições.
 Todos os biomas brasileiros são VULNERÁVEIS às mudanças climáticas (PBMC, 2013).
Total de 570 Áreas de Uso Indireto,
desocupadas e inexploradas
Total de 727 Áreas de Uso Direto, ocupadas
e exploradas racionalmente
BIOMAS
Elon MUSK
Enquanto isto, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cita o Brasil como o país que mais destina territórios à
proteção da vegetação nativa e à biodiversidade [563.736.030ha], 66,3% do território nacional (AGROPECUÁRIA + SNUC + INDÍGENAS +
EXÉRCITO).
1B. O PRESERVAR DA AGROPECUÁRIA
Agropecuária
25,6%
SNUC + Indígenas
24,2%
Como consequências do AQUECIMENTO GLOBAL prevê-se que as FLORESTAS terão sua composição alterada, o seu alcance geográfico
reduzido e a sua saúde e produtividade em risco, enquanto que para a AGRICULTURA são esperadas reduções na produtividade e incremento na
irrigação, já com a BIODIVERSIDADE ocorrerá uma redução da área dos habitats e descontinuidade entre os mesmos (IPCC, 2007).
Brasil comemora Dez Anos do seu Código Florestal
1C. O PRESERVAR DA MEGADIVERSIDADE
Devemos preservar a MEGADIVERSIDADE mundial cujos países (em colorido no mapa) apresentam alto índice de RIQUEZA EM
ESPÉCIES ENDÊMICAS, concentradas em 12 países (nomes em preto) - que detêm juntos 70% de toda diversidade do planeta (Jeffrey
MCNEELY et al., 1990) - ou como citado por Russell MITTERMEIER et al. (1997) em 17 países (nomes em preto mais os em roxo).
2. COLETAR
Estima-se existir 60.000 espécies de gimnospermas brasileiras (Ana Maria GIULIETTI et al., 2005). Segundo K. HAMMER (2014) o
homem sempre mostrou PREFERÊNCIA por coletar e cultivar as de DETERMINADAS famílias como: Poaceae e Fabaceae, seguidas
por Asteraceae, e em níveis relativamente baixos por Rubiaceae e Orchidaceae, e insignificantes pelas demais. No entanto, se pensarmos
no AQUECIMENTO GLOBAL tal hábito deveria ser alterado para melhor aproveitarmos nossa MEGADIVERSIDADE!
O Dr. J.F.M. VALLS (2005) sugere ao COLETOR que, ao projetar uma expedição, saiba responder às seguintes perguntas: - Quem vai conservar? Como?
Onde? Até quando? Em que estruturas? Com que garantia de manutenção da integridade genética?
A coleta foi uma atividade essencial à alimentação de todas espécies do gênero Homo. Hoje é uma atividade que visa DISPONIBILIZAR germoplasma de plantas
cultivadas e de suas parentes silvestres, com AMPLA BASE GENÉTICA, aos programas de Domesticação, Pré-melhoramento e Melhoramento Genético, até chegar
à mesa da “dona de casa” como uma NOVA CULTIVAR resistente às intempéries!
O QUE COLETAR NO BRASIL?
1. NATIVAS DOMESTICADAS: abacaxi-comum, caju, cará, goiaba, guaraná,
jabuticaba, mamão, pupunha, urucum, etc.
2. NATIVAS SEMIDOMESTICADAS (ex situ): açucena, araucária, caju-anão, camu-
camu, cupuaçú, feijoa, macaúba, mangaba, pequi, pitanga, uvaia, umbu, etc.
3. NATIVAS INDOMESTICADAS: Medicinais, Ornamentais, Forrageiras, Frutíferas
(como: Myrtaceae e Sapotaceae), etc.
4. NATIVAS PARENTES DAS DOMESTICADAS: amendoim (62 Arachis spp.).
arroz: (Oryza latifólia, O. glumaepatula, O. grandiglumis e O. alta), Cana:
Saccharum (S. angustifolium, S. asperum e S. villosum), cevada: Hordeum (H.
euclaston e H. Stenostachys), capim elefante: (Pennisetum spp.), tremoço: Lupinus
crotalária, ...
5. EXÓTICAS COM DIVERSIDADE LOCAL: abóboras, melancia, melão, feijão-
fava, etc.
6. PANC: cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, etc. (350
espécies, entre nativas, exóticas ou naturalizadas).
Mundo = 391.000 espécies de plantas identificadas
e descritas;
Mundo = 50.000 são potencialmente alimentícias;
Mundo = XV spp. constituem 80% da dieta humana
Mundo = 150 alimentam a humanidade
atualmente;
AS XV DA DIETA = frutíferas (banana e coco), cereais (arroz, trigo,
milho, sorgo e cevada); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e
mandioca); leguminosas (amendoim, feijão e soja); açucareiras (cana-
de-açúcar e beterraba). O MAIS SURPREENDENTE: De cerca de
2.500 spp. parcialmente domesticadas, somente sete: arroz, batata,
beterraba, cana-de-açúcar, milho, soja e trigo, correspondem juntas a
55% da dieta humana [J. LEON, 1989; WALTER et al., 2005; FAO,
2017].
