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Introdução
O presente trabalho, fala sobre Sistema de custo por ordem de produção, Segundo este
tema, percebemos que as encomendas realizadas por uma empresa aplicada ao custeio
por ordem de produção proporcionam grandes dificuldades na obtenção dos custos pelo
facto que este sistema de custeio apresenta uma característica peculiar de que só se sabe
o custo real quando a ordem é concluída. Adicionalmente, uma deficiência de
gerenciamento contábil no que se diz respeito a uma visão determinísticas dos dados,
pode agravar também significativamente o desempenho financeiro e global da empresa.
A partir desta problemática, o presente trabalho supõe a aplicação de uma metodologia
de custeio com base na premissa da inerência de variáveis como os riscos e as
incertezas. A pesquisa se caracteriza como exploratória e explicativa acerca da
contabilidade de custos, e como uma ferramenta tecnológica de apoio a tomada de
decisões mais precisas. Desta forma, por ultimo, apresentam-se abordagens explicativas
a respeitos dos resultados obtidos e suas possíveis conclusões analíticas acerca da
problemática e do conteúdo em estudo.
1.Metodologia da pesquisa
Para a realização da pesquisa utilizou-se como delineamento de pesquisa a tipologia do
estudo descritivo. Andrade (2002) explica que a pesquisa descritiva configura-se como
um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão
preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto,
descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos.
Assim, procurou-se uma maior familiaridade com a utilização dos sistemas de custos,
proporcionando a confirmação de idéias e aprimoramentos para estudos futuros.
Como abordagem do estudo, optou-se pela pesquisa com predominância quantitativa.
Quanto aos procedimentos a pesquisa caracteriza-se como sendo do tipo levantamento,
na qual a coleta de dados se dá através de questionários. Tripodi, Fellin e Meyer (1981,
3
p.39) explicitam que “pesquisas que procuram descrever com exatidão algumas
características de populações designadas são tipicamente representadas por estudos.
2.Sistema de custo por ordem de produção
Segundo Berti (2006) o sistema de custeio por ordem de produção configura-se no
somatório dos gastos (recursos) envolvidos com insumos (matéria-prima, material
secundário, mão-de-obra direta, etc.), sendo apropriado diretamente na ordem de
produção relacionado aos produtos que serão produzidos.
Pode-se compreender com base em Sarquis (2003), que o sistema de custeio por ordem
de produção fundamenta-se pela aglomeração dos custos devido à presença de ordens
ou lotes de produção.
Caracteriza-se também que neste método só se sabe o custo real de produção quando a
ordem é concluída, ou seja, ao término da produção soma-se a ordem e verifica-se o
custo da produção da ordem (BERTI, 2006).
Pode-se incrementar que o sistema de custeio por ordem de produção é utilizado em
empresas de produção intermitente, tanto naquelas cuja produção é realizada de maneira
específica, como também nas que têm uma linha de produção diversificada
(MARQUES, 2009).
Segundo Berti (2006) percebe-se que no sistema de custeio por ordem de produção
apresenta algumas vantagens como: baixo volume de recursos necessários para capital
de giro, pelo fato de não apresentar necessidade de manter estoques de insumos e de
produtos acabados, pois a produção só é inicializada quando a venda for efetivada; um
maior nível de controlo dos gastos; presença de equipamentos que possibilita a
flexibilização de produtos; facilidade no processo de compra de insumos, gerando um
estoque pequeno, tendo em vista a alta rotatividade de insumos.
Por outro lado, o sistema de custeio por ordem de produção oferece algumas
desvantagens que demanda atenção na sua aplicação, como: o real custo da produção só
é reconhecido após a conclusão do processo da ordem; há maiores custos para o
4
controle devido a necessidade de controles para cada ordem, tendo gastos maiores com
pessoas e recursos financeiros; dependência de uma equipe de planejamento de
qualidade para elaboração de orçamentos antes ao encerramento da venda, obtendo-se
gastos maiores na formação e manutenção da equipe; necessidade de uma equipe
técnica preparada de manutenção e preparo dos equipamentos, pois para cada ordem de
produção que possui modelos de produtos diferentes carece de uma preparação de
qualidade das maquinas; difícil elaboração de custos de produção para o futuro, devido
à customização dos produtos (BERTI, 2006).
No sistema de custo por ordem de producao é característico de empresas que produzem
sob encomendas, sejam essas unitárias ou em lotes. Podemos citar como exemplos as
empresas de construção civil, tipografias, setor imobiliário, estaleiros e produtoras de
filmes.
