O documento discute princípios e sistemas de contabilidade de custos. Apresenta princípios como realização da receita, competência e custo histórico. Descreve sistemas de custeio como direto, absorção e RKW. Também explica critérios de avaliação de estoques como FIFO, LIFO, custo médio ponderado e inventário periódico vs permanente.
3. Princípios utilizados em Custos:
“Princípio da realização da receita:
Determina este princípio o reconhecimento
contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas
quando da realização da receita. E ocorre a
realização da receita, em regra, quando da
transferência do bem ou do serviço para
terceiros.”
4. Princípios utilizados em Custos:
“Princípio da competência ou da confrontação
entre despesas e receitas:
Esse aspecto da Teoria Contábil é de extrema
importância para Custos e diz respeito
basicamente ao momento do reconhecimento
das despesas. Pela realização, fica definido o
momento do reconhecimento da receita. Após
isso, pela competência ou confrontação temos o
reconhecimento das despesas.
5. Princípios utilizados em Custos:
“Princípio da competência ou da confrontação
entre despesas e receitas:
A regra é teoricamente simples: após o
reconhecimento da receita, deduzem-se dela
todos os valores representativos dos esforços
para sua consecução (despesas).
6. Princípios utilizados em Custos:
“Princípio da competência ou da confrontação
entre despesas e receitas:
Como esses esforços podem ser subdivididos
em dois grupos: a) despesas especificamente
incorridas para a consecução daquelas receitas
que estão sendo reconhecidas; b) despesas
incorridas para a obtenção de receitas
genéricas, e não necessariamente daquelas que
agora estão sendo contabilizadas.”
7. Princípios utilizados em Custos:
“Princípio do custo histórico como base de
valor:
Os ativos são registrados contabilmente por seu
valor original de entrada, ou seja, histórico. E,
em alguns países, admite-se a atualização de
alguns deles em função de um índice geral de
preços. Raríssimas vezes (como na Holanda) é
admitido trabalhar-se com valores que não os
históricos.”
8. Princípios utilizados em Custos:
“Consistência ou uniformidade:
Quando existem diversas alternativas para o registro
contábil de um mesmo evento, todas válidas dentro dos
princípios geralmente aceitos, deve a empresa adotar
uma delas de forma consistente. Isto significa que a
alternativa adotada deve ser utilizada sempre, não
podendo a entidade mudar o critério em cada período.
Quando houver interesse ou necessidade dessa
mudança de procedimento, deve a empresa reportar o
fato e o valor da diferença no lucro com relação ao que
seria obtido se não houvesse a quebra de consistência.”
9. Princípios utilizados em Custos:
“Conservadorismo ou prudência:
Quase que uma regra comportamental, o
Conservadorismo obriga a adoção de um espírito de
precaução por parte do Contador. Quando ele tiver
dúvida fundamentada sobre tratar determinado gasto
como Ativo ou Redução de Patrimônio Líquido (básica e
normalmente despesa), deve optar pela forma de maior
precaução, ou seja, pela segunda. Por exemplo, sendo
duvidoso o recebimento de um direito ativado, este deve
ser baixado para o resultado (diretamente ou por meio
da constituição de uma provisão)”
10. Princípios utilizados em Custos:
“Materialidade ou relevância:
Essa outra regra contábil é de extrema importância para
Custos. Ela desobriga de um tratamento mais rigoroso
aqueles itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos
gastos totais. Alguns pequenos materiais de consumo
industrial, por exemplo, precisariam ir sendo tratados
como custo na proporção de sua efetiva utilização; mas,
por consistirem em valores irrisórios, costumeiramente
são englobados e totalmente considerados como custo
no período de sua aquisição.”
11. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio Direto ou Variável;
- Sistema de Custeio por Absorção;
- Sistema de Custeio RKW;
12. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio Direto ou Variável;
Esse sistema contempla como custo de fabricação os
custos diretos ou variáveis.
13. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio Direto ou Variável;
Por contemplar somente apenas parte dos custos
incorridos na fabricação, esse sistema não é aceito pelo
Fisco para direcionar a contabilização dos custos
incorridos aos produtos.
14. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio Direto ou Variável;
Quando a empresa industrial vende toda a produção
iniciada e concluída no mesmo período, o resultado não
é afetado; entretanto, quando parte da produção é
ativada, a adoção desse sistema implica estoques e lucro
líquido subavaliados.
15. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio Direto ou Variável;
Portanto, a adoção do sistema de custeio fica restrita a
fins gerenciais.
16. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio por Absorção;
Esse sistema de custeio contempla como custo de
fabricação todos os custos incorridos no processo de
fabricação do período, sejam eles diretos ou indiretos.
17. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio por Absorção;
Nesse sistema de custeio, somente as despesas
integrarão o resultado do exercício.
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19. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit);
Esse sistema de custeio foi criado por órgão
governamental da Alemanha, contempla como custo dos
produtos todos os custos e as despesas incorridas no
período .
20. Sistemas de Custeio:
- Sistema de Custeio RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit);
No Brasil é impossível utilizar esse sistema, pois fere
os Princípios Fundamentais da Contabilidade,
principalmente o Princípio da Competência, além de
não ser aceito pela legislação tributária.
21. Sistemas de Custeio:
Exemplo:
-Uma produção foi iniciada e concluída durante o mesmo período;
-A matéria-prima, mão-de-obra direta e outros custos diretos somaram R$
20.000;
-Os custos indiretos de fabricação somaram R$ 5.000;
-As despesas do período somaram R$ 7.000;
-Considere que a produção realizada foi para estoque.
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25. EXERCÍCIOS:
-Uma produção foi iniciada e concluída durante o mesmo período;
-A matéria-prima, mão-de-obra direta e outros custos diretos somaram R$
155.000;
-Os custos indiretos de fabricação somaram R$ 43.500;
-As despesas do período somaram R$ 62.000;
-Considere que a produção realizada foi para estoque.
28. Critério de Avaliação dos Estoques:
O custo dos materiais estocados é determinado
com base no valor de aquisição constante das
notas fiscais de compras, acrescido das
despesas acessórias e dos tributos
considerados não-recuperáveis.
29. Critério de Avaliação dos Estoques:
Tributos não-recuperáveis:
Embora tenham incidido nas compras de
materiais a serem aplicados no processo de
fabricação ou de revenda, não incidirão nas
vendas dos produtos/mercadorias.
30. Critério de Avaliação dos Estoques:
Critério do Custo (ou Preço) Específico:
Nesse critério a empresa atribui a cada unidade
do estoque o preço efetivamente pago ela.
É um critério que só pode ser utilizado para
bens de fácil identificação física, como imóveis
para revenda, veículos etc.
31. Critério de Avaliação dos Estoques:
PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) ou
FIFO (First in, First out):
Nesse critério a empresa sempre atribuirá aos
estoques os custos mais recentes.
32. Critério de Avaliação dos Estoques:
UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) ou
LIFO (Last in, First out):
Nesse critério a empresa sempre atribuirá aos
estoques os custos mais antigos.
33. Critério de Avaliação dos Estoques:
CMPM (Custo Médio Ponderado Móvel):
Nesse critério a empresa sempre atribuirá aos
estoques os custos avaliados pela média das
aquisições, sendo esses custos atualizados
após cada compra efetuada.
34. Critério de Avaliação dos Estoques:
CMPM (Custo Médio Ponderado Móvel):
Após efetuada uma nova compra:
Soma-se as quantidades que estavam que
estavam em estoque com as quantidades da
nova compra; soma-se o valor total do estoque
antes da nova compra com o valor da nova
compra; divide-se o total dos valores pelo total
das quantidades, obtendo o custo médio
ponderado móvel.
35. Critério de Avaliação dos Estoques:
CMPM (Custo Médio Ponderado Móvel):
Utiliza-se o maior número de casas decimais
possíveis para o valor unitário, para ele ser
sempre próximo ao correto, pode ser que a
quantidade vezes o custo unitário não confira,
porém na primeira saída isso deve ser ajustado.
36. Critério de Avaliação dos Estoques:
CMPF (Custo Médio Ponderado Fixo):
Nesse critério os materiais estocados serão
avaliados somente no final do período
(geralmente, final do ano) pela média dos
materiais que estiveram disponíveis para venda
ou para uso durante todo o período.
37. Critério de Avaliação dos Estoques:
CMPF (Custo Médio Ponderado Fixo):
Só pode ser utilizado por empresas que utilizam
o sistema de inventário periódico.
38. Critério de Avaliação dos Estoques:
CMPF (Custo Médio Ponderado Fixo):
Fórmula:
= Custo total dos materiais disponíveis para
venda ou para uso / Quantidades totais dos
materiais disponíveis para venda ou para uso
40. Sistema de Inventário Periódico:
O inventário periódico é um sistema contábil por
meio do qual os resultados são apurados
somente no final de um período.
41. Sistema de Inventário Permanente:
O inventário permanente é um sistema contábil
por meio do qual os resultados podem ser
apurados a qualquer momento.