O documento discute a relação entre ciência e valores. Apresenta diferentes abordagens éticas sobre ciência e tecnologia e argumenta que deve haver pluralidade de estratégias de pesquisa científica, incluindo aquelas focadas em bem-estar humano e diversidade cultural. Defende também a necessidade de discussão democrática sobre prioridades de pesquisa científica.
Slides utilizados como roteiro de aula. Nesta apresentação são trabalhados alguns pontos fundamentais da Filosofia Crítica. Fazem parte deste roteiro de aula: teoria do conhecimento em Crítica da Razão Pura; Conhecimentos "a priori" e "a posteriori"; Ética do dever; Arte em Kant.
Slides utilizados como roteiro de aula. Nesta apresentação são trabalhados alguns pontos fundamentais da Filosofia Crítica. Fazem parte deste roteiro de aula: teoria do conhecimento em Crítica da Razão Pura; Conhecimentos "a priori" e "a posteriori"; Ética do dever; Arte em Kant.
Aula da disciplina de Ciência, Tecnologia e Sociedade, Universidade Federal do ABC, outubro de 2021. Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/LXJGufhNC6U
Aula da disciplina de Ciência, Tecnologia e Sociedade, Universidade Federal do ABC, outubro de 2021. Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/LXJGufhNC6U
Trabalho da matéria metodologia da pesquisa científica sobre a história e os métodos da pesquisa, feito pela turma do primeiro período de Direito da Nova Faculdade.
Curso completo (167 slides!) de Pesquisa Aplicada em Comunicação Digital, disciplina da Pós-Graduação Estratégia em Comunicação Digital da FGV ECMI, ministrada em 2023.
Relationships among socioeconomic affluence, yard management, and biodiversityVitor Vieira Vasconcelos
IALE –North AmericaAnnual Meeting, April 12 –16, 2021
Summary: Previous studies propose the luxury effect as a positive relationship between economic affluence and both plant species richness and natural resource usage in residential yards. In this study, a social survey capturing data on yard management, landscaping design, and plant species richness was combined with property appraisal and water usage data for 102 houses across 4 neighborhoods in Gainesville, Florida, United States. The relationships among socioeconomic variables, yard management practices and plant species richness were investigated using non-parametric rank tests, redundancy analysis, cumulative link models, and structural equation modelling. The effect of spatial heterogeneity was controlled and analyzed using nominal and random effects for each neighborhood, and inter-scalar partition of variation. The results show that variables related to socioeconomic affluence are positively correlated to irrigation, lawn fertilization, and leaf raking intensity. However, there is no clear pattern relating property value, a surrogate for socioeconomic affluence, to participant-estimated plant species richness among the survey respondents. The analysis of the survey responses finds homeowners estimate higher biodiversity in their backyards than front yards, a trend that is more prominent among newer houses in the study area and those that do not hire professional maintenance services for their backyards. We can conclude that, in our studied area, economic affluence is positively related to water usage and fertilization and that there may be less chance of reincorporating organic matter from litter in the trophic system due to increased leaf raking intensity. Plant biodiversity, on the other hand, seems to depend more on personal relationships with yards, such as preferences for hands-on gardening activities, or for standardized aesthetic patterns of professionally maintained yards, which opens perspectives for further research at inter and intra-yard spatial scales.
