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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA I
PROFESSOR: LUCIANO BARROS
FARMACOLOGIA DOS
OPIÓIDES
2017
Seliel Assunção
Raira Morais
Victor Hugo
Marcela Lopes
Maria Carolina
Leticia Martins
• Opiáceos - são substâncias (alcalóides)
derivadas do ópio, e portanto, estão incluídos na
classe dos opioides.
•Papaver somniferum, de onde o Ópio é obtido
• Opiáceos - Produzem
ações de insensibilidade à
dor (analgesia) e são
usados principalmente na
terapia da dor crônica e
da dor aguda de alta
intensidade. Produzem
em doses elevadas
euforia, estados
hipnoticos e dependência
e alguns (morfina e
heroína) são usados
como droga recreativa de
abuso.
• Opióides – É um
grupo de fármacos
que atuam nos
receptores opioides
neuronais. Compondo
todas as drogas,
naturais ou sintéticas,
endógena (peptídeos
endógenos) ou
exógena.
• Opióides - Sao agonistas dos receptores
opioides encontrados nos neurônios de
algumas zonas do cérebro, medula espinal e
nos sistemas neuronais do intestino.
Há três famílias de opióides endógenos
1 – Encefalinas
2 – Endorfinas
3 – Dinorfina
Os opióides endógenos participam dos
mecanismos de modulação da dor
•Encefalinas - São neurotransmissores
narcóticos secretados pelo encéfalo.
Semelhantes à morfina, elas se ligam a sítios
estéreo-específicos de receptores opióides
no cérebro (reagindo com os mesmos
receptores neurais do cérebro que a heroína),
aliviando a dor (mecanismo de analgesia) e
produzindo uma sensação de euforia.
•Endorfinas - Foram encontrados 20 tipos diferentes de
endorfinas no sistema nervoso sendo a beta-endorfina a
mais eficiente, pois é a que dá o efeito mais eufórico ao
cérebro. Composta por 31 aminoácidos, a endorfina é
produzida, por exemplo, em resposta à atividade física e
durante o orgasmo, visando relaxar e dar prazer,
despertando uma sensação de euforia e bem-estar.
• As comidas picantes (com pimenta) contém capsaicina,
um agonista de receptores de dor na língua. A ativação
da vias da dor libera quantidades moderadas de
endorfinas. Dai o prazer de comer comidas picantes que
é devido à sensação de bem estar que as endorfinas
produzem.
•Dinorfina - Desempenha um
papel importante no
enfraquecimento da ansiedade.
As endorfinas são liberadas pelo
corpo de atletas, e têm um
efeito analgésico e eufórico.
•Já as dinorfinas têm o efeito
inverso : elas funcionam como
um amortecedor emocional.
•Há uma grande diferença entre
as pessoas nos níveis de
dinorfinas liberadas
naturalmente pelo cérebro.
Receptor
e ligante natural
Efeitos Agonistas
µ
endomorfina 1 e 2, β-endorfina
Analgesia
Euforia
Redução motilidade TGI
Imunossupressão
Depressão respiratória
Emese
Tolerância
Dependência física
κ
Dinorfinas e β-endorfina
Analgesia
Sedação
Miose
Diurese
Disforia
δ
Encefalinas e β-endorfina
Analgesia
Estimulação imunológica
Depressão respiratória
RECEPTORES OPIÓIDES E EFEITOS
µ (mi) δ (Delta) κ (Kappa)
Analgesia
Supra-espinal
Espinal
Perfirérico
+++
++
++
-
++
-
-
+
++
Depressão respiratória +++ ++ -
Constrição pupilar (miose) ++ - +
Redução da motilidade GI ++ ++ +
Euforia +++ - -
Disforia - - +++
Sedação ++ - ++
Dependência física +++ - +
Receptores opióides µ, κ, δ
A maioria dos neurônios reagem aos opióides
hiperpolarizando, refletindo um aumento da condutância do K.
O influxo de Ca2+ nos neurônios terminais durante a excitação
está diminuído, levando a uma diminuição da liberação de
neurotransmissores e diminuição da atividade sináptica.
Dependendo do tipo celular afetado, essa inibição sináptica se
traduz como um efeito excitante ou inibitório.
Mecanismo de ação dos opióides
Farmacocinética
• Principais locais de ABSORÇÃO: via subcutânea,
transdérmica, intramuscular, mucosa do nariz, boca e
TGI.
