SlideShare uma empresa Scribd logo
Com base em artigo da Revista virtual Direito Brasil, no livro
"REFLECTIONS ON THE TRIAL AND DEATH OF JESUS", traduzido para
o Português, por Maria de Lourdes Menezes, como "O JULGAMENTO DE
JESUS, O NAZARENO“, e outras fontes.
Nota: Os texto foram editados e, queremos salientar que, os autores abordam
esse tema como advogados, não como teólogos e recomendam a pesquisa dos
aspectos teológicos dos eventos por conta de cada um. Acreditam eles terem o
ponto de vista de um advogado sobre os processos da lei que culminaram na
morte de Jesus na cruz cruel do Calvário e que essa análise pode levar a uma
melhor compreensão espiritual.
Tenha sido por arraigada sedimentação religiosa e dogmática, ou por interesse
de análise acadêmica da Teologia, ou por motivos políticos e ou filosóficos, a
verdade é que as questões relacionadas à vida e à morte de Jesus, em regra,
sempre foram objeto de discussão no mundo todo. Esse julgamento, que
influenciou como nenhum outro a história da humanidade, despertou durante
muitos séculos um ódio profundo ao povo judeu, ódio esse que derivou em
perseguições e derramamento de sangue inocente. Há tanto misticismo e
confusão acerca da crucificação e ressurreição que acabamos perdendo de vista
o fato de que Jesus de Nazaré foi julgado como homem diante de uma corte de
homens sob as leis dos homens, condenado e executado como homem, e que
como drama, o julgamento de Jesus supera quaisquer dos grandes julgamentos
da história da justiça humana.
A figura de Jesus Cristo é uma das mais intrigantes, questionadas e
controvertidas de todos os tempos. Sem dúvida alguma, a maior parte dos
registros sobre Jesus Cristo está na Bíblia Sagrada, mas há menções feitas por
historiadores e estudiosos judeus e não judeus.
Nenhum julgamento da história da Humanidade teve consequências tão
importantes. Nenhum suscitou tão profundas, decisivas e persistentes
afirmações decorrentes de um grande erro do poder judiciário. O que os autores
busca enfatizar é que não consideram que uma raça inteira (os judeus) tenha
causado a morte de Jesus. E também não acreditam que nenhum Cristão
inteligente pensaria isto. Apenas uns poucos homens poderosos em Israel,
principalmente os sacerdotes superiores daquela nação, foram os responsáveis
pela injustiça que ocorreu.
A verdadeira erudição teológica, sempre se considerou intitulada, e obrigada
por dever, a explorar o fundamento factual da tradição da Escritura, sem temer
a possibilidade de que suas conclusões pudessem entrar em conflito com os
textos bíblicos. É essa, na verdade, a posição que a teologia cristã moderna
assumiu com respeito à vida e à morte de Jesus Cristo, tal qual relatada nos
Evangelhos. A coragem e a imaginação demonstradas por alguns dos eminentes
teólogos do nosso tempo, para os erros inveterados e de preconceitos que
surgiram de interpretações mal concebidas do Evangelho, foi que nos
animaram a embarcar, do ponto de vista do direito e com os instrumentos de
um advogado, numa investigação dos aspectos daquela vida e morte que se
tornaram história legal.
Biografia de Jesus Cristo ou Jesus de Nazaré (4 aC. / 30 dC.).
Judeu da Galileia e fundador do Cristianismo, nascido em Belém, cidade da
Judeia, nos últimos anos do reinado de Herodes, o Grande, quando Roma
dominava a Palestina e Augusto era o imperador. Independente da ótica
religiosa produziu umas das alterações mais profundas na história das
civilizações, seja com sua imagem de Filho de Deus ou de moralista sonhador
ou de revolucionário.
O aparente paradoxo sobre o ano de seu nascimento deve-se a um erro de
datação atribuído ao monge Dionísio, o Pequeno encarregado pelo para, do
século V, de organizar um calendário, e o dia 25 de dezembro foi fixado no ano
440 da nossa era como data do seu nascimento com o fim de cristianizar a festa
pagã realizada naquele dia.
O principal testemunho sobre sua existência são os quatros evangelhos da fé
cristã, onde estão relatadas suas palavras e obras e as reações de seu povo,
escritos originalmente em grego, com exceção ao de Mateus que pode ter
advindo de um texto anterior, em aramaico, aparentemente escrito antes do ano
80 e o de João, escrito no final do século I. Esses escritos coincidem entre si e
com relatos de historiadores da época, como o do judeu Flávio Josefo, o
historiador da corte romana de Domiciano e o maior dos historiadores romanos,
Tácito. A primeira aparição pública de Jesus Cristo foi aos 12 anos, quando a
família visitava Jerusalém e seus pais o encontraram entre os doutores do
Templo, ouvindo-os e interrogando-os. Porém foi somente após a morte de
José, que Jesus compreendeu que estava na hora de começar a cumprir sua
Divina Missão.
