2. Modelo Cognitivo de Beck
Situação Pensamento
Automático
Reação
Fisiológica
Emocional
Comportamental
Crenças (intermediárias e centrais)
Esquemas Beck, J (1997).
3. Não são os atos de uma
pessoa ou acontecimento
externo.
O que dirige
nossas reações
emocionais?
4. O que dirige
nossas reações
emocionais?
São as nossas
cognições.
A interpretação de uma situação influencia as respostas: emocional,
comportamental e fisiológica subseqüentes.
5. PREMISSAS BÁSICAS DAS
Intervenções cognitivo-
comportamentais
COGNIÇÃO
AFETA O COMPORTAMENTO
PODE SER MONITORADA E
ALTERADA
MUDANÇA COMPORTAMENTAL
PODE SER EFETUADA POR MEIO DA
MUDANÇA COGNITIVA
DOBSON, S, K. (2006)
7. Características
Pensamentos Automáticos?
São muito rápidos.
Experiência comum a todos nós.
A maior parte do tempo não estamos cientes desses pensamentos.
Com um pouco de treinamento podem tornar-se conscientes.
Se tornam previsíveis quando as crenças são identificadas.
Estamos usualmente mais cientes da emoção associada.
Forma verbal, visual (imagens) ou em ambas.
Podem estar em uma forma abreviada (p.ex, “Oh, não!”; “Droga”).
Surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão.
São aceitos como verdadeiros.
8. Características das Crenças Centrais
• Formadas na infância.
• Em geral, não são conscientes.
• Profundas, arraigadas e difíceis de serem mudadas.
• São consideradas como verdades absolutas.
• A pessoa tende a focalizar seletivamente informações que
confirmam a crença central, desconsiderando informações que são
contrárias a essa. Desse modo, ele mantém a crença mesmo que ela
seja imprecisa e disfuncional
9. Esquema é uma estrutura que filtra, codifica e avalia
os estímulos aos quais o organismo é submetido.
Com base na matriz de esquemas, o indivíduo
consegue orientar-se em relação ao tempo e
espaço, categorizar e interpretar experiências de
maneira significativa.
Características dos Esquemas.
Beck, A, 1997
11. 1) Identificando Pensamentos Automáticos:
1.1) Atenção as Mudanças de Humor.
Mudança de humor é útil para descobrir PA´s porque gera
cognições emocionalmente carregadas (Beck, 1989).
Expressão emocional carregada e intensa é uma oportunidade
rica para trazer a tona PA´s, crenças e esquemas.
Eu não faço
nada certo!
Tristeza
(mudança de humor)
Ajuda a
identificar
12. 1) Identificando Pensamentos Automáticos:
1.2) Descoberta Guiada.
Descoberta guiada é a técnica mais usada para identificar PA
´s durante as sessões.
Consiste em perguntar para o cliente “O que passou pela sua
cabeça?” , quando este descreve algo relevante na sessão.
O que passou pela sua
cabeça nesse momento?
13. Dicas Para Usar Descoberta Guiada
Com Sucesso.
1) Fazer quetionamentos que estimulem a emoção.
2) Seja específico. Focar em situações específicas,
claramente definidas, que o cliente lembre bem.
3) Focalizar em situações recentes.
4) Focar em um único tópico ou situação (de cada vez).
5) Ir fundo. Perguntar se o cliente percebe outros PA´s
“Quais outros pensamentos você teve nessa
situação?”
6) Procurar ser empático.
14. 1) Identificando Pensamentos Automáticos:
1.3) Registro de Pensamentos Disfuncionais.
-Método sistemático para praticar a
Identificação dee PA´s.
-Estimula a indagação sobre a validade
dos PA´s.
-Em geral apresentado no início
da intervenção.
15. Data e hora: Situação: Emoção: Pensamento
Automático
Disfuncional:
Comportamento
1.3) Registro Diário de Pensamentos
Disfuncionais (RDPD):
16. 1) Identificando Pensamentos Automáticos:
1.4) Imagens Mentais.
- Quando o cliente tem dificuldade para perceber
os seus PA´s, a IM pode ajudar.
- Consiste em ajudar o cliente a reviver
eventos por meio da IM para entrar em
contato com os PA´s e sentimentos.
