2. Ensino de Kardec
- O que é o espiritismo?
0 Dois meios podem servir para fixar as ideias sobre as questões duvidosas: o
primeiro é submeter as comunicações ao controle severo da razão, do bom
senso e da lógica. É uma recomendação que fazem todos os bons Espíritos, e
que procuram não fazer os Espíritos enganadores que sabem muito bem não
poder senão perder com um exame sério e, por isso, evitam a discussão e
querem ser acreditados sob palavra.
0 O segundo critério da verdade está na concordância do ensinamento.
Quando o mesmo princípio é ensinado sobre vários pontos, por diferentes
Espíritos e médiuns estranhos uns aos outros, e que não estão sob a mesma
influência, pode-se disso concluir que ele é mais verdadeiro que aquele que
emana de uma só fonte e se encontra em contradição com a maioria
(O Livro dos Médiuns, cap. XXVII: As contradições e as mistificações – Revista
Espírita, abril, 1864, pág. 99: Autoridade da Doutrina Espírita - A Moral do
Evangelho Segundo o Espiritismo, introdução, pág. VI).
3. Revista Espírita de Fevereiro de 1859
Escolho dos Médiuns
(...)―Os Espíritos que nos cercam não são passivos; trata-se de uma
população essencialmente inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos
influencia mau grado nosso, que nos excita ou nos dissuade, que nos
impele ao bem ou a mal, o que não nos tira o livre-arbítrio mais do que os
bons ou maus conselhos que recebemos de nossos semelhantes.
Todavia, quando os Espíritos imperfeitos instigam alguém a fazer
uma coisa má, sabem muito bem a quem se dirigir e não vão perder o
tempo onde veem que serão mal recebidos. Eles nos excitam conforme
nossas inclinações ou conforme os germes que em nós veem e de acordo
com nossa disposição em ouvi-los. Eis por que o homem firme nos
princípios do bem não lhes dá oportunidade.‖ (...)
4. (...)―Pelo próprio fato de o médium
não ser perfeito, Espíritos levianos, embusteiros e
mentirosos
podem interferir em suas comunicações, alterar-lhes a
pureza e
induzir em erro o médium e os que a ele se dirigem. Eis
aí o maior
escolho do Espiritismo e nós não lhe dissimulamos a
gravidade.
Podemos evitá-lo? Dizemos altivamente: sim, podemos.
O meio
não é difícil, exigindo apenas discernimento.‖
(...)
5. Kardec alerta:
"Reconhece-se a qualidade dos Espíritos pela sua linguagem; a
dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre
digna, nobre, lógica, isenta de contradições; respira a sabedoria,
a benevolência, a modéstia e a moral mais pura; é concisa e sem
palavras inúteis. Nos Espíritos inferiores, ignorantes, ou
orgulhosos, o vazio das ideias é quase sempre compensado pela
abundância de palavras. Todo pensamento evidentemente falso,
toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda
expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim, toda
marca de malevolência, de presunção ou de arrogância, são
sinais incontestáveis de inferioridade num Espírito."
6.
7. A Anunciação... ! ?
Por Mme. Collignon
―É transitória a época em que vos achais; em toda parte os obreiros da destruição se esforçam por derruir os antigos
monumentos, já solapados nas suas bases; outros procuram construir novos monumentos, onde se possam abrigar as almas inquietas;
mas, em geral, os que destroem não se preocupam com o que deva substituir o que for destruído; os que tratam de construir não se
mostram seguros a respeito das bases em que hajam de assentar o monumento do futuro. A vós, espíritas, é que incumbe reunir os
materiais esparsos, escolher as pedras boas para sustentarem o edifício do futuro, eliminar cuidadosamente tudo o que do tempo tenha
recebido a marca da vetustez e dispor os fundamentos do templo onde a verdade terá seus altares e donde espargirá sua luz.
Metei mãos à obra, pois que os espíritos indecisos flutuam entre a dúvida que lhes é semeada nos corações e a fé de que
precisam; seus olhos nada mais podem distinguir nas trevas de que os cercaram e buscam no horizonte uma luz que os ilumine e
sobretudo que os tranquilize. Cumpre que essa luz lhes seja mostrada, porquanto desapareceu a confiança que depositavam nos
dogmas da Igreja; falta-lhes esse apoio.
Apresentai-lhes o esteio sólido da nova revelação. "Que eles enfim reconheçam que o Cristo, a nobre e grandiosa figura que
lhes foi mostrada pairando, do alto da cruz ignominiosa, sobre o mundo, não é um mito, uma legenda. Mostrai-lhes também que os
véus em que o envolveram é que o roubaram aos olhares deles, não lhes permitindo ver mais do que uma forma indecisa, incapaz de
lhes satisfazer à razão.
Mostrai-lhes a verdade naquilo que comumente se considera mentira, conforme à palavra de quem repele os Evangelhos e o
que eles encerram. Mostrai-lhes que os milagres, proclamados maquinalmente por uns e negados por outros sistematicamente, são
atos naturais derivados do curso ordinário das leis da Natureza e cuja impossibilidade só existe na ignorância do homem relativamente
a essas leis.
A vós, pioneiros do trabalho, cabe a tarefa de preparar os caminhos, enquanto esperais que aquele que há de vir para traçar o
roteiro comece a sua obra.
Com esse objetivo nós, oh! bem-amados, vimos incitar-vos a que empreendais a explicação dos Evangelhos em espírito e
verdade, explicação que preparará a unificação das crenças entre os homens e à qual podeis dar o nome de Revelação da Revelação.
