O documento discute como as atividades de trabalho pedagógico coletivo (ATPC) nas escolas podem ser usadas para produzir e aprofundar o projeto político-pedagógico (PPP). Os dados vieram de quatro escolas públicas em São Paulo e mostraram que as equipes gestoras tentaram garantir a participação de todos os professores na discussão do PPP por meio de estratégias de trabalho coletivo, mas faltaram condições de trabalho para apoiar a articulação entre todos os membros das escolas.
Pauta roteiro de estudo e o protagonismoGelson Rocha
O documento discute a elaboração de roteiros de estudo para atividades escolares não presenciais, enfatizando a importância de considerar os recursos disponíveis para os estudantes e promover seu protagonismo. Orienta os professores sobre como planejar as aulas virtualmente e apresenta um exemplo de roteiro desenvolvido para o 9o ano.
Alguns registros sobre pauta formativaGelson Rocha
O documento discute a importância da Pauta Formativa para orientar as atividades de formação continuada dos professores, mediadas pelo Professor Coordenador. A Pauta deve planejar atividades que coloquem os professores para refletir sobre sua prática e o que precisam aprender, com base em observações do coordenador. Também ressalta a necessidade de registro das observações e reflexões do coordenador para embasar o planejamento das formações.
Este documento discute a importância do registro para professores e coordenadores. O registro permite planejar, analisar e melhorar a prática pedagógica, identificando avanços e dificuldades dos alunos. Diferentes tipos de registro são descritos, incluindo notas, pautas de observação, diários de aula e projetos didáticos. O registro promove a reflexão e o crescimento profissional contínuo.
Os caminhos para a formação de professoresGelson Rocha
O documento discute as principais estratégias que coordenadores pedagógicos podem usar para formar professores de maneira efetiva: a dupla conceitualização e a tematização da prática. A dupla conceitualização envolve fazer os professores vivenciarem situações de aprendizagem e refletirem sobre como ensinar determinados conteúdos. A tematização da prática analisa registros da sala de aula para discutir como melhorar o ensino, com base em bons modelos identificados. Vídeos são especialmente úteis nesse processo.
O PTD é o Plano de Trabalho Docente, que deve conter os elementos essenciais do planejamento pedagógico de um professor como conteúdos, metodologia, avaliação e referências. Sua construção requer conhecimento da Proposta Pedagógica Curricular e reflexão sobre a prática educativa. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná orientam a elaboração do PTD e organização dos conteúdos de acordo com cada série/ano letivo.
Orientação Técnica - Formação Pedagógica para PC do EFe EMbetenitz
Este documento fornece orientações técnicas para professores coordenadores do Ensino Fundamental e Médio sobre a formação pedagógica de professores. Apresenta a pauta da reunião, que inclui acolhimento, disparadores de ideias, diretrizes da Secretaria de Educação e prioridades da Diretoria de Ensino. Também discute observação em sala de aula, elaboração de histórico de observação, feedback e plano de ação.
1ª OT de Formação para Professores Coordenadores das Escolas da Diretoria de Ensino - região de Jundiaí, SP realizada nos dias 23 e 27 de fevereiro de 2015. O trabalho foi elaborado por um grupo de Professores Coordenadores do Núcleo Pedagógico e divulgado por todos.
O documento apresenta a agenda e atividades de um encontro de formação de coordenadores pedagógicos, com foco em sistematizar a organização do plano de ação da coordenação pedagógica e refletir sobre a importância do planejamento para a avaliação da Prova Brasil. Também descreve atribuições e ações dos coordenadores, um plano de ação detalhado e modelos para planejamento mensal e semanal das atividades.
Pauta roteiro de estudo e o protagonismoGelson Rocha
O documento discute a elaboração de roteiros de estudo para atividades escolares não presenciais, enfatizando a importância de considerar os recursos disponíveis para os estudantes e promover seu protagonismo. Orienta os professores sobre como planejar as aulas virtualmente e apresenta um exemplo de roteiro desenvolvido para o 9o ano.
Alguns registros sobre pauta formativaGelson Rocha
O documento discute a importância da Pauta Formativa para orientar as atividades de formação continuada dos professores, mediadas pelo Professor Coordenador. A Pauta deve planejar atividades que coloquem os professores para refletir sobre sua prática e o que precisam aprender, com base em observações do coordenador. Também ressalta a necessidade de registro das observações e reflexões do coordenador para embasar o planejamento das formações.
Este documento discute a importância do registro para professores e coordenadores. O registro permite planejar, analisar e melhorar a prática pedagógica, identificando avanços e dificuldades dos alunos. Diferentes tipos de registro são descritos, incluindo notas, pautas de observação, diários de aula e projetos didáticos. O registro promove a reflexão e o crescimento profissional contínuo.
Os caminhos para a formação de professoresGelson Rocha
O documento discute as principais estratégias que coordenadores pedagógicos podem usar para formar professores de maneira efetiva: a dupla conceitualização e a tematização da prática. A dupla conceitualização envolve fazer os professores vivenciarem situações de aprendizagem e refletirem sobre como ensinar determinados conteúdos. A tematização da prática analisa registros da sala de aula para discutir como melhorar o ensino, com base em bons modelos identificados. Vídeos são especialmente úteis nesse processo.
O PTD é o Plano de Trabalho Docente, que deve conter os elementos essenciais do planejamento pedagógico de um professor como conteúdos, metodologia, avaliação e referências. Sua construção requer conhecimento da Proposta Pedagógica Curricular e reflexão sobre a prática educativa. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná orientam a elaboração do PTD e organização dos conteúdos de acordo com cada série/ano letivo.
Orientação Técnica - Formação Pedagógica para PC do EFe EMbetenitz
Este documento fornece orientações técnicas para professores coordenadores do Ensino Fundamental e Médio sobre a formação pedagógica de professores. Apresenta a pauta da reunião, que inclui acolhimento, disparadores de ideias, diretrizes da Secretaria de Educação e prioridades da Diretoria de Ensino. Também discute observação em sala de aula, elaboração de histórico de observação, feedback e plano de ação.
1ª OT de Formação para Professores Coordenadores das Escolas da Diretoria de Ensino - região de Jundiaí, SP realizada nos dias 23 e 27 de fevereiro de 2015. O trabalho foi elaborado por um grupo de Professores Coordenadores do Núcleo Pedagógico e divulgado por todos.
O documento apresenta a agenda e atividades de um encontro de formação de coordenadores pedagógicos, com foco em sistematizar a organização do plano de ação da coordenação pedagógica e refletir sobre a importância do planejamento para a avaliação da Prova Brasil. Também descreve atribuições e ações dos coordenadores, um plano de ação detalhado e modelos para planejamento mensal e semanal das atividades.
Este documento apresenta uma proposta de formação continuada para professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Angelo Mariano Donadon. O projeto visa promover a reflexão sobre a prática pedagógica e a atualização dos conhecimentos dos professores por meio de encontros semanais, seminários e estudos individuais ao longo de 2009. O cronograma detalha as atividades para os três módulos do projeto, que abordarão temas como gestão escolar, elementos conceituais da prática docente e a implementação do programa Gestar II
O documento discute as atribuições e responsabilidades do coordenador pedagógico na escola, incluindo coordenar o planejamento pedagógico, apoiar as ações pedagógicas, avaliar o processo de ensino-aprendizagem, e promover um bom clima escolar. Também aborda a importância das dinâmicas de grupo como ferramentas de aprendizagem que facilitam a discussão de temas complexos.
Projeto apresentado e aprovado pelo CME em para a vigencia de 2016. Foi apresentado ao IFG, o qual aceitou a parceria com a SME fomentando as formações. A elaboração do projeto esteve vinculada com a necessidade da Rede Municipal de Ensino, abordando temas pertinentes.
Reflexões : O ato de registrar e Aprender com a prática PedagógicaLuluroque
Este documento discute a importância da reflexão e do registro pedagógico para o aprimoramento da prática docente. A reflexão sobre a prática por meio do registro permite que os professores identifiquem pontos positivos e negativos em suas aulas e planejem melhorias futuras. O registro também possibilita o trabalho coletivo entre professores, promovendo o crescimento profissional contínuo.
Este documento fornece orientações para o planejamento escolar de 2014, incluindo sugestões para a organização dos dias de planejamento, assuntos a serem tratados como projetos institucionais e didáticos, elaboração de planos anuais e bimestrais de ensino por disciplina, e referências sobre o currículo de matemática.
Este documento fornece 50 ideias para professores melhorarem sua prática docente em 2010. As ideias incluem planejar melhor as aulas, conhecer os alunos, usar diferentes estratégias de ensino, avaliar constantemente o progresso dos alunos, envolver as famílias no processo educativo e sempre buscar o aprimoramento profissional através do estudo e da capacitação.
O documento discute a importância de projetos na educação que partam de questões relevantes para os alunos e os envolvam na pesquisa e construção do conhecimento. Também apresenta os elementos essenciais para a elaboração de projetos, como escolha do tema, objetivos, estratégias, avaliação e culminância.
O documento discute a coordenação de HTPCs para atender necessidades pedagógicas, com base no currículo oficial. Também aborda a reflexão sobre os resultados insatisfatórios do SARESP e reuniões com pais. Ele propõe projetos envolvendo valores, reciclagem, diversidade cultural e sustentabilidade com apoio de professores, alunos e escola familiar.
Esses slides são uma forrmatação de diversos textos coletados em diversos sites sobre formação e coordenação pedagógica. São adaptações e releituras desses textos lidos ao longo de alguns anos. Não são, portanto, de minha autoria. Fiz adaptações.
Synopses do texto:
ORSOLON, Luzia Angelina Marino: O Coordenador/formador como um dos agentes de transformação da/na escola. In.: O Coordenador Pedagógico e o espaço de mudança. Org.: ALMEIDA, Laurinda Ramalho. PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. 2ª Ed. São Paulo: 2002. Loyola.
