SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
Propriedades Coligativas
 Propriedades Coligativas são aquelas
propriedades das substâncias puras que são
modificadas quando se adiciona um soluto não
volátil a elas.
 Essas propriedades, portanto, não são explicadas
pela natureza da substância, mas sim pela
quantidade de suas moléculas, partículas ou átomos.
Existem quatro propriedades coligativas
-Tonoscopia
-Ebulioscopia
-Crioscopia
-Osmose
As propriedades dos solventes
modificadas são:
Pressão de vapor – Efeito Tonoscópico
Ponto de Ebulição – Efeito Ebulioscópico
Ponto de Fusão – Efeito Crioscópico
Pressão Osmótica – Efeito Osmoscóspico
O estudo das quatro propriedades coligativas permite
responder e entender questões como:
• Por que se acrescenta sal ao gelo para gelar cerveja em lata?
• Por que, acrescentando sal ou açúcar a uma quantidade de água que
está iniciando fervura, ela para de ferver?
• Por que as águas dos oceanos não congelam totalmente, mesmo em
locais muito frios, com a temperatura abaixo de 0°C?
• O que acontece quando se coloca sal sobre um pedaço de carne?
• O que acontece com um pedaço de fruta desidratada dentro de um
recipiente com água?
• Por que o peixe do rio não consegue sobreviver no mar e vice-versa?
Tonoscopia
Também denominada de Tonometria, esta
propriedade coligativa estuda a diminuição da
pressão máxima de vapor de um solvente causada
pela adição de um soluto não-volátil.
Fórmula para o cálculo da
Tonoscopia:
Δp = P2 – P, onde:
P = pressão de vapor da solução
P2 = pressão de vapor do solvente
A tonoscopia é uma propriedade coligativa que ocasiona o
abaixamento da pressão de vapor de um líquido, quando a
ele se adiciona um soluto não-volátil.
Se adicionarmos um soluto não-volátil em solvente, ocorre
a diminuição da pressão de vapor e consequentemente,
demora mais tempo para evaporar.
A pressão de vapor de um solvente puro sempre será maior
do que a pressão de vapor de uma solução.
Com a adição das partículas do soluto intensificam-se as
forças atrativas moleculares e diminui a pressão de vapor
do solvente.
Quanto maior for o número de mols do soluto não-
volátil na solução, maior será o abaixamento da
pressão máxima de vapor.
Se adicionarmos um soluto não-volátil em
solvente, ocorre a diminuição da pressão de vapor
e consequentemente, demora mais tempo para
evaporar.
A pressão de vapor de um solvente puro sempre
será maior do que a pressão de vapor de uma
solução.
Com a adição das partículas do soluto
intensificam-se as forças atrativas moleculares e
diminui a pressão de vapor do solvente.
Sabe-se que toda solução tende a um equilíbrio, e este pode
ser atingido se considerarmos a Lei de Raoult: a pressão de
vapor de um solvente em uma solução é igual ao
produto da pressão de vapor do líquido puro
presente nesta solução, se considerarmos a fração
molar do líquido.
Veja a fórmula que permite calcular esse princípio:
p2 = p0 • x2
Onde:
p2 = pressão de vapor do líquido na solução
p0 = pressão de vapor no líquido puro
x2 = fração molar do líquido na solução
Exercício
A pressão de vapor da água pura é de 6,4
kPa a 25 °C. Qual será a pressão de vapor
de uma solução à mesma temperatura
que possui 0,8 mol de glicose em 4,0 mol
de água?
Ebulioscopia
Ebulioscopia ou Ebuliometria é a propriedade
coligativa que estuda a elevação da temperatura de
ebulição do solvente em uma solução.
Para que um líquido entre em ebulição é necessário
aquecê-lo até que a pressão de vapor fique igual à
pressão atmosférica, até aí tudo bem, mas quando
existem partículas insolúveis em meio ao solvente o
processo é dificultado, a Ebulioscopia surge então
para explicar este fenômeno.
A fórmula usada para o cálculo é:
Δte = Te2 - Te, onde:
Te = temperatura de ebulição da solução
Te2 = temperatura de ebulição do solvente
Um exemplo de Ebulioscopia surge no preparo do
café: quando adicionamos açúcar na água que
estava prestes a entrar em ebulição. Os cristais de
