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Barroco
Edson
Nilcemara
Nallanda
Otávio
Pablo Andrade
Rebeka Caetano Lima
Barroco
Trabalho apresentado a disciplina Língua
Portuguesa do Colégio Estadual
Professora Zenaide Alves Barreto-
CEZAB, como requisito parcial para
obtenção de nota.
Orientadora: Prof.ª Neuzeni Correia
Sumário
1. Introdução...........................................................4
2. Principais Características...........................................6
3. Música..............................................................11
4. Quadros(obras)......................................................12
5. Principais autores,características e principais obras...............17
6. Trechos dos principais livro que marcaram a época...................19
7. Tema central........................................................24
8. Imagens e figuras literárias mais expressivas1......................25
9. Mensagem da obra....................................................27
10.Considerações finais ...............................................28
11.Referências.........................................................29
Introdução
O trabalho abordará o movimento literário barroco.
Temos como objetivos estudar o movimento, conhecer, mostrar e refletir sobre
a literatura barroca.
O barroco foi um período do século XVI marcado pela crise dos valores
renascentistas, gerando uma nova visão de mundo através de lutas religiosas e
dualismo entre espírito e razão. O movimento envolve nossas formas de
literatura, arte , até filosofia. No campo religioso, a reforma(1517) contestou as
praticas da igreja católica e propôs uma nova relação entre Deus e os homens.
Uma das propostas desse movimento foi a tradução da bíblia para os idiomas
nacionais, abrindo caminho para novas interpretações das escrituras deixando a
igreja dividida e enfraquecida.
O barroco é a estética que reflete essa tensão,ou seja ,o embate entre a fé e a
razão, entre espiritualismo e materialismo.
O conflito entre fé e razão, antropocentrismo e teocentrismo, bem como a
tentativa de unir essas idéias conflitantes na mesma obra são características das
obras barrocas,alem da utilização de uma linguagem resducada e do uso
constante de figuras de linguagem.
Após o concilio de Trento,realizado entre os anos de 1545 e 1563 e que teve bem
como conseqüência, uma grande reformulação do catolicismo, em resposta á
reforma protestante, a disciplina e a autoridade da igreja de Roma foram
restauradas, estabelecendo-se a divisão da cristandade entre protestantes e
católicos.
 O barroca foi um movimento literário caracterizado pelos contrastes,oposições e
dilemas.O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo que queria
usufruir dos prazeres mundanos, daí surgiram os conflitos.
Principais
Características
Características do Barroco
O estilo barroco nasceu em decorrência da crise do Renascimento, ocasionada,
principalmente, pelas fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas
dificuldades econômicas decorrentes do declínio do comércio com o Oriente.
Todo o rebuscamento presente na arte e literatura barroca é reflexo dos conflitos
dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus
(teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente
no período renascentista.
1) A arte da contra-reformas
A ideologia do Barroco é fornecida pela Contrarreforma. Em nenhuma outra época se
produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, estátuas de santos e monumentos
sepulcrais. As obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas
em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer, conquistar e
impor admiração.
2) Conflito entre corpo e alma
O Renascimento definiu-se pela valorização do profano, pondo em voga o gosto pelas
satisfações mundanas. Os intelectuais barrocos, no entanto, não alcançam
tranqüilidade agindo de acordo com essa filosofia. A influência da Contra-reformas fez
com que houvesse oposição entre os ideais de vida eterna em contraposição com a
vida terrena e do espírito em contraposição à carne. Na visão barroca, não há
possibilidade de conciliar essas antíteses: ou se vive a vida sensualmente, ou se foge
dos gozos humanos e se alcança a eternidade. A tensão de elementos contrários causa
no artista uma profunda angústia: após arrojar-se nos prazeres mais radicais, ele se
sente culpado e busca o perdão divino. Assim, ora ajoelha-se diante de Deus, ora
celebra as delícias da vida.
3) O tema da passagem do tempo
O homem barroco assume consciência integral no que se refere à fugacidade da vida
humana (efemeridade): o tempo, veloz e avassalador, tudo destrói em sua passagem.
Por outro lado, diante das coisas transitórias (instabilidade), surge a contradição: vivê-
las, antes que terminem, ou renunciar ao passageiro e entregar-se à eternidade?