Os custos acumulados de matérias-primas, mão-de-obra e custos indiretos de fabricação,
são computados a partir da emissão de uma ordem para produção de lotes de um bem ou
serviço. Os resultados – lucro ou prejuízo – são rapidamente diagnosticados. Para isso,
basta subtrair do preço de venda os custos acumulados naquela ordem, não havendo
necessidade de ser feita uma apuração periódica dos resultados.
Os custos primários que incidem diretamente ao produto poderão ser obtidos logo que a
ordem esteja completamente concluída. Já os custos indiretos, só poderão ser
incorporados ao produto quando terminar o período contábil. Todo esse processo de
detectação e apropriação que caracteriza o sistema requer, freqüentemente, um grande
número de pessoas dedicadas a esse fim, fazendo com que os fluxos de informações
sejam inúmeros, principalmente na detectação do custo da mão-de-obra, aumentando
consideravelmente seu custo operacional.
Nesse sistema, o formulário de ordem de produção é o centro nevrálgico, tendo como
objetivo principal apresentar e registrar os gastos com material direto, mão-de-obra
direta e uma estimativa dos custos indiretos relativos a unidade produzida. Devem estar
contidas no formulário de ordem de produção...
5
• Modelo e características do produto a ser fabricado;
• Data de emissão e término esperado, bem como estimativa dos custos indiretos
de fabricação;
• Locais distintos para registrar material direto e mão de obra direta;
• Resumo dos custos.
3.Sistema de custo por processo
O sistema de custeio por processo adapta-se a empresas que possuam um sistema de
produção contínua, com processos consecutivos para produção de produtos
padronizados. Pode-se citar como exemplos, as empresas do ramo de eletrodomésticos,
produtos químicos, hospitais, etc.
Esse processo difere muito do anterior no que tange a acumulação de custos. No
primeiro sistema, os custos são acumulados previamente em ordens de produção, para,
posteriormente, serem aglutinados em seus departamentos produtivos. No sistema de
custeio por processo, a metodologia é inversa, pois primeiramente chega-se aos custos
por processo ou departamento, para posteriormente distribuí-los aos produtos que
passam por esses processos. Com isto, o cerne desse sistema passa a ser os centros de
custo, e não mais o produto elaborado através de uma ordem de produção.
3.1.Características do sistema
A seguir, apresenta-se as características mais relevantes deste sistema de custeio...
• Aplicação: são aplicados em empresas que possuam produção contínua e
seriada, com lotes de produtos padronizados;
• Acumulação: os custos com material de consumo, mão-de-obra direta e custos
indiretos de fabricação são acumulados durante o processo produtivo nos
departamentos ou centros de custo;
6
• Custo de produção: origina-se na acumulação dos custos dos diversos processos
produtivos, através de cinco etapas seqüenciais: fluxo físico – produtivo –,
unidades equivalentes, fluxo monetário, custo total dos procedimentos e custo
médio unitário. o custo total de cada centro de custo ou departamento, dividido
por sua respectiva produção, dará o custo médio unitário;
• transferência de custos: cada unidade produzida, que passa de um processo
anterior para um seguinte ou para o estoque de unidades acabadas, leva consigo
uma parcela do custo total dos processos precedentes;
• freqüência das apurações: essas podem ser mensais, bimestrais ou trimestrais,
porém recomenda-se que sejam o mais freqüentes possíveis, pois proporcionam
um perfil atualizado da estrutura de custos, e permite uma tomada de decisão a
nível gerencial mais rápida e segura;
• custo operacional do sistema: é um sistema de custeio menos burocrático do o
que apresentado anteriormente, devido ao menor número de detalhamentos e
registros. Com isto, ganha-se em tempo e economia de custos.
3.2.Sistema de custo padrão
O termo padrão possui inúmeros significados e várias implicações. Todos os custos
padrões são oriundos de uma pré-determinação, porém nem todos os custos pré-orçados
podem ser classificados como tal. Os custos padrões são estabelecidos segundo estudos
de engenharia e são cuidadosamente apurados, levando-se em conta o presente e o
passado. Para determinação dos custos padrões, há necessidade de seguir alguns
critérios.
• Seleção minuciosa do material utilizado na produção;
• Estudos de tempo e desempenho das operações produtivas;
• Estudos de engenharia sobre equipamentos e operações fabris.
7
Custos históricos obtidos através de gastos médios ou que não levem em conta uma base
científica do método de produção, não podem ser classificados como custos estimados.
O custo padrão sintetiza, em seu valor, o custo para se produzir um bem ou serviço. A
seguir, são colocadas algumas definições que servirão para um melhor entendimento do
assunto...
