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ME APRESENTANDO
OBRIGADO À TODA COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO PELO CONVITE,
EM ESPECIAL AO DR. ORIVALDO BRUNINI!
• MESTRADO (1990) E DOUTORADO (1994) EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS -
BOTÂNICA PELA UNESP/BOTUCATU - SP.
• FUI COORDENADOR NACIONAL DE RFG (IICA/PROCISUR) INDICADO PELA
EMBRAPA (1996-2000) E CONSULTOR EM ARACHIS SPP. NO ICRISAT-ÍNDIA
(1997).
• TRABALHEI NO INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS, ATÉ A
APOSENTADORIA (1980-2015), ONDE OCUPEI CARGOS DE COORDENADOR DO
SISTEMA DE INTRODUÇÃO E QUARENTENA DE PLANTAS, DIRETOR DO
CENTRO DE RECURSOS GENÉTICOS & JARDIM BOTÂNICO, E DIRETOR DO
CENTRO EXPERIMENTAL DE CAMPINAS.
• OCUPO ATUALMENTE OS CARGOS DE DIRETOR ADMINISTRATIVO NA
FUNDAG (2014 – 2022) E VICE - DIRETOR FINANCEIRO NA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE RECURSOS GENÉTICOS (2021-2022).
I - O princípio de tudo
II - Contextualização em RFG
III - Atividades em RFG
CURSO: CAPACITAÇÃO TÉCNICA DE USUÁRIOS DOS
RECURSOS HÍDRICOS
25.03.22
O tema de hoje é relevante pela urgência de se minimizar os
efeitos da Mudança Climática sobre a Agrobiodiversidade, pois
altera as condições meteorológicas afetando a pluviosidade,
disponibilidade de nutrientes no solo, temperatura e umidade do
ar, os ventos, etc., interferindo no crescimento, desenvolvimento,
e produtividade das plantas (FAO 2022).
Os RFG por sua vez são afetados, positiva ou negativamente
pelo clima, mas, podem ser parte da solução para a estabilidade
do “Tecido da Vida”. Nicolai I. Vavilov (1926) já sabia que nos
centros de origem das plantas cultivadas se encontraria, dentre
os acessos do germoplasma coletado, materiais com maior
resistência às intempéries (Ex.: seca, frio, pragas e moléstias, ...).
Os Recursos Fitogenéticos (RFG) no Planejamento Agrícola
Nossa TERRA surge
há
4,6 Bilhões de anos.
Do Pangea se separaram
os CONTINENTES
faz 84 Milhões de anos.
Continua com 3,5 cm/ano
(Brasil – África). John
GROTZINGER & Jordan
(2013).
Walter NEVES (2019) cita que nosso gênero HOMO surgiu
há 2,5 Milhões de anos, e teve sete (7) espécies. No entanto,
a que nos interessa aqui é a Homo sapiens que surgiu há
cerca de 200 Mil anos atrás, embora somente a subespécie
Homo sapiens sapiens tenha sobrevivido desde 35 Mil anos
atrás, enquanto as atividades de domesticação e agropecuária
surgem apenas “recentemente”, entre 16 - 10 Mil anos atrás.
LUCA 3,9
GIMNO 365
PLANTAS 500
ANGIO 140
A época geológica atual tem sido chamada de Antropoceno, pelas alterações
provocadas pelos humanos desde a década de 1970 (Will STEFFEN et al.,
2011). Porém, é relevante lembrar da “caminhada” da terra pela Via Láctea
e esta pelo universo, ao lado de outras 200 Bilhões de galáxias, movimentos
que, se alterados, levam à uma inevitável instabilidade climática!
PRÉ-MELHORAMENTO: é o
conjunto de atividades que visam à
identificação de caracteres e/ou genes
de interesse (NASS & PATERNIANI,
2000).
DOMESTICAÇÃO: é a ação
do ser humano de criar, cultivar
e dispersar spp. de animais,
microrganismos e plantas.
RECURSOS GENÉTICOS (RG) foi um termo cunhado por Otto FRANKEL & Erna K. BENNETT (1970).
Onde: RECURSOS: São os bens materiais e imateriais, oriundos do germoplasma, valoráveis para o ser humano.
GENÉTICOS: Refere-se ao material hereditário dos organismos vivos.
DOMESTICAÇÃO PRÉ-MELHORAMENTO
COLEÇÃO DE TRABALHO
Shivali SHARMA et al. 2017
RFG
1. A SÍNDROME DA DOMESTICAÇÃO
a) Aceleração na germinação das sementes;
b) Ampliação da uniformidade das estruturas, cores, sabores;
c) Aumento do número e gigantismo de sementes e frutos;
d) Diminuição no ciclo de vida (perene para anual);
e) Exclusão de compostos químicos tóxicos ou amargos;
f) Eliminação de estruturas de defesa da planta (ex: espinhos).
Para Lloyd Thomas EVANS (1993) O homem seleciona e altera as características originais da espécie através de
poucos genes, o que já dificulta a sobrevivência da planta sem a ajuda humana. Citou, também, existirem cerca
de 2.489 spp. submetidas à síndrome da domesticação. Ex de alterações provocados na planta pelo homem:
Do Teosinto ao Milho
AMPLA
BASE
GENÉTICA
ESTREITA
Exemplos de Domesticação:
2. O INÍCIO DA DOMESTICAÇÃO E DA AGRICULTURA
1 2
3
4
5
6
Vere Gordon CHILDE & Kathleen KENYON (1928) teorizam que: Depois da última Glaciação, os homens e animais procuraram os poucos
locais com plantas e água, e deste convívio surgiu a agricultura e a domesticação.
