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Pesquisa Aplicada em
Comunicação Digital
Leonardo Foletto, FGV ECMI
ME APRESENTANDO
▪
▪ Jornalista (UFSM), mestre em jornalismo (UFSC), doutor em
Comunicação (UFRGS), com pós-doutorado na USP (LabCidade, FAU)
▪ Fui professor visitante na Unochapecó, UCS, Unisinos e PUC (RS), PUCSP;
▪ Trabalhei como jornalista na Folha de S. Paulo (Ilustrada) e participei de
diversos coletivos - Casa da Cultura Digital São Paulo, CCD POA,
Matehackers, Ônibus Hacker, LabHacker, BaixoCentro;
▪ Criei e edito faz 15 anos o BaixaCultura, laboratório online de (contra)
cultura digital;
▪ Interessado em: comunicação e tecnologia - cultura livre - tecnopolítica -
ciberativismo - autonomia - filosofia da técnica - história da ciência e da
arte - Inteligência Artificial - criação artística - produção cultural - teoria
das mídias;
▪ Sou professor da FGV ECMI, coordenador da pós-graduação e do
(futuro) curso de Graduação em Comunicação Digital da FGV ECMI SP;
▪ Faço parte da coordenação do Creative Commons Brasil e da rede de
pesquisa Tierra Común
▪ Contato: leonardo.foletto@fgv.br - site pessoal: http://leofoletto.info
CHECK IN
▪ Nome e tema do TCC (ou de outro trabalho
envolvendo pesquisa);
▪ Como vocês chegam hoje para a aula?
▪ O que vocês esperam dessa disciplina?
▪ Diga 3 temas que vocês se interessam em saber
HOJE;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
▪ Ementa:
História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e
fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias
Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos
digitais. Plataformização. Ação Algorítmica
Comunicação e a divulgação científicas.
Pós-graduação em Estratégias da Comunicação Digital
Próximas disciplinas:
Pesquisa e Análises em Redes Sociais (Dalby Dienstbach); Casos de
Estratégia Digital (Bianca Santana);
2024: Ciência de Dados; Análise de Dados; Design e Visualização de
Dados;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 1: 25/10
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Noções sobre métodos científicos e pesquisa acadêmica
Natureza da Pesquisa Aplicada
Pesquisa em Comunicação
Aula 2: 26/10
Problemas de pesquisa
Desenho de pesquisa e quadro teórico
Procedimentos metodológicos
Delimitando objetos e fenômenos digitais
Aula 3: 1/11
Métodos Digitais.
Métodos Tradicionais e Computacionais.
Humanidades Digitais.
Objetos Digitais
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 4: 8/11:
Plataformização
Ação Algorítmica
Affordances
Política de Plataformas
Aula 5: 09/11
Divulgação e Comunicação Científica
Funções da divulgação científica
Meios e modos de popularização do conhecimento científico
Ciência Aberta
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
_ DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa
em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
_RECUERO, R; BASTOS, M; ZAGO, G. Análise de redes para a mídia
social. Porto Alegre: Sulina, 2015. 182 p. (Coleção Cibercultura)
_ OMENA, Janna Joceli. Métodos digitais: teoria-prática-crítica.
Lisboa: Icnova, 2019
_ MOURA, C. P.; LOPES, M. I. V. Pesquisa em comunicação:
metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016.
_ SILVA, T.; BUCKSTEGGE, J.; ROGEDO, P. Estudando cultura e
comunicação com mídias sociais. Brasília: Instituto Brasileiro de
Pesquisa e Análise de Dados – IBPAD, 2018.
_ ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo; Perspectiva,
1996.
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
_ Tarefa em aula (1,0)
Na aula 2 e na aula 4
Trabalho final
Pré-projeto de pesquisa sobre tema de livre escolha (dentro de
comunicação digital) que tenha os seguintes elementos:
_ Introdução
_ Problema de pesquisa;
_ Corpus/definição de amostra a ser analisada;
_ Metodologia e procedimentos;
_ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa;
Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0)
Entrega final: 26/11 - (8,0)
* Não precisa estar pronto, só uma prévia;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 1, 25/10: FUNDAMENTOS
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa
Natureza da pesquisa aplicada
Pesquisa em Comunicação
OBJETIVOS DA AULA:
_ Compreender a história da ciência e do método científico;
_ Entender o pensamento científico e suas implicações;
_ Discutir o fazer científico com base em problemas cotidianos;
_ Entender os fundamentos da pesquisa acadêmica e científca;
_ Entender a história da pesquisa em comunicação no Brasil e no Mundo;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
PARTE 1: HISTÓRIA DA CIÊNCIA (E DA PESQUISA)
_ Pequena digressão sobre a história da ciência e do método científico;
_ Pensar Cientificamente;
_ Paradigmas;
_ Críticas contemporâneas ao método;
O CICLO DA PESQUISA
O QUE É PESQUISAR?
Busca e análise de informações para produzir/ampliar conhecimento.
POR QUE PESQUISAMOS?
Uma resposta simples: para entender e explicar a realidade. Outra: para encontrar
respostas a problemas que ainda não foram resolvidos. Ainda: para aumentar,
aprimorar, aperfeiçoar um conhecimento, um processo, um produto. Mais: por
curiosidade, algo inapto a nós, seres vivos.
COMO SE PESQUISA?
Fazendo perguntas. Escolhendo um jeito de responder às perguntas. Indo atrás de
respostas: lendo, observando, coletando, analisando, escrevendo. Checando,
testando. Pondo em circulação. Criticando e sendo criticado.
Fazendo perguntas. Escolhendo um jeito…
CIÊNCIA?
Scientia = conhecimento (em Latim)
Consciência, Onisciência…
Science, ciência, ciencia, science, scienza, Wissenschaft…
Wissenschaf? Alemão. Wetenschap (holandês)
Wissen (“conhecimento”) + -schaft (“fabricação”)
pré-socráticos, “pré-cientistas”. "prova científica", ou repetição do fato
observado na natureza.Pensamento científico. Ceticismo
Pré-socráticos - > Sócrates
- > diálogos organizados por Platão - >
criador da Academia (Atenas) - > estudou Aristóteles
Jacques-Louis David, (Metropolitan
Museum of Art) - Wikipedia
MÉTODO
▪ Do grego antigo, μέθοδος:
Meta: meio, através de
Hodos: caminho, estrada.
▪ Propagado a partir dos gregos
(depois romanos).
Filosofia + Matemática +
Física + Química + Biologia
MISTURADOS COM
Artes + Poesia + Teatro +
Literatura + Política
▪
▪ Aristóteles (384-322 a.C)
▪ Ciência teórica = “filosofia
primeira" (ou metafísica),
matemática e física (“filosofia
natural”).
▪ Ciência prática: Orientada
para a ação. Política e ética.
▪ Ciência Aplicada: A técnica,
ou seja: o que pode ser
produzido pelo ser humano,
como agricultura e a poesia.
MÉTODO CIENTÍFICO
Observação sistemática, medição, experimentação e
formulação, análise e modificação de hipóteses
A história do método científico se mistura com a história da
ciência;
_ Documentos do Antigo Egito já descrevem alguns métodos de
diagnósticos médicos que lembram os atuais;
_ Há indícios do método científico em Aristóteles;
_ Na filosofia islâmica: Ibn al-Haytham (“Alhazen”, 965–1039,
Iraque), que em sua pesquisa sobre ótica organizou o que
muitos consideram as bases do método científico moderno, que
se consolidaram com o surgimento da Física nos séculos XVII e
XVIII
ALÉM DO OCIDENTE
Antigo Egito
Geometria, Medicina (exame, diagnóstico,
tratamento, e prognóstico);
Sumérios, mesopotâmios
Astronomia: ano solar, calendário lunar,
aritmética;
China
Bússola (séc. IX, X), a pólvora (séc. IX), o
papel (séc. I) e a impressão (VI e VII);
Índia
matemática prática: funções
trigonométricas (seno e cosseno); Bhaskara
(1114-1185)
Oriente Médio
Álgebra (al-jabr, “a consolidação”),
Algarismo, Algoritmo (Al-Khwarizmi,
matemático persa do século IX), zero,
álcool, zênite…
▪
▪
MÉTODO CIENTÍFICO
▪ A metodologia científica se
consolida tem sua origem no
pensamento de Descartes -
depois, empiricamente, pelo
físico inglês Isaac Newton
(1642-1727).
René Descartes (1596-1650)
propôs chegar à verdade
através da dúvida sistemática
e da decomposição do
problema em pequenas partes,
características que definiram,
a partir de então, a base da
pesquisa científica
▪
“cogito, ergo sum”
penso, logo sou (existo)
Trecho do DISCURSO DO MÉTODO (1637, traduzido para o latim em
1656);
“1º) jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não
conhecesse evidentemente como tal, isto é, de evitar cuidadosamente
a precipitação e a prevenção; CETICISMO. DUVIDAR;
2º) dividir cada uma das dificuldades que eu examinar em tantas
parcelas quantas possíveis e necessárias fossem para melhor
resolvê-las; ANÁLISE;
3º) conduzir, por ordem, meus pensamentos, começando pelos objetos
mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco,
como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos;
SÍNTESE;
4º) fazer, em toda parte, enumerações tão completas e revisões tão
gerais que eu tivesse a certeza de nada omitir; CLASSIFICAR,
ORGANIZAR;
MÉTODO CIENTÍFICO
SÉCULOS XVIII E XIX
_ Francis Bacon; Isaac Newton; menos racionalismo, mais
empirismo, ou seja: experimentação prática.
_ David Hume consolida essa visão: observar o mundo ao nosso
redor.
_ Ciências como conhecemos hoje nasceram nesse período:
Química (alquimia), Medicina (curandeirismo, medicina
“prática”), Economia, Biologia (1736 palavra aparece em latim
pela 1º vez, 1802;). Louis Pasteur e a pasteurização (1865);
Humanas e sociais aplicadas vieram um pouco depois:
sociologia (Comte 1828, Durkheim 1895), antropologia (A
Origem das Espécies, Charles Darwin 1859); psicologia (Freud,
1896). Comunicação, Administração (séc XX), décadas de
1920-1930;
UM CONTRAPONTO MÁGICO
Silvia Federici argumenta que a eliminação da
abordagem “mágica”, ligadas à feitiçaria, foi
essencial para o estabelecimento da ciência
moderna - e também do trabalho assalariado
capitalista. “É assim que temos de ler o ataque
contra a bruxaria e contra a visão mágica do
mundo que, apesar dos esforços da Igreja,
continuou a prevalecer num nível popular através
da Idade Média. Dessa perspectiva, todo elemento
-ervas, plantas, metais e a maior parte do corpo
humano - escondia virtudes e poderes que lhe
eram peculiares, Desde a quiromancia até os
oráculos, do uso de encantamentos às simpatias
curativas, a magia abriu um vasto número de
possibilidades. Erradicar estas práticas foi uma
condição necessária para a racionalização
capitalista do trabalho, já que a magia aparece
como uma forma ilícita de poder e um instrumento
para obter o que se queria sem esforço”. A magia
destrói a Indústria, lamentou-se Francis Bacon,
admitindo que nada lhe causava tanta repulsa
quanto a premissa de obter resultados com alguns
experimentos lúdicos, em vez do suor da própria
testa” (Federici, 2019, p. 142)
▪
PENSAR CIENTIFICAMENTE
Indução: aplicação de enunciados gerais a fatos particulares;
Dedução: aplicação de fatos particulares a enunciados gerais;
Hipotético-dedutivo: ambos. indução e dedução na formulação
de um método científico experimental (observação,
experimentação e mensuração);
Falseamento: testar suas hipóteses procurando não apenas
evidências de que ela está certa, mas sobretudo evidências de
que ela está errada (Popper);
PARADIGMAS
Conceito das ciências e da epistemologia (teoria do
conhecimento, que estuda as formas como a gente conhece
o mundo/as coisas)
“Modelo” que orientam o desenvolvimento científico.
Mudam não muito facilmente;
Exemplos: paradigmas iluminista, positivista, materialista,
moderno, pós-moderno, etc;
Thomas Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas
(1962)
CRÍTICAS AO MÉTODO
Paul Feyeraband, pluralismo
metodológico; ciência deve romper
regras, “contra-regra”: não induzir, mas
aceitar hipóteses mesmo quando não se
ajustam a fatos considerados
consolidados.
John Law: ciência não é neutra e
objetiva, argumentando que a ciência é
sempre realizada a partir de uma
perspectiva social e culturalmente
situada. Como a tecnologia. Saberes
localizados, Donna Haraway;
_ Edgar Morin; realidade é complexa e
interconectada. Ciência deve adotar
uma abordagem mais holística e
transdisciplinar. Método da
complexidade, que busca compreender
a realidade como um todo, em sua
totalidade e em suas múltiplas
interações.
▪ Contra o Método, 1975
▪ After Method: mess in social
science research, 2004
▪ O método. 6 volumes, 1977
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
PARTE 2: PESQUISA APLICADA E PESQUISA EM
COMUNICAÇÃO
_ Definição de Pesquisa Aplicada e Tecnociência;
_ Brevíssimo histórico da Pesquisa em Comunicação;
_ Principais correntes (teórico-práticas) da história da comunicação;
_ Pesquisa em Comunicação no Brasil;
_ Comunicação em um contexto de datificação;
PESQUISA APLICADA
Pesquisa aplicada
+ Geração de conhecimento (científico) para aplicação;
+ Solução de problemas específicos da realidade (do território, da
sociedade, da empresa/organização/coletivo, etc);
+ Gerar impacto, produto, inovação, tecnologia;
+ Resultados são utilizados para melhoria de processo, produto,
capacidade, bem-estar social, etc;
Ampliação do conhecimento (científico) e melhoria da sociedade;
“Oposição” pesquisa básica/bruta X aplicada não faz tanto sentido;
PESQUISA APLICADA
TECNOCIÊNCIA
STS (Science and
Technology Studies)
Campo interdisciplinar
que examina a criação,
o desenvolvimento e as
consequências da
ciência e da tecnologia
em seus contextos
históricos, culturais e
sociais
Conexão entre desenvolvimento
científico e tecnológico, como
demonstrado nos “estudos de
laboratório”;
_ O poder dos laboratórios (e dos
espaços de Engenharia) de mudar
como o conhecemos e vivemos;
_ As teias contínuas que conectam
cientistas, engenheiros e atores sociais
na prática real;
_ A propensão do mundo
tecnocientífico de criar novos híbridos
de natureza e cultura e, portanto, de
complicar as fronteiras entre natureza
e cultura” (LATOUR, 2000)
PESQUISA NA COMUNICAÇÃO
+ Interdisciplinar “por natureza”: ciência “encruzilhada”;
+ Ciências sociais: Sociologia, Psicologia, Antropologia
+ Ciências naturaiis: biologia, matemática;
+ Linguística, Letras; Filosofia; História; Engenharia;
Outras ciências sociais aplicadas: Direito, Administração,
Contabilidade;
PESQUISA NA COMUNICAÇÃO
1: Mídia (Imprensa) como fenômeno de pesquisa;
Da História, Sociologia, Ciência Política (séc. XVIII, XIX)
Primeiros jornais (séc. XVII, Alemanha)
1º tese: Os Relatos Jornalísticos
(Tobias Peucer, Leipzig, Alemanha, 1690)
Estudos das Tecnologias de Comunicação (Imprensa, Rádio,
Televisão, Gramofone, etc)
2: Enquanto Ciência: teorias e métodos próprios
Início do Século XX, Estados Unidos e Europa
Estudos de Comunicação de Massa
Estudos do Jornalismo
CORRENTES DE PESQUISA
_ Estados Unidos: Mass
Comunnication Research
Escola de Chicago (Park,
Burgess), Semiótica (Peirce),
Escola de Palo Alto (Bateson,
Gofman);
_ Corrente Funcionalista
(Laswell, Lazarsfeld), Teoria
Matemática (Shannon e
Weaver), Pesquisa de Audiência
(Wolf, Mattelart);
_ Opinião Pública (Walter
Lippmann, Marcuse)
_ Escola de Frankfurt: Indústria
Cultural
_ Estruturalismo: Barthes;
Michel Foucault, discurso
saber-poder; Pierre Bourdieu,
campos, estruturas, habitus;
_ Pós-modernos: Guy Debord: A
sociedade do espetáculo; Jacques
Derrida: Escritas da
desconstrução; Gilles Deleuze:
Mídia e sociedade de controle;
Jean Baudrillard: Da sociedade de
consumo ao deserto do real:
excesso de comunicação; Zygmund
Bauman: Comunicação em tempos
líquidos;
_ Estudos Culturais; Stuart Hall,
Raymond Williams;
_ Escola de Toronto: Harold Innis,
Marshal McLuhan;
_ Teoria ator-rede: Bruno Latour,
John Law: objetos atuam;
PESQUISA NA COMUNICAÇÃO NO BRASIL
Faculdades
1947 - Cásper Líbero (Jornalismo);
1949-1952 - PUCRS;
1952 - UFRGS;
1961 - UCPE;
Pós-graduação
1972 - ECA-USP;
1973 - UFRJ;
1974 - UnB;
1990 - UFBA;
1994 - PUCRS;
1997 - UFRGS;
1998 - UFPE;
COMUNICAÇÃO DIGITAL
+ Grandes bases de dados;
+ “Escutas das redes”;
+ Formas Comunicativas das
IAs;
+ Processos algorítmicos;
+ Conexões com democracia,
instituições, mercados,
governos
REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES. Obras completas. São Paulo; WMF Martins Fontes. 2012.
DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo; Martins Fontes, 2001.
DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009
FEDERICI, Silvia. O Calibã e a Bruxa: Mulheres, corpos e acumulação primitiva. São Paulo; Elefante, 2019. Disponível em:
https://rosalux.org.br/wp-content/uploads/2017/10/CALIBA_E_A_BRUXA_WEB.pdf
FEYERABAND, Paul. Contra o Método. São Paulo; Editora Unesp, 2007. Disponível em:
https://soife.files.wordpress.com/2009/06/paul-feyerabend-contra-o-metodo.pdf
HARAWAY, Donna. a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7–41.
Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773
LATOUR, Bruno. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Ed. UNESP, 2000
LAW, John. After Method: mess in social science research. New York: Routledge, 2004. Disponível em:
http://www.leofoletto.info/wp-content/uploads/2016/08/john_law_after_method_mess_in_social_science_research_internati
onal_library_of_sociology__2004.pdf
KUHN, Thomas. A estrutura das Revoluções Científicas. 12ª ed. São Paulo; Perspectiva, 2001
MARQUES DE MELO, José. Comunicação Social,Teoria e Pesquisa, Petrópolis; Vozes,1977.
MORIN, Edgar. O método I: A natureza da Natureza. Porto Alegre; Sulina 2003.
SALIBA, George. Islamic Science and the Making of the European Renaissance.Boston; MIT Press, 2011
SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e Pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. 1 ed. ed. São Paulo: Hacker Editores, 2001.
RUSSEL, Bertrand. História do pensamento ocidental. Rio de Janeiro; Nova Fronteira, 2017.
GRACIAS!
@leofoletto nas redes
leonardo.foletto@fgv.br
DICAS EXTRAS/SUGESTÕES
Pesquisa Aplicada em
Comunicação Digital
Leonardo Foletto, FGV ECMI
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 1: 25/10
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa
Natureza da pesquisa aplicada
Pesquisa em Comunicação
Aula 2: 26/10
Problemas de pesquisa
Desenho de pesquisa e quadro teórico
Procedimentos metodológicos
Delimitando objetos e fenômenos digitais
Aula 3: 1/11
Métodos Digitais.
Métodos Tradicionais e Computacionais.
Humanidades Digitais.
Objetos Digitais
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 4: 8/11:
Plataformização
Ação Algorítmica
Affordances
Política de Plataformas
Aula 5: 09/11
Divulgação e Comunicação Científica
Funções da divulgação científica
Meios e modos de popularização do conhecimento científico
Ciência Aberta
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 2, 26/10: DESENHO DE PESQUISA
Problema de pesquisa
Procedimentos metodológicos. Metodologias
Corpus e construção de amostras.
OBJETIVOS DA AULA:
_ Entender como se faz um desenho de pesquisa que responda às
questões propostas;
_ Formular questões de pesquisa e hipóteses relevantes para o
campo e para a sociedade;
_ Identificar diferentes conjuntos de dados com as suas formas
distintas de compreensão de um fenômeno;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
PARTE 1: ETAPAS DE PESQUISA
PARTE 2: EXEMPLOS DE PESQUISA: ENGENHARIA
REVERSA
PARTE 3: EXERCÍCIO PRÁTICO
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
1. Delineamento do problema
2. Elaboração de perguntas (e/ou formulação
de hipóteses)
3. Desenho da pesquisa (quadro teórico e
métodos)
4. Operacionalização de conceitos e variáveis
5. Seleção da amostra
6. Elaboração do instrumento de coleta de
dados
7. Coleta de dados
8. Análise e interpretação dos resultados
9. Redação (relatório/projeto/tese/artigo/etc)
10. Divulgação Científica
Planejamento: 1 a 5
Coleta de dados: 6 e 7
Análise e interpretação: 8
Redação: 9
Divulgação: 10
1. PROBLEMA?
”Escolher um problema de pesquisa é observar bem seu ambiente de vida,
de modo atento e critico, para ver se nele não se acha uma situação qualquer
que cause problema, situação que a pesquisa permitiria compreender e
eventualmente modificar” (LAVILLE, SIMAN, 1999).
PROBLEMA!
DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PROBLEMA…
+ Do grego:
pro (na frente)
ballein (jogar).
jogar na frente
+ Um problema deixa clara a
necessidade de realização de
pesquisa para que ele possa ser
respondido.
+ Um problema abre caminhos
para a sistematização de
informações e dados que
respondam a questão posta
PROBLEMA NA COMUNICAÇÃO DIGITAL
+ Inserção do objeto de estudo e
dos caminhos da pesquisa
dentro da área de
conhecimento;
+ Processos comunicacionais
(formais e informais)?
+ Um olhar direcionado para a
dimensão comunicativa do
objeto comunicacional.
● ”As imagens televisivas, as mensagens baixadas na
internet, a escritura nas páginas de um jornal, a
propaganda política de um partido existem enquanto
materialidade, estão inscritos fisicamente em nosso
mundo. A comunicação compreende objetos, ações,
indivíduos – trata-se de prática, de uma ação
humana. E quando falamos de um telejornal que
assistimos, de um blog que estamos escrevendo, de
um programa que baixamos em nosso celular,
estamos nos referindo a essa dimensão empírica, a
essa “corporeidade” da comunicação”.
FRANÇA, V. O objeto e a pesquisa em comunicação: uma abordagem
relacional. MOURA, Cláudia Peixoto de. LOPES, Maria Immacolata
Vassallo de (org.). Pesquisa em Comunicação. Metodologias e práticas
acadêmicas. Porto Alegre: EdiPUCRS., 2016.
●
2. HIPÓTESES
Como fazer? Observar. Pesquisar resultados de outras
pesquisas; teorias; intuição (sim, também vale). Precisa ser:
clara; testável; específica; ter como analisar (empírica);
simples. Se possível, relacionada com alguma teoria.
Tipos mais comuns:
_ Casuísticas (determinadas características);
_ Frequência de acontecimentos;
_ Associação entre variáveis (relações);
_ Dependência entre uma ou mais variáveis;
3. DESENHO DE PESQUISA
_Construir o melhor jeito de escuta da realidade: METODOLOGIA
_ Definir um (ou mais) métodos e os procedimentos
Método/Metodologia: uma estratégia ou uma abordagem geral para
realizar uma tarefa/pesquisa/ação.
Exemplos: Etnografia, estudo de caso, pesquisa de opinião etc
(qualitativos); análise de conteúdo, pesquisa de opinião (quantitativos);
Procedimento: conjunto específico de ações que fazem parte do método;
Exemplos: seleção de participantes, preparação da pauta, escolha da
forma de registro (entrevistas); escolha da amostra, produção do
questionário (pesquisa de opinião);
4. CONCEITOS E VARIÁVEIS
_ Quais conceitos? Operacionalização de
conceitos e variáveis;
_ Escolha/encaixe de teorias: REFERENCIAL
TEÓRICO;
_ Contextualização e revisão da literatura nos
temas abordados;
5. SELEÇÃO DE AMOSTRA
“Ir a Campo”
_ Quais dados?
_ De onde?
_ Por quanto tempo?
_ O que precisa para coletar?
Quais instrumentos, softwares?
Quais recursos (pessoais, financeiros)?
Limitações!
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
PARTE 1: ETAPAS DE PESQUISA
PARTE 2: EXEMPLOS DE PESQUISA: ENGENHARIA
REVERSA
PARTE 3: EXERCÍCIO PRÁTICO
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
PARTE 2: EXEMPLOS
1) Discurso de ódio online e aplicativos de mensagem instantânea:
uma abordagem sociotécnica de interações no WhatsApp e no
Telegram
Grupo de Pesquisa Comunicação, Sociedade e Mídia Digital -
FGV ECMI, Núcleo TecnoculturaS
Projeto financiado (parcialmente) pelo Edital Universal do CNPq
INTRODUÇÃO/RESUMO
Delineamento do problema: Introdução (resumo, contextualização)
“A circulação de discurso de ódio em ambientes on-line configura-se
como um dos principais desafios para as democracias
contemporâneas. A literatura tem apontado que a discriminação
contra grupos vulnerabilizados em razão de características
identitárias (gênero, raça, orientação sexual, origem etc.) ganha
especificidades quando praticada nas mídias digitais (BROWN,
2018; SIEGEL, 2020). O aumento, por exemplo, da visibilidade de
símbolos de supremacia branca e de ataques a grupos étnicos sinaliza
a necessidade de governos, pesquisadores e organizações civis
combaterem os desdobramentos do discurso de ódio praticado na
internet (PAREKH, 2012; SILVA, 2016)”.
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS
Delineamento do problema: Introdução (resumo, contextualização)
Esta pesquisa examina como as características sociotécnicas das
plataformas de mensagem instantânea estruturam a produção, a
circulação e o combate ao discurso de ódio on-line. O estudo foca
especificamente no debate em grupos públicos do WhatsApp e do
Telegram no contexto brasileiro, reconhecendo a centralidade destas
plataformas para a comunicação cotidiana (APP ANNIE, 2021) e a
consolidação do celular como principal canal de acesso à internet no
país (IBGE, 2015).
HIPÓTESES E PERGUNTAS
A hipótese central é de que a dinâmica do debate mediado por esses
aplicativos resulta da negociação entre as normas de sociabilidade
estabelecidas por grupos de usuários e o que chamaremos de
"gramática das plataformas" (OMENA, RABELLO e MINTZ, 2020),
ou seja, o conjunto de funcionalidades expressas materialmente nas
interfaces de um determinado meio digital, sobre o qual se inscrevem
usos possíveis, planejados ou não
QUESTÕES: Assim, intencionamos saber: que tecnicidades
oportunizam os discursos de ódio nesses ambientes? Por meio de que
práticas? Que apropriações viabilizam? Quais táticas de
enfrentamento às discriminações permitem?
QUADRO TEÓRICO/METODOLÓGICO
Primeiro, realiza-se, no primeiro semestre da pesquisa, uma revisão sistemática
da produção teórica sobre discurso de ódio online, com foco em aplicativos de
mensagens instantâneas. Entre primeiro e o segundo semestre do projeto,
parte-se para a fase de coleta de dados, que consiste em três etapas:
1) a análise de interface a partir da documentação de telas, recursos e fluxos de
atividade dos usuários nos aplicativos analisados com base no “walkthrough
method” (LIGHT, BURGESS e DUGUAY, 2018);
2) a estruturação da infraestrutura e desenvolvimento de processos para o
monitoramento do debate em grupos abertos do WhatsApp e Telegram,
garantindo a privacidade e o anonimato dos observados (PIAIA, MATOS,
DOURADO e BARBOZA, 2020);
3) a aplicação de entrevistas semiestruturadas com usuários dos grupos
observados. Por fim, nos dois últimos semestres do projeto, realizaremos a
análise dos dados obtidos em todas as etapas de forma integrada, a fim de
compreender os aspectos sociotécnicos da produção, circulação e resistência ao
discurso de ódio nas plataformas estudadas.
OUTRAS ETAPAS
Projeto em andamento, com adaptações. Ainda tem:
_ Seleção da amostra
_ Elaboração do instrumento de coleta de dados
_ Coleta de dados
_ Análise e interpretação dos resultados
_ Redação (relatório/projeto/tese/artigo/etc)
_ Divulgação Científica
EXEMPLOS
EXEMPLO 1:
Perguntas:
Amostra (corpus):
Metodologia:
EXEMPLOS
EXEMPLO 2:
Perguntas:
Amostra (corpus):
Metodologia:
EXEMPLOS
The Far-Right Smokescreen: Environmental Conspiracy and Culture Wars on Brazilian
YouTube - https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/20563051231196876
A Cortina de Fumaça da Extrema Direita: Conspiração Ambiental e Guerras Culturais no
Youtube Brasileiro -
https://apublica.org/wp-content/uploads/2023/10/A-Cortina-de-Fumaca-da-Extrema-
Direita_-Conspiracao-ambiental-e-Guerras-Culturais-no-Youtube-Brasileiro_traducao.p
df
EXEMPLO 3:
Perguntas:
Amostra (corpus):
Metodologia:
EXEMPLOS
EXEMPLO 4:
Perguntas:
Amostra (corpus):
Metodologia:
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
PARTE 1: ETAPAS DE PESQUISA
PARTE 2: EXEMPLOS DE PESQUISA: ENGENHARIA
REVERSA
PARTE 3: EXERCÍCIO PRÁTICO
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
EXERCÍCIO
_ Vocês vão escolher um tema (entre 4 disponíveis) - 5’
_ Dividir em grupos (até 3) para responder (salas do Zoom) - 5’
_ Responder (em texto, docs ou pad, 1 página) - 30-50’
1) Quais os problemas /perguntas de pesquisa possíveis para este
tema? 1 ou +;
2) Como vocês pensam que é possível responder a este problema?
Pensar em um corpus dos dados (quais dados? com quem? de
onde?) para coletar e buscar responder às perguntas de pesquisa;
Extra: que conceitos usariam? quantas pessoas precisariam?
condições ideais!
_ Apresentar brevemente para a turma - 10-15’
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
SUGESTÕES DE TEMAS
_ A importância das ClickFarms no mercado dos “creator economy”;
_ A infuência das IAs generativas no design gráfico digital brasileiro
em 2023;
_ Discurso de ódio nas redes durante as eleições argentina;
_ Discriminação algorítmica nas redes sociais;
_ Gestão de crises de um influencer (ou de uma empresa) em redes
sociais;
_ A representação de lendas brasileiras no ChatGPT;
REFERÊNCIAS
DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed.
São Paulo: Atlas, 2009.
FRANÇA, VERA. O objeto e a pesquisa em comunicação: uma abordagem relacional.
MOURA, Cláudia Peixoto de. LOPES, Maria Immacolata Vassallo de (org.). Pesquisa em
Comunicação. Metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6º edição. São Paulo; Atlas, 2018.
LAVILLE, C.; SIMAN, L. M. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em
ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999
LOPES, Maria Immacolata Vassallo de (org.). Pesquisa em Comunicação. Metodologias e
práticas acadêmicas. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016.
SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e Pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. 1 ed. ed.
São Paulo: Hacker Editores, 2001.
GRACIAS!
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Pesquisa Aplicada em
Comunicação Digital
Leonardo Foletto, FGV ECMI
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
▪ Ementa:
História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e
fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias
Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos
digitais. Plataformização. Ação Algorítmica
Comunicação e a divulgação científicas.
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 1: 25/10
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Natureza da pesquisa aplicada
Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa
Delimitando objetos e fenômenos digitais
Aula 2: 26/10
Problema de pesquisa
Procedimentos metodológicos. Metodologias
Corpus e construção de amostras.
Aula 3: 1/11
Métodos Digitais.
Métodos Tradicionais e Computacionais.
Humanidades Digitais.
Objetos Digitais
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 4: 8/11:
Plataformização
Ação Algorítmica
Affordances
Política de Plataformas
Aula 5: 09/11
Divulgação e Comunicação Científica
Funções da divulgação científica
Meios e modos de popularização do conhecimento científico
Ciência Aberta
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Até aqui (check in):
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Natureza da pesquisa aplicada
Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa
Delimitando objetos e fenômenos digitais
Problema de pesquisa
Procedimentos metodológicos
Corpus e construção de amostras.