• Padrão: medida de quantidade, peso, valor e qualidade, estabelecida por uma
autoridade;
• Custo padrão: valor do material, mão-de-obra ou gastos gerais de fabricação
cuidadosamente apurados, necessários a elaboração de um produto ou serviço;
• Método do custo padrão: no ramo contábil, compara os custos atuais com o
custo padrão, testando as justificativas possíveis para as variações ocorridas.
Dentre as vantagens desse sistema, considerou-se apenas as mais importantes...
• Controle e redução de custos;
• Promover e medir a eficiência do sistema produtivo;
• Simplificação dos processos de custo;
• Avaliação dos inventários.
Essa área científica é muito polêmica, por não se tratar, em geral, de discussões e
controvérsias sobre critérios empíricos e não-científicos, tendo assim uma elevada
margem de contestação. Os problemas econômicos se assemelham mais a medicina, em
que paralelamente ao empirismo consciente e experiente, são utilizadas técnicas
científicas.
3.3.Sistema de custeio baseado em actividades – ABC
ABC é um sistema de custos que visa quantificar as atividades realizadas por uma
empresa, utilizando vetores – direcionadores –, para alocar as despesas de uma forma
mais realista aos produtos e serviços. O princípio básico do ABC é que as atividades são
as causas dos custos, e os produtos incorrem nesses mesmos custos através das
atividades que eles exigem. O ABC, na prática, leva a um rastreamento de dados que,
habitualmente, não são considerados nos sistemas de custeio tradicionais, por extensão,
ele ajuda a redimensionar a mentalidade gerencial das empresas em que é aplicado. Esse
8
método de custeio visa basicamente detectar os custos ocultos existentes para produzir
bens e serviços, porém auxilia no descobrimento de custos reais dos produtos e
processos, na análise mais precisa dos custos de administração e na aferição de
propostas mais competitivas em relação aos concorrentes.
Os sistemas convencionais de gerenciamento de custeio não permitem análises mais
consistentes quanto a problemas graves das empresas como re-trabalhos de produtos
defeituosos ou gargalos de produção. Medir passo a passo o processo produtivo permite
a gerentes e supervisores a quantificação econômica de atrasos e ineficiências do
processo produtivo.
3.4.Outros sistemas de custeio
Os quatro sistemas descritos anteriormente são os mais utilizados e comentados, porém
existem outros métodos de apuração de custos que merecem ser citados.
Esses serão apresentados a seguir, porém não serão analisados em profundidade, o que
poderá ser feito junto a bibliografia citada, caso haja interesse...
1. Método das percentagens: é o mais antigo que se conhece. Parte da premissa que
atribui percentagens de algumas despesas sobre outras. Exemplos: percentual de
despesas gerais de fabricação sobre mão-de-obra, percentual de despesas gerais
de fabricação somente sobre mão-de-obra direta.
2. Método da hora/máquina: esse método parte do princípio de baixo para cima,
não-baseado em elementos contábeis e escriturais a serem distribuídos entre os
produtos fabricados. Calcula-se o custo horário de cada operação produtiva em
cada máquina e o tempo necessário para cada produto fabricado. Somando-se
todos os elementos básicos, a medida que os produtos passam pelas diferentes
fases de produção, chega-se ao custo total.
3. Método das equivalências: esse método possui origem francesa, e está
fundamentado na quantificação da produção diversificada, porém similar, em
uma única unidade homogenizadora e equivalente que expresse toda a produção
9
como sendo um único produto. Os cálculos levam ao coeficiente de
equivalência, obtendo uma produção total equivalente.
4. Método da unidade padrão de esforço – UEP’s: esse método identifica a empresa
como concebida, com o objetivo básico de transformar matéria-prima e em
produto final. Para tanto, as unidades produtivas realizam um esforço de
produção nessa transformação. Esse esforço, por sua vez, está associado a uma
série de outros esforços parciais, que são, esforço das máquinas e equipamentos,
esforço material, esforço humano e esforço utilidade.
4.Importância dos sistemas de custeio nas empresas
A Contabilidade de Custos se originou da Contabilidade Financeira, tendo como
finalidade a avaliação de estoques na indústria. Segundo Martins (2001), seus princípios
derivam desse propósito e, por este motivo, nem sempre conseguem atender com
completeza suas outras duas mais recentes atribuições: controle dos custos e suporte na
tomada de decisão. Esses novos campos deram horizontes mais amplos à Contabilidade
de Custos.
