SlideShare uma empresa Scribd logo
O JOVEM E A SOCIEDADE

                                                           José Aniervson Souza dos Santos1



Durante muito tempo a juventude foi vista como o problema da política, da igreja,
da escola, da polícia, da família, enfim das instituições. Hoje ela precisa ser
encarada como sujeito, como protagonista. Muitas das ações desenvolvidas hoje
restringem o jovem a uma única ação, um local, um pensamento e impede que os
mesmos possam desenvolver suas potencialidades e capacidades inerentes a sua
ideologia e cultura própria da época.

É comum, infelizmente, serem criados diversos projetos e/ou programas
direcionados ao público juvenil não como forma de protagonizá-los, mas como
meio de “castrar” seus impulsos, desejos, personalidade, pensamentos e suas
ideologias. Do contrário eles próprios seriam os co-construtores desses
programas. O tempo todo assistimos cenas de criminalização com adolescentes e
jovens. Será uma forma de dizer que os mesmos são culpados pela violência?
Perguntamos quem é o responsável pela segurança? O porquê será que os
adolescentes e jovens são os que mais morrem nas mãos dos policiais e dos
bandidos ? Por que tantos jovens se envolvem com drogas, com o narcotráfico?
Por que será que existe tanto caso de abuso sexual na adolescência? Porque a
metade dos desempregados no País é Jovem ? Por que existem tantas
adolescentes grávidas ou pais de famílias jovens ? Essas e outras perguntas já
passaram por nossas cabeças com respostas prontas. Minha intenção aqui não é
inocentar o jovem pelos seus atos, do contrário, desejo entender o que levam os
mesmos a cometê-los.

Porque então os jovens devem negar sua própria cultura, seus costumes, sua
regionalidade, sua personalidade para poderem ser aceitos em espaços públicos?
Porque será que volta e meia a sociedade quer fazer o jovem negar sua tradição,
sua identidade para permitir que os mesmos assumam alguns cargos? Será que

1
  Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – UPE e Pós-graduação em
Juventude no Mundo Contemporâneo pela FAJE. Atua na área de juventude há mais de 10 anos
acompanhando e assessorando grupos juvenis e instituições que trabalham com jovens. Desenvolve
acompanhamento a projetos governamentais que lidam com o público jovem. Já atuou na área social
em projetos do governo federal, lindando com famílias vulneráveis e em situação de risco, coordenando
atividades de aumento da autoestima, valorização pessoal, qualificação profissional e educacional,
reaproveitamento e tecnologia. Coordenou durante muitos anos a Pastoral da Juventude na Diocese de
Nazaré/PE,. Participou da comissão nacional de coordenação do Projeto da Pastoral da Juventude
intitulado “A Juventude quer Viver”, representando o Regional Nordeste 2 (CNBB). Foi Diretor
Presidente do Instituto de Protagonismo Juvenil – IPJ. Publicou 3 materiais de pesquisas desenvolvidos
pelo IPJ. Atuou na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) e no Programa ATITUDE do
Estado de Pernambuco. Foi Assessor Técnico do CMDCA e membro da Comissão Municipal Pró-Selo
Unicef em Surubim/PE. Atualmente é Development Instructor no Institute for Internacional Cooperation
and Development – IICD/Michigan/USA.
um jovem que usa seu cabelo “rastafari” não tem os mesmos direitos que um
jovem que tem seu cabelo liso? É culpa dele ter nascido negro e querer assumir
sua cultura, seu estilo? Será que uma jovem negra pra ser aceita num emprego e
não ser vista como delinqüente deve mesmo alisar seu cabelo e esquecer sua
cultura, como se fosse envergonhante ser negra? Porque então não entender as
suas tatuagens como resiginificação do corpo, dar um novo sentido talvez a alguns
traumas, esquecer acidentes, esconder marcas que a própria sociedade não
aceitaria? Porque então os jovens precisam se articular em “grupo”, “galera” para
serem ouvidos, aceitos, respeitados? Não será uma maneira de chamar a atenção
da sociedade para gestos e atitudes de exclusão e reclusão? Não seria então a
pichação uma maneira de dizer que existem e precisam ser ouvidos, levados em
conta, precisam ser respeitado? E porque então discriminar os Jovens pela sua
Orientação Sexual? Será que somos donos da verdade que não podemos aceitar
as diferenças dos outros? Que explicação se dá para uma sociedade que
criminaliza, penaliza e até extermina jovens pela sua vivência da sexualidade de
maneira diferente daquilo que foi imposto pela sociedade, onde a mesma sem
perceber e muitas vezes até consciente rotula esses jovens e os condenam.
Realmente tudo isso é necessário? Costumamos rotular a atitude dos jovens pelo
que vemos e não pelo que é verdadeiramente, afinal, nem ao menos procuramos
entende-los.