3. IDENTIFICAR
Através da TAXONOMIA as plantas são identificadas pelos BOTÂNICOS (...Família, Gênero, Espécie, Subespécie, Variedade..), utilizando-se do
CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA para ALGAS, FUNGOS E PLANTAS. Já os NOMES e o REGISTRO das
CULTIVARES, dados pelos melhoristas, é regrado pelo CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA PARA PLANTAS
CULTIVADAS.
4. CARACTERIZAR
A CARACTERICAÇÃO descreve as características (botânicas, genéticas, agronômicas) dos acessos mantidos em um BB, BAG,
e CT, e até de uma cultivar, para possibilitar o seu uso pelos melhoristas genéticos”. Tanto os acessos quanto as cultivares são
caracterizados através da aplicação de Descritores.
DESCRITORES: São regras quantitativas (ex.: dimensões) e/ou qualitativas (ex.: coloração) preparadas para distinguir acessos
de um BAG, CT, ou para o Registro e Proteção de Plantas, através de numeração com 3 até 9 distinções, para os DESCRITORES:
1 = muito curto
2 = dúvida
3 = curto
4 = dúvida
5 = médio
6 = dúvida
7= grande
8 = dúvida
9 = muito grande
1. AGRONÔMICOS: Avalia o Ciclo de maturação, Época da produção,
Produção por planta, Dados do Pólen, Autofertilidade, Teor de Óleo das
sementes, Produtividade, Resistência a fatores adversos;
2. BOTÂNICOS: Organografia e Anatomia (Partes subterrâneas, caule,
ramos, folhas, flores, frutos e sementes).
3. GENÉTICOS: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...;
4. QUÍMICOS: Metabólitos secundários;
5. TECNOLÓGICOS: Aroma, Sabor, Açúcares, Acidez, Grau de
Conservação.
Temos também Descritores ECOGEOGRÁFICOS e CLIMÁTICOS que determinam remotamente a diversidade e as
localizações geográficas de parentes silvestres de culturas e cultivares crioulas (REDDEN, 2013).
5. INTERCAMBIAR
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO ou INTRODUÇÃO/REMESSSA: São ações do intercâmbio ordenado e sistemático de
germoplasma, para um novo local. Segundo E.B.GERMEK (1992), desde os tempos mais remotos,..., o homem procurava em regiões
longínquas os produtos de que tinha necessidade, e desde então realizavam-se tentativas de estabelecer tais culturas nos países
interessados. Germek citou também que há um dilema do pesquisador na importação, que pode ser representado por uma balança.
LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA O INTERCÂMBIO:
IMPORTAÇÃO
1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa;
2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários;
3. Certificado Fitossanitário do país de origem.
EXPORTAÇÃO
1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas;
2. Import Permit, do país importador (Permit Label);
3. Pedido de Autorização de Exportação;
4. Certificado Fitossanitário de Origem;
5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários.
TRÂNSITO INTERNO
1. Certificado de Origem;
2. Certificado de Origem Consolidado (spp. nativas em risco de extinção).
6. QUARENTENAR
Fim Início
3 meses = anuais
6 meses = perenes
11.
ENTREGA AO
IMPORTADOR
2.
RECEPÇÃO DO
MATERIAL
3.
CONFERÊNCIA
4.
INTRODUÇÃO
5.
INSPEÇÃO PRÉ-
PLANTIO
6.
AMOSTRAGEM
8
INSPEÇÃO
PÓS-PLANTIO
7.
PLANTIO
9.
EXPURGO
DESCARTE
10.
EMISSÃO DE
LAUDOS
1.
ACEITE
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Centro de Quarentena da Embrapa
Se refere um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do próprio País,
permanecem em observação fitossanitária para evitar a entrada ou dispersão de pragas quarentenárias no Brasil.
7. CONSERVAR EX SITU
2.
IN VITRO
3.
CRIOCONSERVAÇÃO
4.
IN VIVO
4.1
PESQUISA
4.C
TELADO
4.2
ON FARM
4.D RIPADO
4.B
CASA VEG.
1.
