O documento discute o pensamento sistêmico e apresenta diferentes arquétipos sistêmicos. Ele descreve o caso da Abril Mídia Digital que utilizava um modelo de gerência de projetos obsoleto (Cascade) e recorria frequentemente à contratação e demissão de funcionários como forma de resolver problemas relacionados ao desenvolvimento, caracterizando o arquétipo sistêmico da Transferência de Responsabilidade.
Arquétipos Sistêmicos e Transferência de Responsabilidade
1. ARQUÉTIPOS SISTÊMICOS
Transferência de Responsabilidade
terça-feira, 5 de junho de 2012
2. GRUPO 2
Heleno de Oliveira Santos 1200014
João Henrique Silva de Souza 1200258
Leonardo Antonio Spirandio Pereira 1020478
Marco Antonio Gonzalez Junior 1200190
Vitor Norio Tanoue Suzuki 1200122
Yuri Silveira de Abreu 1200215
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3. INTRODUÇÃO
Conceitos do pensamento sistêmico
As cinco disciplinas
Apresentação dos diferentes arquétipos sistêmicos
Analisar uma aplicação prática
Demonstrar o emprego de uma solução ao problema
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5. [OFF-TOPIC]
“the schools don’t teach you
nothing you’ll ever need to know”
Aspirations, The Bicycle Thief
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6. PENSAMENTO
LINEAR SISTÊMICO
X
Circular
Binário
Interdisciplinar
Cartesiano
Organísmico
Séc XVII
Séc XX
Descartes
Bertalanffy
Aristóteles
Bohr
Newton
Jung
Bacon
Maturana
Senge
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7. PENSAMENTO
LINEAR SISTÊMICOX
Paradigmas das ciências
REDUCIONISTA MECANICISTA: SISTÊMICO:
simplicidade complexidade
estabilidade instabilidade
objetividade intersubjetividade
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8. PENSAMENTO SISTÊMICO
Teoria Geral de Sistemas:
Bertalanffy, 1940
Holismo
contornos
componentes
inter-relacionamentos
Homeostase
Entropia / Sintropia
Equifinalidade
Evolução
Sistemas abertos
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9. DISCIPLINAS ESSENCIAIS
Primeira: Domínio Pessoal
Segunda: Modelos Mentais
Terceira: Visão Compartilhada
Quarta: Aprendizagem em Equipe
Quinta: Pensamento Sistêmico
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10. DOMÍNIO PESSOAL
Aprender a expandir as
capacidades pessoais a
fim de obter os
resultados desejados e
criar um ambiente
empresarial que
estimule todos os
participantes a alcançar
as metas
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11. MODELOS MENTAIS
Refletir, esclarecer
continuamente e
melhorar a imagem que
cada um tem do
mundo, a fim de verificar
como moldar atos e
decisões
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12. VISÃO COMPARTILHADA
Estimular o empenho
do grupo em relação
ao futuro que se
procura criar e definir
os princípios e as
metas que permitirão
que esse futuro seja
alcançado
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13. APRENDIZAGEM EM EQUIPE
Transformar as
aptidões coletivas de
maneira que grupos de
pessoas possam
desenvolver
inteligência e
capacidades maiores
que a soma de seus
talentos pessoais
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14. PENSAMENTO SISTÊMICO
Peter Senge, A Quinta Disciplina, 1990
Visualização e utilização de uma linguagem para
descrever e entender as forças e
interrelacionamentos que moldam o
comportamento dos sistemas
Enxergar processos de mudança ao invés de
instantâneos
Ver interrelacionamentos em vez de cadeias
lineares de causa efeito
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15. LEIS DA QUINTA DISCIPLINA
1. Os problemas de hoje vem das “soluções” de ontem
2. Quanto mais você empurra, mais o sistema empurra de volta
3. O comportamento melhora antes de piorar
4. A saída mais fácil normalmente nos leva de volta para dentro
5. A cura pode ser pior do que a doença
6. Mais rápido significa mais devagar
7. Causa e efeito não estão próximos no tempo e no espaço
8. Pequenas mudanças podem produzir grandes resultados - mas frequentemente, as
áreas de maior alavancagem são as menos óbvias
9. Você pode assobiar e chupar cana - mas não ao mesmo tempo
10. Dividir um elefante ao meio não produz dois pequenos elefantes
11. Não existem culpados
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16. LINGUAGEM SISTÊMICA
“a linguagem modela a percepção” (SENGE)
Modelos mentais: crenças, pressupostos, visão de mundo
DLCs: Diagramas de Loop de Causalidade
A linguagem natural não é suficiente para
entender e comunicar situações que envolvam
influências mútuas dos elementos da realidade, com
loops de retroalimentação
A linguagem molda o pensamento: quanto
mais adequadamente tratar as complexidades
dinâmicas da realidade, mais efetivamente poderá
comunicá-las e tratá-las
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17. LINGUAGEM SISTÊMICA
Diagramas de Loop de Causalidade
Balanceamento
Reforço Balanceamento
com retardo
