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MUTAÇÕES EM
MICROORGANISMOS
Tipos, isolamento, caracterização e a natureza da
variação
Como é os microorganismos evoluem?

   Alterações na sequência dos genes podem ocorrer e resultar em
    alterações no fenótipo.
   Importantes para gerar variabilidade e contribuir, assim, para o
    processo de evolução dos microrganismos.
   Evolução requer variabilidade
   Requerendo a evolução variabilidade, face a uma mudança brusca
    no meio ambiente, as bactérias e outros microrganismos possuem
    um conjunto de mecanismos geradores de alterações genéticas que
    conduzem a variantes, fornecendo-lhes assim a possibilidade de
    ultrapassar situações que ponham em risco a sua sobrevivência.
   As variantes com características que melhor se adaptam à nova
    situação são selecionadas e sobrevivem em detrimento das menos
    adaptadas.
Principais mecanismos que geram variabilidade,
contribuindo assim para a evolução

   Variações no Genótipo:
     Mutações
     Recombinações
     Aquisição de novos genes
     Rearranjos intramoleculares (translocação e inversão)




   Variações no Fenótipo (características visíveis):
     Indução enzimática
     As recombinações do DNA e as mutações são os
      mecanismos que mais contribuem para a evolução.
Obtenção de mutantes
   Como estudar um ser vivo geneticamente?
   Tipo original (tipo selvagem) x mutantes

   Importante para estudo genético em
    microorganismos
   Diferentes tipos com caracteristicas hereditárias
    distintas e bem definidas
Clones em microorganimso
   Origem de uma única célula
   Divisão celulares
   Progressão geométrica
   Muitas células = colônias em meio de cultura
    sólidos;
   Colônia visível a olho nu = clone = grupo de células
    todas iguais geneticamente
Mutações em microorganismos
   Mutações letais, quando expressas, resultam na morte do
    microrganismo.
   Mutações condicionadas, são as que são expressas apenas em
    determinadas condições ambientais, por exemplo, mutações de
    letalidade condicionada na E. Coli, podem ser expressas a altas
    temperaturas, mas não a baixas temperaturas; esse hipotético
    mutante (termossensível) crescerá então normalmente a baixas
    temperaturas, mas a altas temperaturas poderá morrer.
   U tilizam-se mutantes termossensíveis quando se quer atingir um
    gene que é essencial à integridade e viabilidade da célula. Ex. gene
    da DNA polimerase.
Mutações Bioquímicas
   Mutações bioquímicas são mutações que causam uma
    mudança na bioquímica da célula, causando
    frequentemente deficiência ou mesmo inativando uma via
    biossintética da bactéria, ou seja, é eliminada a capacidade
    da bactéria sintetizar uma macromolécula essencial, como
    aminoácidos ou nucleótidos.
   Os microrganismos que sofrem esta alteração são
    chamados mutantes auxotróficos, dizem-se auxotróficos
    para a molécula que não conseguem sintetizar.
   Um outro tipo de mutantes bioquímicos são os chamados
    mutantes resistentes. Estes organismos sofrem mutações
    e adquirem resistência a agentes antimicrobianos, como
    antibióticos.
Tipos de mutantes
   Mutantes auxotróficos
   Mutantes incapazes de utilizar certas fontes de carbono e nitrogenio
   Mutantes resistentes a agentes inibidores
   Mutantes morfológicos
   Mutantes para produção de substancias liberadas pelas celulas
   Mutantes para locomoção e comportamento
   Mutantes para patogenicidade
   Mutantes mais sensíveis a agentes inibidores
   Reversões
   Mutantes em vírus
Mutantes auxotróficos
   Crescimento em meio definido ou mínimo – sais
    minerais, fonte de carbono, aminoácidos, vitaminas e
    outros componentes de natureza conhecida.
   Crescimento em meio completo – peptona, extrato de
    levedura, caseína hidrolisada, extrato de carne
   Microrganismos que não crescem em meio mínimo, em
    oposição à linhagem original, chamada de prototrófica.
    Se um mutante auxotrófico não for capaz de crescer em
    meio mínimo, mas crescer em meio completo ou mesmo
    em meio mínimo adicionado de um aminoácido, por
    exemplo, triptofano, esse mutante é chamado de
                triptofano
    deficiente nutricional para a síntese de triptofano,
    triptofano – ou trp- .
Mutantes deficiente por sinteses
Convenciona-se três letras minúsculas:
                             Lisina – lys¯
                            Prolina – pro ¯
                            Biotina - bio ¯

   Vários genes para mesma síntese: 1 letra maiúscula é adicionada
    Ex. 3 genes que afetam a síntese de triptofano: trpA, trpB e trpC

   Vários mutantes do mesmo gene: designados por números:
    trpA1, trpA2, trpA3, etc.

