SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Dor OncológicaDor Oncológica
Abordagem terapêutica eAbordagem terapêutica e
Cuidados PaliativosCuidados Paliativos
Dr Túlio Osterne
IASP-SBED-SOCED
Dor OncológicaDor Oncológica
Fonte: Janet L. Abrahm, MD - John Hopkins UniversityFonte: Janet L. Abrahm, MD - John Hopkins University
90 a 95%
Dor relacionada ao tumor
75% Envolvimento direto
15 a 25% Tratamento do tu
QT RT
5 a 10%
Dç Própria paciente
Dor OncológicaDor Oncológica
TIPOS DE PACIENTES COM DOR E
CÂNCER
1. Grupo I: dor relacionada ao câncer,
exclusivamente
2. Grupo II: dor relacionado ao câncer com
seqüelas das terapias utilizadas e afetação
emocional
3. Grupo III: dor crônica não maligna que
desenvolvem dor induzida pelo câncer
4. Grupo IV: pacientes droga-dependentes
Dor OncológicaDor Oncológica
ASPECTOASPECTO
SOMÁTICOSSOMÁTICOS
Relacionados a doença
neoplásica
Relacionados ao trat.
Antineoplásico
Relacionados às alt.
Metabólicas
Relacionados a patologias
prévias (artrose, úlcera
péptica, colagenose,etc)
ASPECTOS SOCIAISASPECTOS SOCIAIS
Medo da dependência dos
familiares
Relacionamentos
familiares: sexualidade
Relacionamento com
amigos
Problemas financeiros
Zelo pela família
Perda da posição social
Dor OncológicaDor Oncológica
ASPECTOS
PSICOLÓGICOS
Ansiedade reativa
Medos: da doença
de hospitais
do tratamento
do prognóstico
da morte
Depressão/Revolta
Sentimento de culpa
Busca de explicações
ASPECTOS
ESPIRITUAIS
O problema da
MORTE
O problema da
liberdade
O problema do
amor
Respeito à sua
religiosidade
ASPECTOS ASPECTOS
SOMÁTICOS PSICOLÓGICOS
DOR TOTAL
ASPECTOS ASPECTOS
SOCIAIS ESPIRITUAIS
Dor OncológicaDor Oncológica
Parâmetros ÉTICOS e FILOSÓFICOS onde
se fundamentam os CUIDADOS
PALIATIVOS
Koseki e Bruera (1996)
1. Indivíduos moribundos possuem valores
próprios que devem ser respeitados;
2. Deve-se respeitar o direito do paciente à
autonomia e ao controle;
3. A relação entre profissionais da saúde e
pacientes deve estruturar-se na integridade, na
ética, na verdade, associados a sensibilidade e
compaixão;
Dor OncológicaDor Oncológica
4. Deve-se permitir aos pacientes moribundos
viver seus últimos dias de forma
consistente com seus valores, crenças e
personalidades;
5. Cuidado paliativo não tem por objetivo
antecipar ou adiar a morte de nenhum
paciente.
Dor OncológicaDor Oncológica
Tipos de Dor no Câncer
Somática Visceral
Neuropática
Dor OncológicaDor Oncológica
TIPO SOMÁTICA
• Ativação de receptores cutâneos e profundos
• Constante, “profunda”, piora c/ movimento
• Bem localizada, penetrante, próximo a área
de lesão
• Podem ter queimação e pontadas associadas
• Ex. meta ósseo, dor pós-operatória
Dor OncológicaDor Oncológica
TIPO VISCERAL
• Presente quando há infiltração visceral,
compressão em tórax, abdome ou
pelve
• Mal localizada, tipo pressão profunda
• Ex. isquemia miocárdio, meta hepática
Dor OncológicaDor Oncológica
TIPO NEUROPÁTICA
• Compressão de nervos ou medula espinhal,
plexos nervosos ou amputações
• Queimor, ardência, choque, parestesias
• Seqüela de Radioterapia ou Quimio ou
cirurgia
• Piora com a manipulação da área afetada
• Ex. infiltração de plexos ou neuroeixo
Dor OncológicaDor Oncológica
Fonte: John Hopkins UniversityFonte: John Hopkins University
