O documento apresenta os fundamentos da contabilidade, incluindo seu objetivo de medir aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio de uma entidade. Também discute demonstrações contábeis como o Balanço Patrimonial e suas seções de ativo e passivo.
1. GRUPO DE ESTUDOS STM – TEORIA
Módulo 1
CONTABILIDADE BASICA
1. Fundamentos da Contabilidade
2. Demonstrações Contábeis
3. Participações Societárias e variações PL
4. Analise Econômico Financeira
2. 1. Fundamentos da Contabilidade
O cenário de crescente competitividade
levou as empresas a uma ardua luta pela
sobrevivencia e uma das chaves do sucesso
passou a ser o gerenciamento eficaz das
inumeras informações disponiveis que
podem servir de base para uma decisão
economica financeira.
3. 1. Fundamentos da Contabilidade
Contabilidade
É a ciencia social que tem por
objetivo medir os aspectos
quantitativos e qualitativos do
patrimonio de uma entidade.
4. 1. Fundamentos da Contabilidade
O Patrimônio de uma entidade é o conjunto:
BENS Dinheiro, Imoveis, veiculos, maquinas, …
DIREITOS Valores a receber de terceiros (titulos,
duplicatas, aplicações financeiras, …
OBRIGAÇÕES São dividas com terceiros (emprestimos,
salarios a pagar, fornecedores, …
PATRIMONIO LIQUIDO É formado pelo valor que os proprietarios
aplicaram na empresa;
5. 1. Fundamentos da Contabilidade
Equação Contabil
Bens e Capital de Capital de
Direitos Terceiros Próprio
PATRIMONIO
ATIVO = PASSIVO + LIQUIDO
APLICAÇÕES ORIGEM DOS RECURSOS
6. 1. Fundamentos da Contabilidade
Sistema de informações:
INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS
Dado: é Informação: é
entendido como qualquer dado
elemento da trabalhado, com
informação, que valor significativo
tomado atribuído ou
isoladamente não agregado e sentido
transmite lógico para quem
nenhuma utiliza
7. 1. Fundamentos da Contabilidade
Sistema de informações Contábeis:
INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS
FATOS REGISTRO DEMONSTRAÇÃO
CONTABEIS ANALISE CONTABIL
Se pode mensurar 1. Registro dos fatos nos Retrato da situação econômica
econômica e financeiramente livros contabeis (ctas e financeira das empresas.
e que correspondem a contabeis); Tais demonstrações incluem:
operações diversas: 2. Analise e conciliação
compras, pagamentos, destas informações - BP
recebimentos ... - DRE
- DFC
8. 1. Fundamentos da Contabilidade
Como você pode inferir:
A contabilidade é um sistema por excelência; mais
especificamente, um sistema de informação e
avaliação visando fornecer demonstrações e
análises de natureza econômica, financeira, física
e de produtividade com relação a entidade objeto
de contabilização.
9. 1. Fundamentos da Contabilidade
Usuários das Informações:
Acionistas; Fluxo de dividendos
Governo; Recolhimento de tributos
Externos
Clientes; Pós venda
Fornecedores; Crédito
Alta Administração Analises em geral
Internos
Empregados. Medição do desempenho
10. 1. Fundamentos da Contabilidade
Fatos Contábeis
Fatos permutativos
que não alteram a situação patrimonial da
empresa
Fatos Modificativos
que alteram a situação patrimonial da
empresa
No registro dos fatos adota-se o método das partidas
dobradas, segundo a qual para toda a origem de
recurso deverá haver uma aplicação de recurso
11. 1. Fundamentos da Contabilidade
Fluxo de Recursos da Empresa:
APLICAÇÕES ORIGENS
(para onde vão os recursos) (de onde vem os recursos)
Capital de giro (AC) Capital próprio (PL)
- caixa, - Recursos dos sócios;
- aplicações financeiras - Lucros gerados
- estoques
Capitais de Terceiros (P)
CapitaL Fixo (RLP, AP) - Credito concedido fornecedores
- Moveis, veículos, prédios (tangiveis) - Empréstimos;
- Marcas (intangivel) - Financiamentos
12. 1. Fundamentos da Contabilidade
APLICAÇÕES ORIGENS
Bens e Direitos Capital de Terceiros
e Próprio
As informações contábeis geram eficiência para o sistema econômico
Sem a informação apropriada, o risco aumenta e, devido ao custo do
capital, há um reflexo nos preços;
A contabilidade é uma linguagem universal e única e um instrumento
para a eficiente alocação dos recursos, donde sua importância numa
economia de mercado de capitais. Torna-se legitima através das
demonstrações contábeis (BP, DRE, DFC,...).
13. 1. Fundamentos da Contabilidade
Demonstrações Contábeis
BP – Balanço
Patrimonial a data, ou seja os resultados das transações envolvendo
Apresenta situação econômica e financeira da empresa em uma
determinada
seus bens, direitos e obrigações.
DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício
Apresenta o resultado do confronto entre receitas, custos e despesas
DFC – Demonstrativo do Fluxo de Caixa
Indica informações sobre a movimentação e o saldo de caixa e
equivalentes de caixa
DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio
LiquidoDemonstração do Valor Adicionado
DVA –
14. 1. Fundamentos da Contabilidade
Conceitos Basicos
Gastos
Sacrificio financeiro que a entidade arca para a obtenção de
um bem ou serviço, adquiridos à vista ou a prazo
Custos são os Gastos necessários para fabricar os produtos ou
prestar os serviços da empresa
Despesas são os Gastos necessários para vender e enviar os
produtos e, via de regra, ligados as áreas administrativas
e comerciais. Não estão associados a produção de
produto ou serviço.
Perdas Prejuízo não intencional decorrentes de fatores externos
e fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa.
15. 1. Fundamentos da Contabilidade
Conceitos Basicos
Receitas
Representam os valores que uma empresa recebe ou tem
direito a receber, provinientes de suas operações de vendas,
de prestação de serviços ou de aplicações financeiras.
Receitas de Vendas
Receitas de Serviços
Receitas de Alugueis
Receitas Financeiras
16. 2. Demonstrações Contábeis
Dada a necessidade de gerar informaçoes para
um conjunto heterogeneo de usuarios, as
Demonstraçoes Contabeis constituem uma
valiosa ferramenta para atender a uma demanda
especifica de acordo com o interesse de cada
um.