O documento discute o papel do supervisor escolar em orientar e acompanhar o trabalho pedagógico dos professores, assegurando a qualidade do ensino. O supervisor deve diagnosticar a situação da escola, montar planos de ação, e estimular a gestão compartilhada entre a equipe e a comunidade escolar. O objetivo final é alcançar a qualidade e eficácia da educação oferecida.
O documento discute as atribuições e desafios da coordenação pedagógica. Aponta que muitos coordenadores se envolvem em tarefas rotineiras em vez de se concentrarem na formação de professores, e que falta apoio para que exerçam efetivamente seu papel de articuladores das ações formativas na escola. Também ressalta a importância do planejamento participativo e do projeto político-pedagógico na definição das ações educativas.
1. O documento apresenta as características e objetivos dos anos iniciais do ensino fundamental, destacando a importância de desenvolver as capacidades das crianças de forma integral, inserindo-as no universo escolar e ampliando seu conhecimento do mundo de forma interdisciplinar.
2. São descritas as obras didáticas classificadas como "interdisciplinares" no PNLD 2019, que devem apresentar relações entre componentes curriculares sem diluir ou eliminar os objetos de conhecimento de cada área.
3. O guia
O documento discute a importância do planejamento pedagógico para os professores, incluindo o planejamento da escola e do ensino. Ele explica que o planejamento da escola deve estabelecer objetivos educacionais e ações considerando as necessidades dos alunos, enquanto o planejamento do ensino deve ser baseado no projeto da escola e considerar os alunos individuais. Além disso, o planejamento deve ser flexível para se adaptar às necessidades em evolução.
Planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docenteUNEB
Este resumo apresenta uma análise do planejamento escolar como instrumento facilitador do trabalho docente. Discute conceitos de planejamento, sua importância na escola e o papel dos professores e comunidade escolar. A pesquisa foi realizada em uma escola municipal através de questionários e observação, analisando como professores entendem o planejamento e sua participação na elaboração. Conclui que o planejamento é relevante, mas alguns professores se sentem insatisfeitos com seu processo de construção.
1) O documento discute diferentes aspectos do planejamento educacional, incluindo níveis de planejamento e tipos de planos.
2) São descritas técnicas de ensino como portfólio, projeto de ação didática, aula expositiva dialogada, entre outras.
3) O planejamento requer articulação com os momentos didáticos e envolvimento dos alunos nas atividades.
O documento discute a rotina de trabalho do coordenador pedagógico. Aponta que a rotina do CP é caótica e centrada em atendimentos, substituições de professores e questões disciplinares. Defende que o CP deve ter clareza de sua função como formador de professores e organizar seu tempo de acordo com a formação docente, planejamento e acompanhamento pedagógico.
2. o planejamento do trabalho pedagógicoClaudio Lima
O documento discute os desafios do planejamento pedagógico na perspectiva dos professores, que muitas vezes se sentem insatisfeitos com o processo de planejamento atual. Argumenta-se que o planejamento deve ser um processo de reflexão crítica, e não apenas o preenchimento mecânico de formulários, e que diferentes formas de planejamento e registros de planos podem ser exploradas para superar as limitações atuais.
1. O documento discute a organização e desenvolvimento da formação continuada de professores (ATPC).
2. É importante planejar as ações de formação com conteúdos voltados às metas da escola e à melhoria da aprendizagem dos alunos.
3. Os registros das discussões e decisões das reuniões de formação devem ser detalhados para permitir o acompanhamento e a reflexão sobre o trabalho realizado.
OLHARES HOLÍSTICOS NA AÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLARLuz Mary Dias
Este documento discute a visão holística que os supervisores escolares podem adotar para melhor compreender os desafios diários enfrentados por todos na escola. A visão holística enfatiza a interconexão entre todos os seres e valores como cuidado e sensibilidade. O documento revisa a história da supervisão escolar e discute como os novos tempos globais requerem uma mudança de paradigma educacional, com o supervisor escolar podendo liderar essa mudança para um ensino de maior qualidade e foco no aluno.
PROFESSORES INICIANTES E EXPERIENTES E APRENDIZAGENS DA DOCÊNCIA NUM GRUPO CO...ProfessorPrincipiante
O documento descreve um grupo colaborativo entre professores iniciantes, experientes, pesquisadores e estudantes universitários que discutem práticas de ensino de matemática. O grupo faz parte de um projeto maior que busca aproximar universidade e escola para melhorar a formação de professores. O relato de um professor iniciante mostra como ele se desenvolveu profissionalmente ao compartilhar experiências com professores mais experientes no grupo.
1. A organização do trabalho pedagógico na escola deve levar em conta a diversidade cultural dos estudantes e a promoção da equidade social.
2. O Projeto Político Pedagógico deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar e baseado nos princípios de trabalho, pesquisa, direitos humanos e sustentabilidade.
3. A organização curricular por áreas e a elaboração do Plano de Trabalho Docente são importantes para articular os objetivos da escola com as práticas pedagógicas em sala de aula
Este documento apresenta uma proposta de formação continuada para professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Angelo Mariano Donadon. O projeto visa promover a reflexão sobre a prática pedagógica e a atualização dos conhecimentos dos professores por meio de encontros semanais, seminários e estudos individuais ao longo de 2009. O cronograma detalha as atividades para os três módulos do projeto, que abordarão temas como gestão escolar, elementos conceituais da prática docente e a implementação do programa Gestar II
O documento discute as atribuições e responsabilidades do coordenador pedagógico na escola, incluindo coordenar o planejamento pedagógico, apoiar as ações pedagógicas, avaliar o processo de ensino-aprendizagem, e promover um bom clima escolar. Também aborda a importância das dinâmicas de grupo como ferramentas de aprendizagem que facilitam a discussão de temas complexos.
Projeto apresentado e aprovado pelo CME em para a vigencia de 2016. Foi apresentado ao IFG, o qual aceitou a parceria com a SME fomentando as formações. A elaboração do projeto esteve vinculada com a necessidade da Rede Municipal de Ensino, abordando temas pertinentes.
Reflexões : O ato de registrar e Aprender com a prática PedagógicaLuluroque
Este documento discute a importância da reflexão e do registro pedagógico para o aprimoramento da prática docente. A reflexão sobre a prática por meio do registro permite que os professores identifiquem pontos positivos e negativos em suas aulas e planejem melhorias futuras. O registro também possibilita o trabalho coletivo entre professores, promovendo o crescimento profissional contínuo.
Este documento fornece orientações para o planejamento escolar de 2014, incluindo sugestões para a organização dos dias de planejamento, assuntos a serem tratados como projetos institucionais e didáticos, elaboração de planos anuais e bimestrais de ensino por disciplina, e referências sobre o currículo de matemática.
Este documento fornece 50 ideias para professores melhorarem sua prática docente em 2010. As ideias incluem planejar melhor as aulas, conhecer os alunos, usar diferentes estratégias de ensino, avaliar constantemente o progresso dos alunos, envolver as famílias no processo educativo e sempre buscar o aprimoramento profissional através do estudo e da capacitação.
O documento discute a importância de projetos na educação que partam de questões relevantes para os alunos e os envolvam na pesquisa e construção do conhecimento. Também apresenta os elementos essenciais para a elaboração de projetos, como escolha do tema, objetivos, estratégias, avaliação e culminância.
O documento discute a coordenação de HTPCs para atender necessidades pedagógicas, com base no currículo oficial. Também aborda a reflexão sobre os resultados insatisfatórios do SARESP e reuniões com pais. Ele propõe projetos envolvendo valores, reciclagem, diversidade cultural e sustentabilidade com apoio de professores, alunos e escola familiar.
Esses slides são uma forrmatação de diversos textos coletados em diversos sites sobre formação e coordenação pedagógica. São adaptações e releituras desses textos lidos ao longo de alguns anos. Não são, portanto, de minha autoria. Fiz adaptações.
Synopses do texto:
ORSOLON, Luzia Angelina Marino: O Coordenador/formador como um dos agentes de transformação da/na escola. In.: O Coordenador Pedagógico e o espaço de mudança. Org.: ALMEIDA, Laurinda Ramalho. PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza. 2ª Ed. São Paulo: 2002. Loyola.
O documento discute o papel do supervisor escolar em orientar e acompanhar o trabalho pedagógico dos professores, assegurando a qualidade do ensino. O supervisor deve diagnosticar a situação da escola, montar planos de ação, e estimular a gestão compartilhada entre a equipe e a comunidade escolar. O objetivo final é alcançar a qualidade e eficácia da educação oferecida.
O documento discute as atribuições e desafios da coordenação pedagógica. Aponta que muitos coordenadores se envolvem em tarefas rotineiras em vez de se concentrarem na formação de professores, e que falta apoio para que exerçam efetivamente seu papel de articuladores das ações formativas na escola. Também ressalta a importância do planejamento participativo e do projeto político-pedagógico na definição das ações educativas.
1. O documento apresenta as características e objetivos dos anos iniciais do ensino fundamental, destacando a importância de desenvolver as capacidades das crianças de forma integral, inserindo-as no universo escolar e ampliando seu conhecimento do mundo de forma interdisciplinar.
2. São descritas as obras didáticas classificadas como "interdisciplinares" no PNLD 2019, que devem apresentar relações entre componentes curriculares sem diluir ou eliminar os objetos de conhecimento de cada área.
3. O guia
O documento discute a importância do planejamento pedagógico para os professores, incluindo o planejamento da escola e do ensino. Ele explica que o planejamento da escola deve estabelecer objetivos educacionais e ações considerando as necessidades dos alunos, enquanto o planejamento do ensino deve ser baseado no projeto da escola e considerar os alunos individuais. Além disso, o planejamento deve ser flexível para se adaptar às necessidades em evolução.
Planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docenteUNEB
Este resumo apresenta uma análise do planejamento escolar como instrumento facilitador do trabalho docente. Discute conceitos de planejamento, sua importância na escola e o papel dos professores e comunidade escolar. A pesquisa foi realizada em uma escola municipal através de questionários e observação, analisando como professores entendem o planejamento e sua participação na elaboração. Conclui que o planejamento é relevante, mas alguns professores se sentem insatisfeitos com seu processo de construção.
1) O documento discute diferentes aspectos do planejamento educacional, incluindo níveis de planejamento e tipos de planos.
2) São descritas técnicas de ensino como portfólio, projeto de ação didática, aula expositiva dialogada, entre outras.
3) O planejamento requer articulação com os momentos didáticos e envolvimento dos alunos nas atividades.
O documento discute a rotina de trabalho do coordenador pedagógico. Aponta que a rotina do CP é caótica e centrada em atendimentos, substituições de professores e questões disciplinares. Defende que o CP deve ter clareza de sua função como formador de professores e organizar seu tempo de acordo com a formação docente, planejamento e acompanhamento pedagógico.
2. o planejamento do trabalho pedagógicoClaudio Lima
O documento discute os desafios do planejamento pedagógico na perspectiva dos professores, que muitas vezes se sentem insatisfeitos com o processo de planejamento atual. Argumenta-se que o planejamento deve ser um processo de reflexão crítica, e não apenas o preenchimento mecânico de formulários, e que diferentes formas de planejamento e registros de planos podem ser exploradas para superar as limitações atuais.
1. O documento discute a organização e desenvolvimento da formação continuada de professores (ATPC).
2. É importante planejar as ações de formação com conteúdos voltados às metas da escola e à melhoria da aprendizagem dos alunos.
3. Os registros das discussões e decisões das reuniões de formação devem ser detalhados para permitir o acompanhamento e a reflexão sobre o trabalho realizado.
OLHARES HOLÍSTICOS NA AÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLARLuz Mary Dias
Este documento discute a visão holística que os supervisores escolares podem adotar para melhor compreender os desafios diários enfrentados por todos na escola. A visão holística enfatiza a interconexão entre todos os seres e valores como cuidado e sensibilidade. O documento revisa a história da supervisão escolar e discute como os novos tempos globais requerem uma mudança de paradigma educacional, com o supervisor escolar podendo liderar essa mudança para um ensino de maior qualidade e foco no aluno.
PROFESSORES INICIANTES E EXPERIENTES E APRENDIZAGENS DA DOCÊNCIA NUM GRUPO CO...ProfessorPrincipiante
O documento descreve um grupo colaborativo entre professores iniciantes, experientes, pesquisadores e estudantes universitários que discutem práticas de ensino de matemática. O grupo faz parte de um projeto maior que busca aproximar universidade e escola para melhorar a formação de professores. O relato de um professor iniciante mostra como ele se desenvolveu profissionalmente ao compartilhar experiências com professores mais experientes no grupo.
1. A organização do trabalho pedagógico na escola deve levar em conta a diversidade cultural dos estudantes e a promoção da equidade social.
2. O Projeto Político Pedagógico deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar e baseado nos princípios de trabalho, pesquisa, direitos humanos e sustentabilidade.
3. A organização curricular por áreas e a elaboração do Plano de Trabalho Docente são importantes para articular os objetivos da escola com as práticas pedagógicas em sala de aula
NA TEMPORALIDADE INAUGURAL DO PET CONEXÕES DE SABERES: PROJETO EDUCAÇÃO, REFL...Leticiacs10
O documento descreve o primeiro semestre de funcionamento do Grupo PET Conexões de Saberes: Projeto Educação na Universidade Federal do Espírito Santo. O grupo trabalhou com temas de educação e formação de professores, promovendo a inclusão social dos estudantes por meio da participação em atividades, superação de desafios e aprendizagem conjunta.
O documento discute um estágio supervisionado em gestão educacional que examinou as concepções e desafios de um coordenador pedagógico sobre o trabalho coletivo. Os professores e coordenador consideram o trabalho coletivo importante, mas enfrentam desafios como falta de tempo e espaço para reunir todos, além da rotatividade de professores.
CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA COLABORATIVA PARA A FORMAÇÃO E A PRÁTICA DE FUTUROS...ProfessorPrincipiante
Acreditamos que o professor, polivalente ou não, precisa ter ao longo da sua formação a oportunidade de constituir uma base de conhecimentos que lhe permita compreender a disciplina que vai ensinar, combinando esse conhecimento com o conhecimento do “modo de ensinar”. Além disso, necessita compreender o programa curricular, conhecer os diferentes materiais disponíveis para ensinar, fazer articulações horizontais e verticais do conteúdo a ser ensinado, bem como conhecer a história da evolução curricular desse conteúdo (Shulman, 1987).
O documento discute a formação contínua de professores sob a coordenação do Coordenador Pedagógico. Aborda a gênese da formação continuada, o papel do Coordenador Pedagógico nesse processo e a elaboração de projetos de formação de professores. Defende que a formação contínua é essencial para qualificar os professores e a escola como organização de aprendizagem, cabendo ao Coordenador Pedagógico liderar esse processo de forma participativa.
1) O documento discute a proposta de repensar o currículo escolar levando em consideração o meio ambiente e a educação ambiental.
2) O projeto tem como objetivo promover ações sustentáveis na escola através da formação continuada dos professores sobre permacultura.
3) Os trabalhos na escola começaram abordando conceitos como arborização, recreação, horta pedagógica e compostagem.
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...ProfessorPrincipiante
1) O documento discute a formação de professores de matemática no contexto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e Comunidades de Prática.
2) Analisa como dimensões como colaboração, participação e reflexão se manifestam nos processos de formação no PIBID.
3) Argumenta que uma abordagem colaborativa entre universidade e escola, como as Comunidades de Prática, pode ajudar a integrar teoria e prática na formação docente.
Planejamento e praticas integradoras em contextos curricularesVagnerprof
Planejamento e praticas integradoras em contextos curriculares, material de apoio do curso Práticas Integradoras no Ensino Médio Integrado - Produto Educacional apresentado ao Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) - autores: Vagner Pereira Professor
O documento discute a importância da formação contínua de professores em Moçambique. Aponta que os planos estratégicos de educação enfatizam a formação de professores para melhorar o acesso e qualidade da educação. No entanto, os modelos de formação inicial têm se mostrado inadequados, levando à necessidade de formação permanente em serviço e apoio pedagógico aos professores.
Este documento analisa o Projeto Sala de Professor, uma proposta de formação continuada para professores desenvolvida no estado de Mato Grosso, Brasil. O projeto visa promover a formação dos professores no local onde trabalham para que possam refletir sobre os problemas do cotidiano escolar. A pesquisa observou como o projeto é implementado e seus efeitos, como a busca por mudança nas práticas pedagógicas. Os resultados preliminares indicam que o projeto promove a discussão de experiências e a reflexão sobre o trabalho docente.
[1] O documento descreve uma oficina pedagógica sobre parceria colaborativa para inclusão escolar realizada na Universidade Federal do Amapá. [2] A oficina teve como objetivo discutir ensino colaborativo e suas aplicações práticas por meio de dinâmicas e debates com professores e acadêmicos. [3] Os resultados apontaram a dificuldade dos participantes em diferenciar as responsabilidades dos professores do ensino regular e especial, mas também mostraram que o diálogo e compartilhamento de experiências
1. O documento discute um processo de investigação-ação realizado com um grupo de professoras de ciências durante um programa de formação continuada.
2. O grupo assumiu sua própria prática como referência para desenvolver diferentes níveis de investigação educativa.
3. Foi concluído que as concepções de ensino das professoras influenciam os níveis de investigação desenvolvidos, com aquelas que enxergam o ensino como transmissão tendendo a compreender a investigação de forma técnica, e aquelas que enxergam o ensino
ARTIGO_Metodologias Ativas uma Ação Colaborativa para a Formação de Multiplic...LilianeMotaFonsca
Este documento descreve uma ação colaborativa entre estudantes e professores de diferentes cursos da UFPE para formar multiplicadores através de metodologias ativas. A ação ocorreu em 4 fases ao longo de 7 meses: 1) Identificação da demanda por temas emergentes; 2) Realização de minicursos com mentores; 3) Palestras abertas com profissionais do mercado; 4) Formação de um grupo de estudantes multiplicadores. Os resultados demonstraram que foi possível desenvolver um processo educativo transformador por meio da empatia, colaboração
1) O documento discute as implicações das inovações curriculares do curso de Pedagogia da Universidade do Oeste de Santa Catarina para a formação de professores da educação básica.
2) A pesquisa teve como objetivo analisar as inovações curriculares do curso de Pedagogia e suas possíveis implicações nas práticas pedagógicas dos futuros professores, com potencial para contribuir com a reflexão dos docentes sobre a importância da inovação.
3) Os achados indicaram um compromisso com a
Percebe-se uma grande preocupação quanto ao desempenho acadêmico em relação à cultura individual do estudante de nível superior diante de uma pesquisa participativa. Deste modo, faz-se necessária a introdução do processo de aprendizagem como algo natural dentro do meio científico, já que esse tipo de intervenção existe rotineiramente a fim de que o indivíduo pensante saiba intervir não só na sua realidade, mas também mudar o meio em que está inserido. Identificar os determinantes do desempenho educacional na formação docente dos acadêmicos com a pesquisa participativa. Trata-se de um estudo com delineamento descritivo, observacional do tipo retrospectivo, considerando como variáveis: individualidade, coletividade e os determinantes do desempenho educacional. Os dados foram analisados por meio dos diferentes tipos de pesquisa: participativa/participante, de intervenção e pesquisa-ação, nos quais foi identificado o impacto da disponibilidade e qualidade dos serviços educacionais, as atratividades no mercado de trabalho e a influência dos recursos familiares. Espera-se que, com a introdução do processo de aprendizagem na formação docente os acadêmicos tornem-se indivíduos pensantes capazes de intervir na própria realidade quanto no meio em que está inserido.