Psicogênica
Somática Visceral
Neuropática
Mista
Tabela da World Health OrganizationTabela da World Health Organization
Tipos de tratamento (The Oncology channel.com)
• Terapia com drogas analgésicas
• Analgésicos não opióides e opióides
• Drogas adjuvantes
• Psicoterapia
• Manejos e técnicas neurocirúrgicas e
anestésicas
Dor OncológicaDor Oncológica
Dor OncológicaDor Oncológica
• Acupuntura
• Exercícios terapêuticos e massagens
• Métodos comportamentais para o
controle da dor (hipnose, biofeed-back,
relaxamento)
• Diatermia e Crioterapia
Dor OncológicaDor Oncológica
Lesão celular fosfolípides de memb.
fosfolipase A2 corticóide
ácido araquidônico
COX LOX
AINES
AINES
COX-1
Ação constitutiva
Síntese de
prostanóides que
mediam função
homeostática
Ação mucosa gástrica,
rim, plaquetas
endotélio vascular
COX-2
Indutível na maioria
dos tecidos
Síntese de
prostanoides que
mediam febre, dor e
inflamação
Induzidas por
liberação de
citocinas
Constitutiva em SNC e
rim
COX-3 (SNC)
AINES
Mecanismo de ação
• Inibição da COX e síntese de PGs e LTs
• Inibição de produção de radicais superóxidos
• Inibição e bloqueio da adesão neutrofílica
• Interfere na função dos linfócitos
• Interfere na produção de citocinas
• Interfere na síntese do óxido nítrico (NO)
• Antagonismo da bradicinina (mec. da
hiperalgesia)
AINES
Inibidores da COX-1 e COX-2
Ac. Enólico (Oxicans): Meloxican, Tenoxican,
Piroxican
Ac. Propiônico: Naproxeno, Cetoprofeno,
Ibuprofeno
Ac. carboxílico: salicilatos
Ac. Acético: Diclofenaco, Aceclofenaco,
Fenclofenaco, Indometacina, Cetorolaco
Ac. fenâmico: Nimesulide e Ac. mefenâmico
AINES
Inibidores da COX-2 Inibidores da COX-3
Coxibs
Parecoxib ? Dipirona ?
Etoricoxib Paracetamol
Valdecoxib ?
Celecoxib
Rofecoxib ?
Lumiracoxib
OpióidesOpióides
Classificação
 Poder de ação: FORTE x FRACO
somente propoxifeno e codéina são fracos
 Ação nos receptores
AGONISTA PURO
AGONISTA PARCIAL
AGONISTA ANTAGONISTA
ANTAGONISTA
 Origem farmacológica
NATURAIS, SINTÉTICOS e
SEMISINTÉTICOS
OpióidesOpióides
• Opióides a nível de medula espinhal
impedem ou inibem a transmissão de
estímulos nociceptivos da periferia ao SNC
• Ao nível dos gânglios da base e tronco
cerebral os opióides ativam o sist. Inibitório
descendente que modulam estes estímulos
na medula espinhal
• Ao nível do sist. Límbico, opióides alteram a
resposta emocional à dor tornando-a
suportável e menos aversiva
OpióidesOpióides
Vias de administração
IM Transdérmica
IV Retal
Oral Nasal
Subcutânea Epidural
Interpleural Subaracnoidea
Sublingual
Levy, M H 1996 – Pharmacologogic Treatment of cancer pain
New England Journal, 335:1124-1132
OpióidesOpióides
Fentanil transdérmico
• Boa opção aos que tem algum impedimento via oral
• Detém a maior preferência pelos pacientes
• Possibilidade de uso de dose opióide de resgate
• Não esta indicado em < 18 anos e em pacientes com
extrema caquexia ou idade muito avançada
• Não é bem indicado para dor aguda excruciante
• Na presença de febre persistente ou sepse: aumento
da absorção
• Lembrar na overdose: 50% ainda estará presente
24h após a retirada do adesivo da pele
Nome farmacológico/receptor Dose Pico Duração Dose teto/dia
Agonistas fracos:
Tramadol µ+δ+κ+ 50mg VO IM IV (4-6x/d) 0.5-1.5 4-6 400mg
Peridural 20-100mg/d