São chegados os tempos em que o espírito que vivifica substituirá a letra que produziu seus frutos, de acordo com as fases e as
condições do progresso humano, e que agora mata, se mal interpretada.
Ponde-vos à obra; trabalhai com zelo e perseverança, coragem, atividade e não esqueçais nunca que sois instrumentos de que
Deus se serve para mostrar aos homens a verdade; aceitai com simplicidade de coração e reconhecimento o que o Senhor vos dá;
tende sempre nos vossos pensamentos e atos a humildade, a caridade, a abnegação, o amor e o devotamento aos vossos irmãos e sereis
amparados e esclarecidos.
Quando todos os materiais estiverem reunidos e for chegado o momento de se tornar conhecida, de publicar-se esta obra,
destinada a congregar todos os dissidentes de boa fé, ligando-os por um pensamento
comum, sereis prevenido. Dezembro de 1861.
Mateus, Marcos, Lucas, João
Assistidos pelos apóstolos."
8. Roustainguismo - Alguns pontos:
0 O corpo fluídico de Jesus – Agênere - Jesus ―não nasceu do homem; a matéria perecível não
entrou por coisa alguma no conjunto das suas perfeições‖; ―não esperou, sepultado no seio de
uma mulher, a hora do nascimento; tudo foi aparência, imagem, no ‗nascimento‘ do mestre, na
‗gravidez‘ e no ‗parto‘ de Maria‖; ―o aparecimento de Jesus na terra foi uma aparição espírita
tangível‖; portanto, não nasceu, não viveu e não morreu, senão aparentemente, ―de maneira a
produzir ilusão‖; começou enganando a própria mãe, que ―teve completa ilusão do parto e da
maternidade‖. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 47, p. 166/67 e 243/44.)
0 A evolução espiritual se dá em duas linhas: a dos espíritos que se desviaram para o mal no início
de suas jornadas e, portanto, ficaram sujeitos às reencarnações humanas, e a dos espíritos que
nunca se afastaram do bem e, por isto, evoluem pelos mundos etéreos, em linha reta, após
superarem os reinos inferiores, como se o homem não fosse acontecimento natural, mas desastre
espirítico. Estes mesmos espíritos bons, contudo, são passíveis de cometer um destes três
―pecados‖: o ciúme, a inveja e o ateísmo; quando, então, cometem um deles, são obrigados a
encarnar em ―substâncias humanas‖, descritas — pasmem — como ―larvas informes‖ e
chamadas ―criptógamos carnudos‖, ―uma massa quase inerte, de matérias moles e pouco
agregadas, que rasteja ou antes desliza, tendo os membros, por assim dizer, em estado latente‖.
(Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 57 a n. 59, p. 307-313.)
9. 0 “A encarnação humana não é uma necessidade, é um castigo; [...] em princípio, é apenas
consequente à primeira falta, àquela que deu causa à queda‖. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 59,
p. 317 e 324.) Por isto, Roustaing submete um texto de Kardec, da Revista Espírita de junho de
1863 (Do Princípio da Não Retrogradação dos Espíritos), ao exame dos seus ―evangelistas‖, que
concluem dizendo que os que pensam ser a encarnação uma necessidade geral (Kardec à frente)
―ainda não foram esclarecidos, ou não refletiram bastante‖. (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 59, p.
321.)
0 ―[...] o Espírito que, desde a sua origem, progrediu sem se afastar nunca do caminho que lhe é
traçado, está sempre mais adiantado em ciência universal do que outro que se purificou depois de
haver falido. Ora, naturalmente aos mais adiantados devem tocar as missões mais importantes no
universo.‖ (Os Quatro Evangelhos, Vol. I, n. 60, p. 330.)
10. 0 N. 58. Haveis dito que os Espíritos destinados a ser humanizados, por terem errado
muito gravemente, são lançados nas terras primitivas, virgens ainda do aparecimento
do homem, do reino humano, mas preparadas e prontas para essas encarnações e
que aí encarnam em substâncias humanas, às quais não se pode dar propriamente o
nome de corpos, nas condições de macho e fêmea, aptos para a procriação e para a
reprodução. Quais as condições dessas substâncias humanas?
0 São corpos rudimentares. O homem aporta a essas terras no estado de esboço, como
tudo que se forma nas terras primitivas. O macho e a fêmea não são nem desenvolvidos,
nem fortes, nem inteligentes. Mal se arrastando nos seus grosseiros invólucros, vivem,
como os animais, do que encontram no solo e lhes convenha. As árvores e o terreno
produzem abundantemente para a nutrição de cada espécie. Os animais carnívoros não
os caçam. A previdência do Senhor vela pela conservação de todos. Seus únicos
instintos são os da alimentação e os da reprodução. As gerações se sucedem
desenvolvendo-se. As formas se vão alongando e tornando aptas a prover às
necessidades que se multiplicam. Mas, não é nossa tarefa traçar aqui a história da
Criação. O Espírito vai habitar corpos formados de substâncias contidas nas matérias
constitutivas do planeta. Esses corpos não são aparelhados como os vossos, porém os
elementos que os compõem se acham dispostos por maneira que o Espírito os possa
usar e aperfeiçoar. Não poderíamos compará-los melhor do que a criptógamos
carnudos. Podeis formar idéia da criação humana, estudando essas larvas informes
que vegetam em certas plantas, particularmente nos lírios. São massa, quase inerte, de
matérias moles e pouco agregadas, que rasteja, ou antes desliza, tendo os membros, por
assim dizer, em estado latente. Eis, oh! homem, a tua origem, o teu ponto de partida,
quando o orgulho, a inveja, o ateísmo, surgindo mesmo no centro da luz, a indocilidade
11. Opinião de Kardec sobre Os Quadros Evangelhos
Essa obra compreende a explicação e a interpretação dos Evangelhos, artigo por artigo, com a ajuda de
comunicações ditadas pelos Espíritos. É um trabalho considerável e que tem, para os Espíritas, o mérito de não
estar, em nenhum ponto, em contradição com a doutrina ensinada pelo Livro dos Espíritos e o dos Médiuns. As
partes correspondentes às que tratamos no Evangelho Segundo o Espiritismo o são em sentido análogo. Aliás,
como nos limitamos às máximas morais que, com raras exceções, são claras, estas não poderiam ser
interpretadas de diversas maneiras; assim, jamais foram assunto para controvérsias religiosas. Por esta razão é
que por aí começamos, a fim de ser aceito sem contestação, esperando, quanto ao resto, que a opinião geral
estivesse mais familiarizada com a Idéia espírita.