Professores da educação básica nas escolas públicas brasileiras tem enfrentado
inúmeros desafios no exercício da prática pedagógica. Dentre esses estão a baixa
remuneração pela elevada carga de trabalho, a quantidade de alunos por sala de aula, o
atendimento às diferentes demandas para além do ensino, o pouco envolvimento da
família na educação das crianças e jovens, as dificuldades com o uso das tecnologias de
informação e comunicação, apenas para citar alguns (Gatti, 2011; Saviani, 2009). Outro
desafio presente, mas de natureza diferente, é estabelecer um diálogo adequado e
coerente entre o que se aprendeu nos anos de formação universitária e aquilo que é
exigido e necessário para que o processo ensino-aprendizagem se concretize, de fato, no
espaço escolar.
O documento discute os conceitos e práticas de gestão democrática na escola pública. A gestão democrática requer métodos que promovam a democracia de forma efetiva, como o aprendizado contínuo, diálogo e participação de todos os envolvidos. O coordenador pedagógico desempenha um papel fundamental na mediação das relações entre professores, alunos e currículo de modo a promover uma educação emancipatória e comprometida com o acesso igualitário ao conhecimento.
O documento discute o Projeto Político Pedagógico (PPP) e seu papel na escola. O PPP deve ser construído de forma democrática e participativa e define as diretrizes e metas da instituição. Ele também discute o papel do gestor e professores na elaboração, execução e avaliação do PPP. A biblioteca escolar é apresentada como um espaço importante de aprendizagem que deve estar alinhada com o PPP.
O documento discute o Projeto Político Pedagógico (PPP) e seu papel na escola. O PPP deve ser construído de forma democrática e participativa e define as diretrizes e metas da instituição. Ele auxilia a comunidade escolar a superar desafios. A biblioteca também é importante apoiar o PPP e a aprendizagem dos alunos. Os professores devem se manter atualizados para melhorar suas práticas e contribuir para a transformação social.
Este documento fornece diretrizes para o acolhimento não presencial de estudantes da Educação de Jovens e Adultos no estado de São Paulo durante a pandemia de Covid-19, incluindo sugestões de dinâmicas, avaliação diagnóstica e atividades para promover a motivação dos estudantes.
[1] O documento discute a importância de promover a diversidade sexual e de gênero nas escolas de acordo com a legislação e políticas educacionais. [2] Inclui informações sobre o uso do nome social por estudantes trans e travestis e a Campanha da Lei Maria da Penha que deve ser realizada em todas as escolas paulistas no mês de março. [3] Fornece sugestões de atividades pedagógicas como rodas de conversa e redação de mensagens sobre violência doméstica para serem realizadas no contexto dess
O documento descreve as conquistas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao longo de 30 anos, protegendo e garantindo os direitos de crianças e adolescentes. O ECA trouxe uma mudança na concepção de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, e estabeleceu a responsabilidade do Estado e da sociedade em garantir esses direitos, incluindo educação, saúde e proteção contra violência. O boletim também discute a importância de se comemorar os 30 anos do ECA e as conquistas al
Pauta roteiro de estudo e o protagonismoGelson Rocha
O documento discute a elaboração de roteiros de estudo para atividades escolares não presenciais, enfatizando a importância de considerar os recursos disponíveis para os estudantes e promover seu protagonismo. Orienta os professores sobre como planejar as aulas virtualmente e apresenta um exemplo de roteiro desenvolvido para o 9o ano.
Metodologias ativas significativas para a ejaGelson Rocha
Este documento discute metodologias ativas significativas para a Educação de Jovens e Adultos. Ele explica que os adultos aprendem de forma diferente das crianças e propõe o uso de métodos como resolução de problemas e aprendizagem baseada em situações reais para engajar os estudantes. O documento também descreve princípios da andragogia e várias metodologias ativas que podem ser usadas para planejar aulas significativas para este público.
Documento concepcao e-proposta-metodologica final (1)Gelson Rocha
1) O documento discute a abordagem pedagógica do Programa EJA - Mundo do Trabalho, que visa promover um ensino emancipatório e crítico, onde o conhecimento é construído coletivamente através do diálogo.
2) É importante reconhecer a diversidade de experiências dos estudantes e criar espaço para que compartilhem seus conhecimentos prévios.
3) A problematização do cotidiano dos estudantes é fundamental para que o conhecimento adquirido na escola seja significativo e mobilizador.
O documento fornece orientações sobre o planejamento escolar de 2020, incluindo carga horária dos professores, materiais didáticos, programa Novotec e tecnologia. É informado que os professores participarão do planejamento de acordo com sua carga horária semanal e que os materiais didáticos serão utilizados para recuperação e implementação do currículo. Também são fornecidas datas de videoconferências sobre temas como Novotec, tecnologia e PDDE Paulista.
Este comunicado fornece materiais de apoio para o planejamento escolar de 2020, incluindo apresentações e links para currículo, gestão pedagógica, método de melhoria de resultados, Inova Educação, Conviva SP e projeto pedagógico. Orienta como organizar o planejamento de acordo com o segmento escolar e fornece detalhes sobre os programas Novotec Integrado e Prospera.
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1. Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
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O trabalho coletivo na escola:
o projeto político-pedagógico como pauta de formação
The collective work in the school: the political-pedagogical project as staff training
Renata Cristina Oliveira Barrichelo Cunha*
Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto**
RESUMO – O artigo problematiza a formação de professores centrada na escola assumindo as atividades
de trabalho pedagógico coletivo (ATPC) como instâncias de produção e aprofundamento do projeto
político-pedagógico (PPP). Os dados foram produzidos no diálogo com as equipes gestoras de quatro
unidades de ensino de uma rede pública municipal do interior do Estado de São Paulo no contexto de
um projeto de pesquisa e de formação continuada. As análises das comunicações eletrônicas trocadas
entre as equipes gestoras e pesquisadoras, bem como as reflexões escritas das professoras coordenadoras
evidenciaram o esforço de garantir a participação de todos os profissionais da escola em torno da discussão
do PPP através de estratégias diversificadas de trabalho coletivo e também a falta de condições de trabalho
que sustentem e contribuam com a articulação de todos os membros das escolas.
Palavras-chave – Formação de professores. Formação centrada na escola. Trabalho docente coletivo. Projeto
político-pedagógico.
ABSTRACT – The article discusses teacher training focused on school work assuming pedagogic
schedules collective as instances of production and deepening of political-pedagogical project (PPP).
The data were produced in dialogue with the management teams of four teaching units of a public health
system in the state of Sao Paulo in the context of a research project and continuing education. The analysis
of electronic communications exchanged between the management teams and researchers, as well as
written reflections of the teachers showed the coordinating efforts to ensure the participation of all school
professionals around the discussion of the PPP through diverse strategies of collective work and also
lack of working conditions that support and contribute to the articulation of all members of the schools.
Keywords – Teacher education. Focused training school. Teaching collective. Political-pedagogical project.
** Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Campinas, SP, Brasil) e Professora na Universidade Metodista de Piracicaba (Piracicaba,
SP, Brasil). E-mail: <renata_bcunha@yahoo.com.br>.
** Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Campinas, SP, Brasil) e Professora na Universidade Metodista de Piracicaba (Piracicaba,
SP, Brasil). E-mail: <cbometto@yahoo.com.br>.
Introdução
O artigo socializa parte das análises produzidas
no contexto de um projeto de pesquisa e de formação
continuada de professores centrada na escola, decorrente
de um convênio firmado entre uma universidade estadual
paulista e a Secretaria Municipal de Educação de uma
cidade do interior paulista no ano de 2011.
Dez pesquisadores, de universidades públicas e
privadas, contratados por 20 h/mês, responsabilizam-se
pelo acompanhamento das escolas, assumindo entre
quatro e cinco unidades educacionais, com autonomia
para organizar seu plano de trabalho e procedimentos de
pesquisa.
O objetivo comum da pesquisa foi compreender as
dinâmicas das unidades da rede de ensino a partir das
suas características específicas de inserção no contexto
social, econômico e político a fim de intervir na formação
e no trabalho das equipes escolares no tocante à revisão
e reflexão do projeto político-pedagógico (PPP). Para
tanto, foi necessário investigar quais as principais di-
ficuldades enfrentadas pelas equipes gestoras para a
promoção da reflexão e revisão coletiva do PPP e seus
encaminhamentos.
2. O trabalho coletivo na escola 403
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
O trabalho de pesquisa foi concomitante ao trabalho
de formação, ou seja, dados da realidade das escolas
foram sendo problematizados e teorizados ao longo do
acompanhamento da pesquisa, de acordo com o objetivo
definido, ao mesmo tempo em que alimentaram o próprio
processo de intervenção. Isso significa que a pesquisa não
antecedeu a intervenção, no caso, o apoio à formação da
equipe escolar no processo de reelaboração do PPP; pelo
contrário, deu-se paralelamente.
A associação entre pesquisa e formação, que implica
a participação coletiva de atores diferentes, ou seja,
pesquisadores e profissionais da rede escolar, em torno
de um empreendimento comum é, para Durand, Saury
e Veyrunes (2005), oportunidade privilegiada para
contribuir com a formação e atuação dos profissionais
da escola ao mesmo tempo em que é possível produzir e
sistematizar conhecimentos para o campo da educação.