Exemplos: Fairwork; Microwork (IA e trabalho); A Cortina de
Fumaça da Extrema Direita; desigualdades informativas;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Exercício 1:
_ Raquel: A representação de lendas brasileiras no ChatGPT;
_ Murilo: Discurso de ódio nas redes durante as eleições Argentina;
_ Davi e Gabrielle: “A importância das ClickFarms no mercado dos
‘creator economy’”;
_ Ana Carolina Santana, Maria Clara Pestre e Tatiana Cristina
Cardoso: gestão de crise de influencers;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 3, 1/11: MÉTODOS DIGITAIS
Métodos Digitais, tradicionais e computacionais.
Humanidades Digitais.
Objetos Digitais
OBJETIVOS DA AULA:
_ Compreender os métodos digitais hoje;
_ Discutir a ideia de objetos digitalizados e objetos digitais;
_ Debater sobre os principais usos e técnicas de pesquisas e como
elas podem ser adotadas de forma conjugada;
_ Reconhecer a importância da triangulação de métodos para
estudar fenômenos digitais;
Uma imagem de big
data na estética do
surrealismo de
Salvador Dalí. Stable
Diffusion
CONTEXTO
_ Web 2.0 (“redes sociais”), computador doméstico e PRINCIPALMENTE
smartphones transformaram as práticas sociais - comunicação, trabalho, lazer,
relacionamentos, estudos - e as transformaram em práticas permeado pelos dados;
ALGUNS DADOS
● 80% dos brasileiros (+ou-150 milhões de pessoas) tem acesso à internet; 82%
urbano, 68% rural;
● A maior parte dos usuários de Internet brasileiros (62%) acessa a rede
exclusivamente pelo celular;
● 36 milhões de brasileiros não acessam à internet em suas casas. Esse grupo é
maior entre habitantes de áreas urbanas (29 milhões); com grau de instrução até
o Ensino Fundamental (29 milhões); pretos e pardos (21 milhões); das classes
DE (19 milhões); e com 60 anos ou mais (18 milhões).*
_ Existe ON e OFFLINE? quando (não) estamos produzindo dados?
*Pesquisa TIC Domicílios 2022, CETIC: https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/
CONTEXTO
_ MUDANÇA DE PARADIGMA? Principalmente nas Ciências Humanas e Sociais.
Com o big data, o volume de dados e informação produzido por diversas
plataformas digitais e o armazenamento de metadados em mídias sociais, estamos
a reformular as teorias sociais?
_ A “volta” de uma ciência social exclusivamente orientada por dados?
neoempirismo;
_ Indutivismo: uma proposição é considerada científica a partir do que os dados
demonstram, e não mais tendo como base uma teoria geral cuja busca pela sua
prova guiaria as questões, as hipóteses e os objetivos de pesquisa;
_ Dados não são neutros (nem isentos); tecnosolucionismo; não refutar o
CONTEXTO;
_ Necessário: uso e abuso da interpretação das fontes e dos dados, mas com base
teórica forte;
CONTEXTO: DIREITOS DIGITAIS
1) PRIVACIDADE
LGPD; quais dados podem ser armazenados? e como, quando, e por quem?
1. Finalidade 2. Adequação 3. Necessidade 4. Livre acesso 5. Qualidade dos
dados
6. Transparência 7. Segurança 8. Prevenção 9. Não discriminação 10.
Responsabilização e Prestação de Contas
2) ESQUECIMENTO:
O que pode ser apagado da rede? por quem? como e quando?
3) LIBERDADE DE EXPRESSÃO x DISCURSO DE ÓDIO
Responsabilidade de quem? regulação de plataformas.
Entre outros muitos temas trabalhados;
CONTEXTO
_ “Dados são o novo petróleo”;
_ Aprendizado de máquina (machine learning);
_ Literacia digital;
_ Capitalismo de vigilância (Zuboff, 2018); “O Capital está morto”
(Wark, 2022);
_ Abordagem “orientada por dados”;
_ Predição de comportamento -
“precogs”;
NOVOS CAMPOS
HUMANIDADES DIGITAIS (HD)
_ Estudo das humanidades + “novas” mídias e tecnologias digitais
(computacionais);
_ “Guarda-chuva” para diversas áreas e metodologias; Inter e
transidisciplinar;
_ Exempo: ABHD (http://abhd.org.br/);
Arquivologia, Biblioteconomia, História, Comunicação, Artes,
Literatura, Linguística…
_ Comunicação Computacional? Ainda não;
_ Ciências sociais computacionais: sistemas sociais complexos +
análises por sistemas computacionais;
ALGUNS MÉTODOS
EXTRAÇÃO AUTOMATIZADA DE DADOS
Usar um script criado a partir de linguagem de programação para extrair
dados ou alguma interface – software ou plataforma – para coletar
informações. Ex: https://tools.digitalmethods.net/netvizz/youtube
ALGUNS MÉTODOS
ANÁLISE E PROCESSAMENTO DE GRANDE VOLUME DE TEXTO
“limpar” o conjunto de dados e aplicar processamento (computacional)
para facilitar a compreensão sobre os principais tópicos ou assuntos
daquele volume de informação. Ex: uso do algoritmo LDA
ALGUNS MÉTODOS
ANÁLISE DE REDES SOCIAIS (SNA)
Compreender fluxos informacionais e interseções sociais e simbólicas
entre grupos estudados; tipo de relação; laços fortes e fracos;
ALGUNS MÉTODOS
ANÁLISE GEOESPACIAL
Com informações sobre o lugar – país, estado, cidade, bairro, rua –
onde determinado fato ocorreu. São informações que nos permitem
gerar mapas para pensar em ações.
MÉTODOS TRADICIONAIS, DIGITAIS
E COMPUTACIONAIS
1) TRADICIONAIS: métodos e as técnicas estabelecidos e comumente usados
pelas Ciências Humanas e Sociais (GIL, 2019). EXs: Grupos focais, entrevistas,
pesquisa documental, história oral, survey, observação participante, semiótica,
estudo de caso; qualitativos e quantitativos;
2) DIGITAIS: conceito e linha de pesquisa. Origem norte global. Combinação
“É uma prática de pesquisa quali-quanti que re-imagina a natureza, os
mecanismos e os dados nativos às plataformas web e motores de busca para
estudar a sociedade. Tem como ponto de partida e arena investigativa a
Internet e o ambiente online. (...) É um processo essencialmente de
alfabetização digital e requer, portanto, uma nova cultura de conhecimento.”
(OMENA, 2019)
3) COMPUTACIONAIS: a aplicação de ferramentas computacionais em qualquer
tipo de objeto presente nos ambientes digitais; a automação aplicada a um
grande volume de textos, por exemplo;
OBJETOS DIGITALIZADOS/ DIGITAIS
Objetos digitalizados
Objetos de estudos que
migraram para os novos meios;
● Atenção as apropriações feitas
do e pelo digital;
● Exemplos:
Notícias e colunas de jornais;
repositórios de documentos
(trabalhos científicos); dados
planilhados; conteúdo textual e
audiovisual; estudos focados no
usuário, e etc.
Objetos digitais
Objetos de estudos nativos ou
originados nos novos meios;
● Atenção à ontologia digital;
objetos instáveis e
transitórios;
● Exemplos:
Links, tags, resultados de
mecanismos de busca, sites
arquivados, perfis de sites de
redes sociais, edições na
Wikipédia, algoritmos, dados
digitais e etc.
Objetos digitalizados
● Surveys
● Etnografia
● Entrevistas
● Observação participante
● Observação não-participante
● Análise de discurso
● Análise de conteúdo
● Estudo de caso
● Métodos digitais
● entre outros;
Objetos digitais
● Métodos digitais
● Métodos vinculados à
natureza do objeto de
estudo e ao meio;
● Pesquisa baseada em dados
e não sobre a cultura
on-line;
● Estudo dos usos feitos pelos
usuários da internet, com
foco em dados típicos do
meio (o histórico dos
computadores, por ex).
▪
OBJETOS DIGITAIS E DIGITALIZADOS
_ Ambos são DADOS para as pesquisas sociais. MAS…
COMO COMEÇAR?
_ SIGA O MEIO!
Distinguir e investigar as especificidades do meio;
As características e usos do meio como produtores de significado;
Pensar os métodos de acordo com as especificidades dos meios;
Usos, apropriações e manipulações dos objetos digitais conforme as
affordances, possibilidades e especificidades dos meios;
Internet como fonte de dados, meio e técnica;
Hiperlinks como objetos tipicamente rastreáveis, por exemplo.
“é possível se aprender a partir dos métodos utilizados nos meios,
movendo a discussão da teoria sobre a especificidades dos meios de
uma ontologia (propriedades e características) para uma
epistemologia (método). A internet e a web, mais especificamente,
têm seus objetos ontológicos, como os links e as tags. Uma
epistemologia da web é, entre outras coisas, o estudo de como
esses objetos digitais são manejados pelos dispositivos. Os
insights de tal tipo de estudo conduzem para importantes distinções
metodológicas, assim como para insights sobre o propósito da
pesquisa em internet”
(ROGERS, 2016)
EXEMPLOS
_ Utilizando o arquivo da internet;
.
EXEMPLOS
.
FERRAMENTAS
.
EXEMPLOS
.
EXEMPLOS
.
EXEMPLOS
.
RECAPITULANDO MÉTODOS DIGITAIS
_ Compreender a especificidade do meio – seguindo as suas lógicas,
formas e dinâmicas;
_ Reaproveitar do que é disponibilizado pelas plataformas digitais
nas pesquisas sociais, culturais ou midiáticas;
_ Examinar os dispositivos dominantes on-line e os seus métodos,
com técnicas específicas para formular consultas e extrair as
informações;
_ Pesquisador(a) precisa definir uma lista de objetos – por exemplo,
URLs, hashtags, IDs de vídeos ou imagens, contas de redes sociais –
e estabelecer padrões para realizar a extração dos dados;
_ Compreender como trabalhar com agenciamentos sociotécnicos e
como eles podem ser utilizados como forma de pensar uma rede
variada de aplicações metodológicas, a partir de uma perspectiva de
métodos mistos;
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Laura Mariane de; DAL’EVEDOVE, Paula Regina. Humanidades digitais na ciência da informação brasileira: análise da
produção científica. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, v. 13, n. 1, p. 439-451, 2020.
BRAGA, Nathalia Rocha Carneiro Ferraz. Perspectivas positivistas e pós-positivistas nas relações internacionais. Pólemos, v. 2, n. 4, p.
58-68, 2013
D’ANDRÉA, Carlos Frederico de Brito. Pesquisando plataformas on-line: conceitos e métodos. [S.l.]: Edufba, 2020. Disponível em:
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/32043.
DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2019.
HUI, Yuk. What is a digital object? What is a digital object? Metaphilosophy, v. 43, n. 4, p. 380-
395, 2012
OMENA, Janna Joceli. Métodos digitais: teoria-prática-crítica. Lisboa: Icnova, 2019.
OMENA, Janna Joceli (Org.). Métodos digitais: teoria‑prática-crítica. Lisboa: ICNOVA – Instituto de Comunicação da Nova, 2019.
Disponível em: https://run.unl.pt/handle/10362/95333.
ROBERTSON, Hamish; TRAVAGLIA, Joanne. Big data sociology: preparing for the brave new world. Blog. Sociological Review Blog,
2017. Disponível em: https://www.thesociologicalreview.com/big-data-sociology-preparing-for-the-brave-new-world
ROGERS, Richard. Digital methods. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 2013
ROGERS, R. O fim do virtual: Métodos Digitais. Lumina, v. 04, n. December, p. 6–24, 2016.
SANCHES, Danielle. Métodos digitais. Rio de Janeiro: FGV, 2022.
WARK, McKenzie. O Capital está morto. São Paulo; SobInfuéncia/Funilaria, 2022.
ZUBOFF, Shoshana. The age of surveillance capitalism: the fight for a human future at the new frontier of power. 1. ed. New York:
PublicAffairs, 2018
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Pesquisa Aplicada em
Comunicação Digital
Leonardo Foletto, FGV ECMI
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
▪ Ementa:
História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e
fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias
Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos
digitais. Plataformização. Ação Algorítmica
Comunicação e a divulgação científicas.
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 1: 25/10
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Natureza da pesquisa aplicada
Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa
Delimitando objetos e fenômenos digitais
Aula 2: 26/10
Problema de pesquisa
Procedimentos metodológicos. Metodologias
Corpus e construção de amostras.
Aula 3: 1/11
Métodos Digitais.
Métodos Tradicionais e Computacionais.
Humanidades Digitais.
Objetos Digitais
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 4: 8/11:
Plataformização
Ação Algorítmica
Affordances
Política de Plataformas
Aula 5: 09/11
Divulgação e Comunicação Científica
Funções da divulgação científica
Meios e modos de popularização do conhecimento científico
Ciência Aberta
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
_ Tarefa em aula (1,0)
Na aula 2 e na aula 4
Trabalho final
Pré-projeto de pesquisa sobre tema de livre escolha (dentro de
comunicação digital) que tenha os seguintes elementos:
_ Introdução
_ Problema de pesquisa;
_ Corpus/definição de amostra a ser analisada;
_ Metodologia e procedimentos;
_ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa;
Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0)
Entrega final: 26/11 - (8,0)
* Não precisa estar pronto, só uma prévia;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Recapitulando Métodos Digitais:
_ Compreender a especificidade do meio – seguindo as suas lógicas,
formas e dinâmicas;
_ Reaproveitar do que é disponibilizado pelas plataformas digitais nas
pesquisas sociais, culturais ou midiáticas;
_ Examinar os dispositivos dominantes on-line e os seus métodos, com
técnicas específicas para formular consultas e extrair as informações;
_ Pesquisador(a) precisa definir uma lista de objetos – por exemplo,
URLs, hashtags, IDs de vídeos ou imagens, contas de redes sociais – e
estabelecer padrões para realizar a extração dos dados;
_ Compreender como trabalhar com agenciamentos sociotécnicos e
como eles podem ser utilizados como forma de pensar uma rede variada de
aplicações metodológicas, a partir de uma perspectiva de métodos mistos;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
LEMBRAM?
_ Métodos Tradicionais / Métodos Computacionais / Métodos Digitais
_ Objetos digitalizados / Objetos digitais
_ Alguns métodos computacionais:
Extração automatizada de textos / Análise e processamento de grande
volume de textos / Análises de redes sociais / Análise geoespacial
_ Exemplos: Internet Archive / Metamemo / etnografia digital em
comunidades de WhatsApp;
Prompt: crie uma
imagem para
diferenciar o que são
objetos digitalizados e
objetos digitais, Stabble
Diffusion
DESAFIOS DOS ESTUDOS EM
PLATAFORMAS DIGITAIS
AULA 4, 8/11
Plataformização
Ação Algorítmica
Affordances
Política de Plataformas
OBJETIVOS DA AULA:
_ Refletir sobre as infraestruturas e affordances das plataformas de
mídias sociais e os impactos delas na pesquisa social;
_ Discutir as interferências dos códigos matemáticos nos fluxos de
informação e nos processos comunicacionais;
_ Reconhecer o impacto das principais políticas de moderação de
conteúdo das plataformas digitais na pesquisa aplicada e o problema da
limitação de estudos baseados em dados coletados em redes sociais
digitais;
“É como se, a partir do uso comum dos celulares, você acessasse a rede
entrando numa casa particular fechada, depois outra, e mais outra,
deslocando-se entre elas via teletransporte, sem andar pela rua e tendo que
respeitar as regras dessas casas e se ater aos limites de cada proprietário.
Enquanto, pelo computador, a pessoa acessa a rede usando um veículo —
os navegadores — e com ele pode andar por diversas avenidas e ruas, tendo
muitas mais opções de casas a entrar. Neste caso, tanto as casas (os sites)
quanto os veículos (navegadores) e as avenidas (a web) têm suas regras,
mas elas são mais flexíveis, o que permite se “perder” nas esquinas tal qual
um andarilho nas grandes cidades — um tipo de prática, aliás, comum nos
primeiros anos da internet mundial e que foi se perdendo com o
“fechamento” das casas a partir da migração do uso da rede para as
plataformas digitais, sobretudo de redes sociais”
(O Futuro é Coletivo, Foletto, 2o23, p.35)
O QUE MUDOU?
Quando começa a “plataformização da web”?