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18. ARQUÉTIPOS SISTÊMICOS
Modelos de situações recorrentes, causadoras de erros
no comportamento das organizações
Combinações de ciclos de reforço e balanceamento
Seus nomes indicam as situações que eles representam
Úteis para retratar problemas, ajudando a identificar:
pontos de alavancagem
mudanças mais adequadas para interação
manejo com maior clareza e menor desconforto
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19. ARQUÉTIPO1:
Limites ao crescimento
ciclo virtuoso de crescimento inicial
fatores limitantes
balanceamento atua expressivamente principalmente quando o ciclo de
reforço já gerou um valor significativo
desaceleramento, bloqueio ou até reversão em colapso
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20. ARQUÉTIPO 2:
Princípio da atratividade
Caso especial de limites ao
crescimento
Ciclo virtuoso entre melhoria
no desempenho e ação
promovedora de crescimento
Desempenho se depara com
ações inibidoras de
crescimento
No início do processo o ciclo de
reforço tem maior destaque e
quase não se percebe o de
balanceamento
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21. ARQUÉTIPO 3:
Solução quebra galho
Resolver um problema através de
uma solução rápida
Produzindo, ao longo do tempo,
consequências não
intencionais
Fazendo ressurgir o problema,
geralmente de uma forma ainda
mais grave
O atraso entre a solução rápida e
as consequências indesejáveis pode
ser grande e suficiente para
desassociar o efeito da causa
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22. ARQUÉTIPO 4:
Transferência de responsabilidade
Utilização de uma solução de curto prazo
para correção de um problema produz
resultados imediatos positivos
Paliativo: as soluções mais fáceis nem sempre
são as melhores
À medida que esta solução vai sendo aplicada
inviabilizam-se as medidas corretivas
fundamentais de longo prazo
Com o tempo, pode-se atrofiar ou incapacitar a
possibilidade da aplicação da solução fundamental
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23. ARQUÉTIPO 5:
Escalada
Noção de prosperidade baseada
em vantagem relativa uma
sobre a outra
Qualquer progresso de um dos
lados é tomado como ameaça
Responde-se agressivamente
Comportamento agressivo é
tido como uma resposta
defensiva em relação ao outro
Ciclo gera esforços e
desgastes além do necessário
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24. ARQUÉTIPO 6:
Deriva de metas
Caso especial de transferência de responsabilidade
A solução de curto prazo envolve permitir o
declínio de um objetivo de longo prazo
Quanto maior a diferença entre a meta desejada e a
condição atual, maior é a tensão emocional e
criativa
A tensão emocional aumenta a pressão para ajustar
as metas
O aumento da tensão dá origem a esforços para
melhoria da condição atual, que, com o tempo,
aumenta a condição atual. Porém, devido ao atraso,
o ciclo que atua na diminuição da meta é mais
incisivo
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25. ARQUÉTIPO 7:
Sucesso para os bem sucedidos
Competição entre duas
partes
Disputa por recursos ou
apoio limitados
Quanto mais apoio e
sucesso uma das partes
conquista, mais sufoca a
outra
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26. ARQUÉTIPO 8:
Equilíbrio com defasagem
Ações no sentido de se alcançar alguma meta
geram um feedback defasado, com atraso
A falta de consciência desta defasagem
causa a realização de ações repetitivas
desnecessárias ou até mesmo desistência
Quanto maior o tempo de resposta do
sistema, maior o tempo de oscilação
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27. ARQUÉTIPO 9:
Tragédia dos comuns
Duas estruturas de limitação ao
crescimento unidas pelo mesmo
fator limitante: um recurso comum
Recurso comum é disponível com
abundância inicial a ambas as partes
O retorno sobre a utilização dos
recursos sofre queda progressiva
obrigando que se intensifiquem os
esforços
Finalmente a utilização do recurso
torna-se inviável
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28. ARQUÉTIPO 10:
Adversários acidentais
Reforço cooperativo
entre as partes
Crescimento em paralelo
Favorecimento próprio
e favorecimento ao
outro
Ao trabalhar para o
favorecimento próprio,
reduz o sucesso do
outro e por
consequência, a influência
positiva do outro no
favorecimento de seu
próprio sucesso
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29. ARQUÉTIPO 11:
Crescimento e subinvestimento
Estagnação do crescimento
pode ser eliminada ou
postergada com a realização
de investimento agressivo
e imediato
Caso não seja feito
possivelmente não haverá
outra oportunidade
Geralmente ocorre redução
de metas ou padrões
como justificativa, resultando
na diminuição das
expectativas e queda no
desempenho
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30. ESTUDO DE CASO
Grupo Abril
Victor Civita, 1950
“Tudo começou com um pato.”