O autor desta nova obra julgou dever seguir um outro caminho. Em vez de proceder por gradação, quis
atingir o fim de um salto. Assim, tratou certas questões que não tínhamos julgado oportuno abordar ainda e das
quais, por consequência, lhe deixamos a responsabilidade, como aos Espíritos que as comentaram.
Consequente com o nosso princípio, que consiste em regular a nossa marcha pelo desenvolvimento da opinião,
até nova ordem não daremos às suas teorias nem aprovação nem desaprovação, deixando ao tempo o trabalho
de as sancionar ou as contraditar. Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais dos
Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas e que, em todo o caso, necessitam da
sanção do controle universal, e, até mais ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes
integrantes da doutrina espírita.
12. Quando tratarmos destas questões fa-lo-emos decididamente. Mas é que então teremos recolhido documentos bastante
numerosos nos ensinos dados de todos os lados pelos Espíritos, a fim de poder falar afirmativamente e ter a certeza de estar de
acordo com a maioria. É assim que temos feito, todas as vezes que se trata de formular um princípio capital. Dissemo-lo cem
vezes, para nós a opinião de um Espírito, seja qual for o nome que traga, tem apenas o valor de uma opinião individual. Nosso
critério está na concordância universal, corroborada por uma rigorosa lógica, para as coisas que não podemos controlar com os
próprios olhos. De que nos serviria dar prematuramente uma doutrina como uma verdade absoluta se, mais tarde, devesse ser
combatida pela generalidade dos Espiritas?
Dissemos que o livro do Sr. Roustaing não se afasta dos princípios do Livro dos Espíritos e do dos médiuns. Nossas
observações são feitas sobre a aplicação desses mesmos princípios à interpretação de certos fatos. É assim, por exemplo, que dá
ao Cristo, em vez de um corpo carnal, um corpo fluídico concretizado, com todas as aparências da materialidade e de fato um
agênere. Aos olhos dos homens que não tivessem então podido compreender sua natureza espiritual, deve ter passado em
aparência, expressão incessantemente repetida no curso de toda a obra, para todas as vicissitudes da humanidade. Assim seria
explicado o mistério de seu nascimento. Maria teria tido apenas as aparências da gravidez. Posto como premissa e pedra angular,
este ponto é a base em que se apoia para a explicação de todos os fatos extraordinários ou miraculosos da vida de Jesus.
Nisso nada há de materialmente impossível para quem quer que conheça as propriedades do envoltório perispirital. Sem
nos pronunciarmos pró ou contra essa teoria, diremos que ela é, pelo menos, hipotética, e que se um dia fosse reconhecida errada,
em falta de base todo o edifício desabaria. Esperamos, pois, os numerosos comentários que ela não deixará de provocar da parte
dos Espíritos, e que contribuirão para elucidar a questão. Sem a prejulgar, diremos que já foram feitas objeções sérias a essa
teoria e que, em nossa opinião, os fatos podem perfeitamente ser explicados sem sair das condições da humanidade corporal.
Essas observações, subordinadas à sanção do futuro, em nada diminuem a importância da obra que, ao lado de coisas
duvidosas, em nosso ponto de vista, encerra outras incontestavelmente boas e verdadeiras, e será consultada com fruto pelos
Espíritas sérios.
Se o fundo de um livro é o principal, a forma não é para desdenhar e contribui com algo para o sucesso. Achamos que
certas partes são desenvolvidas muito extensamente, sem proveito para a clareza. A nosso ver, se, limitando-se ao estritamente
necessário a obra poderia ter sido reduzida a dois, ou mesmo a um só volume e teria ganho em popularidade.
(Allan Kardec, "Revista Espírita", ed. Julho de 1866 - Ed. Edicel)
13. Opinião de Dr. Bezerra de Menezes, quando encarnado,
sobre a obra "Os Quatro Evangelhos"
"O Espiritismo não é, com julgam os padres ser a revelação messiânica, a última palavra sobre as verdades que Deus, em seu amor
pela humanidade, faz baixar do céu à Terra.
Enquanto o homem não chegar ao último grau da perfeição intelectual, o de penetrar todas as leis da criação, a revelação não chegará
a seu termo, pois que ela é progressivamente mais ampla, na medida do desenvolvimento da faculdade compreensiva do homem.