Codeína µ+δ+κ+ 15-60mg VO (4-8x/d) 0.5-1.0 3-6 240mg
Propoxifeno µ+δ+κ+ 50-100 VO (4-6x/d) 2-3 4-6 390mg
Agonistas potentes:
Cloridr. de Morfina 10-60mg (0.3mg/kg) 0.5-1.0 2-7 não há
µ+++δ+κ++ VO (6-8x/d)
Sulfato de Morfina 2.5-20mg (0.05-2mg/kg) SC 1-1.5 2-7 não há
IM/SC (6-8x/d) IM 0.5-1.0 2-7 não há
2.5-15mg(0.05-2mg/kg)
IV (6-8x/d) 5-20min 2-7 não há
epidural bolo 2-5mg (40-100 µgr/kg) + (2-20 µgr/kg /hr)
Meperidina µ++δ+κ+ 50-150mg IM/SC (6-8xd) IM30-50min 2-4hs
25-100mg IV (6-8x/d) 2-4hs 0.5mg/kg/hr
Metadona 2.5-20mg VO/SC/IM (2-4X/d) 0.5-1 22-48hs(VO) não há
µ+++δ+κ++ 4-6(IM/IV) não há
Oxicodona 10-80mg VO ?
Citrato de Fentanila µ+++δ+25-100 µgr (0.7-2.0 µgr/kg) IV 5-15min 30-60min 0.01mg/kg/hr
25-100 µgr/kg/hr TD
Agonistas parciais:
Buprenorfina agon µ+++ 0.3-0.6 mg (2-3x/d) 5-20min 4-10hs
antagon δ+ epidural 0.15-0.30mg
Nalbufina aantag µ+++ agoκ+ 5-10mg IV/IM/SC IV 5-15min 3-6hs 120mg
Antagonista:
Naloxone antag µ++δ++κ++ 0.1-0.8mg IV/IM/SC IV/IM/SC 5-15min 1-4hs 20mg
Dor oncológicaDor oncológica
Constipação
Segundo Bruera (1994):
• Presente em 40% dos pacientes no 1º
degrau WHO
• Presente em 63% dos pacientes no 2º
degrau
• Presente em 87% dos pacientes no 3º
degrau
Constipação
Fatores que contribuem:
• Inatividade
• Perda do local privado p/ defecação
• Diminuição da ingesta alimentar
• Hipercalcemia e hipocalemia
• Semi-oclusão intestinal
• Lesões e agressões à medula
• Uso de opióides e outros fármacos
(tricíclicos, antagonistas de serotonina,
diuréticos, antieméticos)
Constipação
Escalonamento do tratamento da constipação
1. Estimulantes do plexo mioentérico (senna e
bisacodil)
2. Se não funciona: associar lactulose
3. Se não funciona: óleo mineral ou citrato de
magnésio (aumentar lactulose)
4. Se não funciona: paciente impactado
lubrificantes retais, enemas e esvaziamento
mecânico da ampola retal
John Hopkins University Press
Antidepressivos tricíclicos
• Inibidores recaptação noradrenalina e serotonina
• Ações: analgésica, sedativa, ansiolítica,
miorrelaxante, orexígena e regulação do sono
• Síndromes depressivas, transtornos de
ansiedade, fobias, sd. pânico, profilaxia
enxaqueca
•Amitriptilina
analgesia +++, ansiólise +++, sedação+++, efeitos
anticolinérgicos +++
10-75mg  150-300mg/d
inibição recaptação: NA ++, 5HT +++
ligação receptores: α1 +++, H1 +++, musc++++
•Nortriptilina
analgesia ++, ansiólise +, sedação +, anti-colinérgicos
+
10-50 mg  150 mg/d
NA +++, 5HT ++, α1 +, H1 +, musc ++
•Clomipramina
analgesia ++/+++, ansiólise ++, sedação ++, anti-
colinerg. ++ 25-100 mg/d
NA +, 5HT ++++, α1 ++, H1 +, musc ++
•Imipramina
analgesia +/++, ansiólise ++, sedação ++, anti-
colinérgicos ++ 25-150 mg/d
NA ++, 5HT +++, α1 ++, H1 ++, musc ++
Adjuvantes no trat. Dor neuropática
Portenoy, R K – Adjuvant analgesic in pain management. Oxford Textbook of
Palliate Medicine
• Corticosteróides (prednisona e
dexametasona)
• Anticonvulsivantes (gabapentina,
carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato)
• Benzodiazepínicos (Clonazepan 0,5 a 4
mg/dia)
• Antagonista GABA (Baclofen 5 mg/dia)
• Agonistas α2 adrenérgico (Clonidina)
O Doente com Câncer
Sofrimento
Perda da qualidade de vida
DORDOR
Incapacidade
Dependência Insegurança
Medo
Morte
Depressão
Ansiedade