A partir do ano de 2007 com o lançamento da Facebook Platform,
braço da empresa voltada para desenvolvedores/as de aplicativos
com o objetivo de que pudessem ter acesso a perfis e dados de
usuários/as armazenados na rede social (HELMOND, 2015, p. 3)
Articulações entre modelos de negócio, infraestruturas, bases de
dados, algoritmos e regras de governança. Não mais “sites de
relacionamentos”
REDES SOCIAIS x PLATAFORMAS
Redes sociais: ATORES (pessoas, instituições, grupos) E CONEXÕES
(interações e laços sociais);
Plataformas: “uma plataforma é alimentada com dados,
automatizada e organizada por meio de algoritmos e interfaces,
formalizada por meio de relações de propriedade orientadas por
modelos de negócios e regidas por acordos de usuários” (Van
Dijck, Poell e Wall, 2018, p. 9)
Plataformização do jornalismo, da comunicação, do trabalho…
Vivemos numa sociedade atrelada à um ecossistema (em sua maior parte corporativo) de
plataformas onlines e globais. Sociedade da plataforma!
Características:
_ Progamam e reprogramam: descentralizam a produção de dados e
centralizam seu conjunto de dados - as bases pertencem às
plataformas;
_ Tudo é social, mas para quem? plataformas como epicentro das
atividades na web: Jardim murado e a “morte do Flanêur digital”;
_ Botões se configuram como canais de dados com dupla função:
exercem uma espécie de atribuição social, permitindo a conexão entre
usuários/as, ao mesmo tempo que conectam essas performances
sociais com os seus bancos de dados, enviando as informações sobre a
ação executada para as plataformas;
_ Pegadas digitais capturadas por scripts de rastreamento (cookies),
que possibilitam a classificação dos usuários e orientam sua navegação
com base em indicações;
_ Algoritmos no centro de tudo: não apenas como rotinas de
programação que processam dados, mas principalmente como
instâncias que viabilizam “uma leitura interessada de uma realidade
empírica e ‘datificada’”;
_ Infraestrutura das plataformas: como funcionam?
São pensadas como constituidoras de processos de mobilidade, de
cidadania e de trocas afetivas.
_ modelos de negócios de plataformas
Dados coletados são transformados em conhecimento, gerando valor
econômico para essas plataformas.
Empresas de mídia, mas também de estatística e logística: datificação.
Perfilização (profiling)
“Permitem o estabelecimento de correlação entre os dados dos/as
usuários/as, classificando assim comportamentos, hábitos e
características dos indivíduos para a implementação de práticas de
mercado: venda de produtos, pesquisa de opinião e posicionamento de
marca, entre outras (BRUNO, 2016).
_ governança de plataformas
Como são geridas, cuidadas, reguladas?
Um extenso conjunto de regras, procedimentos, algoritmos e
moderadores humanos é mobilizado para gerir e regular a “livre”
circulação de ideias e preservar direitos humanos (digitais);
Diretrizes da comunidade: as expectativas da plataforma sobre o
que é apropriado e o que não é.
Termos de serviço: contrato que explicita os termos sob os quais o
usuário e a plataforma interagem, as obrigações que os usuários
devem aceitar como condição para sua participação, e os meios
adequados para resolver uma disputa que venha a surgir
_ práticas e affordances
“Affordance” foi cunhado a partir dos anos 1960 por James Gibson
(2015) para, na perspectiva da psicologia ecológica, discutir as
possibilidades de ação dos animais em diferentes ambientes físicos.
O modo com as ações podem ser datificadas ou modularizadas.
Interfaces performam. Fazem fazer coisas.
Pesquisa: compreender como as práticas se dão a partir dos usos
possíveis, planejados ou não, das interfaces e de suas funcionalidades.
as ações nas plataformas são moldadas por funcionalidades
padronizadas como curtir ou compartilhar
D’ANDRÉA, 2020, online
The Cleaners, 2018. Direção: Moritz Riesewieck e Hans Block
MEDIAÇÃO TÉCNICA
Guns kill people
People kill people, not guns.
quem está certo?
1º: materialista, pois considera que as armas de fogo (objetos) matam pessoas;
2º: humanista, ao dizer que pessoas – e não armas – matam pessoas, considerando a
arma como neutra, apenas um meio para um fim;
Latour vai dizer que nem arma nem cidadão são responsáveis pelo ato de matar: a
responsabilidade é dividida entre os vários atores envolvidos na ação.
“Você é diferente com uma arma na mão; a arma é diferente com você segurando-a.
Você é um outro sujeito porque segurou a arma; a arma é outro objeto porque ela
entrou em uma relação com você ”. (LATOUR, 1994, p.33)
Você é diferente com um computador e uma conta de Facebook à disposição para
publicar qualquer informação? O Facebook é diferente com você a tornando uma
máquina de desinformação e discurso de ódio?
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Recapitulando: como pesquisar plataformas?
_ Ao mesmo tempo tão familiares e tão opacas - CAIXAS-PRETAS;
_ Assumir a instabilidade das plataformas como parte de um
problema de pesquisa.
_ Aprender a lidar com um vocabulário técnico e com expertises de
áreas como as ciências da computação, que reivindicam
conhecimentos prévios;
_ Atenção às controvérsias;
CONTROVÉRSIAS
“Situações “onde a vida coletiva se torna mais complexa: onde a
maior e mais diversa seleção de atores está envolvida; onde as
alianças e oposições se transformam sem muita prudência; onde
nada é tão simples quanto parece; onde todos estão gritando e
brigando; onde conflitos crescem de maneira áspera” (VENTURINI,
2010)
Por agirem e desencadearem ações, as plataformas não
apenas capturam dados de seus usuários – e oferecem uma parte
ínfima deles para nossas pesquisas - mas também deixam seus
próprios rastros (D’ANDRÉA, 2020, p.56)
EXERCÍCIO
1) 2 grupos (aleatórios);
2) Procurar diretrizes da comunidade de plataformas de redes sociais. Um
grupo fica com Tik Tok/Instagram, outro Twitter/Facebook;
3) Ler, comparar e analisar a partir de:
_ https://legibilidade.com/
_ O retorno do software “bate” com as impressões de vocês? Por que?
_ Quais “achados” vocês encontraram nas diretrizes? Descreva um
problema de pesquisa (uma pergunta) a partir da análise de cada uma das
diretrizes;
_ Qual seria o caminho para realizar uma pesquisa que
respondesse esta pergunta criada? Seria necessário dados destas redes?
Se sim, como? Quais as principais dificuldades?
_ Vocês acham que as diretrizes são respeitadas pelos usuários? Por que?
_ O que vocês acharam sobre este método de análise de textos? Quais os
principais critérios que ele utiliza?
REFERÊNCIAS
BRUNO, F. Rastros digitais sob a perspectiva da teoria ator-rede. FAMECOS, Porto Alegre, v. 19, n. 3, p. 681-704, 2012
D’ANDRÉA, Carlos D. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. Salvador; UFBA, 2020.
DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
HELMOND, A. The platformization of the Web: making web data platform ready. Social Media + Society, Thousand Oaks, v. 1, n. 2, p. 1-11, 2015.
FOLETTO, Leonardo Feltrin. O Futuro é Coletivo. In: Fernando J Almeida; Gustavo Torrezan; Leonardo Foletto; Lilian Kelian;. (Org.). Cultura, educação e
tecnologias no coletivo Meninas Mahin. 1ed.São Paulo: Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo, 2023, v. 1, p. 19-39.
ATOUR, Bruno. On Technical Mediation. Common Knowledge, v. 3, n. 2, p. 29-64, 1994.
LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução a teoria do ator-rede. Salvador: Edufba; Bauru: EdUSC, 2012.
LEMOS, A. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013.
RECUERO, R. Mídia social, plataforma digital, site de rede social ou rede social? Não é tudo a mesma coisa?. Medium,[Brasil], 9 jul. 2019. Disponível em:
https://medium.com/@raquelrecuero/m%C3%ADdia-social-plataforma-digital-site-de-rede-social-ou-rede-social-n%C3%A3o-%C3%A9-tudo-a-mesma-coisa
-d7b54591a9ec
RIEDER, B. Examinando uma técnica algorítmica: o classificador de bayes como uma leitura interessada da realidade. Parágrafo, São Paulo, v. 6, n. 1, p.
123-142, 2018.
SANCHES, Danielle. Métodos digitais. Rio de Janeiro: FGV, 2022.
SRNICEK, N. Platform capitalism. Cambridge: Polity, 2017.
VAN DIJCK, J.; POELL, T. Understanding social media logic. Media and Communication, Lisboa, v. 1, n. 1, p. 2-14, 2013.
VAN DIJCK, J. Confiamos nos dados? As implicações da datificação para o monitoramento social. MATRIZes, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 39-59, 2017
VAN DIJCK, J.; POELL, T.; WALL, M. The Platform Society: public values in a connective world. Londres: Oxford Press, 2018
VENTURINI, T. Diving in magma: how to explore controversies with actornetwork theory. Public Understanding of Science, Bristol, v. 19, n. 3, p. 258-273,
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Pesquisa Aplicada em
Comunicação Digital
Leonardo Foletto, FGV ECMI
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
▪ Ementa:
História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e
fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias
Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos
digitais. Plataformização. Ação Algorítmica
Comunicação e a divulgação científicas.
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 1: 25/10
Fundamentos e história da ciência e da pesquisa;
Natureza da pesquisa aplicada
Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa
Delimitando objetos e fenômenos digitais
Aula 2: 26/10
Problema de pesquisa
Procedimentos metodológicos. Metodologias
Corpus e construção de amostras.
Aula 3: 1/11
Métodos Digitais.
Métodos Tradicionais e Computacionais.
Humanidades Digitais.
Objetos Digitais
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
Aula 4: 8/11:
Plataformização
Ação Algorítmica
Affordances
Política de Plataformas
Aula 5: 09/11
Divulgação e Comunicação Científica
Funções da divulgação científica
Meios e modos de popularização do conhecimento científico
Ciência Aberta
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
_ Tarefa em aula (1,0)
Na aula 2 e na aula 4
Trabalho final
Pré-projeto de pesquisa sobre tema de livre escolha (dentro de
comunicação digital) que tenha os seguintes elementos:
_ Introdução
_ Problema de pesquisa;
_ Corpus/definição de amostra a ser analisada;
_ Metodologia e procedimentos;
_ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa;
Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0)
Entrega final: 26/11 - (8,0)
* Não precisa estar pronto, só uma prévia;
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
AULA 5, 9/11
Divulgação e Comunicação Científica
Funções da divulgação científica
Meios e modos de popularização do conhecimento científico
Ciência Aberta
OBJETIVOS DA AULA:
_ Diferenciar comunicação e divulgação científica;
_ Reconhecer as especificidades das publicações voltadas à
propagação do conhecimento científico focado em pesquisa aplicada;
_ Planejar desenhos de pesquisa que integrem produção de
conhecimento e divulgação científica.
PESQUISA APLICADA EM
COMUNICAÇÃO DIGITAL
DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
A comunicação científica é a divulgação de textos científicos entre
pares em revistas científicas. A divulgação científica é transformar
esses textos mais “complicados” em textos mais simples - o que não
precisa significar com menos profundidade. Outras áreas aqui
dialogam: jornalismo científico e a educação científica não-formal.
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Falar sobre ciência de forma que as pessoas entendam
“Um processo de recodificação, que deve ter como objetivo tornar
compreensível e descomplicado o conhecimento científico ao público,
utilizando-se de transposição de uma linguagem especializada para
uma linguagem não especializada” (BUENO, 1984)
MAS…
_ Como falar de pesquisas acadêmicas complexas, que envolvem anos de
pesquisa, muitas pessoas envolvidas e temas difíceis, para um público
amplo sem a mediação dos veículos de comunicação de massa?
_ Como os próprios pesquisadores, com a ajuda de jornalistas e
comunicadores, podem traduzir suas pesquisas para que qualquer pessoa -
ou a maioria das pessoas - consiga entender claramente?
_ Se a tradução consegue ser bem feita na questão do conteúdo, há ainda
outros desafios: como fazer com que o conhecimento científico circule para
um público amplo nas redes digitais?
_ Se agora (ou melhor, há mais de duas décadas) quase todos podem falar
nas redes, como de fato ser ouvido?
_ Como conquistar esse público amplo sem perder o rigor científico
exigido nas pesquisas produzidas dentro da universidade e sem banalizar o
seu conteúdo a ponto dele perder credibilidade junto aos pares?
CANAIS PRÓPRIOS
_ Blogs;
Autonomia de produção das pesquisadoras;
Liberdade na produção; Menor custo;
_ Podcasts;
Acesso em múltiplos lugares;
Diferentes formatos e tamanhos: Entrevistas, narrativos, pílulas,
comentários, debates, dialógicos, etc;
_ Vídeos;
Maior tempo e equipe de produção;
Interação; Diferentes formatos, inclusive aulas e palestras;
aproveitamento estrutura universitária (TV);
_ Redes sociais;
Facebook, Instagram, Twitter (X), TikTok, Mastodon, threads, Linkedin…
_ Newsletters; WhatsApp ou Telegram;
Fugir da “bolha” algorítmica e entregar diretamente para interessadas;
podcasts
CANAIS DE OUTROS
_ Se a mediação dos veículos de comunicação de massa ainda é importante para a
ampla difusão de informações de interesse público, como fazer com que estes
mesmos veículos entendam e sejam auxiliares, sem simplificar ou modificar
demais o conteúdo, na divulgação de conhecimento que afeta o cotidiano das
pessoas? BLOGS E SEÇÕES EM PUBLICAÇÕES
_Como preparar os pesquisadores para a exposição e o julgamento da opinião
pública já que agora as investigações estão sujeitas à questionamento mais
facilmente com o apagamento (ou diminuição) das fronteiras entre cientistas,
jornalistas e público nestas redes? “NEW’ MEDIA TRAINING
CIÊNCIA ABERTA
Consiste na abertura de dados, infraestrutura, periódicos, entre
outras ferramentas, para que sejam compartilhados, reutilizados e
melhor aproveitados por todos os agentes que produzem a ciência e
também pela sociedade que se beneficia dela.
CIÊNCIA ABERTA
Software livre, dados abertos e licenças livres são elementos chaves
para adequar a produção de conhecimento do laboratório à Ciência
Aberta (ALBAGLI, MACIEL e ABDO, 2015).
Compartilhamento de planos de pesquisa, dados e publicações,
ciência cidadã participativa, formas crowdsourced de coleta de
dados, entre outras práticas que fortalecem a produção de
conhecimento livre.
Adequar a produção acadêmica aos princípios da Ciência Aberta
potencializa uma característica fundamental da ciência, possibilitada
ainda mais com a internet: que os resultados sejam tornados
públicos para permitir construções futuras do conhecimento (CHAN,
OKUNE e SAMBULI, 2015, p.92)
TRABALHOS - PRÉ PROJETOS
Introdução
_ Problema de pesquisa;
_ Corpus/definição de amostra a ser analisada;
_ Metodologia e procedimentos;
_ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa;
Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0)
Entrega final: 26/11 - (8,0)
REFERÊNCIAS
BUENO, Wilson. 1984. Jornalismo Científico no Brasil: os compromissos de uma prática dependente. Tese de Doutorado. ECA/USP, São Paulo, 1984.
CAMARGO, Vera Regina Toledo. Dialogando com a ciência: ações, atuações e perspectivas na divulgação científica e cultural. Comunicação & Sociedade, v. 37,
n. 3, p. 43-71, 2015
DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
HELMOND, A. The platformization of the Web: making web data platform ready. Social Media + Society, Thousand Oaks, v. 1, n. 2, p. 1-11, 2015.
FOLETTO, Leonardo Feltrin. O Futuro é Coletivo. In: Fernando J Almeida; Gustavo Torrezan; Leonardo Foletto; Lilian Kelian;. (Org.). Cultura, educação e
tecnologias no coletivo Meninas Mahin. 1ed.São Paulo: Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo, 2023, v. 1, p. 19-39.
ATOUR, Bruno. On Technical Mediation. Common Knowledge, v. 3, n. 2, p. 29-64, 1994.
LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução a teoria do ator-rede. Salvador: Edufba; Bauru: EdUSC, 2012.
LEMOS, A. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013.