• A biodisponibilidade dos opióides utilizados por via oral
sofre redução devido ao metabolismo de primeira
passagem.
• Ajuste da dose administrada por via oral>via parenteral.
• Os comprimidos de opióides possuem duas formas de
apresentação
Liberação imediata
Liberação lenta
Liberação Imediata
• absorção rápida
• picos plasmáticos elevados
• riscos de toxicidade
• maior incidência de efeitos
colaterais
Liberação lenta
• conc. equilíbrio 24 h
• dupla matriz
• conc analgésicas
eficazes por mais tempo
(8 -12 h)
• sem picos plasmáticos
de toxicidade
Distribuição
• Ligação a proteínas plasmáticas ⇒ albumina e alfa-1
glicoproteína ácida.
• Distribuição em tecidos altamente vascularizados ⇒
pulmões, fígado, baço e rim
A conc no SNC é relativamente baixa em relação a outros
órgãos, devido à barreira hematoencefálica.
• Compostos como a heroína e codeína atravessam mais
facilmente a barreira hematoencefálica
• Esta barreira não está presente em neonatos.
Metabolismo
• Conjugação com ácido glicurônico (morfina)
• Os ésteres (meperidina e heroína) são
hidrolizados por esterases hepáticas.
Excreção
• Podem ser excretados em forma inalterada
ou em compostos polares pela urina.
• Os glicuronídeos são excretados na bile.
Vias de administração
• Via retal (supositórios)
• Via epidural (anestesia)
• Via transdérmica (efeitos sistêmicos)  cataplasma
de fentanil
• Via intranasal
Efeitos dos Opióides
Sistema Nervoso Central
• Afinidade por receptores µ
• Analgesia - alteração da PERCEPÇÃO da dor e da
REAÇÃO do paciente a esta dor.
• Euforia - sensação agradável de flutuar e estar livre da
ansiedade e do desconforto.
• Sedação - sonolência e turvação da consciência
• Depressão respiratória - inibição dos mecanismos do
tronco cerebral
Efeitos dos Opióides
Sistema Nervoso Central
• Supressão da tosse -mais especificamente a codeína.
• Miose -
• Rigidez no tronco - aumento do tônus nos grandes
músculos do tronco, interferindo na ventilação
• Náuseas e vômitos - ativação da zona desencadeante
quimiorreceptora do tronco cerebral.
Efeitos dos Opióides
Efeitos Periféricos
• Trato Gastrointestinal
- efeitos constipantes:  da motilidade do estômago e
aumento do tônus,  produção de secreção gástrica.
- aumento do tônus do intestino delgado e espasmos
periódicos.
- aumento do tônus do intestino grosso e  das ondas
propulsivas  constipação
Efeitos dos Opióides
Efeitos Periféricos
• Trato Biliar
- contração do músculo liso biliar, pode ocasionar cólicas
biliares.
• Trato genitourinário
- depressão da função renal ( do fluxo plasmático renal)
-  do tônus do esfíncter uretral pode levar à retenção
urinária.
Efeitos dos Opióides
Efeitos Periféricos
• Útero
- pode haver prolongamento do trabalho de parto
• Neuroendócrino
- estimulação da liberação do hormônio antidiurético,
prolactina e somatotropina.
Uso dos opióides
• O tratamento da dor é essencial para a prática médica
• Há inúmeras situações em que é necessário proporcionar
analgesia antes do diagnóstico definitivo.
Uso dos opióides
• Analgesia
- a dor intensa e constante é aliviada com uso de opóides.
- a dor associada ao câncer e outras doenças terminais
- a administração do opióide a intervalos fixos é mais eficaz
no alívio da dor do que a quando solicitada.
- utilização em obstetrícia - atenção - os opióides
atravessam a BHE do feto, podendo provocar depressão
respiratória.
Uso dos opióides
• Edema agudo de pulmão
- o mecanismo provável é redução na percepção de falta de
ar
-  da pré-carga (redução do tônus venoso)
-  da pós-carga (diminuição da resistência periférica)
Uso dos opióides
• Tosse
- atualmente seu uso está bastante  pelo desenvolvimento
de antitussígenos sintéticos que não causam dependência.