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Portaria n 3.088, Saude Mental
Portaria n 3.088, Saude MentalPortaria n 3.088, Saude Mental
Portaria n 3.088, Saude Mental
Ana Rute
 
2 vias de administração dos medicamentos
2 vias de administração dos medicamentos2 vias de administração dos medicamentos
2 vias de administração dos medicamentos
dannyzimmermann
 
Dor pós operatória
Dor pós operatóriaDor pós operatória
Dor pós operatória
dapab
 
Antibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Antibióticos Beta-lactâmicos; PenicilinasAntibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Antibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Thaline Eveli Martins
 
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas FarmacêuticasPES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
Farmacêutico Digital
 
Fármacos psicotrópicos
Fármacos psicotrópicosFármacos psicotrópicos
Fármacos psicotrópicos
Eloi Lago
 

Mais procurados (20)

Glicocorticoides - Farmacologia
Glicocorticoides - FarmacologiaGlicocorticoides - Farmacologia
Glicocorticoides - Farmacologia
 
Nauseas e vomitos
Nauseas e vomitosNauseas e vomitos
Nauseas e vomitos
 
Aula 3 Medicina
Aula 3 MedicinaAula 3 Medicina
Aula 3 Medicina
 
Organofosforados e Carbamatos
Organofosforados e CarbamatosOrganofosforados e Carbamatos
Organofosforados e Carbamatos
 
Portaria n 3.088, Saude Mental
Portaria n 3.088, Saude MentalPortaria n 3.088, Saude Mental
Portaria n 3.088, Saude Mental
 
Psicofarmacologia.pdf
Psicofarmacologia.pdfPsicofarmacologia.pdf
Psicofarmacologia.pdf
 
Depressão geriatria
Depressão geriatriaDepressão geriatria
Depressão geriatria
 
Transtorno da Personalidade Antissocial
Transtorno da Personalidade Antissocial  Transtorno da Personalidade Antissocial
Transtorno da Personalidade Antissocial
 
Psicofarmacologia
PsicofarmacologiaPsicofarmacologia
Psicofarmacologia
 
2 vias de administração dos medicamentos
2 vias de administração dos medicamentos2 vias de administração dos medicamentos
2 vias de administração dos medicamentos
 
Ansioliticos
AnsioliticosAnsioliticos
Ansioliticos
 
Osteoporose
Osteoporose Osteoporose
Osteoporose
 
Método Clínico para os Cuidados Farmacêuticos
Método Clínico para os Cuidados FarmacêuticosMétodo Clínico para os Cuidados Farmacêuticos
Método Clínico para os Cuidados Farmacêuticos
 
Introdução à farmacologia
Introdução à farmacologiaIntrodução à farmacologia
Introdução à farmacologia
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
 
Dor pós operatória
Dor pós operatóriaDor pós operatória
Dor pós operatória
 
Antibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Antibióticos Beta-lactâmicos; PenicilinasAntibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Antibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
 
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas FarmacêuticasPES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
PES 2.0 Dispensação de Medicamentos e Formas Farmacêuticas
 
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialCaso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
 
Fármacos psicotrópicos
Fármacos psicotrópicosFármacos psicotrópicos
Fármacos psicotrópicos
 

Destaque

Paciente terminal
Paciente terminalPaciente terminal
Paciente terminal
marte03
 
Ante Projecto Modificado
Ante Projecto ModificadoAnte Projecto Modificado
Ante Projecto Modificado
guesta9bf7d
 
44 hipodermóclise - aspectos gerais e indicações
44   hipodermóclise - aspectos gerais e indicações44   hipodermóclise - aspectos gerais e indicações
44 hipodermóclise - aspectos gerais e indicações
ONCOcare
 

Destaque (20)

Dor oncológica
Dor oncológicaDor oncológica
Dor oncológica
 
Dor Oncológica
Dor OncológicaDor Oncológica
Dor Oncológica
 
Paciente com dor - Maria Del Pillar
Paciente com dor - Maria Del PillarPaciente com dor - Maria Del Pillar
Paciente com dor - Maria Del Pillar
 
Dor - Prevalência, Avaliação, Tratamento
Dor - Prevalência, Avaliação, TratamentoDor - Prevalência, Avaliação, Tratamento
Dor - Prevalência, Avaliação, Tratamento
 
Palestra "cuidados paliativos"
Palestra "cuidados paliativos" Palestra "cuidados paliativos"
Palestra "cuidados paliativos"
 
Paciente terminal
Paciente terminalPaciente terminal
Paciente terminal
 
Cuadados paliativos
Cuadados paliativosCuadados paliativos
Cuadados paliativos
 
Thera Faria Lima
Thera Faria LimaThera Faria Lima
Thera Faria Lima
 
Promovendo o acesso ao tratamento Onco BCG
Promovendo o acesso ao tratamento Onco BCGPromovendo o acesso ao tratamento Onco BCG
Promovendo o acesso ao tratamento Onco BCG
 