RECUERO, R. Mídia social, plataforma digital, site de rede social ou rede social? Não é tudo a mesma coisa?. Medium,[Brasil], 9 jul. 2019. Disponível em:
https://medium.com/@raquelrecuero/m%C3%ADdia-social-plataforma-digital-site-de-rede-social-ou-rede-social-n%C3%A3o-%C3%A9-tudo-a-mesma-coisa
-d7b54591a9ec
RIEDER, B. Examinando uma técnica algorítmica: o classificador de bayes como uma leitura interessada da realidade. Parágrafo, São Paulo, v. 6, n. 1, p.
123-142, 2018.
SANCHES, Danielle. Métodos digitais. Rio de Janeiro: FGV, 2022.
SRNICEK, N. Platform capitalism. Cambridge: Polity, 2017.
VAN DIJCK, J.; POELL, T. Understanding social media logic. Media and Communication, Lisboa, v. 1, n. 1, p. 2-14, 2013.
VAN DIJCK, J. Confiamos nos dados? As implicações da datificação para o monitoramento social. MATRIZes, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 39-59, 2017
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  • 1. Pesquisa Aplicada em Comunicação Digital Leonardo Foletto, FGV ECMI
  • 2. ME APRESENTANDO ▪ ▪ Jornalista (UFSM), mestre em jornalismo (UFSC), doutor em Comunicação (UFRGS), com pós-doutorado na USP (LabCidade, FAU) ▪ Fui professor visitante na Unochapecó, UCS, Unisinos e PUC (RS), PUCSP; ▪ Trabalhei como jornalista na Folha de S. Paulo (Ilustrada) e participei de diversos coletivos - Casa da Cultura Digital São Paulo, CCD POA, Matehackers, Ônibus Hacker, LabHacker, BaixoCentro; ▪ Criei e edito faz 15 anos o BaixaCultura, laboratório online de (contra) cultura digital; ▪ Interessado em: comunicação e tecnologia - cultura livre - tecnopolítica - ciberativismo - autonomia - filosofia da técnica - história da ciência e da arte - Inteligência Artificial - criação artística - produção cultural - teoria das mídias; ▪ Sou professor da FGV ECMI, coordenador da pós-graduação e do (futuro) curso de Graduação em Comunicação Digital da FGV ECMI SP; ▪ Faço parte da coordenação do Creative Commons Brasil e da rede de pesquisa Tierra Común ▪ Contato: leonardo.foletto@fgv.br - site pessoal: http://leofoletto.info
  • 3.
  • 4. CHECK IN ▪ Nome e tema do TCC (ou de outro trabalho envolvendo pesquisa); ▪ Como vocês chegam hoje para a aula? ▪ O que vocês esperam dessa disciplina? ▪ Diga 3 temas que vocês se interessam em saber HOJE;
  • 5. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL ▪ Ementa: História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos digitais. Plataformização. Ação Algorítmica Comunicação e a divulgação científicas. Pós-graduação em Estratégias da Comunicação Digital Próximas disciplinas: Pesquisa e Análises em Redes Sociais (Dalby Dienstbach); Casos de Estratégia Digital (Bianca Santana); 2024: Ciência de Dados; Análise de Dados; Design e Visualização de Dados;
  • 6. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 1: 25/10 Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Noções sobre métodos científicos e pesquisa acadêmica Natureza da Pesquisa Aplicada Pesquisa em Comunicação Aula 2: 26/10 Problemas de pesquisa Desenho de pesquisa e quadro teórico Procedimentos metodológicos Delimitando objetos e fenômenos digitais Aula 3: 1/11 Métodos Digitais. Métodos Tradicionais e Computacionais. Humanidades Digitais. Objetos Digitais
  • 7. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 4: 8/11: Plataformização Ação Algorítmica Affordances Política de Plataformas Aula 5: 09/11 Divulgação e Comunicação Científica Funções da divulgação científica Meios e modos de popularização do conhecimento científico Ciência Aberta
  • 8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA _ DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. _RECUERO, R; BASTOS, M; ZAGO, G. Análise de redes para a mídia social. Porto Alegre: Sulina, 2015. 182 p. (Coleção Cibercultura) _ OMENA, Janna Joceli. Métodos digitais: teoria-prática-crítica. Lisboa: Icnova, 2019 _ MOURA, C. P.; LOPES, M. I. V. Pesquisa em comunicação: metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016. _ SILVA, T.; BUCKSTEGGE, J.; ROGEDO, P. Estudando cultura e comunicação com mídias sociais. Brasília: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados – IBPAD, 2018. _ ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo; Perspectiva, 1996.
  • 9. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA _ Tarefa em aula (1,0) Na aula 2 e na aula 4 Trabalho final Pré-projeto de pesquisa sobre tema de livre escolha (dentro de comunicação digital) que tenha os seguintes elementos: _ Introdução _ Problema de pesquisa; _ Corpus/definição de amostra a ser analisada; _ Metodologia e procedimentos; _ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa; Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0) Entrega final: 26/11 - (8,0) * Não precisa estar pronto, só uma prévia;
  • 10. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 1, 25/10: FUNDAMENTOS Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa Natureza da pesquisa aplicada Pesquisa em Comunicação OBJETIVOS DA AULA: _ Compreender a história da ciência e do método científico; _ Entender o pensamento científico e suas implicações; _ Discutir o fazer científico com base em problemas cotidianos; _ Entender os fundamentos da pesquisa acadêmica e científca; _ Entender a história da pesquisa em comunicação no Brasil e no Mundo;
  • 11. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL PARTE 1: HISTÓRIA DA CIÊNCIA (E DA PESQUISA) _ Pequena digressão sobre a história da ciência e do método científico; _ Pensar Cientificamente; _ Paradigmas; _ Críticas contemporâneas ao método;
  • 12. O CICLO DA PESQUISA O QUE É PESQUISAR? Busca e análise de informações para produzir/ampliar conhecimento. POR QUE PESQUISAMOS? Uma resposta simples: para entender e explicar a realidade. Outra: para encontrar respostas a problemas que ainda não foram resolvidos. Ainda: para aumentar, aprimorar, aperfeiçoar um conhecimento, um processo, um produto. Mais: por curiosidade, algo inapto a nós, seres vivos. COMO SE PESQUISA? Fazendo perguntas. Escolhendo um jeito de responder às perguntas. Indo atrás de respostas: lendo, observando, coletando, analisando, escrevendo. Checando, testando. Pondo em circulação. Criticando e sendo criticado. Fazendo perguntas. Escolhendo um jeito…
  • 13. CIÊNCIA? Scientia = conhecimento (em Latim) Consciência, Onisciência… Science, ciência, ciencia, science, scienza, Wissenschaft… Wissenschaf? Alemão. Wetenschap (holandês) Wissen (“conhecimento”) + -schaft (“fabricação”)
  • 14. pré-socráticos, “pré-cientistas”. "prova científica", ou repetição do fato observado na natureza.Pensamento científico. Ceticismo Pré-socráticos - > Sócrates - > diálogos organizados por Platão - > criador da Academia (Atenas) - > estudou Aristóteles Jacques-Louis David, (Metropolitan Museum of Art) - Wikipedia
  • 15. MÉTODO ▪ Do grego antigo, μέθοδος: Meta: meio, através de Hodos: caminho, estrada. ▪ Propagado a partir dos gregos (depois romanos). Filosofia + Matemática + Física + Química + Biologia MISTURADOS COM Artes + Poesia + Teatro + Literatura + Política ▪ ▪ Aristóteles (384-322 a.C) ▪ Ciência teórica = “filosofia primeira" (ou metafísica), matemática e física (“filosofia natural”). ▪ Ciência prática: Orientada para a ação. Política e ética. ▪ Ciência Aplicada: A técnica, ou seja: o que pode ser produzido pelo ser humano, como agricultura e a poesia.
  • 16. MÉTODO CIENTÍFICO Observação sistemática, medição, experimentação e formulação, análise e modificação de hipóteses A história do método científico se mistura com a história da ciência; _ Documentos do Antigo Egito já descrevem alguns métodos de diagnósticos médicos que lembram os atuais; _ Há indícios do método científico em Aristóteles; _ Na filosofia islâmica: Ibn al-Haytham (“Alhazen”, 965–1039, Iraque), que em sua pesquisa sobre ótica organizou o que muitos consideram as bases do método científico moderno, que se consolidaram com o surgimento da Física nos séculos XVII e XVIII
  • 17. ALÉM DO OCIDENTE Antigo Egito Geometria, Medicina (exame, diagnóstico, tratamento, e prognóstico); Sumérios, mesopotâmios Astronomia: ano solar, calendário lunar, aritmética; China Bússola (séc. IX, X), a pólvora (séc. IX), o papel (séc. I) e a impressão (VI e VII); Índia matemática prática: funções trigonométricas (seno e cosseno); Bhaskara (1114-1185) Oriente Médio Álgebra (al-jabr, “a consolidação”), Algarismo, Algoritmo (Al-Khwarizmi, matemático persa do século IX), zero, álcool, zênite… ▪ ▪
  • 18. MÉTODO CIENTÍFICO ▪ A metodologia científica se consolida tem sua origem no pensamento de Descartes - depois, empiricamente, pelo físico inglês Isaac Newton (1642-1727). René Descartes (1596-1650) propôs chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes, características que definiram, a partir de então, a base da pesquisa científica ▪
  • 19. “cogito, ergo sum” penso, logo sou (existo) Trecho do DISCURSO DO MÉTODO (1637, traduzido para o latim em 1656); “1º) jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal, isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção; CETICISMO. DUVIDAR; 2º) dividir cada uma das dificuldades que eu examinar em tantas parcelas quantas possíveis e necessárias fossem para melhor resolvê-las; ANÁLISE; 3º) conduzir, por ordem, meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos; SÍNTESE; 4º) fazer, em toda parte, enumerações tão completas e revisões tão gerais que eu tivesse a certeza de nada omitir; CLASSIFICAR, ORGANIZAR;
  • 20. MÉTODO CIENTÍFICO SÉCULOS XVIII E XIX _ Francis Bacon; Isaac Newton; menos racionalismo, mais empirismo, ou seja: experimentação prática. _ David Hume consolida essa visão: observar o mundo ao nosso redor. _ Ciências como conhecemos hoje nasceram nesse período: Química (alquimia), Medicina (curandeirismo, medicina “prática”), Economia, Biologia (1736 palavra aparece em latim pela 1º vez, 1802;). Louis Pasteur e a pasteurização (1865); Humanas e sociais aplicadas vieram um pouco depois: sociologia (Comte 1828, Durkheim 1895), antropologia (A Origem das Espécies, Charles Darwin 1859); psicologia (Freud, 1896). Comunicação, Administração (séc XX), décadas de 1920-1930;
  • 21. UM CONTRAPONTO MÁGICO Silvia Federici argumenta que a eliminação da abordagem “mágica”, ligadas à feitiçaria, foi essencial para o estabelecimento da ciência moderna - e também do trabalho assalariado capitalista. “É assim que temos de ler o ataque contra a bruxaria e contra a visão mágica do mundo que, apesar dos esforços da Igreja, continuou a prevalecer num nível popular através da Idade Média. Dessa perspectiva, todo elemento -ervas, plantas, metais e a maior parte do corpo humano - escondia virtudes e poderes que lhe eram peculiares, Desde a quiromancia até os oráculos, do uso de encantamentos às simpatias curativas, a magia abriu um vasto número de possibilidades. Erradicar estas práticas foi uma condição necessária para a racionalização capitalista do trabalho, já que a magia aparece como uma forma ilícita de poder e um instrumento para obter o que se queria sem esforço”. A magia destrói a Indústria, lamentou-se Francis Bacon, admitindo que nada lhe causava tanta repulsa quanto a premissa de obter resultados com alguns experimentos lúdicos, em vez do suor da própria testa” (Federici, 2019, p. 142) ▪
  • 22. PENSAR CIENTIFICAMENTE Indução: aplicação de enunciados gerais a fatos particulares; Dedução: aplicação de fatos particulares a enunciados gerais; Hipotético-dedutivo: ambos. indução e dedução na formulação de um método científico experimental (observação, experimentação e mensuração); Falseamento: testar suas hipóteses procurando não apenas evidências de que ela está certa, mas sobretudo evidências de que ela está errada (Popper);
  • 23. PARADIGMAS Conceito das ciências e da epistemologia (teoria do conhecimento, que estuda as formas como a gente conhece o mundo/as coisas) “Modelo” que orientam o desenvolvimento científico. Mudam não muito facilmente; Exemplos: paradigmas iluminista, positivista, materialista, moderno, pós-moderno, etc; Thomas Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas (1962)
  • 24. CRÍTICAS AO MÉTODO Paul Feyeraband, pluralismo metodológico; ciência deve romper regras, “contra-regra”: não induzir, mas aceitar hipóteses mesmo quando não se ajustam a fatos considerados consolidados. John Law: ciência não é neutra e objetiva, argumentando que a ciência é sempre realizada a partir de uma perspectiva social e culturalmente situada. Como a tecnologia. Saberes localizados, Donna Haraway; _ Edgar Morin; realidade é complexa e interconectada. Ciência deve adotar uma abordagem mais holística e transdisciplinar. Método da complexidade, que busca compreender a realidade como um todo, em sua totalidade e em suas múltiplas interações. ▪ Contra o Método, 1975 ▪ After Method: mess in social science research, 2004 ▪ O método. 6 volumes, 1977
  • 25. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL PARTE 2: PESQUISA APLICADA E PESQUISA EM COMUNICAÇÃO _ Definição de Pesquisa Aplicada e Tecnociência; _ Brevíssimo histórico da Pesquisa em Comunicação; _ Principais correntes (teórico-práticas) da história da comunicação; _ Pesquisa em Comunicação no Brasil; _ Comunicação em um contexto de datificação;
  • 26. PESQUISA APLICADA Pesquisa aplicada + Geração de conhecimento (científico) para aplicação; + Solução de problemas específicos da realidade (do território, da sociedade, da empresa/organização/coletivo, etc); + Gerar impacto, produto, inovação, tecnologia; + Resultados são utilizados para melhoria de processo, produto, capacidade, bem-estar social, etc; Ampliação do conhecimento (científico) e melhoria da sociedade; “Oposição” pesquisa básica/bruta X aplicada não faz tanto sentido;
  • 28. TECNOCIÊNCIA STS (Science and Technology Studies) Campo interdisciplinar que examina a criação, o desenvolvimento e as consequências da ciência e da tecnologia em seus contextos históricos, culturais e sociais Conexão entre desenvolvimento científico e tecnológico, como demonstrado nos “estudos de laboratório”; _ O poder dos laboratórios (e dos espaços de Engenharia) de mudar como o conhecemos e vivemos; _ As teias contínuas que conectam cientistas, engenheiros e atores sociais na prática real; _ A propensão do mundo tecnocientífico de criar novos híbridos de natureza e cultura e, portanto, de complicar as fronteiras entre natureza e cultura” (LATOUR, 2000)
  • 29. PESQUISA NA COMUNICAÇÃO + Interdisciplinar “por natureza”: ciência “encruzilhada”; + Ciências sociais: Sociologia, Psicologia, Antropologia + Ciências naturaiis: biologia, matemática; + Linguística, Letras; Filosofia; História; Engenharia; Outras ciências sociais aplicadas: Direito, Administração, Contabilidade;
  • 30. PESQUISA NA COMUNICAÇÃO 1: Mídia (Imprensa) como fenômeno de pesquisa; Da História, Sociologia, Ciência Política (séc. XVIII, XIX) Primeiros jornais (séc. XVII, Alemanha) 1º tese: Os Relatos Jornalísticos (Tobias Peucer, Leipzig, Alemanha, 1690) Estudos das Tecnologias de Comunicação (Imprensa, Rádio, Televisão, Gramofone, etc) 2: Enquanto Ciência: teorias e métodos próprios Início do Século XX, Estados Unidos e Europa Estudos de Comunicação de Massa Estudos do Jornalismo
  • 31. CORRENTES DE PESQUISA _ Estados Unidos: Mass Comunnication Research Escola de Chicago (Park, Burgess), Semiótica (Peirce), Escola de Palo Alto (Bateson, Gofman); _ Corrente Funcionalista (Laswell, Lazarsfeld), Teoria Matemática (Shannon e Weaver), Pesquisa de Audiência (Wolf, Mattelart); _ Opinião Pública (Walter Lippmann, Marcuse) _ Escola de Frankfurt: Indústria Cultural _ Estruturalismo: Barthes; Michel Foucault, discurso saber-poder; Pierre Bourdieu, campos, estruturas, habitus; _ Pós-modernos: Guy Debord: A sociedade do espetáculo; Jacques Derrida: Escritas da desconstrução; Gilles Deleuze: Mídia e sociedade de controle; Jean Baudrillard: Da sociedade de consumo ao deserto do real: excesso de comunicação; Zygmund Bauman: Comunicação em tempos líquidos; _ Estudos Culturais; Stuart Hall, Raymond Williams; _ Escola de Toronto: Harold Innis, Marshal McLuhan; _ Teoria ator-rede: Bruno Latour, John Law: objetos atuam;
  • 32. PESQUISA NA COMUNICAÇÃO NO BRASIL Faculdades 1947 - Cásper Líbero (Jornalismo); 1949-1952 - PUCRS; 1952 - UFRGS; 1961 - UCPE; Pós-graduação 1972 - ECA-USP; 1973 - UFRJ; 1974 - UnB; 1990 - UFBA; 1994 - PUCRS; 1997 - UFRGS; 1998 - UFPE;
  • 33. COMUNICAÇÃO DIGITAL + Grandes bases de dados; + “Escutas das redes”; + Formas Comunicativas das IAs; + Processos algorítmicos; + Conexões com democracia, instituições, mercados, governos
  • 34. REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. Obras completas. São Paulo; WMF Martins Fontes. 2012. DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo; Martins Fontes, 2001. DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009 FEDERICI, Silvia. O Calibã e a Bruxa: Mulheres, corpos e acumulação primitiva. São Paulo; Elefante, 2019. Disponível em: https://rosalux.org.br/wp-content/uploads/2017/10/CALIBA_E_A_BRUXA_WEB.pdf FEYERABAND, Paul. Contra o Método. São Paulo; Editora Unesp, 2007. Disponível em: https://soife.files.wordpress.com/2009/06/paul-feyerabend-contra-o-metodo.pdf HARAWAY, Donna. a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7–41. Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773 LATOUR, Bruno. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Ed. UNESP, 2000 LAW, John. After Method: mess in social science research. New York: Routledge, 2004. Disponível em: http://www.leofoletto.info/wp-content/uploads/2016/08/john_law_after_method_mess_in_social_science_research_internati onal_library_of_sociology__2004.pdf KUHN, Thomas. A estrutura das Revoluções Científicas. 12ª ed. São Paulo; Perspectiva, 2001 MARQUES DE MELO, José. Comunicação Social,Teoria e Pesquisa, Petrópolis; Vozes,1977. MORIN, Edgar. O método I: A natureza da Natureza. Porto Alegre; Sulina 2003. SALIBA, George. Islamic Science and the Making of the European Renaissance.Boston; MIT Press, 2011 SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e Pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. 1 ed. ed. São Paulo: Hacker Editores, 2001. RUSSEL, Bertrand. História do pensamento ocidental. Rio de Janeiro; Nova Fronteira, 2017.