REFRIGERAÇÃO
1.1
B. BASE
1.2
B. ATIVO
1.3
COLEÇÃO
TRABALHO
4.A
CAMPO
1.4
COLEÇÃO NÚCLEO
2.1 (20 - 25)
TROPICAIS
2.2 (10 - 15)
TEMPERADAS
3.1 (-196)
LÍQUIDO
3.2 (-150)
VAPOR
1.5
COLEÇÃO
GENÔMICA
Svalbard Global Seed Vault - Noruega
CÂMARAS FRIAS
(80%)
CAMPO
(17%)
VITRO
(2%)
CONSERVAÇÃO
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia DF - Brasil
Jeff BEZOS
Bill GATES
8. DOCUMENTAR, INFORMATIZAR E VALORAR
DOCUMENTAR: É a atividade de Registro organizado do Banco de Dados em livros, cadernetas, fichários, e computador.
Segundo José T. ESQUINAS-ALCAZAR (1993) um bom Sistema de Documentação é a chave para o uso dos acessos dos BAG.
INFORMATIZAR: É a atividade concretizada por um Programa Computacional abastecido pelos Dados da Documentação.
Sua finalidade é de: a) Registro; b) Classificação; c) Organização; d) Interpretação; e) Divulgação; f) Uso facilitado.
VALORAR: Significa DAR VALOR à alguma coisa, no nosso caso ao recurso genético (uma espécie preservada em risco de
extinção, um acesso de um BAG, ou uma nova cultivar, etc.). Concretizado com fórmulas estatísticas, segundo o caso!
9. MULTIPLICAR E REGENERAR
MULTIPLICAÇÃO: é o ato de REPRODUZIR os acessos, de
um banco ativo (BA), em vasos com ambiente protegido, a
campo, ou in vitro, a fim de se obter GERMOPLASMA em
número suficiente, quer seja para conservar ou intercambiar, e
até mesmo para outros usos como no melhoramento genético.
REGENERAÇÃO: é a atividade de renovar, isto é, de se
devolver seu poder de GERMINAÇÃO e VIGOR ideal.
Os MOTIVOS para multiplicar são diversos, como o de tê-lo
coletado na natureza ou recebido do banco base (BB), ou mesmo
introduzido de outra instituição ou importado do exterior, em
QUANTIDADE INSUFICIENTE para viabilizar os objetivos
desejados (avaliação, caracterização, conservação, etc.).
Tal perda ocorre por queda das capacidades durante a
CONSERVAÇÃO no BB. Ambos processos variam se a
planta for ALÓGAMA ou AUTÓGAMA e segundo outras
variáveis como: a) tempo de conservação; b) tamanho da
amostra; c) homogeneidade; d) isolamento e polinização; e)
produtividade; f) temperatura e umidade da câmara fria, g)
tipo de embalagem utilizada, h) intempéries durante a
regeneração, entre outros...
10. USAR
Miguel GUERRA et al. (2015) diz que os RFG podem ser distinguidos segundo: a) VALOR DE USO DIRETO (Ex:
recreação, turismo, educação, ciência, etc.); b) VALOR DE USO INDIRETO (Ex: regulação - clima, fertilidade - solo,
ciclagem - nutrientes, polinizadores, qualidade d’ água e do ar, etc.). [Fotos: Bambus].
EXEMPLOS DE USOS
 PAISAGISMO: Os acessos de espécies ornamentais, particularmente as nativas com distinta variabilidade fenotípica
ou espécies agrícolas com potencial de uso ornamental, são inclusos no melhoramento, como: maracujá, abacaxi,
etc. (Ex.: A restauração paisagística com espécies nativas por Roberto Burle MARX, vem de 1934);
 REGENERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: Os acessos de espécies arbustivas e herbáceas dos BAG são inclusos
em projetos de áreas degradadas, privilegiando espécies nativas de rápido crescimento e com sistema radicular profundo
(Ex: amendoim forrageiro, bambu, centrozema, cudzu-tropical, estilosantes, mucuna,...); Para arboreas em recuperação
de nascentes ou áreas alagadas, ou vegetação ribeirinha, recomenda-se: aroeira-pimenteira, cambucá, embaúva,
goiaba, guanandi, Ingá-do-brejo, pata-de- vaca, etc. (Ex.: D. Pedro II, em 1861, com a Recomposição da Floresta
da Tijuca, objetivando salvar as nascentes d’água – RJ);
 AGROBIODIVERSIDADE: Os acessos de novas espécies exóticas introduzidas são aclimatados e até mesmo utilizados
diretamente caso se adaptem rapidamente. Espécies reconhecidamente resistentes à seca como milho e trigo, com cv. de crescimento
mais rápido e maturação precoce são indicadas para combater mudanças climáticas.
 SEGURANÇA ALIMENTAR : Os RFG são utilizados para aumentar a resiliência climática visando a produção de alimentos
incorporando novos genes em cultivares elite (Ex: arroz, feijão, mandioca, ...).
 ESTUDOS DE DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO, E MELHORAMENTO GENÉTICO: Os acessos de espécies
parentes da cultivada são cruzados entre si e/ou com cultivares das domesticadas. Os acessos dos BAG são caracterizados e
avaliados, e os selecionados são incluídos nas Coleções de Trabalho dos Melhoristas Genéticos;
 INDÚSTRIA: Os acessos de RFG podem ser utilizados em diversas áreas como: alimentação, cosméticos, perfumes, remédios,
mobiliários, etc.