17. 1) Identificando Pensamentos Automáticos:
1.5)Role-Play.
O coach faz o papel de
uma pessoa na vida do
cliente, e estimula uma
interação que possa trazer
á tona PA´s.
O coach entra e sai
do papel do personagem
durante a interação.
18. 2) Modificando Pensamentos Automáticos:
2.1)Questionamento Socrático.
É a espinha dorsal das intervenções cognitivas para
mofificar cognições disfuncionais.
Consiste no uso de questões abertas e livres
(argumentações), para ajudar o cliente a mudar um PA
disfuncional.
O coach faz perguntas ao cliente e questiona suas respostas.
Essa técnica ajuda o cliente a chegar a novas perspectivas
que desafiem suas conclusões errôneas.
19. Dicas Para Conduzir o
Questionamento Socrático.
1) Fazer perguntas que revelem oportunidade de mudança.
Perguntas que ajudam o cliente a ver o quanto a
modificação do PA pode reduzir emoções negativas ou
melhorar a capacidade de enfrentamento.
2) Fazer perguntas que rompam um padrão de PA disfuncional
e apresentem alternativas.
3) Fazer perguntas que estimulam o cliente a olhar a realidade
por meio de uma nova perspectiva.
4) Cuidado para não pressionar e intimidar o cliente.
5) Estimule a capacidade do cliente de pensar. Deixe-os
responder as perguntas.
6) Usar perguntas abertas.
21. Erros Cognitivos
1) Generalização:
Tomar um simples evento e generalizá-lo para todos, como
algo padronizado que ocorrerá continuamente.
Ex: “ Se eu me sair mal nessa apresentação, vou me sair mal
em todas as outras”.
Sou um desastrado,
sempre me machuco...
22. Erros Cognitivos
2) Pensamento Dicotômico (Tudo-Nada):
Tendência a interpretar experiências em termos de categorias
opostas polarizadas.
(Tipo: tudo/nada; sempre/nunca.)
Ex: Sou um fracasso total, nunca vou conseguir”.
Nunca consigo
carregar tudo...
23. Erros Cognitivos
3) Leitura de Pensamento:
Antecipar negativamente sem provas, o que os outros vão pensar.
Ex.: “Ele está insatisfeito com meu desempenho.”
Todos vão pensar que
sou ansiosa...
24. Eu deveria ter me preparado
melhor para a negociação.
Erros Cognitivos
4) Ditadura dos Deveria:
Criação de regras rígidas (para si e para os outros).
“Eu deveria.” Gera culpa, auto- decepção e vergonha.
“Os outros deveriam”. Gera raiva e decepção.
Dever x Prazer.
Ex: “ Eu tenho que me sair bem; Eu devo estudar mais.”
25. Erros Cognitivos
5) Maximização do Negativo:
Quando magnificamos os resultados de um evento negativo.
Ex.: “Tenho uma péssima dicção.”
(após um leve gaguejar)
Tenho uma
péssima dicção! Ah... Vaamos
Iniciar...
26. Erros Cognitivos
6) Minimização do Positivo:
Desvalorizar ou não dar a devida atenção a algo importante
ou positivo. Reduzir a importância de suas realizações e
qualidades.
Ex: “Sou um péssimo apresentador”. (Após vários aplausos e
elogios)
Após um excelente
trabalho...
Não consigo fazer
um bom trabalho!
27. Erros Cognitivos
7) Abstração Seletiva:
Tendência a focalizar um único detalhe retirado de um
contexto, ignorando outros aspectos importantes.
Conceber a totalidade de uma dada experiência com base em
apenas um único fragmento.
“ Está todo mundo
dormindo na minha
apresentação”.
“ Após um único indivíduo dormir.”
28. Erros Cognitivos
8) Ruminação:
Repetir idéias perturbadoras. Isso faz com que essas
idéias adquiram força e aumentem.
Eu não vou
conseguir ...
Eu não vou
conseguir ...
Eu não vou
conseguir ...
29. Erros Cognitivos
9) Personalização:
A pessoa se vê como a única responsável pelo que
acontece.
Ex: “Ele terminou comigo porque não sou boa o
suficiente. Foi minha culpa.”
