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Planejamento e Práticas
Integradoras em contextos
curriculares
Vagner Pereira Professor
Curso Práticas Integradoras no
Ensino Médio Integrado
O planejamento é algo inerente do ser humano
“[...] uma realidade que acompanhou a
trajetória histórica da humanidade. O
homem sempre sonhou, pensou e
imaginou algo na sua vida.”
(MENEGOLLA, SAN’TANNA, 2001, p.15)
Currículo
O currículo não se refere apenas a conteúdos
escolares, mas também às melhores formas de
organizá-los. Nesta concepção, currículo é o
projeto educativo realizado nas aulas, é o
conjunto de atividades que transformam o
currículo na prática para produzir a
aprendizagem (SANCHES, 2007)
Considerando uma possível didática da educação profissional,
a perspectiva integradora deve pressupor:
• O compromisso
com a formação
ampla e duradoura
dos homens, em
suas amplas
capacidades.72
• A ideia de práxis
como referência às
ações formativas.
• Que a teoria e a
prática educativa
constituam o núcleo
articulador da
formação
profissional.• A teoria sendo
sempre revigorada
pela prática
educativa.
• A prática
educacional sendo
o ponto de partida
e de chegada.
• A ação docente se
revelando na prática
concreta e na
realidade social.
Possível organização do planejamento de aula
(TURRA,1982)
Procedimentos de Ensino
Valorização da atividade e da problematização
como estratégias de promoção da autonomia
Trabalho colaborativo
Procedimentos de ensino
As técnicas podem estar a serviço da
manipulação, do tecnicismo, da Escola Nova ou
da perspectiva libertadora.
(ARAÚJO, 1991)
Segundo Henrique e Nascimento(2015)
existem três tipos de práticas integradoras
 Eventuais
 Institucionais
 Curriculares
Práticas integradoras em contextos
curriculares
Na unidade passada, foi retratado sobre práticas integradoras eventuais e
interinstitucionais, estas são as mais comuns na nossa realidade, mas convém retratar
que as práticas integradoras também podem estar relacionadas ao currículo e
organização dos cursos, fazendo com que uma proposta educativa seja mais
integradora. As práticas nesta possibilidade se denominam práticas integradoras
permanentes ou curriculares, e estão vinculadas “à essência pedagógica de um curso
ou uma instituição de ensino, se materializam em seminários temáticos, projetos
integradores, temas geradores e transversais” Henrique e Nascimento, (2015).
Práticas integradoras em contextos
curriculares
 Então, se utiliza este tipo de prática integradora quando se realiza novas
organizações curriculares que se encaminhem para uma proposta pedagógica
institucional, e normalmente estas práticas se integram na carga horária do
currículo do curso e no planejamento escolar, sendo algo formal e constante.
No momento podemos apontar três formas de organização
curriculares que favorecem o planejamento e execução de
práticas eventuais e institucionais mas principalmente as que
ocorrem em contextos curriculares
 Método de Complexos Temáticos: temas socialmente relevantes
e com significados para a vida concreta
 Pedagogia da Alternância: alternação estudo-trabalho
 Pedagogia de Projetos: apoiada no desenvolvimento de
metodologias de caráter prático e na atividade de aprendizagem do
aluno
Método de Complexos
Refere-se a compreensão de que “os fenômenos estudados e
analisados por eles em uma dada disciplina, estão fortemente
ligados com outros grupos de fenômenos e fatos, esclarecidos
de outro ponto de vista, em outra matéria, de forma que na
consciência dos alunos cria-se a síntese dos fenômenos, a
compreensão da dinâmica e interligação dos fenômenos”
(Pistrak, apud Freitas, 2009: p. 73)
Método de Complexos
Deve-se considerar a seleção de conteúdos capazes
de favorecer o reconhecimento da totalidade social e
suas repercussões nas especificidades locais
Se parte de um tema relevante que deverá ser
trabalhado de forma interdisciplinar
Método de Complexos
 Não deve ser entendido como ferramenta pedagógica de
introdução de aplicações práticas nos estudos de uma dada
disciplina, como concentração de todo um programa de
ensino sobre um dado objeto ou mesmo como uma técnica
metodológica de organização do programa.