4) Forma tumultuosa
O estilo barroco apresenta forma conturbada, decorrente da tensão causada pela
oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã. Daí a freqüente utilização de
antíteses, paradoxos e inversões, estabelecendo uma forma contraditória, dilemática.
Além disso, a utilização de interrogações revela as incertezas do homem barroco frente
ao seu período e a inversão de frases a sua tentativa na conciliação dos elementos
opostos
5) Cultismo e conceptismo
O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem rebuscada, culta, extravagante,
repleta de jogos de palavras e do emprego abusivo de figuras de estilo, como a
metáfora e a hipérbole. Veja um exemplo de poesia cultista:
Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das Maravilhas, A quem infiéis
despedaçaram
O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos)
Já o conceptismo, que ocorre principalmente na prosa, é marcado pelo jogo de
idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista, que utiliza uma
retórica aprimorada. A organização da frase obedece a uma ordem rigorosa, com o
intuito de convencer e ensinar. Veja um exemplo de prosa conceptista:
Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e
luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e
olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister
espelho e há mister olhos. (Pe. Antônio Vieira)
¹mister: necessidade de, precisão.
Figuras de Linguagem no Barroco
As figuras de estilo mais comuns nos textos barrocos reforçam a tentativa de apreender
a realidade por meio dos sentidos. Observe:
Metáfora: é uma comparação implícita. Tem-se como exemplo o trecho a seguir, escrito
por Gregório de Matos:
Se és fogo, como passas brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Antítese: reflete a contradição do homem barroco, seu dualismo. Revela o contraste
que o escritor vê em quase tudo. Observe a seguir o trecho de Manuel Botelho de
Oliveira, no qual é descrita uma ilha, salientando-se seus elementos contrastantes:
Vista por fora é pouco apetecida
Porque aos olhos por feia é parecida;
Porém, dentro habitada
É muito bela, muito desejada,
É como a concha tosca e deslustrosa,
Que dentro cria a pérola formosa.
Paradoxo: corresponde à união de duas ideias contrárias num só pensamento. Opõe-
se ao racionalismo da arte renascentista. Veja a estrofe a seguir, de Gregório de Matos:
Ardor em firme Coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido.
Hipérbole: traduz ideia de grandiosidade, pompa. Veja mais um exemplo de
Gregório de Matos:
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
Prosopopeia: personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade.
Observe um trecho escrito pelo Padre Antonio Vieira:
No diamante agradou-me o forte, no cedro o incorruptível, na águia o sublime, no
Leão o generoso, no Sol o excesso de Luz.
Quadros(Obras)
A Leiteira(1658)
Por Johanne Vermeer( 1632-
1675)
Rijksmuseum, Amsterdam,
Holanda, Países baixos.
As Meninas(1656)
Por Diego
Velarques(1599-1660)
Museu do
Prado,Madrid,
Espanha.
Crucificação de são
Pedro(1601)
Por Michelangelo
Caravaggio(1571-1610)
Santa Maria del
Popolo,Roma, Itália.
O Julgamento de
Páris(1639)
Por Peter Paul
Robens(1577-1640)
Museu do Prado,Madrd,
Eapanha.
Natividade(1669)
Por Josefa de
Óbidos(1630-1684)
Museu Nacional de
Arte Antiga, Lisboa,
Portugal.
Principais autores,características e
principais obras
Na Poesia: Gregório de Matos (1633-1695)
Graças à sua poesia satírica, com termos de baixo calão e críticas abertas à
sociedade baiana, o poeta ganhou o apelido de “Boca do Inferno”. Além de
abordar temas clássicos do Barroco europeu, como a religiosidade, Gregório de
Matos também se dedicou à lírica filosófica, explorando temas como o CARPE
DIEM, lema latino cuja tradução seria “aproveite o dia”.obras: A Cidade; O Crime;
A Vingança; A Devassa; O Destino.