açúcar antes de serem dissolvidos pelo aquecimento
constituem partículas que retardam o ponto de
ebulição da água, ou seja, o líquido vai demorar um
pouco mais a entrar em ebulição.
Fator de Van’t Hoff
O Fator de Van’t Hoff (i) é utilizado para calcular e
analisar os efeitos coligativos em soluções iônicas. É
definido como “a relação feita entre o número total
de partículas finais em relação às iniciais nas
soluções iônicas”.
Pode ser expresso matematicamente pela fórmula:
i = 1 + a (q – 1).
O Fator de Van’t Hoff (i) é utilizado para
calcular e analisar os efeitos
coligativos (alteração das propriedades
físicas - como temperatura de fusão e
ebulição - de solventes, ao se adicionar um
soluto não volátil), em soluções iônicas.
Em soluções moleculares, a quantidade de
moléculas dissolvidas é a mesma de
moléculas adicionadas.
Por exemplo, se adicionarmos 100 moléculas
de açúcar (C12H22O11) na água, serão
dissolvidas 100 moléculas exatamente.
Em soluções iônicas, no entanto, este valor varia,
pois as moléculas sofrem dissociação iônica (ou
ionização).
Um exemplo é uma solução de cloreto de sódio (NaCl
– sal de cozinha). Se for adicionado 1 mol de NaCl na
água, teremos no final 1 mol de partículas de Na+ e 1
mol de partículas de Cl-, conforme mostra a equação
de ionização do sal abaixo:
NaCl → Na+
(aq) + Cl-
(aq)
1 mol → 1 mol + 1 mol } 2 mols
Este número de partículas finais pode
também triplicar, e assim por diante,
dependendo do sal utilizado.
Assim, a relação feita entre o número
total de partículas finais em relação às
iniciais nas soluções iônicas é o fator
de Van’t Hoff (i):
i = _número total de partículas finais____
número total de partículas iniciais
Exercício
Digamos que você possui as seguintes amostras:
Água pura.
Solução aquosa de glicose a 0,2 mol/L.
Solução aquosa de glicose a 0,4 mol/L.
A ordem crescente de temperatura de ebulição
dessas amostras é dada por:
a) I > II > III
b) III > II > I
c) III < II < I
d) I < II < III
e) I < III < II
Crioscopia
Também conhecida como Criometria, a Crioscopia
estuda a diminuição do ponto de congelamento de
um líquido causado pelo soluto não-volátil.
A fórmula que permite calcular essa propriedade é a
seguinte:
Δtc = Tc2 - Tc, onde:
Tc = temperatura de congelamento da solução
Tc2 = temperatura de congelamento do solvente
A Crioscopia pode ser explicada assim: quando se
adiciona um soluto não-volátil a um solvente, as
partículas deste soluto dificultam a cristalização do
solvente dando origem à propriedade descrita.
Exemplo: o ponto de congelamento da água pura é
superior ao da água poluída, por quê? A água poluída
possui partículas não-voláteis que dificultam o
congelamento deste líquido, já a água purificada,
isenta de qualquer corpo estranho, chega à
cristalização mais rapidamente.
Curiosidades
A temperatura de congelamento da água poluída é mais baixa do que o da
água pura, pois nela estão presentes substâncias que a tornam uma
solução, reduzindo assim o seu ponto de congelamento.
A água do mar (salgada) apresenta um ponto de congelamento inferior à
água doce, dessa forma, são necessárias temperaturas muito inferiores
para congelar uma amostra de água salgada do que aquelas necessárias
para congelar uma amostra de água doce.
Um iceberg é composto por água doce, uma vez que a temperatura não é
baixa o suficiente para congelar a água salgada.
Se utiliza sal (geralmente cloreto de sódio) para reduzir a temperatura de
congelamento da água a assim fundi-la em avenidas cobertas de gelo,
procedimento esse comum em cidades nas quais o inverno é muito
intenso.
Exercício
Num congelador há cinco formas que contêm líquidos
diferentes para fazer gelo e picolés de limão. Se as formas
forem colocadas, ao mesmo tempo, no congelador e
estiverem, inicialmente, a mesma temperatura, vai-se
congelar primeiro a forma que contém 500 mL de:
a) água pura.
b) solução, em água, contendo 50 mL de suco de limão.