O tema gerador e a
pedagogia histórico-
crítica também são
concepções relevantes no
desenvolvimento de
práticas integradoras,
principalmente em
contextos curriculares
(D’ AGOSTINI, 2013) apud (BOROWICC; ZOTTI, 2018)
Um possível movimento no desenho do currículo integrado é
demonstrado por Ramos (2005), no qual ela demonstra 4
etapas que podem ser seguidas para a realização de uma
proposta curricular integradora, sendo estes momentos os
seguintes:
 Momento 1 Problematizar fenômenos
 Momento 2 Explicitação de teorias e conceitos por campos do saber
 Momento 3 Situar dos conceitos como conhecimentos de formação geral e
específica
 Momento 4 Organização dos componentes curriculares
Um possível movimento no desenho do currículo integrado (RAMOS, 2005)
Problematizar
fenômenos
Problematização de fatos e situações significativas e relevantes para
compreendermos o mundo em que vivemos, bem como processos
tecnológicos da área profissional par a qual se pretende formar,
compreendendo-os em múltiplas perspectivas
Explicitação de teorias e
conceitos por campos
do saber
Explicitação de teorias e conceitos fundamentais para a compreensão
objeto(s) estudado(s) nas múltiplas perspectivas em que foi
e localizá-los nos respectivos campos da ciência (áreas do conhecimento,
disciplinas científicas e/ou profissionais), identificando suas relações com
outros conceitos do mesmo campo e de campos distintos do saber
Situar dos conceitos
como conhecimentos
de formação geral e
específica
Tendo como referência a base científica dos conceitos e sua apropriação
tecnológica, social e cultural, realizar a situação dos conceitos como
conhecimentos de formação geral e específica, desvelando as
características da teoria e da prática.
Organização dos
componentes
curriculares
A partir dessa localização e das múltiplas relações, são organizados os
componentes curriculares e as práticas pedagógicas
Atividade
 Uma possível atividade e de grande importância pra a compreensão das bases
apresentadas, se trata de, na análise dos textos da presente unidade, demonstrar
características do método de complexos e de um possível desenho do currículo
integrado presentes no texto designado para o grupo, sendo muito importante
para isto as leituras dos materiais disponibilizados.
 Nos slides seguintes serão apresentados a representação visual das organizações
curriculares integradas das experiências dos textos. Percebe-se nestes exemplos a
possibilidade de trabalhos integradores que se instaurem efetivamente no
currículo e na proposta educativa de um curso ou instituição.
Estrutura Curricular Básica do Curso de Eletromecânica do IFSC campus Chapecó, com os Projetos Integradores
(SILVA; COSER, 2012) - Grupo 1
Célula Curricular Processos
Industriais Integrados
campus Sertãozinho do Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP) -
(PIUNTI; SOUZA; HORTA, 2017)
Grupo - 2
Modificação de ementa IF FARROUPILHA –
(CRUZ SOBRINHO, 2017) - Grupo 3
Referências
BOROWICC, Roseli; ZOTTI, Solange Aparecida. Planejamento coletivo por temas e avaliação descritiva em
escola do campo-a experiência da Escola Básica Municipal José Maria. , Revista Linhas, Florianópolis, v. 19, n.
39, p. 55-79, 2018.
CRUZ SOBRINHO, Sidinei. Diretrizes institucionais e a perspectiva da integração curricular no IF Farroupilha. In:
ARAÚJO, Adilson Cesar; SILVA, Cláudio Nei Nascimento. Ensino Médio Integrado no Brasil: fundamentos,
práticas e desafios. Brasília, DF: Ed. IFB, 2017.
FREITAS, Luiz Carlos. A Luta por uma Pedagogia do Meio: revisitando o conceito. In: PISTRAK (Org.) A Escola-
Comuna. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
HENRIQUE, Ana Lúcia Sarmento; NASCIMENTO, José Mateus do. Sobre práticas integradoras: um
estudo de ações pedagógicas na educação básica. Holos, Natal, v. 4, p. 63-76, 2015.
MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que Planejar? Como Planejar? 10ª Ed. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2001.
SANCHES, Nilce D. Planejamento pedagógico numa perspectiva coletivaentraves e avanços. 2007. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/130-4.pdf, Acesso em 10 mar. 2020.
PIUNTI, Juliana; SOUZA, Altamiro Xavier de; HORTA, Patrícia. Integração curricular organizada
por “células” em “trilhas formativas”: uma experiência de criação colaborativa. In: ARAÚJO,
Adilson Cesar; SILVA, Cláudio Nei Nascimento. Ensino Médio Integrado no Brasil: fundamentos,
práticas e desafios. Brasília, DF: Ed. IFB, p. 44-53, 2017. Disponível em:
http://www.anped.org.br/sites/default/files/images/livro_completo_ensino_medio_ integrado_-
_13_10_2017.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019.
RAMOS, M. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado. In: FRIGOTTO, G.;
CIAVATTA, M.; RAMOS, M. (org.). Ensino Médio Integrado: concepções e contradições. 2. ed.
São Paulo: Cortez, 2005.
SILVA, A. L. da; COSER, J. A experiência do Projeto Integrador l no curso de Proeja em
Eletromecânica do IF-SC, campus Chapecó. Revista Técnico Científica do IFSC. Florianópolis, v.