Aula da disciplina de Epidemiologia de Doenças Transmissíveis, Universidade Federal do Maranhão, novembro de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/luaLQzok59U
Jogo disponivel em: https://mitsloan.mit.edu/LearningEdge/simulations/
Vídeo instrucional em português disponível em: https://youtu.be/SzjOQVRh5OY
Vídeo instrucional original em inglês, disponível em: https://mitsloan.mit.edu/LearningEdge/simulations/fishbanks/Pages/Video.aspx
Disciplina de Planejamento e Política Ambiental, Universidade Federal do ABC - UFABC, São Bernardo do Campo - SP, setembro de 2020. Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/Ne8h-E9fUbc
Disciplina de Planejamento e Política Ambiental, Universidade Federal do ABC - UFABC, São Bernardo do Campo - SP, setembro de 2020. Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/OSrADbUrx0c
Disciplina de Planejamento e Política Ambiental, Universidade Federal do ABC - UFABC, São Bernardo do Campo, setembro de 2020. Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/6LmBsVV4mRA
Disciplina da Planejamento e Política Ambiental. Universidade Federal do ABC - UFABC, setembro de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/KZOpbdhA-6A
Disciplina de Planejamento e Política Ambiental. Universidade Federal do ABC - UFABC. Setembro de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/zFWhgfCITFI
Aula da disciplina de Planejamento e Política Ambiental, Universidade Federal do ABC, São Bernardo do Campo - SP, setembro de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/Cbrww_jl6jY
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, maio de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/ZCiuyw2XYBQ
Video Estelita: 7 anos em 7 minutos: https://youtu.be/J_YsiBuBWDY
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, maio de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/fdZJ59B2Wac
Dados para as atividades disponíveis em:
https://app.box.com/s/r9yi7ula7sc47vr0e1g5u76ye7b1uhsk
Portal para o mapeamento participativo: https://draw.chat/
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, maio de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/5IwT_Ne25_M
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC - UFABC, São Bernardo do Campo - SP, maio de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/LXI3hpxYYIw
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/E0VwlHcZXxQ
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/iKpCInbZYbs
Atividade do curso de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação disponível em: https://youtu.be/rxLOKTy5uvs
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/9Y8rQARg8qo
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/fZIGBW5tHtY
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo, março de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/T-ZMro0pOW0
Aula da disciplina de Uso de dados espaciais em estudos ambientais, Universidade Federal do ABC (UFABC), março de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/ap7IcO2Icgs
Base de dados disponíveis em: https://app.box.com/s/qf2hsg4b2uontvrawbk3el4fg9cxjufg
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
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1. Ciência, Tecnologia e Sociedade
Aula 14– Ciência e Valores
Vitor Vieira Vasconcelos
BC0602
Abril de 2017
2. Conteúdo
Recapitulação das aulas anteriores
Ética e Tecnologia
Seminário “Valores e Atividade Científica”
Aula expositiva
3. Definição de Ciência, Tecnologia e Sociedade
Modelo linear e circular de desenvolvimento científico,
tecnológico, econômico e social
Participação popular nas políticas de C&T
Controvérsias e Paradigmas Científicos
Robert Merton – Ethos Científico
Eric Hobsbawn - Incertezas científicas, empoderamento
humano, reflexões éticas
Tamás Szmerecsányi – Aspectos econômicos das
revoluções industriais
O que vimos até o momento
4. O que vimos até o momento
Desenvolvimento Sustentável
Políticas Públicas em Ciência e Tecnologia
Manuel Castells – Sociedade em Rede
Redes Digitais e Privacidade
Pierre Bourdieu – Os usos sociais da ciência
Bruno Latour – Ciência em Ação
Bioética
5. Ética pragmática da ciência
• Assume o egoísmo humano e explica a melhor forma de obter
benefício individual do financiador e do cientista
Ética do Guerreiro-Cientista
• Divinização do cientista herói (ex: Newton, Einstein)
• O grande cientista estaria acima do bem e do mal mundano
Ética do Cientista-Santo
• Ideais do Ethos Científico
• Perde espaço com o financiamento da pesquisa
Ética da Responsabilidade (Hans Jonas)
• Avaliação dos riscos pela sociedade
5
Ética, Ciência e Tecnologia
DOMINGUES, I. Ética, Ciência e Tecnologia. Kriterion, n. 109, 2004, p. 159-174
6. Conceito de Ciência
• Investigação empírica sistemática
o Quantitativa e/ou Qualitativa
Propósito da Ciência
• Promover o bem-estar humano
6
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
7. Componentes da Ciência
Teorias com:
Confirmação empírica
Consistência lógica
Poder explicativo
Simplicidade
Aplicações práticas das teorias confirmadas
Ampliação das teorias para domínios cada vez
maiores
Nenhum fenômeno significativo da experiência
humana deve ficar de fora do alcance das
investigações científicas
7
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
8. 8
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
Valores CognitivosExperiência Humana
Estratégia:
O quê e como
pesquisar?
Verificação
de
Teorias
Valores Sociais
9. 9
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
Valores CognitivosExperiência Humana
Estratégia:
O quê e como
pesquisar?
Valores Sociais
Imparcialidade
Verificação
de
Teorias
10. 10
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
Valores CognitivosExperiência Humana
Estratégia:
O quê e como
pesquisar?