Aos 30 anos encontrou-se, na Judeia, com seu primo João Batista, filho de
Zacarias, famoso na região do Jordão por pregar o batismo, sendo também por
ele batizado. Iniciou a pregação da Boa Nova, ou seja, a instauração do
Reinado de Deus sobre o mundo a partir de Israel. Em seguida tivemos
acontecimentos impressionantes como o jejum no deserto, durante quarenta
dias e quarenta noites; o episódio das Bodas de Caná; a primeira manifestação
do seu poder divino, a expulsão dos mercadores do templo; o episódio da
mulher samaritana. Iniciando sua pregação e realizando inúmeros milagres, foi
da Samaria à Galileia e, rejeitado em Nazaré, chegou a Cafarnaum, às margens
do lago Tiberíades ou Mar da Galileia, onde aconteceu o episódio da pesca
milagrosa, e catequisou seus primeiros apóstolos.
Simão, mais tarde chamado Pedro, seu irmão André e ao filhos de Zebedeu,
Tiago e João, mais Felipe e Natanael, ex-discípulos de João Batista. Aos 31
anos, juntamente com seus apóstolos, realizou o famoso Sermão da Montanha e
pregou suas mais notáveis parábolas, com as quais transmitia sua doutrina ao
povo e a seus seguidores. Quando estava com 32 anos aconteceram os seus dois
grandes milagres: a multiplicação dos pães e dos peixes e a ressurreição de
Lázaro. Também neste período ensinou no Templo de Jerusalém, estabeleceu o
primado de Simão Pedro, e em presença dele, de Tiago e de João, realizou o
prodígio da transfiguração e entrou triunfante em Jerusalém. Aos 33 anos foi
considerado blasfemo e acusado de conspirar contra César.
Aprisionado no Monte das Oliveiras, foi levado até ao pontífice Anás e, perante
Caifás, o príncipe dos sacerdotes. Os guardas caçoavam de Jesus, espancavam-
no, proferiam contra ele muitos insultos. Pela manhã o conselho dos anciãos do
povo, o chefe dos sacerdotes e os escribas o levaram para o Sinédrio. Mais
tarde, foi conduzido à residência do procurador romano da Judeia, Pôncio
Pilatos, que sem entender a revolta da população, o enviou a Herodes Antipas.
Por um gesto político de Herodes, foi devolvido a Pilatos, que não achando
delito nenhum naquele homem, mas diante da pressão dos chefes de Israel e de
uma multidão incitada por eles, ainda propôs uma permuta de prisioneiros.
Porém a maior parte da multidão optou pela soltura do prisioneiro político
Barrabás quando da opção de troca proposta pelo governo.
Então, Pilatos pronunciou a sentença da condenação de Jesus à morte na cruz,
depois de declarar-se inocente de seu sangue. De acordo com as leis romanas,
foi flagelado e teve que carregar a cruz até a colina do Calvário, no monte
Gólgota. Ali foi crucificado junto com dois ladrões, um à direita, outro à
esquerda e acima de sua cabeça, colocaram por escrito o motivo de sua
condenação: “Esta é Jesus, o rei dos judeus”.
A revolução social de Jesus na Palestina do século I
É nesse contexto sociopolítico e religioso que Jesus tenta implantar sua
doutrina, pelos caminhos oferecidos pela liderança carismática e da
desobediência civil.
Desobediência civil é uma forma particular de desobediência, na medida em
que é executada com o fim imediato de mostrar publicamente a injustiça da lei
e com o fim de induzir o legislador a mudá-la. Como tal é acompanhada por
parte de quem a cumpre de justificativas com a pretensão de que seja
considerada, não apenas como lícita, mas como obrigatória e seja tolerada pelas
autoridades públicas diferentemente de quaisquer outras transgressões.
Enquanto a desobediência comum é um ato que desintegra o ordenamento e
deve ser impedida ou eliminada a fim de que o ordenamento seja reintegrado
em seu estado original, a desobediência civil é um ato que tem em mira, em
última instância, mudar o ordenamento, sendo, no final das contas, mais um ato
inovador do que destruidor.