Desse modo, nas empresas em que as informações de custos são usadas para
desenvolver estratégias que visam a obtenção de vantagem competitiva e um melhor
gerenciamento dos custos, exige-se um enfoque externo e interno à empresa. Esses são
efeitos da globalização, que acontecem, conforme Porter (1989, p.75):
porque mudanças na tecnologia, necessidades do comprador,
políticas governamentais ou infra-estrutura do país criam
diferenças importantes na posição competitiva entre empresas
de diferentes países ou tornam mais significativas as vantagens
de uma estratégia global.
Uma compreensão da estrutura de custos de uma empresa pode avançar na busca de
vantagens competitivas. Koliver (1994, p.55) explicita que:
a análise de custos oferece um bom campo para reflexões, pois
ela já existe há muito tempo e sempre teve por escopo final a
10
redução dos custos das operações, porquanto seu nascimento
está ligado à consciência da importância do fator custo na
equação do resultado da entidade e, em última instância, a
sobrevivência desta num mercado cada vez mais concorrido.
No atual contexto empresarial, são necessárias informações de custos cada vez mais
detalhadas e aprimoradas. Assim sendo, as empresas estão se dedicando à melhoria de
alguns aspectos críticos, tais como: melhor desempenho de produtos e processos, maior
atenção às exigências do mercado, melhor gestão estratégica e operacional de suas áreas
de responsabilidade, entre outros.
Lopes de Sá (1992, p.20) afirma que “o custo está inserido em uma importante
função patrimonial e que é a da resultabilidade, e, como tal, precisa ser encarado,
objetivando-se seu caráter amplo e realístico”. Entende que o essencial é ensejar a visão
holística e concretizada do que se passa com a riqueza, quando esta tem por objetivo a
obtenção de lucro compatível com as amplas necessidades ambientais endógenas e
exógenas de uma célula social.
11
Conclusão
Ao chegar o fim deste trabalho, Conclui-se que o estudo proposto evidencia a realidade
de muitas empresas em relação à apuração de seus custos ainda de forma precária,
sendo a prática do senso comum bastante utilizada para a obtenção dos custos ou até
mesmo a aceitação dos preços praticados pelos seus concorrentes, que não
necessariamente podem condizer com os mesmos custos verificados pela empresa.
Neste contexto, os valores determinísticos, ou seja, assumidos como certos, são
considerados uma grande ameaça ao gerenciamento financeiro da empresa. Estas
apresentam certos graus de incertezas e riscos que merecem atenção para uma melhor
adequação das atividades financeiras das empresas à realidade.
O custeio de ordem proposto assim como outros critérios de sistema de custeio são
passíveis desta análise para uma melhor acurácia dos dados e conseqüentemente
obtenção de uma melhor vantagem competitiva. Com base nesta ótica, apesar dos
valores dos custos de transporte para o setor de pintura apresentar tendências de valores
abaixo do estimado, o mesmo apresenta grande sensibilidade ao custo da ordem de
produção, possibilitando assim uma superestimação ou subestimação dos custos,
permitindo uma precificação equivocada que podem não cobrir nem ao mesmo os
custos despendidos pela empresa ou precificar além de que o mercado estabelece.
12
Bibliografia
MATTOS, José Geraldo. Sistemas de custeio. Disponível em:
<http://www.gea.org.br/scf/sistemas.html>. Acesso em: 04 jan. 2006.
CIA, J. N.S. & SMITH, M. S. J. Ferramentas para Tomada de Decisão pelos
Gestores das PMES de Calçados. Artigo publicado no encontro Cruzando Fronteira:
Tendencias de Contabilidad Directiva para el Siglo XXI. León, Espanha. p. 10, 2001.
LOPES DE SÁ, Antônio. A visão holística dos custos. Revista do Conselho Regional
de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v. 27, n. 92, p. 19-21, jan./mar.
1998.
LUZ, Odone Santos da; DE ROCCHI, Carlos Antônio. Estrutura e funcionamento dos
sistemas de apuração e análise de custos. Revista do Conselho Regional de
Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v. 27, n. 93, p. 21-90, abr./jun.
1998.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2001.
MATZ, Adolf; CURRY, Othel J.; FRANK, George W. Contabilidade de custos. São
Paulo: Atlas, 1987.
NAKAGAWA, Masayuki. ABC: custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas,
1994.
NASCIMENTO NETO, Renata Valeska et al. Pesquisa de campo sobre sistermas de
custeio: lições para futuros pesquisadores da área contábil. In: XXVI ENANPAD, 2002,
Salvador. Anais... Salvador, 2002. CD-ROM.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. São Paulo: Atlas, 2000.
