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I – APRESENTANDO-ME
 Possuo Mestrado (1987 a 1990) e Doutorado (1992 a 1994) em Ciências Biológicas, com ênfase em Botânica, pela
Unesp/Botucatu-SP.
 Ao longo da minha carreira, destaco a criação e presidência de eventos significativos, tais como o I-Simpósio Nacional
de Recursos Genéticos, I-Simpósio Latino-americano de Recursos Genéticos, I-Encontro de Educação Ambiental na
Agricultura, I-Encontro de Especialistas do Gênero Arachis, e o I-Workshop Nacional de Curadores de Germoplasma.
 Assumi o papel de Coordenador Nacional de Recursos Fitogenéticos pelo IICA/PROCISUR, indicado pela presidência
da Embrapa, no período de 1996 a 2000. Também atuei como Consultor para Taxonomia do gênero Arachis no
ICRISAT, na Índia, em 1997.
 Ministrei a disciplina de Manejo de Recursos Fitogenéticos no início do Curso de Pós-graduação em Genética,
Melhoramento Vegetal e Biotecnologia do IAC de 1999 a 2001. Além disso, conduzi o Curso virtual de Introdução ao
Manejo de Recursos Fitogenéticos pelo INFOBIBOS de 2013 a 2019.
 Ao longo de 35 anos (1980 a 2015), dediquei-me à prestação de serviços e à pesquisa científica no IAC, onde me
envolvi com o Intercâmbio e Quarentena de Plantas, e na Caracterização e Gestão de Recursos Fitogenéticos. Meu
principais cargos foram os de Coordenador do Sistema de Introdução e Quarentena de Plantas, Diretor do Centro de
Recursos Genéticos e Jardim Botânico, e Diretor do Centro Experimental Central do IAC.
 Desempenhei funções diretivas em diversas instâncias, como na Rede Brasileira de Jardins Botânicos, de 2009 a
2023, na criação e direção da Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos, de 2008 a 2022, e da Rede Sudeste de
Recursos Genéticos, durante sua primeira gestão até 2018 a 2022.
 Fui o fundador da Revista RG News onde exerci a função de primeiro Editor Chefe de 2015 a 2018, e Editor Chefe
Substituto 2018 a 2022, pela SBRG.
 Atualmente, sou o Diretor Administrativo na Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) desde 2014 até 2025.
PqC-VI Prof. Dr.
Ferraz de Arruda Veiga
PqC-VI Profa. Dra.
Fernandes Moura
PqC-VI Prof. Dr.
Guerreiro Filho
Foto: Café da manhã do carioca.
EXERCÍCIOS DA AULA
1) A cada segundo que se cansarem do professor, questionem-se: Quais são as que você consumiu no seu café da manhã?
2) A cada minuto que se lembrarem de sua amada (o), pensem: Quais são as espécies de plantas perenes que consumiu no meu almoço?
3) A cada hora que se lembrarem de sua sogra (o), reflitam: Quais são as espécies de plantas perenes que consumiu no meu jantar?
4) A todo momento ao lembrarem dos seus amigos, perguntem-se: Nas três questões anteriores, quais destas espécies eram NATIVAS?
5) Exercício final (aguardem no final!).
TEMPO
- VALENDO!!!
II – introdução
A aula de hoje buscará contextualizar o com a (RFG),
explorando a história e definições relevantes.
Os (RG) abrigam a necessária para combater a fome, reduzir a insegurança alimentar através da
produtividade e mitigar perdas econômicas decorrentes de desafios como intempéries climáticas, doenças e pragas.
Segundo a (2019), os RG constituem a matéria-prima fundamental para os programas de melhoramento, cujo objetivo é elevar a
produtividade e a qualidade em setores como agricultura, pecuária, silvicultura e pesca. Esses recursos também desempenham um papel crucial
na criação de novas cultivares, raças, medicamentos e outros bens de consumo.
O melhoramento genético vegetal requer a identificação e incorporação de genes, visando a busca por características agrícolas favoráveis nas
plantas cultivadas, sendo, portanto, dependente dos recursos genéticos para obter uma nova cultivar. Nesse sentido, torna-se relevante que o
melhorista se integre aos especialistas da área de gestão de recursos genéticos, a qual apresentamos a seguir para vocês.
Já a espécie H. sapiens L. surge no Pleistoceno, em 300
Walter (2019) cita o surgimento do gênero
Homo, no , cerca de 2,5 Milhões anos atrás.
aconteceram de 16 à 10 Mil anos atrás, no .
GIMNOSPERMAS 365 Mi
PLANTAS 500 Mi
ANGIOSPERMAS 140 Mi
HOMO 2,5 Mi
359,2
488,3
416
CONTINENTES
Mas, os nossos se concentram aqui e agora!
199,6
145,5
252,2
2,5 Bi (bilhões)
400 Mil
10 Mil
35 Mil
2,5 Mi
5,3
H. sapiens 300 Mil
A subespécie H. sapiens sapiens desde 200 Mil anos,
também no .
Ano 1.900
1 - HISTORIANDO DO INÍCIO
LUCA 4,2 Bi
TERRA 4,6 Bi
I
II
III
IV
V
GIMNOS 365 Mi
PLANTAS 500 Mi
ANGIOS 140 Mi
542 Mi (milhões)
33,9
55,8
23
65,5
PANGEIA
VI
Nosso
13,8 Bilhões de Anos Atrás
PUM
2 – UNIFORMIZANDO CONCEITOS
GENE POOL TERCIÁRIO (GP3): Espécies pouco
aparentadas onde seus cruzamentos com GP1 geram
progênies anômalas, com graus de letalidade ou
completamente estéreis, só com uso da Biotecnologia.
GENE POOL PRIMÁRIO (GP1): Quando os
cruzamentos são comuns e geram progênies férteis,
com segregação normal.
GENE POOL QUATERNÁRIO (GP4): Quando os
cruzamentos com GP1 são impossíveis. Ou melhor,
somente viáveis por técnicas de transgenia.
GENE POOL SECUNDÁRIO (GP2): Seus
cruzamentos com GP1 são possíveis, gerando
progênies com níveis variáveis de esterilidade ou
fertilidade, pareamento cromossômico pobre ou nulo,
cujos híbridos dificilmente chegam à maturidade e às
gerações subsequentes.
: Termo cunhado por William
(1905). Define-se como sendo a Ciência que estuda a
.
: Trata-se de uma classificação da
das plantas [para o pré-melhoramento]
onde os genótipos (um gene ou grupo de genes) estão
disponíveis, ou não, para cruzamentos entre espécies
cultivadas e suas parentes silvestres. [Jack Roland
& De WET,1971]
A é uma atividade dependente dos três recursos genéticos (animais, microrganismos e vegetais), bem como dos três
estados físicos da matéria ( ), todos interdependentes na (termo criado pelo russo Vladimir ),
referindo-se ao espaço ocupado pelos seres vivos no globo, isto é, na .
Cunhado por H. F. e
B. (1968), define-se como:
RECURSOS: São os bens materiais e imateriais
oriundos dos vegetais, com valor para o ser humano.
GENÉTICOS: Referem-se aos materiais hereditários
dos organismos vivos.
[VEIGA, R.F.A. & , M.V.B.M. ( ) definem,
resumidamente, RFG como: “germoplasma vegetal
”].
: Aquilo que se pode valorar, isto é, que o ser
humano coloca valor monetário ou outro, presente ou futuro.
: Citado por August (1883).
Pode ser definida como a soma total dos
de uma espécie.
2a - DIVERSIDADES EM RFG
ROSEN
RUSSEL
O termo foi cunhado por Raimond F. (1968), resumido para
por Walter G. (1985), e publicado pela primeira vez por E.O.
(1986). Essa diversidade é entendida como a variedade mundial de plantas cultivadas e suas parentes
silvestres, seus microrganismos e animais associados, em interação com o .
: De acordo com Russel A.
et al. (1988), esse termo referia-se a um grupo seleto de 12 países que,
juntos, possuíam 70% de toda a diversidade do planeta, apresentando
altos índices de riqueza em espécies e endemismo. Jeffrey et
al. (1997) ampliaram esse conceito para 17 países, como mostrado pelos
retângulos abaixo. O detém a maior megadiversidade.
DASMANN
: Refere-se ao grau de
variabilidade de genes existente dentro de um indivíduo
(animal, vegetal, microrganismo). Sean e Colin
(2021) concluíram que "se alguns indivíduos
forem mais tolerantes que outros às intempéries, eles
podem salvar sua população de uma eventual extinção".
1
WILSON
Piracicaba, ESALQ
Genética
3 – OS PRECURSORES
São Paulo, USP
Biologia Geral
Campinas, IAC
Melhoramento Fitogenético
Segundo Carlos & Walter ), do IAC, aqui no Brasil três BALUARTES DA GENÉTICA,
amigos da década de 1930, incrementaram os alicerces da aplicando-os ao ,
através do uso dos na pesquisa científica, no ensino, e na formação de novos discípulos: André, Carlos e Gustav.
O foi publicado pelo espanhol Alonso de em 1513. Nele, Herrera
sugeria que muitos dos métodos de seleção de autógamas, aplicados a culturas como arroz, centeio, trigo, entre outras, já
haviam sido desenvolvidos pelos romanos desde antes de Cristo, por figuras como Virgílio, Varro, Plínio e Columella. No
entanto, a efetiva ocorreu apenas no século XVIII, com avanços na agropecuária, técnicas de
produção e rotação de culturas. A , no século XIX, introduziu o melhoramento genético, o uso de
fertilizantes, agrotóxicos químicos e a prática de monocultura.
4 – ENTÃO, QUEM DOMESTICOU AS PLANTAS NO BRASIL?
TUPÃ
- Foram nossos “ ” que, tendo Tupã como sendo seu Deus da Natureza e Agricultura, iniciaram a e o
. Tal fica claro quando Niède (2008), por meio da arqueologia, propõe que o Homo
sapiens já estaria no , no Piauí, antes de sua “descoberta”, há cerca de 100 mil anos.
Pero Vaz de , em sua à D. Manoel I, rei de Portugal, menciona a existência de cinco espécies exóticas no Brasil:
arroz, castanha-portuguesa, figo, trigo e uva. Além disso, descreve seis espécies nativas, provavelmente: algodão, bambu, cabaça,
mandioca, palmito-jussara e urucum.
Warwich Estevam afirmou (1986) que os domesticaram todas spp. nativas cultiváveis que
conhecemos no Brasil desde 9 a 12 mil anos atrás, portanto, bem antes da chegada dos portugueses. Segundo
C.R. et al. ( ) cultivavam espécies nativas como açaí, babaçu, cacau, caju, castanha-do-pará,
goiaba, pequi, pitanga, pinhão, pupunha, compondo com outras, num total de 83 spp., além de introduzir as
exóticas abacate, banana, mamão, totalizando 55 spp.
A pode ser compreendida como um processo entre o homem e a planta
ou animal, no qual o homem seleciona, no caso de plantas, os caracteres desejados, como cor, sabor, tamanho e
quantidade, ou a própria planta se adapta ao ser humano. Esse processo pode ser distinguido em dois tipos: 1)
Cultura primária: quando o progenitor silvestre foi coletado, cultivado ex situ, e melhorado (Ex.: milho); 2)
Cultura secundária: quando a planta “invasora” evoluiu naturalmente crescendo no entorno de residências, ou
“camuflando-se” com a cultura agrícola (Ex.: O que Nicolai Ivanovich , em 1911, detectou e por isto
este processo recebeu a denominação de , como ocorreu com: aveia, centeio e trigo).
Segundo Rachel S. ( ) o processo de pode
variar em duração, desde algumas centenas de anos, como no caso do Kiwi e do Cranberry, até milhares de anos.
5 - HISTORIANDO OS RFG NO BRASIL
Nossa história documentada em Recursos Fitogenéticos (RFG) é inicialmente muito tímida, começando em 1600 com os
, liderados por Maurício de , e seu Jardim Zoobotânico implantado em - Pernambuco, porém
efêmero, pois tal acervo foi transferido para a Holanda quando ele teve que sair do Brasil.
Segundo Evaristo de ( ) a história se fortalece no século XVI através dos com a
primeira Lei de Proteção Florestal, vindo daí o termo “madeira de lei” que protegeu nossas matas até o século XIX.
A trajetória pela preservação in situ e conservação ex situ no teve início em 1808 com a criação do por
. Com (1861) essa jornada incluiu iniciativas notáveis, como a Recomposição da Floresta da Tijuca. Um marco importante foi a
instituição do Primeiro Dia da Árvore (1902). No entanto, foi apenas na década de 1920, com o início das coleções de germoplasma pelo Instituto
Agronômico de Campinas (IAC), criado também por D. Pedro II, que a atividade de conservação ex situ se estabeleceu definitivamente no País.
Figura: Jardim Botânico de Recife
A se fortalece a partir das décadas de 1980 com a criando a e a seguir o
(1993). Criamos a (2002), bem como as nas duas décadas seguintes. Criamos
também o e o , possibilitando assim novos fóruns científicos que
engrandecem o trabalho com recursos genéticos nas áreas animal, microrganismo e vegetal no Brasil e no mundo.
O impulso mais recente vem da década de 1970, com a criação da Cenargen (hoje ERGB), que segundo Maurício A.
(2018), propiciou à agricultura brasileira o papel de protagonista no mundo, passando de importador para exportador de produtores agrícolas.
Refere-se à para 735 milhões de pessoas no mundo (FAO/ONU, ), 33 milhões
só Brasil, incrementada pelo desperdício de 1.300 milhões de toneladas de alimentos no mundo, com
o Brasil ocupando o 10º. lugar neste triste ranking. No Brasil, o Governo Federal, em resposta ao
problema, lançou em 2018 a “Semana nacional de conscientização da perda e desperdício de
alimentos” .
6 – POR QUÊ MELHORAR GENETICAMENTE?
É reflexo do sobrepeso com a (aminoácidos, proteínas, vitaminas, sais
minerais), portanto a geladeira e o armarinho podem estar cheios, de “alimentos” insípidos! O Canal
Olá Ciência ( ) cita a existência de 125 milhões de pessoas com fome invisível no Brasil.
Segundo Sarah K. et al. ( ), do , os cálculos do para 80 países
mostram que, em média, a das plantas, animais e microrganismos, que sustentam a alimentação e a agricultura, está
bem abaixo dos níveis desejáveis (Status 56 de 100). - “Se quisermos integrar a agrobiodiversidade nas agendas de
, precisamos entender como ela pode contribuir e onde é subutilizada em todo o ”.
A Dra. Jyotsna ( ), vice-presidente do Dep. de Estratégia e Conhecimento do Fundo Internacional de Desenvolvimento
Agrícola ( ), citou que a produção de pode cair 80% até 2050, e destaca o pequeno agricultor que em fazendas de até 2
hectares (ha) produzem 31% dos alimentos do mundo em menos de 11% das terras agrícolas.
Segundo a FAO ( ), em 2022 havia 148 milhões (22,3%) de crianças menores de cinco anos com baixa estatura, 45 milhões (6,8%) sofriam de emagrecimento
extremo e 37 milhões (5,6%) tinham excesso de peso. O surge para eliminar ou minimizar a FOME VISÍVEL e INVISÍVEL, através
do incremento de produtividade e nutrição, ao mesmo tempo em possibilita que a agropecuária não necessite de novas áreas nativas.
7 – OS RFG E A MUDANÇA CLIMÁTICA
REFLORESTAR O BRASIL É URGENTE - Revista .
“Quem, HOJE EM DIA, percorre o nosso território imenso, há poucos séculos densamente coberto de
magníficas florestas e campos férteis, sulcado aqui e ali por castos cursos d’água e semeado de
miríades de borbulhantes nascentes, verá que disto tudo, que constituía outrora o paraíso dos
naturalistas e o notável característico de nossa paisagem, POUCA COISA RESTA!” (M. LEVY, 1952).
O Brasil, desde o seu “descobrimento”, vem sendo vilipendiado em sua , como comprova o texto abaixo:
Marcos F. et al. (2023) cita que Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na
Agropecuária ” visa o enfrentamento da mudança do clima no setor . Uma das estratégias é aumentar a capacidade
adaptativa através de , equivalendo à substituição de fertilizantes químicos pela adoção dos .
Maria Helena ( ), Diretora-Geral Adjunta de Recursos Naturais da FAO, destaca que entre 780 milhões e 821
milhões de pessoas sofrem de fome no mundo. Ela enfatiza a urgência de agir agora para reduzir o risco de que a escala e a
velocidade das ultrapassem nossa capacidade de identificar, selecionar, reproduzir e, eventualmente, usar esses
recursos no campo. Também acredita que as soluções para esse desafio já estão no Brasil, principalmente na Embrapa.
O (2018) prevê que a temperatura da Terra aumentará em 2ºC neste século. Segundo os Anciãos do Ártico (2021), a
Terra já se inclinou para o Norte, alterando todo o seu clima. O (2021) alertou que já estamos 1,3ºC acima do normal
e que isso poderia resultar em secas e ciclones mais intensos, oceanos mais ácidos e invasão do mar em áreas costeiras, chuvas
torrenciais com inundações e extinção de espécies. Nos cenários estudados pelo (2021), há mais de 50% de chance de que a
temperatura ultrapasse os 1,5°C entre 2021 e 2040.