A proposta de Jesus de Nazaré é a divisão da riqueza. Jesus não é contra a
riqueza como tal, mas sim a favor da partilha e da solidariedade. Também não é
contra a terra. É contra a concentração da terra nas mãos de poucos. Vale
lembrar que a relação da propriedade de terra na Palestina nos tempos de Jesus
era a situação do latifúndio, da concentração da propriedade da terra. Então sua
proposta é a partilha porque a terra, principal fonte de sobrevivência para a
população do Império, inclusive aquela da Palestina, era muito mal distribuída.
Na Judeia e no Egito a situação da população rural “livre” era mais
desfavorável que a dos escravos nas propriedades de senhores romanos. Em
consonância com o discurso político moderno, Jesus de Nazaré estava no
processo de efetuar a revolução política que transformaria a ordem imperial
romana na Palestina.
Alguns pesquisadores sustentam de que “de tudo que está escritos nos
Evangelhos, só podemos aceitar que Jesus viveu e foi crucificado, sendo o resto
meros adornos para maior glória da fé”. E acrescenta que “a interpretação dos
acontecimentos descritos nos Evangelhos é uma questão aberta, e todo aquele
que os ler ou analisar poderá fazer a sua própria interpretação. No que diz
respeito às causas do julgamento de Jesus e à sua condenação, como também às
circunstâncias, ao fundamento e ao objeto do julgamento, não aceitaremos o
que está escrito nos Evangelhos como testemunhos indubitáveis; nossa atitude
para com eles será a de um juiz cuidadoso e neutro, com a liberdade absoluta
de quem tem diante de si em livro aberto”.
Controvérsias evangélicas e as leis romanas e judias:
No Evangelho de Lucas, quando a multidão (de judeus) levou Jesus a Pilatos,
depois de o terem interrogado (os principais sacerdotes e anciãos), foi o
nazareno acusado: “Perverte a nação e proíbe de dar tributo a César, dizendo
que ele mesmo é um rei”. Aí, pelo evangelista Marcos, Jesus estaria sendo
acusado pelos judeus como tendo infringido a lei romana, pois se colocava
como rei e desafiava o Imperador Romano. Já no Evangelho de João, quando
Pilatos entrega Jesus aos judeus, dizendo: “Tomai-o e crucifica-o, porque eu
não achei nenhum delito nele”, os judeus responderam: “Nós temos uma lei, e,
segundo a nossa lei, ele deve morrer porque fez a si mesmo filho de Deus”.
Aqui, evidentemente, por esse relato de João, Jesus teria infringido a lei judia.
Aliás, o registro do Evangelho de João vai mais longe; quando Pilatos tentou
por Jesus em liberdade, os judeus gritaram, preferindo que Barrabás fosse
solto: “Se este soltas (referindo-se a Jesus) não és amigo de César . Todo aquele
que se faz rei se opõe a César”. Assim, depois que João escreveu que, segundo
a lei judia, Jesus deveria morrer, porque fez a si mesmo filho de Deus, procura
mostrar que os judeus, vendo a intenção de Pilatos em soltar Jesus, teriam
como que colocado o governador contra a parede. Por outro lado o Evangelho
de Marcos registra que Jesus praticou blasfêmia diante do sumo sacerdote,
quando esta o interrogou: És tu o Cristo filho de Deus?, e o nazareno
respondeu: Eu sou . E sumo sacerdote, diante do concílio, interrogatório em sua
casa, disse: Ouvistes a blasfêmia?
É claro que os interlocutores ou não entendiam ou não queriam entender o que
Jesus dizia. O magistrado Cohn, depois de analisar tantos documentos e de
confrontar as inúmeras versões sobre o julgamento de Jesus, pondo inclusive
por terra a eventual conspiração de Judas, que teria ajudado, por moedas, na
busca e prisão do Nazareno, mostra-se propenso em aceitar que o relato do
Evangelho de João é o mais coerente; segundo esse evangelista, Jesus foi preso
por um tribuno romano no comando de sua corte, toda ou parte dela, em
presença da guarda do templo. Entende que o relato merece fé, e já foi aceito
pela maioria dos pesquisadores, porque, de todos os evangelistas, é João o que
mais exagera na defesa dos romanos e na crítica aos judeus.
Os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas falam que, no momento da prisão
de Jesus, a multidão estava armada com espadas e garrotes ou porretes,
enquanto João fala de velas, tochas e armas, não restando dúvidas de que as
armas eram os soldados romanos.