17. 2. Demonstrações Contábeis
Importancia das Demonstraçoes Contabeis
A todo investidor interessa conhecer a situaçao
economica-financeira da empresa na qual decidiu aplicar os seus
recursos. A intençao desse investidor é alavancar sua riqueza
ampliar sua estrutura patrimonial.
Demonstraçoes
Investe Alterar
Contabeis
Patrimonio
18. 2. Demonstrações Contábeis
Obrigatoriedade das Demonstraçoes Contabeis
A Lei n. 6404, de 15 de dezembro de 1976, conhecida como Lei das S.A.
O art. 175 estabelece o periodo de duraçao do exercicio social,
que é o espaço de tempo findo o qual as pessoas juridicas sao
obrigadas a apurar seus resultados e elaborar demonstraçoes
financeiras
Ja o art. 176 estabelece que as demonstraçoes financeiras
deverao ser elaboradas ao final de cada exercicio, sendo
obrigatorios os seguintes relatorios: BP, Demonstraçao de lucros
e prejuizos acumulados, DRE, DFC, DVA
As Demonstraçoes Contabeis devera vir acompanhada da indicaçao dos
valores correspondentes das demonstraçoes do exercicio anterior.
19. 2. Demonstrações Contábeis
BP - Balanço Patrimonial
O BP tem por objetivo apresentar aos diversos usuarios a situaçao
patrimonial da empresa, evidenciando, através da estrutura de capital,
a participaçao do capital de terceiros e do capital proprio, isto è as
fontes de financiamentos.
As fontes de financiamentos estao representadas no Passivo e os
Investimentos no Ativo.
Os bens e direitos que compoe o Ativo sao mostrados conforme a
sua liquidez. de cada elemento;
As fontes de financiamento contem elementos que sao mostrados
em funçao do grau de exigibilidade.
20. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
Capital de
Terceiros
RLP
ELP
PERMANENTE
Proprio
Capital
PL
Bens e Direitos Obrigaçoes
21. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO O Ativo Circulante engloba:
CIRCULANTE bens e direitos cuja realizaçao ocorra no curso do exercicio social.
(< 1 ano)
as despesas pagas antecipadamente, realizáveis no exercício social
subseqüente.
RLP A expressão realizável tem um conceito contábil e não
financeiro. Realizar tem o conceito de “transformar”,
“converter”, “mudar” e não apenas ser convertido para
dinheiro.
os estoques realizam-se pelas vendas e pelas baixas em decorrência
de avarias e obsolescência.
PERMANENTE
as despesas antecipadas realizam-se pela transformação em
despesas do exercício.
22. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa
(< 1 ano)
Bancos
Duplicatas a receber
Titulos a receber
RLP Adiantamentos a empregados
Aplicaçoes Financeiras
Impostos a recuperar
Matèrias primas
Produtos em processo de fabricaçao
Material em embalagem
PERMANENTE
Produtos acabados
Mercadorias
Despesas antecipadas
23. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO
Bens e direitos cuja realizaçao è certa ou provavel apos
CIRCULANTE o termino do exercicio social subsequente, ou seja a
(< 1 ano) realizaçao ocorerra num prazo superior a 1 ano.
Duplicatas a receber
(-) Duplicatas descontadas
RLP
Ativo Realizavel a (-) Provisão para devedores duvidosos
Longo Prazo Titulos a receber
Aplicações financeiras
Depositos compulsorios
Depositos judiciais
PERMANENTE Adiantamentos concedidos a Diretores / Acionistas
Emprestimos a coligadas ou Controladas
24. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO
INVESTIMENTO: Participaçao no Capital Social de outras
CIRCULANTE
empresas, adquiridos em carater
(< 1 ano)
permanente sem intençao de venda futura.
Participaçao permanentes em outras
sociedades
RLP
Imoveis de renda
Obras de arte
PERMANENTE
25. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO
INVESTIMENTO:
CIRCULANTE
(< 1 ano) IMOBILIZADO: Incluem os bens tangiveis destinados a
manutençao das atividades da companhia
Moveis e utensilios
Veiculos
RLP
Edificios
(-) Depreciação Acumulada
PERMANENTE
26. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO
INVESTIMENTO
CIRCULANTE IMOBILIZADO
(< 1 ano)
INTANGIVEL: Bens intangiveis, nao monetarios
relacionados com a execuçao da atividade
fim da empresa, adquiridos sem a intençao
de venda futura.