Na Prosa: Padre Antônio Vieira (1608-1697)
Por onde passou ficou, ficou conhecido por seus sermões, discursos orais
destinados aos fiéis sobre temas religiosos, bíblicos e morais. Porém, Antônio
Vieira não se limitou à pregação religiosa, colocando seus sermões a serviço de
suas idéias políticas e ideológicas. Em Portugal ganhou a antipatia da Inquisição
ao defender o retorno dos judeus, perseguidos pelo tribunal, ao território
português, para driblar a crise econômica. No Brasil, combateu com radicalismo a
escravização dos índios e foi perseguido pelos colonos.
principais obras:
- Sermão de Santo Antônio aos Peixes
- Sermão da Sexagésima
- Sermão da Quinta Dominga da Quaresma
- Sermão do Bom Ladrão
- Sermão do Mandato
- Sermão do Espírito Santo
- Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal, contra as da Holanda
- Sermão de Nossa Senhora do Rosário
Nas Artes plásticas: Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho (1730-1814)
Nas artes plásticas, o Barroco manifestou-se tardiamente no Brasil, pois se tornou
viável apenas com o suporte dado pela descoberta do ouro em Minas Gerais, que
resultou na construção de igrejas de estilo barroco ao longo de todo o século
XVIII.
principais obras
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas - as 66 estátuas da Via
Sacra, Via Crucis ou dos Passos da Paixão
os Doze Profetas no adro da igreja.
também Bento Teixeira (Prosopopeia) e Manuel Botelho de Oliveira (Música do
Parnaso).
Trechos dos principais livro que
marcaram a época
Senhora Dona Bahia
Autor: Gregório de Matos
Cansado de vos pregar
cultíssimas profecias,
quero das culteranias
hoje o hábito enforcar:
de que serve arrebentar
por quem de mim não tem mágoa?
verdades direi como água
porque todos entendais,
os ladinos e os boçais,
a Musa praguejadora.
Entendeis-me agora?
Inconstância das coisas do mundo!
Autor: Gregório de Matos
Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas e alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falta a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se a tristeza,
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na inconstância.
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Autor:Gregório de Matos
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja* um só gemido:
Que a mesma culpa que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Sermão dos pretendentes. Os filhos de Zebedeu e os descobridores
portugueses. O non e a serpente de Moisés. Não: palavra dura para quem a
ouve e para quem a diz. O anjo de Deus e as petições de Abraão em favor das
cinco cidades condenadas à destruição.É decente a um rei dizer não? No caso
em que convenha, qual é o modo com que o deve dizer?
Estamos em sermão de pretendentes, e, segundo a experiência e queixa
comum, ou seja com razão, ou sem ela, acho eu que os pretendentes das
cortes, em seus requerimentos, são como os nossos argonautas e primeiros
descobridores da Índia, senão que navegam ao revés e fazem a viagem às
avessas. Os nossos descobridores primeiro passaram o Cabo de Não, e depois
o Cabo de Boa Esperança; os pretendentes, pelo contrário, começam pelo
Cabo de Boa Esperança, e acabam pelo Cabo de Não. Assim sucedeu hoje
aos filhos do Zebedeu, que também eram navegantes. Começaram pelo Cabo
de Boa Esperança, e com tão boa monção, que o passaram em uma
sangradura, porque o vento era Galerno e o mar bonança. Fundavam a
esperança na graça de Cristo, na eleição que deles tinha feito, e na prontidão
com que tinham deixado, não só as barcas e as redes, como Pedro e André,
senão também o próprio pai; fundavam a esperança
Sermão da Terceira Quarta-feira da quaresma (1670)
Autor; Padre Antonio Vieira
E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão
desenganado da pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o
Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão
longe.
Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que «saiu o pregador evangélico a
semear» a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus. Não só faz
menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit, porque no dia da messe
hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. O Mundo, aos que
lavrais com ele, nem vos satisfaz o que dispendeis, nem vos paga o que andais.
Deus não é assim.
Sermão da Sexagésima (1655)
Autor: Padre Antonio Viera
Tema central
TEMA CENTRAL DO MOVIMENTO BARROCO; Oposição
TEMAS FREQUENTES:
fugacidade da vida e instabilidade das coisas;
- morte, expressão máxima da efemeridade das coisas;
- concepção do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas;
- castigo, como decorrência do pecado;
- arrependimento;
- narração de cenas trágicas;
- erotismo;
- misticismo;
apelo à religião.
Imagens e figuras literárias mais
expressivas1
Mensagem da obra
As obras do movimento barroco nos trás
conhecimento da situação vivida naquela época,
nus fazendo refletir sobre a polêmica da
religiosidade daquele tempo.
Considerações finais
A literatura barroca é um movimento interessante e
informativo por que retrata um tempo importante para o
catolicismo e outras religiões.