um dos maiores grupos de comunicação da América
54 títulos
circulação de 190 milhões de exemplares
28 milhões de leitores
4,1 milhões de assinaturas
Veja: maior do Brasil e uma das maiores do mundo
4 pilares: Mídia, Gráfica, Distribuição e Educação
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31. ESTUDO DE CASO
Abril Mídia:
Editora Abril, Abril Mídia Digital, MTV, Alpha
Base e Elemídia
Abril Mídia Digital
desenvolvimento interno de produtos
produtos e infraestrutura mantidos in-house
tecnologias de ponta, de última geração
necessidade de agilidade
desenvolvimento paralelo de produtos relativamente
pequenos, que se integram a uma base comum
padrão
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32. ESTUDO DE CASO
Modelo de gerência de projetos obsoleto
Metodologia CASCATA
TOP DOWN!
Equipes de desenvolvimento e
infraestrutura grandes e isoladas
Contratação e demissão de
funcionários como forma de resolver
rapidamente problemas relacionados ao
desenvolvimento de produtos
(software e serviços)
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33. ESTUDO DE CASO
CASCATA:
Concepção
Requisitos
Modelagem
Codificação
Testes
Implantação
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34. ESTUDO DE CASO
Transferência de Responsabilidade
“Solução” sintomática: fácil e rápida
Sintoma do problema
Aplicação da “solução” sintomática alivia o
sintoma e gera efeitos colaterais a longo prazo
Solução fundamental: soluciona o
problema sem gerar efeitos colaterais, porém
muitas vezes não são óbvias, difíceis de
implementar e só apresentam resultados em
médio ou longo prazo
A aplicação repetida da “solução” sintomática
pode causar desperdício e esgotamento dos
recursos disponíveis e até inviabilizar a solução
fundamental
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35. TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE
“Solução” sintomática: aumentar o número de
desenvolvedores
Sintoma do problema: velocidade/dificuldade
na finalização dos entregáveis
(produtos, serviços, software)
Efeitos colaterais: entre uma entrega e outra
o número de recursos ociosos é muito
grande. Ocorre rotatividade devido a
demissões e desinteresse dos
profissionais. Baixa agilidade para
correção de bugs, implementação de
modificações e novos recursos em
produtos existentes.
Solução fundamental: corrigir a metodologia
de desenvolvimento, treinar a equipe
gerencial, aumentar a interatividade,
diminuir a amplitude do ciclo
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36. MANIFESTO ÁGIL
Estamos descobrindo maneiras melhores de desenvolver software,
fazendo-o nós mesmos e ajudando outros a fazê-lo. Através desse
trabalho, valorizamos:
Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
Software que funciona mais que documentação abrangente
Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
Responder a mudanças mais que seguir um plano
Ou seja, mesmo havendo valor nos itens à direita, valorizamos mais os
itens à esquerda
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37. framework ágil para gerenciamento de projetos
iterativo e incremental
entregas de valor para o cliente
forte visibilidade
rápida adaptação
equipes pequenas e multidisciplinares
simples e enxuto
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38. SCRUM: CARACTERÍSTICAS
Roles: Artifacts:
Stakeholders Product Backlog
Product Owner Sprint Backlog
Scrum Master Burndown Chart
Team (Kanban)
Potentially Shippable
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39. SCRUM: CARACTERÍSTICAS
Ceremonies:
Daily Scrum Sprint Review
O que fiz desde ontem? Apresentação do resultado do
sprint ao Product Owner
O que pretendo fazer até amanhã?
Sprint Retrospective
Estou enfrentando algum impedimento?
o time reflete sobre o processo:
Sprint Planning
O que ocorreu bem no último sprint?
Planejar e priorizar o que será feito
durante o sprint junto ao PO O que pode ser melhorado no próximo?
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41. UMA SEXTA DISCIPLINA?
Futuro
Inovações
Novas
necessidades
Imprevisibilidade
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42. CONCLUSÃO
Linguagem sistêmica: identificação de pontos de
alavancagem
Tomada de decisões adequadas e eficazes
Mudança nos modelos mentais
Valorização das pessoas e da comunicação entre elas
Visão única, estímulo, compromisso
Resultados além da soma dos potenciais e capacidades
individuais
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43. REFERÊNCIAS E FERRAMENTAS
SENGE, Peter. A Quinta Disciplina.
GRATULIANO, João. Curso de Pensamento
Sistêmico.
http://www.scrumalliance.org
http://www.vensim.com (Ventana Systems)
http://www.gimp.org
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