13
BIOGRAFIA DO AUTOR
Nome: Sérgio Alfredo Macore
Formação: Gestão De Empresas e Finanças
Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore
Nascido: 22 de Fevereiro de 1993
Província: Cabo Delgado – Pemba
Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547
E-mail: Sergio.macore@gmail.com ou Helldriverrapper@hotmail.com
NB: Caso precisar de um trabalho, não hesite, não tenha vergonha. Me contacte logo,
que eu dou. ‘’Informação é para ser passada um do outro’’
OBRIGADO
14

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Sistema de custo por ordem de produção

  • 1. Introdução O presente trabalho, fala sobre Sistema de custo por ordem de produção, Segundo este tema, percebemos que as encomendas realizadas por uma empresa aplicada ao custeio por ordem de produção proporcionam grandes dificuldades na obtenção dos custos pelo facto que este sistema de custeio apresenta uma característica peculiar de que só se sabe o custo real quando a ordem é concluída. Adicionalmente, uma deficiência de gerenciamento contábil no que se diz respeito a uma visão determinísticas dos dados, pode agravar também significativamente o desempenho financeiro e global da empresa. A partir desta problemática, o presente trabalho supõe a aplicação de uma metodologia de custeio com base na premissa da inerência de variáveis como os riscos e as incertezas. A pesquisa se caracteriza como exploratória e explicativa acerca da contabilidade de custos, e como uma ferramenta tecnológica de apoio a tomada de decisões mais precisas. Desta forma, por ultimo, apresentam-se abordagens explicativas a respeitos dos resultados obtidos e suas possíveis conclusões analíticas acerca da problemática e do conteúdo em estudo. 1.Metodologia da pesquisa Para a realização da pesquisa utilizou-se como delineamento de pesquisa a tipologia do estudo descritivo. Andrade (2002) explica que a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos. Assim, procurou-se uma maior familiaridade com a utilização dos sistemas de custos, proporcionando a confirmação de idéias e aprimoramentos para estudos futuros. Como abordagem do estudo, optou-se pela pesquisa com predominância quantitativa. Quanto aos procedimentos a pesquisa caracteriza-se como sendo do tipo levantamento, na qual a coleta de dados se dá através de questionários. Tripodi, Fellin e Meyer (1981, 3
  • 2. p.39) explicitam que “pesquisas que procuram descrever com exatidão algumas características de populações designadas são tipicamente representadas por estudos. 2.Sistema de custo por ordem de produção Segundo Berti (2006) o sistema de custeio por ordem de produção configura-se no somatório dos gastos (recursos) envolvidos com insumos (matéria-prima, material secundário, mão-de-obra direta, etc.), sendo apropriado diretamente na ordem de produção relacionado aos produtos que serão produzidos. Pode-se compreender com base em Sarquis (2003), que o sistema de custeio por ordem de produção fundamenta-se pela aglomeração dos custos devido à presença de ordens ou lotes de produção. Caracteriza-se também que neste método só se sabe o custo real de produção quando a ordem é concluída, ou seja, ao término da produção soma-se a ordem e verifica-se o custo da produção da ordem (BERTI, 2006). Pode-se incrementar que o sistema de custeio por ordem de produção é utilizado em empresas de produção intermitente, tanto naquelas cuja produção é realizada de maneira específica, como também nas que têm uma linha de produção diversificada (MARQUES, 2009). Segundo Berti (2006) percebe-se que no sistema de custeio por ordem de produção apresenta algumas vantagens como: baixo volume de recursos necessários para capital de giro, pelo fato de não apresentar necessidade de manter estoques de insumos e de produtos acabados, pois a produção só é inicializada quando a venda for efetivada; um maior nível de controlo dos gastos; presença de equipamentos que possibilita a flexibilização de produtos; facilidade no processo de compra de insumos, gerando um estoque pequeno, tendo em vista a alta rotatividade de insumos. Por outro lado, o sistema de custeio por ordem de produção oferece algumas desvantagens que demanda atenção na sua aplicação, como: o real custo da produção só é reconhecido após a conclusão do processo da ordem; há maiores custos para o 4