Codeína, dextrometorfano, levopropoxifeno
• Diarréia
- elixir paregórico
Uso dos opióides
• Anestesia
- medicação pré anestésica - propriedades sedativas,
ansiolíticas e analgésicas
- podem ser usados com drogas anestésicas primárias
(fentanil)
- analgésicos regionais ( ação direta sobre a medula
espinhal) quando administrados nos espaços epidural ou
subaracnóide da medula espinhal  reversão com naloxona
Efeitos tóxicos dos analgésicos
opióides
• Comportamento agitado, tremor, reações disfóricas
• Depressão respiratória
• Náuses e vômitos
• Aumento da pressão intracraniana
• Constipação
• Retenção urinária
• Urticária (mais freqüente com adm parenteral)
Interações das drogas opióides
• Sedativos-hipnóticos: maior depressão do SNC,
particularmente depressão respiratória.
• Tranquillizantes antipsicóticos:Sedação maior;
efeitos variáveis sobre a depressão respiratória;
acentuação dos efeitos cardiovasculares (ações
muscarínicas e alfa-bloqueadoras).
• Inibidores da MAO: Contra-indicação relativa a todos
os analgésicos opióides pela elevada incidência de
coma hiperpirético e hipertensão.
Efeitos indesejados
• Tolerância - necessidade de doses cada vez
maiores para produzir analgesia.
• Dependência -
• Síndrome de abstinência que pode ser
precipitada pelo uso de um antagonista opióide
Estrutura química dos
analgésicos opióides
• Fenantrênicos
 Agonistas fortes
- Morfina, Hidromorfona, Oximorfona
 Agonistas Leves a Moderados
- Codeína, Oxicodona e Hidrocodona
 Agonistas-antagonistas mistos
- Nalbufina, buprenorfina
 Antagonistas
- Nalorfina, Naloxona e Naltrexona
• Fenilepitilamidas
 Agonistas fortes
- Metadona
 Agonistas leves a moderados
- Propoxifeno
• Fenilpiperidinas
 Agonistas fortes
- Meperidina, Fentanil (principais análogos sintéticos)
Agonistas leves a moderados
- Difenoxilato
Derivados sintéticos de
estrutura não relacionada
com a MORFINA
• Morfinanos
 Agonistas fortes
- Levorfanol
 Agonistas-antagonistas mistos
- Butorfanol
 Antagonistas
- Levalorfan
• Benzomorfanos
Agonistas-antagonistas mistos
- Pentazocina
Derivados sintéticos de
estrutura não relacionada
com a MORFINA
RECEPTOR EFEITOS AGONISTA ANTAGONISTA
• Mu: analgesia supraespinhal, depressão respiratória, euforia e dependência
• Kappa: analgesia espinhal, miose, sedação, disforia
• Sigma: alucinação, estimulação vasomotora e respiratoria
• Delta: modifica a atividade dos receptores mi (opióides endógenos)
µ (mu) Analgesia supra espinhal,
depressão respiratória,
euforia e dependência física
Morfina +++
Fentanil+++
Codeína +
Buprenorfina +++
Naloxona
Nalorfina
κ (Kappa) Analgesia medular, miose e
sedação
Morfina +
Fentanil +
Etorfina +++
Naloxona
Naltrexona
σ (Sigma) Disforia, alucinações,
estimulação
Etorfina +++
Morfina ++
Codeína +
δ (Delta) Alterações do
comportamento afetivo
Pentazocina +
Nalorfina +
Receptores opióides µ, κ, σ, δ
 Analgesia Dosagem-dependente
 Encontrada em forma de cloridrato e sulfato
 Dimorf ®
 VO; SC; IM; IV
 Biotransformação hepática
 Excreção 90% renal e 10% fezes
 Efeito 1- 4 horas
MORFINA
POTENCIA DE ALGUNS OPIOIDES COMPARADOS
COM A MORFINA
POTENCIA DE ALGUNS OPIOIDES COMPARADOS
COM A MORFINA
• NALOXONA (0,1 X) = MEPERIDINA
(0,1X) < TRAMADOL (0,15 X) <
MORFINA (1X) = METADONA (1X) <
ALFENTANIL (10X) = OXIDONA (10X)
< BUPRENORFINA (33X) <
BUTORFANOL (50X) <
REMINFENTANIL (80X) < FENTANIL
(100X) < SUFENTANIL (1000X)
Anel fenantrênicoAnel fenantrênico
C 13 - assimétricoC 13 - assimétrico
Éter ácidoÉter ácido
InsaturaçãoInsaturação
Amino 3Amino 3ªªriorio
Penetra membranasPenetra membranas
OH fenólicaOH fenólica
OH alcoólicaOH alcoólica
14
 Náusea e vômito
 Depressão respiratória
 Hipotermia Miose
 Estimula liberação de ADH (contra indicada em uremia)
 Constipação intestinal
 Bradicardia, vasodilatação e hipotensão
 Urticária e prurido no local da injeção
 Broncoconstrição
 Excitação em algumas espécies
MORFINA
Derivados da Morfina
CODEÍNA
Amplo uso como antitussígeno
 Deprime o centro da tosse
 Efeito constipante acentuado
