O documento discute a pedagogia dos multiletramentos, definindo-a como uma abordagem que valoriza a diversidade cultural e de linguagens na escola. A autora argumenta que as escolas devem adotar o plurilinguismo, a multissemiose e uma visão pluralista das culturas. Além disso, defende que os currículos escolares devem se adaptar aos multiletramentos, considerando suas características interativas, colaborativas e híbridas.
2. Questionamentos postos pela
autora
1. Por que abordar a diversidade cultural e
a diversidade de linguagens na escola?
2. Há lugar na escola para o plurilinguismo,
para a multissemiose e para uma abordagem
pluralista das culturas?
3. Por que propor uma Pedagogia dos
Multiletramentos?
4. letramentos
(múltiplos)
Aponta para:
“a multiplicidade e
variedade das práticas
letradas, valorizadas ou
não, nas sociedades em
geral” (ROJO, 2012,
p.13).
Aponta para:
“a multiplicidade cultural
das populações e a
multiplicidade semiótica
de constituição dos textos
por meio dos quais ela se
informa e se comunica”
(ROJO, 2012, p. 13).
Multiletramentos
5. Multiplicidade
de culturas
“produções culturais letradas em efetiva
circulação social, como um conjunto de textos
híbridos de diferentes letramentos
(vernaculares e dominantes), de diferentes
campos (ditos “popular/de massa/erudito”), já
eles, desde sempre, híbridos, que se
caracterizam por um processo de escolha pessoal
e política e de hibridização de produções de
diferentes “coleções”.
(ROJO, 2012, p. 13)
7. animações, stopmotions,
machinemas, animes, remixes,
mashups, videoclipes,
fanclips etc.
Novas estéticas
Modos ou semioses nos
textos em circulação
social: impressos, nas
mídias audiovisuais,
digitais ou não.
Multiplicidade de linguagens,
8. (ROJO, 2012, p. 22)
“não são as características dos
‘novos’ textos multissemióticos,
multimodais e hipermidiáticos
que colocam desafios aos leitores
(...) O desafio fica colocado pelas
nossas práticas escolares de
leitura/escrita que já eram
restritas e insuficientes mesmo
para a ‘era do impresso’”.
11. ● são interativos;
● são colaborativos;
● fraturam e transgridem
as relações de poder
estabelecidas, em
especial as relações de
propriedade;
● são híbridos,
fronteiriços, mestiços
(de linguagens, modos,
mídias e culturas).
● estrutura ou formato de
redes (hipertextos,
hipermídias).
Algumas
características
12. Computação ou colaboração nas
nuvens:
• dispensa a propriedade das
máquinas, ferramentas e
serviços;
• acesso de qualquer
lugar/dispositivo;
• sem a compra de softwares ou
pagamento de provedor.
(ROJO, 2012, p. 25)
13. 3. Por que uma “pedagogia
dos multiletramentos”?
14. Paradigma de
aprendizagem
curricular
Definição de:
Conteúdos;
Ordem fixa;
Cronograma fixo.
Aprendentes:
Determinam o que precisam
aprender de acordo com suas
atividades
Na prática:
A maioria dos alunos não
vê utilidade no que
querem que eles
aprendam.
Ordem, ritmo e tempo
adaptáveis às necessidades
dos aprendentes
Paradigma da
aprendizagem
interativa
Consulta a especialistas
18. (ROJO, 2012, p. 29)
https://telepadi.folha.uol.com.br/cartoon-lanca-tirinhas-contra-desinformacao-
alvo-de-deformadores-de-opiniao/
19.
20. Como implementar a
pedagogia dos
multiletramentos?
O que fazer quanto à
formação/remuneração/avali
ação de professores;
o que mudar (ou não) nos
currículos e referenciais,
na organização do tempo, do
espaço e da divisão
disciplinar escolar, na
seriação, nas expectativas
de aprendizagem ou
descritores de “desempenho”,
nos materiais e equipamentos
disponíveis nas escolas e
salas de aula.
(ROJO, 2012, p. 31)
21. ROJO, Roxane. Pedagogia
dos multiletramentos:
diversidade cultural e
de linguagem na escola.
In: ROJO, Roxane; MOURA,
Eduardo (Orgs.).
Multiletramentos na
escola. São Paulo:
Parábola Editorial,
2012. p. 11-31.