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MUDANÇAS DE ESTRATÉGIAS NA VIVÊNCIA DO COTIDIANO ESCOLAR.
¹
Vandréa Póvoa.
“ Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou
faça coisas que vale a pena escrever”.
( Benjamin Franklin)
INTRODUÇÃO:
Este texto tem como objetivo tratar-se do I Seminário Produção de
Conhecimento, Saberes e Formação Docente enfatiza o conteúdo “Currículo e
Ambiente ; Nomadismo e Diferença ”, trazendo como objetivo o profissional docente
como protagonista de debates, sendo autor da prática e não ficando somente nos
bastidores.(Maria Ângela de Melo Pinheiro,2007:89)
A partir da leitura do capítulo do livro Narrativas Docentes-trajetórias de
trabalhos pedagógicos, pude perceber que o docente de hoje, sente-se muito inseguro
em relatar sua prática de sala de aula, apesar de sermos considerados produtores de
conhecimento, ainda não nos apropriamos desse saber. Por isso o sentimento de
insegurança e receio.
Quando sou convidada à participar de um debate, uma mesa-redonda, um
seminário, enfim onde tenhamos que falar e expor nossa prática, logo vem a questão;
“Será que o que eu tenho a dizer, pode interessar ou contribuir com outras pessoas?”
Somente aceitando esses desafios, é que saberemos se podemos contribuir com a
prática do outro e de que maneira o outro pode acrescentar conhecimento em nosso
saber.
Neste ano, após ter tido a oportunidade de trabalhar com o Projeto Time
(Tecnologias e Mídias Interativas na Escola ), recebi alguns convites para “dar
palestras”, ou seja, contar um pouquinho do trabalho que venho realizando.Na escola
onde ministro aulas, fui convidada a participar de uma reunião de coordenadores para
falar das possibilidades de trabalho com as multimídias em diferentes faixas etárias
através deste convite, recebi um outro para participar da mostra cultural pedagógica que
acontecerá agora em novembro de 2008, para trazer diferentes estratégias de trabalho
com crianças em idade pré-escolar. Cada vez mais, vou me apropriando desse saber, é
claro que gera uma insegurança inicial , mas quando estamos lá no palco, saindo dos
bastidores (como diz o texto) e estrelando, nos sentimos mais seguros, sentindo-se
donos dos saberes, e mais ainda, podendo contribuir com a prática do outro; que muitas
vezes passa impecílio à possibilidade de trabalho.
“Portanto a escolha da Diferentes Linguagens como eixo norteador do currículo tem
relação com a concepção de que elas não são apenas comunicação ou suporte de pensamento, e sim, produções
sociais - e constituições dos sujeitos históricos – não neutras, não inocentes. Ou seja, são formas de lutas
ideológicas e de conflitos na constituição da identidade de um povo.”
Criando oportunidades para planejamentos coletivos, vamos tecendo metas,
trilhando caminhos, discutindo acertos e erros gerando conhecimento assim sendo, o
maior beneficiado, é o aluno que irá construir um conhecimento não mais solitário, mas
coletivo onde experiências ricas irão sento tecidas conjuntamente e decisões e ações
serão negociadas em grupo.
O currículo vai sendo construído e reconstruído no cotidiano visando a
multiplicidade de olhares e dando possibilidades de se trabalhar com a
interdisciplinariedade.
As estratégias de ensino vão se reformulando pensando no ser como um todo e
não mais como o conhecimento fragmentado em aulas de 45min. de determinada
matéria e passado este tempo, interrompe-se o conhecimento e se tem mais 45min. de
outro saber, não, o aluno agora é visto como um todo, levando em consideração
pensamento, sentimento, ações e emoções. Ou seja , concordando com
(Maffesoli,2001), o enriquecimento cultural é bem maior, pois está ligado à
mobilidade , à vivências, dramatizações , observações e aspectos históricos, trabalhando
o aspecto cognitivo do aluno e o aspecto afetivo.
Quando pensamos em formar cidadãos, acreditamos que é pela educação que
ensinamos todo um povo a manter viva sua identidade e ter direito a escrever sua
democracia. Assim sendo, o currículo é algo móvel (nômade), que não pode ser
estáticos, ele vai se apropriando as culturas, e é por meio das linguagens, seja,ela qual
for, é por meio da linguagem que expomos nosso conhecimento de mundo e nos
tomamos sujeitos construindo nossa identidade cultural.
“E nesse sentido, a formação permanente dos professores é fator primordial.