Valores Sociais
ImparcialidadeAutonomia
Verificação
de
Teorias
11. 11
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
Valores CognitivosExperiência Humana
Estratégia:
O quê e como
pesquisar?
Valores Sociais
ImparcialidadeAutonomia
Verificação
de
Teorias
12. 12
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
Valores CognitivosExperiência Humana
Estratégia:
O quê e como
pesquisar?
Valores Sociais
ImparcialidadeAutonomia
Neutralidade
Verificação
de
Teorias
13. 13
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
Valores CognitivosExperiência Humana
Estratégia:
O quê e como
pesquisar?
Valores Sociais
ImparcialidadeAutonomia
Neutralidade
Verificação
de
Teorias
14. Imparcialidade
Julgamento apenas com valores cognitivos
Não utiliza valores sociais para aceitar teorias
Mas a ciência pode estudar valores sociais
A imparcialidade é um valor social para valorizar a ciência
Estratégia materialista
Quantitativa
Padrões regulares
Descontextualizada (não estuda valores sociais)
Útil para controle da natureza
14
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
15. Ciências sociais
• Qualitativo e contextualizado
Ecologia e Agroecologia
• Harmonia (e não dominação) entre ser humano e meio ambiente
Tecnologias sociais
• Agricultores familiares
• População pobre
Doenças tropicais
• Atingem principalmente população mais pobre
Conhecimento tradicional
• Plantas medicinais, técnicas agrícolas tradicionais
Estratégias Feministas
• Cientistas, engenheiros e financiadores são em maioria homens
15
Estratégias científicas sub-estudadas
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
16. Descreva uma estratégia de investigacão
científica (a ser avaliada por pares acadêmicos)
sobre o risco quanto a deslizamentos de terra na
Região Metropolitana de São Paulo
16
Exercício
17. Riscos físicos (chuva, solo, rocha, relevo)
Riscos devido à ocupação humana
Risco de perdas financeiras
• E outros danos não-materiais?
Vulnerabilidade social, capacidade de adaptação
e resiliência
17
Avaliação de Risco
18. Aceitar
Conhecimentos e técnicas consolidados
Adotar
Ainda não consolidados, mas melhores
do que as alternativas
Realizar testes
Endosar
Opinar pela legitimidade de
implementar a tecnologia
18
Atitudes sobre as inovações tecno-
científicas
Valores
Cognitivos
Valores
Sociais
Lacey, H., 2015. ‘Holding’and ‘endorsing’claims in the course of scientific activities. Studies in
History and Philosophy of Science Part A, 53, pp.89-95.
19. Delineamento da estratégia de pesquisa
• Valores sociais -> Neutralidade
• Utilizar o máximo de conhecimento humano disponível
Aceitação da teoria
• Valores cognitivos -> Imparcialidade
Publicação dos resultados
• Reflexões sobre implicações éticas da aplicação
• Avaliação de riscos e alternativas de aplicação
• Mostrar limites epistêmicos e necessidade de novas
pesquisas
19
Responsabilidade na Ciência
Lacey, H. (2008). Ciência, respeito à natureza e bem-estar humano. Scientiae Studia, 6(3), 297-327
Responsabilidadecompartilhada:
FinanciadoreseCientistas
• Patenteamento e sigilo industrial reduzem ainda mais a neutralidade
20. Antes da pesquisa de risco:
Quais são os riscos identificados?
Quais riscos serão investigados?
Depois dos resultados:
Avaliação do modelo de risco
Como definir que um risco é tolerável?
O que prescrever como aconselhado
em cada situação de risco?
20
Avaliação de Risco
Valores Cognitivos
Valores Sociais
(Estratégia)
Valores Sociais
Valores Cognitivos
Lacey, H., 2011. A imparcialidade da ciência e as responsabilidades dos cientistas. Scientiae Studia, 9(3), pp.487-500.