A discussão aqui proposta sistematiza os resultados
da pesquisa sobre as dificuldades, as iniciativas e os
encaminhamentos das equipes gestoras de quatro
unidades escolares (uma de Ensino Fundamental I e EJA
e três de Educação Infantil, duas delas atendendo crianças
de creche) para promover a revisão e produção dos PPP
nas atividades de trabalho pedagógico coletivo (ATPC),
considerando suas condições de trabalho, expectativas e
necessidades.
A formação centrada na escola a
favor da revisão do PPP
A formação centrada na escola (ou formação em
contexto de trabalho) é uma modalidade de formação
continuada de professores que compreende os encontros
de trabalho coletivo na escola como oportunidades de
formalização da experiência profissional (CANÁRIO,
2000). Ao reconhecer os professores como profissio-
nais que produzem saberes no/sobre o próprio trabalho
e improvisam em contextos de singularidade e com-
plexidade, opõe-se à ideia de formação continuada como
sucessão de efeitos produzidos por intervenções de
formadores que se acumulariam ao longo do tempo.
A formação continuada, nessa perspectiva, não
se justifica para suprir lacunas da formação inicial ou
atualizar conhecimentos em nome de um mundo em
constante transformação, tampouco se organiza em torno
de um programa com pauta definida exteriormente. É
orientada, ao contrário, por uma concepção de formação
centrada nas necessidades dos professores e que valoriza
o intercâmbio das experiências e a reflexão sobre a prática
que é marcada, como destacado por Sacristan (1998),
pelo seu caráter de complexidade, imprevisibilidade,
singularidade e conflitos de valores, uma vez que as
significações no e sobre o trabalho se produzem nas
interações entre os professores e no reconhecimento das
diferenças.
A possibilidade de rever-se e rever a própria prá-
tica (individual e do grupo), construindo um olhar
menos ingênuo para as interações que se produzem
cotidianamente no interior da escola e aos pequenos
detalhes das relações que se estabelecem entre os sujeitos
e aos sentidos atribuídos ao que vivem pode aproximar
os professores, nos encontros de trabalho coletivo, de
fragmentos de singularização do “ser profissional”,
uma vez que “a relação (sempre social) determina seus
termos, e não o inverso e [...] cada individualidade é o
lugar onde atua uma pluralidade incoerente (e muitas
vezes contraditória) de suas determinações relacionais”
(CERTEAU, 1994, p. 38).
Correia (1991) argumenta que as experiências e
os conhecimentos dos professores – simultaneamente
ponto de partida, chegada e passagem da formação –
constituem as referências que podem transformar os
fluxos informativos em instrumentos conceituais que
orientem um processo de revisão das práticas.
Uma das dimensões fundamentais da formação
centrada na escola, baseada nas experiências dos pro-
fessores e nos sentidos produzidos e compartilhados
ao longo do trabalho, consiste em criar situações que
permitam aos mesmos aprender a pensar e a agir de modo
diferente, pois é a reflexão, segundo Canário (2000), que
conduzida de modo sistemático e na interação com os
pares que permitirá a transformação das experiências.
Importa destacar que a reflexividade não é um estado
a ser atingido, mas um modo de funcionamento do
psiquismo humano, aprendido, mediado, que vai se trans-
formando ao longo da experiência dos sujeitos nas prá-
ticas culturais em que se inserem, dentre elas a própria
docência.
As ATPC são consideradas, na perspectiva adotada
nesta pesquisa, esses espaços de formação/trabalho,
socialização de experiências, revisão de práticas e
espaço/tempo de produção de conhecimentos e saberes
a favor do PPP. Isso porque esses encontros podem ser
considerados como instâncias formativas privilegiadas,
oferecendo oportunidades para que professores e gestores
confrontem as suas posições, interroguem o vivido,
elaborarem projetos conjuntos, assumam a colaboração
e interlocução sobre as práticas como possibilidade de
formação compartilhada.
Interessa, pois, investir numa formação que busca a
apropriação de conhecimentos, estimula a busca de
outros saberes e introduz uma fecunda inquietação
contínua com o já conhecido, motivando viver a
docência em toda a sua imponderabilidade, surpresa,
criação e dialética com o novo (PLACCO; SILVA,
2000, p. 27).
3. 404 Renata Cristina O. Barrichelo Cunha, Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
Assumindo que tanto práticas como teorias também
são produzidas na escola, uma vez que os professores
e gestores são profissionais orientados por intenções,
finalidades, desejos, expectativas, questionamentos, os
espaços coletivos da escola precisam ser valorizados.
Como afirmam Geraldi, Messias e Guerra, “quando
estamos pensando/refletindo sobre nossas atividades
de ensino cotidiano, estamos também criando saberes.
Estamos teorizando. A reflexão, como produto de um
trabalho árduo, pode levar à teorização” (1998, p. 256).
O PPP como pauta das ATPC, nesse sentido, pode
funcionar como essa “plataforma” para a revisão dos
pontos de vista, ressignificação das posições assumidas,
negociação de perspectivas, construção de consensos
provisórios, diálogo entre teoria e experiência.
Compreendemos o PPP segundo a concepção de
Veiga (2003), ou seja, como ação coletiva, consciente e
organizada com vistas à configuração da singularidade
e da particularidade da instituição educativa. Nessa
perspectiva, o PPP supera a visão burocrática de
“documento programático”, e os diferentes segmentos
da instituição educativa são desafiados a problematizar e
compreender as questões postas pela prática pedagógica.
Para a autora, o PPP é um
meio de engajamento coletivo para integrar ações
dispersas, criar sinergias no sentido de buscar soluções
alternativas para diferentes momentos do trabalho
pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento
de pertença, mobilizar os protagonistas para a
explicitação de objetivos comuns definindo o norte das
ações a serem desencadeadas, fortalecer a construção
de uma coerência comum, mas indispensável, para que
a ação coletiva produza seus efeitos (VEIGA, 2003,
p. 275).
O PPP, segundo Soligo (2007), é expressão de
três dimensões diferentes de um processo complexo:
o resultado da discussão dos educadores sobre as
concepções e propostas que consideram pertinentes
desenvolver; o que acontece de fato no cotidiano da
escola; e o documento que se elabora por solicitação da
Secretaria de Educação.
Em muitas escolas parece existir um descompasso
entre essas três dimensões, como apontado por Soligo,
porque o que se registra nem sempre se faz (e às vezes não
foi coletivamente discutido), o que se discute e se planeja
nem sempre acontece e o que se faz efetivamente nem
sempre se registra no “documento oficial”.
A crítica que se faz aos documentos escolares, dentre
eles o PPP, é que são documentos “de gaveta”, feitos
para cumprir exigências de órgãos reguladores externos
à escola e que procuram ajustar-se aos discursos em
moda sem expressar as especificidades da escola. Como
(re)considerar, (re)afirmar e consolidar o PPP nas es-
colas?
Diz Hébrard (2000) que a escola tem uma natureza
tão complexa – e dentro desta entendemos também a
possibilidade de formação de professores que ali acontece
–, que apenas com a vontade é impossível transformá-la.
Segundo o autor, para que as mudanças sejam possíveis
é preciso que se faça, além da revisão, uma descrição
da escola e das práticas educativas, visto que, se formos
capazes de descrever bem os processos que ali acontecem,
poderemos ser capazes de alterá-los. Neste sentido, a
sistematização escrita do PPPpoderia ser entendida, como
bem nos ensina Certeau (1994), como a narrativização
das práticas, oferecendo-se como possibilidade de um
discurso em história.
Se considerarmos a perspectiva de tomar a construção
do PPP como um discurso em história, um dispositivo
a favor do trabalho coletivo e da formação da equipe
escolar, talvez seja possível aproximar esses três tipos
de ações, ou seja, fazer com que a discussão coletiva
das concepções e propostas, as práticas desenvolvidas
e o registro escrito disso tudo sejam apenas diferentes
faces de um mesmo projeto/compromisso: oferecer uma
educação escolar de qualidade para todos os alunos.
Fazer coincidir essas três dimensões exige dos
professores e gestores um investimento na experiência
de formação/trabalho nos espaços coletivos da escola.
O caminho da pesquisa e da formação
Para investigar, compreender e analisar as dificuldades
e os encaminhamentos das equipes gestoras para promover
a revisão e produção dos PPP nas ATPC faz-se necessário
narrar resumidamente o acompanhamento realizado entre
os meses de fevereiro e novembro de 2011.
Buscamos, desde o início dos trabalhos, instituir
uma perspectiva de pesquisa e formação de natureza
colaborativa, na expectativa de criar nas escolas uma
“cultura de análise das práticas que são realizadas, a fim
de possibilitar que os seus professores, auxiliados pelos
docentes da universidade, transformem suas ações e as
práticas institucionais” (PIMENTA, 2005, p. 523).
O primeiro contato com as equipes escolares foi na
própria Secretaria de Educação (SME), quando foram
apresentados os objetivos da proposta de trabalho.
Naquele encontro sistematizamos alguns conceitos
sobre o significado do PPP e sua importância na gestão
democrática e buscamos incentivar os profissionais a
socializarem suas experiências de produção do PPP e
identificar as principais dificuldades enfrentadas.
Das dificuldades comuns e questões levantadas nesse
encontro, expostas oralmente e registradas por escrito
pelos participantes, quando reunidos em pequenos
4. O trabalho coletivo na escola 405
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
grupos, podemos destacar a dificuldade das equipes
gestoras em promover a participação e discussão de todos
os segmentos da escola em torno do PPP e dúvidas do
que o documento deveria contemplar: Quem teria que
“definir” a proposta da escola? O que caberia a cada
segmento (gestores, professores, monitores, inspetores,
demais funcionários pais, alunos)? Como envolver todos
nesse processo? Essas foram as principais interrogações
daquele primeiro momento.