Segundo Robert (2022) os RFG são relevantes por terem a capacidade de paisagens degradadas, sendo
essenciais para a adaptação da agropecuária às , ao diminuir os efeitos da seca pela capacidade de extrair água
de lençóis freáticos e reter umidade e nutrientes no solo. Além disso os RFG ainda protegem contra inundações e erosão, fornecem
sombra e ainda fixam nitrogênio, proporcionando um efeito refrescante ao diminuir a temperatura e aumentar a umidade do ar.
8 – O SISTEMA INTEGRADO DE RFG
Tal sistema basicamente a pesquisa, a natureza e o agricultor, onde segundo e (2000)
participa o com atividades que visam à identificação de caracteres e/ou genes de interesse, e sua
posterior incorporação nos materiais elite. A indiana Shivali (2017) cita que o pré-melhoramento prioriza a
prospecção e a coleta, e pode durar de 5-8 anos.
Para A. O. (2018) no a transferência de tecnologia gerada e/ou da cultivar melhorada,
efetiva os Ensaios de Avaliação das Cultivares para registro e proteção, e executa a Produção de sementes básicas,
certificadas e genéticas, regulamentação, lançamento e pós-venda.
BAG EX SITU
COLEÇÃO DE TRABALHO
DOMESTICAÇÃO E PRÉ
MELHORAMENTO
MELHORAMENTO
GENÉTICO
CULTIVARES
ESQUECIDAS
VARIEDADES
TRADICIONAIS
RAÇAS LOCAIS
SELEÇÃO DO
AGRICULTOR
PÓS MELHORAMENTO NATIVAS
DOMESTICADAS
PESQUISA AGRICULTOR
BAG IN SITU
HIBRIDIZAÇÃO NATURAL
ESCAPE DE CULTIVO
DOMESTICADO
ESCAPE DE CULTIVO
SEMI DOMESTICADO
NÃO DOMESTICADO
POTENCIAL
NATUREZA
Para Walter S. & Juliana B. (2007) o MELHORAMENTO GENÉTICO é aquele onde os
agricultores e melhoristas unem-se para selecionar germoplasma no próprio local onde serão cultivados.
III – as CURADORIASde coleções
de e de são estruturas organizacionais destinadas à gestão
pelas instituições conservadoras de e afins. Suas atividades são essenciais para efetivação de uma boa organização dos acessos
por elas mantidos, desde a sua introdução até o seu uso final (VEIGA, R.F.A., 2024).
Os são os especialistas responsáveis pelo germoplasma ou
coleção científica (herbário ou demais coleções inanimadas) de uma família,
gênero, espécie e cultivares, entre outros.
O efetiva a coordenação das atividades de
prospecção, coleta, intercâmbio, identificação, caracterização,
conservação/preservação, multiplicação/regeneração, documentação/
informatização, valoração e uso dos acessos, em apoio às Curadorias e seus
respectivos Curadores.
1 - A GESTÃO ATRAVÉS DE CURADORIAS
CURADOR: É o profissional oficialmente indicado pela
Coordenação do Sistema, ou Instituição, como o responsável por
cuidar de um ou mais BAG/CC.
COORDENADOR
(institucional)
COMISSÃO
(Apoio ao Coordenador)
CURADORIA
(BAG + CC.)
CURADOR
(Cuida de um ou mais BAG/CC)
GESTÃO
CURADORIA: É composta por uma coleção e/ou grupo de
coleções científicas e/ou de bancos ativos de germoplasma
institucionais, sob a responsabilidade de um curador.
COORDENADOR DO SISTEMA DE CURADORIAS: É o
profissional que coordena as atividades das curadorias, e quem
comanda a Comissão Coordenadora do Sistema.
COMISSÃO COORDENADORA DO SISTEMA: É uma comissão
auxiliar do Coordenador para os trabalhos de gestão.
Foto: Coleção de plantas do Centro de Horticultura - IAC
Segundo Magaly (2001), os são o repositório de genes adaptados ao meio ambiente. No (2016-2019) consta sua
RELEVÂNCIA por serem a base biológica da segurança alimentar mundial, contribuindo para o sustento dos seres vivos da Terra. VEIGA,
R.F.A. (2024), cita que para sua GESTÃO são necessários um Banco Base de Germoplasma (BBG), vários Bancos Ativos de Germoplasma
(BAG) e/ou Coleções Científicas (CC), além de Curadores capacitados e que o pode ser estruturado da seguinte forma:
Alessandra Alves de
Centro de Citricultura-IAC
2 – A GESTÃO NACIONAL
GESTÃO NACIONAL – Contamos com uma Diretoria da
responsável por apoiar os Sistemas de Curadorias
Institucionais.
Atualmente o Brasil é um dos países mais organizados na área de RECURSOS GENÉTICOS, por diversos motivos, em especial
pela gestão Nacional, como mostramos a seguir (VEIGA, R.F.A., 2024):
ALELO
SBRG
Diretoria de
Redes Regionais e
Curadorias
A Equipe do que atua na temática de Recursos
Genéticos vem atuando por meio de ações concretas, na
construção de Políticas e de Capacidades com foco na
conservação e uso sustentável dos recursos genéticos para
alimentação e agricultura, contribuindo para a segurança
alimentar, nutricional e tecnológica do País e para a
sustentabilidade da agropecuária brasileira.
Diretora : Maria T. G.
(UFAM)
Vice-Diretora : Ananda V. de
(Embrapa Florestas)
Segundo Marcos efetivamos a
Nº 1, de 6 de janeiro de 2020
com a POLÍTICA NACIONAL DE
RECURSOS GENÉTICOS DA
AGROBIODIVERSIDADE
Fernando
Alfredo
No Brasil temos também a REDE BRASILEIRA DE
JARDINS BOTÂNICOS ( ), que possuí 89 jardins
botânicos, conservando ex situ e preservando in situ.
Zen
Israel
Tais estão dispersas pelo Brasil, nos centros da Embrapa, em Universidades, e em Institutos de Pesquisa e de Extensão. Assim, pode-se
destacar os da EMBRAPA, IAPAR, INPA e APTA. Lembrando que em muitas instituições elas ainda funcionam de forma informal pela vontade
do cientista responsável, ou já desapareceram por falta de liderança institucional (VEIGA, R.F.A., 2024).
3 – ONDE TEMOS CURADORIAS NO BRASIL?
JOSÉ LUIZ
Foto: BAG – Uva - IAC
Marcos D.V. et al. (2021) categorizaram os principais RFG do Brasil em: 1. Florestais: acácia, eucalipto, pinus,
seringueira; 2. Fruteiras: acerola, banana, caju, cupuaçu, laranja, manga, maçã, uva; 3. Forrageiras: amendoim-forrageiro, cana-de-
açúcar, capim-braquiária, capim-colonião, capim-elefante, grama-bermuda, grama-estrela-africana, grama-missioneira; 4.
Estimulantes: café, cacau, erva-mate, guaraná; 5. Palmáceas: açaí, coco, dendê, palmeira-real, pupunha.
IV – AS ATIVIDADESDE CURADORIAEMRFG
Tanto Jack Gregory (1982) como Semíramis R.R. et al. (2007) citam
as como sendo semelhantes tanto na preservação in situ como na
conservação ex situ. VEIGA, R.F.A. (2024) apresenta didaticamente as atividades na
sequência a seguir, embora nesta aula as embaralhe um pouco:
Valter Lino Sandy - IAC
Sebastião e Toninho - IAC
SEQUÊNCIA
ATIVIDADES
R.F.G.
USO
REGENERAÇÃO
VALORAÇÃO
AVALIAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO
CONSERVAÇÃO
EX SITU
MULTIPLICAÇÃO
INFORMATIZAÇÃO
DOCUMENTAÇÃO
INTERCÂMBIO
COLETA
PRESERVAÇÃO
IN SITU
1 - COLETA
Temos à disposição uma rica e um
avançado. No entanto, é crucial ressaltar a
necessidade de diversificar a agricultura. Como destacou Hakan
(2021), atualmente, utilizamos menos de 3% das espécies
de plantas existentes na natureza para cultivo. Esse dado ressalta uma
oportunidade significativa de explorar e incorporar uma gama mais
ampla de espécies vegetais em práticas agrícolas, promovendo assim a
sustentabilidade e a resiliência do sistema agrícola.
Foto: Amendoim comum coletado dos índios no Mato Grosso, no Posto da FUNAI. Foto: Amendoim silvestre – A. glabrata, coletado na estrada de Goiás
Como dizem Klaus Von et al. (2014), a homogeneizou-se numa faixa estreita de culturas
que embora sejam ricas em calorias também são nutricionalmente limitadas. Isso contribui para a fome oculta, comprovando a
necessidade de investirmos numa agricultura mais diversa, saudável ​​e sustentável.
391.000 spp. identificadas e descritas;
30.000 potencialmente alimentícias;
170 alimentam o mundo hoje;
5.538 alimentaram o mundo;
15 spp.
constituem 90%
da dieta humana
Além do citado acima, o que mais impressiona é que destas XV somente 4 espécies, arroz, batata, milho e trigo,
correspondem a 60% de toda dieta humana [Jorge , 1989; , 2021]. A elas podem se juntar a cana-de-
açúcar e a soja se considerarmos o domínio da produção agrícola mundial ( , 2016). Se lembrarmos que no
sistema de monoculturas e monocultivares, aplicados mundialmente, com uma estreita base genética (Otto H. ,
1970), o quadro se completa de forma assustadora! Otto
Segundo Bruno Machado Teles et al. (2005), as tais XV da dieta são: a) cereais (arroz, cevada, trigo, milho
e sorgo); b) frutíferas (banana e coco); c) leguminosas (amendoim, feijão e soja); d) plantas açucareiras (beterraba e
cana-de-açúcar); e) raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca).
1a – HOTSPOTS PARA COLETA
O termo refere-se às regiões onde ocorre maior endemismo de espécies com alto grau de ameaça, e foi usado pela
primeira vez por Norman (1988), a princípio citando 8 áreas, que hoje chegam a áreas no mundo (mapas). A seleção
de genitores e a caracterização da variabilidade genética nestes locais são decisivas ao incremento de eficiência nos programas de
melhoramento genético vegetal.
Raj S. & ARORA (1991), citam principais processos que AMEAÇAM a agricultura:
: A criação de novas cv. melhoradas compete com os RFG tradicionais por
substituição. A própria agropecuária, ao avançar em áreas nativas, destrói habitats que abrigam
progenitores silvestres.
: A agropecuária com base na “ ” com alto consumo de
insumos e baixo número de espécies alimentícias, aliados às cv. com baixa base genética é como
um “gelo fino”. Nunca antes houve tantas monoculturas com monocultivares cobrindo tanta área
geográfica.
: a terceira ameaça ao germoplasma das plantas é a destruição rápida e
indiscriminada dos recursos genéticos in situ, pela agropecuária e exploração, e ex situ por perda de
curadores e de coleções.
PARODA
Segundo Fabrice A. J. et al. 2021, uma maior consideração e integração da na
AGRICULTURA é chave para melhorar a saúde, eliminar a fome e alcançar objetivos de desenvolvimento positivos para a
natureza.
essenciais para se qualificar uma região como sendo HOTSPOT DE BIODIVERSIDADE:
1. Deve ter pelo menos 1.500 plantas vasculares como endêmicas, ou seja, deve ter uma alta porcentagem de vida vegetal não
encontrada em nenhum outro lugar do planeta, sendo insubstituível.
2. A área deve ter no máximo 30% da sua vegetação natural original, estando portanto ameaçada.
BANCO BASE
São Petersburgo
Rússia
119 anos
325 mil acessos
Ásia
1916
1922
1924
1927
1929
1930
1932
1933
1919
Oriente
Médio
&
Ásia
Central
América
do
Norte
Ásia
Central,
Ásia
Central,
Extremo
Oriente
Europa
&
África
Américas
do
Norte,
Central
&
Sul
Europa
&
1931
Europa
1917 Revoluções Russas
1921-22 Seca e Fome
Américas
do
Norte
&
Central
1908
Cáucaso
1940
Ucrânia
1939-45
II
Cáucaso
1b – MESTRES DA COLETA
Mesmo que Alfonse de (1882) tenha sido o primeiro a estudar a
, propondo 4 centros, e que depois de (1935) tenha vindo Jack Rodney
(1980), propondo 3 centros e 3 não centros), quem é lembrado como o Pai dos RG, da Fitoimunologia e da
Agricultura Moderna, Primeiro Guardião da Biodiversidade, e o Darwin do século XX, é o russo Nicolai.
8a
1
2
3
5
6
7
8 2a
8b
8a
4
Carismático, falava 20 idiomas, workaholic
(dormia 3 - 4 horas/noite), criou + de 200
EE. por suas convicções
científicas. Obras: 1.300 em Russo e 100 em
outros idiomas.
Realizou mais de 100
, em cerca de 50
países, col. 50.000 acessos, com os quais
criou o .
São Petersburgo
Rússia
Eden
1c – HISTÓRICO DAS COLETAS
COLETAS DO IAC: A 1ª. expedição oficial foi realizada pelo Dr. Alcides de , 1940: Peru, Equador,
Colômbia e Bolívia, para Quineira (Cinchona spp.). Outros PqC IAC coletaram Arachis, no Paraguai e Goiás, em
1961. Outros Gossipium, em 1962 no Nordeste. A partir de 1969 uma série de expedições foram feitas em SP para
Manihot, e, posteriormente, em 1988, para o amendoim comum pelo estado de SP, pelo Dr. Ignácio José de .
ESTRANGEIROS NO BRASIL: A primeira expedição de que se tem notícia foi realizada pelo alemão George ,
que se dedicou a estudos Zoobotânicos e Astronômicos, conforme registrado em um livro, a pedido de Maurício de
em 1636.
Os primeiros registros históricos das expedições de coletas de plantas datam de 2500 a.C., quando os Sumérios na Ásia Menor
coletaram figos, rosas e uvas. Outras coletas notáveis ocorreram em 1495 a.C., por ordem da faraó do Egito, na
África Oriental. Foram coletadas árvores de incenso (Boswellia serrata) e mirra (Commiphora africana), conhecidas por suas
propriedades aromáticas, utilizadas em perfumes, medicamentos e cerimônias religiosas. Outro faraó, , organizou
a coleta de canela e cássia no Iêmen.
MARIANTE
ALUANA
GODOY
BRASILEIROS NO BRASIL: Arthur da Silva et al. (2008) informaram que o foco da
, para a COLETA DE GERMOPLASMA, em cerca de mais de 800 expedições
sempre foi o de coletar ESPÉCIES NATIVAS. Segundo Aluana G. et al. (2022) recentemente foram
realizadas coletas de: palmeiras açaí (Euterpe precatoria e E. oleracea), bacaba (Oenocarpus spp.), inajá (Attalea
maripa), macaúba (Acrocomia aculeata) e tucumã (Astrocaryum spp.); gramíneas (Paspalum spp.) e leguminosas
forrageiras (Stylosanthes spp.); fruteiras como abacaxi (Ananas spp.), anonas (Annona spp. e Duguetia spp.), araçá
(Psidium spp.), bacuri (Platonia insignis), cajá (Spondias mombin), caju (Anacardium spp.), camu-camu (Myrciaria
dubia), goiabeira-serrana (Acca sellowiana), jurubebas (Solanum spp.), mangaba (Hancornia speciosa), maracujá
(Passiflora spp.) e umbu-cajá (Spondias bahiensis), além de pimentas (Piper spp.) e a mandioca (Manihot spp.).
Fotos: Coleta de Ipecacuanha. Fotos: Coletas de Amendoim.;
AMOSTRAGEM SUGERIDA: Considera-se que para obter 95% da variabilidade deve-se coletar entre 50-100 se/tes de indivíduos
distintos, se houverem poucos indivíduos coletar 50-100 se/tes do máximo de plantas encontradas. Ou leia: Roland
( ).
1d – ATIVIDADES DE COLETA
Hari Deo et al. (2013) explicam a IMPORTÂNCIA da , uma vez que os RFG são finitos
e vulneráveis ​​à erosão devido a várias ameaças à segurança alimentar mundial, como substituição de raças locais e
cv. tradicionais por cv. modernas, catástrofes naturais como secas, inundações e incêndios, urbanização e
industrialização, perda de habitat devido a represas, sobrepastoreio, mineração e mudanças climáticas.
A coleta de germoplasma pode ser dividida em três ATIVIDADES :
1) Pré-coleta: Realiza-se o planejamento técnico e logístico, que inclui considerações legais, planejamento de rotas,
reserva de transporte (embarcação, mulas, avião, etc.), hospedagem, materiais, equipamentos e equipe. Consultas à
publicações, herbários e outras fontes para obter informações sobre os locais de coleta, como latitude/longitude e
ambiente de ocorrência;
2) Coleta Propriamente Dita: Envolve a coleta de material vivo multiplicável como sementes, mudas ou outros órgãos
relevantes, além das exsicatas, podendo incluir a coleta de Rhizobium; e
3) Pós-coleta: Quando há o preparo do material coletado para o BBG e Herbário. Envolve ainda as áreas de introdução,
identificação, quarentena, manejo de mudas, sementes, documentação, informatização, conservação, preparo de
exsicatas e a elaboração do relatório final. Essa fase é crucial para garantir a preservação e documentação adequadas do
germoplasma coletado.