 Em geral é associada a expectorantes ou a outros
analgesicos (ex. paracetamol)
Meperidina
 Potência analgésica 10x menor que morfina
 Uso IM (podendo SC, IV e oral)
 Apresenta efeito espasmolítico
 Latência 30min e efeito 1 a 2 horas
 Reduz salivação e secreção respiratória
 < depressão CV e respiratória que morfina
 Não produz vômito, nem defecação
 Libera histamina, hipotensão e convulsão em injeção
IV rápida
 Potencializa em 50% os barbitúricos
 Profissionais da saúde (64%)
Fentanila
 250 vezes mais potente que morfina
 Uso na medicação pré-anestésica e trans-cirúrgico
 Neuroleptoanalgesia (analgesia com antipsicotico)
 Anestesias balanceadas
 Analgesia espinhal
 Analgesia Dosagem-dependente
 Latência 3 a 5min, ação 20-30min
 Acentuada depressão cardiorespiratória (IV)
 Bradicardia, hipotesão e depressão respiratória acentuadas
quando associada à barbitúricos
Metadona
 Opióide sintético
 Estimula FR
 Relaxamento e perda controle postural
 Salivação e defecação
 Analgesia duração 2-6 horas
 Potencializa 50% os barbitúricos
 Dosagem: 0,1 - 0,2mg/kg IM
 Derivado da petidina (meperidina)
 Ação sobre receptores µ periféricos
DIFENOXILATO
DIFENOXILATO  ANALGÉSICO LEVE – ação direta e seletiva sobre a
musculatura lisa intestinal
DIFENOXILATO  ANALGÉSICO LEVE – ação direta e seletiva sobre a
musculatura lisa intestinal
ATROPINA  MOTILIDADE GI (antagonista muscarínico não seletivo)ATROPINA  MOTILIDADE GI (antagonista muscarínico não seletivo)
LOMOTIL  controle da diarréia, SEM atividade central,
não transpõe BHE
LOMOTIL  controle da diarréia, SEM atividade central,
não transpõe BHE
 Uso: IM, IV
 Dosagem: 0,0025 – 0,01mg/kg IV,IM
 Infusão: 0,5 a 5mg/kg/h
 Adesivo transdérmico: duragesic® 25, 50,75 e 100µg/h
Sulfentanil
 Dosagem: (0,005mg/kg IV)
 5-10 vezes mais potente fentanil e efeito mais prolongado
Alfentanil
 Dosagem: (0,005 a 0,75mg/kg IV)
 1/5 potência fentanil e duração 10min
 Uso em infusão contínua
Fentanila
Cloridrato de Tramadol
 Analgésico sintético da codeína
 Dor leve a moderada
 Alta seletividade por receptor mi, porém baixa
afinidade
 Dosagem: 1 a 2mg/kg IV,IM,VO,via retal
 Sedação nula
 Não provoca emese nem defecação
 Uso no pós-operatório
BUTORFANOL
 É um opióide sintético
 Ação antagonista nos receptores mi (µ) e agonista
receptores kappa (κ)
 Potência 3 a 5 vezes a da morfina
 Duração 2 a 4 horas, efeito analgésico limitado
 Neuroleptoanalgesia
 Pode reverter os efeitos sedativos dos agonistas
puros, mas potencializa a analgesia
 Isento de efeitos colaterais
 Torbugesic®
 Dosagem: 0,1-0,4mg/kg IM, IV, SC
 Potente antitussígeno (0,05mg/kg SC)
BUPRENORFINA
 Potência 33 vezes a da morfina
 Agonista parcial de receptores mi principalmente
 Pode causar excitação ocasional
 Depressão respiratória d/d muito discreta
 Latênica 20-30’ e duração 8-12h
 Útil na analgesia pós operatória
 Neuroleptoanalgesia
 Tengesic®
 Dosagem: 0,005-0,01mg/kg IV,IM,SC
AntagonistasAntagonistas
Naloxona
 Antagonista competitivo em todos os
receptores
 Efeito de 1 a 4 horas
 Dosagem: 0,04mg/kg IV, IM, SC
Nalorfina
 É um agonista parcial
 Antagonizando todos os efeitos da morfina
 Uso para reverter depressão respiratória
produzida pelos opióides
 Efeito agonista isolada e antagonista qdo
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Farmacologia Opioides

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS DEPARTAMENTO DE MEDICINA DISCIPLINA: FARMACOLOGIA I PROFESSOR: LUCIANO BARROS FARMACOLOGIA DOS OPIÓIDES 2017 Seliel Assunção Raira Morais Victor Hugo Marcela Lopes Maria Carolina Leticia Martins
  • 2. • Opiáceos - são substâncias (alcalóides) derivadas do ópio, e portanto, estão incluídos na classe dos opioides. •Papaver somniferum, de onde o Ópio é obtido
  • 3. • Opiáceos - Produzem ações de insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade. Produzem em doses elevadas euforia, estados hipnoticos e dependência e alguns (morfina e heroína) são usados como droga recreativa de abuso.