Na sequência, foi necessário conhecer a realidade
de cada escola e, ao mesmo tempo, intervir com vistas
a fortalecer o trabalho coletivo. Isso porque os gestores,
que não são os responsáveis exclusivos pelo PPP,
precisavam articular os educadores da escola em torno
dessa discussão, e essa é uma tarefa bastante complexa,
sem dúvida, pois “pressupõe integração de todos os
profissionais da escola, a não fragmentação de suas
ações e práticas e, fundamentalmente, o compromisso
com a formação do aluno” (PLACCO; SOUZA, 2008,
p. 27). Isso implicava, ainda, “contemplar o individual no
coletivo e fazer com que o coletivo reflita o conjunto de
pontos de vista individuais” (id., p. 28).
Em vários momentos estivemos em reuniões
pedagógicas e ATPC, com o grupo todo e em grupos
menores, a fim de fortalecer os vínculos de colaboração
e um trabalho dirigido de orientação. Consideramos a
construção desses vínculos de confiança indispensáveis,
pois nossa preocupação era garantir uma aproximação
que conjugasse formação e pesquisa, mas não ameaçasse
e invadisse a escola e não desvalorizasse os saberes
construídos pelos educadores ao longo de seu percurso
profissional. Acreditamos que as relações interpessoais
construtivas são a base do trabalho coletivo, condição
importante para o desenvolvimento da formação e da
pesquisa colaborativa.
A intervenção nos PPP enquanto documentos deu-se,
num primeiro momento, por escrito, na própria matriz
dos PPP enviados à pesquisadora, que fez observações,
levantou questões e dúvidas, elogios, ponderações, apon-
tando aspectos positivos, lacunas a serem discutidas, as-
pectos a serem elaborados coletivamente. Essa corres-
pondência eletrônica, tendo por base o diálogo registrado
nos PPP, constituiu um material de análise importante
para a pesquisa e para nossa participação nas ATPC.
Depois de analisadas na própria escola pelos vários
grupos de educadores, essas intervenções nos PPP foram
discutidas nas ATPC das escolas e, conjuntamente, foram
definidas temáticas que deveriam ser aprofundadas em
encontros futuros. Nesses encontros surgiram as mesmas
dúvidas de como operacionalizar a discussão e a redação
do documento: dificuldades de organizar o grupo todo
da escola, acertar horários, dividir o tempo do HTPC
entre revisão do PPP e outros assuntos e, sobretudo,
definir a mediação desses encontros. A partir desses
questionamentos foi acordado entre equipes gestoras e
pesquisadora a organização de um grupo de formação
para as professoras coordenadoras (PC) de maneira que
pudessem assumir a liderança desse processo.
Tendo em vista que as PC são as responsáveis por
organizar as ATPC, tempo e espaço para discussão do
PPP, a formação de um grupo de estudos das PC, que
se reuniu quinzenalmente, durante 3 h, entre os meses
de março a setembro, foi oportuna para que tivessem a
oportunidade de trocar suas experiências e se fortalecer
como mediadoras desses encontros. Cada PC produziu,
ao longo dos encontros, um conjunto de registros escritos
com reflexões sobre suas dificuldades e tentativas de
organização das reuniões com seus respectivos grupos de
professores nas escolas.
A pesquisa e formação deram-se, portanto, através de
intensa comunicação eletrônica, encontros sistemáticos
com as PC, participação nas ATPC e outros momentos
de trabalho coletivo que foram registrados em diário de
campo.
Para responder ao objetivo de identificar e com-
preender as principais dificuldades enfrentadas pelas
equipes gestoras para a promoção da reflexão e revisão
coletiva do PPP e seus encaminhamentos, valemo-nos
dos e-mails trocados com as equipes gestoras, do diálogo
registrado nos textos dos PPP, das reflexões escritas pelas
PC durante o período reunido com o grupo de estudos e
de nosso diário de campo. Depois de sucessivas leituras
desse material, selecionamos enunciados que evidenciam
a multiplicidade de dificuldades e iniciativas de modo a
não simplificar a complexa tarefa de articular o trabalho
coletivo assumindo o PPP como pauta de formação.
Entre registros e reflexões:
dados de interação e invenção
de práticas
As quatro escolas consideradas na análise estão sendo
identificadas nesse texto por letras (escola A, escola B,
escola C e escola D), e os nomes dos gestores foram
substituídos para preservar seu anonimato. Tomamos
como material de análise fragmentos dos PPP, e-mails
trocados com as equipes gestoras e registros escritos pelas
PC por ocasião do grupo de estudos.
Como já referido, a pesquisadora leu a primeira versão
dos PPP e inseriu observações que pretendiam alimentar
a discussão entre os membros da equipe escolar. Para
ilustrar essa intervenção, apresentamos um trecho de um
dos PPP comentados como parâmetro para análise. Para
efeito de visualização, o que está em negrito corresponde
às observações da pesquisadora e em itálico a redação do
texto da escola.
5. 406 Renata Cristina O. Barrichelo Cunha, Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
A participação de toda a comunidade escolar se
efetivou através de constantes diálogos, atuações em
reuniões (como atenderam os diversos segmentos?)
e respostas a questionários (poderiam anexá-lo?)
solidificando, desta forma, a gestão participativa
nesta escola. Sistematizaram as informações dos
questionários? Sinteticamente, o que revelam? De
que modo esses dados podem ajudar na organização
do trabalho pedagógico e na produção coletiva do
PPP? [...]. O ato de educar a criança está inegavelmente
integrado ao ato de cuidá-la. Excelente! Além disso,
há a necessidade de socialização dos alunos para que
futuramente tornem-se indivíduos produtivos, podendo
ser incorporados ao mundo do trabalho, à vida adulta
e pública. Pensando na faixa etária atendida, será
que podemos fazer essa projeção para o mundo
do trabalho e da vida adulta pública? Será que a
necessidade de socialização não precisa atender
aspectos de desenvolvimento próprios da primeira
infância? (Trecho do PPP da Escola A, que atende
crianças de 3 a 5 anos, comentado em 07/03/2011).
No que diz respeito aos comentários, vale destacar
as intenções da pesquisadora, uma vez que é no processo
dialógico, pela linguagem, que vamos instaurando outros
e novos modos de olhar para a mesma questão, ou seja,
os sentidos em circulação já estabilizados precisam ser
(re)pensados na tentativa de que outros sentidos possam
ser produzidos e circular entre os gestores e professores
da escola.
Para fazer as análises, recorremos aos recortes por
lexias, entendendo-as como recortes por unidades de
leitura que podem ser exploradas pelo leitor. Lexia, do
latim, significa leitura; do grego, linguagem. Segundo
Barthes (1977), a proposta de um trabalho de análise por
lexias é penetrar no texto passo a passo, em seu sentido
geral, buscando compreender as cadeias de sentidos.
Sendo assim, as lexias algumas vezes compreendem
frases inteiras, outras vezes apenas poucas palavras.
É importante salientar que antes de realizarmos as
análises dos enunciados escolhidos, procedemos a uma
leitura completa do texto e, posteriormente, escolhemos
as cadeias de sentidos dos enunciados para a realização
dos apontamentos.
Aprimeira observação – “como atenderam os diversos
segmentos?” – deu-se no sentido de chamar a atenção da
equipe escolar para a necessidade de ouvir e introduzir
as vozes dos vários segmentos profissionais das escolas
que, além do grupo gestor, são compostos por um núcleo
administrativo (secretaria), corpo docente (professores)
e núcleo operacional (monitores, cozinheiros, serviços
gerais).
A questão levantada pela pesquisadora tomou como
referência o argumento de Placco e Souza (2008) de
que a tarefa de registro do e no PPP deve pressupor a
integração de todos os profissionais da escola para que
não haja fragmentação de ações e práticas.Ainterrogação
que solicita a explicitação de como esses vários grupos
interagiram e participaram das discussões do PPP busca
incentivar, numa próxima versão do documento, o regis-
tro da contribuição desses sujeitos e, na ausência dessa
participação, a reflexão de como poderiam ser viabilizadas.
A segunda observação – “Excelente!” – que diz
respeito ao enunciado “O ato de educar a criança está
inegavelmente integrado ao ato de cuidá-la”, procura
evidenciar ao grupo o quanto a posição assumida é
coerente com a perspectiva de educação infantil que
não dicotomiza a relação cuidar-educar. Ao contrário,
o enunciado revela o cuidado como uma das dimensões
da educação infantil, indiciando a compreensão que o
grupo tem acerca das crianças pequenas como sujeitos de
direitos. Lembramos aqui de Rosemberg (1998) que nos
chama atenção para o termo inglês educare, que significa
educação e cuidado ao mesmo tempo.
As terceira e quarta observações – “poderiam anexá-
lo?” e “Sistematizaram as informações dos questionários?
Sinteticamente, o que revelam? De que modo esses dados
podem ajudar na organização do trabalho pedagógico e na
produção coletiva do PPP?” – caminharam no sentido de
explicitar ao grupo que a elaboração de um projeto requer
uma metodologia crítica e sistemática que possibilite
reconhecer indícios e pistas dos problemas para que ações
possam ser planejadas. Isso não é diferente para o PPP,
que é um documento que consiste em uma direção para a
formulação de metas e ações que para se efetivarem em
atendimento às necessidades dos alunos, invariavelmente,
necessitarão ser tomadas em caráter coletivo, visto que
“a compreensão é sempre, queiramos ou não, de natureza
relacional” (RISTOFF, 2005, p. 39).
O conjunto de questões visava também possibilitar
que os profissionais da escola reconhecessem o que, de
fato, acontecia no cotidiano escolar para que pudessem
discutir e, juntos, planejassem ações pertinentes a serem
desenvolvidas e registradas no PPP. Essa foi uma tentativa
de articular as três diferentes dimensões de um complexo
processo, tal como apontado por Soligo (2007). Há que
se destacar que, para que essa articulação aconteça,
efetivamente, os sujeitos precisariam se reconhecer no
coletivo contemplando as individualidades (PLACO;
SOUZA, 2008).