Pesquisa sobre Câncer de Pulmão
Pesquisa sobre Câncer de PulmãoPesquisa sobre Câncer de Pulmão
Pesquisa sobre Câncer de Pulmão
 
09 09-2013 manual de cuidados paliativos-ancp
09 09-2013 manual de cuidados paliativos-ancp09 09-2013 manual de cuidados paliativos-ancp
09 09-2013 manual de cuidados paliativos-ancp
 
Dor e qualidade de vida
Dor e qualidade de vidaDor e qualidade de vida
Dor e qualidade de vida
 
Dor história, aspectos e importância
Dor   história, aspectos e importânciaDor   história, aspectos e importância
Dor história, aspectos e importância
 
Câncer e Metástases Ósseas
Câncer e Metástases ÓsseasCâncer e Metástases Ósseas
Câncer e Metástases Ósseas
 
Questões de Vestibulares: Sistema Cardiovascular
Questões de Vestibulares: Sistema CardiovascularQuestões de Vestibulares: Sistema Cardiovascular
Questões de Vestibulares: Sistema Cardiovascular
 
Ante Projecto Modificado
Ante Projecto ModificadoAnte Projecto Modificado
Ante Projecto Modificado
 
44 hipodermóclise - aspectos gerais e indicações
44   hipodermóclise - aspectos gerais e indicações44   hipodermóclise - aspectos gerais e indicações
44 hipodermóclise - aspectos gerais e indicações
 
Manual de cuidados paliativos
Manual de cuidados paliativosManual de cuidados paliativos
Manual de cuidados paliativos
 
Até que a morte nos separe 2
Até que a morte nos separe 2Até que a morte nos separe 2
Até que a morte nos separe 2
 
FamíLia
FamíLiaFamíLia
FamíLia
 

Semelhante a Dor oncológica sábado da dor

Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevençãoIv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
ctisaolucascopacabana
 
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaSedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Kaká Quadros
 
QUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdf
QUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdfQUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdf
QUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdf
Jussara88
 

Semelhante a Dor oncológica sábado da dor (20)

Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevençãoIv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
Iv curso teórico prático - exame do paciente em cti e prevenção
 
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaSedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
 
Farmacologia Opioides
Farmacologia Opioides   Farmacologia Opioides
Farmacologia Opioides
 
Abordagem Farmacológica da dor crônica e abstinência opióide
Abordagem Farmacológica da dor crônica e abstinência opióideAbordagem Farmacológica da dor crônica e abstinência opióide
Abordagem Farmacológica da dor crônica e abstinência opióide
 
Caso clinico p.a.s
Caso clinico   p.a.sCaso clinico   p.a.s
Caso clinico p.a.s
 
Tontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreTontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de Ménière
 
Apresentação Nausea e Vômitos em cuidados paliativos.pdf
Apresentação Nausea e Vômitos em cuidados paliativos.pdfApresentação Nausea e Vômitos em cuidados paliativos.pdf
Apresentação Nausea e Vômitos em cuidados paliativos.pdf
 
Aula_Anestesia.pdf
Aula_Anestesia.pdfAula_Anestesia.pdf
Aula_Anestesia.pdf
 
Aula_Anestesia.pdf
Aula_Anestesia.pdfAula_Anestesia.pdf
Aula_Anestesia.pdf
 
Analgesia e Sedação na UTI
Analgesia e Sedação na UTIAnalgesia e Sedação na UTI
Analgesia e Sedação na UTI
 
Cuidados Paliativos
Cuidados PaliativosCuidados Paliativos
Cuidados Paliativos
 
03 artigo uso_estimulacao_eletrica_nervosa_transcutanea_aplicado_ponto_acupun...
03 artigo uso_estimulacao_eletrica_nervosa_transcutanea_aplicado_ponto_acupun...03 artigo uso_estimulacao_eletrica_nervosa_transcutanea_aplicado_ponto_acupun...
03 artigo uso_estimulacao_eletrica_nervosa_transcutanea_aplicado_ponto_acupun...
 
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
 
Aula quimioterapia adjuvante hrvp internato 2011
Aula quimioterapia adjuvante hrvp internato 2011Aula quimioterapia adjuvante hrvp internato 2011
Aula quimioterapia adjuvante hrvp internato 2011
 
Perioperative Medication Management
Perioperative Medication ManagementPerioperative Medication Management
Perioperative Medication Management
 
Aula 20 acidentes e complicações da anestesia local 21092013 [compatibility...
Aula 20   acidentes e complicações da anestesia local 21092013 [compatibility...Aula 20   acidentes e complicações da anestesia local 21092013 [compatibility...
Aula 20 acidentes e complicações da anestesia local 21092013 [compatibility...
 