Sonhamos com um mundo de justiça e paz, onde todos possam se amar e
respeitar um ao outro. Sonhamos em um dia todos poderem andar na rua sem
medo de assaltos, deixar tranquilamente seus filhos com o vizinho. Sair a noite
sem medo do escuro. Mas afinal, o que estamos fazendo para que isso aconteça?
Será que comprando armas e colocando em nossas casas, estamos seguro do
assalto? Ou exterminaremos o primeiro que nos tentar assaltar? Desviar o
caminho ou trocar de calçada quando se avista um jovem de calças largas,
tatuagens, cabelos longos ou “black power” não é uma forma de extermínio,
exclusão, pré-conceitos, ao invés de segurança e precaução?

Existem algumas manifestações juvenis, como os punks, darks, carecas do
subúrbio, emos, roqueiros, sertanejos, skatistas, afros, campesinos, indígenas,
hippies, entre tantos outros, mas todos eles manifestam sua cultura e um gosto
específico, algo em comum entre os adeptos ao seguimento. É necessário olhar
pra esses jovens com perspectivas e não como desordeiros, pois eles são fieis ao
que acreditam, vemos isso claramente em suas atitudes, músicas, símbolos, etc. é
seu período de descobertas, crises, conquistas. “O Jovem é alguém que vive a
descoberta alucinadamente” (DICK, 2004, p. 65)

Podemos perceber que nos últimos anos o debate sobre juventude e sobre as
políticas públicas destinadas a esse seguimento tem crescido bastante. O
fenômeno juvenil tem sido alvo de diversas pesquisas, tanto dos governos públicos
como de ONGs, movimentos sociais e religiosos, estudiosos, acadêmicos, entre
outros, tendo visivelmente a crescente “onda” de projetos e entidades ligadas ao
assunto.
É necessário iniciar um debate sério sobre as políticas que estão sendo destinadas
a Juventude. Não é necessário apenas cria-las, mas permitir que elas atinjam de
verdade os jovens. Foucault explica que “haveria, assim, que abandonar a idéia de
centro pela idéia de rede do poder, que acentua a tensão estratégia do relacional
em vez do teleológico” (FOUCAULT, 1969) . É permitir então que seja criada uma
espécie de “rede”, onde todos possam participar de sua elaboração, nesse caso
específico, o Jovem.

Falar da Juventude na sociedade é falar na construção de um outro mundo
possível, na utopia do amor. Civilização do Amor!




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


FOUCAULT, Michel. A Escola de Ciência Política. Postado por Mestre Zé Rodrigo
em          5         de       julho      de       2007.       Disponível     em
http://farolpolitico.blogspot.com/2007/07/foucault-michel-1926-1984.html.. Acesso
em 24 jan. 2010.