Iv - FINALIZANDO
Foto: Dinastia Inca, Isla del Sol na Bolívia, ilha localizada no lago Titicaca, do século XV. Obras construídas para experimentos
de IRRIGAÇÃO e de ALTITUDE, entre outros, para MELHORAMENTO GENÉTICO de espécies diversas de plantas.

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  • 1.
  • 2. I - O princípio em RFG; II - A contextualização em RFG; III - As atividades em RFG. A MUDANÇA CLIMÁTICA torna nosso tema muito relevante pela urgência em se MINIMIZAR seus EFEITOS sobre a AGROBIODIVERSIDADE. Tal mudança no clima altera as CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS afetando a pluviosidade, disponibilidade de nutrientes no solo, temperatura e umidade do ar, os ventos, etc., interferindo no crescimento, no desenvolvimento, e na produtividade das plantas (FAO 2022). Os Recursos Fitogenéticos (RFG) por sua vez são afetados, positiva ou negativamente, pelo CLIMA, mas, podem ser PARTE DA SOLUÇÃO para a estabilidade do “TECIDO DA VIDA”. VAVILOV (1926) já sabia que nos CENTROS DE ORIGEM DAS PLANTAS CULTIVADAS se encontraria, dentre os acessos do germoplasma coletado, materiais com maior RESISTÊNCIA ÀS INTEMPÉRIES (Ex.: seca, frio, pragas e moléstias, ...). “OS RECURSOS FITOGENÉTICOS NO PLANEJAMENTO AGRÍCOLA” 31.05.22
  • 3. Nossa TERRA 4,6 Bilhões de anos. Nosso gênero HOMO surgiu há 2,5 Milhões de anos, e teve sete (7) espécies. No entanto, a que nos interessa aqui é a HOMO SAPIENS que surgiu há cerca de 300 Mil anos atrás (Tibet), embora somente a subespécie HOMO SAPIENS SAPIENS tenha sobrevivido desde 35 Mil anos atrás. Já as atividades de DOMESTICAÇÃO e de AGROPECUÁRIA surgem apenas “recentemente”, entre 16 - 10 Mil anos atrás, Walter NEVES (2019). LUCA 3,9 GIMNO 365 PLANTAS 500 ANGIO 140 Nossa época GEOLÓGICA tem sido chamada de ANTROPOCENO, pelas alterações provocadas pelos humanos, desde a década de 1970 (Will STEFFEN et al., 2011). Porém, não devemos nos esquecer dos efeitos do movimento dos CONTINENTES, da “caminhada” da terra pela VIA LÁCTEA e desta pelo UNIVERSO, ao lado de 200 bilhões de GALÁXIAS, dentre outras variantes, quando estudamos as INSTABILIDADES CLIMÁTICAS! Definição da forma atual dos CONTINENTES. Desde o Pangea estes continuam se separando 3,5 cm/ano (Brasil – África). John GROTZINGER & Jordan (2013). Nosso UNIVERSO 13,8 Bilhões de anos
  • 4. PRÉ-MELHORAMENTO: é o conjunto de atividades que visam à identificação de caracteres e/ou genes de interesse ao melhoramento genético (NASS & PATERNIANI, 2000). DOMESTICAÇÃO: é a ação do ser humano de criar, cultivar e dispersar spp. de animais, de microrganismos e de plantas. RECURSOS GENÉTICOS foi um termo cunhado por Otto FRANKEL & Erna K. BENNETT (1970). Onde: RECURSOS: São os BENS materiais e imateriais, oriundos de um GERMOPLASMA, valoráveis ao SER HUMANO. GENÉTICOS: Refere-se ao material HEREDITÁRIO dos ORGANISMOS VIVOS.