Referências
Imagens:
https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+super+animais+estribilh
o+do+movimento+barroco&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi
hqrOh5trOAhVII5AKHWfrBIAQ_AUICCgB&biw=1366&bih=599#tbm=isch&
q=imagens+do+movimento+barroco&imgrc=_
Musica:
https://www.youtube.com/watch?v=usfiAsWR4qU
Pesquisa google:
movimento literário barroco

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Trabalho de literatura- barroco

  • 2. Edson Nilcemara Nallanda Otávio Pablo Andrade Rebeka Caetano Lima Barroco Trabalho apresentado a disciplina Língua Portuguesa do Colégio Estadual Professora Zenaide Alves Barreto- CEZAB, como requisito parcial para obtenção de nota. Orientadora: Prof.ª Neuzeni Correia
  • 3. Sumário 1. Introdução...........................................................4 2. Principais Características...........................................6 3. Música..............................................................11 4. Quadros(obras)......................................................12 5. Principais autores,características e principais obras...............17 6. Trechos dos principais livro que marcaram a época...................19 7. Tema central........................................................24 8. Imagens e figuras literárias mais expressivas1......................25 9. Mensagem da obra....................................................27 10.Considerações finais ...............................................28 11.Referências.........................................................29
  • 4. Introdução O trabalho abordará o movimento literário barroco. Temos como objetivos estudar o movimento, conhecer, mostrar e refletir sobre a literatura barroca. O barroco foi um período do século XVI marcado pela crise dos valores renascentistas, gerando uma nova visão de mundo através de lutas religiosas e dualismo entre espírito e razão. O movimento envolve nossas formas de literatura, arte , até filosofia. No campo religioso, a reforma(1517) contestou as praticas da igreja católica e propôs uma nova relação entre Deus e os homens. Uma das propostas desse movimento foi a tradução da bíblia para os idiomas nacionais, abrindo caminho para novas interpretações das escrituras deixando a igreja dividida e enfraquecida. O barroco é a estética que reflete essa tensão,ou seja ,o embate entre a fé e a razão, entre espiritualismo e materialismo. O conflito entre fé e razão, antropocentrismo e teocentrismo, bem como a tentativa de unir essas idéias conflitantes na mesma obra são características das obras barrocas,alem da utilização de uma linguagem resducada e do uso constante de figuras de linguagem.
  • 5. Após o concilio de Trento,realizado entre os anos de 1545 e 1563 e que teve bem como conseqüência, uma grande reformulação do catolicismo, em resposta á reforma protestante, a disciplina e a autoridade da igreja de Roma foram restauradas, estabelecendo-se a divisão da cristandade entre protestantes e católicos.  O barroca foi um movimento literário caracterizado pelos contrastes,oposições e dilemas.O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo que queria usufruir dos prazeres mundanos, daí surgiram os conflitos.
  • 6. Principais Características Características do Barroco O estilo barroco nasceu em decorrência da crise do Renascimento, ocasionada, principalmente, pelas fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas dificuldades econômicas decorrentes do declínio do comércio com o Oriente. Todo o rebuscamento presente na arte e literatura barroca é reflexo dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente no período renascentista. 1) A arte da contra-reformas A ideologia do Barroco é fornecida pela Contrarreforma. Em nenhuma outra época se produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais. As obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer, conquistar e impor admiração.