DICK, Hilário. O divino no jovem: elementos teologais para a evangelização da
cultura juvenil. Porto Alegre: Instituto de Pastoral da Juventude: Rede Brasileira de
Centros e Institutos de Juventude, 2004.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Protagonismo juvenil 3
Protagonismo juvenil 3Protagonismo juvenil 3
Protagonismo juvenil 3Jonas Araújo
 
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Paula Meyer Piagentini
 
Avaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe Assunção
Avaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe AssunçãoAvaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe Assunção
Avaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe Assunção
Prof. Noe Assunção
 
Sociologia e meio ambiente
Sociologia e meio ambienteSociologia e meio ambiente
Sociologia e meio ambiente
EEBMiguelCouto
 
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...
Prof. Noe Assunção
 
O que são valores?
O que são valores?O que são valores?
O que são valores?
Italo Colares
 
Identidade cultural no Mundo
Identidade cultural no MundoIdentidade cultural no Mundo
Identidade cultural no Mundo
Escola Estadual Alonso de Morais Andrade
 
Juventude e participação política no século xxi
Juventude e participação política no século xxiJuventude e participação política no século xxi
Juventude e participação política no século xxi
Jonas Araújo
 
Texto filosofia - Indagar
Texto filosofia - Indagar Texto filosofia - Indagar
Texto filosofia - Indagar
Mary Alvarenga
 
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaExercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Psicologia_2015
 
o que é indústria cultural
o que é indústria culturalo que é indústria cultural
o que é indústria culturalJorge Miklos
 
Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014
Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014
Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014
Mary Alvarenga
 
O perfil do jovem de hoje slides
O perfil do jovem de hoje    slidesO perfil do jovem de hoje    slides
O perfil do jovem de hoje slidesMarcia Barreto
 
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano
Mary Alvarenga
 
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO - Prof. Noe Assunção
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO -  Prof. Noe AssunçãoAVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO -  Prof. Noe Assunção
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO - Prof. Noe Assunção
Prof. Noe Assunção
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
Paula Meyer Piagentini
 
Sociologia Desigualdade Social
Sociologia Desigualdade SocialSociologia Desigualdade Social
Sociologia Desigualdade Social
Jefferson Medeiiros Araújo
 

Mais procurados (20)

Protagonismo juvenil 3
Protagonismo juvenil 3Protagonismo juvenil 3
Protagonismo juvenil 3
 
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
Jogo de Tabuleiro Sociologia - Correntes Sociológicas
 
Avaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe Assunção
Avaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe AssunçãoAvaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe Assunção
Avaliação democracia e cidadania - 3º Sociologia - Prof. Noe Assunção
 
Alienação
AlienaçãoAlienação
Alienação
 
Sociologia e meio ambiente
Sociologia e meio ambienteSociologia e meio ambiente
Sociologia e meio ambiente
 
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...
 
Aula juventude
Aula juventudeAula juventude
Aula juventude
 
O que são valores?
O que são valores?O que são valores?
O que são valores?
 
Identidade cultural no Mundo
Identidade cultural no MundoIdentidade cultural no Mundo
Identidade cultural no Mundo
 
Juventude e participação política no século xxi
Juventude e participação política no século xxiJuventude e participação política no século xxi
Juventude e participação política no século xxi
 
Texto filosofia - Indagar
Texto filosofia - Indagar Texto filosofia - Indagar
Texto filosofia - Indagar
 
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaExercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
 
o que é indústria cultural
o que é indústria culturalo que é indústria cultural
o que é indústria cultural
 
Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014
Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014
Atividades de Filosofia - III bimestre - 2014
 
O perfil do jovem de hoje slides
O perfil do jovem de hoje    slidesO perfil do jovem de hoje    slides
O perfil do jovem de hoje slides
 
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano
Plano de Ensino de Filosofia - Ensino Médio - 3º ano
 
Exercícios juv
Exercícios juvExercícios juv
Exercícios juv
 
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO - Prof. Noe Assunção
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO -  Prof. Noe AssunçãoAVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO -  Prof. Noe Assunção
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CONCEITO DE TRABALHO - Prof. Noe Assunção
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
 
Sociologia Desigualdade Social
Sociologia Desigualdade SocialSociologia Desigualdade Social
Sociologia Desigualdade Social
 

