O documento discute a participação juvenil nos Conselhos de Juventude no Brasil. Os Conselhos de Juventude oferecem uma oportunidade para os jovens participarem do processo político e influenciarem políticas públicas que beneficiem os jovens. No entanto, a participação juvenil nesses conselhos é recente e os jovens ainda enfrentam estereótipos que dificultam seu engajamento político.
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PEAniervson Santos
Artigo apresentado ao Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Juventude no Mundo Contemporâneo - FAJE que visa trazer considerações a cerca da participação da juventude surubinense em relação ao processo de construção de suas políticas públicas no município.
A Participação da Juventude na Construção das PPJs em Surubim/PEAniervson Santos
Artigo apresentado ao Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Juventude no Mundo Contemporâneo - FAJE que visa trazer considerações a cerca da participação da juventude surubinense em relação ao processo de construção de suas políticas públicas no município.
Qual a importância dos jovens na política e como tem sido sua participação na mesma?
Integrantes:
Luiz Felipe Callado Cabral
Monique Borges da Silva
Thamyris Rafaele Lopes Diniz
Orientadora: Margarida Maria Rocha Bandeira de Araújo
Textos de Augusto de Franco publicados no Facebook, entre maio e setembro de 2014, sobre o Decreto 8.243/2014 que institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...UFPB
A construção desse problema de pesquisa ocorreu de forma a investigar a configuração de políticas públicas para a juventude rural e como está ocorrendo à inserção dessa agenda política do Estado no Brasil. A questão central colocada para a pesquisa é: como ocorreu o processo de configuração das políticas públicas para a juventude rural no âmbito do governo federal? A metodologia acionada para esse estudo é qualitativa e os procedimentos de pesquisa adotados foram à observação participante, entrevistas e análise documental. Ao longo da pesquisa foram evidenciados os atores, as políticas formuladas e de que forma a categoria juventude rural foi expressa ao longo desse processo.
Palavras chave: Estado; Políticas Públicas; Juventude rural; Agricultura familiar ecamponesa; Configuração
Plano de Ação do Compromisso Nacional pela Participação Social - Guia Técnico...Colaborativismo
Este guia técnico orientador traz recomendações para a elaboração do Plano de Ação do Compromisso Nacional pela Participação Social, voltado especificamente a estados e municípios que a ele aderirem, ou a orgãos públicos em geral que pretendam ampliar suas ações participativas.
Plano de Ação do Compromisso Nacional pela Participação Social - Guia Técnico...Danilo de Azevedo
Compromisso Nacional pela Participação Social
Com o objetivo de promover a participação social como método de governo e política de Estado, o governo federal apresenta o Compromisso Nacional pela Participação Social, instrumento para reconhecer participação social como estratégia de democratização das decisões sobre as políticas públicas.
Vários foram os esforços feitos visando a criação de mecanismos de participação social. No entanto, parte significativa da população ainda não tem acesso a essas instâncias, não podendo exercer plenamente a sua cidadania. A Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição Federal de 1988, tratados e acordos internacionais reconhecem a participação social como direito.
O Compromisso é resultado da ação conjunta da Secretaria-Geral da Presidência da República e de secretários estaduais de Participação Social que consolidou e aprovou a proposta, submetida a processo de consulta pública em 2013. A instituição do Compromisso Nacional pela Participação Social contribui para o aumento da transparência administrativa e a qualificação das instâncias e mecanismos que permitirão ao cidadão participar dos espaços democráticos da sua cidade, estado e do país.
Trabalho apresentado no DT 7 – Comunicação, Espaço e Cidadania do XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, realizado de 22 a 24 de maio de 2014.
Quem é o seu líder e com quem eu negocio? Dilemas do defasado sistema políti...Marcelo Pilon
Nas manifestações de junho havia ondas de manifestantes com expectativas diferentes, uma grande obra coletiva, que não apenas carregavam cartazes; eles interpretavam e davam sentido a seus anseios.
Qual a importância dos jovens na política e como tem sido sua participação na mesma?