  • 3. controle devido a necessidade de controles para cada ordem, tendo gastos maiores com pessoas e recursos financeiros; dependência de uma equipe de planejamento de qualidade para elaboração de orçamentos antes ao encerramento da venda, obtendo-se gastos maiores na formação e manutenção da equipe; necessidade de uma equipe técnica preparada de manutenção e preparo dos equipamentos, pois para cada ordem de produção que possui modelos de produtos diferentes carece de uma preparação de qualidade das maquinas; difícil elaboração de custos de produção para o futuro, devido à customização dos produtos (BERTI, 2006). No sistema de custo por ordem de producao é característico de empresas que produzem sob encomendas, sejam essas unitárias ou em lotes. Podemos citar como exemplos as empresas de construção civil, tipografias, setor imobiliário, estaleiros e produtoras de filmes. Os custos acumulados de matérias-primas, mão-de-obra e custos indiretos de fabricação, são computados a partir da emissão de uma ordem para produção de lotes de um bem ou serviço. Os resultados – lucro ou prejuízo – são rapidamente diagnosticados. Para isso, basta subtrair do preço de venda os custos acumulados naquela ordem, não havendo necessidade de ser feita uma apuração periódica dos resultados. Os custos primários que incidem diretamente ao produto poderão ser obtidos logo que a ordem esteja completamente concluída. Já os custos indiretos, só poderão ser incorporados ao produto quando terminar o período contábil. Todo esse processo de detectação e apropriação que caracteriza o sistema requer, freqüentemente, um grande número de pessoas dedicadas a esse fim, fazendo com que os fluxos de informações sejam inúmeros, principalmente na detectação do custo da mão-de-obra, aumentando consideravelmente seu custo operacional. Nesse sistema, o formulário de ordem de produção é o centro nevrálgico, tendo como objetivo principal apresentar e registrar os gastos com material direto, mão-de-obra direta e uma estimativa dos custos indiretos relativos a unidade produzida. Devem estar contidas no formulário de ordem de produção... 5
  • 4. • Modelo e características do produto a ser fabricado; • Data de emissão e término esperado, bem como estimativa dos custos indiretos de fabricação; • Locais distintos para registrar material direto e mão de obra direta; • Resumo dos custos. 3.Sistema de custo por processo O sistema de custeio por processo adapta-se a empresas que possuam um sistema de produção contínua, com processos consecutivos para produção de produtos padronizados. Pode-se citar como exemplos, as empresas do ramo de eletrodomésticos, produtos químicos, hospitais, etc. Esse processo difere muito do anterior no que tange a acumulação de custos. No primeiro sistema, os custos são acumulados previamente em ordens de produção, para, posteriormente, serem aglutinados em seus departamentos produtivos. No sistema de custeio por processo, a metodologia é inversa, pois primeiramente chega-se aos custos por processo ou departamento, para posteriormente distribuí-los aos produtos que passam por esses processos. Com isto, o cerne desse sistema passa a ser os centros de custo, e não mais o produto elaborado através de uma ordem de produção. 3.1.Características do sistema A seguir, apresenta-se as características mais relevantes deste sistema de custeio... • Aplicação: são aplicados em empresas que possuam produção contínua e seriada, com lotes de produtos padronizados; • Acumulação: os custos com material de consumo, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação são acumulados durante o processo produtivo nos departamentos ou centros de custo; 6
  • 5. • Custo de produção: origina-se na acumulação dos custos dos diversos processos produtivos, através de cinco etapas seqüenciais: fluxo físico – produtivo –, unidades equivalentes, fluxo monetário, custo total dos procedimentos e custo médio unitário. o custo total de cada centro de custo ou departamento, dividido por sua respectiva produção, dará o custo médio unitário; • transferência de custos: cada unidade produzida, que passa de um processo anterior para um seguinte ou para o estoque de unidades acabadas, leva consigo uma parcela do custo total dos processos precedentes; • freqüência das apurações: essas podem ser mensais, bimestrais ou trimestrais, porém recomenda-se que sejam o mais freqüentes possíveis, pois proporcionam um perfil atualizado da estrutura de custos, e permite uma tomada de decisão a nível gerencial mais rápida e segura; • custo operacional do sistema: é um sistema de custeio menos burocrático do o que apresentado anteriormente, devido ao menor número de detalhamentos e registros. Com isto, ganha-se em tempo e economia de custos. 3.2.Sistema de custo padrão O termo padrão possui inúmeros significados e várias implicações. Todos os custos padrões são oriundos de uma pré-determinação, porém nem todos os custos pré-orçados podem ser classificados como tal. Os custos padrões são estabelecidos segundo estudos de engenharia e são cuidadosamente apurados, levando-se em conta o presente e o passado. Para determinação dos custos padrões, há necessidade de seguir alguns critérios. • Seleção minuciosa do material utilizado na produção; • Estudos de tempo e desempenho das operações produtivas; • Estudos de engenharia sobre equipamentos e operações fabris. 7