  • 5. 1. A SÍNDROME DA DOMESTICAÇÃO a) Aceleração na germinação das sementes; b) Ampliação da uniformidade das estruturas, cores, sabores; c) Aumento do número e gigantismo de sementes e frutos; d) Diminuição no ciclo de vida (perene para anual); e) Exclusão de compostos químicos tóxicos ou amargos; f) Eliminação de estruturas indesejáveis (ex: espinhos)... Para Lloyd Thomas EVANS (1993) o HOMEM seleciona e ALTERA as características originais da espécie através de POUCOS GENES, o que já DIFICULTA sua SOBREVIVÊNCIA na natureza sem a ajuda HUMANA. Citou, também, existirem cerca de 2.489 spp. submetidas à SÍNDROME DA DOMESTICAÇÃO, da qual apresentamos a seguir alguns exemplos: Do Teosinto (Zea mexicana) ao Milho (Zea mays) Exemplos de Domesticação: BANANA E MELANCIA, ANTES DA DOMESTICAÇÃO AMPLA BASE GENÉTICA E S T R E I T A Sinapis arvensis Brassica oleracea var. botrytis Brassica oleracea var. italica Brassica oleracea var. capitata Brassica oleracea var. acephala Brassica oleracea var. gongylodes
  • 6. 2. O INÍCIO DA DOMESTICAÇÃO E DA AGRICULTURA 1 2 3 4 5 6 Vere Gordon CHILDE & Kathleen KENYON (1928) teorizaram que: Depois da última grande MUDANÇA CLIMÁTICA com uma Glaciação, os homens e animais procuraram os poucos locais com plantas e água, e deste convívio surgiu a AGRICULTURA e a DOMESTICAÇÃO. Marcel MAZOYER & Laurence ROUDART (2001) supõem que um provável INÍCIO da AGRICULTURA se deu na Mesopotâmia (entre rios - Tigres e Eufrates, no Iraque e Turquia [1]), na Eurásia (Ásia Central [2]) e na América Central [3], independentemente. Há quem cite também na Oceania (em Pápua - Nova Guiné [4]), na América do Sul (no Peru [5]), e na América do Norte (nos USA - vale do Mississipi [6]).
  • 7. 3. OS “ÍNDIOS” E OS RFG NO BRASIL Geoglifos Acre - BR Segundo Warwick Estevan KERR (1986), nossos PRIMEIROS BRASILEIROS DOMESTICARAM todas espécies nativas cultiváveis que conhecemos, entre 12 - 9mil anos atrás. Disse que antes dos colonizadores Europeus os índios já cultivaram cerca de 83 spp. NATIVAS (açaí, babaçu, batata-doce, caju, mandioca,...), além de 55 spp. EXÓTICAS (abóboras, milho, tabaco,...). Charles Roland CLEMENT (1999) supõe que a AMAZÔNIA teria tido até 5 Milhões de HABITANTES (FOTO: Geoglifos construídos no Acre), cuja população foi REDUZIDA para 5% depois de 300 anos de colonização, provocando uma EROSÃO GENÉTICA que causou o DESAPARECIMENTO de incontáveis ESPÉCIES DOMESTICADAS.
  • 8. Fruta-pão: Artocarpus altilis (Park.) Forst. Origem: Indonésia, Nova Guiné, Oceania. Pedro Álvares Cabral 4. A DEPENDÊNCIA HISTÓRICA DOS RFG EXÓTICOS Nossos colonizadores nos trouxeram seus COSTUMES ALIMENTÍCIOS e de uso diverso de espécies vegetais agrícolas EXÓTICAS, tornando-nos BENEFICIÁRIOS destas NOVAS ESPÉCIES, porém DEPENDENTES de seus GENES para o MELHORAMENTO ou para MINIMIZAR os efeitos da MUDANÇA CLIMÁTICA. Warren DEAN (1991) cita diversas espécies introduzidas pelos europeus como: abacate, café, carambola, dendê, fruta-pão, jaca, lichia, manga, ... Gaspard Coligny Maurício Nassau
  • 9. USAR REGENERAR VALORAR IDENTIFICAR CARACTERIZAR COM DESCRITORES CONSERVAR MULTIPLICAR INTERCAMBIAR E QUARENTENAR PRESERVAR COLETAR DOCUMENTAR, INFORMATIZAR, AVALIAR
  • 10. 1A. PRESERVAR IN SITU NO BRASIL PROTEÇÃO INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL 1. (EE) Estação Ecológica 2. (MN)Monumento Natural 4. (REVIS) Refúgio de Vida Silvestre 3. (ReBio) Reserva Biológica 5. (PN) Parque Nacional 1. (APA) Área de Proteção Ambiental 2. (RESSEX) Reser. Extrativista 4. (REFAU) Reserva de Fauna 6. (RDS) Reserva de Desen. Sustent. 7. (RPPN) Res. Partic.Patrim.Natu. 3. (FLONA) Floresta Nacional 5. (ARIE) Área de Relevante Interesse  Na Preservação, dois biomas foram enquadrados como HOTSPOTS o Cerrado e a Mata Atlântica, que juntos abrigam mais de 30 mil espécies de plantas endêmicas (Normam MYERS et al., 2000).  O SNUC visa preservar espaços territoriais representativos dos ecossistemas. Segundo Preetha BHADRA et al. (2021), em caso de mudança climática, as populações de plantas nativas podem se mudar para territórios mais adequados, alterar seu fenótipo ou ajustar-se às novas condições.  Todos os biomas brasileiros são VULNERÁVEIS às mudanças climáticas (PBMC, 2013). Total de 570 Áreas de Uso Indireto, desocupadas e inexploradas Total de 727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e exploradas racionalmente BIOMAS Elon MUSK
  • 11. Enquanto isto, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cita o Brasil como o país que mais destina territórios à proteção da vegetação nativa e à biodiversidade [563.736.030ha], 66,3% do território nacional (AGROPECUÁRIA + SNUC + INDÍGENAS + EXÉRCITO). 1B. O PRESERVAR DA AGROPECUÁRIA Agropecuária 25,6% SNUC + Indígenas 24,2% Como consequências do AQUECIMENTO GLOBAL prevê-se que as FLORESTAS terão sua composição alterada, o seu alcance geográfico reduzido e a sua saúde e produtividade em risco, enquanto que para a AGRICULTURA são esperadas reduções na produtividade e incremento na irrigação, já com a BIODIVERSIDADE ocorrerá uma redução da área dos habitats e descontinuidade entre os mesmos (IPCC, 2007). Brasil comemora Dez Anos do seu Código Florestal
  • 12. 1C. O PRESERVAR DA MEGADIVERSIDADE Devemos preservar a MEGADIVERSIDADE mundial cujos países (em colorido no mapa) apresentam alto índice de RIQUEZA EM ESPÉCIES ENDÊMICAS, concentradas em 12 países (nomes em preto) - que detêm juntos 70% de toda diversidade do planeta (Jeffrey MCNEELY et al., 1990) - ou como citado por Russell MITTERMEIER et al. (1997) em 17 países (nomes em preto mais os em roxo).