Segundo Marcel MAZOYER & Laurence ROUDART (2001) um provável início da agricultura se deu na Mesopotâmia (entre rios - Tigres e
Eufrates, Iraque - Turquia [1]), na Eurásia (Ásia Central [2]) e na América Central [3], independentemente. Há quem cite também na Oceania (em
Pápua - Nova Guiné [4]), na América do Sul (no Peru [5]), e na América do Norte (nos USA - vale do Mississipi [6]).
4. OS “ÍNDIOS” E OS RFG NO BRASIL
Geoglifos
Acre - BR
Segundo Warwick Estevan KERR (1986), nossos primeiros brasileiros
domesticaram todas espécies nativas cultiváveis que conhecemos,
desde 9 - 12 mil anos atrás. Disse que antes dos colonizadores
Europeus os índios já cultivaram cerca de 83 spp. NATIVAS (açaí,
babaçu, batata-doce, caju, mandioca,...), além de 55 spp. EXÓTICAS
(abóboras, milho, tabaco,...).
Charles Roland CLEMENT (1999) supõe que a Amazônia teria tido até
5 Milhões de habitantes, cuja população foi reduzida para 5% depois de
300 anos de colonização, provocando uma erosão genética que causou o
desaparecimento de incontáveis espécies domesticadas.
Fruta-pão: Artocarpus altilis (Park.) Forst.
Origem: Indonésia, Nova Guiné, Oceania.
Pedro Álvares
Cabral
5. A DEPENDÊNCIA HISTÓRICA DOS RFG EXÓTICOS
Os nossos colonizadores nos impuseram seus costumes alimentícios e de uso diverso de espécies vegetais agrícolas exóticas, tornando-nos
beneficiários destas novas espécies, porém dependentes de seus genes para o melhoramento. Warren DEAN (1991) cita diversas espécies
introduzidas pelos europeus como: abacate, café, carambola, dendê, fruta-pão, jaca, lichia, manga, ...
Gaspard
Coligny
Maurício
Nassau
Ricardo Oscar Vanni, Antonio Krapovickas
e Renato Pietrarelli AR
Vânia Rennó
ICRISAT - ÍNDIA
vasilhames
hermeticamente vedados.
USO
REGENERA
ÇÃO
VALORAÇÃO
AVALIAÇÃO
CARATERIZAÇÃO
CONSERVAÇÃO EX SITU
MULTIPLICAÇÃO
INFORMATIZAÇÃO
INTERCÂMBIO
COLETA
PRESERVAÇÃO IN SITU
DOCUMENTAÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO
Através da Taxonomia Botânica as plantas são identificadas, utilizando-se do Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e
Plantas. Já os nomes e o registro das cultivares é regrado pelo Código Internacional de Nomenclatura para Plantas Cultivadas.
2. CARACTERIZAÇÃO
A CARACTERICAÇÃO descreve as características dos acessos de uma cultivar, e/ou CT e/ou BAG, para possibilitar o seu uso
pelos melhoristas genéticos”. Tanto os acessos como as cultivares são caracterizados através da aplicação de Descritores.
DESCRITORES: São regras quantitativas (ex.: dimensões) e/ou qualitativas (ex.: coloração) preparadas para distinguir acessos
de um BAG, CT, ou para o Registro e Proteção de Plantas, através de numeração com 3 até 9 distinções, para os descritores:
1 = muito curto
2 = dúvida
3 = curto
4 = dúvida
5 = médio
6 = dúvida
7= grande
8 = dúvida
9 = muito grande
1. AGRONÔMICOS: Avalia o Ciclo de maturação, Época da produção,
Produção por planta, Dados do Pólen, Autofertilidade, Teor de Óleo das
sementes, Produtividade, Resistência a fatores adversos;
2. BOTÂNICOS: Organografia e Anatomia (Partes subterrâneas, caule,
ramos, folhas, flores, frutos e sementes).
3. GENÉTICOS: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...;
4. QUÍMICOS: Metabólitos secundários;
5. TECNOLÓGICOS: Aroma, Sabor, Açúcares, Acidez, Grau de
Conservação.
Descritores ECOGEOGRÁFICOS e CLIMÁTICOS determinam remotamente a diversidade e as
localizações geográficas de parentes silvestres de culturas e cultivares crioulas (REDDEN, 2013).
3. COLETA
Segundo K. HAMMER (2014) o homem sempre mostrou sua preferência de coletar e cultivar plantas de determinadas famílias
como: Poaceae e Fabaceae, seguidas por Asteraceae, e em níveis relativamente baixos por Rubiaceae e Orchidaceae, e
insignificantes pelas demais.
O Dr. J.F.M. VALLS (2005) sugere ao coletor que, ao projetar uma expedição, saiba responder às seguintes perguntas: - Quem vai
conservar? Como? Onde? Até quando? Em que estruturas? Com que garantia de manutenção da integridade genética?
Foi uma atividade essencial à alimentação de todas espécies do gênero Homo. Hoje é uma atividade que visa disponibilizar germoplasma de
plantas cultivadas e de suas parentes silvestres, com ampla base genética, aos programas de Pré-melhoramento e Melhoramento Genético, até
chegar à mesa da “dona de casa” como nova cultivar!