Integrantes:
Luiz Felipe Callado Cabral
Monique Borges da Silva
Thamyris Rafaele Lopes Diniz
Orientadora: Margarida Maria Rocha Bandeira de Araújo
Textos de Augusto de Franco publicados no Facebook, entre maio e setembro de 2014, sobre o Decreto 8.243/2014 que institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências
A formulação das políticas públicas para a juventude rural no Brasil e os ele...UFPB
A construção desse problema de pesquisa ocorreu de forma a investigar a configuração de políticas públicas para a juventude rural e como está ocorrendo à inserção dessa agenda política do Estado no Brasil. A questão central colocada para a pesquisa é: como ocorreu o processo de configuração das políticas públicas para a juventude rural no âmbito do governo federal? A metodologia acionada para esse estudo é qualitativa e os procedimentos de pesquisa adotados foram à observação participante, entrevistas e análise documental. Ao longo da pesquisa foram evidenciados os atores, as políticas formuladas e de que forma a categoria juventude rural foi expressa ao longo desse processo.
Palavras chave: Estado; Políticas Públicas; Juventude rural; Agricultura familiar ecamponesa; Configuração
Plano de Ação do Compromisso Nacional pela Participação Social - Guia Técnico...Colaborativismo
Este guia técnico orientador traz recomendações para a elaboração do Plano de Ação do Compromisso Nacional pela Participação Social, voltado especificamente a estados e municípios que a ele aderirem, ou a orgãos públicos em geral que pretendam ampliar suas ações participativas.
Plano de Ação do Compromisso Nacional pela Participação Social - Guia Técnico...Danilo de Azevedo
Compromisso Nacional pela Participação Social
Com o objetivo de promover a participação social como método de governo e política de Estado, o governo federal apresenta o Compromisso Nacional pela Participação Social, instrumento para reconhecer participação social como estratégia de democratização das decisões sobre as políticas públicas.
Vários foram os esforços feitos visando a criação de mecanismos de participação social. No entanto, parte significativa da população ainda não tem acesso a essas instâncias, não podendo exercer plenamente a sua cidadania. A Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição Federal de 1988, tratados e acordos internacionais reconhecem a participação social como direito.
O Compromisso é resultado da ação conjunta da Secretaria-Geral da Presidência da República e de secretários estaduais de Participação Social que consolidou e aprovou a proposta, submetida a processo de consulta pública em 2013. A instituição do Compromisso Nacional pela Participação Social contribui para o aumento da transparência administrativa e a qualificação das instâncias e mecanismos que permitirão ao cidadão participar dos espaços democráticos da sua cidade, estado e do país.
Trabalho apresentado no DT 7 – Comunicação, Espaço e Cidadania do XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, realizado de 22 a 24 de maio de 2014.
Quem é o seu líder e com quem eu negocio? Dilemas do defasado sistema políti...Marcelo Pilon
Nas manifestações de junho havia ondas de manifestantes com expectativas diferentes, uma grande obra coletiva, que não apenas carregavam cartazes; eles interpretavam e davam sentido a seus anseios.
A influência do contexto educacional e socioeconômico sobre a perspectiva dos...Mário Cruz
Este trabalho traz como proposta uma análise acerca de como o contexto educacional e socioeconômico, pode influenciar no direcionamento da perspectiva sobre fatos políticos dos jovens integrantes do movimento sócioreligioso Pastoral da Juventude, detentora de um histórico de lutas em prol dos direitos da juventude. Utilizou-se como objeto o impeachment instaurado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff. Para atingir o objetivo da pesquisa, realizou-se com apoio de lideranças do movimento a nível estadual, uma pesquisa por meio de formulário eletrônico, em 10 dioceses onde encontram-se agentes desse movimento e na Arquidiocese de São Luís. Buscou-se uma análise quantitativa, sobre a visão política dos entrevistados, relacionando-a com o grau de instrução e o meio social. Este trabalho apresenta um jovem maranhense com um perfil mais crítico e formador de opinião, capaz de apontar consequências socioeconômicas acerca das últimas transformações do cenário político brasileiro.
Palavras-Chave: Política. Educação. Juventude. Perspectiva.