Admissão do doente do foro cirurgico
Admissão do doente do foro cirurgicoAdmissão do doente do foro cirurgico
Admissão do doente do foro cirurgico
 
QUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdf
QUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdfQUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdf
QUIMIOTERAPIA INTRA ARTERIAL.pdf
 
Anestesia sedacao
Anestesia   sedacaoAnestesia   sedacao
Anestesia sedacao
 
Dor Pós Operatória
Dor Pós OperatóriaDor Pós Operatória
Dor Pós Operatória
 

Último

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
Leila Fortes
 

Último (10)

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 

Dor oncológica sábado da dor

  • 1. Dor OncológicaDor Oncológica Abordagem terapêutica eAbordagem terapêutica e Cuidados PaliativosCuidados Paliativos Dr Túlio Osterne IASP-SBED-SOCED
  • 2. Dor OncológicaDor Oncológica Fonte: Janet L. Abrahm, MD - John Hopkins UniversityFonte: Janet L. Abrahm, MD - John Hopkins University 90 a 95% Dor relacionada ao tumor 75% Envolvimento direto 15 a 25% Tratamento do tu QT RT 5 a 10% Dç Própria paciente
  • 3. Dor OncológicaDor Oncológica TIPOS DE PACIENTES COM DOR E CÂNCER 1. Grupo I: dor relacionada ao câncer, exclusivamente 2. Grupo II: dor relacionado ao câncer com seqüelas das terapias utilizadas e afetação emocional 3. Grupo III: dor crônica não maligna que desenvolvem dor induzida pelo câncer 4. Grupo IV: pacientes droga-dependentes
  • 4. Dor OncológicaDor Oncológica ASPECTOASPECTO SOMÁTICOSSOMÁTICOS Relacionados a doença neoplásica Relacionados ao trat. Antineoplásico Relacionados às alt. Metabólicas Relacionados a patologias prévias (artrose, úlcera péptica, colagenose,etc) ASPECTOS SOCIAISASPECTOS SOCIAIS Medo da dependência dos familiares Relacionamentos familiares: sexualidade Relacionamento com amigos Problemas financeiros Zelo pela família Perda da posição social
  • 5. Dor OncológicaDor Oncológica ASPECTOS PSICOLÓGICOS Ansiedade reativa Medos: da doença de hospitais do tratamento do prognóstico da morte Depressão/Revolta Sentimento de culpa Busca de explicações ASPECTOS ESPIRITUAIS O problema da MORTE O problema da liberdade O problema do amor Respeito à sua religiosidade
  • 6. ASPECTOS ASPECTOS SOMÁTICOS PSICOLÓGICOS DOR TOTAL ASPECTOS ASPECTOS SOCIAIS ESPIRITUAIS
  • 7. Dor OncológicaDor Oncológica Parâmetros ÉTICOS e FILOSÓFICOS onde se fundamentam os CUIDADOS PALIATIVOS Koseki e Bruera (1996) 1. Indivíduos moribundos possuem valores próprios que devem ser respeitados; 2. Deve-se respeitar o direito do paciente à autonomia e ao controle; 3. A relação entre profissionais da saúde e pacientes deve estruturar-se na integridade, na ética, na verdade, associados a sensibilidade e compaixão;
  • 8. Dor OncológicaDor Oncológica 4. Deve-se permitir aos pacientes moribundos viver seus últimos dias de forma consistente com seus valores, crenças e personalidades; 5. Cuidado paliativo não tem por objetivo antecipar ou adiar a morte de nenhum paciente.
  • 9. Dor OncológicaDor Oncológica Tipos de Dor no Câncer Somática Visceral Neuropática
  • 10. Dor OncológicaDor Oncológica TIPO SOMÁTICA • Ativação de receptores cutâneos e profundos • Constante, “profunda”, piora c/ movimento • Bem localizada, penetrante, próximo a área de lesão • Podem ter queimação e pontadas associadas • Ex. meta ósseo, dor pós-operatória
  • 11. Dor OncológicaDor Oncológica TIPO VISCERAL • Presente quando há infiltração visceral, compressão em tórax, abdome ou pelve • Mal localizada, tipo pressão profunda • Ex. isquemia miocárdio, meta hepática