XV spp. constituem 80% da dieta humana
RFG = 391.000 spp. identificadas e descritas/mundo;
50.000 potencialmente alimentícias;
150 alimentam a humanidade;
AS XV DA DIETA = frutíferas (banana e coco), cereais
(arroz, trigo, milho, sorgo e cevada); raízes e tubérculos
(batata, batata-doce e mandioca); leguminosas (amendoim,
feijão e soja) plantas açucareiras (cana-de-açúcar e
beterraba). O MAIS SURPREENDENTE: De cerca de 2.500
spp. parcialmente domesticadas, somente sete: arroz, batata,
beterraba, cana-de-açúcar, milho, soja e trigo, correspondem
juntas a 55% da dieta humana [J. LEON, 1989; WALTER et
al., 2005; FAO, 2017].
O QUE COLETAR NO BRASIL?
1. SPP. NATIVAS DOMESTICADAS: abacaxi-comum, caju, cará, goiaba, guaraná,
jabuticaba, mamão, pupunha, urucum, etc.
2. SPP. NATIVAS SEMIDOMESTICADAS (ex situ): açucena, araucária, caju-anão,
camu-camu, cupuaçú, feijoa, macaúba, mangaba, pequi, pitanga, uvaia, umbu, etc.
3. SPP. NATIVAS INDOMESTICADAS: Medicinais, Ornamentais, Forrageiras,
Frutíferas (como: Myrtaceae e Sapotaceae), etc.
4. SPP. NATIVAS PARENTES DAS DOMESTICADAS: amendoim (62 Arachis spp.).
arroz: (Oryza latifólia, O. glumaepatula, O. grandiglumis e O. alta), Cana: Saccharum
(S. angustifolium, S. asperum e S. villosum), cevada: Hordeum (H. euclaston e H.
Stenostachys), capim elefante: (Pennisetum spp.), tremoço: Lupinus crotalária, ...
5. SPP. EXÓTICAS COM DIVERSIDADE LOCAL: abóboras, melancia, melão,
feijão-fava, etc.
6. SPP. PANC: cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, etc. (350
espécies, entre nativas, exóticas ou naturalizadas).
4. INTERCÂMBIO
IMPORTAÇÃO & EXPORTAÇÃO: São ações do intercâmbio ordenado e sistemático de germoplasma, para um novo local.
Segundo E.B.GERMEK (1992), desde os tempos mais remotos,..., o homem procurava em regiões longínquas os produtos de que
tinha necessidade, e desde então realizavam-se tentativas de estabelecer tais culturas nos países interessados. Germek citou também
que há um dilema do pesquisador na importação, que pode ser representado por uma balança.
LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA O INTERCÂMBIO:
IMPORTAÇÃO
1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa;
2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários;
3. Certificado Fitossanitário do país de origem.
EXPORTAÇÃO
1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas;
2. Import Permit, do país importador (Permit Label);
3. Pedido de Autorização de Exportação;
4. Certificado Fitossanitário de Origem;
5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários.
TRÂNSITO INTERNO
1. Certificado de Origem;
2. Certificado de Origem Consolidado (espécies nativas em risco de
extinção).
5. QUARENTENA
Fim Início
3 meses = anuais
6 meses = perenes
11.
ENTREGA AO
IMPORTADOR
2.
RECEPÇÃO DO
MATERIAL
3.
CONFERÊNCIA
4.
INTRODUÇÃO
5.
INSPEÇÃO PRÉ-
PLANTIO
6.
AMOSTRAGEM
8
INSPEÇÃO
PÓS-PLANTIO
7.
PLANTIO
9.
EXPURGO
DESCARTE
10.
EMISSÃO DE
LAUDOS
1.
ACEITE
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Centro de Quarentena da Embrapa
Se refere um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do próprio País,
permanecem em observação fitossanitária para evitar a entrada ou dispersão de pragas quarentenárias no Brasil.
6. PRESERVAÇÃO IN SITU : HOTSPOTS + SNUC
PROTEÇÃO INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL
1. (EE) Estação
Ecológica
2. (MN)Monumento
Natural
4. (REVIS) Refúgio
de Vida Silvestre
3. (ReBio) Reserva
Biológica
5. (PN) Parque
Nacional
1. (APA) Área de
Proteção Ambiental
2. (RESSEX) Reser.
Extrativista
4. (REFAU)
Reserva de Fauna
6. (RDS) Reserva
de Desen. Sustent.
7. (RPPN) Res.
Partic.Patrim.Natu.
3. (FLONA)
Floresta Nacional
5. (ARIE) Área de
Relevante Interesse
 Na Preservação, dois (2) biomas foram enquadrados como HOTSPOTS o Cerrado e a Mata Atlântica,
que juntos abrigam mais de 30 mil espécies de plantas endêmicas (Normam MYERS et al., 2000).
 O SNUC visa preservar espaços territoriais representativos dos ecossistemas. Segundo
Preetha BHADRA et al. (2021), em caso de mudança climática, as populações de plantas nativas
podem se mudar para territórios mais adequados, alterar seu fenótipo ou ajustar-se às novas condições.
 Todos os biomas brasileiros são vulneráveis às mudanças climáticas (PBMC, 2013).
570 Áreas de Uso Indireto, desocupadas e
inexploradas
727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e
exploradas racionalmente
BIOMAS
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Brasil é o país que mais destina territórios à proteção da
vegetação nativa e à biodiversidade [563.736.030ha], 66,3% do território nacional (AGROPECUÁRIA + SNUC + Indígenas + Exército).