O Espiritismo, pois, tendo dado mais do que as anteriores revelações, muito terá ainda que dar, porque muito terá ainda que progredir
a humanidade terrestre.
Allan Kardec, Espírito preposto por Jesus para reunir em um corpo de doutrina ensinos confiados, pelo mesmo Jesus, ao Espírito da
Verdade, constituído por uma legião de Altíssimos Espíritos, só apanhou o que estes deram - e estes só deram o que era compatível
com a compreensão atual do homem terreal.
Mas o homem, como já foi dito, não cessa de desenvolver a sua faculdade compreensiva e, pois, os principais fundamentos da
revelação espírita, compreendidos nas obras fundamentais de Allan Kardec, tendem constantemente a se alargar em extensão e
compreensão, como ele mesmo veio alargar os princípios fundamentais do ensino ou revelação messiânica - e como esta veio alargar
os da revelação mosaica.
A Allan Kardec sobrevivem outros missionários da verdade eterna que, sem destruir a obra feita, porque esta é firmada na lei e a lei é
imutável, darão mais luz, para mais largo conhecimento das faces mais obscuras daquela verdade.
Eis aí que já apareceu Roustaing, o mais moderno missionário da lei, que em muitos pontos vai além de Allan Kardec, porque é
inspirado como este, mas teve por missão dizer o que este não podia, em razão do atraso da humanidade.
Não divergem no que é essencial, mas sim nos modos de compreender a verdade, porque esta, sendo absoluta, nos aparece sob mil
fases relativas - relativas ao nosso grau de adiantamento intelectual e moral, que um não pode dispensar o outro, como as asas de um
pássaro não se podem dispensar, para o fim de ele se elevar às alturas.
Roustaing confirma o que ensina Allan Kardec, porém adianta mais que este, pela razão que já foi exposta acima.
É, pois, um livro precioso e sagrado o de Roustaing..."
(Bezerra de Menezes - em "A Gazeta de Notícias, de 22/04/1897, respondendo a um leitor acerca da obra "Elucidações
Evangélicas", de Antônio Luiz Sayão, que resume num único volume o conteúdo da obra de Roustaing)
14.
15. Breve Biografia
0 Em 1910, na cidade natal, iniciou estudos sobre religiões e filosofias, demorando-se mais nos conhecimentos orientais, mais ricos de
ensinamentos e de tradições. Em 1921, comandando na cidade de Amparo, entrou para a Maçonaria, para conhecimento desse setor tradicional,
deixando de frequentá-la alguns anos depois, no grau de mestre.
Regressando à capital, fez contatos pessoais com líderes esoteristas, ocultistas e espíritas, entre outros Krishnamurti, Krum Heler,
Jenerajadasa, Raul Silva (sobrinho de Batuíra) e o famoso médium Mirabelli, então em franco destaque no setor de efeitos físicos.
Dessa data até 1935, os acontecimentos políticos do país absorveram-no nas funções militares no Estado e fora dele. Em 1936 concorreu a formar,
a convite de Canuto Abreu, um grupo de estudos e praticas espirituais, que funcionava na residência do referido Canuto, nessa época visitou vários
Centros Espíritas particulares, que se dedicavam exclusivamente a trabalhos de efeitos físicos nos arrabaldes da capital, todos animados pelos
resultados notáveis obtidos pela família Prado, em Belém do Pará.
Lera, a essa altura, grande parte da literatura espírita e, um domingo à tarde, anos mais tarde (1939), passando pela rua do Carmo, notou
aglomeração à porta da Associação das Classes Laboriosas; indagando, soube que ali estava se realizando uma comemoração de Kardec. Entrou e
assistiu parte dela, ali vendo e ouvindo alguns líderes espíritas antigos, estando também presente o médium Chico Xavier, que apenas iniciava sua
tarefa mediúnica, que nessa reunião recebeu um livreto intitulado Palavras do Infinito, de Humberto de Campos, contendo mensagens avulsas de
entidades desencarnadas, distribuído pela recém-formada Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Em 1939, já estando licenciado para reforma do serviço ativo, passou pela rua Maria Paula, para onde a Federação havia se mudado há
poucos dias e, vendo à porta uma placa com o letreiro "Casa dos Espíritas do Brasil", entrou, sendo muito bem recebido, no corredor, pelo confrade
João dos Santos, e por este apresentado a outros que ali se encontravam, com os quais palestrou algum tempo, sendo em seguida, convidado a
colaborar, convite que aceitou. Dias depois, recebeu um memorando assinado por Américo Montagnini, presidente recém-eleito, comunicando
haver sido eleito para o cargo de secretário-geral da Federação. Com essa eleição imprevista, fechou-se o círculo de sua integração no Espiritismo,
sendo o primeiro ato de uma série de árduos e prolongados trabalhos, somente encerrados quando, por moléstia e velhice, retirou-se da
Administração da Casa em 1967.
Como a Federação apenas se instalara naquele prédio, adaptado para sua sede própria, nada encontrou organizado ou em funcionamento
regular, estando tudo por fazer, em todos os setores. João Batista Pereira, na eleição então realizada, deixara a presidência para Américo
Montagnini e na sigla "Casa do Espíritas do Brasil" se fundiram a Sociedade Espírita São Pedro e São Paulo, até então dirigida pelo Dr. Augusto
Militão Pacheco, a Sociedade de Metapsíquica de São Paulo, dirigida pelo dr. Shalders (que era um desdobramento do grupo de estudos de 1936) e
a própria Federação.