Destaque

Sistema de status e papeis sociais
Sistema de status e papeis sociaisSistema de status e papeis sociais
Sistema de status e papeis sociaisRick Harley Mesquita
 
Papel do jovem na sociedade.
Papel do jovem na sociedade.Papel do jovem na sociedade.
Papel do jovem na sociedade.
Yago Nogueira
 
Palestra para a Juventude
Palestra para a JuventudePalestra para a Juventude
Palestra para a Juventude
ManuelDantas1976
 
Papéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalho
Papéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalhoPapéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalho
Papéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalho
Cristiano Bodart
 
Juventude!
Juventude!Juventude!
Juventude!
Dalila Melo
 
Juventude contemporânea (2)
Juventude contemporânea (2)Juventude contemporânea (2)
Juventude contemporânea (2)Helena Quarti
 
A juventude do século XXI
A juventude do século XXIA juventude do século XXI
A juventude do século XXI
Jonathan Reis
 

Destaque (10)

Sistema de status e papeis sociais
Sistema de status e papeis sociaisSistema de status e papeis sociais
Sistema de status e papeis sociais
 
Papel do jovem na sociedade.
Papel do jovem na sociedade.Papel do jovem na sociedade.
Papel do jovem na sociedade.
 
Sociologia da juventude
Sociologia da juventudeSociologia da juventude
Sociologia da juventude
 
Palestra para a Juventude
Palestra para a JuventudePalestra para a Juventude
Palestra para a Juventude
 
Papéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalho
Papéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalhoPapéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalho
Papéis sociais, conflitos de papéis e as relações sociais no trabalho
 
Juventudes
Juventudes Juventudes
Juventudes
 
Juventude
JuventudeJuventude
Juventude
 
Juventude!
Juventude!Juventude!
Juventude!
 
Juventude contemporânea (2)
Juventude contemporânea (2)Juventude contemporânea (2)
Juventude contemporânea (2)
 
A juventude do século XXI
A juventude do século XXIA juventude do século XXI
A juventude do século XXI
 

Semelhante a O Jovem e a Sociedade

Juventude e Violência
Juventude e ViolênciaJuventude e Violência
Juventude e Violência
Aniervson Santos
 
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_webCartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Rosemary Batista
 
Contra a Violência e o Extermínio de Jovens
Contra a Violência e o Extermínio de JovensContra a Violência e o Extermínio de Jovens
Contra a Violência e o Extermínio de Jovens
Aniervson Santos
 
Apostila do curso violência sexual
Apostila do curso violência sexual Apostila do curso violência sexual
Apostila do curso violência sexual
Laura Fernanda Nunes
 
Apostila do curso violencia sexual ea d apos
Apostila do curso violencia sexual   ea d aposApostila do curso violencia sexual   ea d apos
Apostila do curso violencia sexual ea d apos
Laura Fernanda Nunes
 
cartilha-parou-aqui.pdf
cartilha-parou-aqui.pdfcartilha-parou-aqui.pdf
cartilha-parou-aqui.pdf
RaquelBrito54
 
Slide erotização
Slide erotizaçãoSlide erotização
Slide erotização
kady2014
 
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒProjetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒElza Silva
 
Seminário SINDSASC DF Abril 2017
Seminário SINDSASC DF Abril 2017Seminário SINDSASC DF Abril 2017
Seminário SINDSASC DF Abril 2017
SINDSASC
 
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptxadolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
EdnaBaslio
 
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptxadolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
NaiaraMendes13
 
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptxadolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
NaiaraMendes13
 
Trabalho do curso de direito sobre pedofilia
Trabalho do curso de direito sobre pedofiliaTrabalho do curso de direito sobre pedofilia
Trabalho do curso de direito sobre pedofiliaOhanny Menezes
 
2ºc
2ºc2ºc
39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae
39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae
39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999aeMarcia Gomes
 
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PE
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PEA Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PE
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PE
Aniervson Santos
 