7. PRESERVAÇÃO: AGROPECUÁRIA
Agropecuária
25,6%
SNUC + Indígenas
24,2%
8. PRESERVAÇÃO: MEGADIVERSIDADE
ÁSIA
China
Índia
Indonésia
Filipinas
Malásia
Nova Guiné
ÁFRICA
Zaire
Madagascar
África do Sul
OCEANIA
Austrália
AMÉRICAS
Brasil
Colômbia
Equador
México
Peru
Venezuela
USA
MEGADIVERSIDADE (MD): Refere-se ao alto índice de riqueza em espécies e endemismo, concentrado em 12 países (branco) que detêm
juntos 70% de toda diversidade do planeta (Jeffrey MCNEELY et al., 1990), ou em 17 países (branco mais rosa) como citado por (Russell
MITTERMEIER et al.,1997).
9. CONSERVAÇÃOEX SITU
2.
IN VITRO
3.
CRIOCONSERVAÇÃO
4.
IN VIVO
4.1
PESQUISA
4.C
TELADO
4.2
ON FARM
4.D RIPADO
4.B
CASA VEG.
1.
REFRIGERAÇÃO
1.1
B. BASE
1.2
B. ATIVO
1.3
COLEÇÃO
TRABALHO
4.A
CAMPO
1.4
COLEÇÃO NÚCLEO
2.1 (20 - 25)
TROPICAIS
2.2 (10 - 15)
TEMPERADAS
3.1 (-196)
LÍQUIDO
3.2 (-150)
VAPOR
1.5
COLEÇÃO
GENÔMICA
Svalbard Global Seed Vault - Noruega
CÂMARAS FRIAS
(80%)
CAMPO
(17%)
VITRO
(2%)
CONSERVAÇÃO
Jeff Bezos
Bill Gates
10. DOCUMENTAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO
DOCUMENTAÇÃO: É a atividade de Registro organizado do Banco de Dados em livros, cadernetas, fichários, e computador.
Segundo José T. ESQUINAS-ALCAZAR (1993) Um bom Sistema de Documentação é a chave para o uso dos acessos dos BAG.
INFORMATIZAÇÃO: É a atividade concretizada por um Programa Computacional abastecido pelos dados da documentação.
Sua finalidade é de: a) Registro; b) Classificação; c) Organização; d) Interpretação; e) divulgação; f) Uso facilitado.
11. USOS
Miguel GUERRA et al. (2015) diz que os RFG podem ser distinguidos segundo: a) VALOR de uso direto (Ex: recreação, turismo,
educação, ciência, etc.) e b) VALOR de uso indireto (Ex: regulação do clima, fertilidade do solo, ciclagem de nutrientes,
polinizadores, qualidade d’água e do ar, etc.). [Fotos: Variabilidade de Bambus com seus 90 gêneros] Exemplos de Usos:
 NO PAISAGISMO: Os acessos de espécies ornamentais, particularmente as nativas com distinta variabilidade fenotípica, ou espécies
agrícolas com potencial de uso ornamental, são inclusos no melhoramento, como maracujá, abacaxi, etc. (Ex.: A restauração paisagística
com espécies nativas por Roberto Burle MARX, em 1934);
 NA REGENERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: Os acessos de espécies arbustivas e herbáceas dos BAG são inclusos em projetos
de áreas degradadas, privilegiando espécies nativas de rápido crescimento e com sistema radicular profundo (Ex: amendoim
forrageiro, bambu, centrozema, cudzu-tropical, estilosantes, mucuna,...); Para arbóreas em recuperação de nascentes ou áreas
alagadas, ou vegetação ribeirinha, recomenda-se: aroeira-pimenteira, cambucá, embaúva, goiaba, guanandi, Ingá-do-brejo, pata-de-
vaca, etc. (Ex.: D. Pedro II, em 1861, com a Recomposição da Floresta da Tijuca, para salvar as nascentes d’água – RJ);
 NA AGROBIODIVERSIDADE: Os acessos de novas espécies exóticas introduzidas são aclimatados e até mesmo utilizados
diretamente caso se adaptem rapidamente. Espécies reconhecidamente resistentes à seca como milho e trigo, com cv. de crescimento
mais rápido e maturação precoce são indicadas para combater mudanças climáticas.
 NA SEGURANÇA ALIMENTAR : Os RFG são utilizados para aumentar a resiliência climática visando a produção de alimentos
incorporando novos genes em cultivares elite (Ex: arroz, feijão, mandioca, ...).
 NOS ESTUDOS DE DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO, E MELHORAMENTO GENÉTICO: Os acessos de espécies
parentes da cultivada são cruzados entre si e/ou com cultivares das domesticadas. Os acessos dos BAG são caracterizados e avaliados,
e os selecionados são incluídos nas Coleções de Trabalho dos Melhoristas Genéticos;
 NA INDÚSTRIA: Os acessos de RFG podem ser utilizados em diversas áreas como: alimentação, cosméticos, perfumes, remédios,
mobiliários, etc.
Nosso Muito Obrigado!
Este mês, em Genebra, teremos a Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre Diversidade Biológica discutindo a Estrutura
da Biodiversidade Global no Pós-2020, em preparação para a segunda parte da Conferência de Biodiversidade, a COP XV
em Kunming, China.