  • 37. Pesquisa Aplicada em Comunicação Digital Leonardo Foletto, FGV ECMI
  • 38. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 1: 25/10 Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa Natureza da pesquisa aplicada Pesquisa em Comunicação Aula 2: 26/10 Problemas de pesquisa Desenho de pesquisa e quadro teórico Procedimentos metodológicos Delimitando objetos e fenômenos digitais Aula 3: 1/11 Métodos Digitais. Métodos Tradicionais e Computacionais. Humanidades Digitais. Objetos Digitais
  • 39. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 4: 8/11: Plataformização Ação Algorítmica Affordances Política de Plataformas Aula 5: 09/11 Divulgação e Comunicação Científica Funções da divulgação científica Meios e modos de popularização do conhecimento científico Ciência Aberta
  • 40. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 2, 26/10: DESENHO DE PESQUISA Problema de pesquisa Procedimentos metodológicos. Metodologias Corpus e construção de amostras. OBJETIVOS DA AULA: _ Entender como se faz um desenho de pesquisa que responda às questões propostas; _ Formular questões de pesquisa e hipóteses relevantes para o campo e para a sociedade; _ Identificar diferentes conjuntos de dados com as suas formas distintas de compreensão de um fenômeno;
  • 41. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL PARTE 1: ETAPAS DE PESQUISA PARTE 2: EXEMPLOS DE PESQUISA: ENGENHARIA REVERSA PARTE 3: EXERCÍCIO PRÁTICO
  • 42. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL 1. Delineamento do problema 2. Elaboração de perguntas (e/ou formulação de hipóteses) 3. Desenho da pesquisa (quadro teórico e métodos) 4. Operacionalização de conceitos e variáveis 5. Seleção da amostra 6. Elaboração do instrumento de coleta de dados 7. Coleta de dados 8. Análise e interpretação dos resultados 9. Redação (relatório/projeto/tese/artigo/etc) 10. Divulgação Científica Planejamento: 1 a 5 Coleta de dados: 6 e 7 Análise e interpretação: 8 Redação: 9 Divulgação: 10
  • 43. 1. PROBLEMA? ”Escolher um problema de pesquisa é observar bem seu ambiente de vida, de modo atento e critico, para ver se nele não se acha uma situação qualquer que cause problema, situação que a pesquisa permitiria compreender e eventualmente modificar” (LAVILLE, SIMAN, 1999).
  • 44. PROBLEMA! DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
  • 45. PROBLEMA… + Do grego: pro (na frente) ballein (jogar). jogar na frente + Um problema deixa clara a necessidade de realização de pesquisa para que ele possa ser respondido. + Um problema abre caminhos para a sistematização de informações e dados que respondam a questão posta
  • 46. PROBLEMA NA COMUNICAÇÃO DIGITAL + Inserção do objeto de estudo e dos caminhos da pesquisa dentro da área de conhecimento; + Processos comunicacionais (formais e informais)? + Um olhar direcionado para a dimensão comunicativa do objeto comunicacional. ● ”As imagens televisivas, as mensagens baixadas na internet, a escritura nas páginas de um jornal, a propaganda política de um partido existem enquanto materialidade, estão inscritos fisicamente em nosso mundo. A comunicação compreende objetos, ações, indivíduos – trata-se de prática, de uma ação humana. E quando falamos de um telejornal que assistimos, de um blog que estamos escrevendo, de um programa que baixamos em nosso celular, estamos nos referindo a essa dimensão empírica, a essa “corporeidade” da comunicação”. FRANÇA, V. O objeto e a pesquisa em comunicação: uma abordagem relacional. MOURA, Cláudia Peixoto de. LOPES, Maria Immacolata Vassallo de (org.). Pesquisa em Comunicação. Metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EdiPUCRS., 2016. ●
  • 47. 2. HIPÓTESES Como fazer? Observar. Pesquisar resultados de outras pesquisas; teorias; intuição (sim, também vale). Precisa ser: clara; testável; específica; ter como analisar (empírica); simples. Se possível, relacionada com alguma teoria. Tipos mais comuns: _ Casuísticas (determinadas características); _ Frequência de acontecimentos; _ Associação entre variáveis (relações); _ Dependência entre uma ou mais variáveis;
  • 48. 3. DESENHO DE PESQUISA _Construir o melhor jeito de escuta da realidade: METODOLOGIA _ Definir um (ou mais) métodos e os procedimentos Método/Metodologia: uma estratégia ou uma abordagem geral para realizar uma tarefa/pesquisa/ação. Exemplos: Etnografia, estudo de caso, pesquisa de opinião etc (qualitativos); análise de conteúdo, pesquisa de opinião (quantitativos); Procedimento: conjunto específico de ações que fazem parte do método; Exemplos: seleção de participantes, preparação da pauta, escolha da forma de registro (entrevistas); escolha da amostra, produção do questionário (pesquisa de opinião);
  • 49. 4. CONCEITOS E VARIÁVEIS _ Quais conceitos? Operacionalização de conceitos e variáveis; _ Escolha/encaixe de teorias: REFERENCIAL TEÓRICO; _ Contextualização e revisão da literatura nos temas abordados;
  • 50. 5. SELEÇÃO DE AMOSTRA “Ir a Campo” _ Quais dados? _ De onde? _ Por quanto tempo? _ O que precisa para coletar? Quais instrumentos, softwares? Quais recursos (pessoais, financeiros)? Limitações!
  • 51. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL PARTE 1: ETAPAS DE PESQUISA PARTE 2: EXEMPLOS DE PESQUISA: ENGENHARIA REVERSA PARTE 3: EXERCÍCIO PRÁTICO
  • 52. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL PARTE 2: EXEMPLOS 1) Discurso de ódio online e aplicativos de mensagem instantânea: uma abordagem sociotécnica de interações no WhatsApp e no Telegram Grupo de Pesquisa Comunicação, Sociedade e Mídia Digital - FGV ECMI, Núcleo TecnoculturaS Projeto financiado (parcialmente) pelo Edital Universal do CNPq
  • 53. INTRODUÇÃO/RESUMO Delineamento do problema: Introdução (resumo, contextualização) “A circulação de discurso de ódio em ambientes on-line configura-se como um dos principais desafios para as democracias contemporâneas. A literatura tem apontado que a discriminação contra grupos vulnerabilizados em razão de características identitárias (gênero, raça, orientação sexual, origem etc.) ganha especificidades quando praticada nas mídias digitais (BROWN, 2018; SIEGEL, 2020). O aumento, por exemplo, da visibilidade de símbolos de supremacia branca e de ataques a grupos étnicos sinaliza a necessidade de governos, pesquisadores e organizações civis combaterem os desdobramentos do discurso de ódio praticado na internet (PAREKH, 2012; SILVA, 2016)”.
  • 54. INTRODUÇÃO/OBJETIVOS Delineamento do problema: Introdução (resumo, contextualização) Esta pesquisa examina como as características sociotécnicas das plataformas de mensagem instantânea estruturam a produção, a circulação e o combate ao discurso de ódio on-line. O estudo foca especificamente no debate em grupos públicos do WhatsApp e do Telegram no contexto brasileiro, reconhecendo a centralidade destas plataformas para a comunicação cotidiana (APP ANNIE, 2021) e a consolidação do celular como principal canal de acesso à internet no país (IBGE, 2015).
  • 55. HIPÓTESES E PERGUNTAS A hipótese central é de que a dinâmica do debate mediado por esses aplicativos resulta da negociação entre as normas de sociabilidade estabelecidas por grupos de usuários e o que chamaremos de "gramática das plataformas" (OMENA, RABELLO e MINTZ, 2020), ou seja, o conjunto de funcionalidades expressas materialmente nas interfaces de um determinado meio digital, sobre o qual se inscrevem usos possíveis, planejados ou não QUESTÕES: Assim, intencionamos saber: que tecnicidades oportunizam os discursos de ódio nesses ambientes? Por meio de que práticas? Que apropriações viabilizam? Quais táticas de enfrentamento às discriminações permitem?
  • 56. QUADRO TEÓRICO/METODOLÓGICO Primeiro, realiza-se, no primeiro semestre da pesquisa, uma revisão sistemática da produção teórica sobre discurso de ódio online, com foco em aplicativos de mensagens instantâneas. Entre primeiro e o segundo semestre do projeto, parte-se para a fase de coleta de dados, que consiste em três etapas: 1) a análise de interface a partir da documentação de telas, recursos e fluxos de atividade dos usuários nos aplicativos analisados com base no “walkthrough method” (LIGHT, BURGESS e DUGUAY, 2018); 2) a estruturação da infraestrutura e desenvolvimento de processos para o monitoramento do debate em grupos abertos do WhatsApp e Telegram, garantindo a privacidade e o anonimato dos observados (PIAIA, MATOS, DOURADO e BARBOZA, 2020); 3) a aplicação de entrevistas semiestruturadas com usuários dos grupos observados. Por fim, nos dois últimos semestres do projeto, realizaremos a análise dos dados obtidos em todas as etapas de forma integrada, a fim de compreender os aspectos sociotécnicos da produção, circulação e resistência ao discurso de ódio nas plataformas estudadas.
  • 57. OUTRAS ETAPAS Projeto em andamento, com adaptações. Ainda tem: _ Seleção da amostra _ Elaboração do instrumento de coleta de dados _ Coleta de dados _ Análise e interpretação dos resultados _ Redação (relatório/projeto/tese/artigo/etc) _ Divulgação Científica
  • 62. EXEMPLOS The Far-Right Smokescreen: Environmental Conspiracy and Culture Wars on Brazilian YouTube - https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/20563051231196876 A Cortina de Fumaça da Extrema Direita: Conspiração Ambiental e Guerras Culturais no Youtube Brasileiro - https://apublica.org/wp-content/uploads/2023/10/A-Cortina-de-Fumaca-da-Extrema- Direita_-Conspiracao-ambiental-e-Guerras-Culturais-no-Youtube-Brasileiro_traducao.p df
  • 66. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL PARTE 1: ETAPAS DE PESQUISA PARTE 2: EXEMPLOS DE PESQUISA: ENGENHARIA REVERSA PARTE 3: EXERCÍCIO PRÁTICO
  • 67. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL EXERCÍCIO _ Vocês vão escolher um tema (entre 4 disponíveis) - 5’ _ Dividir em grupos (até 3) para responder (salas do Zoom) - 5’ _ Responder (em texto, docs ou pad, 1 página) - 30-50’ 1) Quais os problemas /perguntas de pesquisa possíveis para este tema? 1 ou +; 2) Como vocês pensam que é possível responder a este problema? Pensar em um corpus dos dados (quais dados? com quem? de onde?) para coletar e buscar responder às perguntas de pesquisa; Extra: que conceitos usariam? quantas pessoas precisariam? condições ideais! _ Apresentar brevemente para a turma - 10-15’
  • 68. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL SUGESTÕES DE TEMAS _ A importância das ClickFarms no mercado dos “creator economy”; _ A infuência das IAs generativas no design gráfico digital brasileiro em 2023; _ Discurso de ódio nas redes durante as eleições argentina; _ Discriminação algorítmica nas redes sociais; _ Gestão de crises de um influencer (ou de uma empresa) em redes sociais; _ A representação de lendas brasileiras no ChatGPT;
  • 69. REFERÊNCIAS DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. FRANÇA, VERA. O objeto e a pesquisa em comunicação: uma abordagem relacional. MOURA, Cláudia Peixoto de. LOPES, Maria Immacolata Vassallo de (org.). Pesquisa em Comunicação. Metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6º edição. São Paulo; Atlas, 2018. LAVILLE, C.; SIMAN, L. M. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999 LOPES, Maria Immacolata Vassallo de (org.). Pesquisa em Comunicação. Metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016. SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e Pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. 1 ed. ed. São Paulo: Hacker Editores, 2001.
  • 71. Pesquisa Aplicada em Comunicação Digital Leonardo Foletto, FGV ECMI
  • 72. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL ▪ Ementa: História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos digitais. Plataformização. Ação Algorítmica Comunicação e a divulgação científicas.