O primeiro contato mediúnico na Casa foi com o auxílio da médium particular Sra. N. A., esposa de um tabelião da capital, e foi por ela
que dr. Bezerra (na ocasião assumindo a direção espiritual da Casa) transmitiu a frase conhecida: "No mundo, o Brasil; no Brasil, esta terra que tem
o nome do grande apóstolo; e aqui, esta nossa casa, que será um farol a iluminar a Humanidade".
16. 0 Naqueles primeiros dias, predominavam por toda parte os efeitos físicos e era marcante a falta de médiuns de confiança para o
intercâmbio com o Plano Espiritual Superior; atendendo a um pedido, o Espírito Bezerra de Menezes prometeu sanar a lacuna;
passados poucos meses, apareceu na Casa um rapaz moreno escuro, que se dizia graxeiro da Sorocabana, em Assis, e médium de
incorporação. Submetido a uma prova, satisfez plenamente. Chamava-se Ary Casadio e ficou combinada sua mudança para a capital,
sob a proteção da Casa, onde ficou alojado. Mais tarde, trouxe esposa e filhos pequenos e se dedicou inteiramente aos trabalhos da
Casa, prestando durante longo tempo ótimos serviços, tanto internos como externos, em ocasiões solenes e em trabalhos práticos,
inclusive depois dos congressos de unificação realizados a partir de 1947, acompanhando, inclusive, como médium, a Caravana da
Solidariedade, que viajou por vários estados do País, na propaganda da unificação doutrinária. Para melhorar as condições da família,
arranjou-se-lhe um emprego no Tribunal de Justiça, como escrevente; bem mais tarde formou-se em Direito e abandonou o serviço por
conveniência familiar, mudando-se para Osasco.
O Grupo funcionou bem até 1950, data em que foi dissolvido por não haver concordado com a criação da Escola de Aprendizes
do Evangelho, exceto dois membros: Paulo Vergueiro e Carlos Jordão, que fora convidado e passou a fazer parte do Grupo nos últimos
dois anos.
Durante suas reuniões, duas coisas importantes aconteceram: 1) Manifestou-se pela primeira vez a entidade feminina designada
pelo nome de "Castelã", que a partir de então, dispensou ao Grupo valiosíssima colaboração e 12 anos mais tarde, em 1953, pelo
médium Divaldo, se identificou como protetora pessoal do comandante, tendo sido, na Itália papal, rainha de Nápoles, em 1481, como
Margarida de Médicis. 2) Em uma de suas reuniões, em 1941, surgiu de improviso um médium desconhecido, jovem, que se dizia
médico e se chama Élio.
Foi nesta imprevista reunião que foram feitos os primeiros contatos com Ismael, o preposto de Jesus para a condução espiritual
do Brasil, o qual, incorporado no referido médium e sob controle do vidente Verri, transmitiu suas primeiras instruções ao comandante,
investindo-o na tarefa de dirigir a Federação, estabelecendo a prevalência do Espiritismo Evangélico e construindo, oportunamente, as
bases para o êxito desse transcendente empreendimento espiritual.
E como o comandante alegasse que isso era tarefa não para um, mas para muitos, Ismael respondeu dizendo: "Você foi o escolhido e
aqui será o chefe; e terá todo nosso apoio enquanto for fiel ao programa que estabelecemos, com toda liberdade para realizá-lo".
O comandante ponderou mais uma vez que estava apenas iniciando a organização da Casa, estando quase que só, ao que Ismael
respondeu, abrindo os braços e mostrando ao vidente uma vasta planície a perder-se no horizonte e toda tomada por guerreiros vestidos
de armaduras antigas, cobertos de capacetes brilhantes: ―Não estarás só; terás o apoio de todos‖; e repetindo energicamente a frase e
entregando-lhe um montante luminoso (espada antiga manejada com as duas mãos): "Aqui serás o chefe e esta é a espada do
comando".
E rematou a entrevista dizendo: ―Para te auxiliar nos primeiros dias como conselheiros e elementos de ligação conosco,
colocaremos junto a ti três companheiros valorosos. Este, disse apontando o primeiro deles, chamarás Lorenense; este, mostrando o
segundo, chamarás Lusitano; e este, apontando o terceiro, chamarás Britânico‖.
17.
18. Aliança Espírita e Federação Espírita
0 26/06/2003 - Por que a disciplina dos centros da aliança espírita é mais rigorosa que outros centros? Qual a diferença entre
Edgar Armond e Allan Kardec? Qual a diferença entre a Federação Espírita e Aliança Espírita?
0 Os centros espíritas são instituições livres, que quando adotam a orientação Kardecista, se obrigam a ser coerentes com o
que ensinou Allan Kardec. Maior ou menor rigor nesta ou noutra face das atividades dos centros, dependem de cada
diretoria.
0 Não sabemos no que a Aliança Espírita Evangélica é mais rigorosa, pois não conhecemos a sua intimidade. Sabemos sim, que
eles tem em alta conta os evangelhos, e acham que através dos evangelhos que o mundo pode se regenerar.
0 Há um estímulo muito forte para o que eles chamam de reforma íntima. Allan Kardec foi o codificador do Espiritismo, mas
não foi apenas isto, pois ele foi também, elaborador, construtor da doutrina, juntamente com os espíritos superiores. Edgard
Armond foi um seguidor do Espiritismo. Grande organizador, fez todo o plano das escolas da Federação Espírita do Estado
de São Paulo, dando a impulsão para as escolas de espiritismo que depois surgiram em muitos lugares.