  • 4. • Opióides – É um grupo de fármacos que atuam nos receptores opioides neuronais. Compondo todas as drogas, naturais ou sintéticas, endógena (peptídeos endógenos) ou exógena.
  • 5. • Opióides - Sao agonistas dos receptores opioides encontrados nos neurônios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino. Há três famílias de opióides endógenos 1 – Encefalinas 2 – Endorfinas 3 – Dinorfina Os opióides endógenos participam dos mecanismos de modulação da dor
  • 6. •Encefalinas - São neurotransmissores narcóticos secretados pelo encéfalo. Semelhantes à morfina, elas se ligam a sítios estéreo-específicos de receptores opióides no cérebro (reagindo com os mesmos receptores neurais do cérebro que a heroína), aliviando a dor (mecanismo de analgesia) e produzindo uma sensação de euforia.
  • 7. •Endorfinas - Foram encontrados 20 tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso sendo a beta-endorfina a mais eficiente, pois é a que dá o efeito mais eufórico ao cérebro. Composta por 31 aminoácidos, a endorfina é produzida, por exemplo, em resposta à atividade física e durante o orgasmo, visando relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar. • As comidas picantes (com pimenta) contém capsaicina, um agonista de receptores de dor na língua. A ativação da vias da dor libera quantidades moderadas de endorfinas. Dai o prazer de comer comidas picantes que é devido à sensação de bem estar que as endorfinas produzem.
  • 8. •Dinorfina - Desempenha um papel importante no enfraquecimento da ansiedade. As endorfinas são liberadas pelo corpo de atletas, e têm um efeito analgésico e eufórico. •Já as dinorfinas têm o efeito inverso : elas funcionam como um amortecedor emocional. •Há uma grande diferença entre as pessoas nos níveis de dinorfinas liberadas naturalmente pelo cérebro.
  • 9. Receptor e ligante natural Efeitos Agonistas µ endomorfina 1 e 2, β-endorfina Analgesia Euforia Redução motilidade TGI Imunossupressão Depressão respiratória Emese Tolerância Dependência física κ Dinorfinas e β-endorfina Analgesia Sedação Miose Diurese Disforia δ Encefalinas e β-endorfina Analgesia Estimulação imunológica Depressão respiratória RECEPTORES OPIÓIDES E EFEITOS
  • 10. µ (mi) δ (Delta) κ (Kappa) Analgesia Supra-espinal Espinal Perfirérico +++ ++ ++ - ++ - - + ++ Depressão respiratória +++ ++ - Constrição pupilar (miose) ++ - + Redução da motilidade GI ++ ++ + Euforia +++ - - Disforia - - +++ Sedação ++ - ++ Dependência física +++ - + Receptores opióides µ, κ, δ
  • 11. A maioria dos neurônios reagem aos opióides hiperpolarizando, refletindo um aumento da condutância do K. O influxo de Ca2+ nos neurônios terminais durante a excitação está diminuído, levando a uma diminuição da liberação de neurotransmissores e diminuição da atividade sináptica. Dependendo do tipo celular afetado, essa inibição sináptica se traduz como um efeito excitante ou inibitório. Mecanismo de ação dos opióides
  • 12. Farmacocinética • Principais locais de ABSORÇÃO: via subcutânea, transdérmica, intramuscular, mucosa do nariz, boca e TGI. • A biodisponibilidade dos opióides utilizados por via oral sofre redução devido ao metabolismo de primeira passagem. • Ajuste da dose administrada por via oral>via parenteral. • Os comprimidos de opióides possuem duas formas de apresentação Liberação imediata Liberação lenta
  • 13. Liberação Imediata • absorção rápida • picos plasmáticos elevados • riscos de toxicidade • maior incidência de efeitos colaterais Liberação lenta • conc. equilíbrio 24 h • dupla matriz • conc analgésicas eficazes por mais tempo (8 -12 h) • sem picos plasmáticos de toxicidade
  • 14. Distribuição • Ligação a proteínas plasmáticas ⇒ albumina e alfa-1 glicoproteína ácida. • Distribuição em tecidos altamente vascularizados ⇒ pulmões, fígado, baço e rim A conc no SNC é relativamente baixa em relação a outros órgãos, devido à barreira hematoencefálica. • Compostos como a heroína e codeína atravessam mais facilmente a barreira hematoencefálica • Esta barreira não está presente em neonatos.