Adole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexualAdole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexualOnésimo Remígio
 

Semelhante a O Jovem e a Sociedade (20)

Juventude e Violência
Juventude e ViolênciaJuventude e Violência
Juventude e Violência
 
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_webCartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
Cartilha violencia contra_criancas_adolescentes_web
 
Contra a Violência e o Extermínio de Jovens
Contra a Violência e o Extermínio de JovensContra a Violência e o Extermínio de Jovens
Contra a Violência e o Extermínio de Jovens
 
Protagonismo
ProtagonismoProtagonismo
Protagonismo
 
Apostila do curso violência sexual
Apostila do curso violência sexual Apostila do curso violência sexual
Apostila do curso violência sexual
 
Apostila do curso violencia sexual ea d apos
Apostila do curso violencia sexual   ea d aposApostila do curso violencia sexual   ea d apos
Apostila do curso violencia sexual ea d apos
 
cartilha-parou-aqui.pdf
cartilha-parou-aqui.pdfcartilha-parou-aqui.pdf
cartilha-parou-aqui.pdf
 
abuso sexxual
abuso sexxualabuso sexxual
abuso sexxual
 
Slide erotização
Slide erotizaçãoSlide erotização
Slide erotização
 
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒProjetoo de legislaã§ã£o   o idoso numa pespectiva cicadãƒ
Projetoo de legislaã§ã£o o idoso numa pespectiva cicadãƒ
 
Seminário SINDSASC DF Abril 2017
Seminário SINDSASC DF Abril 2017Seminário SINDSASC DF Abril 2017
Seminário SINDSASC DF Abril 2017
 
Juventude e cidadania
Juventude e cidadaniaJuventude e cidadania
Juventude e cidadania
 
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptxadolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
 
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptxadolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
 
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptxadolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
adolescencia(s) juventudes(s) final.pptx
 
Trabalho do curso de direito sobre pedofilia
Trabalho do curso de direito sobre pedofiliaTrabalho do curso de direito sobre pedofilia
Trabalho do curso de direito sobre pedofilia
 
2ºc
2ºc2ºc
2ºc
 
39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae
39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae
39 da691a fd4e-d119-3dae60914b0999ae
 
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PE
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PEA Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PE
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PE
 
Adole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexualAdole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexual
 

Mais de Aniervson Santos

Nasci no Século Passado
Nasci no Século PassadoNasci no Século Passado
Nasci no Século Passado
Aniervson Santos
 
Como um beijo pode movimentar tanto as redes sociais
Como um beijo pode movimentar tanto as redes sociaisComo um beijo pode movimentar tanto as redes sociais
Como um beijo pode movimentar tanto as redes sociais
Aniervson Santos
 
Vale Tudo
Vale TudoVale Tudo
Vale Tudo
Aniervson Santos
 
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...
Aniervson Santos
 
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militânciaO que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância
Aniervson Santos
 
Relação de amizade entre o Verbo e eu
Relação de amizade entre o Verbo e euRelação de amizade entre o Verbo e eu
Relação de amizade entre o Verbo e eu
Aniervson Santos
 
Finalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da Juventude
Finalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da JuventudeFinalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da Juventude
Finalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da Juventude
Aniervson Santos
 
Homens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferenças
Homens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferençasHomens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferenças
Homens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferençasAniervson Santos
 
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Aniervson Santos
 
Metodologia do Trabalho com as Juventudes
Metodologia do Trabalho com as JuventudesMetodologia do Trabalho com as Juventudes
Metodologia do Trabalho com as Juventudes
Aniervson Santos
 
Poverty Results of a Political Machine Dehumanized
Poverty Results of a Political Machine DehumanizedPoverty Results of a Political Machine Dehumanized
Poverty Results of a Political Machine Dehumanized
Aniervson Santos
 