c) solução, em água, contendo 100 mL de suco de limão.
d) solução, em água, contendo 50 mL de suco de limão e 50 g
de açúcar.
e) solução, em água, contendo 100 mL de suco de limão e 50
g de açúcar.
Osmose
Osmose é a passagem do solvente de uma região
pouco concentrada em soluto para uma mais
concentrada em soluto, sem gasto de energia.
Você sabe por que a salada, certo tempo após ser
temperada, se apresenta murcha?
Em razão da ação da osmose!
Este tipo de transporte passivo consiste na difusão
de moléculas de água (solvente),
predominantemente do meio com mais para o com
menos concentração destas moléculas, por uma
membrana semipermeável.
Pressão osmótica
Chama-se pressão osmótica a pressão que deve ser
aplicada para evitar que o solvente atravesse uma
membrana semipermeável.
O valor da pressão osmótica depende para cada
solução, sendo que quanto maior a
concentração da solução, maior será a pressão
osmótica.
O cálculo da pressão osmótica pode ser realizado
utilizando a seguinte fórmula:
π = M . R . T . i
Sendo que:
π = pressão osmótica;
M = concentração em mol/L;
R = constante universal dos gases;
T = temperatura na escala absoluta (kelvin);
i = fator de Van’t Hoff
De acordo com a comparação dos valores das
pressões osmóticas de duas soluções, uma pode ser
classificada em relação à outra da seguinte maneira:
Solução hipertônica: quando a sua pressão
osmótica é maior que à da outra solução;
Solução hipotônica: quando a sua pressão
osmótica é menor que à da outra solução;
Solução isotônica: quando a sua pressão
osmótica é igual à da outra solução.
Portanto, quando se diz que uma bebida é
isotônica, isso quer dizer que ela possui a
concentração de sais minerais igual à concentração
dos líquidos do nosso corpo, como o suor e o
sangue.
O soro caseiro também se enquadra nisso. Por isso, a
importância de não errar na quantidade de açúcar e sal que se
usa para prepará-lo
Uma concentração errada, causando um meio hipertônico
ou hipotônico, pode ter consequências adversas, como se
pode ver na ilustração abaixo. Veja que se a solução estiver
hipertônica, isto é, com a concentração maior que a do
sangue, as hemácias irão perder água por osmose e
murcharão. Por outro lado, se o líquido estiver hipotônico,
as hemácias inchar-se-ão de água, que passará do exterior
para dentro delas por meio de suas membranas através da
osmose, correndo o risco de explodirem.
Osmose Reversa
A osmose reversa, como o próprio nome diz, acontece em
sentido contrário ao da osmose. Nela, o solvente se desloca
no sentido da solução mais concentrada para a menos
concentrada, isolando-se assim, o soluto.
O processo de osmose reversa tem sido usado com o intuito
de “potabilizar” a água por meio da dessalinização. A osmose
reversa se dá por influência da pressão osmótica que se
aplica sobre a superfície na qual se encontra a solução
hipertônica, o que impede do solvente, no caso a água, ser
transportado para o meio mais concentrado. Isso permite
que a água chamada doce, vá sendo isolada do sal.
Exercício
Ao colocar-se uma célula vegetal normal numa solução salina
concentrada, observar-se-á que ela começará a "enrugar" e a "murchar".
Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:
a) A célula vegetal encontra-se num meio hipotônico em relação à sua
própria concentração salina.
b) Há uma diferença de pressão, dita osmótica, entre a solução celular e
a solução salina do meio.
c) Há um fluxo de solvente do interior da célula para a solução salina do
meio.
d) Quanto maior for a concentração da solução salina externa, menor
será o fluxo de solvente da célula para o meio.
e) O fluxo de solvente ocorre através de membranas semipermeáveis.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Slides da aula de Química (Manoel) sobre Soluções
Slides da aula de Química (Manoel) sobre SoluçõesSlides da aula de Química (Manoel) sobre Soluções
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Soluções
 