Foto: Aula do Dr. Paulo de Souza Gonçalves, sobre seringueira, para especialista da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, no IAC.
Aluana G. et al. (2022) citam que no período de 2012 a 2019, na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia destacaram-se
ações de inventário e mapeamento de populações in situ para o amendoim (Arachis spp.), arroz (Oryza spp.), batata (Solanum spp.),
batata-doce (Ipomoea spp.), mandioca (Manihot spp.) e milheto (Eleusine spp.).
Segundo John Gregory (1982) temos que distinguir a coleta de germoplasma da , pois nesta
última não há resgate de germoplasma, apenas material de herbário, enquanto na primeira se coletam ambos.
1e – QUAL GERMOPLASMA COLETAR NO BRASIL?
No Brasil temos os seguintes exemplos de grupos de espécies para uso alimentício, tanto de nativas com de
exóticas, muito bem explicados por José Francisco Montenegro (palestra no RENARGEN).
1. NATIVAS PARENTES DAS DOMESTICADAS: abacaxi, amendoim, algodão, arroz, cana, capim- elefante,
cevada, tremoço, ...
2. NATIVAS DOMESTICADAS: caju, cará, goiaba, guaraná, jabuticaba, jussara, mamão, mandioca, maracujá,
pupunha, taioba, urucum, seringueira,...
3. NATIVAS SEMIDOMESTICADAS: açaí, bacuri, baru, buriti, babaçu, camu-camu, cupu-açú, feijoa, pequi,
mangaba, ...
4. NATIVAS NÃO DOMESTICADAS: aromáticas, condimentares, medicinais, frutíferas (especialmente
Myrtaceae), forrageiras, e ornamentais,...
5. EXÓTICAS COM DIVERSIDADE LOCAL: abóbora, eucalipto, melancia, melão, milho, feijão-fava ...
: almeirão-do-campo, begônia, cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, ...350 spp.,
entre nativas, exóticas ou naturalizadas (Wanderly Ferreira ).
Para Charles Roland ( ), embora a atividade de recursos genéticos se utilize de processos de melhoramento genético similares, tanto
para espécies nativas como para exóticas, eles se diferem dentro das atividades de prospecção e coleta, como por exemplo:
1) Na Prospecção:
a) Espécies Nativas: A prospecção em seus habitats naturais requer conhecimento detalhado de regiões geográficas específicas onde essas espécies
ocorrem, especialmente no centro de origem, levando em consideração fatores como clima, solo e ecossistemas.
b) Espécies Exóticas: A prospecção pode se concentrar em regiões geográficas distintas, frequentemente associadas a centros de origem da
da humanidade e centros de diversidade genética da espécie ou regiões onde essas espécies foram introduzidas num passado distante.
2) Na Coleta:
a) Espécies Nativas: A coleta de germoplasma geralmente ocorre em seus ambientes naturais, quer seja de sementes, mudas ou outro material
propagativo, diretamente de populações silvestres.
b) Espécies Exóticas: A coleta ocorrem em áreas agrícolas, ou na propriedade de agricultores, e até mesmo em mercados públicos, onde
essas espécies foram introduzidas no passado ou nos do gênero.
: São áreas geográficas com alta
diversidade genética da espécie domesticada, fora do seu Centro de
Origem. Ex. no Brasil: Melancia, Coco, Eucalipto, etc.
1f – TEMOS CENTROS DE RFG NO BRASIL?
Edmundo Navarro
Outros exemplos: a) Domesticadas: abiu, biribá, cará, coca, cubiu,
jacatupé, pimenta-malagueta, pupunha, taioba, umari; b) Semi-
domesticadas: cutite, ingá, ingá-cipó, sapota, tucumã.
No Nordeste temos um “centro de diversidade” da Melancia-comum
(Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai) e de Melancia-
forrageira (C. lanatus subsp. lanatus var. citroides (Bailey) Mansf. ex
Greb.), originárias da África [Roberto Lisboa , 1995].
: São áreas geograficamente isoladas
onde ocorre a maior diversidade da espécie domesticada e de suas
parentes silvestres. Ex: Abacaxi, Amendoim, Cabeludinha, Cacau,
Castanha, Caju, Cupuaçu, Erva-Mate, Feijoa, Grumixama,
Jabuticaba, Mandioca, Maracujá, Pitanga, Seringueira, e Uvalha
(Nicolai I. , 1935). CLEMENT ( ) cita exemplos dos
círculos:
Valdemir Antônio
2 – O INTERCÂMBIO E A QUARENTENA
Foto: Quarentennário IAC“Emílio Bruno ”
: Se refere um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do
próprio País, permanece em observação fitossanitária para evitar a entrada ou dispersão de pragas quarentenárias (Vera L. A.
et al., 2003).
Trata-se do trânsito de Importação e Exportação quando do ou para o exterior e da Introdução e Remessa quando do ou para
outros estados. São ações de troca e cessão de germoplasma, conforme estipulado pela legislação fitossanitária internacional e nacional. Essas
práticas visam atender às necessidades do melhoramento genético e de pesquisas correlatas (VEIGA, R.F.A., 2024).
Foto: Quarentennário EMBRAPA - DF
Para Emílio Bruno (1992), somente introduzir “já é muito importante”! Destacava que as cultivares de algodão norte-americanas,
como Express, TexasBigball, Stoneville, Alburn, Acala, Delfos e Delta Pineland, foram inicialmente utilizadas diretamente na agricultura e,
posteriormente, tiveram grande influência no desenvolvimento de novas cultivares no Brasil.
Já a minimiza os riscos aos RFG e à Agropecuária, ainda mais que nossa agricultura baseada na monocultura e monocultivar de
espécies exóticas, sendo extremamente suscetível às intempéries. A seguir alguns exemplos do risco de pragas quarentenárias:
a) Arroz: Bengala, em 1943. Helminthosporium oryzae (Mancha-parda do arroz), a “Fome de Bengala” c/ mais de 3,5 milhões mortos.
a) Batata: Irlanda, 1846. Phytophthora infestans (Requeima-da-batata), causou a morte por inanição de 1,5 milhão de pessoas.
b) Café: Sri Lanka, 1867. Hemileia vastatrix (Ferrugem-do-café) impactou até a Inglaterra. E Alcides de salvando o Brasil;
2a - ATIVIDADES DE QUARENTENA
a) Deferimento do pedido de importação
b) Termo de Fiscalização
c) A Prescrição de Quarentena;
d) Checagem do aceite
e) É dado um número de controle
f) Emitido um aviso ao importador
a) Abertura sala especial
b) Check list
a) No. sequencial de introdução (I) .
b) No. Sequencial de entrada Quar.
c) Cadastro Intranet “Germo”.
a) Nematoides, insetos, ácaros, patologia
de sementes, plantas daninhas.
b) Boletim de Análises.
c) Certificado Fitossanitário e Fiel depos.
d) Registro do expurgo do material
a) Escolha do método e preparo solo, substrato, nutrição.
b) Identificação dos vasos ou vasilhames.
c) Amostragem: mais de 100 acessos efetivar amostras compostas
(bulk) a cada 10 acessos para repetição
a) Fungos, vírus, insetos, ácaros e bactérias.
b) Checagem das folhas expandidas.
c) Boletim de Análises: metodologia empregada
resultado obtido, obs. e recomendações;
a) Plantas: incineradas.
b) Substratos: Aplicação de Fosfina.
c) Vasos: Hipoclorito de Sódio a 2,4%.
d) Salas: Piretrinas e/ou Piretroides.
a) Laudo de Inspeção (LI): Após liberação
dada pelos especialistas.
b) Laudo de Eliminação (LE): Emitido, em
conjunto com o LI.
a) Recepção do pedido e emissão de aceite
b) Emissão do aceite pelo quarentenário
c) Pedido de importação pela empresa
3 meses = anuais
6 meses = perenes
a) Aplicação do método de plantio ideal para a espécie ser mantida viva,
se anual ou semi-perene durante o seu ciclo de vida ou, se perene,
durante o ciclo da praga quarentenária alvo.
11.
ENTREGA AO
IMPORTADOR
2.
RECEPÇÃO
DO
MATERIAL
3.
CONFERÊNCIA
4.
INTRODUÇÃO
5.
INSPEÇÃO PRÉ-
PLANTIO
6.
AMOSTRAGEM
8
INSPEÇÃO
PÓS-PLANTIO
7.
PLANTIO
9.
EXPURGO
DESCARTE
10.
EMISSÃO DE
LAUDOS
1.
ACEITE
a) Comunicação ao importador.
b) Retirada da câmara fria.
c) Juntada dos documentos.
Fim
Início
1 mês
Lourenção
Silvana
Foto: Quarentenário IAC “Emílio Bruno Germek
2b - LEGISLAÇÃO DE INTERCÂMBIO
A legislação do intercâmbio logicamente se concentra na área fitossanitária para nos proteger contra pragas exóticas quarentenárias. Exemplos de
documentos em e :
Carlos
Eduardo
Christina
Valdir Atsushi
José Alberto de
Souza Dias
1. Requerimento para Importação de Material
para Pesquisa;
2. Requerimento de Fiscalização de Produtos
Agropecuários;
3. Certificado Fitossanitário do país de origem.
1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de
Isenção de Pragas;
2. Import Permit, do país importador (Permit Label);
3. Pedido de Autorização de Exportação;
4. Certificado Fitossanitário de Origem;
5. Requerimento de Fiscalização de Produtos
Agropecuários.
1. Certificado de Origem;
2. Certificado de Origem Consolidado (espécies
nativas em risco de extinção).
3 – A IDENTIFICAÇÃO
Foto: Aula de Francisco Assis Leitão. Gaspar
Ordem da classificação utilizada por Lineu
A é efetivada por meio do
, durante a expedição científica de coleta ou posteriormente nas exsicatas de herbário. Como observa Daniel
(1993) o processo também pode ocorrer durante as atividades de multiplicação e regeneração dos acessos de um BAG. Por outro
lado, os NOMES e REGISTRO das CULTIVARES seguem as diretrizes propostas pelo
.
CULTIVAR < VARIEDADE BOTÂNICA < ESPÉCIE < GÊNERO < FAMÍLIA < ORDEM < CLASSE < FILO < REINO
Embora a ideia precursora da DESIGNAÇÃO BINOMIAL seja de , sua implementação foi feita por Carlos
LINEU. Como por exemplo ao amendoim comum denominou cientificamente de: Arachis hypogaea L., onde é binomial
por nominar o gênero e a espécie, porém, ainda necessita do nome do autor:
1. EPÍTETO GENÉRICO: Substantivo, maiúscula, itálico (Arachis);
2. EPÍTETO ESPECÍFICO : Adj., minúscula, itálico (hypogaea) [ou maiúscula em homenagem a uma pessoa].
3. CLASSIFICADOR : Sigla do(s) nome(s) dos autor(es) da espécie, sem itálico [Ex: Carolus Linnaeus = L. ] .
4 – A AVALIAÇÃO E A CARACTERIZAÇÃO
Para John Gregory et al. (2000), a dos acessos, de um BAG, é reconhecida como sendo uma atividade
essencial pelos curadores e pelas organizações que os apoiam, como Bioversity e FAO. Quando se avalia e caracteriza o
germoplasma no campo e laboratórios utiliza-se de descritores diversos, como:
Carlos Augusto
Macaúba
Segundo Angela ( ), desde princípios de 1980 a técnica na genética molecular provocou um substancial impacto na
caracterização da diversidade genética vegetal em germoplasma agrícola, pools gênicos e populações naturais.
1. AGRONÔMICO: Ciclo de maturação, época da produção, produção por planta, dados do pólen, autofertilidade, teor de óleo das
sementes, produtividade, resistência a fatores adversos;
1. BOTÂNICO: Organografia e Anatomia (Partes subterrâneas, caule, ramos, folhas, flores, frutos e sementes).
2. GENÉTICO: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...;
3. QUÍMICO: Metabólitos secundários;
4. TECNOLÓGICO: Aroma, sabor, açúcares, acidez, grau de conservação. Marcia Ortiz Mayo
4a - APLICAÇÃO DE DESCRITORES
TIPO DE DADOS UTILIZADOS
São dados numéricos, obtidos através de contagens, medições, etc. Notas de 0 a 9,
valores intermediários de 1,3,5,7, para dirimir dúvidas. Amostragem obtida de quatro (4) medidas de estruturas obtidas de 20 plantas.
São dados de avalição de presença ou ausência de antocianina, de brilho nas folhas, de presença ou ausência de cerdas, etc.. A amostragem é feita através de
quatro (4) medidas de estruturas obtidas de 20 plantas. Avaliação anotada através de simples observação de Presença (+) ou Ausência (0).
: São REGRAS quantitativas e/ou qualitativas preparadas para DISTINGUIR OS ACESSOS de um BAG e/ou CT
e/ou para REGISTRO E PROTEÇÃO de CULTIVARES, por intermédio de cada uma de suas características diferenciais. Segundo
Antonio Fernando Caetano et al. (2004), a introdução e a caracterização são atividades básicas do pré-
melhoramento, e a elaboração e aplicação de descritores é o cerne deste trabalho.
TIPO DE DESCRITORES
Utilizados pelos melhoristas genéticos, para a distinção de uma nova cultivar de uma mesma espécie, oriunda de sua
Coleção de Trabalho, por exigência anterior ao lançamento da mesma, do Sistema Nacional de Proteção de Cultivares
(SNPC). Requer poucos descritores por possuir uma estreita base genética, o que é comum para plantas melhoradas
geneticamente ao longo dos anos.
2.
Utilizados pelos pré-melhoristas genéticos, para distinção entre acessos de uma mesma espécie, oriundos do Banco
Ativo de Germoplasma (BAG). Requer muitos descritores por representarem uma larga base genética, já que são procedentes
de populações coletadas na natureza, sem ou com insignificante intervenção humana.
Foto: Renato Veiga, no ICRISAT – Arachis spp. - Índia. Foto: Evento de Arachis spp. na Argentina
PRINCIPAIS MÉTODOS DE ESTATÍSTICOS DE
ORDENAÇÃO DOS DADOS DA CARACTERIZAÇÃO
VARIÁVEIS
QUANTITATIVAS
DISTÂNCIA
EUCLIDIANA
ANÁLISES DE
COMPONTENTES
PRINCIPAIS
DISTÂNCIA DE
MOHALANOBIS
ANÁLISES CANÔNICAS DE
POPULAÇÕES
VARIÁVEIS
QUALITATIVAS
ÍNDICES DE
SIMILARIDADE
ANÁLISES DE
COORDENDAS PRINCIPAIS
DADOS DE FREQUÊNCIA
ORGANIZADOS EM
TABELAS DE
CONTINGÊNCIA.
DISTÂNCIA DO
QUI-QUADRADO
ANÁLISES FATORIAIS DE
COORDENADAS
AMBAS
AS VARIÁVEIS
ÍNDICES DE
DISSIMILARIDADE
ESCALAS
MULTIDIMENSIONAIS
(MDS)
4b - INTERPRETAÇÃO DOS DADOS DE CARACTERIZAÇÃO
Os dados resultantes, da Caracterização com a Aplicação de Descritores, são através de métodos estatísticos, como por exemplo:
Foto: BAG-Amendoim, INTA – Manfredi - AR
5 – MANUTENÇÃO
CONSERVAÇÃO
IN SITU
PRESERVAÇÃO
EX SITU
O termo "MANUTENÇÃO" aglutina os dois lados de uma mesma moeda, pois é utilizado de maneira genérica para se referir tanto à preservação
in situ das plantas em seu habitat natural (ex.: nos seus biomas, mapa abaixo), quanto à conservação ex situ fora desse ambiente (ex.: BAG do
Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, mapa abaixo).
5a - PRESERVAÇÃO IN SITU
PROTEÇÃO
INTEGRAL
USO
SUSTENTÁVEL
1. Estação
Ecológica
(EE)
2. Monumento
Natural
(MN)
4. Refúgio de
Vida Silvestre
(REVIS)
3. Reserva
Biológica (ReBio)
5. Parque
Nacional
(PN)
1. Área de
Proteção
Ambiental (APA)
2. Reserva
Extrativista
(RESSEX)
4. Reserva de
Fauna
(REFAU)
6. Reserva de
Desen. Susten.
(RDS)
7.Res.Partic.Patrim.
Natural. (RPPN)
3. Floresta
Nacional (FLONA)
5. Área de
Relevante
Interesse (ARIE)
570 Áreas de Uso Indireto,
desocupadas e inexploradas
727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e
exploradas racionalmente
De acordo com Claudio V. e Cláudio C. (2012), o Brasil possui um dos maiores conjuntos de áreas
protegidas do mundo, proporcionando um ambiente propício para que essas espécies permaneçam em contínua evolução e
adaptação ao seu habitat. O objetivo desta PRESERVAÇÃO é manter as 35.696 espécies de plantas superiores brasileiras nos
espaços territoriais representativos de seus ecossistemas, conforme previsto no , com foco especialmente nas espécies
recalcitrantes.
