1) O documento discute adaptações e atendimento especializado no Enem para pessoas com deficiência, transtornos ou necessidades especiais, como intérprete de Libras, tempo adicional e prova em braile.
2) É abordado o que é dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia, sinais em diferentes idades, e como podem afetar aprendizagem.
3) Receber um aluno com autismo é discutido, com estratégias como comunicação visual, dividir tarefas, começar por ativid
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Atendimento Especializado no Enem
1. SEMANA PEDAGÓGICA – FORMAÇÃO
DOCENTE - 2023
Profa./Psicopedagoga- Cláudia Nepomuceno- AbPpRj 1142
“Aquele que muda de olhar, muda de mundo.” – Jean-Yves Leloup
3. Atendimento Especializado no Enem
Quem pode solicitar o atendimento?
• O atendimento especializado no Enem é voltado para pessoas com
deficiência auditiva, surdez, cegueira, baixa visão, deficiência física,
pessoas com surdocegueira, discalculia, autismo, visão monocular,
deficiência intelectual (mental), dislexia e déficit de atenção.
• Gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), idosos e
pessoas em classe hospitalar também podem solicitar atendimento
especializado para adaptações no tempo de prova e local de aplicação do
exame.
• Um outro direito previsto dentro do atendimento especializado é o uso do
nome social, no qual travestis e transexuais podem escolher o nome pelo
qual querem ser chamadas/chamados durante as provas do Enem.
Também possibilita a utilização do banheiro de acordo com o gênero de
identificação.
4. Quais são as adaptações previstas?
• Deficiência física: sala de fácil acesso, ledor e transcritor.
• Deficiência auditiva e surdez: leitura labial, tradutor-intérprete da Língua Brasileira de Sinais
(Libras), videoprova em Libras e tempo adicional de 120 minutos.
• Cegueira: prova em braile, ledor, transcritor e sala de fácil acesso. Os participantes podem estar
acompanhados de cão-guia.
• Surdocegueira: três guias-intérpretes, prova em braile, transcritor e sala de fácil acesso.
• Visão monocular e baixa visão: aplicativo que possibilita a leitura de textos no computador por
meio de voz sintetizada, descrevendo tudo o que aparece escrito no monitor; ledor, transcritor,
prova com letras e figuras ampliadas, além de sala de fácil acesso. Podem levar caneta de ponta
grossa, tiposcópio, óculos especiais, lupa, telelupa e luminária.
• Deficiência intelectual: ledor, transcritor e sala de fácil acesso.
• Autismo, discalculia, déficit de atenção e dislexia: ledor, transcritor e tempo adicional de 60
minutos por dia de prova.
5. Dislexia - o que é?
Dislexia do desenvolvimento é considerada
um transtorno específico de aprendizagem de
origem neurobiológica, caracterizada por
dificuldade no reconhecimento preciso e/ou
fluente da palavra, na habilidade de
decodificação e em soletração
9. DISCALCULIA
• A discalculia é um transtorno do
neurodesenvolvimento marcado pela
incapacidade ou falta de habilidade para
tarefas relacionadas a números.
10. Sinais de discalculia nos anos iniciais
do ensino fundamental
• Dificuldade de aprender e lembrar fatos
numéricos, como 4 + 2 = 6;
• Uso excessivo dos dedos para contar, em vez de
utilizar métodos mais avançados;
• Dificuldade para identificar símbolos
matemáticos (como + e -) e usá-los corretamente;
• Dificuldade para entender linguagem
matemática, como mais que e menos que;
• Dificuldade para entender o valor posicional dos
algarismos (confundindo 12 e 21, por exemplo).
11. Sinais de discalculia nos anos finais do
ensino fundamental:
• Dificuldade para entender conceitos matemáticos,
como a propriedade comutativa (3 + 5 é igual a 5 + 3) e
a inversão (saber a resposta para 3 + 26 – 26 sem
precisar calcular);
• Dificuldade de selecionar uma estratégia para resolver
problemas matemáticos;
• Dificuldade para lembrar o placar em jogos e atividades
esportivas;
• Dificuldade de calcular o preço total de dois ou mais
itens;
• Evitação de situações que envolvam números, como
jogos, esportes e outras atividades.