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  • 1. ME APRESENTANDO OBRIGADO À TODA COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO PELO CONVITE, EM ESPECIAL AO DR. ORIVALDO BRUNINI! • MESTRADO (1990) E DOUTORADO (1994) EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BOTÂNICA PELA UNESP/BOTUCATU - SP. • FUI COORDENADOR NACIONAL DE RFG (IICA/PROCISUR) INDICADO PELA EMBRAPA (1996-2000) E CONSULTOR EM ARACHIS SPP. NO ICRISAT-ÍNDIA (1997). • TRABALHEI NO INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS, ATÉ A APOSENTADORIA (1980-2015), ONDE OCUPEI CARGOS DE COORDENADOR DO SISTEMA DE INTRODUÇÃO E QUARENTENA DE PLANTAS, DIRETOR DO CENTRO DE RECURSOS GENÉTICOS & JARDIM BOTÂNICO, E DIRETOR DO CENTRO EXPERIMENTAL DE CAMPINAS. • OCUPO ATUALMENTE OS CARGOS DE DIRETOR ADMINISTRATIVO NA FUNDAG (2014 – 2022) E VICE - DIRETOR FINANCEIRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA DE RECURSOS GENÉTICOS (2021-2022).
  • 2. I - O princípio de tudo II - Contextualização em RFG III - Atividades em RFG CURSO: CAPACITAÇÃO TÉCNICA DE USUÁRIOS DOS RECURSOS HÍDRICOS 25.03.22 O tema de hoje é relevante pela urgência de se minimizar os efeitos da Mudança Climática sobre a Agrobiodiversidade, pois altera as condições meteorológicas afetando a pluviosidade, disponibilidade de nutrientes no solo, temperatura e umidade do ar, os ventos, etc., interferindo no crescimento, desenvolvimento, e produtividade das plantas (FAO 2022). Os RFG por sua vez são afetados, positiva ou negativamente pelo clima, mas, podem ser parte da solução para a estabilidade do “Tecido da Vida”. Nicolai I. Vavilov (1926) já sabia que nos centros de origem das plantas cultivadas se encontraria, dentre os acessos do germoplasma coletado, materiais com maior resistência às intempéries (Ex.: seca, frio, pragas e moléstias, ...). Os Recursos Fitogenéticos (RFG) no Planejamento Agrícola
  • 3. Nossa TERRA surge há 4,6 Bilhões de anos. Do Pangea se separaram os CONTINENTES faz 84 Milhões de anos. Continua com 3,5 cm/ano (Brasil – África). John GROTZINGER & Jordan (2013). Walter NEVES (2019) cita que nosso gênero HOMO surgiu há 2,5 Milhões de anos, e teve sete (7) espécies. No entanto, a que nos interessa aqui é a Homo sapiens que surgiu há cerca de 200 Mil anos atrás, embora somente a subespécie Homo sapiens sapiens tenha sobrevivido desde 35 Mil anos atrás, enquanto as atividades de domesticação e agropecuária surgem apenas “recentemente”, entre 16 - 10 Mil anos atrás. LUCA 3,9 GIMNO 365 PLANTAS 500 ANGIO 140 A época geológica atual tem sido chamada de Antropoceno, pelas alterações provocadas pelos humanos desde a década de 1970 (Will STEFFEN et al., 2011). Porém, é relevante lembrar da “caminhada” da terra pela Via Láctea e esta pelo universo, ao lado de outras 200 Bilhões de galáxias, movimentos que, se alterados, levam à uma inevitável instabilidade climática!
  • 4. PRÉ-MELHORAMENTO: é o conjunto de atividades que visam à identificação de caracteres e/ou genes de interesse (NASS & PATERNIANI, 2000). DOMESTICAÇÃO: é a ação do ser humano de criar, cultivar e dispersar spp. de animais, microrganismos e plantas. RECURSOS GENÉTICOS (RG) foi um termo cunhado por Otto FRANKEL & Erna K. BENNETT (1970). Onde: RECURSOS: São os bens materiais e imateriais, oriundos do germoplasma, valoráveis para o ser humano. GENÉTICOS: Refere-se ao material hereditário dos organismos vivos. DOMESTICAÇÃO PRÉ-MELHORAMENTO COLEÇÃO DE TRABALHO Shivali SHARMA et al. 2017 RFG
  • 5. 1. A SÍNDROME DA DOMESTICAÇÃO a) Aceleração na germinação das sementes; b) Ampliação da uniformidade das estruturas, cores, sabores; c) Aumento do número e gigantismo de sementes e frutos; d) Diminuição no ciclo de vida (perene para anual); e) Exclusão de compostos químicos tóxicos ou amargos; f) Eliminação de estruturas de defesa da planta (ex: espinhos). Para Lloyd Thomas EVANS (1993) O homem seleciona e altera as características originais da espécie através de poucos genes, o que já dificulta a sobrevivência da planta sem a ajuda humana. Citou, também, existirem cerca de 2.489 spp. submetidas à síndrome da domesticação. Ex de alterações provocados na planta pelo homem: Do Teosinto ao Milho AMPLA BASE GENÉTICA ESTREITA Exemplos de Domesticação:
  • 6. 2. O INÍCIO DA DOMESTICAÇÃO E DA AGRICULTURA 1 2 3 4 5 6 Vere Gordon CHILDE & Kathleen KENYON (1928) teorizam que: Depois da última Glaciação, os homens e animais procuraram os poucos locais com plantas e água, e deste convívio surgiu a agricultura e a domesticação. Segundo Marcel MAZOYER & Laurence ROUDART (2001) um provável início da agricultura se deu na Mesopotâmia (entre rios - Tigres e Eufrates, Iraque - Turquia [1]), na Eurásia (Ásia Central [2]) e na América Central [3], independentemente. Há quem cite também na Oceania (em Pápua - Nova Guiné [4]), na América do Sul (no Peru [5]), e na América do Norte (nos USA - vale do Mississipi [6]).