  • 73. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 1: 25/10 Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Natureza da pesquisa aplicada Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa Delimitando objetos e fenômenos digitais Aula 2: 26/10 Problema de pesquisa Procedimentos metodológicos. Metodologias Corpus e construção de amostras. Aula 3: 1/11 Métodos Digitais. Métodos Tradicionais e Computacionais. Humanidades Digitais. Objetos Digitais
  • 74. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 4: 8/11: Plataformização Ação Algorítmica Affordances Política de Plataformas Aula 5: 09/11 Divulgação e Comunicação Científica Funções da divulgação científica Meios e modos de popularização do conhecimento científico Ciência Aberta
  • 75. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Até aqui (check in): Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Natureza da pesquisa aplicada Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa Delimitando objetos e fenômenos digitais Problema de pesquisa Procedimentos metodológicos Corpus e construção de amostras. Exemplos: Fairwork; Microwork (IA e trabalho); A Cortina de Fumaça da Extrema Direita; desigualdades informativas;
  • 76. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Exercício 1: _ Raquel: A representação de lendas brasileiras no ChatGPT; _ Murilo: Discurso de ódio nas redes durante as eleições Argentina; _ Davi e Gabrielle: “A importância das ClickFarms no mercado dos ‘creator economy’”; _ Ana Carolina Santana, Maria Clara Pestre e Tatiana Cristina Cardoso: gestão de crise de influencers;
  • 77. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 3, 1/11: MÉTODOS DIGITAIS Métodos Digitais, tradicionais e computacionais. Humanidades Digitais. Objetos Digitais OBJETIVOS DA AULA: _ Compreender os métodos digitais hoje; _ Discutir a ideia de objetos digitalizados e objetos digitais; _ Debater sobre os principais usos e técnicas de pesquisas e como elas podem ser adotadas de forma conjugada; _ Reconhecer a importância da triangulação de métodos para estudar fenômenos digitais;
  • 78. Uma imagem de big data na estética do surrealismo de Salvador Dalí. Stable Diffusion
  • 79. CONTEXTO _ Web 2.0 (“redes sociais”), computador doméstico e PRINCIPALMENTE smartphones transformaram as práticas sociais - comunicação, trabalho, lazer, relacionamentos, estudos - e as transformaram em práticas permeado pelos dados; ALGUNS DADOS ● 80% dos brasileiros (+ou-150 milhões de pessoas) tem acesso à internet; 82% urbano, 68% rural; ● A maior parte dos usuários de Internet brasileiros (62%) acessa a rede exclusivamente pelo celular; ● 36 milhões de brasileiros não acessam à internet em suas casas. Esse grupo é maior entre habitantes de áreas urbanas (29 milhões); com grau de instrução até o Ensino Fundamental (29 milhões); pretos e pardos (21 milhões); das classes DE (19 milhões); e com 60 anos ou mais (18 milhões).* _ Existe ON e OFFLINE? quando (não) estamos produzindo dados? *Pesquisa TIC Domicílios 2022, CETIC: https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/indicadores/
  • 80. CONTEXTO _ MUDANÇA DE PARADIGMA? Principalmente nas Ciências Humanas e Sociais. Com o big data, o volume de dados e informação produzido por diversas plataformas digitais e o armazenamento de metadados em mídias sociais, estamos a reformular as teorias sociais? _ A “volta” de uma ciência social exclusivamente orientada por dados? neoempirismo; _ Indutivismo: uma proposição é considerada científica a partir do que os dados demonstram, e não mais tendo como base uma teoria geral cuja busca pela sua prova guiaria as questões, as hipóteses e os objetivos de pesquisa; _ Dados não são neutros (nem isentos); tecnosolucionismo; não refutar o CONTEXTO; _ Necessário: uso e abuso da interpretação das fontes e dos dados, mas com base teórica forte;
  • 81. CONTEXTO: DIREITOS DIGITAIS 1) PRIVACIDADE LGPD; quais dados podem ser armazenados? e como, quando, e por quem? 1. Finalidade 2. Adequação 3. Necessidade 4. Livre acesso 5. Qualidade dos dados 6. Transparência 7. Segurança 8. Prevenção 9. Não discriminação 10. Responsabilização e Prestação de Contas 2) ESQUECIMENTO: O que pode ser apagado da rede? por quem? como e quando? 3) LIBERDADE DE EXPRESSÃO x DISCURSO DE ÓDIO Responsabilidade de quem? regulação de plataformas. Entre outros muitos temas trabalhados;
  • 82.
  • 83.
  • 84. CONTEXTO _ “Dados são o novo petróleo”; _ Aprendizado de máquina (machine learning); _ Literacia digital; _ Capitalismo de vigilância (Zuboff, 2018); “O Capital está morto” (Wark, 2022); _ Abordagem “orientada por dados”; _ Predição de comportamento - “precogs”;
  • 85. NOVOS CAMPOS HUMANIDADES DIGITAIS (HD) _ Estudo das humanidades + “novas” mídias e tecnologias digitais (computacionais); _ “Guarda-chuva” para diversas áreas e metodologias; Inter e transidisciplinar; _ Exempo: ABHD (http://abhd.org.br/); Arquivologia, Biblioteconomia, História, Comunicação, Artes, Literatura, Linguística… _ Comunicação Computacional? Ainda não; _ Ciências sociais computacionais: sistemas sociais complexos + análises por sistemas computacionais;
  • 86. ALGUNS MÉTODOS EXTRAÇÃO AUTOMATIZADA DE DADOS Usar um script criado a partir de linguagem de programação para extrair dados ou alguma interface – software ou plataforma – para coletar informações. Ex: https://tools.digitalmethods.net/netvizz/youtube
  • 87. ALGUNS MÉTODOS ANÁLISE E PROCESSAMENTO DE GRANDE VOLUME DE TEXTO “limpar” o conjunto de dados e aplicar processamento (computacional) para facilitar a compreensão sobre os principais tópicos ou assuntos daquele volume de informação. Ex: uso do algoritmo LDA
  • 88. ALGUNS MÉTODOS ANÁLISE DE REDES SOCIAIS (SNA) Compreender fluxos informacionais e interseções sociais e simbólicas entre grupos estudados; tipo de relação; laços fortes e fracos;
  • 89. ALGUNS MÉTODOS ANÁLISE GEOESPACIAL Com informações sobre o lugar – país, estado, cidade, bairro, rua – onde determinado fato ocorreu. São informações que nos permitem gerar mapas para pensar em ações.
  • 90. MÉTODOS TRADICIONAIS, DIGITAIS E COMPUTACIONAIS 1) TRADICIONAIS: métodos e as técnicas estabelecidos e comumente usados pelas Ciências Humanas e Sociais (GIL, 2019). EXs: Grupos focais, entrevistas, pesquisa documental, história oral, survey, observação participante, semiótica, estudo de caso; qualitativos e quantitativos; 2) DIGITAIS: conceito e linha de pesquisa. Origem norte global. Combinação “É uma prática de pesquisa quali-quanti que re-imagina a natureza, os mecanismos e os dados nativos às plataformas web e motores de busca para estudar a sociedade. Tem como ponto de partida e arena investigativa a Internet e o ambiente online. (...) É um processo essencialmente de alfabetização digital e requer, portanto, uma nova cultura de conhecimento.” (OMENA, 2019) 3) COMPUTACIONAIS: a aplicação de ferramentas computacionais em qualquer tipo de objeto presente nos ambientes digitais; a automação aplicada a um grande volume de textos, por exemplo;
  • 91. OBJETOS DIGITALIZADOS/ DIGITAIS Objetos digitalizados Objetos de estudos que migraram para os novos meios; ● Atenção as apropriações feitas do e pelo digital; ● Exemplos: Notícias e colunas de jornais; repositórios de documentos (trabalhos científicos); dados planilhados; conteúdo textual e audiovisual; estudos focados no usuário, e etc. Objetos digitais Objetos de estudos nativos ou originados nos novos meios; ● Atenção à ontologia digital; objetos instáveis e transitórios; ● Exemplos: Links, tags, resultados de mecanismos de busca, sites arquivados, perfis de sites de redes sociais, edições na Wikipédia, algoritmos, dados digitais e etc.
  • 92. Objetos digitalizados ● Surveys ● Etnografia ● Entrevistas ● Observação participante ● Observação não-participante ● Análise de discurso ● Análise de conteúdo ● Estudo de caso ● Métodos digitais ● entre outros; Objetos digitais ● Métodos digitais ● Métodos vinculados à natureza do objeto de estudo e ao meio; ● Pesquisa baseada em dados e não sobre a cultura on-line; ● Estudo dos usos feitos pelos usuários da internet, com foco em dados típicos do meio (o histórico dos computadores, por ex). ▪
  • 93. OBJETOS DIGITAIS E DIGITALIZADOS _ Ambos são DADOS para as pesquisas sociais. MAS…
  • 94. COMO COMEÇAR? _ SIGA O MEIO! Distinguir e investigar as especificidades do meio; As características e usos do meio como produtores de significado; Pensar os métodos de acordo com as especificidades dos meios; Usos, apropriações e manipulações dos objetos digitais conforme as affordances, possibilidades e especificidades dos meios; Internet como fonte de dados, meio e técnica; Hiperlinks como objetos tipicamente rastreáveis, por exemplo.
  • 95. “é possível se aprender a partir dos métodos utilizados nos meios, movendo a discussão da teoria sobre a especificidades dos meios de uma ontologia (propriedades e características) para uma epistemologia (método). A internet e a web, mais especificamente, têm seus objetos ontológicos, como os links e as tags. Uma epistemologia da web é, entre outras coisas, o estudo de como esses objetos digitais são manejados pelos dispositivos. Os insights de tal tipo de estudo conduzem para importantes distinções metodológicas, assim como para insights sobre o propósito da pesquisa em internet” (ROGERS, 2016)
  • 96. EXEMPLOS _ Utilizando o arquivo da internet; .
  • 102. RECAPITULANDO MÉTODOS DIGITAIS _ Compreender a especificidade do meio – seguindo as suas lógicas, formas e dinâmicas; _ Reaproveitar do que é disponibilizado pelas plataformas digitais nas pesquisas sociais, culturais ou midiáticas; _ Examinar os dispositivos dominantes on-line e os seus métodos, com técnicas específicas para formular consultas e extrair as informações; _ Pesquisador(a) precisa definir uma lista de objetos – por exemplo, URLs, hashtags, IDs de vídeos ou imagens, contas de redes sociais – e estabelecer padrões para realizar a extração dos dados; _ Compreender como trabalhar com agenciamentos sociotécnicos e como eles podem ser utilizados como forma de pensar uma rede variada de aplicações metodológicas, a partir de uma perspectiva de métodos mistos;
  • 103. REFERÊNCIAS ANDRADE, Laura Mariane de; DAL’EVEDOVE, Paula Regina. Humanidades digitais na ciência da informação brasileira: análise da produção científica. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, v. 13, n. 1, p. 439-451, 2020. BRAGA, Nathalia Rocha Carneiro Ferraz. Perspectivas positivistas e pós-positivistas nas relações internacionais. Pólemos, v. 2, n. 4, p. 58-68, 2013 D’ANDRÉA, Carlos Frederico de Brito. Pesquisando plataformas on-line: conceitos e métodos. [S.l.]: Edufba, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/32043. DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2019. HUI, Yuk. What is a digital object? What is a digital object? Metaphilosophy, v. 43, n. 4, p. 380- 395, 2012 OMENA, Janna Joceli. Métodos digitais: teoria-prática-crítica. Lisboa: Icnova, 2019. OMENA, Janna Joceli (Org.). Métodos digitais: teoria‑prática-crítica. Lisboa: ICNOVA – Instituto de Comunicação da Nova, 2019. Disponível em: https://run.unl.pt/handle/10362/95333. ROBERTSON, Hamish; TRAVAGLIA, Joanne. Big data sociology: preparing for the brave new world. Blog. Sociological Review Blog, 2017. Disponível em: https://www.thesociologicalreview.com/big-data-sociology-preparing-for-the-brave-new-world ROGERS, Richard. Digital methods. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 2013 ROGERS, R. O fim do virtual: Métodos Digitais. Lumina, v. 04, n. December, p. 6–24, 2016. SANCHES, Danielle. Métodos digitais. Rio de Janeiro: FGV, 2022. WARK, McKenzie. O Capital está morto. São Paulo; SobInfuéncia/Funilaria, 2022. ZUBOFF, Shoshana. The age of surveillance capitalism: the fight for a human future at the new frontier of power. 1. ed. New York: PublicAffairs, 2018
  • 105. Pesquisa Aplicada em Comunicação Digital Leonardo Foletto, FGV ECMI
  • 106. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL ▪ Ementa: História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos digitais. Plataformização. Ação Algorítmica Comunicação e a divulgação científicas.
  • 107. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 1: 25/10 Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Natureza da pesquisa aplicada Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa Delimitando objetos e fenômenos digitais Aula 2: 26/10 Problema de pesquisa Procedimentos metodológicos. Metodologias Corpus e construção de amostras. Aula 3: 1/11 Métodos Digitais. Métodos Tradicionais e Computacionais. Humanidades Digitais. Objetos Digitais
  • 108. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 4: 8/11: Plataformização Ação Algorítmica Affordances Política de Plataformas Aula 5: 09/11 Divulgação e Comunicação Científica Funções da divulgação científica Meios e modos de popularização do conhecimento científico Ciência Aberta
  • 109. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA _ Tarefa em aula (1,0) Na aula 2 e na aula 4 Trabalho final Pré-projeto de pesquisa sobre tema de livre escolha (dentro de comunicação digital) que tenha os seguintes elementos: _ Introdução _ Problema de pesquisa; _ Corpus/definição de amostra a ser analisada; _ Metodologia e procedimentos; _ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa; Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0) Entrega final: 26/11 - (8,0) * Não precisa estar pronto, só uma prévia;
  • 110. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Recapitulando Métodos Digitais: _ Compreender a especificidade do meio – seguindo as suas lógicas, formas e dinâmicas; _ Reaproveitar do que é disponibilizado pelas plataformas digitais nas pesquisas sociais, culturais ou midiáticas; _ Examinar os dispositivos dominantes on-line e os seus métodos, com técnicas específicas para formular consultas e extrair as informações; _ Pesquisador(a) precisa definir uma lista de objetos – por exemplo, URLs, hashtags, IDs de vídeos ou imagens, contas de redes sociais – e estabelecer padrões para realizar a extração dos dados; _ Compreender como trabalhar com agenciamentos sociotécnicos e como eles podem ser utilizados como forma de pensar uma rede variada de aplicações metodológicas, a partir de uma perspectiva de métodos mistos;
  • 111. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL LEMBRAM? _ Métodos Tradicionais / Métodos Computacionais / Métodos Digitais _ Objetos digitalizados / Objetos digitais _ Alguns métodos computacionais: Extração automatizada de textos / Análise e processamento de grande volume de textos / Análises de redes sociais / Análise geoespacial _ Exemplos: Internet Archive / Metamemo / etnografia digital em comunidades de WhatsApp;
  • 112. Prompt: crie uma imagem para diferenciar o que são objetos digitalizados e objetos digitais, Stabble Diffusion
  • 113.
  • 114. DESAFIOS DOS ESTUDOS EM PLATAFORMAS DIGITAIS AULA 4, 8/11 Plataformização Ação Algorítmica Affordances Política de Plataformas OBJETIVOS DA AULA: _ Refletir sobre as infraestruturas e affordances das plataformas de mídias sociais e os impactos delas na pesquisa social; _ Discutir as interferências dos códigos matemáticos nos fluxos de informação e nos processos comunicacionais; _ Reconhecer o impacto das principais políticas de moderação de conteúdo das plataformas digitais na pesquisa aplicada e o problema da limitação de estudos baseados em dados coletados em redes sociais digitais;
  • 115.
  • 116. “É como se, a partir do uso comum dos celulares, você acessasse a rede entrando numa casa particular fechada, depois outra, e mais outra, deslocando-se entre elas via teletransporte, sem andar pela rua e tendo que respeitar as regras dessas casas e se ater aos limites de cada proprietário. Enquanto, pelo computador, a pessoa acessa a rede usando um veículo — os navegadores — e com ele pode andar por diversas avenidas e ruas, tendo muitas mais opções de casas a entrar. Neste caso, tanto as casas (os sites) quanto os veículos (navegadores) e as avenidas (a web) têm suas regras, mas elas são mais flexíveis, o que permite se “perder” nas esquinas tal qual um andarilho nas grandes cidades — um tipo de prática, aliás, comum nos primeiros anos da internet mundial e que foi se perdendo com o “fechamento” das casas a partir da migração do uso da rede para as plataformas digitais, sobretudo de redes sociais” (O Futuro é Coletivo, Foletto, 2o23, p.35)
  • 117. O QUE MUDOU? Quando começa a “plataformização da web”? A partir do ano de 2007 com o lançamento da Facebook Platform, braço da empresa voltada para desenvolvedores/as de aplicativos com o objetivo de que pudessem ter acesso a perfis e dados de usuários/as armazenados na rede social (HELMOND, 2015, p. 3) Articulações entre modelos de negócio, infraestruturas, bases de dados, algoritmos e regras de governança. Não mais “sites de relacionamentos”
  • 118. REDES SOCIAIS x PLATAFORMAS Redes sociais: ATORES (pessoas, instituições, grupos) E CONEXÕES (interações e laços sociais); Plataformas: “uma plataforma é alimentada com dados, automatizada e organizada por meio de algoritmos e interfaces, formalizada por meio de relações de propriedade orientadas por modelos de negócios e regidas por acordos de usuários” (Van Dijck, Poell e Wall, 2018, p. 9) Plataformização do jornalismo, da comunicação, do trabalho…
  • 119. Vivemos numa sociedade atrelada à um ecossistema (em sua maior parte corporativo) de plataformas onlines e globais. Sociedade da plataforma!
  • 120.