  • 7. 2) Conflito entre corpo e alma O Renascimento definiu-se pela valorização do profano, pondo em voga o gosto pelas satisfações mundanas. Os intelectuais barrocos, no entanto, não alcançam tranqüilidade agindo de acordo com essa filosofia. A influência da Contra-reformas fez com que houvesse oposição entre os ideais de vida eterna em contraposição com a vida terrena e do espírito em contraposição à carne. Na visão barroca, não há possibilidade de conciliar essas antíteses: ou se vive a vida sensualmente, ou se foge dos gozos humanos e se alcança a eternidade. A tensão de elementos contrários causa no artista uma profunda angústia: após arrojar-se nos prazeres mais radicais, ele se sente culpado e busca o perdão divino. Assim, ora ajoelha-se diante de Deus, ora celebra as delícias da vida. 3) O tema da passagem do tempo O homem barroco assume consciência integral no que se refere à fugacidade da vida humana (efemeridade): o tempo, veloz e avassalador, tudo destrói em sua passagem. Por outro lado, diante das coisas transitórias (instabilidade), surge a contradição: vivê- las, antes que terminem, ou renunciar ao passageiro e entregar-se à eternidade? 4) Forma tumultuosa O estilo barroco apresenta forma conturbada, decorrente da tensão causada pela oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã. Daí a freqüente utilização de antíteses, paradoxos e inversões, estabelecendo uma forma contraditória, dilemática. Além disso, a utilização de interrogações revela as incertezas do homem barroco frente ao seu período e a inversão de frases a sua tentativa na conciliação dos elementos opostos
  • 8. 5) Cultismo e conceptismo O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem rebuscada, culta, extravagante, repleta de jogos de palavras e do emprego abusivo de figuras de estilo, como a metáfora e a hipérbole. Veja um exemplo de poesia cultista: Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das Maravilhas, A quem infiéis despedaçaram O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos) Já o conceptismo, que ocorre principalmente na prosa, é marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. A organização da frase obedece a uma ordem rigorosa, com o intuito de convencer e ensinar. Veja um exemplo de prosa conceptista: Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. (Pe. Antônio Vieira) ¹mister: necessidade de, precisão.
  • 9. Figuras de Linguagem no Barroco As figuras de estilo mais comuns nos textos barrocos reforçam a tentativa de apreender a realidade por meio dos sentidos. Observe: Metáfora: é uma comparação implícita. Tem-se como exemplo o trecho a seguir, escrito por Gregório de Matos: Se és fogo, como passas brandamente? Se és neve, como queimas com porfia? Antítese: reflete a contradição do homem barroco, seu dualismo. Revela o contraste que o escritor vê em quase tudo. Observe a seguir o trecho de Manuel Botelho de Oliveira, no qual é descrita uma ilha, salientando-se seus elementos contrastantes: Vista por fora é pouco apetecida Porque aos olhos por feia é parecida; Porém, dentro habitada É muito bela, muito desejada, É como a concha tosca e deslustrosa, Que dentro cria a pérola formosa. Paradoxo: corresponde à união de duas ideias contrárias num só pensamento. Opõe- se ao racionalismo da arte renascentista. Veja a estrofe a seguir, de Gregório de Matos: Ardor em firme Coração nascido; pranto por belos olhos derramado; incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido.
  • 10. Hipérbole: traduz ideia de grandiosidade, pompa. Veja mais um exemplo de Gregório de Matos: É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. Prosopopeia: personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade. Observe um trecho escrito pelo Padre Antonio Vieira: No diamante agradou-me o forte, no cedro o incorruptível, na águia o sublime, no Leão o generoso, no Sol o excesso de Luz.
  • 11.
  • 12. Quadros(Obras) A Leiteira(1658) Por Johanne Vermeer( 1632- 1675) Rijksmuseum, Amsterdam, Holanda, Países baixos.
  • 14. Crucificação de são Pedro(1601) Por Michelangelo Caravaggio(1571-1610) Santa Maria del Popolo,Roma, Itália.
  • 15. O Julgamento de Páris(1639) Por Peter Paul Robens(1577-1640) Museu do Prado,Madrd, Eapanha.
  • 16. Natividade(1669) Por Josefa de Óbidos(1630-1684) Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, Portugal.
  • 17. Principais autores,características e principais obras Na Poesia: Gregório de Matos (1633-1695) Graças à sua poesia satírica, com termos de baixo calão e críticas abertas à sociedade baiana, o poeta ganhou o apelido de “Boca do Inferno”. Além de abordar temas clássicos do Barroco europeu, como a religiosidade, Gregório de Matos também se dedicou à lírica filosófica, explorando temas como o CARPE DIEM, lema latino cuja tradução seria “aproveite o dia”.obras: A Cidade; O Crime; A Vingança; A Devassa; O Destino. Na Prosa: Padre Antônio Vieira (1608-1697) Por onde passou ficou, ficou conhecido por seus sermões, discursos orais destinados aos fiéis sobre temas religiosos, bíblicos e morais. Porém, Antônio Vieira não se limitou à pregação religiosa, colocando seus sermões a serviço de suas idéias políticas e ideológicas. Em Portugal ganhou a antipatia da Inquisição ao defender o retorno dos judeus, perseguidos pelo tribunal, ao território português, para driblar a crise econômica. No Brasil, combateu com radicalismo a escravização dos índios e foi perseguido pelos colonos.