32.696 spp. Angiospermas
1.584 spp. Briófitas
1.380 spp. Samambaias
23 spp. Gimnospermas
2.113 spp. Ameaçadas de Extinção
Lembrando que no são identificadas em
média 250 novas espécies por ano, portanto este
número já está desatualizado!
5b – TERRITÓRIO BRASILEIRO PRESERVADO
SNUC + Indígenas
24,2%
Agropecuária
25,6%
Aposentado da Embrapa Territorial
Em entrevista concedida em 2021, o Dr. Evaristo comenta que nossos territórios agrícolas são tão dinâmicos que, se alguém afirmar estar
totalmente atualizado sobre a agricultura brasileira neste exato momento, é provável que tenha estudado o assunto na noite anterior, ou mais
precisamente, na tarde da noite. Isso porque, se foi mais cedo, já estará desatualizado em muitos aspectos.
Evaristo de (2021) destaca que o Brasil mantém 220 milhões de hectares preservados em matas nativas, mesmo com uma população
de 201 milhões de habitantes, em 2023. MIRANDA (2018) cita dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ( ) que
indicam o Brasil como líder global na destinação de territórios para a proteção da vegetação nativa, conforme ilustrado no gráfico abaixo. Isso se
traduz em aproximadamente 66,3% do território nacional destinado à preservação e, por conseguinte, à .
5c - A EXPLORAÇÃO FLORESTAL
CÉLINE
Tal exploração se acelerou durante a (1750 – 1840 d.C.) com o maquinário têxtil, seguido pela locomotiva e o
barco a vapor, entre outros avanços tecnológicos. No século XX, o destaque negativo vem com o CRESCIMENTO POPULACIONAL mundial e
o consequente avanço sobre áreas nativas.
Conforme Céline et al. (2012), a maioria dos modelos de aponta para consequências alarmantes à
biodiversidade, com os cenários mais severos prevendo taxas de extinção que se qualificariam como a SEXTA EXTINÇÃO em massa na história
da Terra.
Cinco episódios de de espécies já ocorreram na história da Terra. No entanto, desde o início da
(3.300 a.C.), a humanidade tem realizado a exploração florestal para diversos fins, muitas vezes sem a devida preocupação com a restauração,
caracterizando o .
BETH
2018
2006
 Se baseia no desenvolvimento de “Estratégias Nacionais” de
preservação:
1. Na preservação da diversidade biológica;
2. No seu Uso Sustentável;
3. Na repartição justa e equitativa dos benefícios.
5d - ESTRATÉGIAS MUNDIAIS DE MANUTENÇÃO
1) CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA
(Desde ) – Dos 195 países, 168 países assinaram a Convenção.
 A CONSERVAÇÃO E O USO SUSTENTÁVEL tem por objetivos :
5.1.d. Promover a preservação in situ dos parentes silvestres das
plantas cultivadas... apoiando as comunidades...;
7.2.b. Ampliar as atividades internacionais para promover na
conservação ex situ avaliação, documentação, potencial genético,
fitomelhoramento,..;
As ESTRATÉGIAS MUNDIAIS de manutenção de RFG se concentram em 2 frentes:1) PRESERVAÇÃO in situ e 2) CONSERVAÇÃO ex situ.
2) TRATADO INTERNACIONAL SOBRE RFG PARA
ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA ( )
Segundo Vânia et al. (2019), são considerados
PRIORITÁRIOS os seguintes recursos genéticos para alimentação e
conservação no Brasil: amendoim, arroz, banana, batata, café, cana-de-
açúcar, cevada, feijão, laranja, mandioca, milho, soja, tomate e trigo.
REGENERAÇÃO FLORESTAL: Busca regenerar ambientes
degradados. (Ex.: A grande , que até 2030 espera
restaurar 100 milhões de hectares, 8.000 km de terras degradadas, de
todo continente africano, em 11 países: Burkina Faso, Chade, Djibouti,
Eritreia, Etiópia, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal e Sudão).
Genebank Head at , Peru
A RESTAURAÇÃO PAISAGÍSTICA com plantas nativas, na forma
de coleções, com suas variabilidades, surge no Brasil com Roberto
Burle , em 1934.
5e - INFRAESTRUTURAS DE CONSERVAÇÃO
2.
IN VITRO
3.
CRIOCONSERVAÇÃO
4.
IN VIVO
4.1
PESQUISA
4.C TELADO
4.2
ON FARM
4.D RIPADO
4.B
C.V.
1.
REFRIGERAÇÃO
1.1
B. BASE
1.2
B. ATIVO
1.3
COLEÇÃO TRABALHO
4.A
CAMPO
1.4
COLEÇÃO NÚCLEO
2.1 (20/25oC)
TROPICAIS
2.2 (10/15 oC)
TEMPERADAS
3.1 (-196 oC)
LÍQUIDO
3.2 (-150 oC)
VAPOR
As infraestruturas de conservação ex situ dos RFG, fora do seu habitat original, podem ser separadas em quatro categorias:
CELSO
MORETTI
TEREZA
CRISTINA
JULIANO
PÁDUA
1.5
COLEÇÃO GENÔMICA
Foto: Banco Base do Chile.
Foto: Banco Base da China
5f - CONSERVAÇÃO PELO MUNDO
PRIMEIROS BG
1. RÚSSIA 1917
2. EUA 1958
3. GHANA 1964
10. BRASIL 1974
BG POR ACESSOS
1. CHINA 300.000
2. EUA 268.000
3. ALEMANHA 160.000
4. BRASIL 150.000
Vânia RENNÓ Rosa Lia BARBIERI
(BB): É uma estrutura física, construída e equipada, destinada à conservação de sementes e outros propágulos, a frio e a seco, por
longo prazo, representando geneticamente um conjunto de acessos da família, gênero ou espécie. Esses acessos teoricamente permanecem
estáticos, sendo apenas manejados e intercambiados, com o propósito de conservação, sem descartes. Se necessário recuperar seu poder
germinativo e vigor, são enviados novamente ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) (VEIGA, R.F.A. et al., ). Atualmente, temos
aproximadamente 50 mil espécies conservadas em mais de 700 BB (FAO, ), onde o mais renomado é o (foto),
estabelecido em 2008, que abriga a coleção mais diversificada do globo, com mais de 1 milhão de acessos, e no Brasil é o da EMBRAPA.
Foto das colegas que levaram sementes para conservar na Noruega, com o banco ao fundo.
Foto: BB da EMBRAPA.
O complexo mantém 770 mil acessos, de 5.832 spp. :
ALIANCE CIAT & BIOVERSITY -
Banana, Mandioca, Feijão, Forrageiras;
CIMMYT - Milho e Trigo;
CIP - Batata, Batata Doce;
ICARDA - cevada, lentilha, feijão-fava,
trigo-duro, grão-de-bico, gramíneas e
leguminosas forrageiras;
ICRAF - Agroflorestais;
ICRISAT - Amendoim, Grão-de-
bico, Guandu, Milheto, Sorgo;
IITA - Raízes e Tubérculos,
Banana, Milho, Grãos, Legumes e
Cereais de sequeiro;
ILRI - Forrageiras Tropicais;
IRRI e AFR. CENTRAL – Arroz.
5g - CONSERVAÇÃO EX SITU
1. RECALCITRANTES - Não toleram ToC sub zero, nem U% fora do intervalo de 12-31% [Ex: cacau, seringueira];
2. INTERMEDIÁRIAS - Não suportam ToC negativas, mas toleram a desidratação até 10% de U [Ex: café, citros];
3. ORTODOXAS - Suportam ToC entre menos 10 ºC e menos 20 ºC e redução de U% entre 3 e 7 % [Ex: trigo, feijão].
A CONSERVAÇÃO EX SITU é a manutenção do germoplasma, fora do seu hábitat natural, a curto, médio, ou longo prazos, com poder
germinativo e vigor, sob o controle da TEMPERATURA (ToC) e UMIDADE (U%), segundo o :
Exemplos de germoplasma semente conservados em Banco Base: Ervilha (130 anos), quiabo (125 anos), tomate (124 anos),...
Exemplos conservados pela natureza: Lotus indiano encontrado no solo com 1.000 anos; Tremoço no ártico com 10.000 anos.
Fotos: ICRISAT - Índia
6 –
INFORMAÇÕES ACESSOS DO BAG TRIBO KARÃO
A organização dos dados é essencial para uma efetiva gestão e uso dos RFG (Foto: BAG-Feijão Embrapa). Segundo
(2017) para o Pré-melhoramento, os dados a serem trabalhados podem ser escolhidos por seu
fenótipo, genótipo, resistência a , presença de nutrientes, minerais, óleos, etc.
Para José Tomás (1993) um bom Sistema de Documentação é a chave para o USO EFETIVO dos
acessos mantidos no BAG (Ex.: da foto com a entrega de sementes originais dos índios Karão, pela Embrapa-Cenargen).
“Necrotério Genético”
6a – DOCUMENTAÇÃO
é a ação essencial de REGISTRO DOS DADOS oriundos das Atividades de Manejo das Curadorias com os BAG, BBG e
CT, organizados como fichários, livros ata, e/ou programas de computação, disponibilizando-os com acesso fácil e informações claras para os
usuários.
Foto: Funcionárias do Quarentenário IAC, Míriam e Alba (ao fundo).
DADOS DOCUMENTADOS: Praticamente todos dados das atividades de RFG devem ser documentados, quer sejam de coleta, intercâmbio,
multiplicação, quarentena, conservação e preservação, regeneração, caracterização e avaliação, valoração e uso.
Para o MELHORAMENTO GENÉTICO seria necessário registrar dados como:
a) genômica estrutural: sequências de DNA e mapas;
b) expressão do gene: perfis de mRNA e de genes;
c) bioquímica: metabólitos e proteômica.
6b - INFORMATIZAÇÃO
A objetiva o USO RACIONAL dos DADOS de Manejo dos RFG. Isto é, através de PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO
abastecidos pelos bancos base e bancos ativos, se faz a Gestão dos Dados de Registro, Classificação, Organização e Interpretação.
Para Sílvia Maria F.S. et al. (2017) os MÉTODOS COMPUTACIONAIS de alto desempenho e seus PROGRAMAS
devem ser: a) intercambiáveis; b) dados protegidos/disponibilizáveis; c) maleáveis para aceitar novas inserções; d) que possibilitem
cruzar os dados, rápidos, de fácil uso, e) fáceis de publicar. [Ex.: a) SINGER (CGIAR); b) pcGRIN (IPGRI); c) BG-Recorder (BGCI);
d) GENIS (alemão); e) EPGRIS e EUFGIS (RG florestais-europa); f) WIEWS (ONU); g) ALELO (Embrapa); h) EnvRtype (USP)].
Germano ,
SOFTWARE – USP (2020)
Segundo (2002) os cientistas com habilidades em orientam os MELHORISTAS
GENÉTICOS na identificação de acessos-chave dos BAG para serem incorporados nas suas Coleções de Trabalho e Programas de
Pesquisa Científica [Ex: O Centro de Café do IAC vem utilizando abordagens genômicas integradas à fenotipagem no BAG].
Eduardo de Vaz de
Mello
Ivo Sias
7 - VALORAÇÃO E USOS
Foto: BAG Hortaliças, Embrapa.
Foto: BAG Café, IAC. Foto: BAG Abacaxi, Embrapa.
Foto: BAG Paspalum, Embrapa
Miguel et al. ( ) distinguem os RFG pelo seu VALOR de USO: a) Direto - recreação, turismo, educação, ciência,
etc.; b) Indireto - regulação do clima, fertilidade do solo, ciclagem de nutrientes, etc.
Mohammad E. (2021) diz que significa por valor, atual ou potencial, através de fórmulas estatísticas, em um
determinado Recurso Fitogenético (Ex.: gênero, espécie, variedade, acesso ou cv.). Sua finalidade é a de motivar financiadores e
demonstrar a relevância dos acessos conservados ex situ ou preservados in situ, como um Banco de Germoplasma.
Fábio G. et al. (2015) destacam o grande potencial de USO dos RFG na ampliação da base da cadeia alimentar e,
inclusive, de atender à demanda da indústria, bioenergia, vestuário, medicamentos, ornamentação, habitação, etc.
7a - EXEMPLOS DE USOS
1. ACLIMATAÇÃO: Acessos de novas espécies introduzidas são aclimatados e utilizados diretamente na agricultura.
2. MUDANÇA CLIMÁTICA: Recursos Fitogenéticos (RFG) são utilizados para ambientes distintos dos tradicionais.
3. BIOTECNOLOGIA: RFG são aplicados nas áreas farmacêutica, tecnologia agrícola e biotecnologia industrial, entre outras.
4. DIVERSIFICAÇÃO: Agricultura de conservação através de culturas diversas, cultivares variados, cultivo mínimo, cobertura do solo
e rotação de culturas.
5. DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO E MELHORAMENTO GENÉTICO: Acessos de espécies parentes da cultivada
são cruzados entre si e com cultivares, incluindo acessos do BAG (caracterizados e avaliados) na CT do melhorista. J.F.M.
(2004) cita a) escolha e domesticação de novas spp.; b) seleção de novas linhagens e de raças de uso tradicional; c) seleção em
progênies após manipulação reprodutiva; d) incorporação de modificações genéticas pela introgressão de genes de spp. próximas por
via reprodutiva; e) incorporação de modificações genéticas por transgenia. Ex: A FUNDECITRUS confirmou resistência nos gêneros
Microcitrus Swingle e Eremocitrus Swingle (Rutaceae) ao Greening (Silvio et al. 2021).
6. PAISAGISMO: Acessos de espécies ornamentais nativas e de espécies agrícolas são melhorados e inclusos no paisagismo (Ex:
maracujá, abacaxi, etc.). REGENERAÇÃO PAISAGÍSTICA: Acessos potenciais dos BAG são inseridos em projetos de áreas
degradadas, com sequestro de CO2, privilegiando espécies nativas de rápido crescimento e com sistema radicular profundo (Ex:
amendoim forrageiro, centrosema, cudzu-tropical, estilosantes, mucuna,...).
7. TAXONOMIA: Recursos genéticos são uma fonte fundamental para estudos taxonômicos, na identificação do germoplasma
conservado ex situ e preservado in situ.
8. VALORAÇÃO: Saber o valor do acesso viabiliza investimentos.
9. PELA SOCIEDADE: Lazer, educação agrícola, segurança alimentar, turismo e, logicamente, o alimento (nutrição) em sua mesa.
Para V. Ramanatha (2003) existe a necessidade de utilizar eficazmente a DIVERSIDADE GENÉTICA presente nos BAG para
REDUZIR a vulnerabilidade genética e AUMENTAR a sustentabilidade nos sistemas de produção modernos. Alguns exemplos de usos:
Marcos Guimarães de
Andrade
“O desenvolvimento
de cultivares pode ser
considerado um tipo de
start-up patrocinada
pelos IP e Empresas”.
V - finalizando
Exercício Final:
“Agora que possuem um conhecimento mais sólido sobre Recursos
Fitogenéticos e sua diversidade genética, e estão cientes de que cada alimento é o
resultado de um processo complexo que envolve a dedicação e o suor de muitos
especialistas e funcionários de campo, laboratório e escritório, inclusive de
vocês!
Convido a todos a imaginarem que foram os responsáveis pelas atividades
de introduzir, plantar, cultivar, colher e conservar cada semente e fruto presentes
em suas refeições.
Com essa reflexão, espero que possam apreciar seus alimentos de forma
consciente, sem desperdícios e contribuindo para o uso sustentável da nossa
biodiversidade."
Artur C. (escritor de ficção científica) formulou três leis, conhecidas
como “Leis de Clarke”, como a seguir:
1. Quando um cientista experiente diz que algo é POSSÍVEL, certamente o é,
no entanto, se ele diz que é IMPOSSÍVEL, provavelmente não o é;
2. O único caminho para desvendar os LIMITES do possível é aventurar-se um
pouco além dele, adentrando o impossível;
3. Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da .
Concluindo: “Vocês com suas pesquisas científicas comumente ultrapassarão os
limites do possível criando a “magia da agricultura”.
MEU CONTATO
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MEUS TRABALHOS
https://www.researchgate.net/profile/Renato_Veiga
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PqC-VI Prof. Dr.