RLP
Marcas
Patentes
Software
( - ) Amortizaçao acumulada
PERMANENTE
27. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
PASSIVO
Fornecedores
Contas a pagar
CIRCULANTE
ICMS/PIS/COFINS a pagar
Emprestimos de curto prazo
Adiantamentos de clientes
Ordenados e salarios
ELP
PL
28. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores
Contas a pagar
Emprestimos a pagar (longo prazo)
ELP
Financiamentos a pagar
PL
29. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
PASSIVO
CIRCULANTE
ELP
Capital Social
PL Reservas: de capital, de lucros
Lucros ou prejuizos acumulados
30. 2.1 BP – Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
Capital de
Terceiros
RLP
ELP
PERMANENTE
Proprio
Capital
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO PL
INTANGIVEL
Bens e Direitos Obrigaçoes
31. Monte o BP da empresa Engenhos SA que apresenta em
31/12/2011 os seguintes saldos em suas contas patrimoniais
Capital social 5.000.000
ATIVO PASSIVO
Financiamento de longo prazo 362.000
Conta corrente 669.000
Fornecedores a pagar 3.513.000
Clientes 7.911.000 CIRCULANTE
Investimentos CIRCULANTE
301.000
Contas a receber de coligadas 35.000
Estoques 2.786.000
Aplicaçoes financeiras 397.000
Dividendos a pagar 122.000 RLP
Contas a pagar de longo prazo 5.000
Financiamentos 1.021.000
ELP
Imobilizado 4.129.000
Reservas de Capital 3.263.000
Encargos trabalhistas a pagar 595.000
Impostos a pagar 596.000
Outras contas a receber 162.000 PERMANETE
INVESTIMENTOS
Despesas pagas antecipadamente 120.000 IMOBILIZADO
Lucros acumulados INTANGIVEL PL
1.385.000
Outras contas a pagar 359.000
Reservas de lucros 492.000
Depositos judiciais 203.000
32. Monte o BP da empresa Engenhos SA que apresenta em
31/12/2011 os seguintes saldos em suas contas patrimoniais
Capital social 5.000.000 PL
ATIVO PASSIVO
Financiamento de longo prazo 362.000 ELP
Conta corrente 669.000 AC
Fornecedores a pagar 3.513.000 PC
Clientes 7.911.000 AC CIRCULANTE
Investimentos 12.283.000 CIRCULANTE
301.000 AP
Contas a receber de coligadas 35.000 AC
Estoques 2.786.000 AC
6.206.000
Aplicaçoes financeiras 397.000 AC
Dividendos a pagar 122.000 PC RLP
Contas a pagar de longo prazo 5.000 ELP
Financiamentos 1.021.000 PC
Imobilizado 4.129.000 AP
4.129.000 ELP
Reservas de Capital 3.263.000 PL
367.000
Encargos trabalhistas a pagar 595.000 PC
Impostos a pagar 596.000 PC
Outras contas a receber 162.000 AC PERMANETE
INVESTIMENTOS
Despesas pagas antecipadamente 120.000 AC IMOBILIZADO
Lucros acumulados INTANGIVEL PL
1.385.000 PL
Outras contas a pagar
301.000 10.140
359.000 PC
Reservas de lucros 492.000 PL 16.713 16.713
Depositos judiciais 203.000 PC
33. 2.2 DRE – DEMONSTRACAO DO EXERCICIO
DO RESULTADO
A DRE tem por objetivo apresentar de forma dinamica o
resultado economico da empresa num dado periodo de
apuraçao. O lucro ou prejuizo do exercicio è apurado
pela diferença entre as receitas auferidas e os custos e
as despesas.
VENDAS
(-) Custos
(-) Despesas
(-) Impostos
LUCRO/PREJUIZO
34. 2.2 DRE – DEMONSTRACAO DO EXERCICIO
DO RESULTADO
A receita sera reconhecida no ato da venda,
VENDAS e o encaixe acontecerà somente no ato do
recebimento.
(-) Custos
È possivel ter receita e
(-) Despesas
nao ter liquidez
(-) Impostos +
LUCRO/PREJUIZO EMPRESTIMOS
35. 2.2 DRE – DEMONSTRACAO DO EXERCICIO
DO RESULTADO
DRE
Receita Operacional Bruta
(-) Deduçoes
Receita Operacional Liquida
(-) Custo dos produtos/mercadorias vendidos
Lucro Bruto
Despesas administrativas
(-) Despesas operacionais
Despesas comerciais
(- /+) Despesas / receitas financeiras
(+) Receitas operacionais
Resultado Operacional Liquido
(+) Receita nao operacional
(-) Despesa nao operacional
Resultado Liquido Antes dos Tributos
(-) Imposto de renda
(-) Contribuiçao social
(-) Participaçao
Resultado Liquido do Exercicio
36. A companhia Trapaças apresentou no final de seu exercicio
social enecerrado em 31/12/2011 os seguintes numeros:
Vendas de produtos 110.000
Devoluçoes 2.000
Impostos sobre vendas 8.000
Custos dos produtos vendidos 45.000
Despesas com vendas 9.000
Despesas administrativas 12.000
Receita de apliacaçoes financeiras 3.000
Receita com vendas de sucata 2.000
Receita com venda de ativo imobilizado 1.000
Elabore o DRE sabendo que a mesma esta sujeita a pagar uma aliquota de 20% de
IR, e 10% Contribuiçao social e ira pagar aos seus colaboradores R$5.000 a titulo de
participaçao nos lucros
37. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
“ ... não é muito importante saber se uma empresa
teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois
o resultado pode ter sido maquilado por algum
artifício contábil permitido pela lei e, portanto, sem
conhecer o fluxo de caixa, não se pode saber que
capacidade a empresa tem em gerar receita.”
Yoshitake e Hoji
É sempre bom lembrar que as empresas quebram não por
falta de lucro e sim por falta de caixa.”
38. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
A DFC indica as modificaçoes ocorridas no fluxo de
disponibilidades da empresa durante determinado periodo.
Tem por objetivo apresentar os fatos que acarretaram
modificaçoes na disponibilidade que è a base para a
avaliaçao da situaçao financeira da empresa e a sua
capacidade de arcar com o pagamento das obrigaçoes
39. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
Será possível identificar:
Onde a empresa conseguiu captar os recursos;
Como foi utilizado seu lucro;
Quantos dos recursos financeiros foi gerado internamente;
Como foi financiada a expansao com a compra de ativos imobilizados;
Se a empresa esta se expandindo em ritmo mais acelerado do que sua
geraçao de recursos;
Se a politica de distribuiçao de dividendos esta em equilibrio com a
geraçao operacional;
Quais os movimentos financeiros com os acionistas e os financiadores.
40. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
Elaboração da DFC:
Os recebimentos sao registrados considerando as seguintes atividades:
Atividades Operacionais
Os fluxos das operações são decorrentes da exploração do objeto social da empresa, como
os recebimentos de vendas de mercadorias ou de prestações de serviços, o pagamento de
fornecedores, de salários, de impostos decorrentes das vendas e de outras despesas
operacionais.
Atividades de Investimentos
Os fluxos dos investimentos estão ligados aos desembolsos referentes às aquisições de
ativos imobilizados, que são utilizados na produção de bens e serviços, de investimentos em
outras sociedades, bem como os recebimentos na alienação desses ativos. Incluem, ainda,
os desembolsos relativos à concessão de empréstimos a terceiros e os recebimentos na
amortização desses empréstimos.
Atividades de Financiamentos
Os fluxos dos financiamentos são referentes aos empréstimos e financiamentos captados
pela empresa, incluindo o recebimento dos empréstimos e o desembolso feito nas
amortizações de tais dívidas. Neste grupo, incluem-se, também, os recursos recebidos dos
sócios (integralizações de capital em dinheiro) e os dividendos pagos aos acionistas.
41. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
DFC – Método Direto
No modelo direto, os fluxos operacionais são evidenciados pela análise
direta das entradas e saídas de dinheiro em Caixa e Bancos.
São evidenciados, portanto, todos os pagamentos e recebimentos feitos
no período.
DFC – Método Indireto
Já o método indireto é aquele no qual os recursos provenientes das
atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido,
ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado que não
afetam o caixa da empresa
42. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
DFC – Método Direto
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Recebimentos
Pagamentos
Variaçao Liquida Proviniente das Atividades Operacionais
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos
Recebimentos
Pagamentos
Variaçao Liquida Proviniente das Atividades de Investimento
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos
Recebimentos
Pagamentos
Variaçao Liquida Proviniente das Atividades de Financiamentos
Caixa Liquido Gerado no Periodo
Saldo inicial de Caixa
Saldo Final de Caixa
43. Exemplo: Calculo DFC – Metodo Direto
A DFC é elaborada a partir da análise do BP da DRE. Vejamos um exemplo:
DRE BALANCO PATRIMONIAL
Em 31/12/2011
2010 2011 2010 2011
44. Exemplo: Calculo DFC – Metodo Direto
A DFC é elaborada a partir da análise do BP da DRE. Vejamos um exemplo:
1) Recebimento de Vendas
Saldo inicial de clientes 600
( + ) Vendas 3000
( - ) Saldo final de clientes 900
Recebimento de clientes 2700
2) Pagamento de Fornecedores
Saldo inicial do estoque 550
( + ) Compras ?
( - ) Estoque final 700
Custo de Mercadorias Vendidas 1600
Saldo inicial de fornecedores 300
( + ) Compras 1750
( - ) Estoque final de fornecedores 600
Pagamento de Fornecedores 1450
45. GRUPO DE ESTUDOS STM – TEORIA
Módulo 1
CONTABILIDADE BASICA
1. Fundamentos da Contabilidade
2. Demonstrações Contábeis
3. Participações Societárias e variações PL
4. Analise Econômico Financeira
46. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
“ ... não é muito importante saber se uma empresa
teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois
o resultado pode ter sido maquilado por algum
artifício contábil permitido pela lei e, portanto, sem
conhecer o fluxo de caixa, não se pode saber que
capacidade a empresa tem em gerar receita.”
Yoshitake e Hoji
É sempre bom lembrar que as empresas quebram não por
falta de lucro e sim por falta de caixa.”
47. 2.2 DRE – DEMONSTRACAO DO EXERCICIO
DO RESULTADO
A DRE tem por objetivo apresentar de forma dinamica o
resultado economico da empresa num dado periodo de
apuraçao. O lucro ou prejuizo do exercicio è apurado
pela diferença entre as receitas auferidas e os custos e
as despesas.
VENDAS
(-) Custos
(-) Despesas
(-) Impostos
LUCRO/PREJUIZO
48. 2.2 DRE – DEMONSTRACAO DO EXERCICIO
DO RESULTADO
A receita sera reconhecida no ato da venda,
VENDAS e o encaixe acontecerà somente no ato do
recebimento.
(-) Custos
È possivel ter receita e
(-) Despesas
nao ter liquidez
(-) Impostos +
LUCRO/PREJUIZO EMPRESTIMOS
49. 2.2 DRE – DEMONSTRACAO DO EXERCICIO
DO RESULTADO
DRE
Receita Operacional Bruta
(-) Deduçoes
Receita Operacional Liquida
(-) Custo dos produtos/mercadorias vendidos
Lucro Bruto
Despesas administrativas
(-) Despesas operacionais
Despesas comerciais
(- /+) Despesas / receitas financeiras
(+) Receitas operacionais
Resultado Operacional Liquido
(+) Receita nao operacional
(-) Despesa nao operacional
Resultado Liquido Antes dos Tributos
(-) Imposto de renda
(-) Contribuiçao social
(-) Participaçao
Resultado Liquido do Exercicio
50. A companhia Trapaças apresentou no final de seu exercicio
social enecerrado em 31/12/2011 os seguintes numeros:
Vendas de produtos 110.000
Devoluçoes 2.000
Impostos sobre vendas 8.000
Custos dos produtos vendidos 45.000
Despesas com vendas 9.000
Despesas administrativas 12.000
Receita de apliacaçoes financeiras 3.000
Receita com vendas de sucata 2.000
Receita com venda de ativo imobilizado 1.000
Elabore o DRE sabendo que a mesma esta sujeita a pagar uma aliquota de 20% de
IR, e 10% Contribuiçao social e ira pagar aos seus colaboradores R$ 5.000 a titulo de
participaçao nos lucros
51. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
“ ... não é muito importante saber se uma empresa
teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois
o resultado pode ter sido maquiado por algum artifício
contábil permitido pela lei e, portanto, sem conhecer
o fluxo de caixa, não se pode saber que capacidade
a empresa tem em gerar receita.”
Yoshitake e Hoji
É sempre bom lembrar que as empresas quebram
não por falta de lucro e sim por falta de caixa.
52. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
A DFC indica as modificaçoes ocorridas no fluxo de
disponibilidades da empresa durante determinado periodo.
Tem por objetivo apresentar os fatos que acarretaram
modificaçoes na disponibilidade que è a base para a
avaliaçao da situaçao financeira da empresa e a sua
capacidade de arcar com o pagamento das obrigaçoes
53. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
Será possível identificar:
Onde a empresa conseguiu captar os recursos;
Como foi utilizado seu lucro;
Quantos dos recursos financeiros foi gerado internamente;
Como foi financiada a expansao com a compra de ativos imobilizados;
Se a empresa esta se expandindo em ritmo mais acelerado do que sua
geraçao de recursos;
Se a politica de distribuiçao de dividendos esta em equilibrio com a
geraçao operacional;
Quais os movimentos financeiros com os acionistas e os financiadores.
54. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
Elaboração da DFC:
Os recebimentos sao registrados considerando as seguintes atividades:
Atividades Operacionais
Os fluxos das operações são decorrentes da exploração do objeto social da empresa, como
os recebimentos de vendas de mercadorias ou de prestações de serviços, o pagamento de
fornecedores, de salários, de impostos decorrentes das vendas e de outras despesas
operacionais.