Os relatos evangélicos e a realidade histórica:
Para entender esse julgamento, é preciso saber um pouco sobre a lei judaica e
como ela existia na época. Com base no direito judeu, o autor entende que nos
registros dos Evangelhos há muita coisa irreal e impossível, especialmente em
relação ao Sinédrio; este não podia se reunir para casos de direito penal, na
casa do sumo sacerdote, mas só no recinto oficial; não estava autorizado a se
reunir à noite;
casos possíveis de pena de morte não eram julgados em dias festivos, nem em
vésperas de festas; Nenhum acusado pode ser condenado à morte pela sua
confissão; só se condena um homem em julgamento, se pelo menos duas
testemunhas o tenham visto cometer o ato de que é acusado; só será condenado
o homem, se duas testemunhas disserem que o preveniram para não praticar o
ato; o blasfemo não é considerado desde que não pronuncie expressamente o
nome de Deus, na presença de testemunhas. Se o julgamento assim se deu, foi
ilegal desde o início até o fim, e Jesus foi vítima de um assassinato judicial.
Sob as provisões da lei judaica não poderia haver condenação por um crime
capital baseado no testemunho de menos que duas pessoas.
Uma testemunha era considerada o mesmo que nenhuma testemunha. Se
houvessem apenas duas testemunhas, ambas teriam que concordar em todos os
particulares até os mínimos detalhes. Sob a lei rabínica, o acusado tinha o
direito de ter um defensor. A lei Mosaica dispunha ainda que um acusado não
poderia ser obrigado a testemunhar contra si mesmo. Uma confissão voluntária
não era suficiente para a condenação sob a lei Judaica. O ônus da prova ainda
era do Estado, que tinha de provar que a confissão, se houvesse sido feita, teria
sido feita livremente, de forma voluntária e de plena consciência. As
testemunhas não tinham que jurar. O mandamento "Não dirás falso testemunho
contra o teu próximo" era considerado suficiente para deter o perjúrio. Mentir
na corte era perjúrio, sob juramento formal ou não.
E mais ainda, havia duplo desestímulo adicional ao perjúrio. Qualquer
testemunha em um caso de crime capital que desse falso testemunho recebia a
pena de morte. Se o acusado de um crime capital fosse condenado, as
testemunhas eram obrigadas a assistir à execução.
Sob essa provisão da lei, as testemunhas geralmente escolhiam suas palavras
cuidadosamente e só davam testemunho com grande cuidado. O Grande
Sinédrio, a Suprema Corte Judaica, era a única corte com jurisdição sobre
crimes puníveis com a morte. A criação do Sinédrio é atribuída a Moisés. Foi
uma corte de 70 membros composta de um Sumo Sacerdote como juiz
principal, uma Câmara Religiosa de 23 sacerdotes, uma Câmara Legal de 23
escribas, e uma Câmara Popular de 23 anciãos.
Era a essa corte que Jesus se referia quando ele disse que devia ir a Jerusalém e
sofrer nas mãos dos anciãos, sacerdotes e escribas. Ele sabia que pela decisão
deles ele seria morto. Extremo cuidado era usado para selecionar os juízes
dessa grande corte. Cada um devia ter pelo menos 40 anos de idade com
experiência em pelo menos 3 cargos de dignidade gradativamente maior. Cada
um tinha que ser uma pessoa de integridade incontestável e tido em alta estima
por seus conterrâneos. Membros do Sinédrio atuavam como juízes e jurados.
Eles não tinham um júri separado. Qualquer membro com interesses ou
conhecimento pessoal das partes era requerido que se retirasse do julgamento.
A Corte tinha que decidir a questão da culpa ou inocência apenas com
evidências apresentadas no tribunal.
O Sinédrio era encarregado sob a lei rabínica de proteger e defender o acusado.
Nenhum membro da corte poderia atuar inteiramente como acusador ou
promotor. A lei requeria que a corte desse aos acusados o benefício da dúvida
para ajudar o acusado a estabelecer sua inocência. Os procedimentos de
julgamento eram similares aos nossos. Seguindo-se à audiência preliminar, um
sumário das evidências era dado por um dos juízes. Os espectadores eram então
removidos do tribunal e os juízes votavam. Uma maioria era suficiente para
condenar ou absolver. Se uma maioria votasse pela absolvição, o julgamento
terminava e o condenado recebia a liberdade total. Se uma maioria votasse pela
condenação, então um procedimento diferente era seguido. Nenhum anúncio de
veredicto poderia ser feito nesse dia. A corte teria que adiar por um dia inteiro.
Depois de provar que os relatos evangélicos não servem como relatos válidos
para a história como ciência, o magistrado Cohn explica que as perseguições
aos judeus, judiciais e extraconjugais, todas elas se produzem no fundo da fonte
consciente ou inconsciente, como castigo pela culpa deles na crucificação de
Jesus. Isso porque, o interesse dos Evangelhos era eminentemente religioso e
missionário, e sua tendência era apologética com respeito ao Império Romano.
Essa descrição intencional e equivocada obteve difusão mundial, convertendo-
se em dogma e conquistando a metade do orbe. Foi apagada e esquecida a
verdadeira realidade histórica.