Este último enunciado chama a atenção, também, para
a dimensão do planejamento e da avaliação na escola.
Como bem nos ensina Luckesi, há que se considerar que
a avaliação dos dados possibilita a “crítica de um per-
curso em ação [...], é a avaliação que opera na identificação
das condições políticas e sociais do próprio projeto, o
que permite dimensioná-lo de forma mais adequada”
(2003, p. 117).
6. O trabalho coletivo na escola 407
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
Deparando-se com o enunciado “há a necessidade
de socialização dos alunos para que futuramente tornem-
se indivíduos produtivos, podendo ser incorporados ao
mundo do trabalho, à vida adulta e pública”, a observação
“Pensando na faixa etária atendida, será que podemos
fazer essa projeção para o mundo do trabalho e da vida
adulta pública? Será que a necessidade de socialização
não precisa atender aspectos de desenvolvimento próprios
da primeira infância?” procura destacar o papel político-
pedagógico do atendimento às crianças da faixa etária
anterior à definida como de escolaridade obrigatória. O
enunciado da pesquisadora procura chamar a atenção
para o fato de que na pré-escola se aprende brincando ou,
como o diria Esteban (1993), se brinca.
O enunciado “para que futuramente tornem-se
indivíduos produtivos, podendo ser incorporados ao
mundo do trabalho, à vida adulta e pública” revela
que desde cedo o discurso da produtividade vai se
instaurando dentro da escola, evidenciando a dicotomia
entre o brincar e o aprender. Se, anteriormente, houve
a preocupação da não dicotomização entre o cuidar e o
educar, este último enunciado revela a dicotomização
acerca do que vem a ser o “aprender brincando”. Aqui, a
ênfase é dada ao desenvolvimento de atitudes favoráveis
à prontidão para o mundo do trabalho, há o apagamento
da dimensão da prática pedagógica – o educar – a favor
do desenvolvimento de habilidades e atitudes favoráveis
à aprendizagem, com fins utilitaristas, estabelecendo
uma nova ordem dos fatos: a educação infantil passa a
ser lugar de aprender e não de brincar. Evidencia-se aí
o currículo oculto na educação infantil. Segundo Silva
(1999), o currículo oculto é aquele que, embora não
faça parte do currículo escolar, encontra-se presente nas
escolas através de aspectos pertencentes ao ambiente
escolar e que influenciam na aprendizagem dos alunos.
As questões propostas desencadearam nas equipes
gestoras o reconhecimento de que aprofundar os PPP
exigia a articulação do trabalho coletivo e que essa tarefa
não era de competência exclusiva do diretor e PC, visto
que envolvia também a necessidade de uma discussão
teórica e epistemológica acerca de diversos conceitos que
circulam no interior da escola. Este é um dos aspectos
formativos que compreendemos relevante nos ATPC: as
discussões desencadeadas pela própria necessidade de
repensar o PPP.
O trecho do e-mail abaixo, posterior à intervenção
no PPP da escola, aponta exatamente para essa direção:
Uma questão que está sendo bastante complicada
é a reconstrução do nosso PPP, por não podermos
nos reunir como deveria ser. Mesmo assim, arrumei
uma maneira de fazê-las compreender [as monitoras
da creche] o quanto a participação delas se faz
necessária. A partir das observações da assessoria
[referência à pesquisadora] em nosso antigo projeto,
venho lançando questões que as fazem pensar e refletir
sobre o que de fato queremos para as nossas crianças.
Fazemos as discussões em grupos de estudos e, depois,
finalizamos com as professoras nos HTPCs. Mas está
acontecendo bem e dando certo (Registro da professora
coordenadora da Escola D, que atende crianças de 0 a
2 anos, em 03/05/2011).
Ao relatar sobre o modo de desenvolvimento do
trabalho, a coordenadora narra o processo vivido, des-
crevendo-o. Essa possibilidade de descrever, apontada
por Hébrard (2000), possibilita que ela reflita, em meio a
dúvidas e certezas, erros e acertos, acerca dos efeitos de
suas ações no processo de reconstrução do PPP. Essa é a
beleza da narrativização das práticas, tal como proposto
por Certeau (1994).
Outro aspecto a ser destacado diz respeito ao fato
de que a pesquisa e o trabalho no campo das ciências
humanas e sociais vão sendo tecidos nas relações entre
os sujeitos. Nesse sentido, os problemas centrais da
existência humana, tais como sentidos na escola, locus
do trabalho, devem ser investigados nas suas condições
concretas de produção (VYGOTSKY, 1989). O vivido é
um processo de pesquisa e formação; portanto, não basta
conhecer as condições reais e concretas. O fundamental
é que nos aproximemos desses processos de elaboração
em emergência, o que pressupõe a prioridade do processo
em relação aos resultados, visto que os resultados, em
si mesmos, nada ou pouco dizem das condições em que
foram produzidos e dos efeitos desencadeados pelas
ações implementadas. Ao tecer suas reflexões, a PC toma
como ponto de partida, chegada e passagem da formação
(CORREIA, 1991) as experiências e conhecimentos que
foram sendo tecidos ao longo do processo.
Este fragmento de enunciado vai desvelando a
compreensão que a PC desta creche tem acerca do papel
das monitoras. Ao enunciar – “Uma questão que está
sendo bastante complicada é a reconstrução do nosso PPP,
por não podermos nos reunir como deveria ser. Mesmo
assim, arrumei uma maneira de fazê-las compreender [as
monitoras da creche] o quanto a participação delas se faz
necessária” –, a coordenação indicia tanto o modo como
compreende o papel e lugar das monitoras de creche
como educadoras, como os modos de compreensão que as
próprias monitoras têm acerca do seu papel na formação
das crianças de 0 a 2 anos.
Historicamente, estas profissionais não têm for-
mação em nível superior, em cursos de licenciatura; são
profissionais que fazem parte do núcleo operacional
das escolas (não compõem o núcleo docente), recebem
remuneração baixa e entendem-se no lugar de cuidadoras
dascondiçõesbásicasessenciaisdascrianças,distinguindo-
se das professoras, consideradas responsáveis pelo
7. 408 Renata Cristina O. Barrichelo Cunha, Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
trabalho, com conhecimentos específicos provenientes
das diversas áreas do conhecimento. Estes profissionais
são denominados, segundo o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), de
berçaristas, auxiliares de desenvolvimento infantil, babás,
pajens, monitores, recreacionistas etc.
No entanto, ao arrumar “uma maneira de fazê-las
compreender o quanto a participação delas se faz ne-
cessária”, a PC as chama para uma responsabilidade
pedagógica. Mais do que cuidadoras – monitoras – elas
também são educadoras e, ao fazê-las perceberem o quanto
“a participação delas se faz necessária”, a coordenadora
instaura, no grupo, uma outra dimensão de compreensão
acerca do que é ser uma monitora de creche.
Este movimento de produção e circulação de outros
sentidos acerca do trabalho com crianças de 0 a 2 anos, da
compreensão do PPPe das reuniões deATPC, inicialmente
é deliberado pelas anotações da pesquisadora, que toma,
como ponto de partida e de mediação das discussões, o
próprio PPP, que no processo de formação dos professores
se materializa nas ATPCs. Este movimento vai sendo
evidenciado pela coordenadora, ao reconhecer, em seu
enunciado, que “A partir das observações da assessoria
em nosso antigo projeto, venho lançando questões que
as fazem pensar e refletir sobre o que de fato queremos
para as nossas crianças. Fazemos as discussões em grupos
de estudos e, depois, finalizamos com as professoras nas
ATPCs”.
Essa PC organizou a participação das monitoras na
forma de grupos de estudos semanais, durante o horário
de trabalho, em sistema de revezamento, para garantir
o envolvimento e a participação das mesmas nesse
processo. A PC, como se depreende, reconhece que as
monitoras, porque atuam diretamente com as crianças e
exercem função de educadoras, precisam participar das
reflexões e discussões acerca da organização do trabalho
pedagógico.
Esses momentos de reflexão foram garantidos com
a instituição dos grupos de estudos das monitoras, que
se reuniam no horário de trabalho, logo no início do
período, porque, diferentemente dos professores, não
têm os horários de trabalho coletivo previstos na jornada
extraclasse. Somente os professores participam das
ATPC. O enunciado “Fazemos as discussões em grupos
de estudos [com as monitoras] e, depois, finalizamos
com as professoras nas ATPC” revela a distinção entre os
grupos e as condições do trabalho coletivo.
As condições de trabalho distinguem professores e
monitores, reforçando os efeitos da divisão do trabalho,
sua fragmentação e controle hierárquico, o que torna
bem mais complexa a organização do trabalho coletivo
a favor da revisão das teorias e práticas dos profissionais
da escola. Se admitirmos que a escola conta, ainda,
com funcionários de outras áreas (inspetores, limpeza,
cozinha, secretaria etc.) que também se encontram no
lugar de educadores, ainda que não professores, e que não
têm oportunidade de contribuir com o PPP, a dificuldade
é ampliada, e o caminho vai sendo trilhado em direção
oposta ao trabalho que pressupõe a integração de todos os
profissionais da escola (PLACCO; SOUZA, 2008).
Essa dificuldade com a organização dos encontros
é registrada pelas demais escolas que vão lidando e
instituindo formas de administrar o problema.
Estamos tentando organizar os espaços nos HTPCs,
pois no início do ano letivo temos a elaboração do
plano de ensino, a organização do reforço e outras
atividades que demandam tempo. Pensamos em dividir
o PPP em partes que serão analisadas por grupos de
professores, seguido de uma exposição onde serão
registradas as discussões e sugestões (baseada nas
questões levantadas). Podemos dividi-lo em partes?