  • 13. 2. COLETAR Estima-se existir 60.000 espécies de gimnospermas brasileiras (Ana Maria GIULIETTI et al., 2005). Segundo K. HAMMER (2014) o homem sempre mostrou PREFERÊNCIA por coletar e cultivar as de DETERMINADAS famílias como: Poaceae e Fabaceae, seguidas por Asteraceae, e em níveis relativamente baixos por Rubiaceae e Orchidaceae, e insignificantes pelas demais. No entanto, se pensarmos no AQUECIMENTO GLOBAL tal hábito deveria ser alterado para melhor aproveitarmos nossa MEGADIVERSIDADE! O Dr. J.F.M. VALLS (2005) sugere ao COLETOR que, ao projetar uma expedição, saiba responder às seguintes perguntas: - Quem vai conservar? Como? Onde? Até quando? Em que estruturas? Com que garantia de manutenção da integridade genética? A coleta foi uma atividade essencial à alimentação de todas espécies do gênero Homo. Hoje é uma atividade que visa DISPONIBILIZAR germoplasma de plantas cultivadas e de suas parentes silvestres, com AMPLA BASE GENÉTICA, aos programas de Domesticação, Pré-melhoramento e Melhoramento Genético, até chegar à mesa da “dona de casa” como uma NOVA CULTIVAR resistente às intempéries! O QUE COLETAR NO BRASIL? 1. NATIVAS DOMESTICADAS: abacaxi-comum, caju, cará, goiaba, guaraná, jabuticaba, mamão, pupunha, urucum, etc. 2. NATIVAS SEMIDOMESTICADAS (ex situ): açucena, araucária, caju-anão, camu- camu, cupuaçú, feijoa, macaúba, mangaba, pequi, pitanga, uvaia, umbu, etc. 3. NATIVAS INDOMESTICADAS: Medicinais, Ornamentais, Forrageiras, Frutíferas (como: Myrtaceae e Sapotaceae), etc. 4. NATIVAS PARENTES DAS DOMESTICADAS: amendoim (62 Arachis spp.). arroz: (Oryza latifólia, O. glumaepatula, O. grandiglumis e O. alta), Cana: Saccharum (S. angustifolium, S. asperum e S. villosum), cevada: Hordeum (H. euclaston e H. Stenostachys), capim elefante: (Pennisetum spp.), tremoço: Lupinus crotalária, ... 5. EXÓTICAS COM DIVERSIDADE LOCAL: abóboras, melancia, melão, feijão- fava, etc. 6. PANC: cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, etc. (350 espécies, entre nativas, exóticas ou naturalizadas). Mundo = 391.000 espécies de plantas identificadas e descritas; Mundo = 50.000 são potencialmente alimentícias; Mundo = XV spp. constituem 80% da dieta humana Mundo = 150 alimentam a humanidade atualmente; AS XV DA DIETA = frutíferas (banana e coco), cereais (arroz, trigo, milho, sorgo e cevada); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca); leguminosas (amendoim, feijão e soja); açucareiras (cana- de-açúcar e beterraba). O MAIS SURPREENDENTE: De cerca de 2.500 spp. parcialmente domesticadas, somente sete: arroz, batata, beterraba, cana-de-açúcar, milho, soja e trigo, correspondem juntas a 55% da dieta humana [J. LEON, 1989; WALTER et al., 2005; FAO, 2017].