  • 15. Metabolismo • Conjugação com ácido glicurônico (morfina) • Os ésteres (meperidina e heroína) são hidrolizados por esterases hepáticas.
  • 16. Excreção • Podem ser excretados em forma inalterada ou em compostos polares pela urina. • Os glicuronídeos são excretados na bile.
  • 17. Vias de administração • Via retal (supositórios) • Via epidural (anestesia) • Via transdérmica (efeitos sistêmicos)  cataplasma de fentanil • Via intranasal
  • 18. Efeitos dos Opióides Sistema Nervoso Central • Afinidade por receptores µ • Analgesia - alteração da PERCEPÇÃO da dor e da REAÇÃO do paciente a esta dor. • Euforia - sensação agradável de flutuar e estar livre da ansiedade e do desconforto. • Sedação - sonolência e turvação da consciência • Depressão respiratória - inibição dos mecanismos do tronco cerebral
  • 19. Efeitos dos Opióides Sistema Nervoso Central • Supressão da tosse -mais especificamente a codeína. • Miose - • Rigidez no tronco - aumento do tônus nos grandes músculos do tronco, interferindo na ventilação • Náuseas e vômitos - ativação da zona desencadeante quimiorreceptora do tronco cerebral.
  • 20. Efeitos dos Opióides Efeitos Periféricos • Trato Gastrointestinal - efeitos constipantes:  da motilidade do estômago e aumento do tônus,  produção de secreção gástrica. - aumento do tônus do intestino delgado e espasmos periódicos. - aumento do tônus do intestino grosso e  das ondas propulsivas  constipação
  • 21. Efeitos dos Opióides Efeitos Periféricos • Trato Biliar - contração do músculo liso biliar, pode ocasionar cólicas biliares. • Trato genitourinário - depressão da função renal ( do fluxo plasmático renal) -  do tônus do esfíncter uretral pode levar à retenção urinária.
  • 22. Efeitos dos Opióides Efeitos Periféricos • Útero - pode haver prolongamento do trabalho de parto • Neuroendócrino - estimulação da liberação do hormônio antidiurético, prolactina e somatotropina.
  • 23. Uso dos opióides • O tratamento da dor é essencial para a prática médica • Há inúmeras situações em que é necessário proporcionar analgesia antes do diagnóstico definitivo.
  • 24. Uso dos opióides • Analgesia - a dor intensa e constante é aliviada com uso de opóides. - a dor associada ao câncer e outras doenças terminais - a administração do opióide a intervalos fixos é mais eficaz no alívio da dor do que a quando solicitada. - utilização em obstetrícia - atenção - os opióides atravessam a BHE do feto, podendo provocar depressão respiratória.