Estes textos apresentados exigem muita reflexão.
Muita Paz!
Visite meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos
Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

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O julgamento de jesus

  • 1.
  • 2. Com base em artigo da Revista virtual Direito Brasil, no livro "REFLECTIONS ON THE TRIAL AND DEATH OF JESUS", traduzido para o Português, por Maria de Lourdes Menezes, como "O JULGAMENTO DE JESUS, O NAZARENO“, e outras fontes. Nota: Os texto foram editados e, queremos salientar que, os autores abordam esse tema como advogados, não como teólogos e recomendam a pesquisa dos aspectos teológicos dos eventos por conta de cada um. Acreditam eles terem o ponto de vista de um advogado sobre os processos da lei que culminaram na morte de Jesus na cruz cruel do Calvário e que essa análise pode levar a uma melhor compreensão espiritual.
  • 3. Tenha sido por arraigada sedimentação religiosa e dogmática, ou por interesse de análise acadêmica da Teologia, ou por motivos políticos e ou filosóficos, a verdade é que as questões relacionadas à vida e à morte de Jesus, em regra, sempre foram objeto de discussão no mundo todo. Esse julgamento, que influenciou como nenhum outro a história da humanidade, despertou durante muitos séculos um ódio profundo ao povo judeu, ódio esse que derivou em perseguições e derramamento de sangue inocente. Há tanto misticismo e confusão acerca da crucificação e ressurreição que acabamos perdendo de vista o fato de que Jesus de Nazaré foi julgado como homem diante de uma corte de homens sob as leis dos homens, condenado e executado como homem, e que como drama, o julgamento de Jesus supera quaisquer dos grandes julgamentos da história da justiça humana.
  • 4. A figura de Jesus Cristo é uma das mais intrigantes, questionadas e controvertidas de todos os tempos. Sem dúvida alguma, a maior parte dos registros sobre Jesus Cristo está na Bíblia Sagrada, mas há menções feitas por historiadores e estudiosos judeus e não judeus. Nenhum julgamento da história da Humanidade teve consequências tão importantes. Nenhum suscitou tão profundas, decisivas e persistentes afirmações decorrentes de um grande erro do poder judiciário. O que os autores busca enfatizar é que não consideram que uma raça inteira (os judeus) tenha causado a morte de Jesus. E também não acreditam que nenhum Cristão inteligente pensaria isto. Apenas uns poucos homens poderosos em Israel, principalmente os sacerdotes superiores daquela nação, foram os responsáveis pela injustiça que ocorreu.
  • 5. A verdadeira erudição teológica, sempre se considerou intitulada, e obrigada por dever, a explorar o fundamento factual da tradição da Escritura, sem temer a possibilidade de que suas conclusões pudessem entrar em conflito com os textos bíblicos. É essa, na verdade, a posição que a teologia cristã moderna assumiu com respeito à vida e à morte de Jesus Cristo, tal qual relatada nos Evangelhos. A coragem e a imaginação demonstradas por alguns dos eminentes teólogos do nosso tempo, para os erros inveterados e de preconceitos que surgiram de interpretações mal concebidas do Evangelho, foi que nos animaram a embarcar, do ponto de vista do direito e com os instrumentos de um advogado, numa investigação dos aspectos daquela vida e morte que se tornaram história legal.
  • 6. Biografia de Jesus Cristo ou Jesus de Nazaré (4 aC. / 30 dC.). Judeu da Galileia e fundador do Cristianismo, nascido em Belém, cidade da Judeia, nos últimos anos do reinado de Herodes, o Grande, quando Roma dominava a Palestina e Augusto era o imperador. Independente da ótica religiosa produziu umas das alterações mais profundas na história das civilizações, seja com sua imagem de Filho de Deus ou de moralista sonhador ou de revolucionário. O aparente paradoxo sobre o ano de seu nascimento deve-se a um erro de datação atribuído ao monge Dionísio, o Pequeno encarregado pelo para, do século V, de organizar um calendário, e o dia 25 de dezembro foi fixado no ano 440 da nossa era como data do seu nascimento com o fim de cristianizar a festa pagã realizada naquele dia.
  • 7. O principal testemunho sobre sua existência são os quatros evangelhos da fé cristã, onde estão relatadas suas palavras e obras e as reações de seu povo, escritos originalmente em grego, com exceção ao de Mateus que pode ter advindo de um texto anterior, em aramaico, aparentemente escrito antes do ano 80 e o de João, escrito no final do século I. Esses escritos coincidem entre si e com relatos de historiadores da época, como o do judeu Flávio Josefo, o historiador da corte romana de Domiciano e o maior dos historiadores romanos, Tácito. A primeira aparição pública de Jesus Cristo foi aos 12 anos, quando a família visitava Jerusalém e seus pais o encontraram entre os doutores do Templo, ouvindo-os e interrogando-os. Porém foi somente após a morte de José, que Jesus compreendeu que estava na hora de começar a cumprir sua Divina Missão.