As diversidades da sociedade civil Moçambicana são exprimidas em uma profunda contradição e em consequências socioeconómicas e políticas. Além disso, é possível perceber que os tais conceitos têm uma longa e tortuosa história no campo das ideias políticas remontando ao início da modernidade e apresentando distintos significados dependendo das posições teóricas, do contexto histórico e da forma de autoridade política no período em questão.
As diversidades da sociedade civil Moçambicana são exprimidas em uma profunda contradição e em consequências socioeconómicas e políticas. Além disso, é possível perceber que os tais conceitos têm uma longa e tortuosa história no campo das ideias políticas remontando ao início da modernidade e apresentando distintos significados dependendo das posições teóricas, do contexto histórico e da forma de autoridade política no período em questão. É neste contexto que se pretende desenvolver o conceito de sociedade civil e o seu papel no desenvolvimento da sociedade civil moçambicana sem deixar de lado os princípios de boa governação em particular a natureza e o benefício sócio económico de cada princípio.
A contribuição do serviço social na formação e qualificação dos jovens salvad...Pricrisostomo
Esse artigo discorre a contribuição do Serviço Social na inserção no mercado de trabalho de jovens em situação de vulnerabilidade por meio de projetos sociais.
A pluralidade cultural quer dizer a afirmação da diversidade. Ela traz a consciência da realidade que vivemos e oferece elementos para compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir valores do outro, e sim respeitá-lo. A singularidade entre culturas é fruto do processo de cada grupo social. Desigualdade social e discriminação são fatores que contribuem para a exclusão social.
Semelhante a Conselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil (20)
O que Vi, Vivi e Ouvi nas Terras da Mãe África: contação da experiência de fa...Aniervson Santos
Livro contando minha experiência de voluntariado na África pela Federação Humana People to People. O livro fala sobre os motivos, como foi o programa, como é a organização e os motivos de ter abandonado o projeto.
O que Vi, Vivi e Ouvi em 2013: uma retrospectiva de minha militânciaAniervson Santos
Este texto se propõe a fazer um apanhado de minha militância no ano de 2013. Apresento alguns desafios e processos de conquistas neste ano, além é claro da ampliação do meu campo de atuação enquanto militante das causas sociais.
Um texto dedicado a minha rosa que me cativou imensamente.
Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Conselhos de Juventude: Espaço de Participação Juvenil
1. CONSELHOS DE JUVENTUDE: ESPAÇO DE PARTICIPAÇÃO JUVENIL
José Aniervson Souza dos Santos1
Tratar da temática de participação juvenil nos conselhos de juventude é uma forma
de promover a descentralidade das ações pensadas e desenvolvidas acerca do
mundo juvenil. Os Conselhos de Juventude no Brasil tem sua história de
articulação recente, visto que o Conselho Nacional de Juventude (CONJUV)
juntamente com a Secretaria Nacional de Juventude foram instituídos no ano de
2005, embora os conselhos, de outras naturezas, começassem a ser instituídos
após a promulgação da CF de 88 e alguns outros organismos de natureza
semelhante como coordenadoria ou diretoria de juventude já tivesse sendo criadas
em outras esferas de governo.
A participação juvenil nesses conselhos se dá de diversas maneiras, desde a
contribuição na articulação das propostas até a efetiva participação como
conselheiro/a.
Podemos perceber que nos últimos anos o debate sobre juventude e sobre as
políticas públicas destinadas a esse seguimento tem crescido bastante. O
fenômeno juvenil tem sido alvo de diversas pesquisas, tanto dos governos públicos
como de ONGs, movimentos sociais e religiosos, estudiosos, acadêmicos, entre
outros, tendo visivelmente a crescente “onda” de projetos e entidades ligadas ao
assunto.
O que parece valer a pena ressaltar é que a juventude, como tema político,
emerge depois do processo de redemocratização da sociedade brasileira, depois
do momento de debate mais intenso sobre a consolidação dos direitos de
cidadania, que se corporificou no processo da Constituinte, no final dos anos 80.
Os sujeitos deste processo foram os movimentos sociais que se articularam (na
sua maioria nos anos 70, mas alguns desde antes), sobretudo pela retomada da
democracia e pela constituição de políticas setoriais (como educação, saúde,
trabalho, entre outras). (ABRAMO, 2005. p. 14).