  • 25. Uso dos opióides • Edema agudo de pulmão - o mecanismo provável é redução na percepção de falta de ar -  da pré-carga (redução do tônus venoso) -  da pós-carga (diminuição da resistência periférica)
  • 26. Uso dos opióides • Tosse - atualmente seu uso está bastante  pelo desenvolvimento de antitussígenos sintéticos que não causam dependência. Codeína, dextrometorfano, levopropoxifeno • Diarréia - elixir paregórico
  • 27. Uso dos opióides • Anestesia - medicação pré anestésica - propriedades sedativas, ansiolíticas e analgésicas - podem ser usados com drogas anestésicas primárias (fentanil) - analgésicos regionais ( ação direta sobre a medula espinhal) quando administrados nos espaços epidural ou subaracnóide da medula espinhal  reversão com naloxona
  • 28. Efeitos tóxicos dos analgésicos opióides • Comportamento agitado, tremor, reações disfóricas • Depressão respiratória • Náuses e vômitos • Aumento da pressão intracraniana • Constipação • Retenção urinária • Urticária (mais freqüente com adm parenteral)
  • 29. Interações das drogas opióides • Sedativos-hipnóticos: maior depressão do SNC, particularmente depressão respiratória. • Tranquillizantes antipsicóticos:Sedação maior; efeitos variáveis sobre a depressão respiratória; acentuação dos efeitos cardiovasculares (ações muscarínicas e alfa-bloqueadoras). • Inibidores da MAO: Contra-indicação relativa a todos os analgésicos opióides pela elevada incidência de coma hiperpirético e hipertensão.
  • 30. Efeitos indesejados • Tolerância - necessidade de doses cada vez maiores para produzir analgesia. • Dependência - • Síndrome de abstinência que pode ser precipitada pelo uso de um antagonista opióide
  • 31. Estrutura química dos analgésicos opióides • Fenantrênicos  Agonistas fortes - Morfina, Hidromorfona, Oximorfona  Agonistas Leves a Moderados - Codeína, Oxicodona e Hidrocodona  Agonistas-antagonistas mistos - Nalbufina, buprenorfina  Antagonistas - Nalorfina, Naloxona e Naltrexona
  • 32. • Fenilepitilamidas  Agonistas fortes - Metadona  Agonistas leves a moderados - Propoxifeno • Fenilpiperidinas  Agonistas fortes - Meperidina, Fentanil (principais análogos sintéticos) Agonistas leves a moderados - Difenoxilato Derivados sintéticos de estrutura não relacionada com a MORFINA
  • 33. • Morfinanos  Agonistas fortes - Levorfanol  Agonistas-antagonistas mistos - Butorfanol  Antagonistas - Levalorfan • Benzomorfanos Agonistas-antagonistas mistos - Pentazocina Derivados sintéticos de estrutura não relacionada com a MORFINA
  • 34. RECEPTOR EFEITOS AGONISTA ANTAGONISTA • Mu: analgesia supraespinhal, depressão respiratória, euforia e dependência • Kappa: analgesia espinhal, miose, sedação, disforia • Sigma: alucinação, estimulação vasomotora e respiratoria • Delta: modifica a atividade dos receptores mi (opióides endógenos) µ (mu) Analgesia supra espinhal, depressão respiratória, euforia e dependência física Morfina +++ Fentanil+++ Codeína + Buprenorfina +++ Naloxona Nalorfina κ (Kappa) Analgesia medular, miose e sedação Morfina + Fentanil + Etorfina +++ Naloxona Naltrexona σ (Sigma) Disforia, alucinações, estimulação Etorfina +++ Morfina ++ Codeína + δ (Delta) Alterações do comportamento afetivo Pentazocina + Nalorfina + Receptores opióides µ, κ, σ, δ
  • 35.  Analgesia Dosagem-dependente  Encontrada em forma de cloridrato e sulfato  Dimorf ®  VO; SC; IM; IV  Biotransformação hepática  Excreção 90% renal e 10% fezes  Efeito 1- 4 horas MORFINA
  • 36. POTENCIA DE ALGUNS OPIOIDES COMPARADOS COM A MORFINA POTENCIA DE ALGUNS OPIOIDES COMPARADOS COM A MORFINA • NALOXONA (0,1 X) = MEPERIDINA (0,1X) < TRAMADOL (0,15 X) < MORFINA (1X) = METADONA (1X) < ALFENTANIL (10X) = OXIDONA (10X) < BUPRENORFINA (33X) < BUTORFANOL (50X) < REMINFENTANIL (80X) < FENTANIL (100X) < SUFENTANIL (1000X)