Atividades de Investimentos
Os fluxos dos investimentos estão ligados aos desembolsos referentes às aquisições de
ativos imobilizados, que são utilizados na produção de bens e serviços, de investimentos em
outras sociedades, bem como os recebimentos na alienação desses ativos. Incluem, ainda,
os desembolsos relativos à concessão de empréstimos a terceiros e os recebimentos na
amortização desses empréstimos.
Atividades de Financiamentos
Os fluxos dos financiamentos são referentes aos empréstimos e financiamentos captados
pela empresa, incluindo o recebimento dos empréstimos e o desembolso feito nas
amortizações de tais dívidas. Neste grupo, incluem-se, também, os recursos recebidos dos
sócios (integralizações de capital em dinheiro) e os dividendos pagos aos acionistas.
55. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
DFC – Método Direto
No modelo direto, os fluxos operacionais são evidenciados pela análise
direta das entradas e saídas de dinheiro em Caixa e Bancos.
São evidenciados, portanto, todos os pagamentos e recebimentos feitos
no período.
DFC – Método Indireto
Já o método indireto é aquele no qual os recursos provenientes das
atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido,
ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado que não
afetam o caixa da empresa.
56. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
DFC – Método Direto
Saldo inicial de Caixa
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
(+) Recebimentos
(-) Pagamentos
(=) Caixa Proviniente das Atividades Operacionais
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos
(+) Recebimentos
(-) Pagamentos
(=) Caixa Proviniente Proviniente das Atividades de Investimento
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos
(+) Recebimentos
(-) Pagamentos
(=) Caixa Proviniente das Atividades de Financiamentos
Caixa Liquido Gerado no Periodo
Saldo Final de Caixa
57. Exemplo: Calculo DFC – Metodo Direto
A DFC é elaborada a partir da análise do BP da DRE. Vejamos um exemplo:
DRE BALANCO PATRIMONIAL
Em 31/12/2011
2010 2011 2010 2011
1) Recebimento de Vendas 2) Pagamento de Fornecedores
Saldo inicial do estoque 550
Saldo inicial de clientes 600
( + ) Compras ?
( + ) Vendas 3000 Compras = 1750
( - ) Estoque final 700
( - ) Saldo final de clientes 900 1600+700-550
Custo de Mercadorias Vendidas 1600
Recebimento de clientes 2700
Saldo inicial de fornecedores 300
3) Pagamento despesas operacionais
( + ) Compras 1750
= (900) ( - ) Estoque final de fornecedores 600
* Nao verificamos no PC contas a pagar
Pagamento de Fornecedores 1450
58. Exemplo: Calculo DFC – Metodo Direto
A DFC é elaborada a partir da análise do BP da DRE. Vejamos um exemplo:
DRE BALANCO PATRIMONIAL
Em 31/12/2011
2010 2011 2010 2011
4) Emprestimos bancarios 6) Aquisiçao de novos investimentos
=600-400 = 200 =600-400 = 200
5) Amortizaçao de Financiamentos
= 100-500 = (400)
59. 2.3 DFC – DEMONSTRACAO DOS FLUXOS
DE CAIXA
DFC – Método Direto
Saldo Inicial de Caixa 150
Fluxo das Operaçoes Prejuizo financeiro
(+) Recebimentos de vendas 2700
(-) Pagamentos de compras (1450) Embora tenha apurado lucro liquido
(-) Pagamentos das despesas operacionais (900) no exercicio R$ 300, a companhia
(=) Caixa gerado pelas operaçoes 350 amargou um fluxo de caixa
Fluxo dos Financiamentos negativo R$ (50)
(+) Emprestimos bancarios 200
(-) Amortizaçao de financiamentos (400) - Amortizaçao dos financiamentos
(=) Caixa gerado pelos financiamentos (200) - Aquisiçao de nos investimentos
Fluxo dos Investimentos
(-) Aquisiçao de novos investimentos (200) Assim a DFC explica a razao da
(=) Caixa gerado pelos financiamentos (200) diferença entre o resultado
economico e o financeiro da
Variaçao Total das Disponibilidades (50) empresa.
Saldo Final de Caixa 100
60. 2.5 DMPL – DEMONSTRACAO DAS
MUTACOES DO PL
A DMPL apresenta as variações de todas as contas
do Patrimônio Liquido ocorridas entre dois balanços,
independentemente da origem da variação, seja ela
proveniente da correção monetária, de aumento de
capital, de reavaliação de elementos do ativo, de
lucro ou de simples transferência entre contas, dentro
do próprio Patrimônio Liquido.
61. 2.5 DMPL – DEMONSTRACAO DAS
MUTACOES DO PL
Esse demonstrativo permite conhecer as
modificaçoes ocorridas nos elementos que
compoe o patrimonio liquido da empresa, bem
como o fato que as causaram.
62. 2.5 DMPL – DEMONSTRACAO DAS
MUTACOES DO PL
Operaçoes que afetam o total do PL
a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;
b) redução por dividendos;
c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor);
d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos;
e) acréscimo por subscrição e integralização de capital;
f) acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações
integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal;
g) acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de
subscrição;
h) acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures;
i) redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda;
j) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores.
63. 2.4 DMPL – DEMONSTRACAO DAS
MUTACOES DO PL
Operaçoes que nao afetam o total do PL
a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas;
b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta de lucro ou
prejuízo acumulado para formação de reservas, tais como reserva legal,
reserva de lucros a realizar, reserva para contingência e outras;
c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de lucros ou prejuízos
acumulados;
d) compensação de Prejuízos com Reservas.
64. 2.5 DMPL – DEMONSTRACAO DAS
MUTACOES DO PL
A DMPL apresenta as variações de todas as contas
do Patrimônio Liquido ocorridas entre dois balanços,
independentemente da origem da variação, seja ela
proveniente da correção monetária, de aumento de
capital, de reavaliação de elementos do ativo, de
lucro ou de simples transferência entre contas, dentro
do próprio Patrimônio Liquido.