Se possível, nos orientar como viabilizar este estudo
(Email das professoras coordenadoras da Escola C, de
Educação Fundamental I e EJA, em 17/03/2011).
Como temos professores nos dois períodos, estamos
tentando organizar um modo de fazer com que a maioria
participe do encontro. Sabemos que temos tanto o
que fazer, mas parece que ainda não sabemos bem
por onde começar. Estava conversando com a Sandra
[coordenadora] e pensamos que, primeiramente,
deveríamos refletir sobre aquelas questões iniciais
sobre a escola que temos, a escola que queremos...
etc., elencar as principais dificuldades, as estratégias
que o grupo todo sugere para enfrentar as dificulda-
des, descrever a “face” da escola... Posteriormente,
entraríamos na questão da proposta pedagógica, que
eu acho a mais difícil, pois aí envolve a questão das
formações: construtivismo, pedagogia do brincar,
pedagogia afetiva, inclusão. Como sabemos que é
praticamente impossível reunir todos os segmentos,
e gostaríamos que todos pudessem pelo menos estar
a par do que está acontecendo, pensamos também em
registrar e apresentar a todos o que foi colocado como
questionamento e como sugestões nos encontros, para
que, mesmo individualmente, cada um possa ler e dar
seu parecer por escrito sobre tudo o que foi discutido.
Será que é uma boa ideia?? É difícil dar o primeiro
passo.Avontade de acertar é muita, mas somos cientes
das dificuldades de forma geral, e isso causa uma certa
preocupação. (Email da diretora da Escola B, que
atende crianças de 0 a 5 anos, em 05/04/2011).
Logo no início de seu texto, esta diretora evidencia,
tal como a coordenadora da Escola C, sua dificuldade
em organizar o trabalho através de uma metodologia que
o sustente: “Sabemos que temos tanto o que fazer, mas
parece que ainda não sabemos bem por onde começar”.
No entanto, ainda que se sinta perdida, suas reflexões
já caminham para um rumo metodológico, visto que,
8. O trabalho coletivo na escola 409
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
ao relatar sua conversa com a coordenadora, evidencia:
“[...] pensamos que, primeiramente, deveríamos refletir
sobre aquelas questões iniciais sobre a escola que temos,
a escola que queremos [...]”. Esse fragmento dá a ver o
reconhecimento de pertença àquela escola, na condição
real de produção em que se encontram, o que dá abertura
para diversas possibilidades de alterações das situações
vividas no interior das próprias condições de produção.
Como já afirmado por Geraldi (1997),
no interior das contradições que se presentificam
na prática efetiva, da sala de aula [ou da escola]
poderemos buscar um espaço de atuação profissional
em que se delineie um fazer agora, na escola que
temos, alguma coisa que nos aproxime da escola que
queremos (GERALDI, 1997, p. 40).
A diretora continua: “[...] elencar as principais
dificuldades, as estratégias que o grupo todo sugere para
enfrentar as dificuldades, descrever a ‘face’ da escola
[...]”. Como já apontado por Hébrad (2000), descrever
a face da escola é já um passo metodológico sistemático
de pensar as mudanças que o grupo almeja. Mudar em
relação a quê? Mudar em relação ao vivido, ao sentido,
ao experienciado... Mudar aquilo que temos feito agora,
na escola que temos, mas que nos aproxime da escola que
queremos!
Entre as tensões daquilo que se vive e os desejos
e tentativas de mudanças, os sentidos produzidos pelo
grupo de professores e funcionários, desencadeados pelas
reflexões mediadas pelo PPP e materializadas nas ATPC,
podem se desdobrar e serem acolhidos – ou recusados –,
abrindo espaço para possíveis antecipações daquilo que se
deseja. Nos lembra Fontana que, para Bakhtin, “o ensaio
é memória de futuro, nele antecipamos o que pode vir a
ser” (2001, p. 33).
Ainda que não tendo explícito um modo de condução
para o trabalho, seu enunciado indicia que em função
de estar assumindo a própria condição de produção e a
descrição sistemática da mesma, isso lhe indicava um
certo modo de olhar para aquilo que acontecia na escola,
para a dinâmica interativa entre os sujeitos que participam
da comunidade escolar.
Na continuidade de seu texto, a diretora ainda nos
chama a atenção para o fato de que precisariam discutir a
proposta pedagógica em seus princípios epistemológicos,
que envolvem a questão das formações “construtivismo,
pedagogia do brincar, pedagogia afetiva, inclusão”,
mas ressalta a dificuldade em reunir o grupo para tais
discussões: “Como temos professores nos dois períodos,
estamos tentando organizar um modo de fazer com que
a maioria participe do encontro. [...] Como sabemos que
é praticamente impossível reunir todos os segmentos,
e gostaríamos que todos pudessem pelo menos estar a
par do que está acontecendo, pensamos também em
registrar e apresentar a todos o que foi colocado como
questionamento e como sugestões nos encontros, para
que, mesmo individualmente, cada um possa ler e dar
seu parecer por escrito sobre tudo o que foi discutido”.
Como ela mesma diz, “a vontade de acertar é muita”,
mas tem ciência das dificuldades de forma geral, dentre
elas de conciliar os horários de professores e integrar
profissionais que não participam das ATPC, instituindo
uma dinâmica que favoreça a discussão, estimule o registro
e contribua com a sistematização de pontos do PPP. Como
se vê, estes se constituem enormes desafios para todas as
escolas. Mesmo assim, observamos um esforço enorme na
direção de um trabalho compartilhado: grupos de estudos,
trabalho em pequenos grupos, pareceres escritos etc., que
são alternativas que as equipes escolares vão construindo
para driblar suas dificuldades.
O fato é que sem as condições de trabalho necessárias
para a construção de novas formas de reflexão coletiva
que, de acordo com Veiga (2002), pressupõe diálogo,
comunicação horizontal entre todos os segmentos en-
volvidos e descentralização do poder, não é possível
potencializar um embate enriquecedor que se alimente
da pluralidade, dos conflitos e das tensões. Mesmo assim,
as equipes gestoras reinventam práticas e instituem novos
modos de socialização.
Considerações sobre o que
aprendemos com essa pesquisa
A análise dos encaminhamentos das equipes gestoras
para promover a revisão e produção dos PPP nas ATPC,
considerando suas condições de trabalho, expectativas e
necessidades, permitiu-nos sistematizar alguns pontos.
As ATPC foram assumidas como momentos privi-
legiados para interlocução sobre o sentido do trabalho
desenvolvido pela escola e oportunidades para revisão dos
PPP. No entanto, por não incluírem os profissionais dos
núcleos administrativo e operacional, não promoveram
uma discussão ampliada, pois só as vozes dos professores
e monitores, no caso de uma das escolas, foram ouvidas.
Uma gestão democrática que prevê a produção colegiada
do PPP não é uma construção entre gestores e professores
(e monitores, em alguns casos), mas de todos os
funcionários da escola e da comunidade em geral.
Os gestores são responsabilizados e ficam aflitos
com as dificuldades de conciliar horários e reunir os
diversos núcleos em torno da discussão do PPP. No
entanto, as condições de contratação e remuneração e
a divisão social do trabalho na escola, marcadas pela
assimetria, não permitem encontros e trocas efetivas
que possibilitem a revisão da organização do trabalho
pedagógico. Essa responsabilidade fica concentrada
9. 410 Renata Cristina O. Barrichelo Cunha, Cláudia Beatriz de Castro Nascimento Ometto
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez. 2013
no núcleo docente. Os demais profissionais acabam
por se desresponsabilizar pelas questões pedagógicas
e, consequentemente, internalizam um sentimento de
desvalorização profissional.
As equipes gestoras, no decorrer do processo de
pesquisa e intervenção, inventaram modos de encaminhar
a discussão dos PPP, sensibilizando os professores e outros
profissionais da escola no que se refere à participação
e contribuição. Isso é um avanço quando levamos em
consideração que muitas equipes definem sozinhas o PPP
das suas escolas e apresentam sua proposta ao grupo.
Esses gestores trabalharam em grupos de estudos, em
pequenos grupos, fazendo produções escritas circularem
para conhecimento e participação do grupo todo, entre
outras alternativas. Essas opções de encaminhamento,
contudo, se não estiverem contextualizadas na rotina
do trabalho coletivo da escola, respeitando as condições
de contratação e trabalho, correm o risco de irem se
esvaziando aos poucos pela falta de contrapartida do
poder público.
Os encaminhamentos das equipes gestoras, de
maneira geral, se orientaram pelo interesse pelos pontos
de vista dos professores e funcionários, buscando
estratégias de participação, respeito às diferenças de
perspectivas e divisão da responsabilidade pela escrita
do documento. Esse é o ponto de partida, sem dúvida,
para que os profissionais possam assumir coletivamente
a autoria pelo seu trabalho.
Investir num modelo de escola reflexiva como “uma
organização que continuamente se pensa a si própria, na
sua missão social e na sua estrutura” (ALARCÃO, 2000,
p. 13) implica assumir o PPP como pauta de formação
no cotidiano escolar. Formação centrada na escola que é
dependente, sem dúvida, de um investimento interno de
seus protagonistas, mas que precisa contar com um poder
público que crie as condições necessárias para a plena
autonomia das instituições escolares.
O trabalho coletivo orienta o projeto político-
pedagógico que reorienta o trabalho coletivo quando
gestores de sistemas educacionais e gestores de unidades
escolares elegem a construção colegiada de saberes
e práticas numa perspectiva democrática e quando o
respeito à profissionalidade de cada núcleo é valorizada
e posta a serviço da construção da cidadania de todos na
escola.
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