  • 14. 3. IDENTIFICAR Através da TAXONOMIA as plantas são identificadas pelos BOTÂNICOS (...Família, Gênero, Espécie, Subespécie, Variedade..), utilizando-se do CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA para ALGAS, FUNGOS E PLANTAS. Já os NOMES e o REGISTRO das CULTIVARES, dados pelos melhoristas, é regrado pelo CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA PARA PLANTAS CULTIVADAS.
  • 15. 4. CARACTERIZAR A CARACTERICAÇÃO descreve as características (botânicas, genéticas, agronômicas) dos acessos mantidos em um BB, BAG, e CT, e até de uma cultivar, para possibilitar o seu uso pelos melhoristas genéticos”. Tanto os acessos quanto as cultivares são caracterizados através da aplicação de Descritores. DESCRITORES: São regras quantitativas (ex.: dimensões) e/ou qualitativas (ex.: coloração) preparadas para distinguir acessos de um BAG, CT, ou para o Registro e Proteção de Plantas, através de numeração com 3 até 9 distinções, para os DESCRITORES: 1 = muito curto 2 = dúvida 3 = curto 4 = dúvida 5 = médio 6 = dúvida 7= grande 8 = dúvida 9 = muito grande 1. AGRONÔMICOS: Avalia o Ciclo de maturação, Época da produção, Produção por planta, Dados do Pólen, Autofertilidade, Teor de Óleo das sementes, Produtividade, Resistência a fatores adversos; 2. BOTÂNICOS: Organografia e Anatomia (Partes subterrâneas, caule, ramos, folhas, flores, frutos e sementes). 3. GENÉTICOS: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...; 4. QUÍMICOS: Metabólitos secundários; 5. TECNOLÓGICOS: Aroma, Sabor, Açúcares, Acidez, Grau de Conservação. Temos também Descritores ECOGEOGRÁFICOS e CLIMÁTICOS que determinam remotamente a diversidade e as localizações geográficas de parentes silvestres de culturas e cultivares crioulas (REDDEN, 2013).
  • 16. 5. INTERCAMBIAR IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO ou INTRODUÇÃO/REMESSSA: São ações do intercâmbio ordenado e sistemático de germoplasma, para um novo local. Segundo E.B.GERMEK (1992), desde os tempos mais remotos,..., o homem procurava em regiões longínquas os produtos de que tinha necessidade, e desde então realizavam-se tentativas de estabelecer tais culturas nos países interessados. Germek citou também que há um dilema do pesquisador na importação, que pode ser representado por uma balança. LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA O INTERCÂMBIO: IMPORTAÇÃO 1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa; 2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários; 3. Certificado Fitossanitário do país de origem. EXPORTAÇÃO 1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas; 2. Import Permit, do país importador (Permit Label); 3. Pedido de Autorização de Exportação; 4. Certificado Fitossanitário de Origem; 5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários. TRÂNSITO INTERNO 1. Certificado de Origem; 2. Certificado de Origem Consolidado (spp. nativas em risco de extinção).
  • 17. 6. QUARENTENAR Fim Início 3 meses = anuais 6 meses = perenes 11. ENTREGA AO IMPORTADOR 2. RECEPÇÃO DO MATERIAL 3. CONFERÊNCIA 4. INTRODUÇÃO 5. INSPEÇÃO PRÉ- PLANTIO 6. AMOSTRAGEM 8 INSPEÇÃO PÓS-PLANTIO 7. PLANTIO 9. EXPURGO DESCARTE 10. EMISSÃO DE LAUDOS 1. ACEITE Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Centro de Quarentena da Embrapa Se refere um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do próprio País, permanecem em observação fitossanitária para evitar a entrada ou dispersão de pragas quarentenárias no Brasil.
  • 18. 7. CONSERVAR EX SITU 2. IN VITRO 3. CRIOCONSERVAÇÃO 4. IN VIVO 4.1 PESQUISA 4.C TELADO 4.2 ON FARM 4.D RIPADO 4.B CASA VEG. 1. REFRIGERAÇÃO 1.1 B. BASE 1.2 B. ATIVO 1.3 COLEÇÃO TRABALHO 4.A CAMPO 1.4 COLEÇÃO NÚCLEO 2.1 (20 - 25) TROPICAIS 2.2 (10 - 15) TEMPERADAS 3.1 (-196) LÍQUIDO 3.2 (-150) VAPOR 1.5 COLEÇÃO GENÔMICA Svalbard Global Seed Vault - Noruega CÂMARAS FRIAS (80%) CAMPO (17%) VITRO (2%) CONSERVAÇÃO Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia DF - Brasil Jeff BEZOS Bill GATES
  • 19. 8. DOCUMENTAR, INFORMATIZAR E VALORAR DOCUMENTAR: É a atividade de Registro organizado do Banco de Dados em livros, cadernetas, fichários, e computador. Segundo José T. ESQUINAS-ALCAZAR (1993) um bom Sistema de Documentação é a chave para o uso dos acessos dos BAG. INFORMATIZAR: É a atividade concretizada por um Programa Computacional abastecido pelos Dados da Documentação. Sua finalidade é de: a) Registro; b) Classificação; c) Organização; d) Interpretação; e) Divulgação; f) Uso facilitado. VALORAR: Significa DAR VALOR à alguma coisa, no nosso caso ao recurso genético (uma espécie preservada em risco de extinção, um acesso de um BAG, ou uma nova cultivar, etc.). Concretizado com fórmulas estatísticas, segundo o caso!