1, n. 3, p. 9-19, 2012.
TURRA, C.M. et al. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra, 1982.

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Planejamento e praticas integradoras em contextos curriculares

  • 1. Planejamento e Práticas Integradoras em contextos curriculares Vagner Pereira Professor Curso Práticas Integradoras no Ensino Médio Integrado
  • 2. O planejamento é algo inerente do ser humano “[...] uma realidade que acompanhou a trajetória histórica da humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida.” (MENEGOLLA, SAN’TANNA, 2001, p.15)
  • 3. Currículo O currículo não se refere apenas a conteúdos escolares, mas também às melhores formas de organizá-los. Nesta concepção, currículo é o projeto educativo realizado nas aulas, é o conjunto de atividades que transformam o currículo na prática para produzir a aprendizagem (SANCHES, 2007)
  • 4. Considerando uma possível didática da educação profissional, a perspectiva integradora deve pressupor: • O compromisso com a formação ampla e duradoura dos homens, em suas amplas capacidades.72 • A ideia de práxis como referência às ações formativas. • Que a teoria e a prática educativa constituam o núcleo articulador da formação profissional.• A teoria sendo sempre revigorada pela prática educativa. • A prática educacional sendo o ponto de partida e de chegada. • A ação docente se revelando na prática concreta e na realidade social.
  • 5. Possível organização do planejamento de aula (TURRA,1982)
  • 6. Procedimentos de Ensino Valorização da atividade e da problematização como estratégias de promoção da autonomia Trabalho colaborativo
  • 7. Procedimentos de ensino As técnicas podem estar a serviço da manipulação, do tecnicismo, da Escola Nova ou da perspectiva libertadora. (ARAÚJO, 1991)
  • 8. Segundo Henrique e Nascimento(2015) existem três tipos de práticas integradoras  Eventuais  Institucionais  Curriculares
  • 9.
  • 10.
  • 11. Práticas integradoras em contextos curriculares Na unidade passada, foi retratado sobre práticas integradoras eventuais e interinstitucionais, estas são as mais comuns na nossa realidade, mas convém retratar que as práticas integradoras também podem estar relacionadas ao currículo e organização dos cursos, fazendo com que uma proposta educativa seja mais integradora. As práticas nesta possibilidade se denominam práticas integradoras permanentes ou curriculares, e estão vinculadas “à essência pedagógica de um curso ou uma instituição de ensino, se materializam em seminários temáticos, projetos integradores, temas geradores e transversais” Henrique e Nascimento, (2015).
  • 12. Práticas integradoras em contextos curriculares  Então, se utiliza este tipo de prática integradora quando se realiza novas organizações curriculares que se encaminhem para uma proposta pedagógica institucional, e normalmente estas práticas se integram na carga horária do currículo do curso e no planejamento escolar, sendo algo formal e constante.
  • 13. No momento podemos apontar três formas de organização curriculares que favorecem o planejamento e execução de práticas eventuais e institucionais mas principalmente as que ocorrem em contextos curriculares  Método de Complexos Temáticos: temas socialmente relevantes e com significados para a vida concreta  Pedagogia da Alternância: alternação estudo-trabalho  Pedagogia de Projetos: apoiada no desenvolvimento de metodologias de caráter prático e na atividade de aprendizagem do aluno
  • 14. Método de Complexos Refere-se a compreensão de que “os fenômenos estudados e analisados por eles em uma dada disciplina, estão fortemente ligados com outros grupos de fenômenos e fatos, esclarecidos de outro ponto de vista, em outra matéria, de forma que na consciência dos alunos cria-se a síntese dos fenômenos, a compreensão da dinâmica e interligação dos fenômenos” (Pistrak, apud Freitas, 2009: p. 73)
  • 15. Método de Complexos Deve-se considerar a seleção de conteúdos capazes de favorecer o reconhecimento da totalidade social e suas repercussões nas especificidades locais Se parte de um tema relevante que deverá ser trabalhado de forma interdisciplinar
  • 16. Método de Complexos  Não deve ser entendido como ferramenta pedagógica de introdução de aplicações práticas nos estudos de uma dada disciplina, como concentração de todo um programa de ensino sobre um dado objeto ou mesmo como uma técnica metodológica de organização do programa.