21. Paradigma dogmático da ciência global
• Experimentação e Quantificação
• Redução da complexidade -> divisão e classificação
• Rebaixa as outras formas de conhecimento
Paradigma científico emergente
• Movimentos emancipatórios
• Países em desenvolvimento (Epistemologia do Sul)
21
Um Discurso sobre as Ciências
Boaventura de Souza Santos (1988)
Santos, B.D. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos avançados, 2(2), 1988, pp.46-71
22. Condições teóricas que provocaram essa crise
1. A teoria da relatividade de Einstein, relativizando
as teses de Newton
2. A mecânica quântica de Heisenberg e Bohr,
colocando em dúvida a intervenção imparcial do
cientista
3. A incompletude da matemática demonstrada por
Gödel, que coloca em dúvida o rigor das leis da
natureza
4. A ordem a partir da desordem de Prigogine, que a
coloca em dúvida a previsibilidade das ciências
duras
A CRISE DO PARADIGMA DOMINANTE
Santos, B.D. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos avançados, 2(2), 1988, pp.46-71
23. Em vez da eternidade, a história
Em vez do determinismo, a imprevisibilidade
Em vez do mecanicismo, a interpenetração, a
espontaneidade e a auto-organização
(sinergia)
Em vez da reversibilidade, a irreversibilidade e
a evolução
Em vez da ordem, a desordem
Em vez da necessidade, a criatividade e o
acidente
Isto resulta num sentimento de insegurança, pois
não há certezas nem verdade absolutas
A CRISE DO PARADIGMA DOMINANTE
Santos, B.D. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos avançados, 2(2), 1988, pp.46-71
24. Transição:
• Incerteza (crise epistemológica) nas teorias científicas mostram
a dissolução do paradigma global dominante
• O cientista vira um ignorante especializado e o cidadão
comum, um ignorante generalista
• Reconhecimento da diversidade cultural e das necessidades e
interesses dos movimentos emancipatórios
• Reconhecimento da multiplicidade de formas de conhecimento
Proposta:
• transitar do “conhecimento prudente” para o
“conhecimento prudente para uma vida descente”
24
Um Discurso sobre as Ciências
Santos, B.D. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos avançados, 2(2), 1988, pp.46-71
25. Hipóteses para o paradigma emergente:
• Não faz sentido mais separar ciências naturais e
sociais
• Uma nova ciência deve sintetizar esses dois pólos
• Deve-se rejeitar o positivismo lógico, empírico,
mecanicista, materialista
• Não se deve buscar uma teoria única, mas uma
pluralidade de linhas de investigação
• A nova síntese não separará conhecimento científico
e senso comum, mas os ligará pela filosofia da prática
25
Um Discurso sobre as Ciências
Santos, B.D. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos avançados, 2(2), 1988, pp.46-71
26. O paradigma emergente
• Todo conhecimento científico-natural é científico-
social
o Não contrapor natureza orgânica, inorgânica, ser humano, cultura e sociedade
• Todo conhecimento é local e total
o O conhecimento surge em um contexto local, mas não disciplinarizado,
e apresenta possibilidade de aplicação em outros contextos
• Todo conhecimento é autoconhecimento
o A vida do cientísta se entrelaça com a criação (ciência)
• Todo conhecimento científico visa constituir-se em
senso comum
o Diálogo entre a ciência e a vida cotidiana
26
Um Discurso sobre as Ciências
Santos, B.D. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos avançados, 2(2), 1988, pp.46-71
27. Crítica de Hugh Lacey a Boaventura de Souza
Santos
• A Estratégia Materialista (modelo global) não estaria
dando sinais de se enfraquecer
• A Estratégia Materialista não deve ser rejeitada (pois
é útil), mas complementada por outras estratégias
• A imparcialidade não deve ser questionada como
critério de aceitação de teorias
o Valores sociais não devem entrar nessa avaliação
• A ciência deve ser valorizada por seu alto conteúdo
cognitivo, e não igualada a outros conhecimentos
27
Valores e Atividade Científica
LACEY, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.
28. Garantir a pluralidade de estratégias de pesquisa
Articulação entre estratégias interdisciplinares materiais e sociais
• Ex: Pesquisar aspectos biotecnológicos, ecológicos e econômicos das
sementes
Estratégias de investigação sobre diversidade de concepções de
bem-estar, pelas ciências sociais
Discussão e decisão democrática sobre as prioridades de
estratégias de investigação
• Solidariedade com os grupos marginalizados
Investimento em avaliações de riscos e comparação de
alternativas
Projetos de extensão: levar ciência a quem precisa
28
Como a ciência pode melhor contribuir para o
bem-estar humano?
Lacey, H. (2008). Ciência, respeito à natureza e bem-estar humano. Scientiae Studia, 6(3), 297-327
Lacey, H. Valores e atividade científica 2. Editora 34, 2010.