Professores mais atentos à mídia e as suas contribuições - que não negamos - mas atentos, especialmente , à
imposição de um único modo de encarar a vida e de expressá- la. Professores que elaboram juntos com os seus
alunos análises mais consistentes, questionando a hegemonia de uma mídia que se intitula dona da verdade. E para
isso é preciso intenção e ação, daí a necessidade de um currículo que tenha uma direção voltada para o
desenvolvimento dessa linguagem, em todos os níveis de ensino.”
O educador precisa levar em consideração a diversidade, para que a escola se
tome um espaço democrático, proporão aluno diferentes situações e experenciar
conteúdos que façam sentido na vida do mesmo, podendo mais tarde realizar escolhas
pessoais ou coletivas conscientes.
“As linguagens artísticas são indispensáveis na educação por considerarem o aluno
concreto e produtor de cultura. A arte , enquanto conhecimento e linguagem, é o registro do sentimento e
pensamento de toda a humanidade, por isso, o trabalho pedagógico com arte possibilita ao aluno perceber-se
enquanto ser único universal, parte integrante da multiculturidade da qual é feita este planeta, percebendo e
respeitando semelhanças e diferenças.”
Sob essa ótica, o professor precisa ter um espaço para avaliar-se e replanejar
constantemente, por isso defendo a importância de que o espaço da biblioteca deve ser
o local de aquecimento e ensaios para a sala de aula, novos espaços curriculares devem
ser criados, seja dentro, fora ou entorno da escola; assim sendo, o grupo irá se
fortalecendo, confiando mais um no outro e possibilitando a complementariedade e
divergência de idéias.
Dessa forma, o currículo vai sendo criado através de reflexões coletivas,
professores planejam juntos e realizam atividades conjuntas com a mesma turma, não
mais como uma sucessão de assuntos desconectados entre si.
Para acabar como o sedentarismo dentro da escola, somente sendo nômades em
estratégias de ensino, utilizar os espaços da escola como bastidores da educação para o
docente, seja ela a biblioteca ou a sala dos professores.
1 –Professora da escola E.M.E.I Adelaide e E.M.E.F Fernanda Grazielle Resende Covre, Secretaria Municipal de
Educação de Hortolândia e Projeto Tecnologias e Mídias Interativas na Escola (Time).
Vandrea MudançAs De EstratéGias Na VivêNcia Do Cortidiano Escolar

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  • 1. MUDANÇAS DE ESTRATÉGIAS NA VIVÊNCIA DO COTIDIANO ESCOLAR. ¹ Vandréa Póvoa. “ Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever”. ( Benjamin Franklin) INTRODUÇÃO: Este texto tem como objetivo tratar-se do I Seminário Produção de Conhecimento, Saberes e Formação Docente enfatiza o conteúdo “Currículo e Ambiente ; Nomadismo e Diferença ”, trazendo como objetivo o profissional docente como protagonista de debates, sendo autor da prática e não ficando somente nos bastidores.(Maria Ângela de Melo Pinheiro,2007:89) A partir da leitura do capítulo do livro Narrativas Docentes-trajetórias de trabalhos pedagógicos, pude perceber que o docente de hoje, sente-se muito inseguro em relatar sua prática de sala de aula, apesar de sermos considerados produtores de conhecimento, ainda não nos apropriamos desse saber. Por isso o sentimento de insegurança e receio. Quando sou convidada à participar de um debate, uma mesa-redonda, um seminário, enfim onde tenhamos que falar e expor nossa prática, logo vem a questão; “Será que o que eu tenho a dizer, pode interessar ou contribuir com outras pessoas?” Somente aceitando esses desafios, é que saberemos se podemos contribuir com a prática do outro e de que maneira o outro pode acrescentar conhecimento em nosso saber. Neste ano, após ter tido a oportunidade de trabalhar com o Projeto Time (Tecnologias e Mídias Interativas na Escola ), recebi alguns convites para “dar palestras”, ou seja, contar um pouquinho do trabalho que venho realizando.Na escola onde ministro aulas, fui convidada a participar de uma reunião de coordenadores para falar das possibilidades de trabalho com as multimídias em diferentes faixas etárias através deste convite, recebi um outro para participar da mostra cultural pedagógica que acontecerá agora em novembro de 2008, para trazer diferentes estratégias de trabalho com crianças em idade pré-escolar. Cada vez mais, vou me apropriando desse saber, é claro que gera uma insegurança inicial , mas quando estamos lá no palco, saindo dos bastidores (como diz o texto) e estrelando, nos sentimos mais seguros, sentindo-se donos dos saberes, e mais ainda, podendo contribuir com a prática do outro; que muitas vezes passa impecílio à possibilidade de trabalho. “Portanto a escolha da Diferentes Linguagens como eixo norteador do currículo tem relação com a concepção de que elas não são apenas comunicação ou suporte de pensamento, e sim, produções sociais - e constituições dos sujeitos históricos – não neutras, não inocentes. Ou seja, são formas de lutas ideológicas e de conflitos na constituição da identidade de um povo.” Criando oportunidades para planejamentos coletivos, vamos tecendo metas, trilhando caminhos, discutindo acertos e erros gerando conhecimento assim sendo, o maior beneficiado, é o aluno que irá construir um conhecimento não mais solitário, mas coletivo onde experiências ricas irão sento tecidas conjuntamente e decisões e ações serão negociadas em grupo.