Ferraz de Arruda Veiga
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Recursos Fitogenéticos de Plantas Perenes 2024.pptx

  • 1. I – APRESENTANDO-ME  Possuo Mestrado (1987 a 1990) e Doutorado (1992 a 1994) em Ciências Biológicas, com ênfase em Botânica, pela Unesp/Botucatu-SP.  Ao longo da minha carreira, destaco a criação e presidência de eventos significativos, tais como o I-Simpósio Nacional de Recursos Genéticos, I-Simpósio Latino-americano de Recursos Genéticos, I-Encontro de Educação Ambiental na Agricultura, I-Encontro de Especialistas do Gênero Arachis, e o I-Workshop Nacional de Curadores de Germoplasma.  Assumi o papel de Coordenador Nacional de Recursos Fitogenéticos pelo IICA/PROCISUR, indicado pela presidência da Embrapa, no período de 1996 a 2000. Também atuei como Consultor para Taxonomia do gênero Arachis no ICRISAT, na Índia, em 1997.  Ministrei a disciplina de Manejo de Recursos Fitogenéticos no início do Curso de Pós-graduação em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia do IAC de 1999 a 2001. Além disso, conduzi o Curso virtual de Introdução ao Manejo de Recursos Fitogenéticos pelo INFOBIBOS de 2013 a 2019.  Ao longo de 35 anos (1980 a 2015), dediquei-me à prestação de serviços e à pesquisa científica no IAC, onde me envolvi com o Intercâmbio e Quarentena de Plantas, e na Caracterização e Gestão de Recursos Fitogenéticos. Meu principais cargos foram os de Coordenador do Sistema de Introdução e Quarentena de Plantas, Diretor do Centro de Recursos Genéticos e Jardim Botânico, e Diretor do Centro Experimental Central do IAC.  Desempenhei funções diretivas em diversas instâncias, como na Rede Brasileira de Jardins Botânicos, de 2009 a 2023, na criação e direção da Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos, de 2008 a 2022, e da Rede Sudeste de Recursos Genéticos, durante sua primeira gestão até 2018 a 2022.  Fui o fundador da Revista RG News onde exerci a função de primeiro Editor Chefe de 2015 a 2018, e Editor Chefe Substituto 2018 a 2022, pela SBRG.  Atualmente, sou o Diretor Administrativo na Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) desde 2014 até 2025.
  • 2. PqC-VI Prof. Dr. Ferraz de Arruda Veiga PqC-VI Profa. Dra. Fernandes Moura PqC-VI Prof. Dr. Guerreiro Filho
  • 3. Foto: Café da manhã do carioca. EXERCÍCIOS DA AULA 1) A cada segundo que se cansarem do professor, questionem-se: Quais são as que você consumiu no seu café da manhã? 2) A cada minuto que se lembrarem de sua amada (o), pensem: Quais são as espécies de plantas perenes que consumiu no meu almoço? 3) A cada hora que se lembrarem de sua sogra (o), reflitam: Quais são as espécies de plantas perenes que consumiu no meu jantar? 4) A todo momento ao lembrarem dos seus amigos, perguntem-se: Nas três questões anteriores, quais destas espécies eram NATIVAS? 5) Exercício final (aguardem no final!). TEMPO - VALENDO!!!
  • 4. II – introdução A aula de hoje buscará contextualizar o com a (RFG), explorando a história e definições relevantes. Os (RG) abrigam a necessária para combater a fome, reduzir a insegurança alimentar através da produtividade e mitigar perdas econômicas decorrentes de desafios como intempéries climáticas, doenças e pragas. Segundo a (2019), os RG constituem a matéria-prima fundamental para os programas de melhoramento, cujo objetivo é elevar a produtividade e a qualidade em setores como agricultura, pecuária, silvicultura e pesca. Esses recursos também desempenham um papel crucial na criação de novas cultivares, raças, medicamentos e outros bens de consumo. O melhoramento genético vegetal requer a identificação e incorporação de genes, visando a busca por características agrícolas favoráveis nas plantas cultivadas, sendo, portanto, dependente dos recursos genéticos para obter uma nova cultivar. Nesse sentido, torna-se relevante que o melhorista se integre aos especialistas da área de gestão de recursos genéticos, a qual apresentamos a seguir para vocês.
  • 5. Já a espécie H. sapiens L. surge no Pleistoceno, em 300 Walter (2019) cita o surgimento do gênero Homo, no , cerca de 2,5 Milhões anos atrás. aconteceram de 16 à 10 Mil anos atrás, no . GIMNOSPERMAS 365 Mi PLANTAS 500 Mi ANGIOSPERMAS 140 Mi HOMO 2,5 Mi 359,2 488,3 416 CONTINENTES Mas, os nossos se concentram aqui e agora! 199,6 145,5 252,2 2,5 Bi (bilhões) 400 Mil 10 Mil 35 Mil 2,5 Mi 5,3 H. sapiens 300 Mil A subespécie H. sapiens sapiens desde 200 Mil anos, também no . Ano 1.900 1 - HISTORIANDO DO INÍCIO LUCA 4,2 Bi TERRA 4,6 Bi I II III IV V GIMNOS 365 Mi PLANTAS 500 Mi ANGIOS 140 Mi 542 Mi (milhões) 33,9 55,8 23 65,5 PANGEIA VI Nosso 13,8 Bilhões de Anos Atrás PUM
  • 6. 2 – UNIFORMIZANDO CONCEITOS GENE POOL TERCIÁRIO (GP3): Espécies pouco aparentadas onde seus cruzamentos com GP1 geram progênies anômalas, com graus de letalidade ou completamente estéreis, só com uso da Biotecnologia. GENE POOL PRIMÁRIO (GP1): Quando os cruzamentos são comuns e geram progênies férteis, com segregação normal. GENE POOL QUATERNÁRIO (GP4): Quando os cruzamentos com GP1 são impossíveis. Ou melhor, somente viáveis por técnicas de transgenia. GENE POOL SECUNDÁRIO (GP2): Seus cruzamentos com GP1 são possíveis, gerando progênies com níveis variáveis de esterilidade ou fertilidade, pareamento cromossômico pobre ou nulo, cujos híbridos dificilmente chegam à maturidade e às gerações subsequentes. : Termo cunhado por William (1905). Define-se como sendo a Ciência que estuda a . : Trata-se de uma classificação da das plantas [para o pré-melhoramento] onde os genótipos (um gene ou grupo de genes) estão disponíveis, ou não, para cruzamentos entre espécies cultivadas e suas parentes silvestres. [Jack Roland & De WET,1971] A é uma atividade dependente dos três recursos genéticos (animais, microrganismos e vegetais), bem como dos três estados físicos da matéria ( ), todos interdependentes na (termo criado pelo russo Vladimir ), referindo-se ao espaço ocupado pelos seres vivos no globo, isto é, na . Cunhado por H. F. e B. (1968), define-se como: RECURSOS: São os bens materiais e imateriais oriundos dos vegetais, com valor para o ser humano. GENÉTICOS: Referem-se aos materiais hereditários dos organismos vivos. [VEIGA, R.F.A. & , M.V.B.M. ( ) definem, resumidamente, RFG como: “germoplasma vegetal ”]. : Aquilo que se pode valorar, isto é, que o ser humano coloca valor monetário ou outro, presente ou futuro. : Citado por August (1883). Pode ser definida como a soma total dos de uma espécie.
  • 7. 2a - DIVERSIDADES EM RFG ROSEN RUSSEL O termo foi cunhado por Raimond F. (1968), resumido para por Walter G. (1985), e publicado pela primeira vez por E.O. (1986). Essa diversidade é entendida como a variedade mundial de plantas cultivadas e suas parentes silvestres, seus microrganismos e animais associados, em interação com o . : De acordo com Russel A. et al. (1988), esse termo referia-se a um grupo seleto de 12 países que, juntos, possuíam 70% de toda a diversidade do planeta, apresentando altos índices de riqueza em espécies e endemismo. Jeffrey et al. (1997) ampliaram esse conceito para 17 países, como mostrado pelos retângulos abaixo. O detém a maior megadiversidade. DASMANN : Refere-se ao grau de variabilidade de genes existente dentro de um indivíduo (animal, vegetal, microrganismo). Sean e Colin (2021) concluíram que "se alguns indivíduos forem mais tolerantes que outros às intempéries, eles podem salvar sua população de uma eventual extinção". 1 WILSON
  • 8. Piracicaba, ESALQ Genética 3 – OS PRECURSORES São Paulo, USP Biologia Geral Campinas, IAC Melhoramento Fitogenético Segundo Carlos & Walter ), do IAC, aqui no Brasil três BALUARTES DA GENÉTICA, amigos da década de 1930, incrementaram os alicerces da aplicando-os ao , através do uso dos na pesquisa científica, no ensino, e na formação de novos discípulos: André, Carlos e Gustav. O foi publicado pelo espanhol Alonso de em 1513. Nele, Herrera sugeria que muitos dos métodos de seleção de autógamas, aplicados a culturas como arroz, centeio, trigo, entre outras, já haviam sido desenvolvidos pelos romanos desde antes de Cristo, por figuras como Virgílio, Varro, Plínio e Columella. No entanto, a efetiva ocorreu apenas no século XVIII, com avanços na agropecuária, técnicas de produção e rotação de culturas. A , no século XIX, introduziu o melhoramento genético, o uso de fertilizantes, agrotóxicos químicos e a prática de monocultura.
  • 9. 4 – ENTÃO, QUEM DOMESTICOU AS PLANTAS NO BRASIL? TUPÃ - Foram nossos “ ” que, tendo Tupã como sendo seu Deus da Natureza e Agricultura, iniciaram a e o . Tal fica claro quando Niède (2008), por meio da arqueologia, propõe que o Homo sapiens já estaria no , no Piauí, antes de sua “descoberta”, há cerca de 100 mil anos. Pero Vaz de , em sua à D. Manoel I, rei de Portugal, menciona a existência de cinco espécies exóticas no Brasil: arroz, castanha-portuguesa, figo, trigo e uva. Além disso, descreve seis espécies nativas, provavelmente: algodão, bambu, cabaça, mandioca, palmito-jussara e urucum. Warwich Estevam afirmou (1986) que os domesticaram todas spp. nativas cultiváveis que conhecemos no Brasil desde 9 a 12 mil anos atrás, portanto, bem antes da chegada dos portugueses. Segundo C.R. et al. ( ) cultivavam espécies nativas como açaí, babaçu, cacau, caju, castanha-do-pará, goiaba, pequi, pitanga, pinhão, pupunha, compondo com outras, num total de 83 spp., além de introduzir as exóticas abacate, banana, mamão, totalizando 55 spp. A pode ser compreendida como um processo entre o homem e a planta ou animal, no qual o homem seleciona, no caso de plantas, os caracteres desejados, como cor, sabor, tamanho e quantidade, ou a própria planta se adapta ao ser humano. Esse processo pode ser distinguido em dois tipos: 1) Cultura primária: quando o progenitor silvestre foi coletado, cultivado ex situ, e melhorado (Ex.: milho); 2) Cultura secundária: quando a planta “invasora” evoluiu naturalmente crescendo no entorno de residências, ou “camuflando-se” com a cultura agrícola (Ex.: O que Nicolai Ivanovich , em 1911, detectou e por isto este processo recebeu a denominação de , como ocorreu com: aveia, centeio e trigo). Segundo Rachel S. ( ) o processo de pode variar em duração, desde algumas centenas de anos, como no caso do Kiwi e do Cranberry, até milhares de anos.
  • 10. 5 - HISTORIANDO OS RFG NO BRASIL Nossa história documentada em Recursos Fitogenéticos (RFG) é inicialmente muito tímida, começando em 1600 com os , liderados por Maurício de , e seu Jardim Zoobotânico implantado em - Pernambuco, porém efêmero, pois tal acervo foi transferido para a Holanda quando ele teve que sair do Brasil. Segundo Evaristo de ( ) a história se fortalece no século XVI através dos com a primeira Lei de Proteção Florestal, vindo daí o termo “madeira de lei” que protegeu nossas matas até o século XIX. A trajetória pela preservação in situ e conservação ex situ no teve início em 1808 com a criação do por . Com (1861) essa jornada incluiu iniciativas notáveis, como a Recomposição da Floresta da Tijuca. Um marco importante foi a instituição do Primeiro Dia da Árvore (1902). No entanto, foi apenas na década de 1920, com o início das coleções de germoplasma pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), criado também por D. Pedro II, que a atividade de conservação ex situ se estabeleceu definitivamente no País. Figura: Jardim Botânico de Recife A se fortalece a partir das décadas de 1980 com a criando a e a seguir o (1993). Criamos a (2002), bem como as nas duas décadas seguintes. Criamos também o e o , possibilitando assim novos fóruns científicos que engrandecem o trabalho com recursos genéticos nas áreas animal, microrganismo e vegetal no Brasil e no mundo. O impulso mais recente vem da década de 1970, com a criação da Cenargen (hoje ERGB), que segundo Maurício A. (2018), propiciou à agricultura brasileira o papel de protagonista no mundo, passando de importador para exportador de produtores agrícolas.
  • 11. Refere-se à para 735 milhões de pessoas no mundo (FAO/ONU, ), 33 milhões só Brasil, incrementada pelo desperdício de 1.300 milhões de toneladas de alimentos no mundo, com o Brasil ocupando o 10º. lugar neste triste ranking. No Brasil, o Governo Federal, em resposta ao problema, lançou em 2018 a “Semana nacional de conscientização da perda e desperdício de alimentos” . 6 – POR QUÊ MELHORAR GENETICAMENTE? É reflexo do sobrepeso com a (aminoácidos, proteínas, vitaminas, sais minerais), portanto a geladeira e o armarinho podem estar cheios, de “alimentos” insípidos! O Canal Olá Ciência ( ) cita a existência de 125 milhões de pessoas com fome invisível no Brasil. Segundo Sarah K. et al. ( ), do , os cálculos do para 80 países mostram que, em média, a das plantas, animais e microrganismos, que sustentam a alimentação e a agricultura, está bem abaixo dos níveis desejáveis (Status 56 de 100). - “Se quisermos integrar a agrobiodiversidade nas agendas de , precisamos entender como ela pode contribuir e onde é subutilizada em todo o ”. A Dra. Jyotsna ( ), vice-presidente do Dep. de Estratégia e Conhecimento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola ( ), citou que a produção de pode cair 80% até 2050, e destaca o pequeno agricultor que em fazendas de até 2 hectares (ha) produzem 31% dos alimentos do mundo em menos de 11% das terras agrícolas. Segundo a FAO ( ), em 2022 havia 148 milhões (22,3%) de crianças menores de cinco anos com baixa estatura, 45 milhões (6,8%) sofriam de emagrecimento extremo e 37 milhões (5,6%) tinham excesso de peso. O surge para eliminar ou minimizar a FOME VISÍVEL e INVISÍVEL, através do incremento de produtividade e nutrição, ao mesmo tempo em possibilita que a agropecuária não necessite de novas áreas nativas.
  • 12. 7 – OS RFG E A MUDANÇA CLIMÁTICA REFLORESTAR O BRASIL É URGENTE - Revista . “Quem, HOJE EM DIA, percorre o nosso território imenso, há poucos séculos densamente coberto de magníficas florestas e campos férteis, sulcado aqui e ali por castos cursos d’água e semeado de miríades de borbulhantes nascentes, verá que disto tudo, que constituía outrora o paraíso dos naturalistas e o notável característico de nossa paisagem, POUCA COISA RESTA!” (M. LEVY, 1952). O Brasil, desde o seu “descobrimento”, vem sendo vilipendiado em sua , como comprova o texto abaixo: Marcos F. et al. (2023) cita que Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária ” visa o enfrentamento da mudança do clima no setor . Uma das estratégias é aumentar a capacidade adaptativa através de , equivalendo à substituição de fertilizantes químicos pela adoção dos . Maria Helena ( ), Diretora-Geral Adjunta de Recursos Naturais da FAO, destaca que entre 780 milhões e 821 milhões de pessoas sofrem de fome no mundo. Ela enfatiza a urgência de agir agora para reduzir o risco de que a escala e a velocidade das ultrapassem nossa capacidade de identificar, selecionar, reproduzir e, eventualmente, usar esses recursos no campo. Também acredita que as soluções para esse desafio já estão no Brasil, principalmente na Embrapa. O (2018) prevê que a temperatura da Terra aumentará em 2ºC neste século. Segundo os Anciãos do Ártico (2021), a Terra já se inclinou para o Norte, alterando todo o seu clima. O (2021) alertou que já estamos 1,3ºC acima do normal e que isso poderia resultar em secas e ciclones mais intensos, oceanos mais ácidos e invasão do mar em áreas costeiras, chuvas torrenciais com inundações e extinção de espécies. Nos cenários estudados pelo (2021), há mais de 50% de chance de que a temperatura ultrapasse os 1,5°C entre 2021 e 2040. Segundo Robert (2022) os RFG são relevantes por terem a capacidade de paisagens degradadas, sendo essenciais para a adaptação da agropecuária às , ao diminuir os efeitos da seca pela capacidade de extrair água de lençóis freáticos e reter umidade e nutrientes no solo. Além disso os RFG ainda protegem contra inundações e erosão, fornecem sombra e ainda fixam nitrogênio, proporcionando um efeito refrescante ao diminuir a temperatura e aumentar a umidade do ar.
  • 13. 8 – O SISTEMA INTEGRADO DE RFG Tal sistema basicamente a pesquisa, a natureza e o agricultor, onde segundo e (2000) participa o com atividades que visam à identificação de caracteres e/ou genes de interesse, e sua posterior incorporação nos materiais elite. A indiana Shivali (2017) cita que o pré-melhoramento prioriza a prospecção e a coleta, e pode durar de 5-8 anos. Para A. O. (2018) no a transferência de tecnologia gerada e/ou da cultivar melhorada, efetiva os Ensaios de Avaliação das Cultivares para registro e proteção, e executa a Produção de sementes básicas, certificadas e genéticas, regulamentação, lançamento e pós-venda. BAG EX SITU COLEÇÃO DE TRABALHO DOMESTICAÇÃO E PRÉ MELHORAMENTO MELHORAMENTO GENÉTICO CULTIVARES ESQUECIDAS VARIEDADES TRADICIONAIS RAÇAS LOCAIS SELEÇÃO DO AGRICULTOR PÓS MELHORAMENTO NATIVAS DOMESTICADAS PESQUISA AGRICULTOR BAG IN SITU HIBRIDIZAÇÃO NATURAL ESCAPE DE CULTIVO DOMESTICADO ESCAPE DE CULTIVO SEMI DOMESTICADO NÃO DOMESTICADO POTENCIAL NATUREZA Para Walter S. & Juliana B. (2007) o MELHORAMENTO GENÉTICO é aquele onde os agricultores e melhoristas unem-se para selecionar germoplasma no próprio local onde serão cultivados.