  • 121. Características: _ Progamam e reprogramam: descentralizam a produção de dados e centralizam seu conjunto de dados - as bases pertencem às plataformas; _ Tudo é social, mas para quem? plataformas como epicentro das atividades na web: Jardim murado e a “morte do Flanêur digital”; _ Botões se configuram como canais de dados com dupla função: exercem uma espécie de atribuição social, permitindo a conexão entre usuários/as, ao mesmo tempo que conectam essas performances sociais com os seus bancos de dados, enviando as informações sobre a ação executada para as plataformas; _ Pegadas digitais capturadas por scripts de rastreamento (cookies), que possibilitam a classificação dos usuários e orientam sua navegação com base em indicações; _ Algoritmos no centro de tudo: não apenas como rotinas de programação que processam dados, mas principalmente como instâncias que viabilizam “uma leitura interessada de uma realidade empírica e ‘datificada’”;
  • 122. _ Infraestrutura das plataformas: como funcionam? São pensadas como constituidoras de processos de mobilidade, de cidadania e de trocas afetivas.
  • 123.
  • 124. _ modelos de negócios de plataformas Dados coletados são transformados em conhecimento, gerando valor econômico para essas plataformas. Empresas de mídia, mas também de estatística e logística: datificação. Perfilização (profiling) “Permitem o estabelecimento de correlação entre os dados dos/as usuários/as, classificando assim comportamentos, hábitos e características dos indivíduos para a implementação de práticas de mercado: venda de produtos, pesquisa de opinião e posicionamento de marca, entre outras (BRUNO, 2016).
  • 125. _ governança de plataformas Como são geridas, cuidadas, reguladas? Um extenso conjunto de regras, procedimentos, algoritmos e moderadores humanos é mobilizado para gerir e regular a “livre” circulação de ideias e preservar direitos humanos (digitais); Diretrizes da comunidade: as expectativas da plataforma sobre o que é apropriado e o que não é. Termos de serviço: contrato que explicita os termos sob os quais o usuário e a plataforma interagem, as obrigações que os usuários devem aceitar como condição para sua participação, e os meios adequados para resolver uma disputa que venha a surgir
  • 126. _ práticas e affordances “Affordance” foi cunhado a partir dos anos 1960 por James Gibson (2015) para, na perspectiva da psicologia ecológica, discutir as possibilidades de ação dos animais em diferentes ambientes físicos. O modo com as ações podem ser datificadas ou modularizadas. Interfaces performam. Fazem fazer coisas. Pesquisa: compreender como as práticas se dão a partir dos usos possíveis, planejados ou não, das interfaces e de suas funcionalidades. as ações nas plataformas são moldadas por funcionalidades padronizadas como curtir ou compartilhar
  • 128. The Cleaners, 2018. Direção: Moritz Riesewieck e Hans Block
  • 129. MEDIAÇÃO TÉCNICA Guns kill people People kill people, not guns. quem está certo? 1º: materialista, pois considera que as armas de fogo (objetos) matam pessoas; 2º: humanista, ao dizer que pessoas – e não armas – matam pessoas, considerando a arma como neutra, apenas um meio para um fim; Latour vai dizer que nem arma nem cidadão são responsáveis pelo ato de matar: a responsabilidade é dividida entre os vários atores envolvidos na ação. “Você é diferente com uma arma na mão; a arma é diferente com você segurando-a. Você é um outro sujeito porque segurou a arma; a arma é outro objeto porque ela entrou em uma relação com você ”. (LATOUR, 1994, p.33) Você é diferente com um computador e uma conta de Facebook à disposição para publicar qualquer informação? O Facebook é diferente com você a tornando uma máquina de desinformação e discurso de ódio?
  • 130. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Recapitulando: como pesquisar plataformas? _ Ao mesmo tempo tão familiares e tão opacas - CAIXAS-PRETAS; _ Assumir a instabilidade das plataformas como parte de um problema de pesquisa. _ Aprender a lidar com um vocabulário técnico e com expertises de áreas como as ciências da computação, que reivindicam conhecimentos prévios; _ Atenção às controvérsias;
  • 131. CONTROVÉRSIAS “Situações “onde a vida coletiva se torna mais complexa: onde a maior e mais diversa seleção de atores está envolvida; onde as alianças e oposições se transformam sem muita prudência; onde nada é tão simples quanto parece; onde todos estão gritando e brigando; onde conflitos crescem de maneira áspera” (VENTURINI, 2010) Por agirem e desencadearem ações, as plataformas não apenas capturam dados de seus usuários – e oferecem uma parte ínfima deles para nossas pesquisas - mas também deixam seus próprios rastros (D’ANDRÉA, 2020, p.56)
  • 132. EXERCÍCIO 1) 2 grupos (aleatórios); 2) Procurar diretrizes da comunidade de plataformas de redes sociais. Um grupo fica com Tik Tok/Instagram, outro Twitter/Facebook; 3) Ler, comparar e analisar a partir de: _ https://legibilidade.com/ _ O retorno do software “bate” com as impressões de vocês? Por que? _ Quais “achados” vocês encontraram nas diretrizes? Descreva um problema de pesquisa (uma pergunta) a partir da análise de cada uma das diretrizes; _ Qual seria o caminho para realizar uma pesquisa que respondesse esta pergunta criada? Seria necessário dados destas redes? Se sim, como? Quais as principais dificuldades? _ Vocês acham que as diretrizes são respeitadas pelos usuários? Por que? _ O que vocês acharam sobre este método de análise de textos? Quais os principais critérios que ele utiliza?
  • 133. REFERÊNCIAS BRUNO, F. Rastros digitais sob a perspectiva da teoria ator-rede. FAMECOS, Porto Alegre, v. 19, n. 3, p. 681-704, 2012 D’ANDRÉA, Carlos D. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. Salvador; UFBA, 2020. DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. HELMOND, A. The platformization of the Web: making web data platform ready. Social Media + Society, Thousand Oaks, v. 1, n. 2, p. 1-11, 2015. FOLETTO, Leonardo Feltrin. O Futuro é Coletivo. In: Fernando J Almeida; Gustavo Torrezan; Leonardo Foletto; Lilian Kelian;. (Org.). Cultura, educação e tecnologias no coletivo Meninas Mahin. 1ed.São Paulo: Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo, 2023, v. 1, p. 19-39. ATOUR, Bruno. On Technical Mediation. Common Knowledge, v. 3, n. 2, p. 29-64, 1994. LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução a teoria do ator-rede. Salvador: Edufba; Bauru: EdUSC, 2012. LEMOS, A. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013. RECUERO, R. Mídia social, plataforma digital, site de rede social ou rede social? Não é tudo a mesma coisa?. Medium,[Brasil], 9 jul. 2019. Disponível em: https://medium.com/@raquelrecuero/m%C3%ADdia-social-plataforma-digital-site-de-rede-social-ou-rede-social-n%C3%A3o-%C3%A9-tudo-a-mesma-coisa -d7b54591a9ec RIEDER, B. Examinando uma técnica algorítmica: o classificador de bayes como uma leitura interessada da realidade. Parágrafo, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 123-142, 2018. SANCHES, Danielle. Métodos digitais. Rio de Janeiro: FGV, 2022. SRNICEK, N. Platform capitalism. Cambridge: Polity, 2017. VAN DIJCK, J.; POELL, T. Understanding social media logic. Media and Communication, Lisboa, v. 1, n. 1, p. 2-14, 2013. VAN DIJCK, J. Confiamos nos dados? As implicações da datificação para o monitoramento social. MATRIZes, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 39-59, 2017 VAN DIJCK, J.; POELL, T.; WALL, M. The Platform Society: public values in a connective world. Londres: Oxford Press, 2018 VENTURINI, T. Diving in magma: how to explore controversies with actornetwork theory. Public Understanding of Science, Bristol, v. 19, n. 3, p. 258-273, 2010
  • 135. Pesquisa Aplicada em Comunicação Digital Leonardo Foletto, FGV ECMI
  • 136. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL ▪ Ementa: História e aplicação da ciência: paradigmas, conceitos e fundamentos. Método(s). Método Científico. Metodologias Pesquisa em Comunicação. Desenho da pesquisa aplicada. Métodos digitais. Plataformização. Ação Algorítmica Comunicação e a divulgação científicas.
  • 137. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 1: 25/10 Fundamentos e história da ciência e da pesquisa; Natureza da pesquisa aplicada Noções sobre métodos científicos e níveis de pesquisa Delimitando objetos e fenômenos digitais Aula 2: 26/10 Problema de pesquisa Procedimentos metodológicos. Metodologias Corpus e construção de amostras. Aula 3: 1/11 Métodos Digitais. Métodos Tradicionais e Computacionais. Humanidades Digitais. Objetos Digitais
  • 138. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL Aula 4: 8/11: Plataformização Ação Algorítmica Affordances Política de Plataformas Aula 5: 09/11 Divulgação e Comunicação Científica Funções da divulgação científica Meios e modos de popularização do conhecimento científico Ciência Aberta
  • 139. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA _ Tarefa em aula (1,0) Na aula 2 e na aula 4 Trabalho final Pré-projeto de pesquisa sobre tema de livre escolha (dentro de comunicação digital) que tenha os seguintes elementos: _ Introdução _ Problema de pesquisa; _ Corpus/definição de amostra a ser analisada; _ Metodologia e procedimentos; _ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa; Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0) Entrega final: 26/11 - (8,0) * Não precisa estar pronto, só uma prévia;
  • 140. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL AULA 5, 9/11 Divulgação e Comunicação Científica Funções da divulgação científica Meios e modos de popularização do conhecimento científico Ciência Aberta OBJETIVOS DA AULA: _ Diferenciar comunicação e divulgação científica; _ Reconhecer as especificidades das publicações voltadas à propagação do conhecimento científico focado em pesquisa aplicada; _ Planejar desenhos de pesquisa que integrem produção de conhecimento e divulgação científica.
  • 141. PESQUISA APLICADA EM COMUNICAÇÃO DIGITAL DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A comunicação científica é a divulgação de textos científicos entre pares em revistas científicas. A divulgação científica é transformar esses textos mais “complicados” em textos mais simples - o que não precisa significar com menos profundidade. Outras áreas aqui dialogam: jornalismo científico e a educação científica não-formal.
  • 142.
  • 143. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Falar sobre ciência de forma que as pessoas entendam “Um processo de recodificação, que deve ter como objetivo tornar compreensível e descomplicado o conhecimento científico ao público, utilizando-se de transposição de uma linguagem especializada para uma linguagem não especializada” (BUENO, 1984)
  • 144. MAS… _ Como falar de pesquisas acadêmicas complexas, que envolvem anos de pesquisa, muitas pessoas envolvidas e temas difíceis, para um público amplo sem a mediação dos veículos de comunicação de massa? _ Como os próprios pesquisadores, com a ajuda de jornalistas e comunicadores, podem traduzir suas pesquisas para que qualquer pessoa - ou a maioria das pessoas - consiga entender claramente? _ Se a tradução consegue ser bem feita na questão do conteúdo, há ainda outros desafios: como fazer com que o conhecimento científico circule para um público amplo nas redes digitais? _ Se agora (ou melhor, há mais de duas décadas) quase todos podem falar nas redes, como de fato ser ouvido? _ Como conquistar esse público amplo sem perder o rigor científico exigido nas pesquisas produzidas dentro da universidade e sem banalizar o seu conteúdo a ponto dele perder credibilidade junto aos pares?
  • 145. CANAIS PRÓPRIOS _ Blogs; Autonomia de produção das pesquisadoras; Liberdade na produção; Menor custo; _ Podcasts; Acesso em múltiplos lugares; Diferentes formatos e tamanhos: Entrevistas, narrativos, pílulas, comentários, debates, dialógicos, etc; _ Vídeos; Maior tempo e equipe de produção; Interação; Diferentes formatos, inclusive aulas e palestras; aproveitamento estrutura universitária (TV); _ Redes sociais; Facebook, Instagram, Twitter (X), TikTok, Mastodon, threads, Linkedin… _ Newsletters; WhatsApp ou Telegram; Fugir da “bolha” algorítmica e entregar diretamente para interessadas;
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  • 157. CANAIS DE OUTROS _ Se a mediação dos veículos de comunicação de massa ainda é importante para a ampla difusão de informações de interesse público, como fazer com que estes mesmos veículos entendam e sejam auxiliares, sem simplificar ou modificar demais o conteúdo, na divulgação de conhecimento que afeta o cotidiano das pessoas? BLOGS E SEÇÕES EM PUBLICAÇÕES _Como preparar os pesquisadores para a exposição e o julgamento da opinião pública já que agora as investigações estão sujeitas à questionamento mais facilmente com o apagamento (ou diminuição) das fronteiras entre cientistas, jornalistas e público nestas redes? “NEW’ MEDIA TRAINING
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  • 160. CIÊNCIA ABERTA Consiste na abertura de dados, infraestrutura, periódicos, entre outras ferramentas, para que sejam compartilhados, reutilizados e melhor aproveitados por todos os agentes que produzem a ciência e também pela sociedade que se beneficia dela.
  • 161. CIÊNCIA ABERTA Software livre, dados abertos e licenças livres são elementos chaves para adequar a produção de conhecimento do laboratório à Ciência Aberta (ALBAGLI, MACIEL e ABDO, 2015). Compartilhamento de planos de pesquisa, dados e publicações, ciência cidadã participativa, formas crowdsourced de coleta de dados, entre outras práticas que fortalecem a produção de conhecimento livre. Adequar a produção acadêmica aos princípios da Ciência Aberta potencializa uma característica fundamental da ciência, possibilitada ainda mais com a internet: que os resultados sejam tornados públicos para permitir construções futuras do conhecimento (CHAN, OKUNE e SAMBULI, 2015, p.92)
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  • 165. TRABALHOS - PRÉ PROJETOS Introdução _ Problema de pesquisa; _ Corpus/definição de amostra a ser analisada; _ Metodologia e procedimentos; _ Detalhes sobre produtos de divulgação científica da pesquisa; Apresentação em aula*: 9/11 - (1,0) Entrega final: 26/11 - (8,0)
  • 166. REFERÊNCIAS BUENO, Wilson. 1984. Jornalismo Científico no Brasil: os compromissos de uma prática dependente. Tese de Doutorado. ECA/USP, São Paulo, 1984. CAMARGO, Vera Regina Toledo. Dialogando com a ciência: ações, atuações e perspectivas na divulgação científica e cultural. Comunicação & Sociedade, v. 37, n. 3, p. 43-71, 2015 DUARTE, J. e BARROS, A. (org.). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. HELMOND, A. The platformization of the Web: making web data platform ready. Social Media + Society, Thousand Oaks, v. 1, n. 2, p. 1-11, 2015. FOLETTO, Leonardo Feltrin. O Futuro é Coletivo. In: Fernando J Almeida; Gustavo Torrezan; Leonardo Foletto; Lilian Kelian;. (Org.). Cultura, educação e tecnologias no coletivo Meninas Mahin. 1ed.São Paulo: Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo, 2023, v. 1, p. 19-39. ATOUR, Bruno. On Technical Mediation. Common Knowledge, v. 3, n. 2, p. 29-64, 1994. LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução a teoria do ator-rede. Salvador: Edufba; Bauru: EdUSC, 2012. LEMOS, A. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013. RECUERO, R. Mídia social, plataforma digital, site de rede social ou rede social? Não é tudo a mesma coisa?. Medium,[Brasil], 9 jul. 2019. Disponível em: https://medium.com/@raquelrecuero/m%C3%ADdia-social-plataforma-digital-site-de-rede-social-ou-rede-social-n%C3%A3o-%C3%A9-tudo-a-mesma-coisa -d7b54591a9ec RIEDER, B. Examinando uma técnica algorítmica: o classificador de bayes como uma leitura interessada da realidade. Parágrafo, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 123-142, 2018. SANCHES, Danielle. Métodos digitais. Rio de Janeiro: FGV, 2022. SRNICEK, N. Platform capitalism. Cambridge: Polity, 2017. VAN DIJCK, J.; POELL, T. Understanding social media logic. Media and Communication, Lisboa, v. 1, n. 1, p. 2-14, 2013. VAN DIJCK, J. Confiamos nos dados? As implicações da datificação para o monitoramento social. MATRIZes, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 39-59, 2017 VAN DIJCK, J.; POELL, T.; WALL, M. The Platform Society: public values in a connective world. Londres: Oxford Press, 2018 VENTURINI, T. Diving in magma: how to explore controversies with actornetwork theory. Public Understanding of Science, Bristol, v. 19, n. 3, p. 258-273, 2010