Essa nomenclatura é convencionada para todos os tipos
          de mutantes em microorganimos
Auxotróficos parciais
   “leaky” = sintetiza somente uma pequena
 quantidade do componente essencial, parte é
 ´vazada` para fora da célula.
                  Estratégia para a geração de clones
                   condicionalmente gene alvo. CDNAs
                   Ts mutante de um gene de interesse
                   pode ser projetado com base nas
                   informações dos mutantes ts
                   fermento, se disponível. Seguindo o
                   protocolo padrão para gerar ts
                   células mutantes, cada cDNA
                   mutação é introduzido por uma
                   integração orientada para o locus
                   endógenas do gene em células DT40
                   heterozigotos (+/-) mutante. As
                   células resultantes devem ser
                   homozigotos (-/-) células mutantes e
Mutantes incapazes de utilizar certas
fontes de carbono e nitrogênio
   Bacterias e fungos capazes de utilizar varias
    fontes de carbono: glicose, galactose, lactose,
    maltose, acetato e outras.
   Mutantes para fontes de C em bactérias têm a
    vantagem       de       serem     distinguíveis
    morfologicamente em certos meios especiais
    com adição de corantes.
   Mutantes são incapazes de usar galactose (gal¯)
    tipo selvagem (gal+)
Mutante que não usa lactose
 Mutantes lac- em E. coli apresentam
  coloração rosada em meio com eosina e
  azul em meio de metileno, enquanto os
  selvagens são colônias de coloração
  vermelho-brilhante
 Tipo seilvagem : lac+
Mutantes incapazes de utilizar fontes
de nitrogenio
   Utilizados em fungos
   Incapazes de utilizar nitrato ou amonia
   A classificação dos mutantes, de acordo com a via de utilização do nitrato,
    em nit1, nit2, nit3 e nitM, será realizada de acordo com BROOKER et al.
    (1991)
                   Hipoxantina                 Xantina              Ácido úrico



                                         Purina desidrogenase
                  nit M
                                  Co-fator Molibdênio

                                 Nitrato                 Nitrito
                                 redutase                redutase
                   Nitrato                    Nitrito               Amônio
                                  nit1                    nit3

Via de utilização de nitrato no metabolismo de fungos
 Obtenção   e caracterização dos mutantes não
utilizadores de nitrato (mutantes nit)


                    6 mm

                              Extrato de malte 3,5% +
                              KClO3 1,5%

                                                        10
    Isolados com
                                                        dias
crescimento ralo, com
  pouco ou nenhum
    micélio aéreo
                            Meio mínimo


                           Mutantes nit
Mutantes nit




               Nit1   Meio básico + NaNO3


               nit2   Meio básico + hipoxantina


               nit3   Meio básico + NaNO2


               nitM   Meio básico + tartarato de amômio
Mutantes resistentes a agentes inibidores

   Em bactérias, os mutantes resistentes a antibióticos e
    quimioterápicos são largamente utilizados não só
    para estudos básicos de genética como pela sua
    importância aplicada.
   Mutantes resistentes:
     Estreptomicina – strR
     Tetraciclina: tetR

     Cloranfenicol: chlR


Inibidores de crescimento de
microorganismos
   Em fungos, são bem conhecidos os mutantes
    resistentes a acertos fungicidas:
     Benomil: benR
     Cloronel: chlR

     Corantes como acriflavina AcrR

   Os inibidores ainda incluem outros componentes :
     Metais pesados (mercúrio, arsênio, cobre, zinco, cálcio, etc.)
     Agentes biológicos (vírus)

     Agentes físicos (luz UV, temperaturas elevadas)
Mutantes morfológicos

   Mutações morfológicas modificam a morfologia
    (forma) da colônia ou da célula do microrganismo.

   Aqueles que apresentam modificações:
     Coloração
     Tamanho

     Formato da colônia

     Formação de estruturas

     Formação de conídeos
Mutantes “minute” ou “petite
   Colônias menores que a linhagem original,
    largamente empregados em fungos, leveduras


                    Eletromicrografia de Células leveduras.
                    (A) estrutura das mitocôndrias normais.
                    (B) mitocôndria em um mutante petite.
                    Em mutantes petite, todos os produtos de
                    genes mitocondriais codificadas estão
                    faltando, a organela construida
                    inteiramente a partir de proteínas do
                    núcleo-codificado.
Topotecano (TPT) é capaz de induzir petite e se
          acumula na mitocôndria.