  • 14. III – as CURADORIASde coleções de e de são estruturas organizacionais destinadas à gestão pelas instituições conservadoras de e afins. Suas atividades são essenciais para efetivação de uma boa organização dos acessos por elas mantidos, desde a sua introdução até o seu uso final (VEIGA, R.F.A., 2024). Os são os especialistas responsáveis pelo germoplasma ou coleção científica (herbário ou demais coleções inanimadas) de uma família, gênero, espécie e cultivares, entre outros. O efetiva a coordenação das atividades de prospecção, coleta, intercâmbio, identificação, caracterização, conservação/preservação, multiplicação/regeneração, documentação/ informatização, valoração e uso dos acessos, em apoio às Curadorias e seus respectivos Curadores.
  • 15. 1 - A GESTÃO ATRAVÉS DE CURADORIAS CURADOR: É o profissional oficialmente indicado pela Coordenação do Sistema, ou Instituição, como o responsável por cuidar de um ou mais BAG/CC. COORDENADOR (institucional) COMISSÃO (Apoio ao Coordenador) CURADORIA (BAG + CC.) CURADOR (Cuida de um ou mais BAG/CC) GESTÃO CURADORIA: É composta por uma coleção e/ou grupo de coleções científicas e/ou de bancos ativos de germoplasma institucionais, sob a responsabilidade de um curador. COORDENADOR DO SISTEMA DE CURADORIAS: É o profissional que coordena as atividades das curadorias, e quem comanda a Comissão Coordenadora do Sistema. COMISSÃO COORDENADORA DO SISTEMA: É uma comissão auxiliar do Coordenador para os trabalhos de gestão. Foto: Coleção de plantas do Centro de Horticultura - IAC Segundo Magaly (2001), os são o repositório de genes adaptados ao meio ambiente. No (2016-2019) consta sua RELEVÂNCIA por serem a base biológica da segurança alimentar mundial, contribuindo para o sustento dos seres vivos da Terra. VEIGA, R.F.A. (2024), cita que para sua GESTÃO são necessários um Banco Base de Germoplasma (BBG), vários Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) e/ou Coleções Científicas (CC), além de Curadores capacitados e que o pode ser estruturado da seguinte forma: Alessandra Alves de Centro de Citricultura-IAC
  • 16. 2 – A GESTÃO NACIONAL GESTÃO NACIONAL – Contamos com uma Diretoria da responsável por apoiar os Sistemas de Curadorias Institucionais. Atualmente o Brasil é um dos países mais organizados na área de RECURSOS GENÉTICOS, por diversos motivos, em especial pela gestão Nacional, como mostramos a seguir (VEIGA, R.F.A., 2024): ALELO SBRG Diretoria de Redes Regionais e Curadorias A Equipe do que atua na temática de Recursos Genéticos vem atuando por meio de ações concretas, na construção de Políticas e de Capacidades com foco na conservação e uso sustentável dos recursos genéticos para alimentação e agricultura, contribuindo para a segurança alimentar, nutricional e tecnológica do País e para a sustentabilidade da agropecuária brasileira. Diretora : Maria T. G. (UFAM) Vice-Diretora : Ananda V. de (Embrapa Florestas) Segundo Marcos efetivamos a Nº 1, de 6 de janeiro de 2020 com a POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS GENÉTICOS DA AGROBIODIVERSIDADE Fernando Alfredo No Brasil temos também a REDE BRASILEIRA DE JARDINS BOTÂNICOS ( ), que possuí 89 jardins botânicos, conservando ex situ e preservando in situ. Zen Israel
  • 17. Tais estão dispersas pelo Brasil, nos centros da Embrapa, em Universidades, e em Institutos de Pesquisa e de Extensão. Assim, pode-se destacar os da EMBRAPA, IAPAR, INPA e APTA. Lembrando que em muitas instituições elas ainda funcionam de forma informal pela vontade do cientista responsável, ou já desapareceram por falta de liderança institucional (VEIGA, R.F.A., 2024). 3 – ONDE TEMOS CURADORIAS NO BRASIL? JOSÉ LUIZ Foto: BAG – Uva - IAC Marcos D.V. et al. (2021) categorizaram os principais RFG do Brasil em: 1. Florestais: acácia, eucalipto, pinus, seringueira; 2. Fruteiras: acerola, banana, caju, cupuaçu, laranja, manga, maçã, uva; 3. Forrageiras: amendoim-forrageiro, cana-de- açúcar, capim-braquiária, capim-colonião, capim-elefante, grama-bermuda, grama-estrela-africana, grama-missioneira; 4. Estimulantes: café, cacau, erva-mate, guaraná; 5. Palmáceas: açaí, coco, dendê, palmeira-real, pupunha.
  • 18. IV – AS ATIVIDADESDE CURADORIAEMRFG Tanto Jack Gregory (1982) como Semíramis R.R. et al. (2007) citam as como sendo semelhantes tanto na preservação in situ como na conservação ex situ. VEIGA, R.F.A. (2024) apresenta didaticamente as atividades na sequência a seguir, embora nesta aula as embaralhe um pouco: Valter Lino Sandy - IAC Sebastião e Toninho - IAC SEQUÊNCIA ATIVIDADES R.F.G. USO REGENERAÇÃO VALORAÇÃO AVALIAÇÃO CARACTERIZAÇÃO CONSERVAÇÃO EX SITU MULTIPLICAÇÃO INFORMATIZAÇÃO DOCUMENTAÇÃO INTERCÂMBIO COLETA PRESERVAÇÃO IN SITU
  • 19. 1 - COLETA Temos à disposição uma rica e um avançado. No entanto, é crucial ressaltar a necessidade de diversificar a agricultura. Como destacou Hakan (2021), atualmente, utilizamos menos de 3% das espécies de plantas existentes na natureza para cultivo. Esse dado ressalta uma oportunidade significativa de explorar e incorporar uma gama mais ampla de espécies vegetais em práticas agrícolas, promovendo assim a sustentabilidade e a resiliência do sistema agrícola. Foto: Amendoim comum coletado dos índios no Mato Grosso, no Posto da FUNAI. Foto: Amendoim silvestre – A. glabrata, coletado na estrada de Goiás Como dizem Klaus Von et al. (2014), a homogeneizou-se numa faixa estreita de culturas que embora sejam ricas em calorias também são nutricionalmente limitadas. Isso contribui para a fome oculta, comprovando a necessidade de investirmos numa agricultura mais diversa, saudável ​​e sustentável. 391.000 spp. identificadas e descritas; 30.000 potencialmente alimentícias; 170 alimentam o mundo hoje; 5.538 alimentaram o mundo; 15 spp. constituem 90% da dieta humana Além do citado acima, o que mais impressiona é que destas XV somente 4 espécies, arroz, batata, milho e trigo, correspondem a 60% de toda dieta humana [Jorge , 1989; , 2021]. A elas podem se juntar a cana-de- açúcar e a soja se considerarmos o domínio da produção agrícola mundial ( , 2016). Se lembrarmos que no sistema de monoculturas e monocultivares, aplicados mundialmente, com uma estreita base genética (Otto H. , 1970), o quadro se completa de forma assustadora! Otto Segundo Bruno Machado Teles et al. (2005), as tais XV da dieta são: a) cereais (arroz, cevada, trigo, milho e sorgo); b) frutíferas (banana e coco); c) leguminosas (amendoim, feijão e soja); d) plantas açucareiras (beterraba e cana-de-açúcar); e) raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca).
  • 20. 1a – HOTSPOTS PARA COLETA O termo refere-se às regiões onde ocorre maior endemismo de espécies com alto grau de ameaça, e foi usado pela primeira vez por Norman (1988), a princípio citando 8 áreas, que hoje chegam a áreas no mundo (mapas). A seleção de genitores e a caracterização da variabilidade genética nestes locais são decisivas ao incremento de eficiência nos programas de melhoramento genético vegetal. Raj S. & ARORA (1991), citam principais processos que AMEAÇAM a agricultura: : A criação de novas cv. melhoradas compete com os RFG tradicionais por substituição. A própria agropecuária, ao avançar em áreas nativas, destrói habitats que abrigam progenitores silvestres. : A agropecuária com base na “ ” com alto consumo de insumos e baixo número de espécies alimentícias, aliados às cv. com baixa base genética é como um “gelo fino”. Nunca antes houve tantas monoculturas com monocultivares cobrindo tanta área geográfica. : a terceira ameaça ao germoplasma das plantas é a destruição rápida e indiscriminada dos recursos genéticos in situ, pela agropecuária e exploração, e ex situ por perda de curadores e de coleções. PARODA Segundo Fabrice A. J. et al. 2021, uma maior consideração e integração da na AGRICULTURA é chave para melhorar a saúde, eliminar a fome e alcançar objetivos de desenvolvimento positivos para a natureza. essenciais para se qualificar uma região como sendo HOTSPOT DE BIODIVERSIDADE: 1. Deve ter pelo menos 1.500 plantas vasculares como endêmicas, ou seja, deve ter uma alta porcentagem de vida vegetal não encontrada em nenhum outro lugar do planeta, sendo insubstituível. 2. A área deve ter no máximo 30% da sua vegetação natural original, estando portanto ameaçada.
  • 21. BANCO BASE São Petersburgo Rússia 119 anos 325 mil acessos Ásia 1916 1922 1924 1927 1929 1930 1932 1933 1919 Oriente Médio & Ásia Central América do Norte Ásia Central, Ásia Central, Extremo Oriente Europa & África Américas do Norte, Central & Sul Europa & 1931 Europa 1917 Revoluções Russas 1921-22 Seca e Fome Américas do Norte & Central 1908 Cáucaso 1940 Ucrânia 1939-45 II Cáucaso 1b – MESTRES DA COLETA Mesmo que Alfonse de (1882) tenha sido o primeiro a estudar a , propondo 4 centros, e que depois de (1935) tenha vindo Jack Rodney (1980), propondo 3 centros e 3 não centros), quem é lembrado como o Pai dos RG, da Fitoimunologia e da Agricultura Moderna, Primeiro Guardião da Biodiversidade, e o Darwin do século XX, é o russo Nicolai. 8a 1 2 3 5 6 7 8 2a 8b 8a 4 Carismático, falava 20 idiomas, workaholic (dormia 3 - 4 horas/noite), criou + de 200 EE. por suas convicções científicas. Obras: 1.300 em Russo e 100 em outros idiomas. Realizou mais de 100 , em cerca de 50 países, col. 50.000 acessos, com os quais criou o . São Petersburgo Rússia Eden
  • 22. 1c – HISTÓRICO DAS COLETAS COLETAS DO IAC: A 1ª. expedição oficial foi realizada pelo Dr. Alcides de , 1940: Peru, Equador, Colômbia e Bolívia, para Quineira (Cinchona spp.). Outros PqC IAC coletaram Arachis, no Paraguai e Goiás, em 1961. Outros Gossipium, em 1962 no Nordeste. A partir de 1969 uma série de expedições foram feitas em SP para Manihot, e, posteriormente, em 1988, para o amendoim comum pelo estado de SP, pelo Dr. Ignácio José de . ESTRANGEIROS NO BRASIL: A primeira expedição de que se tem notícia foi realizada pelo alemão George , que se dedicou a estudos Zoobotânicos e Astronômicos, conforme registrado em um livro, a pedido de Maurício de em 1636. Os primeiros registros históricos das expedições de coletas de plantas datam de 2500 a.C., quando os Sumérios na Ásia Menor coletaram figos, rosas e uvas. Outras coletas notáveis ocorreram em 1495 a.C., por ordem da faraó do Egito, na África Oriental. Foram coletadas árvores de incenso (Boswellia serrata) e mirra (Commiphora africana), conhecidas por suas propriedades aromáticas, utilizadas em perfumes, medicamentos e cerimônias religiosas. Outro faraó, , organizou a coleta de canela e cássia no Iêmen. MARIANTE ALUANA GODOY BRASILEIROS NO BRASIL: Arthur da Silva et al. (2008) informaram que o foco da , para a COLETA DE GERMOPLASMA, em cerca de mais de 800 expedições sempre foi o de coletar ESPÉCIES NATIVAS. Segundo Aluana G. et al. (2022) recentemente foram realizadas coletas de: palmeiras açaí (Euterpe precatoria e E. oleracea), bacaba (Oenocarpus spp.), inajá (Attalea maripa), macaúba (Acrocomia aculeata) e tucumã (Astrocaryum spp.); gramíneas (Paspalum spp.) e leguminosas forrageiras (Stylosanthes spp.); fruteiras como abacaxi (Ananas spp.), anonas (Annona spp. e Duguetia spp.), araçá (Psidium spp.), bacuri (Platonia insignis), cajá (Spondias mombin), caju (Anacardium spp.), camu-camu (Myrciaria dubia), goiabeira-serrana (Acca sellowiana), jurubebas (Solanum spp.), mangaba (Hancornia speciosa), maracujá (Passiflora spp.) e umbu-cajá (Spondias bahiensis), além de pimentas (Piper spp.) e a mandioca (Manihot spp.). Fotos: Coleta de Ipecacuanha. Fotos: Coletas de Amendoim.; AMOSTRAGEM SUGERIDA: Considera-se que para obter 95% da variabilidade deve-se coletar entre 50-100 se/tes de indivíduos distintos, se houverem poucos indivíduos coletar 50-100 se/tes do máximo de plantas encontradas. Ou leia: Roland ( ).
  • 23. 1d – ATIVIDADES DE COLETA Hari Deo et al. (2013) explicam a IMPORTÂNCIA da , uma vez que os RFG são finitos e vulneráveis ​​à erosão devido a várias ameaças à segurança alimentar mundial, como substituição de raças locais e cv. tradicionais por cv. modernas, catástrofes naturais como secas, inundações e incêndios, urbanização e industrialização, perda de habitat devido a represas, sobrepastoreio, mineração e mudanças climáticas. A coleta de germoplasma pode ser dividida em três ATIVIDADES : 1) Pré-coleta: Realiza-se o planejamento técnico e logístico, que inclui considerações legais, planejamento de rotas, reserva de transporte (embarcação, mulas, avião, etc.), hospedagem, materiais, equipamentos e equipe. Consultas à publicações, herbários e outras fontes para obter informações sobre os locais de coleta, como latitude/longitude e ambiente de ocorrência; 2) Coleta Propriamente Dita: Envolve a coleta de material vivo multiplicável como sementes, mudas ou outros órgãos relevantes, além das exsicatas, podendo incluir a coleta de Rhizobium; e 3) Pós-coleta: Quando há o preparo do material coletado para o BBG e Herbário. Envolve ainda as áreas de introdução, identificação, quarentena, manejo de mudas, sementes, documentação, informatização, conservação, preparo de exsicatas e a elaboração do relatório final. Essa fase é crucial para garantir a preservação e documentação adequadas do germoplasma coletado. Foto: Aula do Dr. Paulo de Souza Gonçalves, sobre seringueira, para especialista da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, no IAC. Aluana G. et al. (2022) citam que no período de 2012 a 2019, na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia destacaram-se ações de inventário e mapeamento de populações in situ para o amendoim (Arachis spp.), arroz (Oryza spp.), batata (Solanum spp.), batata-doce (Ipomoea spp.), mandioca (Manihot spp.) e milheto (Eleusine spp.). Segundo John Gregory (1982) temos que distinguir a coleta de germoplasma da , pois nesta última não há resgate de germoplasma, apenas material de herbário, enquanto na primeira se coletam ambos.
  • 24. 1e – QUAL GERMOPLASMA COLETAR NO BRASIL? No Brasil temos os seguintes exemplos de grupos de espécies para uso alimentício, tanto de nativas com de exóticas, muito bem explicados por José Francisco Montenegro (palestra no RENARGEN). 1. NATIVAS PARENTES DAS DOMESTICADAS: abacaxi, amendoim, algodão, arroz, cana, capim- elefante, cevada, tremoço, ... 2. NATIVAS DOMESTICADAS: caju, cará, goiaba, guaraná, jabuticaba, jussara, mamão, mandioca, maracujá, pupunha, taioba, urucum, seringueira,... 3. NATIVAS SEMIDOMESTICADAS: açaí, bacuri, baru, buriti, babaçu, camu-camu, cupu-açú, feijoa, pequi, mangaba, ... 4. NATIVAS NÃO DOMESTICADAS: aromáticas, condimentares, medicinais, frutíferas (especialmente Myrtaceae), forrageiras, e ornamentais,... 5. EXÓTICAS COM DIVERSIDADE LOCAL: abóbora, eucalipto, melancia, melão, milho, feijão-fava ... : almeirão-do-campo, begônia, cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, ...350 spp., entre nativas, exóticas ou naturalizadas (Wanderly Ferreira ). Para Charles Roland ( ), embora a atividade de recursos genéticos se utilize de processos de melhoramento genético similares, tanto para espécies nativas como para exóticas, eles se diferem dentro das atividades de prospecção e coleta, como por exemplo: 1) Na Prospecção: a) Espécies Nativas: A prospecção em seus habitats naturais requer conhecimento detalhado de regiões geográficas específicas onde essas espécies ocorrem, especialmente no centro de origem, levando em consideração fatores como clima, solo e ecossistemas. b) Espécies Exóticas: A prospecção pode se concentrar em regiões geográficas distintas, frequentemente associadas a centros de origem da da humanidade e centros de diversidade genética da espécie ou regiões onde essas espécies foram introduzidas num passado distante. 2) Na Coleta: a) Espécies Nativas: A coleta de germoplasma geralmente ocorre em seus ambientes naturais, quer seja de sementes, mudas ou outro material propagativo, diretamente de populações silvestres. b) Espécies Exóticas: A coleta ocorrem em áreas agrícolas, ou na propriedade de agricultores, e até mesmo em mercados públicos, onde essas espécies foram introduzidas no passado ou nos do gênero.