  • 6. Custos históricos obtidos através de gastos médios ou que não levem em conta uma base científica do método de produção, não podem ser classificados como custos estimados. O custo padrão sintetiza, em seu valor, o custo para se produzir um bem ou serviço. A seguir, são colocadas algumas definições que servirão para um melhor entendimento do assunto... • Padrão: medida de quantidade, peso, valor e qualidade, estabelecida por uma autoridade; • Custo padrão: valor do material, mão-de-obra ou gastos gerais de fabricação cuidadosamente apurados, necessários a elaboração de um produto ou serviço; • Método do custo padrão: no ramo contábil, compara os custos atuais com o custo padrão, testando as justificativas possíveis para as variações ocorridas. Dentre as vantagens desse sistema, considerou-se apenas as mais importantes... • Controle e redução de custos; • Promover e medir a eficiência do sistema produtivo; • Simplificação dos processos de custo; • Avaliação dos inventários. Essa área científica é muito polêmica, por não se tratar, em geral, de discussões e controvérsias sobre critérios empíricos e não-científicos, tendo assim uma elevada margem de contestação. Os problemas econômicos se assemelham mais a medicina, em que paralelamente ao empirismo consciente e experiente, são utilizadas técnicas científicas. 3.3.Sistema de custeio baseado em actividades – ABC ABC é um sistema de custos que visa quantificar as atividades realizadas por uma empresa, utilizando vetores – direcionadores –, para alocar as despesas de uma forma mais realista aos produtos e serviços. O princípio básico do ABC é que as atividades são as causas dos custos, e os produtos incorrem nesses mesmos custos através das atividades que eles exigem. O ABC, na prática, leva a um rastreamento de dados que, habitualmente, não são considerados nos sistemas de custeio tradicionais, por extensão, ele ajuda a redimensionar a mentalidade gerencial das empresas em que é aplicado. Esse 8
  • 7. método de custeio visa basicamente detectar os custos ocultos existentes para produzir bens e serviços, porém auxilia no descobrimento de custos reais dos produtos e processos, na análise mais precisa dos custos de administração e na aferição de propostas mais competitivas em relação aos concorrentes. Os sistemas convencionais de gerenciamento de custeio não permitem análises mais consistentes quanto a problemas graves das empresas como re-trabalhos de produtos defeituosos ou gargalos de produção. Medir passo a passo o processo produtivo permite a gerentes e supervisores a quantificação econômica de atrasos e ineficiências do processo produtivo. 3.4.Outros sistemas de custeio Os quatro sistemas descritos anteriormente são os mais utilizados e comentados, porém existem outros métodos de apuração de custos que merecem ser citados. Esses serão apresentados a seguir, porém não serão analisados em profundidade, o que poderá ser feito junto a bibliografia citada, caso haja interesse... 1. Método das percentagens: é o mais antigo que se conhece. Parte da premissa que atribui percentagens de algumas despesas sobre outras. Exemplos: percentual de despesas gerais de fabricação sobre mão-de-obra, percentual de despesas gerais de fabricação somente sobre mão-de-obra direta. 2. Método da hora/máquina: esse método parte do princípio de baixo para cima, não-baseado em elementos contábeis e escriturais a serem distribuídos entre os produtos fabricados. Calcula-se o custo horário de cada operação produtiva em cada máquina e o tempo necessário para cada produto fabricado. Somando-se todos os elementos básicos, a medida que os produtos passam pelas diferentes fases de produção, chega-se ao custo total. 3. Método das equivalências: esse método possui origem francesa, e está fundamentado na quantificação da produção diversificada, porém similar, em uma única unidade homogenizadora e equivalente que expresse toda a produção 9
  • 8. como sendo um único produto. Os cálculos levam ao coeficiente de equivalência, obtendo uma produção total equivalente. 4. Método da unidade padrão de esforço – UEP’s: esse método identifica a empresa como concebida, com o objetivo básico de transformar matéria-prima e em produto final. Para tanto, as unidades produtivas realizam um esforço de produção nessa transformação. Esse esforço, por sua vez, está associado a uma série de outros esforços parciais, que são, esforço das máquinas e equipamentos, esforço material, esforço humano e esforço utilidade. 4.Importância dos sistemas de custeio nas empresas A Contabilidade de Custos se originou da Contabilidade Financeira, tendo como finalidade a avaliação de estoques na indústria. Segundo Martins (2001), seus princípios derivam desse propósito e, por este motivo, nem sempre conseguem atender com completeza suas outras duas mais recentes atribuições: controle dos custos e suporte na tomada de decisão. Esses novos campos deram horizontes mais amplos à Contabilidade de Custos. Desse modo, nas empresas em que as informações de custos são usadas para desenvolver estratégias que visam a obtenção de vantagem competitiva e um melhor gerenciamento dos custos, exige-se um enfoque externo e interno à empresa. Esses são efeitos da globalização, que acontecem, conforme Porter (1989, p.75): porque mudanças na tecnologia, necessidades do comprador, políticas governamentais ou infra-estrutura do país criam diferenças importantes na posição competitiva entre empresas de diferentes países ou tornam mais significativas as vantagens de uma estratégia global. Uma compreensão da estrutura de custos de uma empresa pode avançar na busca de vantagens competitivas. Koliver (1994, p.55) explicita que: a análise de custos oferece um bom campo para reflexões, pois ela já existe há muito tempo e sempre teve por escopo final a 10