12. Sinais de discalculia no ensino médio:
• Dificuldade para entender informações
apresentadas em tabelas e gráficos;
• Dificuldade para lidar com dinheiro, como
calcular o troco ou a gorjeta;
• Dificuldade para medir ingredientes em uma
receita;
• Insegurança em atividades que envolvem
velocidade, distância e direção. Pode se perder
com facilidade;
• Dificuldade para encontrar diferentes estratégias
para resolver um problema matemático.
13. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
• O Transtorno do Déficit de Atenção/
Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
neurobiológico,
• de causas genéticas;
• que aparece na infância e frequentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida;
• Ele se caracteriza por sintomas de desatenção,
hiperatividade e impulsividade.
14. Tabela – Principais manifestações do TDAH em cada etapa do desenvolvimento.
Fonte: este quadro é uma adaptação de Polanczyk e Rohde, 2012.
16. Recebi um aluno com autismo o que
fazer?
• 1 – Aposte na comunicação visual – prefira explicar e ilustrar conteúdos apoiando-se em figuras,
quadros, fotos, objetos reais e demonstrações físicas.
• 2 – Opte por dividir as atividades, exercícios e tarefas em partes – em vez de pedir que o aluno
faça, por exemplo, cinco operações matemáticas ou escreva dez frases de uma vez, sugira primeiro
que ele comece com duas ou três.
• 3 – Comece pelas tarefas mais fáceis e deixe as tarefas mais complexas para o final – isso eleva a
autoestima do aluno e o estimula a continuar engajado na atividade. Você pode também optar por
começar com atividades que você já sabe que o aluno gosta mais, e ir introduzindo aos poucos as
atividades que ele tem mais resistência.
• 4 – Forneça instruções claras e diretas e use palavras concretas – evite enunciados e
solicitações longas e abstratas. Em vez de fazer perguntas abertas, ofereça duas alternativas e deixe
que o aluno escolha a que deseja. Você poderá usar ainda músicas, gestos, objetos e personagens
para facilitar a comunicação e tornar as interações com os professores e os demais alunos mais
divertidas.
• 5 – Inclua acessórios na rotina – elabore quadros de rotinas visuais e relógios para acompanhar a
marcação do tempo e antecipar a transição de atividades.
• 6 – Preveja e antecipe as mudanças na rotina – invista em explicações e avisos sobre as mudanças.
Leve o aluno antes para conhecer um novo espaço ou uma nova situação e observe se ele se sente
confortável com a novidade.
• 7 – Seja um modelo social e convide os outros alunos a também agirem dessa forma – dê
exemplos de respostas sociais esperadas em situações cotidianas e mostre claramente as emoções
que as pessoas sentem em determinadas situações.
17. Recebi um aluno com autismo o que
fazer?
• 8 – Invista na troca de informações com a família e com os outros profissionais que auxiliam o aluno –
mantenha anotações detalhadas na agenda diária do aluno e converse com a família sobre habilidades
adquiridas e desafios encontrados no dia a dia.
• 9 – Observe a ocorrência de sobrecarga sensorial – ofereça exercícios físicos, massagens ou objetos de conforto
de forma a auxiliar o processamento sensorial.
• 10 – Identifique os interesses e motivações do aluno – use esses interesses e motivações para despertar a
atenção para as atividades, para facilitar o engajamento nas tarefas e para manter o aluno focado numa tarefa
quando a classe estiver mais agitada.
• 11 – Prepare alternativas para as atividades – planeje um “plano B”, ou seja, uma forma alternativa de
apreender determinado conteúdo ou de executar determinada atividade.
• 12 – Acredite no potencial do aluno – procure soluções criativas para verificar se o aluno tem absorvido o
conhecimento, especialmente nos casos dos alunos que ainda não utilizam a comunicação verbal.
• 13 – Troque questões abertas por questões fechadas (como as de múltipla escolha) e incorpore desenhos,
esquemas visuais e ilustrações às questões e explicações.
• 14 – Use histórias sociais, de preferência ilustradas ou reproduzidas teatralmente, para explicar situações
sociais mais complexas como as festas da escola, a chegada das férias ou a troca de professores – todas estas
situações podem ser antecipadas, explicadas e ensaiadas através destas histórias sociais.
Não tenha medo de errar – tente encontrar os caminhos que funcionam melhor com
cada aluno, lembrando que as crianças com autismo podem diferir bastante entre si.