  • 25. : São áreas geográficas com alta diversidade genética da espécie domesticada, fora do seu Centro de Origem. Ex. no Brasil: Melancia, Coco, Eucalipto, etc. 1f – TEMOS CENTROS DE RFG NO BRASIL? Edmundo Navarro Outros exemplos: a) Domesticadas: abiu, biribá, cará, coca, cubiu, jacatupé, pimenta-malagueta, pupunha, taioba, umari; b) Semi- domesticadas: cutite, ingá, ingá-cipó, sapota, tucumã. No Nordeste temos um “centro de diversidade” da Melancia-comum (Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai) e de Melancia- forrageira (C. lanatus subsp. lanatus var. citroides (Bailey) Mansf. ex Greb.), originárias da África [Roberto Lisboa , 1995]. : São áreas geograficamente isoladas onde ocorre a maior diversidade da espécie domesticada e de suas parentes silvestres. Ex: Abacaxi, Amendoim, Cabeludinha, Cacau, Castanha, Caju, Cupuaçu, Erva-Mate, Feijoa, Grumixama, Jabuticaba, Mandioca, Maracujá, Pitanga, Seringueira, e Uvalha (Nicolai I. , 1935). CLEMENT ( ) cita exemplos dos círculos: Valdemir Antônio
  • 26. 2 – O INTERCÂMBIO E A QUARENTENA Foto: Quarentennário IAC“Emílio Bruno ” : Se refere um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do próprio País, permanece em observação fitossanitária para evitar a entrada ou dispersão de pragas quarentenárias (Vera L. A. et al., 2003). Trata-se do trânsito de Importação e Exportação quando do ou para o exterior e da Introdução e Remessa quando do ou para outros estados. São ações de troca e cessão de germoplasma, conforme estipulado pela legislação fitossanitária internacional e nacional. Essas práticas visam atender às necessidades do melhoramento genético e de pesquisas correlatas (VEIGA, R.F.A., 2024). Foto: Quarentennário EMBRAPA - DF Para Emílio Bruno (1992), somente introduzir “já é muito importante”! Destacava que as cultivares de algodão norte-americanas, como Express, TexasBigball, Stoneville, Alburn, Acala, Delfos e Delta Pineland, foram inicialmente utilizadas diretamente na agricultura e, posteriormente, tiveram grande influência no desenvolvimento de novas cultivares no Brasil. Já a minimiza os riscos aos RFG e à Agropecuária, ainda mais que nossa agricultura baseada na monocultura e monocultivar de espécies exóticas, sendo extremamente suscetível às intempéries. A seguir alguns exemplos do risco de pragas quarentenárias: a) Arroz: Bengala, em 1943. Helminthosporium oryzae (Mancha-parda do arroz), a “Fome de Bengala” c/ mais de 3,5 milhões mortos. a) Batata: Irlanda, 1846. Phytophthora infestans (Requeima-da-batata), causou a morte por inanição de 1,5 milhão de pessoas. b) Café: Sri Lanka, 1867. Hemileia vastatrix (Ferrugem-do-café) impactou até a Inglaterra. E Alcides de salvando o Brasil;
  • 27. 2a - ATIVIDADES DE QUARENTENA a) Deferimento do pedido de importação b) Termo de Fiscalização c) A Prescrição de Quarentena; d) Checagem do aceite e) É dado um número de controle f) Emitido um aviso ao importador a) Abertura sala especial b) Check list a) No. sequencial de introdução (I) . b) No. Sequencial de entrada Quar. c) Cadastro Intranet “Germo”. a) Nematoides, insetos, ácaros, patologia de sementes, plantas daninhas. b) Boletim de Análises. c) Certificado Fitossanitário e Fiel depos. d) Registro do expurgo do material a) Escolha do método e preparo solo, substrato, nutrição. b) Identificação dos vasos ou vasilhames. c) Amostragem: mais de 100 acessos efetivar amostras compostas (bulk) a cada 10 acessos para repetição a) Fungos, vírus, insetos, ácaros e bactérias. b) Checagem das folhas expandidas. c) Boletim de Análises: metodologia empregada resultado obtido, obs. e recomendações; a) Plantas: incineradas. b) Substratos: Aplicação de Fosfina. c) Vasos: Hipoclorito de Sódio a 2,4%. d) Salas: Piretrinas e/ou Piretroides. a) Laudo de Inspeção (LI): Após liberação dada pelos especialistas. b) Laudo de Eliminação (LE): Emitido, em conjunto com o LI. a) Recepção do pedido e emissão de aceite b) Emissão do aceite pelo quarentenário c) Pedido de importação pela empresa 3 meses = anuais 6 meses = perenes a) Aplicação do método de plantio ideal para a espécie ser mantida viva, se anual ou semi-perene durante o seu ciclo de vida ou, se perene, durante o ciclo da praga quarentenária alvo. 11. ENTREGA AO IMPORTADOR 2. RECEPÇÃO DO MATERIAL 3. CONFERÊNCIA 4. INTRODUÇÃO 5. INSPEÇÃO PRÉ- PLANTIO 6. AMOSTRAGEM 8 INSPEÇÃO PÓS-PLANTIO 7. PLANTIO 9. EXPURGO DESCARTE 10. EMISSÃO DE LAUDOS 1. ACEITE a) Comunicação ao importador. b) Retirada da câmara fria. c) Juntada dos documentos. Fim Início 1 mês Lourenção Silvana Foto: Quarentenário IAC “Emílio Bruno Germek
  • 28. 2b - LEGISLAÇÃO DE INTERCÂMBIO A legislação do intercâmbio logicamente se concentra na área fitossanitária para nos proteger contra pragas exóticas quarentenárias. Exemplos de documentos em e : Carlos Eduardo Christina Valdir Atsushi José Alberto de Souza Dias 1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa; 2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários; 3. Certificado Fitossanitário do país de origem. 1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas; 2. Import Permit, do país importador (Permit Label); 3. Pedido de Autorização de Exportação; 4. Certificado Fitossanitário de Origem; 5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários. 1. Certificado de Origem; 2. Certificado de Origem Consolidado (espécies nativas em risco de extinção).
  • 29. 3 – A IDENTIFICAÇÃO Foto: Aula de Francisco Assis Leitão. Gaspar Ordem da classificação utilizada por Lineu A é efetivada por meio do , durante a expedição científica de coleta ou posteriormente nas exsicatas de herbário. Como observa Daniel (1993) o processo também pode ocorrer durante as atividades de multiplicação e regeneração dos acessos de um BAG. Por outro lado, os NOMES e REGISTRO das CULTIVARES seguem as diretrizes propostas pelo . CULTIVAR < VARIEDADE BOTÂNICA < ESPÉCIE < GÊNERO < FAMÍLIA < ORDEM < CLASSE < FILO < REINO Embora a ideia precursora da DESIGNAÇÃO BINOMIAL seja de , sua implementação foi feita por Carlos LINEU. Como por exemplo ao amendoim comum denominou cientificamente de: Arachis hypogaea L., onde é binomial por nominar o gênero e a espécie, porém, ainda necessita do nome do autor: 1. EPÍTETO GENÉRICO: Substantivo, maiúscula, itálico (Arachis); 2. EPÍTETO ESPECÍFICO : Adj., minúscula, itálico (hypogaea) [ou maiúscula em homenagem a uma pessoa]. 3. CLASSIFICADOR : Sigla do(s) nome(s) dos autor(es) da espécie, sem itálico [Ex: Carolus Linnaeus = L. ] .
  • 30. 4 – A AVALIAÇÃO E A CARACTERIZAÇÃO Para John Gregory et al. (2000), a dos acessos, de um BAG, é reconhecida como sendo uma atividade essencial pelos curadores e pelas organizações que os apoiam, como Bioversity e FAO. Quando se avalia e caracteriza o germoplasma no campo e laboratórios utiliza-se de descritores diversos, como: Carlos Augusto Macaúba Segundo Angela ( ), desde princípios de 1980 a técnica na genética molecular provocou um substancial impacto na caracterização da diversidade genética vegetal em germoplasma agrícola, pools gênicos e populações naturais. 1. AGRONÔMICO: Ciclo de maturação, época da produção, produção por planta, dados do pólen, autofertilidade, teor de óleo das sementes, produtividade, resistência a fatores adversos; 1. BOTÂNICO: Organografia e Anatomia (Partes subterrâneas, caule, ramos, folhas, flores, frutos e sementes). 2. GENÉTICO: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...; 3. QUÍMICO: Metabólitos secundários; 4. TECNOLÓGICO: Aroma, sabor, açúcares, acidez, grau de conservação. Marcia Ortiz Mayo
  • 31. 4a - APLICAÇÃO DE DESCRITORES TIPO DE DADOS UTILIZADOS São dados numéricos, obtidos através de contagens, medições, etc. Notas de 0 a 9, valores intermediários de 1,3,5,7, para dirimir dúvidas. Amostragem obtida de quatro (4) medidas de estruturas obtidas de 20 plantas. São dados de avalição de presença ou ausência de antocianina, de brilho nas folhas, de presença ou ausência de cerdas, etc.. A amostragem é feita através de quatro (4) medidas de estruturas obtidas de 20 plantas. Avaliação anotada através de simples observação de Presença (+) ou Ausência (0). : São REGRAS quantitativas e/ou qualitativas preparadas para DISTINGUIR OS ACESSOS de um BAG e/ou CT e/ou para REGISTRO E PROTEÇÃO de CULTIVARES, por intermédio de cada uma de suas características diferenciais. Segundo Antonio Fernando Caetano et al. (2004), a introdução e a caracterização são atividades básicas do pré- melhoramento, e a elaboração e aplicação de descritores é o cerne deste trabalho. TIPO DE DESCRITORES Utilizados pelos melhoristas genéticos, para a distinção de uma nova cultivar de uma mesma espécie, oriunda de sua Coleção de Trabalho, por exigência anterior ao lançamento da mesma, do Sistema Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC). Requer poucos descritores por possuir uma estreita base genética, o que é comum para plantas melhoradas geneticamente ao longo dos anos. 2. Utilizados pelos pré-melhoristas genéticos, para distinção entre acessos de uma mesma espécie, oriundos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG). Requer muitos descritores por representarem uma larga base genética, já que são procedentes de populações coletadas na natureza, sem ou com insignificante intervenção humana. Foto: Renato Veiga, no ICRISAT – Arachis spp. - Índia. Foto: Evento de Arachis spp. na Argentina
  • 32. PRINCIPAIS MÉTODOS DE ESTATÍSTICOS DE ORDENAÇÃO DOS DADOS DA CARACTERIZAÇÃO VARIÁVEIS QUANTITATIVAS DISTÂNCIA EUCLIDIANA ANÁLISES DE COMPONTENTES PRINCIPAIS DISTÂNCIA DE MOHALANOBIS ANÁLISES CANÔNICAS DE POPULAÇÕES VARIÁVEIS QUALITATIVAS ÍNDICES DE SIMILARIDADE ANÁLISES DE COORDENDAS PRINCIPAIS DADOS DE FREQUÊNCIA ORGANIZADOS EM TABELAS DE CONTINGÊNCIA. DISTÂNCIA DO QUI-QUADRADO ANÁLISES FATORIAIS DE COORDENADAS AMBAS AS VARIÁVEIS ÍNDICES DE DISSIMILARIDADE ESCALAS MULTIDIMENSIONAIS (MDS) 4b - INTERPRETAÇÃO DOS DADOS DE CARACTERIZAÇÃO Os dados resultantes, da Caracterização com a Aplicação de Descritores, são através de métodos estatísticos, como por exemplo: Foto: BAG-Amendoim, INTA – Manfredi - AR
  • 33. 5 – MANUTENÇÃO CONSERVAÇÃO IN SITU PRESERVAÇÃO EX SITU O termo "MANUTENÇÃO" aglutina os dois lados de uma mesma moeda, pois é utilizado de maneira genérica para se referir tanto à preservação in situ das plantas em seu habitat natural (ex.: nos seus biomas, mapa abaixo), quanto à conservação ex situ fora desse ambiente (ex.: BAG do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, mapa abaixo).
  • 34. 5a - PRESERVAÇÃO IN SITU PROTEÇÃO INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL 1. Estação Ecológica (EE) 2. Monumento Natural (MN) 4. Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) 3. Reserva Biológica (ReBio) 5. Parque Nacional (PN) 1. Área de Proteção Ambiental (APA) 2. Reserva Extrativista (RESSEX) 4. Reserva de Fauna (REFAU) 6. Reserva de Desen. Susten. (RDS) 7.Res.Partic.Patrim. Natural. (RPPN) 3. Floresta Nacional (FLONA) 5. Área de Relevante Interesse (ARIE) 570 Áreas de Uso Indireto, desocupadas e inexploradas 727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e exploradas racionalmente De acordo com Claudio V. e Cláudio C. (2012), o Brasil possui um dos maiores conjuntos de áreas protegidas do mundo, proporcionando um ambiente propício para que essas espécies permaneçam em contínua evolução e adaptação ao seu habitat. O objetivo desta PRESERVAÇÃO é manter as 35.696 espécies de plantas superiores brasileiras nos espaços territoriais representativos de seus ecossistemas, conforme previsto no , com foco especialmente nas espécies recalcitrantes. 32.696 spp. Angiospermas 1.584 spp. Briófitas 1.380 spp. Samambaias 23 spp. Gimnospermas 2.113 spp. Ameaçadas de Extinção Lembrando que no são identificadas em média 250 novas espécies por ano, portanto este número já está desatualizado!
  • 35. 5b – TERRITÓRIO BRASILEIRO PRESERVADO SNUC + Indígenas 24,2% Agropecuária 25,6% Aposentado da Embrapa Territorial Em entrevista concedida em 2021, o Dr. Evaristo comenta que nossos territórios agrícolas são tão dinâmicos que, se alguém afirmar estar totalmente atualizado sobre a agricultura brasileira neste exato momento, é provável que tenha estudado o assunto na noite anterior, ou mais precisamente, na tarde da noite. Isso porque, se foi mais cedo, já estará desatualizado em muitos aspectos. Evaristo de (2021) destaca que o Brasil mantém 220 milhões de hectares preservados em matas nativas, mesmo com uma população de 201 milhões de habitantes, em 2023. MIRANDA (2018) cita dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ( ) que indicam o Brasil como líder global na destinação de territórios para a proteção da vegetação nativa, conforme ilustrado no gráfico abaixo. Isso se traduz em aproximadamente 66,3% do território nacional destinado à preservação e, por conseguinte, à .
  • 36. 5c - A EXPLORAÇÃO FLORESTAL CÉLINE Tal exploração se acelerou durante a (1750 – 1840 d.C.) com o maquinário têxtil, seguido pela locomotiva e o barco a vapor, entre outros avanços tecnológicos. No século XX, o destaque negativo vem com o CRESCIMENTO POPULACIONAL mundial e o consequente avanço sobre áreas nativas. Conforme Céline et al. (2012), a maioria dos modelos de aponta para consequências alarmantes à biodiversidade, com os cenários mais severos prevendo taxas de extinção que se qualificariam como a SEXTA EXTINÇÃO em massa na história da Terra. Cinco episódios de de espécies já ocorreram na história da Terra. No entanto, desde o início da (3.300 a.C.), a humanidade tem realizado a exploração florestal para diversos fins, muitas vezes sem a devida preocupação com a restauração, caracterizando o . BETH
  • 37. 2018 2006  Se baseia no desenvolvimento de “Estratégias Nacionais” de preservação: 1. Na preservação da diversidade biológica; 2. No seu Uso Sustentável; 3. Na repartição justa e equitativa dos benefícios. 5d - ESTRATÉGIAS MUNDIAIS DE MANUTENÇÃO 1) CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA (Desde ) – Dos 195 países, 168 países assinaram a Convenção.  A CONSERVAÇÃO E O USO SUSTENTÁVEL tem por objetivos : 5.1.d. Promover a preservação in situ dos parentes silvestres das plantas cultivadas... apoiando as comunidades...; 7.2.b. Ampliar as atividades internacionais para promover na conservação ex situ avaliação, documentação, potencial genético, fitomelhoramento,..; As ESTRATÉGIAS MUNDIAIS de manutenção de RFG se concentram em 2 frentes:1) PRESERVAÇÃO in situ e 2) CONSERVAÇÃO ex situ. 2) TRATADO INTERNACIONAL SOBRE RFG PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA ( ) Segundo Vânia et al. (2019), são considerados PRIORITÁRIOS os seguintes recursos genéticos para alimentação e conservação no Brasil: amendoim, arroz, banana, batata, café, cana-de- açúcar, cevada, feijão, laranja, mandioca, milho, soja, tomate e trigo. REGENERAÇÃO FLORESTAL: Busca regenerar ambientes degradados. (Ex.: A grande , que até 2030 espera restaurar 100 milhões de hectares, 8.000 km de terras degradadas, de todo continente africano, em 11 países: Burkina Faso, Chade, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal e Sudão). Genebank Head at , Peru A RESTAURAÇÃO PAISAGÍSTICA com plantas nativas, na forma de coleções, com suas variabilidades, surge no Brasil com Roberto Burle , em 1934.