  • 18. principais obras: - Sermão de Santo Antônio aos Peixes - Sermão da Sexagésima - Sermão da Quinta Dominga da Quaresma - Sermão do Bom Ladrão - Sermão do Mandato - Sermão do Espírito Santo - Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal, contra as da Holanda - Sermão de Nossa Senhora do Rosário Nas Artes plásticas: Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho (1730-1814) Nas artes plásticas, o Barroco manifestou-se tardiamente no Brasil, pois se tornou viável apenas com o suporte dado pela descoberta do ouro em Minas Gerais, que resultou na construção de igrejas de estilo barroco ao longo de todo o século XVIII. principais obras Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas - as 66 estátuas da Via Sacra, Via Crucis ou dos Passos da Paixão os Doze Profetas no adro da igreja. também Bento Teixeira (Prosopopeia) e Manuel Botelho de Oliveira (Música do Parnaso).
  • 19. Trechos dos principais livro que marcaram a época Senhora Dona Bahia Autor: Gregório de Matos Cansado de vos pregar cultíssimas profecias, quero das culteranias hoje o hábito enforcar: de que serve arrebentar por quem de mim não tem mágoa? verdades direi como água porque todos entendais, os ladinos e os boçais, a Musa praguejadora. Entendeis-me agora?
  • 20. Inconstância das coisas do mundo! Autor: Gregório de Matos Nasce o Sol e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas e alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz falta a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se a tristeza, Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza. A firmeza somente na inconstância.
  • 21. A Jesus Cristo Nosso Senhor Autor:Gregório de Matos Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja* um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.
  • 22. Sermão dos pretendentes. Os filhos de Zebedeu e os descobridores portugueses. O non e a serpente de Moisés. Não: palavra dura para quem a ouve e para quem a diz. O anjo de Deus e as petições de Abraão em favor das cinco cidades condenadas à destruição.É decente a um rei dizer não? No caso em que convenha, qual é o modo com que o deve dizer? Estamos em sermão de pretendentes, e, segundo a experiência e queixa comum, ou seja com razão, ou sem ela, acho eu que os pretendentes das cortes, em seus requerimentos, são como os nossos argonautas e primeiros descobridores da Índia, senão que navegam ao revés e fazem a viagem às avessas. Os nossos descobridores primeiro passaram o Cabo de Não, e depois o Cabo de Boa Esperança; os pretendentes, pelo contrário, começam pelo Cabo de Boa Esperança, e acabam pelo Cabo de Não. Assim sucedeu hoje aos filhos do Zebedeu, que também eram navegantes. Começaram pelo Cabo de Boa Esperança, e com tão boa monção, que o passaram em uma sangradura, porque o vento era Galerno e o mar bonança. Fundavam a esperança na graça de Cristo, na eleição que deles tinha feito, e na prontidão com que tinham deixado, não só as barcas e as redes, como Pedro e André, senão também o próprio pai; fundavam a esperança Sermão da Terceira Quarta-feira da quaresma (1670) Autor; Padre Antonio Vieira
  • 23. E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe. Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que «saiu o pregador evangélico a semear» a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus. Não só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit, porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. O Mundo, aos que lavrais com ele, nem vos satisfaz o que dispendeis, nem vos paga o que andais. Deus não é assim. Sermão da Sexagésima (1655) Autor: Padre Antonio Viera
  • 24. Tema central TEMA CENTRAL DO MOVIMENTO BARROCO; Oposição TEMAS FREQUENTES: fugacidade da vida e instabilidade das coisas; - morte, expressão máxima da efemeridade das coisas; - concepção do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas; - castigo, como decorrência do pecado; - arrependimento; - narração de cenas trágicas; - erotismo; - misticismo; apelo à religião.
  • 25. Imagens e figuras literárias mais expressivas1
  • 26.
  • 27. Mensagem da obra As obras do movimento barroco nos trás conhecimento da situação vivida naquela época, nus fazendo refletir sobre a polêmica da religiosidade daquele tempo.
  • 28. Considerações finais A literatura barroca é um movimento interessante e informativo por que retrata um tempo importante para o catolicismo e outras religiões.