Soluções Químicas
Soluções QuímicasSoluções Químicas
Soluções Químicas
 
Estequiometria
EstequiometriaEstequiometria
Estequiometria
 
Equilíbrio iônico
Equilíbrio iônicoEquilíbrio iônico
Equilíbrio iônico
 
Ligações Químicas
Ligações QuímicasLigações Químicas
Ligações Químicas
 
Eletroquimica
EletroquimicaEletroquimica
Eletroquimica
 
Reações Químicas
Reações QuímicasReações Químicas
Reações Químicas
 
Isomeria
IsomeriaIsomeria
Isomeria
 
Aula 1 introdução à química orgânica.
Aula 1    introdução à química orgânica.Aula 1    introdução à química orgânica.
Aula 1 introdução à química orgânica.
 
Aula sobre tabela periódica
Aula sobre tabela periódicaAula sobre tabela periódica
Aula sobre tabela periódica
 
Funções orgânicas slide
Funções orgânicas slideFunções orgânicas slide
Funções orgânicas slide
 
Aula funções oxigenadas
Aula  funções oxigenadasAula  funções oxigenadas
Aula funções oxigenadas
 
Equilibrio iônico
Equilibrio iônicoEquilibrio iônico
Equilibrio iônico
 
Cinética Química
Cinética QuímicaCinética Química
Cinética Química
 
Balanceamento de equações químicas
Balanceamento de equações químicasBalanceamento de equações químicas
Balanceamento de equações químicas
 
Soluções 2º ano
Soluções   2º anoSoluções   2º ano
Soluções 2º ano
 
Reações químicas ppt
Reações químicas pptReações químicas ppt
Reações químicas ppt
 
Estudo dos gases slides
Estudo dos gases   slidesEstudo dos gases   slides
Estudo dos gases slides
 
Introdução a química
Introdução a químicaIntrodução a química
Introdução a química
 
8. tabela periódica
8. tabela periódica8. tabela periódica
8. tabela periódica
 

Destaque

Crioscopia Química II Propriedades coligativas
Crioscopia Química II Propriedades coligativasCrioscopia Química II Propriedades coligativas
Crioscopia Química II Propriedades coligativasAdriane Dantas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativasJoanna de Paoli
 
Propriedades Coligativas: Tonoscopia e Ebulioscopia
Propriedades Coligativas: Tonoscopia e EbulioscopiaPropriedades Coligativas: Tonoscopia e Ebulioscopia
Propriedades Coligativas: Tonoscopia e EbulioscopiaLenilson Santana de Araujo
 
Propriedades Coligativas
Propriedades ColigativasPropriedades Coligativas
Propriedades Coligativasquipibid
 
Aula propriedades coligativas
Aula propriedades coligativasAula propriedades coligativas
Aula propriedades coligativasquiandreaivina
 
Aplicaciones de la crioscopía presentación
Aplicaciones de la crioscopía   presentaciónAplicaciones de la crioscopía   presentación
Aplicaciones de la crioscopía presentaciónfisicaquimicapedrofr
 
Trabalho de química 2º ano - turma 201
Trabalho de química   2º ano - turma 201Trabalho de química   2º ano - turma 201
Trabalho de química 2º ano - turma 201Lucas Carvalho
 
Avaliaçao
AvaliaçaoAvaliaçao
Avaliaçaoquipibid
 
Hidrocarbonetos
HidrocarbonetosHidrocarbonetos
Hidrocarbonetosquipibid
 
Encontro de licenciaturas e seminario do pibid
Encontro de licenciaturas e seminario do pibidEncontro de licenciaturas e seminario do pibid
Encontro de licenciaturas e seminario do pibidquipibid
 
Palavras cruzadas
Palavras cruzadas Palavras cruzadas
Palavras cruzadas quipibid
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativasMarilena Meira
 
Resumo quimica geral ii
Resumo quimica geral iiResumo quimica geral ii
Resumo quimica geral iiGeisi Batista
 
-Osmoscopia--
 -Osmoscopia-- -Osmoscopia--
-Osmoscopia--0jorge321
 

Destaque (20)

Crioscopia Química II Propriedades coligativas
Crioscopia Química II Propriedades coligativasCrioscopia Química II Propriedades coligativas
Crioscopia Química II Propriedades coligativas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Propriedades Coligativas: Tonoscopia e Ebulioscopia
Propriedades Coligativas: Tonoscopia e EbulioscopiaPropriedades Coligativas: Tonoscopia e Ebulioscopia
Propriedades Coligativas: Tonoscopia e Ebulioscopia
 
Propriedades Coligativas
Propriedades ColigativasPropriedades Coligativas
Propriedades Coligativas
 
Propriedades coligativas; tonoscopia - físico-química
Propriedades coligativas; tonoscopia - físico-químicaPropriedades coligativas; tonoscopia - físico-química
Propriedades coligativas; tonoscopia - físico-química
 
Propriedades Coligativas
Propriedades ColigativasPropriedades Coligativas
Propriedades Coligativas
 