0 A sua tese no 1º Congresso Espírita do Estado de São Paulo, em 1947, foi vitoriosa e dali nasceu a União Social Espírita, que
se transformou mais tarde em União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.
0 Foi o criador da Aliança Espírita Evangélica, juntamente com alguns dos seus mais diretos colaboradores. Entretanto, Edgard
Armond tinha grande conhecimento das doutrinas orientalistas e há os que o acusam de orientalizar o Espiritismo.
0 Criou os passes padronizados e os denominou Pasteur 1 – 2 – 3 etc – sendo cada tipo de passes, com inúmeros movimentos
das mãos, para cada tipo de problema. Tanto a FEESP como a Aliança são entidades que federam centros espíritas e colocam
nos centros federados os seus modelos de Doutrina e os seu cursos de Espiritismo.
0 Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/p0925.html
19.
20. Breve Biografia
0 Viveu uma encarnação física na antiga Lemúria, cujos registros se perderam no tempo, sobre a qual não se tem maiores
informações.
0 Ramatís viveu depois encarnado na Atlântida há 28 mil anos, ao tempo de Antúlio de Maha-Ethel, quando pertenceu à classe
sacerdotal, na figura do grande filósofo Shy Ramat, integrante de um dos santuários da época, o Templo do Sol e da Paz,
onde foi contemporâneo do Espírito que mais tarde seria conhecido sob o pseudônimo de Allan Kardec, o posterior
codificador do Espiritismo, que então era profundamente dedicado à matemática e às chamadas ciências positivas.
0 Foi então um iniciado nos conhecimentos ocultos da Aumbandhã, a Lei Maior Divina, Sabedoria Secreta ou Conhecimento
Integral, sistema religioso-filosófico-científico setenário esotérico, cultuado nos Templos da Luz atlantes, trazido de outras
constelações do infinito cósmico para contribuir com a evolução da humanidade terrena, e que embasou as filosofias
espiritualistas posteriormente formadas, principalmente as filosofias herméticas.
0 No século XIV a.C, no antigo Egito, Ramatís foi o grão-sacerdote Merí Rá, no reinado do faraó Amenhotep IV (1372 a.C –
1354 a.C), promotor de uma grande reforma religiosa, substituindo as antigas divindades do panteão egípcio pelo culto
monoteísta a Aton, o disco solar, tendo mudado seu próprio nome para Akhenaton.
0 Nessa ocasião, Merí Rá teve a oportunidade de salvar da execução sumária um modesto aguadeiro, que, inadvertidamente,
respingou água nas sandálias de uma dama da nobreza egípcia, assumindo para si a sua tutela perante o faraó, e que, mais
tarde, reencarnou na figura de seu médium Hercílio Maes.
0 Posteriormente, em nova passagem pelo Egito, Ramatís teve outro encontro encarnatório com Kardec, que foi então o
sacerdote Amenófis, médico e estudioso do ―Livro dos Mortos‖ e dos fenômenos do Além, ao tempo do faraó Merneftá
(1225 a.C. – 1215 a.C), filho de Ramsés II.
0 Segundo o mestre Hilarion de Monte Nebo, e outros sublimes mensageiros espirituais, Ramatís ainda viveu anteriormente na
figura de Essen, filho de Moisés e fundador da Fraternidade Essênia, fiel seguidora dos ensinamentos Kobdas; mais tarde,
viveu na Hebréia sob a roupagem de Nathan, o grande conselheiro de Salomão. (...)
0 Fonte: http://www.fraternidaderamatis.org/novo/component/content/article/35-conteudo-geral/53-quemehramatis.html
21. Pensamentos de Ramatis e da doutrina Espírita
1- Astrologia:
Doutrina Espírita – Kardec deixa bem claro a posição do Espiritismo em ―A Gênese‖ e há respostas dos espíritos indicando claramente que essa é uma
crença supersticiosa e sem fundamento. O Espiritismo se baseia no livre-arbítrio;
Ramatis – Aceita a astrologia plenamente, e diz ainda que Jesus teve que esperar uma conjunção astrológica em Peixes para vir à Terra.
2- Jesus
DE – O modelo e guia da humanidade. Espírito perfeito. O Cristo, o Ungido;
Ramatis – Um espírito que, embora superior, foi um aprendiz dos essênios, tendo inclusive encarnado outras vezes na Terra. Numa dessas
encarnações, segundo Ramatis, Jesus fora Antúlio de Maha-Ettel, líder da mitológica Atlântida. Para Ramatis, Jesus não é o Cristo, mas um médium do
mesmo;
3- Métodos Contraceptivos
DE – Só é prejudicial se utilizado para satisfação da sensualidade, o que seria sinal de egoísmo. Apóia o planejamento familiar;
Ramatis- Condenados todos. Para o casal não ter filhos, tem que praticar a abstinência. Sexo só foi feito para procriação. Todo casal tem que ter, no
mínimo, quatro filhos para estar quite com a lei;
4- Fim dos tempos
DE – Não acredita. Fala de uma renovação gradual através do avanço moral da humanidade. Fala em convulsões sociais, embates de idéias como sinais
da renovação futura;
Ramatis – Aposta em um cataclisma de proporções globais, com elevação abrupta do eixo da Terra, que ceifará a vida de 2/3 da população. Após essa
hecatombe, a Terra se tornará um planeta mais adiantado. Um suposto astro intruso, vulgarmente apelidado de ―planeta chupão‖, causaria tal destruição;
5 – Vegetarianismo
DE – Deixa-nos à vontade para escolher, embora alerte em relação a crueldade com os animais. Deixa a entender que essa será uma opção predominante
no futuro, mas que não representa uma transgressão ―uma vez que a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece‖.