65. GRUPO DE ESTUDOS STM – TEORIA
Módulo 1
CONTABILIDADE BASICA
1. Fundamentos da Contabilidade
2. Demonstrações Contábeis
3. Participações Societárias e variações PL
4. Analise Econômico Financeira
66. 3. PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS E
VARIAÇOES DE PL
Os relatorios contabeis são importantes para o processo
de tomada de decisão porque evidenciam as modificações
no patrimonio da empresa em virtude das ações por ela
empreendidas.
O que afeta o PL da empresa?
Lucro / Prejuizo
Os novos investimentos feitos pelos acionistas
Participações societárias e o seu resultado
67. 3. PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS E
VARIAÇOES DE PL
Evidencia a situação
Balanço patrimonial e financeira
Patrimonial da empresa
Uma forma de avaliar é
observar o PL e sua variação
Resultado das participações societárias influenciam o
valor do PL
68. 3.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS
São os investimentos efetuados por uma sociedade
(investidora) na aquisição de cotas do capital de outra
pessoa juridica (investida)
ATIVO
•São aquisições com o caráter de continuidade
PERMANENTE •Extensão da atividade econômica da investidora
(INVESTIMENTO)
Participaçao permanentes
em outras sociedades
69. 3.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS
Coligada
A empresa participa com 10% ou mais do capital social da
sociedade investida até o ponto de não exercer controle.
Controlada
A empresa investidora è titular de direitos de socio que lhe
asseguram, de modo permanente, preponderancia nas
deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos
administradores. Normalmente a investidora possui 50%
ou mais do capital social da sociedade investida.
70. 3.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS
Coligada
A empresa participa com 10% ou mais do capital social da
sociedade investida até o ponto de não exercer controle.
Controlada
A empresa investidora è titular de direitos de socio que lhe
asseguram, de modo permanente, preponderancia nas
deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos
administradores. Normalmente a investidora possui 50%
ou mais do capital social da sociedade investida.
71. 3.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS
As participaçoes societarias que tenham
finalidade de aplicaçao de capital nao
especulativo classificam-se como
investimentos de carater permanente.
72. 3.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS
Critérios de Avaliaçao
A avaliaçao dos investimentos no BP segue o critério do
custo de aquisiça, por meio do qual as açoes ou cotas de
capital social serao mantidas por seu valor historico, ou
por meio do método de equivalencia patrimonial, no qual o
custo historico das participaçoes societarias sera ajustado
de modo a refletir os resultados e quaisquer variaçoes
patrimoniais na sociedade investida.
73. 3.2 PL E A SUA COMPOSICAO
PATRIMONIO
LIQUIDO = ATIVO - PASSIVO
O PL de uma empresa pertence a empresa, e nao aos
proprietarios, exceto a parte do lucro que è distribuida (dividendos).
O PL constitue-se:
Capital social;
Reservas de capital;
Reservas de lucros;
Reservas de incentivos fiscais;
Lucros ou prejuizos acumulados.
74. 3.2 PL E A SUA COMPOSICAO
Capital Social
Corresponde a todo o investimento realizado na empresa
pelos socios ou acionistas, incluindo:
Capital inicial;
Integralizaçao de novos recursos;
Lucros nao distribuidos e incorporados ao capital social em virtude de
decisao dos socios.
75. 3.2 PL E A SUA COMPOSICAO
Reservas de Capital
São as que nao se originam do resultado do exercicio, isto
è, nao sao apuradas e, portanto, nao transitam pela DRE.
As reservas de capital nao decorem das operaçoes da
companhia, mas de operaçoes como o agio na emissão
de açoes
76. 3.2 PL E A SUA COMPOSICAO
Reservas de Lucros
Consiste na retençao de parte do lucro com finalidade
especifica.
O objetivo de constitui-las è evidenciar as parcelas de
lucros ainda nao realizada financeiramente, apesar de
contabil e economicamente realizada.
77. 3.2 PL E A SUA COMPOSICAO
Reservas de Lucros
Reserva Legal: do lucro líquido, 5 % constituíram a reserva legal. Tem por finalidade
assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para
compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Reservas Estatutárias: determinadas pelo estatuto da empresa, deve indicar de
modo preciso a finalidade e a parcela dos lucros, deve ter um limite maximo.
Reservas para Contingências: a assembléia geral dos acionistas poderá designar
parte do lucro liquido a formação de reserva com finalidade de compensar, em
exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável e cuja o
valor se possa estimar.
Reservas de lucros a realizar: tal reserva evidencia a parcela de lucros não
realizada financeiramente. Seu objetivo é evitar a distribuição de dividendos sobre
essa parcela.
Reservas de lucros para expansão: visa atender os projetos de investimentos da
companhia. Deve ser proposta pela administração e aprovada em assembleia geral.
78. 3.2 PL E A SUA COMPOSICAO
Reservas de Incentivo Fiscais
A Assembleia Geral poderá, por proposta dos orgãos de
administração, destinar para a reserva de incentivos
fiscais a parcela do lucro liquido decorrentes de doações
ou subvenções governamentais para investimentos, que
poderá ser excluida da base de calculo do dividendo
obrigatório.
Art. 195 da nova Lei Societária.
79. GRUPO DE ESTUDOS STM – TEORIA
Módulo 1
CONTABILIDADE BASICA
1. Fundamentos da Contabilidade
2. Demonstrações Contábeis
3. Participações Societárias e variações PL
4. Analise Econômico Financeira
80. 4. ANALISE ECONOMICA FINANCEIRA
Objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários as
informações contábeis necessárias a tomada de
decisões.
A analise economica-financeira deve tomar por
base os seguintes itens:
NOTAS EXPLICATIVAS BP
DRE
RELATORIO DA ADMINISTRACAO
DMPL
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
DFC
DVA
81. 4. ANALISE ECONOMICA FINANCEIRA
METODOS DE ANALISE
Analise do Capital de Giro
Analise Horizontal das Contas
Analise Vertical das Contas
Analise por indicadores Financeiros
82. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
CG são os investimentos necessários para a
realização das atividades operacionais da
empresa
No BP o CG é representado pelo AC
CG Working Capital
83. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
Na Analise Finaneira trabalhamos com CG então é importante
não confundirmos com Capital Circulante Liquido.