PROPRIEDADES COLIGATIVAS
PROPRIEDADES COLIGATIVASPROPRIEDADES COLIGATIVAS
PROPRIEDADES COLIGATIVAS
 
Aula propriedades coligativas
Aula propriedades coligativasAula propriedades coligativas
Aula propriedades coligativas
 
Aplicaciones de la crioscopía presentación
Aplicaciones de la crioscopía   presentaciónAplicaciones de la crioscopía   presentación
Aplicaciones de la crioscopía presentación
 
Trabalho de química 2º ano - turma 201
Trabalho de química   2º ano - turma 201Trabalho de química   2º ano - turma 201
Trabalho de química 2º ano - turma 201
 
Avaliaçao
AvaliaçaoAvaliaçao
Avaliaçao
 
Hidrocarbonetos
HidrocarbonetosHidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
 
Encontro de licenciaturas e seminario do pibid
Encontro de licenciaturas e seminario do pibidEncontro de licenciaturas e seminario do pibid
Encontro de licenciaturas e seminario do pibid
 
Cinética química aula 02
Cinética química   aula 02Cinética química   aula 02
Cinética química aula 02
 
Fisico quimica 3
Fisico quimica 3Fisico quimica 3
Fisico quimica 3
 
Palavras cruzadas
Palavras cruzadas Palavras cruzadas
Palavras cruzadas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Resumo quimica geral ii
Resumo quimica geral iiResumo quimica geral ii
Resumo quimica geral ii
 
-Osmoscopia--
 -Osmoscopia-- -Osmoscopia--
-Osmoscopia--
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 

Semelhante a Propriedades coligativas

Propriedades Coligativas
Propriedades ColigativasPropriedades Coligativas
Propriedades ColigativasIsac Silveira
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativasMariana Rosa
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativasAna Dias
 
Propriedades coligativas das soluções
Propriedades coligativas das soluçõesPropriedades coligativas das soluções
Propriedades coligativas das soluçõesAndré Paiva
 
Frente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativas
Frente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativasFrente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativas
Frente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativasalexandre batista
 
propriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdfpropriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdfMaikonOliveira16
 
Apostila fisico quimica
Apostila fisico quimicaApostila fisico quimica
Apostila fisico quimicaGlenda Guerra
 
Atividade 9 e 10 progressao semi ext noite 2016
Atividade 9 e 10    progressao semi ext noite 2016Atividade 9 e 10    progressao semi ext noite 2016
Atividade 9 e 10 progressao semi ext noite 2016paulomigoto
 
Revisão coltec 2016
Revisão coltec 2016Revisão coltec 2016
Revisão coltec 2016profNICODEMOS
 
Quimicasolues 090626113608-phpapp01
Quimicasolues 090626113608-phpapp01Quimicasolues 090626113608-phpapp01
Quimicasolues 090626113608-phpapp01mpmk
 
Biofisica - propriedades fisicas e quimicas da agua
Biofisica - propriedades fisicas e quimicas da aguaBiofisica - propriedades fisicas e quimicas da agua
Biofisica - propriedades fisicas e quimicas da aguaMarcelo Silva
 
Dispersões e soluções.pdf
Dispersões e soluções.pdfDispersões e soluções.pdf
Dispersões e soluções.pdfhevertonvaz
 

Semelhante a Propriedades coligativas (20)

Propriedades Coligativas
Propriedades ColigativasPropriedades Coligativas
Propriedades Coligativas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Revisão Coligativas.pdf
Revisão Coligativas.pdfRevisão Coligativas.pdf
Revisão Coligativas.pdf
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Propriedades coligativas
Propriedades coligativasPropriedades coligativas
Propriedades coligativas
 
Propriedades coligativas das soluções
Propriedades coligativas das soluçõesPropriedades coligativas das soluções
Propriedades coligativas das soluções
 
Frente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativas
Frente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativasFrente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativas
Frente ii-e28093-ficha-11-e28093-propriedades-coligativas
 
propriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdfpropriedades-coligativas.pdf
propriedades-coligativas.pdf
 
Apostila fisico quimica
Apostila fisico quimicaApostila fisico quimica
Apostila fisico quimica
 