Ramatis – O consumo de carne é um grave erro do ponto de vista espiritual, além de causar prejuízos à saúde.
6- Incensos, defumadores, amuletos, talismãs, ação de objetos materiais sobre os espíritos e sobre os fluidos
DE – Não admite qualquer ação da matéria sobre os espíritos ou sobre os fluidos ambiente;
Ramatis – Os defumadores e incensos são ―detonadores de miasmas astralinos‖, i.é, teriam efeito sobre os fluidos ambiente. A palavra AUM, quando
pronunciada, nos ligaria ao Cristo Planetário;
7 – Médiuns Receitistas e médiuns curadores
DE – O médium receitista é psicógrafo;
Ramatis – O médium receitista é curador;
8 – Planeta Marte e vida extraterrestre
DE – Não se imiscui em questões que dizem respeito aos esforços da ciência humana. Espíritos podem trazer contribuições esporádicas, que no entanto
deverão aguardar confirmação para serem plenamente aceitas;
Ramatis – Descreve vida material em Marte, com existência de vegetação abundante, oceanos, mares e florestas. Vai além e arrisca ―revelar‖ a existência
de 12 planetas no Sistema Solar, que comporiam a côrte dos ―dozes apóstolos planetários do Cristo Solar‖.
22. Mais alguns conceitos e ideias de Ramatis:
1- As plantas carnívoras possuem o eterismo (?) empregado de desejos e de paixão, porque elas participam do sexto mundo
astral, que é a dos desejos e que precede o mundo etéreo. (in “Mensagens do Astral”, p.269)
2- A órbita do planeta que teria destruído a Terra até 1999 é de 6.666 anos. (Ele previu a data da destruição, mas nada
aconteceu) (idem)
3- Marcianos teriam atirado contra um caça americano F-15 e o reencarnado em Marte para compensar. (“O Planeta Marte e os
Discos Voadores”)
4- Os essênios já conheciam o Espiritismo. (“O Sublime Peregrino”)
5- Aqueles que não alcançam uma evolução razoável na Terra no período exato de 2160 anos são exilados para outro orbe.
(Mensagens do astral, p.255)
6- Ramatis prevê uma guerra com emprego de armas atômicas no último terço do séc. XX entre os dois continentes mais
poderosos (quais?) (“Mensagens…”, p. 230)
7- Até o ano 2000, os pólos estariam livres do gelo. (idem, p.228)
8- Gigantes (pessoas altas?) são provenientes dos satélites jupiterianos, enquanto os anões são antigos emigrados do satélite de
Marte. (idem, p.212)
9 – O espírito do homem é um fragmento do espírito de Deus. (idem, p.207)
10- Rituais, mantras, etc. são meios de se alcançar o “Cristo Planetário”. (idem, p. 302)
11- Júpiter é descrito por Ramatis como um planeta de substância rígida, contundente, enquanto, na verdade, é um planeta
eminentemente gasoso. (“A Vida no Planeta Marte”, cap. V)
12- A calvície masculina e feminina seria causada pelo não acompanhamento das fases da Lua para o corte. (“Magia de
Redenção”)
Fonte: studosespiritas-milsoliva.blogspot.com.br/2011/04/diferencas-entre-ramatis-e-doutrina.html
23. Herculano Pires escreve sobre Ramatis
Além das confusões habituais entre Umbanda e Espiritismo, Esoterismo, Teosofia, Ocultismo e Espiritismo, há outras formas de
confusão que vêm sendo amplamente espalhadas no meio espírita. São as confusões de origem mediúnica, oriundas de comunicações
de espíritos que se apresentam como grandes instrutores, dando sempre respostas e informações sobre todas as questões que lhes
forem propostas. Um exemplo marcante é o de Ramatis, cujas mensagens vêm sendo fartamente distribuídas.
Qualquer estudioso da Doutrina percebe logo que se trata de um espírito pseudo-sábio, segundo a “escala espírita” de Kardec. Não
obstante, suas mensagens estão assumindo o papel de sucedâneos das obras doutrinárias, levando até mesmo oradores espíritas a
fazerem afirmações ridículas em suas palestras, com evidente prejuízo para o bom conceito do movimento espírita.
Não é de hoje que existem mensagens dessa espécie. Desde todos os tempos, espíritos mistificadores, os falsos profetas da
erraticidade, como dizia Kardec, e espíritos pseudo-sábios, que se julgam grandes missionários, trabalham, consciente ou
inconscientemente, na ingrata tarefa de ridicularizar o Espiritismo. Mas a responsabilidade dos que aceitam e divulgam essas
mensagens não é menor do que a dos espíritos que as transmitem.
Por isso mesmo, é necessário que os confrades esclarecidos não cruzem os braços diante dessas ondas de perturbação, procurando
abrir os olhos dos que facilmente se deixam levar por elas.
O Espiritismo é uma doutrina de bom senso, de equilíbrio, de esclarecimento positivo dos problemas espirituais, e não de hipóteses
sem base ou de suposições imaginosas. As linhas seguras da Doutrina estão na Codificação Kardeciana.