  • 7. 4. OS “ÍNDIOS” E OS RFG NO BRASIL Geoglifos Acre - BR Segundo Warwick Estevan KERR (1986), nossos primeiros brasileiros domesticaram todas espécies nativas cultiváveis que conhecemos, desde 9 - 12 mil anos atrás. Disse que antes dos colonizadores Europeus os índios já cultivaram cerca de 83 spp. NATIVAS (açaí, babaçu, batata-doce, caju, mandioca,...), além de 55 spp. EXÓTICAS (abóboras, milho, tabaco,...). Charles Roland CLEMENT (1999) supõe que a Amazônia teria tido até 5 Milhões de habitantes, cuja população foi reduzida para 5% depois de 300 anos de colonização, provocando uma erosão genética que causou o desaparecimento de incontáveis espécies domesticadas.
  • 8. Fruta-pão: Artocarpus altilis (Park.) Forst. Origem: Indonésia, Nova Guiné, Oceania. Pedro Álvares Cabral 5. A DEPENDÊNCIA HISTÓRICA DOS RFG EXÓTICOS Os nossos colonizadores nos impuseram seus costumes alimentícios e de uso diverso de espécies vegetais agrícolas exóticas, tornando-nos beneficiários destas novas espécies, porém dependentes de seus genes para o melhoramento. Warren DEAN (1991) cita diversas espécies introduzidas pelos europeus como: abacate, café, carambola, dendê, fruta-pão, jaca, lichia, manga, ... Gaspard Coligny Maurício Nassau
  • 9. Ricardo Oscar Vanni, Antonio Krapovickas e Renato Pietrarelli AR Vânia Rennó ICRISAT - ÍNDIA vasilhames hermeticamente vedados. USO REGENERA ÇÃO VALORAÇÃO AVALIAÇÃO CARATERIZAÇÃO CONSERVAÇÃO EX SITU MULTIPLICAÇÃO INFORMATIZAÇÃO INTERCÂMBIO COLETA PRESERVAÇÃO IN SITU DOCUMENTAÇÃO
  • 10. 1. IDENTIFICAÇÃO Através da Taxonomia Botânica as plantas são identificadas, utilizando-se do Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas. Já os nomes e o registro das cultivares é regrado pelo Código Internacional de Nomenclatura para Plantas Cultivadas.
  • 11. 2. CARACTERIZAÇÃO A CARACTERICAÇÃO descreve as características dos acessos de uma cultivar, e/ou CT e/ou BAG, para possibilitar o seu uso pelos melhoristas genéticos”. Tanto os acessos como as cultivares são caracterizados através da aplicação de Descritores. DESCRITORES: São regras quantitativas (ex.: dimensões) e/ou qualitativas (ex.: coloração) preparadas para distinguir acessos de um BAG, CT, ou para o Registro e Proteção de Plantas, através de numeração com 3 até 9 distinções, para os descritores: 1 = muito curto 2 = dúvida 3 = curto 4 = dúvida 5 = médio 6 = dúvida 7= grande 8 = dúvida 9 = muito grande 1. AGRONÔMICOS: Avalia o Ciclo de maturação, Época da produção, Produção por planta, Dados do Pólen, Autofertilidade, Teor de Óleo das sementes, Produtividade, Resistência a fatores adversos; 2. BOTÂNICOS: Organografia e Anatomia (Partes subterrâneas, caule, ramos, folhas, flores, frutos e sementes). 3. GENÉTICOS: Citologia, Isoenzimas, DNA, ...; 4. QUÍMICOS: Metabólitos secundários; 5. TECNOLÓGICOS: Aroma, Sabor, Açúcares, Acidez, Grau de Conservação. Descritores ECOGEOGRÁFICOS e CLIMÁTICOS determinam remotamente a diversidade e as localizações geográficas de parentes silvestres de culturas e cultivares crioulas (REDDEN, 2013).