Atividade 9 e 10 progressao semi ext noite 2016
Atividade 9 e 10    progressao semi ext noite 2016Atividade 9 e 10    progressao semi ext noite 2016
Atividade 9 e 10 progressao semi ext noite 2016
 
solucoes.pdf
solucoes.pdfsolucoes.pdf
solucoes.pdf
 
Soluções 1
Soluções 1Soluções 1
Soluções 1
 
Revisão coltec 2016
Revisão coltec 2016Revisão coltec 2016
Revisão coltec 2016
 
Quimicasolues 090626113608-phpapp01
Quimicasolues 090626113608-phpapp01Quimicasolues 090626113608-phpapp01
Quimicasolues 090626113608-phpapp01
 
Soluções
SoluçõesSoluções
Soluções
 
As Soluções
As SoluçõesAs Soluções
As Soluções
 
Biofisica - propriedades fisicas e quimicas da agua
Biofisica - propriedades fisicas e quimicas da aguaBiofisica - propriedades fisicas e quimicas da agua
Biofisica - propriedades fisicas e quimicas da agua
 
Dispersões e soluções.pdf
Dispersões e soluções.pdfDispersões e soluções.pdf
Dispersões e soluções.pdf
 

Último

[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 

Último (20)

[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 

Propriedades coligativas

  • 1. Propriedades Coligativas  Propriedades Coligativas são aquelas propriedades das substâncias puras que são modificadas quando se adiciona um soluto não volátil a elas.  Essas propriedades, portanto, não são explicadas pela natureza da substância, mas sim pela quantidade de suas moléculas, partículas ou átomos.
  • 2. Existem quatro propriedades coligativas -Tonoscopia -Ebulioscopia -Crioscopia -Osmose
  • 3. As propriedades dos solventes modificadas são: Pressão de vapor – Efeito Tonoscópico Ponto de Ebulição – Efeito Ebulioscópico Ponto de Fusão – Efeito Crioscópico Pressão Osmótica – Efeito Osmoscóspico
  • 4. O estudo das quatro propriedades coligativas permite responder e entender questões como: • Por que se acrescenta sal ao gelo para gelar cerveja em lata? • Por que, acrescentando sal ou açúcar a uma quantidade de água que está iniciando fervura, ela para de ferver? • Por que as águas dos oceanos não congelam totalmente, mesmo em locais muito frios, com a temperatura abaixo de 0°C? • O que acontece quando se coloca sal sobre um pedaço de carne? • O que acontece com um pedaço de fruta desidratada dentro de um recipiente com água? • Por que o peixe do rio não consegue sobreviver no mar e vice-versa?
  • 5. Tonoscopia Também denominada de Tonometria, esta propriedade coligativa estuda a diminuição da pressão máxima de vapor de um solvente causada pela adição de um soluto não-volátil.
  • 6. Fórmula para o cálculo da Tonoscopia: Δp = P2 – P, onde: P = pressão de vapor da solução P2 = pressão de vapor do solvente
  • 7. A tonoscopia é uma propriedade coligativa que ocasiona o abaixamento da pressão de vapor de um líquido, quando a ele se adiciona um soluto não-volátil. Se adicionarmos um soluto não-volátil em solvente, ocorre a diminuição da pressão de vapor e consequentemente, demora mais tempo para evaporar. A pressão de vapor de um solvente puro sempre será maior do que a pressão de vapor de uma solução. Com a adição das partículas do soluto intensificam-se as forças atrativas moleculares e diminui a pressão de vapor do solvente.
  • 8. Quanto maior for o número de mols do soluto não- volátil na solução, maior será o abaixamento da pressão máxima de vapor.
  • 9. Se adicionarmos um soluto não-volátil em solvente, ocorre a diminuição da pressão de vapor e consequentemente, demora mais tempo para evaporar. A pressão de vapor de um solvente puro sempre será maior do que a pressão de vapor de uma solução. Com a adição das partículas do soluto intensificam-se as forças atrativas moleculares e diminui a pressão de vapor do solvente.
  • 10. Sabe-se que toda solução tende a um equilíbrio, e este pode ser atingido se considerarmos a Lei de Raoult: a pressão de vapor de um solvente em uma solução é igual ao produto da pressão de vapor do líquido puro presente nesta solução, se considerarmos a fração molar do líquido. Veja a fórmula que permite calcular esse princípio: p2 = p0 • x2 Onde: p2 = pressão de vapor do líquido na solução p0 = pressão de vapor no líquido puro x2 = fração molar do líquido na solução
  • 11. Exercício A pressão de vapor da água pura é de 6,4 kPa a 25 °C. Qual será a pressão de vapor de uma solução à mesma temperatura que possui 0,8 mol de glicose em 4,0 mol de água?