  • 12. Dor OncológicaDor Oncológica TIPO NEUROPÁTICA • Compressão de nervos ou medula espinhal, plexos nervosos ou amputações • Queimor, ardência, choque, parestesias • Seqüela de Radioterapia ou Quimio ou cirurgia • Piora com a manipulação da área afetada • Ex. infiltração de plexos ou neuroeixo
  • 13. Dor OncológicaDor Oncológica Fonte: John Hopkins UniversityFonte: John Hopkins University Psicogênica Somática Visceral Neuropática Mista
  • 14. Tabela da World Health OrganizationTabela da World Health Organization
  • 15. Tipos de tratamento (The Oncology channel.com) • Terapia com drogas analgésicas • Analgésicos não opióides e opióides • Drogas adjuvantes • Psicoterapia • Manejos e técnicas neurocirúrgicas e anestésicas Dor OncológicaDor Oncológica
  • 16. Dor OncológicaDor Oncológica • Acupuntura • Exercícios terapêuticos e massagens • Métodos comportamentais para o controle da dor (hipnose, biofeed-back, relaxamento) • Diatermia e Crioterapia
  • 17. Dor OncológicaDor Oncológica Lesão celular fosfolípides de memb. fosfolipase A2 corticóide ácido araquidônico COX LOX AINES
  • 18. AINES COX-1 Ação constitutiva Síntese de prostanóides que mediam função homeostática Ação mucosa gástrica, rim, plaquetas endotélio vascular COX-2 Indutível na maioria dos tecidos Síntese de prostanoides que mediam febre, dor e inflamação Induzidas por liberação de citocinas Constitutiva em SNC e rim COX-3 (SNC)
  • 19. AINES Mecanismo de ação • Inibição da COX e síntese de PGs e LTs • Inibição de produção de radicais superóxidos • Inibição e bloqueio da adesão neutrofílica • Interfere na função dos linfócitos • Interfere na produção de citocinas • Interfere na síntese do óxido nítrico (NO) • Antagonismo da bradicinina (mec. da hiperalgesia)
  • 20. AINES Inibidores da COX-1 e COX-2 Ac. Enólico (Oxicans): Meloxican, Tenoxican, Piroxican Ac. Propiônico: Naproxeno, Cetoprofeno, Ibuprofeno Ac. carboxílico: salicilatos Ac. Acético: Diclofenaco, Aceclofenaco, Fenclofenaco, Indometacina, Cetorolaco Ac. fenâmico: Nimesulide e Ac. mefenâmico
  • 21. AINES Inibidores da COX-2 Inibidores da COX-3 Coxibs Parecoxib ? Dipirona ? Etoricoxib Paracetamol Valdecoxib ? Celecoxib Rofecoxib ? Lumiracoxib
  • 22. OpióidesOpióides Classificação  Poder de ação: FORTE x FRACO somente propoxifeno e codéina são fracos  Ação nos receptores AGONISTA PURO AGONISTA PARCIAL AGONISTA ANTAGONISTA ANTAGONISTA  Origem farmacológica NATURAIS, SINTÉTICOS e SEMISINTÉTICOS
  • 23. OpióidesOpióides • Opióides a nível de medula espinhal impedem ou inibem a transmissão de estímulos nociceptivos da periferia ao SNC • Ao nível dos gânglios da base e tronco cerebral os opióides ativam o sist. Inibitório descendente que modulam estes estímulos na medula espinhal • Ao nível do sist. Límbico, opióides alteram a resposta emocional à dor tornando-a suportável e menos aversiva
  • 24. OpióidesOpióides Vias de administração IM Transdérmica IV Retal Oral Nasal Subcutânea Epidural Interpleural Subaracnoidea Sublingual Levy, M H 1996 – Pharmacologogic Treatment of cancer pain New England Journal, 335:1124-1132
  • 25. OpióidesOpióides Fentanil transdérmico • Boa opção aos que tem algum impedimento via oral • Detém a maior preferência pelos pacientes • Possibilidade de uso de dose opióide de resgate • Não esta indicado em < 18 anos e em pacientes com extrema caquexia ou idade muito avançada • Não é bem indicado para dor aguda excruciante • Na presença de febre persistente ou sepse: aumento da absorção • Lembrar na overdose: 50% ainda estará presente 24h após a retirada do adesivo da pele