  • 8. Aos 30 anos encontrou-se, na Judeia, com seu primo João Batista, filho de Zacarias, famoso na região do Jordão por pregar o batismo, sendo também por ele batizado. Iniciou a pregação da Boa Nova, ou seja, a instauração do Reinado de Deus sobre o mundo a partir de Israel. Em seguida tivemos acontecimentos impressionantes como o jejum no deserto, durante quarenta dias e quarenta noites; o episódio das Bodas de Caná; a primeira manifestação do seu poder divino, a expulsão dos mercadores do templo; o episódio da mulher samaritana. Iniciando sua pregação e realizando inúmeros milagres, foi da Samaria à Galileia e, rejeitado em Nazaré, chegou a Cafarnaum, às margens do lago Tiberíades ou Mar da Galileia, onde aconteceu o episódio da pesca milagrosa, e catequisou seus primeiros apóstolos.
  • 9. Simão, mais tarde chamado Pedro, seu irmão André e ao filhos de Zebedeu, Tiago e João, mais Felipe e Natanael, ex-discípulos de João Batista. Aos 31 anos, juntamente com seus apóstolos, realizou o famoso Sermão da Montanha e pregou suas mais notáveis parábolas, com as quais transmitia sua doutrina ao povo e a seus seguidores. Quando estava com 32 anos aconteceram os seus dois grandes milagres: a multiplicação dos pães e dos peixes e a ressurreição de Lázaro. Também neste período ensinou no Templo de Jerusalém, estabeleceu o primado de Simão Pedro, e em presença dele, de Tiago e de João, realizou o prodígio da transfiguração e entrou triunfante em Jerusalém. Aos 33 anos foi considerado blasfemo e acusado de conspirar contra César.
  • 10. Aprisionado no Monte das Oliveiras, foi levado até ao pontífice Anás e, perante Caifás, o príncipe dos sacerdotes. Os guardas caçoavam de Jesus, espancavam- no, proferiam contra ele muitos insultos. Pela manhã o conselho dos anciãos do povo, o chefe dos sacerdotes e os escribas o levaram para o Sinédrio. Mais tarde, foi conduzido à residência do procurador romano da Judeia, Pôncio Pilatos, que sem entender a revolta da população, o enviou a Herodes Antipas. Por um gesto político de Herodes, foi devolvido a Pilatos, que não achando delito nenhum naquele homem, mas diante da pressão dos chefes de Israel e de uma multidão incitada por eles, ainda propôs uma permuta de prisioneiros. Porém a maior parte da multidão optou pela soltura do prisioneiro político Barrabás quando da opção de troca proposta pelo governo.
  • 11. Então, Pilatos pronunciou a sentença da condenação de Jesus à morte na cruz, depois de declarar-se inocente de seu sangue. De acordo com as leis romanas, foi flagelado e teve que carregar a cruz até a colina do Calvário, no monte Gólgota. Ali foi crucificado junto com dois ladrões, um à direita, outro à esquerda e acima de sua cabeça, colocaram por escrito o motivo de sua condenação: “Esta é Jesus, o rei dos judeus”. A revolução social de Jesus na Palestina do século I É nesse contexto sociopolítico e religioso que Jesus tenta implantar sua doutrina, pelos caminhos oferecidos pela liderança carismática e da desobediência civil.
  • 12. Desobediência civil é uma forma particular de desobediência, na medida em que é executada com o fim imediato de mostrar publicamente a injustiça da lei e com o fim de induzir o legislador a mudá-la. Como tal é acompanhada por parte de quem a cumpre de justificativas com a pretensão de que seja considerada, não apenas como lícita, mas como obrigatória e seja tolerada pelas autoridades públicas diferentemente de quaisquer outras transgressões. Enquanto a desobediência comum é um ato que desintegra o ordenamento e deve ser impedida ou eliminada a fim de que o ordenamento seja reintegrado em seu estado original, a desobediência civil é um ato que tem em mira, em última instância, mudar o ordenamento, sendo, no final das contas, mais um ato inovador do que destruidor.