  • 12. Ebulioscopia Ebulioscopia ou Ebuliometria é a propriedade coligativa que estuda a elevação da temperatura de ebulição do solvente em uma solução. Para que um líquido entre em ebulição é necessário aquecê-lo até que a pressão de vapor fique igual à pressão atmosférica, até aí tudo bem, mas quando existem partículas insolúveis em meio ao solvente o processo é dificultado, a Ebulioscopia surge então para explicar este fenômeno.
  • 13. A fórmula usada para o cálculo é: Δte = Te2 - Te, onde: Te = temperatura de ebulição da solução Te2 = temperatura de ebulição do solvente
  • 14. Um exemplo de Ebulioscopia surge no preparo do café: quando adicionamos açúcar na água que estava prestes a entrar em ebulição. Os cristais de açúcar antes de serem dissolvidos pelo aquecimento constituem partículas que retardam o ponto de ebulição da água, ou seja, o líquido vai demorar um pouco mais a entrar em ebulição.
  • 15. Fator de Van’t Hoff O Fator de Van’t Hoff (i) é utilizado para calcular e analisar os efeitos coligativos em soluções iônicas. É definido como “a relação feita entre o número total de partículas finais em relação às iniciais nas soluções iônicas”. Pode ser expresso matematicamente pela fórmula: i = 1 + a (q – 1).
  • 16. O Fator de Van’t Hoff (i) é utilizado para calcular e analisar os efeitos coligativos (alteração das propriedades físicas - como temperatura de fusão e ebulição - de solventes, ao se adicionar um soluto não volátil), em soluções iônicas.
  • 17. Em soluções moleculares, a quantidade de moléculas dissolvidas é a mesma de moléculas adicionadas. Por exemplo, se adicionarmos 100 moléculas de açúcar (C12H22O11) na água, serão dissolvidas 100 moléculas exatamente.
  • 18. Em soluções iônicas, no entanto, este valor varia, pois as moléculas sofrem dissociação iônica (ou ionização). Um exemplo é uma solução de cloreto de sódio (NaCl – sal de cozinha). Se for adicionado 1 mol de NaCl na água, teremos no final 1 mol de partículas de Na+ e 1 mol de partículas de Cl-, conforme mostra a equação de ionização do sal abaixo: NaCl → Na+ (aq) + Cl- (aq) 1 mol → 1 mol + 1 mol } 2 mols
  • 19. Este número de partículas finais pode também triplicar, e assim por diante, dependendo do sal utilizado. Assim, a relação feita entre o número total de partículas finais em relação às iniciais nas soluções iônicas é o fator de Van’t Hoff (i): i = _número total de partículas finais____ número total de partículas iniciais
  • 20. Exercício Digamos que você possui as seguintes amostras: Água pura. Solução aquosa de glicose a 0,2 mol/L. Solução aquosa de glicose a 0,4 mol/L. A ordem crescente de temperatura de ebulição dessas amostras é dada por: a) I > II > III b) III > II > I c) III < II < I d) I < II < III e) I < III < II
  • 21. Crioscopia Também conhecida como Criometria, a Crioscopia estuda a diminuição do ponto de congelamento de um líquido causado pelo soluto não-volátil. A fórmula que permite calcular essa propriedade é a seguinte: Δtc = Tc2 - Tc, onde: Tc = temperatura de congelamento da solução Tc2 = temperatura de congelamento do solvente
  • 22. A Crioscopia pode ser explicada assim: quando se adiciona um soluto não-volátil a um solvente, as partículas deste soluto dificultam a cristalização do solvente dando origem à propriedade descrita. Exemplo: o ponto de congelamento da água pura é superior ao da água poluída, por quê? A água poluída possui partículas não-voláteis que dificultam o congelamento deste líquido, já a água purificada, isenta de qualquer corpo estranho, chega à cristalização mais rapidamente.
  • 23. Curiosidades A temperatura de congelamento da água poluída é mais baixa do que o da água pura, pois nela estão presentes substâncias que a tornam uma solução, reduzindo assim o seu ponto de congelamento. A água do mar (salgada) apresenta um ponto de congelamento inferior à água doce, dessa forma, são necessárias temperaturas muito inferiores para congelar uma amostra de água salgada do que aquelas necessárias para congelar uma amostra de água doce. Um iceberg é composto por água doce, uma vez que a temperatura não é baixa o suficiente para congelar a água salgada. Se utiliza sal (geralmente cloreto de sódio) para reduzir a temperatura de congelamento da água a assim fundi-la em avenidas cobertas de gelo, procedimento esse comum em cidades nas quais o inverno é muito intenso.