  • 38. 5e - INFRAESTRUTURAS DE CONSERVAÇÃO 2. IN VITRO 3. CRIOCONSERVAÇÃO 4. IN VIVO 4.1 PESQUISA 4.C TELADO 4.2 ON FARM 4.D RIPADO 4.B C.V. 1. REFRIGERAÇÃO 1.1 B. BASE 1.2 B. ATIVO 1.3 COLEÇÃO TRABALHO 4.A CAMPO 1.4 COLEÇÃO NÚCLEO 2.1 (20/25oC) TROPICAIS 2.2 (10/15 oC) TEMPERADAS 3.1 (-196 oC) LÍQUIDO 3.2 (-150 oC) VAPOR As infraestruturas de conservação ex situ dos RFG, fora do seu habitat original, podem ser separadas em quatro categorias: CELSO MORETTI TEREZA CRISTINA JULIANO PÁDUA 1.5 COLEÇÃO GENÔMICA Foto: Banco Base do Chile. Foto: Banco Base da China
  • 39. 5f - CONSERVAÇÃO PELO MUNDO PRIMEIROS BG 1. RÚSSIA 1917 2. EUA 1958 3. GHANA 1964 10. BRASIL 1974 BG POR ACESSOS 1. CHINA 300.000 2. EUA 268.000 3. ALEMANHA 160.000 4. BRASIL 150.000 Vânia RENNÓ Rosa Lia BARBIERI (BB): É uma estrutura física, construída e equipada, destinada à conservação de sementes e outros propágulos, a frio e a seco, por longo prazo, representando geneticamente um conjunto de acessos da família, gênero ou espécie. Esses acessos teoricamente permanecem estáticos, sendo apenas manejados e intercambiados, com o propósito de conservação, sem descartes. Se necessário recuperar seu poder germinativo e vigor, são enviados novamente ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) (VEIGA, R.F.A. et al., ). Atualmente, temos aproximadamente 50 mil espécies conservadas em mais de 700 BB (FAO, ), onde o mais renomado é o (foto), estabelecido em 2008, que abriga a coleção mais diversificada do globo, com mais de 1 milhão de acessos, e no Brasil é o da EMBRAPA. Foto das colegas que levaram sementes para conservar na Noruega, com o banco ao fundo. Foto: BB da EMBRAPA. O complexo mantém 770 mil acessos, de 5.832 spp. : ALIANCE CIAT & BIOVERSITY - Banana, Mandioca, Feijão, Forrageiras; CIMMYT - Milho e Trigo; CIP - Batata, Batata Doce; ICARDA - cevada, lentilha, feijão-fava, trigo-duro, grão-de-bico, gramíneas e leguminosas forrageiras; ICRAF - Agroflorestais; ICRISAT - Amendoim, Grão-de- bico, Guandu, Milheto, Sorgo; IITA - Raízes e Tubérculos, Banana, Milho, Grãos, Legumes e Cereais de sequeiro; ILRI - Forrageiras Tropicais; IRRI e AFR. CENTRAL – Arroz.
  • 40. 5g - CONSERVAÇÃO EX SITU 1. RECALCITRANTES - Não toleram ToC sub zero, nem U% fora do intervalo de 12-31% [Ex: cacau, seringueira]; 2. INTERMEDIÁRIAS - Não suportam ToC negativas, mas toleram a desidratação até 10% de U [Ex: café, citros]; 3. ORTODOXAS - Suportam ToC entre menos 10 ºC e menos 20 ºC e redução de U% entre 3 e 7 % [Ex: trigo, feijão]. A CONSERVAÇÃO EX SITU é a manutenção do germoplasma, fora do seu hábitat natural, a curto, médio, ou longo prazos, com poder germinativo e vigor, sob o controle da TEMPERATURA (ToC) e UMIDADE (U%), segundo o : Exemplos de germoplasma semente conservados em Banco Base: Ervilha (130 anos), quiabo (125 anos), tomate (124 anos),... Exemplos conservados pela natureza: Lotus indiano encontrado no solo com 1.000 anos; Tremoço no ártico com 10.000 anos. Fotos: ICRISAT - Índia
  • 41. 6 – INFORMAÇÕES ACESSOS DO BAG TRIBO KARÃO A organização dos dados é essencial para uma efetiva gestão e uso dos RFG (Foto: BAG-Feijão Embrapa). Segundo (2017) para o Pré-melhoramento, os dados a serem trabalhados podem ser escolhidos por seu fenótipo, genótipo, resistência a , presença de nutrientes, minerais, óleos, etc. Para José Tomás (1993) um bom Sistema de Documentação é a chave para o USO EFETIVO dos acessos mantidos no BAG (Ex.: da foto com a entrega de sementes originais dos índios Karão, pela Embrapa-Cenargen). “Necrotério Genético”
  • 42. 6a – DOCUMENTAÇÃO é a ação essencial de REGISTRO DOS DADOS oriundos das Atividades de Manejo das Curadorias com os BAG, BBG e CT, organizados como fichários, livros ata, e/ou programas de computação, disponibilizando-os com acesso fácil e informações claras para os usuários. Foto: Funcionárias do Quarentenário IAC, Míriam e Alba (ao fundo). DADOS DOCUMENTADOS: Praticamente todos dados das atividades de RFG devem ser documentados, quer sejam de coleta, intercâmbio, multiplicação, quarentena, conservação e preservação, regeneração, caracterização e avaliação, valoração e uso. Para o MELHORAMENTO GENÉTICO seria necessário registrar dados como: a) genômica estrutural: sequências de DNA e mapas; b) expressão do gene: perfis de mRNA e de genes; c) bioquímica: metabólitos e proteômica.
  • 43. 6b - INFORMATIZAÇÃO A objetiva o USO RACIONAL dos DADOS de Manejo dos RFG. Isto é, através de PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO abastecidos pelos bancos base e bancos ativos, se faz a Gestão dos Dados de Registro, Classificação, Organização e Interpretação. Para Sílvia Maria F.S. et al. (2017) os MÉTODOS COMPUTACIONAIS de alto desempenho e seus PROGRAMAS devem ser: a) intercambiáveis; b) dados protegidos/disponibilizáveis; c) maleáveis para aceitar novas inserções; d) que possibilitem cruzar os dados, rápidos, de fácil uso, e) fáceis de publicar. [Ex.: a) SINGER (CGIAR); b) pcGRIN (IPGRI); c) BG-Recorder (BGCI); d) GENIS (alemão); e) EPGRIS e EUFGIS (RG florestais-europa); f) WIEWS (ONU); g) ALELO (Embrapa); h) EnvRtype (USP)]. Germano , SOFTWARE – USP (2020) Segundo (2002) os cientistas com habilidades em orientam os MELHORISTAS GENÉTICOS na identificação de acessos-chave dos BAG para serem incorporados nas suas Coleções de Trabalho e Programas de Pesquisa Científica [Ex: O Centro de Café do IAC vem utilizando abordagens genômicas integradas à fenotipagem no BAG]. Eduardo de Vaz de Mello Ivo Sias
  • 44. 7 - VALORAÇÃO E USOS Foto: BAG Hortaliças, Embrapa. Foto: BAG Café, IAC. Foto: BAG Abacaxi, Embrapa. Foto: BAG Paspalum, Embrapa Miguel et al. ( ) distinguem os RFG pelo seu VALOR de USO: a) Direto - recreação, turismo, educação, ciência, etc.; b) Indireto - regulação do clima, fertilidade do solo, ciclagem de nutrientes, etc. Mohammad E. (2021) diz que significa por valor, atual ou potencial, através de fórmulas estatísticas, em um determinado Recurso Fitogenético (Ex.: gênero, espécie, variedade, acesso ou cv.). Sua finalidade é a de motivar financiadores e demonstrar a relevância dos acessos conservados ex situ ou preservados in situ, como um Banco de Germoplasma. Fábio G. et al. (2015) destacam o grande potencial de USO dos RFG na ampliação da base da cadeia alimentar e, inclusive, de atender à demanda da indústria, bioenergia, vestuário, medicamentos, ornamentação, habitação, etc.
  • 45. 7a - EXEMPLOS DE USOS 1. ACLIMATAÇÃO: Acessos de novas espécies introduzidas são aclimatados e utilizados diretamente na agricultura. 2. MUDANÇA CLIMÁTICA: Recursos Fitogenéticos (RFG) são utilizados para ambientes distintos dos tradicionais. 3. BIOTECNOLOGIA: RFG são aplicados nas áreas farmacêutica, tecnologia agrícola e biotecnologia industrial, entre outras. 4. DIVERSIFICAÇÃO: Agricultura de conservação através de culturas diversas, cultivares variados, cultivo mínimo, cobertura do solo e rotação de culturas. 5. DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO E MELHORAMENTO GENÉTICO: Acessos de espécies parentes da cultivada são cruzados entre si e com cultivares, incluindo acessos do BAG (caracterizados e avaliados) na CT do melhorista. J.F.M. (2004) cita a) escolha e domesticação de novas spp.; b) seleção de novas linhagens e de raças de uso tradicional; c) seleção em progênies após manipulação reprodutiva; d) incorporação de modificações genéticas pela introgressão de genes de spp. próximas por via reprodutiva; e) incorporação de modificações genéticas por transgenia. Ex: A FUNDECITRUS confirmou resistência nos gêneros Microcitrus Swingle e Eremocitrus Swingle (Rutaceae) ao Greening (Silvio et al. 2021). 6. PAISAGISMO: Acessos de espécies ornamentais nativas e de espécies agrícolas são melhorados e inclusos no paisagismo (Ex: maracujá, abacaxi, etc.). REGENERAÇÃO PAISAGÍSTICA: Acessos potenciais dos BAG são inseridos em projetos de áreas degradadas, com sequestro de CO2, privilegiando espécies nativas de rápido crescimento e com sistema radicular profundo (Ex: amendoim forrageiro, centrosema, cudzu-tropical, estilosantes, mucuna,...). 7. TAXONOMIA: Recursos genéticos são uma fonte fundamental para estudos taxonômicos, na identificação do germoplasma conservado ex situ e preservado in situ. 8. VALORAÇÃO: Saber o valor do acesso viabiliza investimentos. 9. PELA SOCIEDADE: Lazer, educação agrícola, segurança alimentar, turismo e, logicamente, o alimento (nutrição) em sua mesa. Para V. Ramanatha (2003) existe a necessidade de utilizar eficazmente a DIVERSIDADE GENÉTICA presente nos BAG para REDUZIR a vulnerabilidade genética e AUMENTAR a sustentabilidade nos sistemas de produção modernos. Alguns exemplos de usos: Marcos Guimarães de Andrade “O desenvolvimento de cultivares pode ser considerado um tipo de start-up patrocinada pelos IP e Empresas”.
  • 46. V - finalizando Exercício Final: “Agora que possuem um conhecimento mais sólido sobre Recursos Fitogenéticos e sua diversidade genética, e estão cientes de que cada alimento é o resultado de um processo complexo que envolve a dedicação e o suor de muitos especialistas e funcionários de campo, laboratório e escritório, inclusive de vocês! Convido a todos a imaginarem que foram os responsáveis pelas atividades de introduzir, plantar, cultivar, colher e conservar cada semente e fruto presentes em suas refeições. Com essa reflexão, espero que possam apreciar seus alimentos de forma consciente, sem desperdícios e contribuindo para o uso sustentável da nossa biodiversidade." Artur C. (escritor de ficção científica) formulou três leis, conhecidas como “Leis de Clarke”, como a seguir: 1. Quando um cientista experiente diz que algo é POSSÍVEL, certamente o é, no entanto, se ele diz que é IMPOSSÍVEL, provavelmente não o é; 2. O único caminho para desvendar os LIMITES do possível é aventurar-se um pouco além dele, adentrando o impossível; 3. Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da . Concluindo: “Vocês com suas pesquisas científicas comumente ultrapassarão os limites do possível criando a “magia da agricultura”. MEU CONTATO renatofav53@gmail.com MEUS TRABALHOS https://www.researchgate.net/profile/Renato_Veiga MINHAS PALESTRAS https://pt.slideshare.net/RENATOFERRAZDEARRUDAVEIGA
  • 47. PqC-VI Prof. Dr. Ferraz de Arruda Veiga PqC-VI Profa. Dra. Fernandes Moura PqC-VI Prof. Dr. Guerreiro Filho

Notas do Editor

  1. Como os alunos gostam de saber quem lhes ministra as aulas, resumo minha vida profissional aqui!
  2. Em primeiro lugar quero agradecer ao convite para ministrar esta aula inaugural, aos professores das fotos!
  3. Como as definições as vezes mais atrapalham do que ajudam ao aluno, coloco aqui apenas as que mais me apetecem!
  4. Vou citar diversas diversidades para situar o tema da aula! A tesoura genética (CRISPR) com café, cana e citros.
  5. Falando em pioneirismo, no melhoramento genético o Brasil também homenageia os seus pioneiros!
  6. Todo começo tem os seus pioneiros que não pedem ser esquecidos!
  7. Alegrem-se porque não estamos sós no mundo dos RFG, a natureza trabalha por nós, assim como os agricultores! Clement (2001), pergunta: Vale a pena iniciar um programa de pré-melhoramento com spp. nativas? R: A espécie possui expressão econômica? Se não, isto tem que ser respondido cuidadosamente, pois, a existência de coleções de trabalho associadas tornarão um Programa caro e de longa duração, o que talvez somente se justifique caso a resposta seja sim! O direito do melhorista, ao contrário do patenteamento, permite que o melhorista usesuprimir qualquer material genético protegido para elaborar novas variedades (a chamada "isenção do melhorista "). Garante também que o agricultor pode estocar sementes da colheita para seu plano próprio (o chama do "privi légi o do agricul tor")
  8. Cada cientista tem suas preferências para desenvolver o seu trabalho, o meu sempre foi baseado nas curadorias!
  9. Graças a Deus no Brasil temos a SOCIEDADE BRASILEIRA DE RECURSOS GENÉTICOS, da qual orgulhosamente sou membro fundador!
  10. Como a EMBRAPA desde a década de 1970 comanda a área de recursos genéticos através do CENARGEN, hoje EMBRAPA RG & BIO, as apresentações tem muito deles!
  11. Eu sempre gostei de apresentar recursos genéticos em todas suas atividades de gestão!
  12. 1) Cada um tem o seu ídolo, para mim este é o gigante que não pode faltar! 2) O principal centro de origem da agricultura é assossiado à nossa origem biblica (Adão e Eva), na MESOPOTÂMIA
  13. Somente eu participei de cerca de seis expedições científicas de coleta de espécies silvestres de Arachis, coordenada pelo Dr. José Francisco Montenegro Valls, da Embrapa/Cenargen, outras três de coleta de Arachis hypogaea L., coordenada pelo Dr. Ignácio José de Godoy, do IAC, e uma de Cephaelis ipecacuanha, coordenada pelo Dr. Ladslau Scorupa, da Embrapa Cenargen.
  14. Para qualquer especialista em plantas, a primeira coisa que ele tem que saber depois do seu nome vulgar (que pode ser o mesmo de várias plantas) é o seu nome científico.
  15. A sala de secagem deve tem temperatura controlada a 5-20oC e umidade de 10-25%.
  16. Um bom exemplo do uso dos recursos genéticos é o caso da repatriação do germoplasma coletado e conservado pela Embrapa, para os índios da tribo Karão. Os índios passaram a utilizar cultivares do homem civilizado, deixando de plantar os seu germoplasma tradicional adaptado à cultura indígena. Desta forma, as cv. Coevoluídas com o homem necessitam de cuidados especiais (preparo do solo, adubação, inseticidas, etc.), ao que o índio não estava acostumado, perderam tudo e começaram a passar fome. O germoplasma estava conservado nas câmaras frias, assim foi possível multiplica-los e devolver o material para que os índios retornassem ao trabalho com aquele material tradicional, mais adaptado aos seus costumes.
  17. Novamente agradeço ao convite dos professores, colocando-me à disposição para futuras aulas. Os alunos fiquem à vontade para me questionar sobre RFG a qualquer momento que necessitem durante a sua pós-graduação.
  18. Em primeiro lugar quero agradecer ao convite para ministrar esta aula inaugural, aos professores das fotos!