  • 13. A proposta de Jesus de Nazaré é a divisão da riqueza. Jesus não é contra a riqueza como tal, mas sim a favor da partilha e da solidariedade. Também não é contra a terra. É contra a concentração da terra nas mãos de poucos. Vale lembrar que a relação da propriedade de terra na Palestina nos tempos de Jesus era a situação do latifúndio, da concentração da propriedade da terra. Então sua proposta é a partilha porque a terra, principal fonte de sobrevivência para a população do Império, inclusive aquela da Palestina, era muito mal distribuída. Na Judeia e no Egito a situação da população rural “livre” era mais desfavorável que a dos escravos nas propriedades de senhores romanos. Em consonância com o discurso político moderno, Jesus de Nazaré estava no processo de efetuar a revolução política que transformaria a ordem imperial romana na Palestina.
  • 14. Alguns pesquisadores sustentam de que “de tudo que está escritos nos Evangelhos, só podemos aceitar que Jesus viveu e foi crucificado, sendo o resto meros adornos para maior glória da fé”. E acrescenta que “a interpretação dos acontecimentos descritos nos Evangelhos é uma questão aberta, e todo aquele que os ler ou analisar poderá fazer a sua própria interpretação. No que diz respeito às causas do julgamento de Jesus e à sua condenação, como também às circunstâncias, ao fundamento e ao objeto do julgamento, não aceitaremos o que está escrito nos Evangelhos como testemunhos indubitáveis; nossa atitude para com eles será a de um juiz cuidadoso e neutro, com a liberdade absoluta de quem tem diante de si em livro aberto”.
  • 15. Controvérsias evangélicas e as leis romanas e judias: No Evangelho de Lucas, quando a multidão (de judeus) levou Jesus a Pilatos, depois de o terem interrogado (os principais sacerdotes e anciãos), foi o nazareno acusado: “Perverte a nação e proíbe de dar tributo a César, dizendo que ele mesmo é um rei”. Aí, pelo evangelista Marcos, Jesus estaria sendo acusado pelos judeus como tendo infringido a lei romana, pois se colocava como rei e desafiava o Imperador Romano. Já no Evangelho de João, quando Pilatos entrega Jesus aos judeus, dizendo: “Tomai-o e crucifica-o, porque eu não achei nenhum delito nele”, os judeus responderam: “Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, ele deve morrer porque fez a si mesmo filho de Deus”. Aqui, evidentemente, por esse relato de João, Jesus teria infringido a lei judia.
  • 16. Aliás, o registro do Evangelho de João vai mais longe; quando Pilatos tentou por Jesus em liberdade, os judeus gritaram, preferindo que Barrabás fosse solto: “Se este soltas (referindo-se a Jesus) não és amigo de César . Todo aquele que se faz rei se opõe a César”. Assim, depois que João escreveu que, segundo a lei judia, Jesus deveria morrer, porque fez a si mesmo filho de Deus, procura mostrar que os judeus, vendo a intenção de Pilatos em soltar Jesus, teriam como que colocado o governador contra a parede. Por outro lado o Evangelho de Marcos registra que Jesus praticou blasfêmia diante do sumo sacerdote, quando esta o interrogou: És tu o Cristo filho de Deus?, e o nazareno respondeu: Eu sou . E sumo sacerdote, diante do concílio, interrogatório em sua casa, disse: Ouvistes a blasfêmia?
  • 17. É claro que os interlocutores ou não entendiam ou não queriam entender o que Jesus dizia. O magistrado Cohn, depois de analisar tantos documentos e de confrontar as inúmeras versões sobre o julgamento de Jesus, pondo inclusive por terra a eventual conspiração de Judas, que teria ajudado, por moedas, na busca e prisão do Nazareno, mostra-se propenso em aceitar que o relato do Evangelho de João é o mais coerente; segundo esse evangelista, Jesus foi preso por um tribuno romano no comando de sua corte, toda ou parte dela, em presença da guarda do templo. Entende que o relato merece fé, e já foi aceito pela maioria dos pesquisadores, porque, de todos os evangelistas, é João o que mais exagera na defesa dos romanos e na crítica aos judeus.
  • 18. Os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas falam que, no momento da prisão de Jesus, a multidão estava armada com espadas e garrotes ou porretes, enquanto João fala de velas, tochas e armas, não restando dúvidas de que as armas eram os soldados romanos. Os relatos evangélicos e a realidade histórica: Para entender esse julgamento, é preciso saber um pouco sobre a lei judaica e como ela existia na época. Com base no direito judeu, o autor entende que nos registros dos Evangelhos há muita coisa irreal e impossível, especialmente em relação ao Sinédrio; este não podia se reunir para casos de direito penal, na casa do sumo sacerdote, mas só no recinto oficial; não estava autorizado a se reunir à noite;
  • 19. casos possíveis de pena de morte não eram julgados em dias festivos, nem em vésperas de festas; Nenhum acusado pode ser condenado à morte pela sua confissão; só se condena um homem em julgamento, se pelo menos duas testemunhas o tenham visto cometer o ato de que é acusado; só será condenado o homem, se duas testemunhas disserem que o preveniram para não praticar o ato; o blasfemo não é considerado desde que não pronuncie expressamente o nome de Deus, na presença de testemunhas. Se o julgamento assim se deu, foi ilegal desde o início até o fim, e Jesus foi vítima de um assassinato judicial. Sob as provisões da lei judaica não poderia haver condenação por um crime capital baseado no testemunho de menos que duas pessoas.