  • 2. O currículo vai sendo construído e reconstruído no cotidiano visando a multiplicidade de olhares e dando possibilidades de se trabalhar com a interdisciplinariedade. As estratégias de ensino vão se reformulando pensando no ser como um todo e não mais como o conhecimento fragmentado em aulas de 45min. de determinada matéria e passado este tempo, interrompe-se o conhecimento e se tem mais 45min. de outro saber, não, o aluno agora é visto como um todo, levando em consideração pensamento, sentimento, ações e emoções. Ou seja , concordando com (Maffesoli,2001), o enriquecimento cultural é bem maior, pois está ligado à mobilidade , à vivências, dramatizações , observações e aspectos históricos, trabalhando o aspecto cognitivo do aluno e o aspecto afetivo. Quando pensamos em formar cidadãos, acreditamos que é pela educação que ensinamos todo um povo a manter viva sua identidade e ter direito a escrever sua democracia. Assim sendo, o currículo é algo móvel (nômade), que não pode ser estáticos, ele vai se apropriando as culturas, e é por meio das linguagens, seja,ela qual for, é por meio da linguagem que expomos nosso conhecimento de mundo e nos tomamos sujeitos construindo nossa identidade cultural. “E nesse sentido, a formação permanente dos professores é fator primordial. Professores mais atentos à mídia e as suas contribuições - que não negamos - mas atentos, especialmente , à imposição de um único modo de encarar a vida e de expressá- la. Professores que elaboram juntos com os seus alunos análises mais consistentes, questionando a hegemonia de uma mídia que se intitula dona da verdade. E para isso é preciso intenção e ação, daí a necessidade de um currículo que tenha uma direção voltada para o desenvolvimento dessa linguagem, em todos os níveis de ensino.” O educador precisa levar em consideração a diversidade, para que a escola se tome um espaço democrático, proporão aluno diferentes situações e experenciar conteúdos que façam sentido na vida do mesmo, podendo mais tarde realizar escolhas pessoais ou coletivas conscientes. “As linguagens artísticas são indispensáveis na educação por considerarem o aluno concreto e produtor de cultura. A arte , enquanto conhecimento e linguagem, é o registro do sentimento e pensamento de toda a humanidade, por isso, o trabalho pedagógico com arte possibilita ao aluno perceber-se enquanto ser único universal, parte integrante da multiculturidade da qual é feita este planeta, percebendo e respeitando semelhanças e diferenças.” Sob essa ótica, o professor precisa ter um espaço para avaliar-se e replanejar constantemente, por isso defendo a importância de que o espaço da biblioteca deve ser o local de aquecimento e ensaios para a sala de aula, novos espaços curriculares devem ser criados, seja dentro, fora ou entorno da escola; assim sendo, o grupo irá se fortalecendo, confiando mais um no outro e possibilitando a complementariedade e divergência de idéias. Dessa forma, o currículo vai sendo criado através de reflexões coletivas, professores planejam juntos e realizam atividades conjuntas com a mesma turma, não mais como uma sucessão de assuntos desconectados entre si. Para acabar como o sedentarismo dentro da escola, somente sendo nômades em estratégias de ensino, utilizar os espaços da escola como bastidores da educação para o docente, seja ela a biblioteca ou a sala dos professores. 1 –Professora da escola E.M.E.I Adelaide e E.M.E.F Fernanda Grazielle Resende Covre, Secretaria Municipal de Educação de Hortolândia e Projeto Tecnologias e Mídias Interativas na Escola (Time).