1
Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – UPE e Pós-graduação em
Juventude no Mundo Contemporâneo pela FAJE. Atua na área de juventude há mais de 10 anos
acompanhando e assessorando grupos juvenis e instituições que trabalham com jovens. Desenvolve
acompanhamento a projetos governamentais que lidam com o público jovem. Já atuou na área social
em projetos do governo federal, lindando com famílias vulneráveis e em situação de risco, coordenando
atividades de aumento da autoestima, valorização pessoal, qualificação profissional e educacional,
reaproveitamento e tecnologia. Coordenou durante muitos anos a Pastoral da Juventude na Diocese de
Nazaré/PE,. Participou da comissão nacional de coordenação do Projeto da Pastoral da Juventude
intitulado “A Juventude quer Viver”, representando o Regional Nordeste 2 (CNBB). Foi Diretor
Presidente do Instituto de Protagonismo Juvenil – IPJ. Publicou 3 materiais de pesquisas desenvolvidos
pelo IPJ. Atuou na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) e no Programa ATITUDE do
Estado de Pernambuco. Foi Assessor Técnico do CMDCA e membro da Comissão Municipal Pró-Selo
Unicef em Surubim/PE. Atualmente é Development Instructor no Institute for Internacional Cooperation
and Development – IICD/Michigan/USA.
2. De certa forma, a falta de diálogo sobre a juventude se dava pela falta de atores
políticos e/ou agentes pastorais mobilizados e reivindicando políticas destinadas
aos jovens. Os movimentos que começaram a sua articulação estavam na década
de 70 e 80, em torno dos movimentos estudantis e dos partidos políticos. Quando
o tema “Juventude” alcança a agenda política vem impulsionada de uma
problemática reiterada pela sociedade com os chamados Problemas da Juventude
(situação onde coloca moças e rapazes em situação de agressividade, desvio de
comportamento, riscos para a sociedade). Noutro viés, é possível dizer que
mesmo nessa perspectiva, a criação desses espaços já contribui para a
participação dos jovens na construção de propostas na agenda política, mesmo
sabendo que é muito recente essa forma de participação juvenil através dos
conselhos.
Vale ressaltar também que a “abertura política” nesse aspecto de participação da
sociedade como construção da política local num espaço de democracia e
descentralidade do poder, é um ganho social e histórico que contribui para a
presença dos atores políticos interessados nas mais diversas áreas da agenda
política. Foucault (1969) explica que “haveria, assim, que abandonar a idéia de
centro pela idéia de rede do poder, que acentua a tensão estratégica do relacional
em vez do teleológico ”. É quando o poder ao invés de estar concentrado num
lugar ou pessoa, ele perpassa as camadas sociais possibilitando que seja
instituída uma “rede”, onde cada indivíduo se sinta parte e co-responsável da
construção do papel político local. Dessa forma, dizer que os jovens também
estão, ou ao menos deveriam estar, participando dessa “rede de poder”.
Ainda citando Foucault:
O poder não vem do centro do Estado e a própria centralização não passa de um
efeito, de um imperativo estratégico, que é simplesmente objeto de múltiplas
tentativas que se vão renovando, num jogo de poder. Até porque o poder se deixa
invadir pelo prazer que ele persegue (FOUCAULT, 1969).
É comum em regiões onde existem os Conselhos de Juventude ver a “galera” se
organizando, reivindicando, participando da construção de propostas que
contribuam e beneficiem toda a camada da juventude em toda a sua perspectiva
(saúde, esporte, lazer, música...) diferente das organizações juvenis do passado
que se reuniam num único objetivo de lutar pelas melhorias na educação e ainda
não tinham seu foco como centro os anseios especificamente da juventude.
Em outras palavras, os Conselhos de Juventude interagem com todas as esferas
políticas do governo, levando idéias e propostas de ações específicas que possam
ser implementadas pelo Poder Público. Trata-se, portanto, de um órgão estratégico
de apoio governamental que desempenha funções consultivas e fiscalizadoras.