  • 12. 3. COLETA Segundo K. HAMMER (2014) o homem sempre mostrou sua preferência de coletar e cultivar plantas de determinadas famílias como: Poaceae e Fabaceae, seguidas por Asteraceae, e em níveis relativamente baixos por Rubiaceae e Orchidaceae, e insignificantes pelas demais. O Dr. J.F.M. VALLS (2005) sugere ao coletor que, ao projetar uma expedição, saiba responder às seguintes perguntas: - Quem vai conservar? Como? Onde? Até quando? Em que estruturas? Com que garantia de manutenção da integridade genética? Foi uma atividade essencial à alimentação de todas espécies do gênero Homo. Hoje é uma atividade que visa disponibilizar germoplasma de plantas cultivadas e de suas parentes silvestres, com ampla base genética, aos programas de Pré-melhoramento e Melhoramento Genético, até chegar à mesa da “dona de casa” como nova cultivar! XV spp. constituem 80% da dieta humana RFG = 391.000 spp. identificadas e descritas/mundo; 50.000 potencialmente alimentícias; 150 alimentam a humanidade; AS XV DA DIETA = frutíferas (banana e coco), cereais (arroz, trigo, milho, sorgo e cevada); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca); leguminosas (amendoim, feijão e soja) plantas açucareiras (cana-de-açúcar e beterraba). O MAIS SURPREENDENTE: De cerca de 2.500 spp. parcialmente domesticadas, somente sete: arroz, batata, beterraba, cana-de-açúcar, milho, soja e trigo, correspondem juntas a 55% da dieta humana [J. LEON, 1989; WALTER et al., 2005; FAO, 2017]. O QUE COLETAR NO BRASIL? 1. SPP. NATIVAS DOMESTICADAS: abacaxi-comum, caju, cará, goiaba, guaraná, jabuticaba, mamão, pupunha, urucum, etc. 2. SPP. NATIVAS SEMIDOMESTICADAS (ex situ): açucena, araucária, caju-anão, camu-camu, cupuaçú, feijoa, macaúba, mangaba, pequi, pitanga, uvaia, umbu, etc. 3. SPP. NATIVAS INDOMESTICADAS: Medicinais, Ornamentais, Forrageiras, Frutíferas (como: Myrtaceae e Sapotaceae), etc. 4. SPP. NATIVAS PARENTES DAS DOMESTICADAS: amendoim (62 Arachis spp.). arroz: (Oryza latifólia, O. glumaepatula, O. grandiglumis e O. alta), Cana: Saccharum (S. angustifolium, S. asperum e S. villosum), cevada: Hordeum (H. euclaston e H. Stenostachys), capim elefante: (Pennisetum spp.), tremoço: Lupinus crotalária, ... 5. SPP. EXÓTICAS COM DIVERSIDADE LOCAL: abóboras, melancia, melão, feijão-fava, etc. 6. SPP. PANC: cambuci, caruru, jatobá, ora-pro-nobis, pixirica, pajurá, taioba, etc. (350 espécies, entre nativas, exóticas ou naturalizadas).
  • 13. 4. INTERCÂMBIO IMPORTAÇÃO & EXPORTAÇÃO: São ações do intercâmbio ordenado e sistemático de germoplasma, para um novo local. Segundo E.B.GERMEK (1992), desde os tempos mais remotos,..., o homem procurava em regiões longínquas os produtos de que tinha necessidade, e desde então realizavam-se tentativas de estabelecer tais culturas nos países interessados. Germek citou também que há um dilema do pesquisador na importação, que pode ser representado por uma balança. LEGISLAÇÃO VIGENTE PARA O INTERCÂMBIO: IMPORTAÇÃO 1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa; 2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários; 3. Certificado Fitossanitário do país de origem. EXPORTAÇÃO 1. Certificado Fitossanitário do Brasil e Laudo de Isenção de Pragas; 2. Import Permit, do país importador (Permit Label); 3. Pedido de Autorização de Exportação; 4. Certificado Fitossanitário de Origem; 5. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários. TRÂNSITO INTERNO 1. Certificado de Origem; 2. Certificado de Origem Consolidado (espécies nativas em risco de extinção).
  • 14. 5. QUARENTENA Fim Início 3 meses = anuais 6 meses = perenes 11. ENTREGA AO IMPORTADOR 2. RECEPÇÃO DO MATERIAL 3. CONFERÊNCIA 4. INTRODUÇÃO 5. INSPEÇÃO PRÉ- PLANTIO 6. AMOSTRAGEM 8 INSPEÇÃO PÓS-PLANTIO 7. PLANTIO 9. EXPURGO DESCARTE 10. EMISSÃO DE LAUDOS 1. ACEITE Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Centro de Quarentena da Embrapa Se refere um período de tempo durante o qual o germoplasma introduzido do exterior, ou de regiões restritas do próprio País, permanecem em observação fitossanitária para evitar a entrada ou dispersão de pragas quarentenárias no Brasil.
  • 15. 6. PRESERVAÇÃO IN SITU : HOTSPOTS + SNUC PROTEÇÃO INTEGRAL USO SUSTENTÁVEL 1. (EE) Estação Ecológica 2. (MN)Monumento Natural 4. (REVIS) Refúgio de Vida Silvestre 3. (ReBio) Reserva Biológica 5. (PN) Parque Nacional 1. (APA) Área de Proteção Ambiental 2. (RESSEX) Reser. Extrativista 4. (REFAU) Reserva de Fauna 6. (RDS) Reserva de Desen. Sustent. 7. (RPPN) Res. Partic.Patrim.Natu. 3. (FLONA) Floresta Nacional 5. (ARIE) Área de Relevante Interesse  Na Preservação, dois (2) biomas foram enquadrados como HOTSPOTS o Cerrado e a Mata Atlântica, que juntos abrigam mais de 30 mil espécies de plantas endêmicas (Normam MYERS et al., 2000).  O SNUC visa preservar espaços territoriais representativos dos ecossistemas. Segundo Preetha BHADRA et al. (2021), em caso de mudança climática, as populações de plantas nativas podem se mudar para territórios mais adequados, alterar seu fenótipo ou ajustar-se às novas condições.  Todos os biomas brasileiros são vulneráveis às mudanças climáticas (PBMC, 2013). 570 Áreas de Uso Indireto, desocupadas e inexploradas 727 Áreas de Uso Direto, ocupadas e exploradas racionalmente BIOMAS
  • 16. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Brasil é o país que mais destina territórios à proteção da vegetação nativa e à biodiversidade [563.736.030ha], 66,3% do território nacional (AGROPECUÁRIA + SNUC + Indígenas + Exército). 7. PRESERVAÇÃO: AGROPECUÁRIA Agropecuária 25,6% SNUC + Indígenas 24,2%
  • 17. 8. PRESERVAÇÃO: MEGADIVERSIDADE ÁSIA China Índia Indonésia Filipinas Malásia Nova Guiné ÁFRICA Zaire Madagascar África do Sul OCEANIA Austrália AMÉRICAS Brasil Colômbia Equador México Peru Venezuela USA MEGADIVERSIDADE (MD): Refere-se ao alto índice de riqueza em espécies e endemismo, concentrado em 12 países (branco) que detêm juntos 70% de toda diversidade do planeta (Jeffrey MCNEELY et al., 1990), ou em 17 países (branco mais rosa) como citado por (Russell MITTERMEIER et al.,1997).