  • 20. Uma testemunha era considerada o mesmo que nenhuma testemunha. Se houvessem apenas duas testemunhas, ambas teriam que concordar em todos os particulares até os mínimos detalhes. Sob a lei rabínica, o acusado tinha o direito de ter um defensor. A lei Mosaica dispunha ainda que um acusado não poderia ser obrigado a testemunhar contra si mesmo. Uma confissão voluntária não era suficiente para a condenação sob a lei Judaica. O ônus da prova ainda era do Estado, que tinha de provar que a confissão, se houvesse sido feita, teria sido feita livremente, de forma voluntária e de plena consciência. As testemunhas não tinham que jurar. O mandamento "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" era considerado suficiente para deter o perjúrio. Mentir na corte era perjúrio, sob juramento formal ou não.
  • 21. E mais ainda, havia duplo desestímulo adicional ao perjúrio. Qualquer testemunha em um caso de crime capital que desse falso testemunho recebia a pena de morte. Se o acusado de um crime capital fosse condenado, as testemunhas eram obrigadas a assistir à execução. Sob essa provisão da lei, as testemunhas geralmente escolhiam suas palavras cuidadosamente e só davam testemunho com grande cuidado. O Grande Sinédrio, a Suprema Corte Judaica, era a única corte com jurisdição sobre crimes puníveis com a morte. A criação do Sinédrio é atribuída a Moisés. Foi uma corte de 70 membros composta de um Sumo Sacerdote como juiz principal, uma Câmara Religiosa de 23 sacerdotes, uma Câmara Legal de 23 escribas, e uma Câmara Popular de 23 anciãos.
  • 22. Era a essa corte que Jesus se referia quando ele disse que devia ir a Jerusalém e sofrer nas mãos dos anciãos, sacerdotes e escribas. Ele sabia que pela decisão deles ele seria morto. Extremo cuidado era usado para selecionar os juízes dessa grande corte. Cada um devia ter pelo menos 40 anos de idade com experiência em pelo menos 3 cargos de dignidade gradativamente maior. Cada um tinha que ser uma pessoa de integridade incontestável e tido em alta estima por seus conterrâneos. Membros do Sinédrio atuavam como juízes e jurados. Eles não tinham um júri separado. Qualquer membro com interesses ou conhecimento pessoal das partes era requerido que se retirasse do julgamento. A Corte tinha que decidir a questão da culpa ou inocência apenas com evidências apresentadas no tribunal.
  • 23. O Sinédrio era encarregado sob a lei rabínica de proteger e defender o acusado. Nenhum membro da corte poderia atuar inteiramente como acusador ou promotor. A lei requeria que a corte desse aos acusados o benefício da dúvida para ajudar o acusado a estabelecer sua inocência. Os procedimentos de julgamento eram similares aos nossos. Seguindo-se à audiência preliminar, um sumário das evidências era dado por um dos juízes. Os espectadores eram então removidos do tribunal e os juízes votavam. Uma maioria era suficiente para condenar ou absolver. Se uma maioria votasse pela absolvição, o julgamento terminava e o condenado recebia a liberdade total. Se uma maioria votasse pela condenação, então um procedimento diferente era seguido. Nenhum anúncio de veredicto poderia ser feito nesse dia. A corte teria que adiar por um dia inteiro.
  • 24. Depois de provar que os relatos evangélicos não servem como relatos válidos para a história como ciência, o magistrado Cohn explica que as perseguições aos judeus, judiciais e extraconjugais, todas elas se produzem no fundo da fonte consciente ou inconsciente, como castigo pela culpa deles na crucificação de Jesus. Isso porque, o interesse dos Evangelhos era eminentemente religioso e missionário, e sua tendência era apologética com respeito ao Império Romano. Essa descrição intencional e equivocada obteve difusão mundial, convertendo- se em dogma e conquistando a metade do orbe. Foi apagada e esquecida a verdadeira realidade histórica.
  • 25. Estes textos apresentados exigem muita reflexão. Muita Paz! Visite meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.