CCL = AC - PC
CCL representa a folga ou escassez de recursos de uma organização
a CP, ou seja o “grande caixa” da organização.
Quanto maior for CCL, melhor será a
posição financeira da organização
CCL > 0 Disponibilidade para a CCL < 0 Falta de disponibilidade para
empresa saldar suas dividas no CP a empresa saldar suas dividas no CP
84. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
Reclassificação do BP para análise do CG
85. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
As contas do Ativo e do Passivo Circulantes são classificadas
em dois grupos: Financeiro e Ciclico.
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
AC Financeiro PC Financeiro
Disponibilidades (caixa e bancos) Dividas de curto prazo
Aplicaçoes Financeiras Normalmente estão sujeitas a juros
Emprestimos bancarios
AC Cíclico ou Operacional PC Cíclico ou Operacional
Compreende as aplicações de recursos em Engloba as contas que identificam os
contas que estejam relacionadas com as financiadores normais da atividade da
atividades de compra, transformação e empresa, constituindo fontes
venda espontâneas de recursos
Ciclo Operacional da Empresa Fornecedores, Salarios e encorgos a
Clientes, Duplicatas a receber, estoques, pagar, etc ...
adiantamento a fornecedores etc.
86. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
Do Cap. 1
CG proprio Qdo PL é suficiente para cobrir o investimento efetuado no ANC
alem de ter uma folga de recursos financiando seu AC
CG terceiros Qdo PL (capital proprio) não é suficiente para cobrir o investimento
efetuado no ANC a parcela de de P exigiveis representa entao o CG
87. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
Necessidade de Capital de Giro (NCG) ou
Investimento Operacional em Giro (IOG)
NCG ACO - PCO
Do Cap. 1
A NCG ou IOG é um elemento fundamental para avaliar a situação
financeira das empresas. Seu valor representa o montante de recursos
para manter o giro de negócios.
As contas que compõe a NCG representam operações de CP e de
retornos rápidos.
Qualquer alteração nas políticas de compra, estocagem e credito podem
produzir efeitos imediatos sobre o FC e a NCG
NCG > 0 Indica que um volume significativo do CG liquido esta na forma de
aplicações em ativos operacionais como estoques, contas a receber
e despesas antecipadas
NCG < 0 Indica que os recursos destinados ao CG estao sob a forma de ativos
líquidos, ou seja, em disponibilidade.
88. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
SALDO DE TESOURARIA (ST)
ST = ACF - PCF
ST permite identificar o grau de utilização de recursos de
terceiros de curto prazo para financiar as NCG da empresa.
ST > 0 A organização possui folga financeira, ela possui recursos
aplicados no curto prazo.
ST < 0 Significa que os recursos financeiros de curto prazo estão
financiando as atividades operacionais da empresa
89. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
SALDO DE TESOURARIA (ST)
O resultado da tesouraria deve ser analisado com cautela, por que?
ST = ACF - PCF
90. 4.1 ANALISE DO CAPITAL DE GIRO
EFEITO TESOURA
É um indicador que evidencia o descontrole no crescimento das
fontes onerosas de recursos no curto prazo.
Ocorre quando o ST apresenta-se cada vez mais negativo a
cada exercício.
Quando NCG cresce
CCL = NCG + ST percentualmente a uma ST < 0
taxa superior a CCL
ACF – PCF < 0
Insolvência
ACF < PCF
O Efeito tesoura é consequência do ST cada vez mais negativo
variando em proporção superior a NCG
91. 4.2 ANALISE VERTICAL
Mostra a participação de cada item das
demonstrações financeiras em relação ao
somatório do seu grupo.
Essa analise permite avaliar a composição de itens e
sua evolução no tempo.
Comparando exercicios subsequentes, podemos
constatar a mudança da politica da empresa, quanto a
obtenção e a apliação de recursos.
92. 4.2 ANALISE VERTICAL
Quais são as
Como estao sendo obtidos
contas mais
os recursos necessarios ao
significativas do
andamento do negocio ?
ativo em X2 ?
93. 4.2 ANALISE VERTICAL
Qual o percentual Qual a margem
de custo bruta do produto
embutido no e a margem
faturamento da operacional da
empresa? empresa?
94. 4.3 ANALISE HORIZONTAL
Mostra o comportamento – evolução ou involução –
de contas selecionadas das demonstrações
contábeis, tomando como base dois ou mais
períodos.
Analisando o comportamento dos diversos itens do
patrimonio e, principalmente, dos indices, pode-se
fazer uma análise de tendencia.
97. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
Estabelece relações entre contas ou grupos de
contas das demonstrações contábeis, visando
evidenciar determinado aspecto da situação
econômico-financeira da empresa
Situação Financeira Situação Econômica
Indices de Estrut. de Capital Indices de Rentabilidade
Indices de Liquidez Indices de Lucratividade
98. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
a) Indices de Estrutura de Capital
Endividamento Geral (EG)
PC + PELP
EG = x 100
Passivo Total
Esse indice demonstra a estrutura de capital da
empresa, apontando assim seu grau de individamento.
Indica o percentual de capital de terceiros.
99. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
a) Indices de Estrutura de Capital
Composiçao do Endividamento (CE)
PC
CE = x 100
PC + PELP
Indica o percentual das obrigaçoes de curto prazo, em
relaçao as obrigaçoes totais.
100. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
a) Indices de Estrutura de Capital
Imobilizaçao do Patrimonio Liquido (IPL)
AP
IPL = x 100
PL
AP = INVEST. + IMOB. + INTAGIVEL
Indica o quanto do AP è financiado pelo PL (recurso
proprio).
101. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
a) Indices de Estrutura de Capital
Imobilizaçao de Recurso nao Corrente (IRNC)
AP
IRNC = x 100
PL + PELP
Indica o o quanto dos recursos nao correntes (PL +
PELP) foi aplicado no AP.
102. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
a) Indices de Estrutura de Capital
Passivo Oneroso sobre Ativo (POSA)
PCF + PELPF
POSA = x 100
Ativo
Indica a participaçao de fontes onerosas de
financiamento (PCF+PELPF) no financiamento dos
investimentos totais da empresa.
Indica a dependencia de instituiçoes financeiras.
103. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
a) Indices de Estrutura de Capital
Participaçao do Capital de Terceiros (PCT)
Capital Terceiros
PCT = x 100
PL
Indica o quanto a empresa tomou de terceiros para
cada real do capital proprio.
104. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
b) Indices de Liquidez
Liquidez Imediata (LI)
Disponivel
LI = x 100
PC
Mede a capacidade de cumprir compromissos
imediatos apenas com as disponibilidades.
105. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
b) Indices de Liquidez
Liquidez Corrente (LC)
AC
LI = x 100
PC
Mede a capacidade de cumprir compromissos de curto
prazo com recursos de curto prazo.
106. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
b) Indices de Liquidez
Liquidez Seca (LS)
AC - Estoques
LS = x 100
PC
Mede o grau de dependencia dos estoques para
cumprir compromissos de curto prazo.
107. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
b) Indices de Liquidez
Liquidez Geral (LG)
AC + ARLP
LG = x 100
PC + PELP
Indica a capacidade da empresa em cumprir suas
exigibilidades com recursos de CP e LP.
108. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Rentabilidade
Rentabilidade do PL (RPL ou ROE)
Lucro Liquido
RPL = x 100
PL
Tambem chamada de Retorno sobre Capital Proprio.
Mede a remuneraçao proporcionada ao capital proprio
investido na empresa
109. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Rentabilidade
Rentabilidade dos Investimentos (RI ou ROI)
Lucro Liquido
RI = x 100
Ativo Total
Tambem chamada de Retorno dos Investimentos.
Mede a remuneraçao proporcionada aos investimentos
totais
110. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Rentabilidade
Giro do Ativo (GA)
Vendas Liquidas
GA = x 100
Ativo Total
Revela se as vendas no periodo foram suficientes para
cobrir os investimentos totais.
111. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Lucratividade
Margem Bruta (MB)
Lucro Op. Bruto
MB = x 100
Receita Op. Liquida
Revela lucratividade auferida pela venda de produtos
ou serviços.
112. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Lucratividade
Margem Operacional (MO)
Lucro Op. Liquido
MO = x 100
Receita Op. Liquida
Revela lucratividade auferida as vendas.
113. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Lucratividade
Margem Liquida (ML)
Lucro Liquido
ML = x 100
Receita Op. Liquida
Revela lucratividade obtida pela empresa.
114. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
c) Indices de Lucratividade
Margem Operacional (MO)
Lucro Op. Liquido
MO = x 100
Receita Op. Liquida
Revela lucratividade auferida as vendas.
115. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
d) Indices de Atividade
Prazo Medio de Compras (PMC)
Fornecedores
PMC = x 360
Montante de Compras
Expressa em numero de dias o prazo medido de
pagamento a fornecedores.
116. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
d) Indices de Atividade
Prazo Medio dos Estoques (PME)
Estoques
PME = x 100
CMV
Expressa em numero de dias o prazo medio de
realizaçao dos estoques
117. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
d) Indices de Atividade
Prazo Medio de Recebimento (PMR)
Clientes
PMR = x 100
Receita Op. Bruta
Expressa em numero de dias o prazo medio de
recebimento de clientes.
118. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
d) Indices de Atividade
Ciclo Operacional (CO)
CO = PME + PMR
Expressa em numero de dias, o prazo medio decorrido
entre a compra de materias-primas e o de recebimento
efetivo de clientes.
119. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
d) Indices de Atividade
Ciclo Financeiro (CF)
CF = CO - PMC
Expressa em numero de dias, o prazo medio decorrido
entre o pagamento a fornecedores e o de recebimento
efetivo de clientes.
120. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
Ciclo Econômico (Operacional): caracteriza-se pelo
prazo decorrido entre as entradas de matérias-primas
(compras) e as saídas de produtos acabados
(vendas).
Ciclo Financeiro: caracteriza-se pelo prazo decorrido
entre as saídas de caixa (pagamentos a fornecedores) e
as entradas de caixa (recebimentos de clientes).
121. 4.4 INDICADORES ECONOMICO
FINANCEIROS
d) Indices de Atividade
Recebimento
Venda
PME PMR
Periodo Medio de Estoques Periodo Medio de Recebimento
PMC
Periodo Medio de
Compras
Pagamento
Compra
CICLO FINANCEIRO
CICLO OPERACIONAL
122. 4.5 EBIT - LAJIR
Earning Before Interests and Taxes
Lucro Antes de Juros e Tributos (IR, CS)
É a uma medida de lucro ligada ao resultado de natureza
operacional, que não inclui resultado financeiro, dividendos ou
juros sobre o capital próprio, resultado de equivalência
patrimonial e outros resultados não operacionais.
Essa ferramenta, apresenta para o usuário da informação
contábil, qual é o verdadeiro lucro contábil a partir das
atividades genuinamente ligadas ao negócio, isto é, o quanto a
empresa obteve de lucro se só considerasse as operações
realizadas pela atividade fim da empresa.
PBIT = Profit Before Interests and Taxes
123. 4.5 EBIT - LAJIR
Earning Before Interests and Taxes
Lucro Antes de Juros e Tributos (IR, CS)
EBIT = (receitas oper. - custos oper.) - custos administrativos
EBIT = lucro operacional - custos administrativos
EBIT = lucro operacional liquido
PBIT = Profit Before Interests and Taxes
124. 4.5 EBITDA - LAJIDA
Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization
Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciaçao e Amortizaçao
Expressa a capacidade de geraçao operacional da empresa
sendo calculado com as informaçoes do DRE.
EBITDA = Lucro Oper. Liq. + Desp. Financ. - Receitas Financ. + Deprec. + Amort.
EBITDA = EBIT + Desp. Financ. - Receitas Financ. + Deprec. + Amort.
125. 4.5 EBITDA - LAJIDA
Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization
Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciaçao e Amortizaçao
Expressa a capacidade de geraçao operacional da empresa
sendo calculado com as informaçoes do DRE.
EBITDA = Lucro Oper. Liq. + Desp. Financ. - Receitas Financ. + Deprec. + Amort.
EBITDA = EBIT + Desp. Financ. - Receitas Financ. + Deprec. + Amort.