  • 18. 9. CONSERVAÇÃOEX SITU 2. IN VITRO 3. CRIOCONSERVAÇÃO 4. IN VIVO 4.1 PESQUISA 4.C TELADO 4.2 ON FARM 4.D RIPADO 4.B CASA VEG. 1. REFRIGERAÇÃO 1.1 B. BASE 1.2 B. ATIVO 1.3 COLEÇÃO TRABALHO 4.A CAMPO 1.4 COLEÇÃO NÚCLEO 2.1 (20 - 25) TROPICAIS 2.2 (10 - 15) TEMPERADAS 3.1 (-196) LÍQUIDO 3.2 (-150) VAPOR 1.5 COLEÇÃO GENÔMICA Svalbard Global Seed Vault - Noruega CÂMARAS FRIAS (80%) CAMPO (17%) VITRO (2%) CONSERVAÇÃO Jeff Bezos Bill Gates
  • 19. 10. DOCUMENTAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DOCUMENTAÇÃO: É a atividade de Registro organizado do Banco de Dados em livros, cadernetas, fichários, e computador. Segundo José T. ESQUINAS-ALCAZAR (1993) Um bom Sistema de Documentação é a chave para o uso dos acessos dos BAG. INFORMATIZAÇÃO: É a atividade concretizada por um Programa Computacional abastecido pelos dados da documentação. Sua finalidade é de: a) Registro; b) Classificação; c) Organização; d) Interpretação; e) divulgação; f) Uso facilitado.
  • 20. 11. USOS Miguel GUERRA et al. (2015) diz que os RFG podem ser distinguidos segundo: a) VALOR de uso direto (Ex: recreação, turismo, educação, ciência, etc.) e b) VALOR de uso indireto (Ex: regulação do clima, fertilidade do solo, ciclagem de nutrientes, polinizadores, qualidade d’água e do ar, etc.). [Fotos: Variabilidade de Bambus com seus 90 gêneros] Exemplos de Usos:  NO PAISAGISMO: Os acessos de espécies ornamentais, particularmente as nativas com distinta variabilidade fenotípica, ou espécies agrícolas com potencial de uso ornamental, são inclusos no melhoramento, como maracujá, abacaxi, etc. (Ex.: A restauração paisagística com espécies nativas por Roberto Burle MARX, em 1934);  NA REGENERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: Os acessos de espécies arbustivas e herbáceas dos BAG são inclusos em projetos de áreas degradadas, privilegiando espécies nativas de rápido crescimento e com sistema radicular profundo (Ex: amendoim forrageiro, bambu, centrozema, cudzu-tropical, estilosantes, mucuna,...); Para arbóreas em recuperação de nascentes ou áreas alagadas, ou vegetação ribeirinha, recomenda-se: aroeira-pimenteira, cambucá, embaúva, goiaba, guanandi, Ingá-do-brejo, pata-de- vaca, etc. (Ex.: D. Pedro II, em 1861, com a Recomposição da Floresta da Tijuca, para salvar as nascentes d’água – RJ);  NA AGROBIODIVERSIDADE: Os acessos de novas espécies exóticas introduzidas são aclimatados e até mesmo utilizados diretamente caso se adaptem rapidamente. Espécies reconhecidamente resistentes à seca como milho e trigo, com cv. de crescimento mais rápido e maturação precoce são indicadas para combater mudanças climáticas.  NA SEGURANÇA ALIMENTAR : Os RFG são utilizados para aumentar a resiliência climática visando a produção de alimentos incorporando novos genes em cultivares elite (Ex: arroz, feijão, mandioca, ...).  NOS ESTUDOS DE DOMESTICAÇÃO, PRÉ-MELHORAMENTO, E MELHORAMENTO GENÉTICO: Os acessos de espécies parentes da cultivada são cruzados entre si e/ou com cultivares das domesticadas. Os acessos dos BAG são caracterizados e avaliados, e os selecionados são incluídos nas Coleções de Trabalho dos Melhoristas Genéticos;  NA INDÚSTRIA: Os acessos de RFG podem ser utilizados em diversas áreas como: alimentação, cosméticos, perfumes, remédios, mobiliários, etc.
  • 21. Nosso Muito Obrigado! Este mês, em Genebra, teremos a Convenção das Nações Unidas (ONU) sobre Diversidade Biológica discutindo a Estrutura da Biodiversidade Global no Pós-2020, em preparação para a segunda parte da Conferência de Biodiversidade, a COP XV em Kunming, China.