Além disso, constitui-se num lócus legítimo e democrático de interação entre a
sociedade civil e o Poder Público, possibilitando ao jovem uma oportunidade única
de levar suas reivindicações até os poderes constituídos e, dessa maneira, tornar-
se sujeito participativo do processo político.
3. Os CMJs são um espaço apartidário e democrático que possibilitam o
engajamento político real do jovem, tornando-o capaz de influenciar a elaboração
de Políticas Públicas que beneficiem a Juventude, a fim de melhorar as condições
sociais, políticas, econômicas e culturais desse segmento (LEITE, 2009).
Além disso, a ação política dos Conselhos de Juventude visa também à mudança
do patamar de compreensão da sociedade sobre este importante segmento social,
uma vez que é preciso que todos saibam qual é a real condição do jovem na sua
realidade local e quais as suas mais urgentes necessidades. Os jovens envolvidos
nas atividades dos Conselhos, nas três esferas do governo, buscam exercer uma
atividade cívica que representa um saudável exercício de cidadania e de
fortalecimento das estruturas democráticas locais, regionais e nacionais, além de
proporcionar o empoderamento dos cidadãos, tornando-os aptos a terem voz ativa
nas discussões políticas.
À medida que os trabalhos dos Conselhos avançarem nas localidades e as
Políticas Públicas de Juventude (PPJ) passarem a funcionar de maneira efetiva,
poderemos vislumbrar melhorias significativas na condição juvenil. Assim, será
possível elevar sua condição social de sujeito passivo para cidadão ativo do
processo político-social, não só como alvo prioritário das PPJ, mas principalmente
como protagonista na busca pelos seus direitos e na elaboração de Políticas
Públicas que o beneficiem, uma vez que ninguém melhor que o próprio jovem para
refletir politicamente e ser capaz de propor mudanças na sua realidade,
aprimorando-a para o benefício geral da Juventude.
Portanto, o trabalho dos Conselhos de Juventude consiste em aproveitar o
idealismo, a energia, o dinamismo e o potencial transformador do jovem,
canalizando essa força positiva para a construção de mecanismos capazes de
melhorar a sua própria condição. Dessa maneira, os Conselhos de Juventude
funcionam como um elo que liga a sociedade civil ao Poder Público, sendo um
mecanismo fundamental para estimular e fomentar uma participação mais ativa
dos jovens no processo político e social das municipalidades.
Um país como o Brasil, que atualmente passa por um processo de fortalecimento
da sua recente democracia, não pode prescindir da mobilização e da politização da
sua Juventude. A ação política não se limita e não deve estar restrita aos partidos
políticos e à classe política tradicional. É necessário, pois, levar essa ação para
além dessas fronteiras estreitas e moldá-la sob novos formatos, sendo essa
inovação uma das mais relevantes contribuições que os Conselhos de Juventude
proporcionam.
Os jovens engajados nesses movimentos devem ser capazes de pensar e
executar uma política renovada, uma vez que a Juventude como um todo afasta a
idéia de participar do mundo político, em virtude das generalizações precipitadas
que comprometem o interesse de participação política dos cidadãos, fixando
estereótipos preconceituosos no imaginário nacional. Nesse momento abro um
parêntese (fixando estereótipos preconceituosos no imaginário nacional). Não é
4. novo que a juventude nesse país seja confundida constantemente com marginais,
pela polícia e até pela própria população que usa de estereótipos para pré-julgar
determinadas posturas, estilos e /ou culturas juvenis como delinqüência. Dessa
forma, muitas das oportunidades que deveriam passar como escolhas nas mãos
de todos os jovens se tornam privilégio de poucos, desde que os mesmos bebam
da mesma cultura paradigmática estabelecida pela sociedade.
Como diz na canção que o jovem no Brasil nunca é levado a sério, é comum
ouvirmos nos discursos que a juventude é alienada, não deseja nada concreto da
vida, não tem projetos de futuro, é desordeira, enfim, a sociedade se acostumou a
rotular os jovens de tal forma que se torna mais cômodo assim o fazer, do que
procurar entender porque os mesmos se comportam, vestem-se, agrupam-se e se
identificam dessas maneiras. “Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é
sério. O jovem no Brasil nunca é levado a sério. Eu vejo na TV o que eles falam
sobre o jovem não é sério. Não é sério.” (cf. música Não é Sério, Charlie Brown
jr.). Ainda citando a música de Charlie Brown o jovem deseja ser protagonista,
deseja desempenhar um papel que é dele na sociedade, embora os sinais da
cultura do passado deixem vestígios de uma sociedade preconceituosa, desatenta
aos anseios e limites do seu público jovem.