Uma Visão da Juventude a partir da Ação Católica
Uma Visão da Juventude a partir da Ação CatólicaUma Visão da Juventude a partir da Ação Católica
Uma Visão da Juventude a partir da Ação Católica
Aniervson Santos
 
Pobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada
Pobreza Resultado de Uma Máquina Política DesumanizadaPobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada
Pobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada
Aniervson Santos
 
Pelo Direito do Jovem à Vida
Pelo Direito do Jovem à VidaPelo Direito do Jovem à Vida
Pelo Direito do Jovem à Vida
Aniervson Santos
 
O Jovem José ou o José Jovem
O Jovem José ou o José JovemO Jovem José ou o José Jovem
O Jovem José ou o José Jovem
Aniervson Santos
 
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação JuvenilConselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
Aniervson Santos
 
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de JuventudeAfirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Aniervson Santos
 
A presença Juvenil no Espaço Religioso Brasileiro
A presença Juvenil no Espaço Religioso BrasileiroA presença Juvenil no Espaço Religioso Brasileiro
A presença Juvenil no Espaço Religioso Brasileiro
Aniervson Santos
 
Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...
Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...
Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...
Aniervson Santos
 
Sexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolar
Sexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolarSexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolar
Sexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolar
Aniervson Santos
 

Mais de Aniervson Santos (20)

Nasci no Século Passado
Nasci no Século PassadoNasci no Século Passado
Nasci no Século Passado
 
Como um beijo pode movimentar tanto as redes sociais
Como um beijo pode movimentar tanto as redes sociaisComo um beijo pode movimentar tanto as redes sociais
Como um beijo pode movimentar tanto as redes sociais
 
Vale Tudo
Vale TudoVale Tudo
Vale Tudo
 
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...
 
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militânciaO que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militância
 
Relação de amizade entre o Verbo e eu
Relação de amizade entre o Verbo e euRelação de amizade entre o Verbo e eu
Relação de amizade entre o Verbo e eu
 
Finalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da Juventude
Finalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da JuventudeFinalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da Juventude
Finalmente Surubim aprova lei que cria o Conselho Municipal da Juventude
 
Homens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferenças
Homens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferençasHomens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferenças
Homens e mulheres de oração, onde a sexualidade não produz diferenças
 
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
 
Metodologia do Trabalho com as Juventudes
Metodologia do Trabalho com as JuventudesMetodologia do Trabalho com as Juventudes
Metodologia do Trabalho com as Juventudes
 
Poverty Results of a Political Machine Dehumanized
Poverty Results of a Political Machine DehumanizedPoverty Results of a Political Machine Dehumanized
Poverty Results of a Political Machine Dehumanized
 
Uma Visão da Juventude a partir da Ação Católica
Uma Visão da Juventude a partir da Ação CatólicaUma Visão da Juventude a partir da Ação Católica
Uma Visão da Juventude a partir da Ação Católica
 
Pobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada
Pobreza Resultado de Uma Máquina Política DesumanizadaPobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada
Pobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada
 
Pelo Direito do Jovem à Vida
Pelo Direito do Jovem à VidaPelo Direito do Jovem à Vida
Pelo Direito do Jovem à Vida
 
O Jovem José ou o José Jovem
O Jovem José ou o José JovemO Jovem José ou o José Jovem
O Jovem José ou o José Jovem
 
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação JuvenilConselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
 
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de JuventudeAfirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
 
A presença Juvenil no Espaço Religioso Brasileiro
A presença Juvenil no Espaço Religioso BrasileiroA presença Juvenil no Espaço Religioso Brasileiro
A presença Juvenil no Espaço Religioso Brasileiro
 
Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...
Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...
Jovem versus Trabalho: o que resta da sociedade contemporânea para essa class...
 
Sexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolar
Sexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolarSexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolar
Sexualidade Juvenil: o discurso sobre a sexualidade no espaço escolar
 

Último

APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
CarlosEduardoSola
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
Letícia Butterfield
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
Escola Municipal Jesus Cristo
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
Martin M Flynn
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
LeandroTelesRocha2
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
pamellaaraujo10
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
goncalopecurto
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
profesfrancleite
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
felipescherner
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
estermidiasaldanhada
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
IsabelPereira2010
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Centro Jacques Delors
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
Lídia Pereira Silva Souza
 
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxSlides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
CrislaineSouzaSantos
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Letras Mágicas
 

Último (20)

APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
 
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxSlides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptx
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 

O Jovem e a Sociedade

  • 1. O JOVEM E A SOCIEDADE José Aniervson Souza dos Santos1 Durante muito tempo a juventude foi vista como o problema da política, da igreja, da escola, da polícia, da família, enfim das instituições. Hoje ela precisa ser encarada como sujeito, como protagonista. Muitas das ações desenvolvidas hoje restringem o jovem a uma única ação, um local, um pensamento e impede que os mesmos possam desenvolver suas potencialidades e capacidades inerentes a sua ideologia e cultura própria da época. É comum, infelizmente, serem criados diversos projetos e/ou programas direcionados ao público juvenil não como forma de protagonizá-los, mas como meio de “castrar” seus impulsos, desejos, personalidade, pensamentos e suas ideologias. Do contrário eles próprios seriam os co-construtores desses programas. O tempo todo assistimos cenas de criminalização com adolescentes e jovens. Será uma forma de dizer que os mesmos são culpados pela violência? Perguntamos quem é o responsável pela segurança? O porquê será que os adolescentes e jovens são os que mais morrem nas mãos dos policiais e dos bandidos ? Por que tantos jovens se envolvem com drogas, com o narcotráfico? Por que será que existe tanto caso de abuso sexual na adolescência? Porque a metade dos desempregados no País é Jovem ? Por que existem tantas adolescentes grávidas ou pais de famílias jovens ? Essas e outras perguntas já passaram por nossas cabeças com respostas prontas. Minha intenção aqui não é inocentar o jovem pelos seus atos, do contrário, desejo entender o que levam os mesmos a cometê-los. Porque então os jovens devem negar sua própria cultura, seus costumes, sua regionalidade, sua personalidade para poderem ser aceitos em espaços públicos? Porque será que volta e meia a sociedade quer fazer o jovem negar sua tradição, sua identidade para permitir que os mesmos assumam alguns cargos? Será que 1 Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – UPE e Pós-graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo pela FAJE. Atua na área de juventude há mais de 10 anos acompanhando e assessorando grupos juvenis e instituições que trabalham com jovens. Desenvolve acompanhamento a projetos governamentais que lidam com o público jovem. Já atuou na área social em projetos do governo federal, lindando com famílias vulneráveis e em situação de risco, coordenando atividades de aumento da autoestima, valorização pessoal, qualificação profissional e educacional, reaproveitamento e tecnologia. Coordenou durante muitos anos a Pastoral da Juventude na Diocese de Nazaré/PE,. Participou da comissão nacional de coordenação do Projeto da Pastoral da Juventude intitulado “A Juventude quer Viver”, representando o Regional Nordeste 2 (CNBB). Foi Diretor Presidente do Instituto de Protagonismo Juvenil – IPJ. Publicou 3 materiais de pesquisas desenvolvidos pelo IPJ. Atuou na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) e no Programa ATITUDE do Estado de Pernambuco. Foi Assessor Técnico do CMDCA e membro da Comissão Municipal Pró-Selo Unicef em Surubim/PE. Atualmente é Development Instructor no Institute for Internacional Cooperation and Development – IICD/Michigan/USA.
