O documento discute a narração de histórias de vida como uma atividade transformadora do self. Ele explora como as narrativas revelam formas múltiplas de existencialidade singular e coletiva e como a identidade é um processo contínuo. Também aborda como diferentes tipos de aprendizagens e dinâmicas entre interioridade e exterioridade moldam o percurso da vida.
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A narração de histórias de vida como atividade transformadora de si
1. A narração de histórias de
vida como atividade
transformadora de si
Slides by
Profa. Ma. Raquel Salcedo Gomes
2. “As narrações centradas na formação ao longo da vida revelam
formas e sentidos múltiplos de existencialidade singular-plural,
criativa e inventiva do pensar, do agir e do viver junto.” (JOSSO, 2007, p.
413)
“[...] a questão da identidade deve ser
concebida como processo permanente de
identificação ou de diferenciação, de
definição de si mesmo, através da nossa
identidade evolutiva, um dos sinais
emergentes de fatores socioculturais visíveis
da existencialidade.” (JOSSO, 2007, p. 415-416)
Narrar é percorrer os caminhos da
memória, reconstruindo a si próprio.
3. “A existencialidade é abordada por meio de uma trama
totalmente original – porque singular – no seio de uma
humanidade partilhada.” (JOSSO, 2007, p. 420)
Quando narramos, devemos levar em conta
diferentes registros do nosso pensar, como as
crenças científicas, religiosas e esotéricas,
saberes gerais e saberes locais.
EXISTÊNCIA SINGULAR PLURAL
4. • aprendizagens existenciais: constitutivas do conhecimento de si
em nossas dimensões de ser no mundo
• aprendizagens instrumentais: reúnem os processos e
procedimentos em todos os domínios da vida prática numa
dada cultura e num dado momento histórico
• aprendizagens relacionais: as aquisições de comportamentos,
de estratégias de trocas e de comunicação com o outro, do
saber-ser em relação consigo, com o outro e com o mundo
• aprendizagens reflexivas: permitem a construção do saber-
pensar nos referenciais explicativos e compreensivos
Aprendizagens
(JOSSO, 2007, p. 422)
5. • Singularização / conformização: o ser humano está
constantemente se diferenciando de ou se conformando a
determinada ideia, ação, ponto de vista.
• Responsabilização / dependência: o sujeito pode se deixar
levar pelas lógicas coletivas, pode buscar uma
independência interativa ou sujeitar-se, no plano
relacional, econômico ou social.
• Interioridade / exterioridade: vivemos uma dinâmica
interior que vai ao encontro, com mais ou menos
felicidade, das condições do nosso meio ambiente.
Componentes dialéticos da
dinâmica do percurso da vida
(JOSSO, 2007, p. 422-423)
6. Dimensões do ser em transformação
(JOSSO, 2006, p. 480)
Ser de sensibilidades
Ser de ação Ser de emoções
Ser de carne e Ser de
atenção consciente
Ser de imaginação Ser de afetividade
Ser de cognição e de
memória
7. “[...] abordagem globalizadora e dinâmica da
construção de si como uma disponibilidade
constante à existência e, assim sendo, uma
atenção consciente ou uma escuta sensível ao
que se manifesta de nossa existencialidade no
tempo presente.” (JOSSO, 2007, p. 424)
O que é afinal a teoria das
histórias de vida?
8. As práticas de reflexão sobre si se apresentam como
laboratórios de compreensão da aprendizagem do ofício
de viver num mundo móvel, globalmente não-dominado
e, no entanto, parcialmente dominável na medida das
individualidades, que se faz e se desfaz sem cessar e que
põe em cheque a crença em uma“identidade adquirida”,
em benefício de uma existencialidade sempre em obra,
sempre em construção. (JOSSO, 2007, p. 431)
Para finalizar...
9. Referências
JOSSO, Marie-Christine. As figuras de ligação nos
relatos de formação: ligações formadoras,
deformadoras e transformadoras. In: Educação e
Pesquisa, vol. 32, no. 2, maio/ago, São Paulo,
2006.
JOSSO, Marie-Christine. A transformação de si a
partir da narração de histórias de vida. In:
Educação. Porto Alegre, ano XXX, n. 3 (63), p.
413-438, set./dez. 2007.