Não devemos nos esquecer de que a Codificação representa o cumprimento da promessa evangélica do Consolador, que veio na hora
precisa.
Deixar de lado a Codificação, para aceitar novidades confusas, é simples temeridade. Tanto mais quando essas novidades, como no
caso de Ramatis, são mais velhas do que a própria Codificação.”
24.
25. Princípios da Obra de Pietro
Ubaldi
0
0 1) “O primeiro dever de qualquer movimento que nasce é orientar, claramente, seu pensamento e declarar com sinceridade seus objetivos : uma
linha de conduta segundo princípios aos quais, depois, deverá permanecer fiel.
0 2) O que importa não é a pessoa, mas a ideia.
0 3) Todos nós temos o dever do exemplo, primeiro dever, somente com o qual se podem pregar quaisquer princípios, demonstrando, antes com
fatos que com palavras, que eles podem ser vividos.
0 4) Oferecer, nunca impor a verdade. Eis o patrimônio espiritual de cada consciência. Nunca introduzir-se na alma alheia com a violência da
argumentação, numa guerra de ideias, para subjugar o semelhante; antes, procurar todos os meios de comunicação que conduzam à compreensão.
0 5) A nova era é a da bondade na compreensão recíproca: da convicção de todos no seio de um mesmo Deus: é a era do amor. O princípio é:
procurar o que une e evitar o que divide.
0 6) Evitar o espírito de polêmica, pois este é considerado como expressão na psicologia de um tipo biológico atrasado, que está sendo, cada vez
mais, superado pela evolução.
0 7) Compreendamos que a verdade é relativa e progressiva e que nos foge em seu aspecto absoluto. Nós relativos, não podemos possuí-la senão por
progressivas aproximações.
0 8) Sejamos sempre construtivos, isto é, operemos em sentido positivo, unitário, como é o bem, e jamais sejamos destrutivos, isto é, nunca sejamos
em sentido negativo, separatista, como é o mal.
0 9) Que o Evangelho, tão pouco vivido até hoje, transforme-se na forma de vida do homem novo, num novo método de viver, que penetre cada ato
nosso, demonstre que somos evolvidos e se manifeste com nosso exemplo a cada momento.
0 10) Nosso lema é: Universalidade e Imparcialidade”.
0 Fonte: http://www.ubaldi.org/biblioteca/reflexoes/1322-principios-da-obra-de-pietro-ubaldi
26. A mensagem que Pietro Ubaldi enviou ao VI Congresso Espírita Pan-Americano,
realizado neste mês em Buenos Aires [outubro de 1963], vem causando estranheza nos
meios doutrinários. Depois de discorrer sobre a estagnação das religiões, o autor de A
Grande Síntese chega às seguintes conclusões:
1 - O Espiritismo estacionou na teoria da reencarnação e na prática mediúnica;
2 - Não possuindo “um sistema conceptual completo”, não pode ele ser levado a sério
pela cultura atual;
3 - A filosofia espírita é limitada, não oferece uma visão completa do Todo e “não abrange
todos os momentos da lei de Deus;
4 – O Espiritismo não construiu uma “teologia espírito-científica, que explique o que a
católica não explica”;
5 - O Espiritismo “corre o perigo de ficar parado no nível Allan Kardec, como o
catolicismo ficou no nível São Tomás e o protestantismo no nível Bíblia”.
Diante dessa situação, propõe Ubaldi a adoção, pelo Espiritismo, dos livros de sua
autoria, abrangendo a “série italiana” e a “série brasileira”. E explica: “Trata-se de um
produto realizado de uma forma que permite que ele caiba dentro do Espiritismo,
porque atingido por inspiração, que é por ele julgada a mais alta forma de mediunidade,
aquela consciente, controlada pela razão”. E logo mais afirma: “Só assim o Espiritismo
poderá avançar paralelo à ciência e exigir atenção de parte dos materialistas, porque usa
a forma mental e os métodos racionais dele. Só assim o Espiritismo poderá sair do trilho
dos costumeiros conceitos que se repetem nas sessões mediúnicas e colocar-se no nível
do mais adiantado pensamento moderno, penetrando no terreno da filosofia e da ciência
e situando-se na sua altura”.
Fonte: http://coerenciaespirita.blogspot.com.br/2005/03/herculano-pires-responde-
proposta-de.html
27. Pensamentos dos seguidores de Ubaldi
0 Encarnações
Pietro Ubaldi teria sido Simão Pedro, o apóstolo que traiu Cristo três
vezes. A ele teria sido confiada a missão de trazer para a humanidade as
chaves do reino dos céus. Como Simão Pedro ele fracassou em sua
missão, mas como Pietro Ubaldi trouxe para a humanidade as chaves do
conhecimento divino através dos 24 livros publicados. Um pouco sobre
essa encarnação pode ser encontrada no último capítulo do livro
“História de um Homem” . Outra encarnação teria sido na figura do frei
Leão, companheiro íntimo de São Francisco de Assis, Tal convívio poderá
ser percebido no capítulo “São Francisco de Assis” , do livro “Ascese
Mística” e no capítulo “São Francisco no Monte Alverne” do livro “A Nova
Civilização do Terceiro Milênio”. Aí se pode perceber que Pietro Ubaldi
estava junto ao santo quando ele recebeu os estigmas, dada a força da
linguagem usada e a descrição detalhada que só quem viveu aquele
momento poderia fazê-lo. Isso explica o motivo de Pietro Ubaldi ter sido
um franciscano por natureza.