  • 2. um jovem que usa seu cabelo “rastafari” não tem os mesmos direitos que um jovem que tem seu cabelo liso? É culpa dele ter nascido negro e querer assumir sua cultura, seu estilo? Será que uma jovem negra pra ser aceita num emprego e não ser vista como delinqüente deve mesmo alisar seu cabelo e esquecer sua cultura, como se fosse envergonhante ser negra? Porque então não entender as suas tatuagens como resiginificação do corpo, dar um novo sentido talvez a alguns traumas, esquecer acidentes, esconder marcas que a própria sociedade não aceitaria? Porque então os jovens precisam se articular em “grupo”, “galera” para serem ouvidos, aceitos, respeitados? Não será uma maneira de chamar a atenção da sociedade para gestos e atitudes de exclusão e reclusão? Não seria então a pichação uma maneira de dizer que existem e precisam ser ouvidos, levados em conta, precisam ser respeitado? E porque então discriminar os Jovens pela sua Orientação Sexual? Será que somos donos da verdade que não podemos aceitar as diferenças dos outros? Que explicação se dá para uma sociedade que criminaliza, penaliza e até extermina jovens pela sua vivência da sexualidade de maneira diferente daquilo que foi imposto pela sociedade, onde a mesma sem perceber e muitas vezes até consciente rotula esses jovens e os condenam. Realmente tudo isso é necessário? Costumamos rotular a atitude dos jovens pelo que vemos e não pelo que é verdadeiramente, afinal, nem ao menos procuramos entende-los. Sonhamos com um mundo de justiça e paz, onde todos possam se amar e respeitar um ao outro. Sonhamos em um dia todos poderem andar na rua sem medo de assaltos, deixar tranquilamente seus filhos com o vizinho. Sair a noite sem medo do escuro. Mas afinal, o que estamos fazendo para que isso aconteça? Será que comprando armas e colocando em nossas casas, estamos seguro do assalto? Ou exterminaremos o primeiro que nos tentar assaltar? Desviar o caminho ou trocar de calçada quando se avista um jovem de calças largas, tatuagens, cabelos longos ou “black power” não é uma forma de extermínio, exclusão, pré-conceitos, ao invés de segurança e precaução? Existem algumas manifestações juvenis, como os punks, darks, carecas do subúrbio, emos, roqueiros, sertanejos, skatistas, afros, campesinos, indígenas, hippies, entre tantos outros, mas todos eles manifestam sua cultura e um gosto específico, algo em comum entre os adeptos ao seguimento. É necessário olhar pra esses jovens com perspectivas e não como desordeiros, pois eles são fieis ao que acreditam, vemos isso claramente em suas atitudes, músicas, símbolos, etc. é seu período de descobertas, crises, conquistas. “O Jovem é alguém que vive a descoberta alucinadamente” (DICK, 2004, p. 65) Podemos perceber que nos últimos anos o debate sobre juventude e sobre as políticas públicas destinadas a esse seguimento tem crescido bastante. O fenômeno juvenil tem sido alvo de diversas pesquisas, tanto dos governos públicos como de ONGs, movimentos sociais e religiosos, estudiosos, acadêmicos, entre outros, tendo visivelmente a crescente “onda” de projetos e entidades ligadas ao assunto.
  • 3. É necessário iniciar um debate sério sobre as políticas que estão sendo destinadas a Juventude. Não é necessário apenas cria-las, mas permitir que elas atinjam de verdade os jovens. Foucault explica que “haveria, assim, que abandonar a idéia de centro pela idéia de rede do poder, que acentua a tensão estratégia do relacional em vez do teleológico” (FOUCAULT, 1969) . É permitir então que seja criada uma espécie de “rede”, onde todos possam participar de sua elaboração, nesse caso específico, o Jovem. Falar da Juventude na sociedade é falar na construção de um outro mundo possível, na utopia do amor. Civilização do Amor! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FOUCAULT, Michel. A Escola de Ciência Política. Postado por Mestre Zé Rodrigo em 5 de julho de 2007. Disponível em http://farolpolitico.blogspot.com/2007/07/foucault-michel-1926-1984.html.. Acesso em 24 jan. 2010. DICK, Hilário. O divino no jovem: elementos teologais para a evangelização da cultura juvenil. Porto Alegre: Instituto de Pastoral da Juventude: Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, 2004.