  • 26. Nome farmacológico/receptor Dose Pico Duração Dose teto/dia Agonistas fracos: Tramadol µ+δ+κ+ 50mg VO IM IV (4-6x/d) 0.5-1.5 4-6 400mg Peridural 20-100mg/d Codeína µ+δ+κ+ 15-60mg VO (4-8x/d) 0.5-1.0 3-6 240mg Propoxifeno µ+δ+κ+ 50-100 VO (4-6x/d) 2-3 4-6 390mg Agonistas potentes: Cloridr. de Morfina 10-60mg (0.3mg/kg) 0.5-1.0 2-7 não há µ+++δ+κ++ VO (6-8x/d) Sulfato de Morfina 2.5-20mg (0.05-2mg/kg) SC 1-1.5 2-7 não há IM/SC (6-8x/d) IM 0.5-1.0 2-7 não há 2.5-15mg(0.05-2mg/kg) IV (6-8x/d) 5-20min 2-7 não há epidural bolo 2-5mg (40-100 µgr/kg) + (2-20 µgr/kg /hr) Meperidina µ++δ+κ+ 50-150mg IM/SC (6-8xd) IM30-50min 2-4hs 25-100mg IV (6-8x/d) 2-4hs 0.5mg/kg/hr Metadona 2.5-20mg VO/SC/IM (2-4X/d) 0.5-1 22-48hs(VO) não há µ+++δ+κ++ 4-6(IM/IV) não há Oxicodona 10-80mg VO ? Citrato de Fentanila µ+++δ+25-100 µgr (0.7-2.0 µgr/kg) IV 5-15min 30-60min 0.01mg/kg/hr 25-100 µgr/kg/hr TD Agonistas parciais: Buprenorfina agon µ+++ 0.3-0.6 mg (2-3x/d) 5-20min 4-10hs antagon δ+ epidural 0.15-0.30mg Nalbufina aantag µ+++ agoκ+ 5-10mg IV/IM/SC IV 5-15min 3-6hs 120mg Antagonista: Naloxone antag µ++δ++κ++ 0.1-0.8mg IV/IM/SC IV/IM/SC 5-15min 1-4hs 20mg
  • 27. Dor oncológicaDor oncológica Constipação Segundo Bruera (1994): • Presente em 40% dos pacientes no 1º degrau WHO • Presente em 63% dos pacientes no 2º degrau • Presente em 87% dos pacientes no 3º degrau
  • 28. Constipação Fatores que contribuem: • Inatividade • Perda do local privado p/ defecação • Diminuição da ingesta alimentar • Hipercalcemia e hipocalemia • Semi-oclusão intestinal • Lesões e agressões à medula • Uso de opióides e outros fármacos (tricíclicos, antagonistas de serotonina, diuréticos, antieméticos)
  • 29. Constipação Escalonamento do tratamento da constipação 1. Estimulantes do plexo mioentérico (senna e bisacodil) 2. Se não funciona: associar lactulose 3. Se não funciona: óleo mineral ou citrato de magnésio (aumentar lactulose) 4. Se não funciona: paciente impactado lubrificantes retais, enemas e esvaziamento mecânico da ampola retal John Hopkins University Press
  • 30. Antidepressivos tricíclicos • Inibidores recaptação noradrenalina e serotonina • Ações: analgésica, sedativa, ansiolítica, miorrelaxante, orexígena e regulação do sono • Síndromes depressivas, transtornos de ansiedade, fobias, sd. pânico, profilaxia enxaqueca
  • 31. •Amitriptilina analgesia +++, ansiólise +++, sedação+++, efeitos anticolinérgicos +++ 10-75mg  150-300mg/d inibição recaptação: NA ++, 5HT +++ ligação receptores: α1 +++, H1 +++, musc++++ •Nortriptilina analgesia ++, ansiólise +, sedação +, anti-colinérgicos + 10-50 mg  150 mg/d NA +++, 5HT ++, α1 +, H1 +, musc ++ •Clomipramina analgesia ++/+++, ansiólise ++, sedação ++, anti- colinerg. ++ 25-100 mg/d NA +, 5HT ++++, α1 ++, H1 +, musc ++ •Imipramina analgesia +/++, ansiólise ++, sedação ++, anti- colinérgicos ++ 25-150 mg/d NA ++, 5HT +++, α1 ++, H1 ++, musc ++
  • 32. Adjuvantes no trat. Dor neuropática Portenoy, R K – Adjuvant analgesic in pain management. Oxford Textbook of Palliate Medicine • Corticosteróides (prednisona e dexametasona) • Anticonvulsivantes (gabapentina, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato) • Benzodiazepínicos (Clonazepan 0,5 a 4 mg/dia) • Antagonista GABA (Baclofen 5 mg/dia) • Agonistas α2 adrenérgico (Clonidina)
  • 33. O Doente com Câncer Sofrimento Perda da qualidade de vida DORDOR Incapacidade Dependência Insegurança Medo Morte Depressão Ansiedade