  • 20. 9. MULTIPLICAR E REGENERAR MULTIPLICAÇÃO: é o ato de REPRODUZIR os acessos, de um banco ativo (BA), em vasos com ambiente protegido, a campo, ou in vitro, a fim de se obter GERMOPLASMA em número suficiente, quer seja para conservar ou intercambiar, e até mesmo para outros usos como no melhoramento genético. REGENERAÇÃO: é a atividade de renovar, isto é, de se devolver seu poder de GERMINAÇÃO e VIGOR ideal. Os MOTIVOS para multiplicar são diversos, como o de tê-lo coletado na natureza ou recebido do banco base (BB), ou mesmo introduzido de outra instituição ou importado do exterior, em QUANTIDADE INSUFICIENTE para viabilizar os objetivos desejados (avaliação, caracterização, conservação, etc.). Tal perda ocorre por queda das capacidades durante a CONSERVAÇÃO no BB. Ambos processos variam se a planta for ALÓGAMA ou AUTÓGAMA e segundo outras variáveis como: a) tempo de conservação; b) tamanho da amostra; c) homogeneidade; d) isolamento e polinização; e) produtividade; f) temperatura e umidade da câmara fria, g) tipo de embalagem utilizada, h) intempéries durante a regeneração, entre outros...
  • 21. 10. USAR Miguel GUERRA et al. (2015) diz que os RFG podem ser distinguidos segundo: a) VALOR DE USO DIRETO (Ex: recreação, turismo, educação, ciência, etc.); b) VALOR DE USO INDIRETO (Ex: regulação - clima, fertilidade - solo, ciclagem - nutrientes, polinizadores, qualidade d’ água e do ar, etc.). [Fotos: Bambus]. EXEMPLOS DE USOS  PAISAGISMO: Os acessos de espécies ornamentais, particularmente as nativas com distinta variabilidade fenotípica ou espécies agrícolas com potencial de uso ornamental, são inclusos no melhoramento, como: maracujá, abacaxi, etc. (Ex.: A restauração paisagística com espécies nativas por Roberto Burle MARX, vem de 1934);  REGENERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: Os acessos de espécies arbustivas e herbáceas dos BAG são inclusos em projetos de áreas degradadas, privilegiando espécies nativas de rápido crescimento e com sistema radicular profundo (Ex: amendoim forrageiro, bambu, centrozema, cudzu-tropical, estilosantes, mucuna,...); Para arboreas em recuperação de nascentes ou áreas alagadas, ou vegetação ribeirinha, recomenda-se: aroeira-pimenteira, cambucá, embaúva, goiaba, guanandi, Ingá-do-brejo, pata-de- vaca, etc. (Ex.: D. Pedro II, em 1861, com a Recomposição da Floresta da Tijuca, objetivando salvar as nascentes d’água – RJ);  AGROBIODIVERSIDADE: Os acessos de novas espécies exóticas introduzidas são aclimatados e até mesmo utilizados diretamente caso se adaptem rapidamente. Espécies reconhecidamente resistentes à seca como milho e trigo, com cv. de crescimento mais rápido e maturação precoce são indicadas para combater mudanças climáticas.  SEGURANÇA ALIMENTAR : Os RFG são utilizados para aumentar a resiliência climática visando a produção de alimentos incorporando novos genes em cultivares elite (Ex: arroz, feijão, mandioca, ...).  ESTUDOS DE DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO, E MELHORAMENTO GENÉTICO: Os acessos de espécies parentes da cultivada são cruzados entre si e/ou com cultivares das domesticadas. Os acessos dos BAG são caracterizados e avaliados, e os selecionados são incluídos nas Coleções de Trabalho dos Melhoristas Genéticos;  INDÚSTRIA: Os acessos de RFG podem ser utilizados em diversas áreas como: alimentação, cosméticos, perfumes, remédios, mobiliários, etc.
  • 22. Iv - FINALIZANDO Foto: Dinastia Inca, Isla del Sol na Bolívia, ilha localizada no lago Titicaca, do século XV. Obras construídas para experimentos de IRRIGAÇÃO e de ALTITUDE, entre outros, para MELHORAMENTO GENÉTICO de espécies diversas de plantas.