  • 37. Anel fenantrênicoAnel fenantrênico C 13 - assimétricoC 13 - assimétrico Éter ácidoÉter ácido InsaturaçãoInsaturação Amino 3Amino 3ªªriorio Penetra membranasPenetra membranas OH fenólicaOH fenólica OH alcoólicaOH alcoólica 14
  • 38.  Náusea e vômito  Depressão respiratória  Hipotermia Miose  Estimula liberação de ADH (contra indicada em uremia)  Constipação intestinal  Bradicardia, vasodilatação e hipotensão  Urticária e prurido no local da injeção  Broncoconstrição  Excitação em algumas espécies MORFINA
  • 39. Derivados da Morfina CODEÍNA Amplo uso como antitussígeno  Deprime o centro da tosse  Efeito constipante acentuado  Em geral é associada a expectorantes ou a outros analgesicos (ex. paracetamol)
  • 40. Meperidina  Potência analgésica 10x menor que morfina  Uso IM (podendo SC, IV e oral)  Apresenta efeito espasmolítico  Latência 30min e efeito 1 a 2 horas  Reduz salivação e secreção respiratória  < depressão CV e respiratória que morfina  Não produz vômito, nem defecação  Libera histamina, hipotensão e convulsão em injeção IV rápida  Potencializa em 50% os barbitúricos  Profissionais da saúde (64%)
  • 41. Fentanila  250 vezes mais potente que morfina  Uso na medicação pré-anestésica e trans-cirúrgico  Neuroleptoanalgesia (analgesia com antipsicotico)  Anestesias balanceadas  Analgesia espinhal  Analgesia Dosagem-dependente  Latência 3 a 5min, ação 20-30min  Acentuada depressão cardiorespiratória (IV)  Bradicardia, hipotesão e depressão respiratória acentuadas quando associada à barbitúricos
  • 42. Metadona  Opióide sintético  Estimula FR  Relaxamento e perda controle postural  Salivação e defecação  Analgesia duração 2-6 horas  Potencializa 50% os barbitúricos  Dosagem: 0,1 - 0,2mg/kg IM
  • 43.  Derivado da petidina (meperidina)  Ação sobre receptores µ periféricos DIFENOXILATO DIFENOXILATO  ANALGÉSICO LEVE – ação direta e seletiva sobre a musculatura lisa intestinal DIFENOXILATO  ANALGÉSICO LEVE – ação direta e seletiva sobre a musculatura lisa intestinal ATROPINA  MOTILIDADE GI (antagonista muscarínico não seletivo)ATROPINA  MOTILIDADE GI (antagonista muscarínico não seletivo) LOMOTIL  controle da diarréia, SEM atividade central, não transpõe BHE LOMOTIL  controle da diarréia, SEM atividade central, não transpõe BHE
  • 44.  Uso: IM, IV  Dosagem: 0,0025 – 0,01mg/kg IV,IM  Infusão: 0,5 a 5mg/kg/h  Adesivo transdérmico: duragesic® 25, 50,75 e 100µg/h Sulfentanil  Dosagem: (0,005mg/kg IV)  5-10 vezes mais potente fentanil e efeito mais prolongado Alfentanil  Dosagem: (0,005 a 0,75mg/kg IV)  1/5 potência fentanil e duração 10min  Uso em infusão contínua Fentanila
  • 45. Cloridrato de Tramadol  Analgésico sintético da codeína  Dor leve a moderada  Alta seletividade por receptor mi, porém baixa afinidade  Dosagem: 1 a 2mg/kg IV,IM,VO,via retal  Sedação nula  Não provoca emese nem defecação  Uso no pós-operatório
  • 46. BUTORFANOL  É um opióide sintético  Ação antagonista nos receptores mi (µ) e agonista receptores kappa (κ)  Potência 3 a 5 vezes a da morfina  Duração 2 a 4 horas, efeito analgésico limitado  Neuroleptoanalgesia  Pode reverter os efeitos sedativos dos agonistas puros, mas potencializa a analgesia  Isento de efeitos colaterais  Torbugesic®  Dosagem: 0,1-0,4mg/kg IM, IV, SC  Potente antitussígeno (0,05mg/kg SC)
  • 47. BUPRENORFINA  Potência 33 vezes a da morfina  Agonista parcial de receptores mi principalmente  Pode causar excitação ocasional  Depressão respiratória d/d muito discreta  Latênica 20-30’ e duração 8-12h  Útil na analgesia pós operatória  Neuroleptoanalgesia  Tengesic®  Dosagem: 0,005-0,01mg/kg IV,IM,SC
  • 48. AntagonistasAntagonistas Naloxona  Antagonista competitivo em todos os receptores  Efeito de 1 a 4 horas  Dosagem: 0,04mg/kg IV, IM, SC Nalorfina  É um agonista parcial  Antagonizando todos os efeitos da morfina  Uso para reverter depressão respiratória produzida pelos opióides  Efeito agonista isolada e antagonista qdo usada após opióides puros