  • 24. Exercício Num congelador há cinco formas que contêm líquidos diferentes para fazer gelo e picolés de limão. Se as formas forem colocadas, ao mesmo tempo, no congelador e estiverem, inicialmente, a mesma temperatura, vai-se congelar primeiro a forma que contém 500 mL de: a) água pura. b) solução, em água, contendo 50 mL de suco de limão. c) solução, em água, contendo 100 mL de suco de limão. d) solução, em água, contendo 50 mL de suco de limão e 50 g de açúcar. e) solução, em água, contendo 100 mL de suco de limão e 50 g de açúcar.
  • 25. Osmose Osmose é a passagem do solvente de uma região pouco concentrada em soluto para uma mais concentrada em soluto, sem gasto de energia.
  • 26. Você sabe por que a salada, certo tempo após ser temperada, se apresenta murcha? Em razão da ação da osmose! Este tipo de transporte passivo consiste na difusão de moléculas de água (solvente), predominantemente do meio com mais para o com menos concentração destas moléculas, por uma membrana semipermeável.
  • 27. Pressão osmótica Chama-se pressão osmótica a pressão que deve ser aplicada para evitar que o solvente atravesse uma membrana semipermeável. O valor da pressão osmótica depende para cada solução, sendo que quanto maior a concentração da solução, maior será a pressão osmótica.
  • 28. O cálculo da pressão osmótica pode ser realizado utilizando a seguinte fórmula: π = M . R . T . i Sendo que: π = pressão osmótica; M = concentração em mol/L; R = constante universal dos gases; T = temperatura na escala absoluta (kelvin); i = fator de Van’t Hoff
  • 29. De acordo com a comparação dos valores das pressões osmóticas de duas soluções, uma pode ser classificada em relação à outra da seguinte maneira: Solução hipertônica: quando a sua pressão osmótica é maior que à da outra solução; Solução hipotônica: quando a sua pressão osmótica é menor que à da outra solução; Solução isotônica: quando a sua pressão osmótica é igual à da outra solução.
  • 30. Portanto, quando se diz que uma bebida é isotônica, isso quer dizer que ela possui a concentração de sais minerais igual à concentração dos líquidos do nosso corpo, como o suor e o sangue.
  • 31. O soro caseiro também se enquadra nisso. Por isso, a importância de não errar na quantidade de açúcar e sal que se usa para prepará-lo Uma concentração errada, causando um meio hipertônico ou hipotônico, pode ter consequências adversas, como se pode ver na ilustração abaixo. Veja que se a solução estiver hipertônica, isto é, com a concentração maior que a do sangue, as hemácias irão perder água por osmose e murcharão. Por outro lado, se o líquido estiver hipotônico, as hemácias inchar-se-ão de água, que passará do exterior para dentro delas por meio de suas membranas através da osmose, correndo o risco de explodirem.
  • 32.
  • 33. Osmose Reversa A osmose reversa, como o próprio nome diz, acontece em sentido contrário ao da osmose. Nela, o solvente se desloca no sentido da solução mais concentrada para a menos concentrada, isolando-se assim, o soluto.
  • 34. O processo de osmose reversa tem sido usado com o intuito de “potabilizar” a água por meio da dessalinização. A osmose reversa se dá por influência da pressão osmótica que se aplica sobre a superfície na qual se encontra a solução hipertônica, o que impede do solvente, no caso a água, ser transportado para o meio mais concentrado. Isso permite que a água chamada doce, vá sendo isolada do sal.
  • 35. Exercício Ao colocar-se uma célula vegetal normal numa solução salina concentrada, observar-se-á que ela começará a "enrugar" e a "murchar". Sobre esse fenômeno, é correto afirmar: a) A célula vegetal encontra-se num meio hipotônico em relação à sua própria concentração salina. b) Há uma diferença de pressão, dita osmótica, entre a solução celular e a solução salina do meio. c) Há um fluxo de solvente do interior da célula para a solução salina do meio. d) Quanto maior for a concentração da solução salina externa, menor será o fluxo de solvente da célula para o meio. e) O fluxo de solvente ocorre através de membranas semipermeáveis.