  • 9. redução dos custos das operações, porquanto seu nascimento está ligado à consciência da importância do fator custo na equação do resultado da entidade e, em última instância, a sobrevivência desta num mercado cada vez mais concorrido. No atual contexto empresarial, são necessárias informações de custos cada vez mais detalhadas e aprimoradas. Assim sendo, as empresas estão se dedicando à melhoria de alguns aspectos críticos, tais como: melhor desempenho de produtos e processos, maior atenção às exigências do mercado, melhor gestão estratégica e operacional de suas áreas de responsabilidade, entre outros. Lopes de Sá (1992, p.20) afirma que “o custo está inserido em uma importante função patrimonial e que é a da resultabilidade, e, como tal, precisa ser encarado, objetivando-se seu caráter amplo e realístico”. Entende que o essencial é ensejar a visão holística e concretizada do que se passa com a riqueza, quando esta tem por objetivo a obtenção de lucro compatível com as amplas necessidades ambientais endógenas e exógenas de uma célula social. 11
  • 10. Conclusão Ao chegar o fim deste trabalho, Conclui-se que o estudo proposto evidencia a realidade de muitas empresas em relação à apuração de seus custos ainda de forma precária, sendo a prática do senso comum bastante utilizada para a obtenção dos custos ou até mesmo a aceitação dos preços praticados pelos seus concorrentes, que não necessariamente podem condizer com os mesmos custos verificados pela empresa. Neste contexto, os valores determinísticos, ou seja, assumidos como certos, são considerados uma grande ameaça ao gerenciamento financeiro da empresa. Estas apresentam certos graus de incertezas e riscos que merecem atenção para uma melhor adequação das atividades financeiras das empresas à realidade. O custeio de ordem proposto assim como outros critérios de sistema de custeio são passíveis desta análise para uma melhor acurácia dos dados e conseqüentemente obtenção de uma melhor vantagem competitiva. Com base nesta ótica, apesar dos valores dos custos de transporte para o setor de pintura apresentar tendências de valores abaixo do estimado, o mesmo apresenta grande sensibilidade ao custo da ordem de produção, possibilitando assim uma superestimação ou subestimação dos custos, permitindo uma precificação equivocada que podem não cobrir nem ao mesmo os custos despendidos pela empresa ou precificar além de que o mercado estabelece. 12
  • 11. Bibliografia MATTOS, José Geraldo. Sistemas de custeio. Disponível em: <http://www.gea.org.br/scf/sistemas.html>. Acesso em: 04 jan. 2006. CIA, J. N.S. & SMITH, M. S. J. Ferramentas para Tomada de Decisão pelos Gestores das PMES de Calçados. Artigo publicado no encontro Cruzando Fronteira: Tendencias de Contabilidad Directiva para el Siglo XXI. León, Espanha. p. 10, 2001. LOPES DE SÁ, Antônio. A visão holística dos custos. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v. 27, n. 92, p. 19-21, jan./mar. 1998. LUZ, Odone Santos da; DE ROCCHI, Carlos Antônio. Estrutura e funcionamento dos sistemas de apuração e análise de custos. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v. 27, n. 93, p. 21-90, abr./jun. 1998. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2001. MATZ, Adolf; CURRY, Othel J.; FRANK, George W. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1987. NAKAGAWA, Masayuki. ABC: custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1994. NASCIMENTO NETO, Renata Valeska et al. Pesquisa de campo sobre sistermas de custeio: lições para futuros pesquisadores da área contábil. In: XXVI ENANPAD, 2002, Salvador. Anais... Salvador, 2002. CD-ROM. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 2000. 13
  • 12. BIOGRAFIA DO AUTOR Nome: Sérgio Alfredo Macore Formação: Gestão De Empresas e Finanças Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore Nascido: 22 de Fevereiro de 1993 Província: Cabo Delgado – Pemba Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547 E-mail: Sergio.macore@gmail.com ou Helldriverrapper@hotmail.com NB: Caso precisar de um trabalho, não hesite, não tenha vergonha. Me contacte logo, que eu dou. ‘’Informação é para ser passada um do outro’’ OBRIGADO 14