Esses novos paradigmas devem estar alicerçados nas tendências progressistas do
mundo atual, e não em práticas arcaicas e hábitos bolorentos que atestam a
falência generalizada do atual modelo político vigente no Brasil e no mundo. Nesse
processo natural de renovação, o jovem está em posição decisiva e de grande
responsabilidade, pois é sensivelmente mais predisposto a absorver novas idéias e
a adaptar-se a situações inovadoras, dado o seu contato intenso e precoce com a
tecnologia e demais ferramentas virtuais que precisam ser postas a serviço da
cidadania e utilizadas em benefício das mudanças sociais.
Ora, se há pouco interesse dos cidadãos em envolver-se nos assuntos políticos e
em preocupar-se com a república, difícil se torna a manutenção e o fortalecimento
da democracia. Nesse particular, os jovens deparam-se com um dos seus
principais desafios: desconstruir as noções e práticas políticas equivocadas e em
seu lugar criar novos paradigmas para a Política.
Além disso, os novos modelos políticos devem pautar-se pela lógica inescapável
da interdependência, conduzindo a ação política rumo a um pensamento holístico
de um todo interconectado. A Juventude, portanto, deve conectar-se com as redes
tecnológicas e saber canalizar todos os recursos que a sociedade da informação
nos oferece em benefício do progresso social, político, econômico e moral de onde
se encontre inserida.
Enfim, um envolvimento mais profundo da Juventude nos processos políticos é de
fundamental importância para a consolidação da democracia. Os Conselhos
Municipais de Juventude, como se procurou demonstrar proporciona aos jovens
dispostos a abraçar a causa da Juventude uma valiosa experiência de fazer a
5. diferença ao dedicarem-se a projetos que visam fomentar a participação dos
jovens na Política e, desse modo, solidificar a governabilidade democrática em
nível local.
Finalizo dizendo com a frase abaixo, que lutar pelos direitos da juventude tem sido
uma causa que aos poucos vem sendo abraçada não apenas pelos próprios
jovens, mas por todos os indivíduos interessados na temática juvenil.
“Minha ciranda não é minha só,
ela é de todos nós,
ela é de todos nós."
Trecho da musica Minha Ciranda de Capiba.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARTIGONAL. Noticias e Sociedade. Política: Os Conselhos Municipais de
Juventude: Mecanismo Político-Institucional de Participação do Jovem na Política
Local. Leonardo Queiroz Leite, 2009. Disponível em:
http://www.artigonal.com/politica-artigos/os-conselhos-municipais-de-juventude-
mecanismo-politico-institucional-de-participacao-do-jovem-na-politica-local-
1439571.html. Acesso em 18 jan. 2010.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Conjuv. Disponível em:
http://www.juventude.gov.br/conselho. Acesso em 17 jan. 2010.
CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE: natureza, composição e funcionamento
- agosto 2005 a março de 2007/ Maria Virgínia de Freitas (Org.), – Brasília, DF/São
Paulo: CONJUVE; Fundação Friedrich Ebert; Ação Educativa, 2007.
VILAR, Ronaldo. Conselhos Municipais – Participação e Controle Social.
Disponível em http://ronaldovilar.blogspot.com/2009/08/conselhos-municipais-
participacao-e.html. Acesso em 23 jan. 2010
FOUCAULT, Michel. A Escola de Ciência Política. Postado por Mestre Zé Rodrigo
em 5 de julho de 2007. Disponível em
http://farolpolitico.blogspot.com/2007/07/foucault-michel-1926-1984.html. Acesso
em 24 jan. 2010.
BROWN, Charlie Jr. Não é sério. Letras de músicas. Terra. Disponível em
http://letras.terra.com.br/charlie-brown-jr/6008/. Acesso em 24 jan. 2010.