31. Data e hora: Situação: Emoção: Pensamento
Automático
Disfuncional:
Erro
Cognitivo:
Pensamento
Reestruturado:
2) Modificando Pensamentos Automáticos:
2.3)Registro de Mudança de Pensamento.
32. 2) Modificando Pensamentos Automáticos:
2.4) Exame das Evidências.
Consiste em:
1) Elaborar uma lista com as evidências contra e á
favor da validade de um PA.
2) Avaliar esses evidências.
3) Trabalhar na modificação do PA para que seja
consistente com as evidências recém
descobertas.
33. 2) Modificando Pensamentos Automáticos:
2.4) Exame das Evidências.
Pensamento Automático: _______________________________
Evidências a favor do PA: Evidências contra o PA:
Erros Cognitivos: ______________________________________
Pensamento Alternativo: ________________________________
34. 2) Modificando Pensamentos Automáticos:
2.5) Reatribuição.
Atribuições: são os significados que uma
pessoa dá aos eventos da sua vida.
Dimensões das Atribuições:
1) Interno x Externo.
2) Geral (globais) x Específico (referentes a um evento).
3) Invariável (sem chance de mudança) x
Variável (há chance de mudança).
35. 2.5) Como Empregar a Reatribuição.
1) Explicar o conceito de atribuição.
2) Fazer um gráfico com as 3 dimensões de atribuição.
Meu grau de responsabilidade:
Nada ________________________________ Total
O quanto isso arruinaria minha vida (geral x específico).
Nada __________________________________ Total
Isso pode mudar, isso vai passar (no futuro):
Nada ______________________________________ Total
36. 3) Pedir para o cliente avaliar seu problema em
relação as três dimensões de atribuição.
4) Ajudar o cliente a mudar seu estilo
atributivo. Empregar estratégias cognitivas.
5) Fazer novamente a avaliação de atribuição.
2.5) Como Empregar a Reatribuição.
37. 2.6) Gráfico em Forma de Pizza
e a Reatribuição.
Pode ser útil para trababalhar a dimensão interno x externo.
Quais os outros fatores responsáveis por ......?
Meu marido é
resposável pela
separação
25%
Eu sou resposável
pela separação
25%
Brigas
18%
Valores
7%
Sexo Ruim
3%
Incompatibilidade
22%
Fatores que
contribuiram para o
divórcio.
38. 2.7) Cartões de Enfrentamento
Devem ser mantidos perto do cliente (bolsa, gavetas, geladeiras, etc).
O cliente deve ler o cartão em período regular ou quando necessário
39. Existem vários tipos de cartão de
enfrentamento:
1) Escrever o pensamento automático
disfuncional de uma (cognitivo).
lado e do outro a resposta adaptativa
(comportamental).
2) Estratégias de Enfrentamento.
3) Instruções para motivação.
2.7) Cartões de Enfrentamento
40. 2.7) Cartões de Enfrentamento – Tipo 1
Pensamento Automático:
“Não vou conseguir fazer ...”
Resposta Adaptativa:
“Já fiz antes e consegui. Se fiz uma vez posso
fazer novamente. Se resolvi anteriormente
posso resolver de novo.”
“ E se caso eu não consiga resolver desta vez,
não vai ocorrer nada de terrível.”
41. – BECK, Aaron T. Terapia Cognitiva da Depressão, 1997.
– BECK, Aaron. Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade,
– BECK, Judith S. Terapia Cognitiva – teoria e prática, 1997.
– BECK, S. Judith. Terapia Cognitiva para desafios Clínicos, 2007.
– DBSON, Keith S. Manual de Terapias Cognitivo-comportamentais, 2006.
– FRIEDBERG, Robert D. A prática Clínica de Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes,
2004.
– GREENBER, Dennis. A mente vencendo o humor, 1999.
– KNAP, Paulo. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Clínica, 2004.
– LARA, Diogo. Temperamento forte e bipolaridade, 2004.
– LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva – manual do terapeuta, 2006
– LEAHY, Robert L. Como lidar com as preocupações – sete passos para impedir que elas
paralisem você, 2007.
– MCMULLIN, Rian E. Manual de Técnicas em terapia Cognitiva, 2005.
– YOUNG, Jeffrey E. Terapia Cognitiva para transtornos da personalidade – uma abordagem
focada no esquema.
Bibliografia