  • 17. O tema gerador e a pedagogia histórico- crítica também são concepções relevantes no desenvolvimento de práticas integradoras, principalmente em contextos curriculares (D’ AGOSTINI, 2013) apud (BOROWICC; ZOTTI, 2018)
  • 18. Um possível movimento no desenho do currículo integrado é demonstrado por Ramos (2005), no qual ela demonstra 4 etapas que podem ser seguidas para a realização de uma proposta curricular integradora, sendo estes momentos os seguintes:  Momento 1 Problematizar fenômenos  Momento 2 Explicitação de teorias e conceitos por campos do saber  Momento 3 Situar dos conceitos como conhecimentos de formação geral e específica  Momento 4 Organização dos componentes curriculares
  • 19. Um possível movimento no desenho do currículo integrado (RAMOS, 2005) Problematizar fenômenos Problematização de fatos e situações significativas e relevantes para compreendermos o mundo em que vivemos, bem como processos tecnológicos da área profissional par a qual se pretende formar, compreendendo-os em múltiplas perspectivas Explicitação de teorias e conceitos por campos do saber Explicitação de teorias e conceitos fundamentais para a compreensão objeto(s) estudado(s) nas múltiplas perspectivas em que foi e localizá-los nos respectivos campos da ciência (áreas do conhecimento, disciplinas científicas e/ou profissionais), identificando suas relações com outros conceitos do mesmo campo e de campos distintos do saber Situar dos conceitos como conhecimentos de formação geral e específica Tendo como referência a base científica dos conceitos e sua apropriação tecnológica, social e cultural, realizar a situação dos conceitos como conhecimentos de formação geral e específica, desvelando as características da teoria e da prática. Organização dos componentes curriculares A partir dessa localização e das múltiplas relações, são organizados os componentes curriculares e as práticas pedagógicas
  • 20. Atividade  Uma possível atividade e de grande importância pra a compreensão das bases apresentadas, se trata de, na análise dos textos da presente unidade, demonstrar características do método de complexos e de um possível desenho do currículo integrado presentes no texto designado para o grupo, sendo muito importante para isto as leituras dos materiais disponibilizados.  Nos slides seguintes serão apresentados a representação visual das organizações curriculares integradas das experiências dos textos. Percebe-se nestes exemplos a possibilidade de trabalhos integradores que se instaurem efetivamente no currículo e na proposta educativa de um curso ou instituição.
  • 21. Estrutura Curricular Básica do Curso de Eletromecânica do IFSC campus Chapecó, com os Projetos Integradores (SILVA; COSER, 2012) - Grupo 1
  • 22. Célula Curricular Processos Industriais Integrados campus Sertãozinho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) - (PIUNTI; SOUZA; HORTA, 2017) Grupo - 2
  • 23. Modificação de ementa IF FARROUPILHA – (CRUZ SOBRINHO, 2017) - Grupo 3
  • 24. Referências BOROWICC, Roseli; ZOTTI, Solange Aparecida. Planejamento coletivo por temas e avaliação descritiva em escola do campo-a experiência da Escola Básica Municipal José Maria. , Revista Linhas, Florianópolis, v. 19, n. 39, p. 55-79, 2018. CRUZ SOBRINHO, Sidinei. Diretrizes institucionais e a perspectiva da integração curricular no IF Farroupilha. In: ARAÚJO, Adilson Cesar; SILVA, Cláudio Nei Nascimento. Ensino Médio Integrado no Brasil: fundamentos, práticas e desafios. Brasília, DF: Ed. IFB, 2017. FREITAS, Luiz Carlos. A Luta por uma Pedagogia do Meio: revisitando o conceito. In: PISTRAK (Org.) A Escola- Comuna. São Paulo: Expressão Popular, 2009. HENRIQUE, Ana Lúcia Sarmento; NASCIMENTO, José Mateus do. Sobre práticas integradoras: um estudo de ações pedagógicas na educação básica. Holos, Natal, v. 4, p. 63-76, 2015. MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que Planejar? Como Planejar? 10ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. SANCHES, Nilce D. Planejamento pedagógico numa perspectiva coletivaentraves e avanços. 2007. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/130-4.pdf, Acesso em 10 mar. 2020.
  • 25. PIUNTI, Juliana; SOUZA, Altamiro Xavier de; HORTA, Patrícia. Integração curricular organizada por “células” em “trilhas formativas”: uma experiência de criação colaborativa. In: ARAÚJO, Adilson Cesar; SILVA, Cláudio Nei Nascimento. Ensino Médio Integrado no Brasil: fundamentos, práticas e desafios. Brasília, DF: Ed. IFB, p. 44-53, 2017. Disponível em: http://www.anped.org.br/sites/default/files/images/livro_completo_ensino_medio_ integrado_- _13_10_2017.pdf. Acesso em: 5 fev. 2019. RAMOS, M. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado. In: FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. (org.). Ensino Médio Integrado: concepções e contradições. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005. SILVA, A. L. da; COSER, J. A experiência do Projeto Integrador l no curso de Proeja em Eletromecânica do IF-SC, campus Chapecó. Revista Técnico Científica do IFSC. Florianópolis, v. 1, n. 3, p. 9-19, 2012. TURRA, C.M. et al. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra, 1982.