  (A) Teste da gota para testar o efeito do
      tratamento TPT sobre o crescimento do
      fermento. O indicador foram expressas sob
      controle do promotor GAL1 e as células foram
      cultivadas em placas com ou sem 20 mg / ml
      TPT. Note-se que petite induzida em
      galactose pela expressão de mt125Top1-103
      sob o controle do GAL1p cresceu mais
      lentamente do que petite induzida em
      galactose pela expressão de mt125Top1-103
      sob o controle do MET25p.
  (B) Localização intracelular da CPT e TPT.
      Usando as configurações para a detecção de
      DAPI, a TPT intracelular e localização CPT foi
      determinada pela sua auto-fluorescência.
      pRWE129 foi expressa para GFP-local do
      núcleo. CPT é principalmente enriquecido em
      vacúolos, enquanto TPT a coloração de
      fluorescência (seta branca). Barra branca
      representa 5 mM.                                 de la Loza M C D , Wellinger R E Nucl. Acids Res.
                                                       2009;37:e26-e26


© 2009 The Author(s)
Mutantes com colônias com bordos enrrugados


                              Experimento sobre a
                              transformação pneumocócica:
                              (a) ratos são resistentes ao tipo
                              de bactéria Streptococcus
                              pneumoniae R, (b) são mortos
                              por injeção com virulência de
                              bactérias do tipo S; (c) com
                              injeção de calor bactérias
                              virulentas mortas não matam
                              ratos, mas (d) Tipe S bactérias
                              são misturados com bactérias
                              não-virulenta Tipo R, eles têm a
                              capacidade de transformar não-
                              virulenta Tipo R em virulenta
                              Tipo S .
Mutantes com baixo crescimento de hifas e
não formação de conídios
                     Fenótipo de um Neurospora crassa rho-4
                     mutante.
                     (A) Hifas de N. crassa do tipo selvagem e
                     conídios após 5 dias de crescimento em
                     placas. (B) Um mutante rho-4 na forma de
                     micélio fino com manchas de vazamento de
                     citoplasma (setas pretas) e sem conídios.
                     (C) Hifas N. crassa do tipo selvagem
                     corados com calcofluor (1 mg / ml), mostram
                     coloração brilhante nas paredes e septos
                     celulares. Uma seta aponta para um conídio.
                     (D) rho-4 mutante hifas coradas com
                     calcofluor (1 mg / ml) da parede celular
                     mostram coloração, mas não septadas e
                     sem coloração. rho-4 mutantes sofrem
                     fusão celular. Área marcada de evento
                     recente fusão celular. Coloração de
                     calcofluor não apresenta um septo, mas a
Neurospora crassa    parede celular das hifas intervir de fusão,
                     que é degradada após a conclusão da fusão
                     de hifas. Bar, 10 mM.
Fenótipos úteis em Genética Bacteriana

   Sabe-se que, mudanças na estrutura das proteínas
    podem levar a mudanças nas suas funções que, por
    sua vez, podem alterar o fenótipo de um
    organismo (as suas propriedades visíveis).
                          Aspecto das colônias.
                          Esta figura evidencia como o aspecto
                          das colônias da mesma bactéria é
                          diferente consoante se trate de um WT
                          (wild type) – organismo não mutante –
                          ou de um
                          organismo mutante.
                          Wild type (WT) é a forma prevalente de
                          um gene e o seu fenótipo associado
Serratia marcescens

                                                                             WT




Fotografia de estirpes do tipo selvagem de Serratia marcescens ATCC 274, Serratia sp. ATCC
39006 e Serratia sp diferente. ATCC 39006 mutantes biossintéticos cultivados em meio peptona
glicerol. As cepas são indicados (a partir do topo, em sentido horário), Serratia 39006 mutante
biossintético, Serratia 39006 tipo selvagem, três Serratia 39006 mutantes biossintéticas e S.
marcescens ATCC 274 do tipo selvagem. As bordas pigmentadas dos três mutantes biossintéticos
na metade inferior do resultado da placa de ágar a partir de onde ocorre a alimentação cruzada de
intermediários.
Staphylococcus aureus
                       Formação de biofilmes por estirpes de
                        S. aureus em poliestireno:
                  (C)   Em pocinhos de vidro
                  (D)   Biofilme bacteriano formado durante o
                        cultivo de noite em placas de poliestireno
                        foram coradas com safranina.
                  (E)   Poços: 1) S. aureus ATCC 35556 do tipo
                        selvagem, 2) icaADBC mutante; 3) dltA
                        mutante; 4) dltA mutante complementada
                        com pRBdlt1 plasmídeo, 5) S. TM300
                        carnosus.
Aspergillus nidulans
                      Fungo com conídios de coloração verde,
                       os mutantes amarelos, brancos
                      Aspergillus nidulans oferece um
                       excelente sistema experimental.
                      É fácil de cultivar em laboratório, gera
                       mutantes haplóides e podem ser
                       facilmente isoladas e tem um bom
                       sistema genético.
                      Uma variedade de ferramentas
                       moleculares, incluindo um sistema de
                       transformação nos permitem manipular
                       sequências in vitro e então re-introduzir
                       o DNA no organismo.
                      A seqüência do genoma de Aspergillus
                       nidulans já está disponível.
Mutantes para produção de substâncias liberadas
pelas células.

   Bacillus, Streptomyces, brevibacterium e fungos do genero
    Penicilliume Aspergillus: liberam antibióticos, ácidos orgânicos,
    enzimas , aminoácidos, vitaminase outras usbtanciuas

   Mutantes incapazes de liberar ou que liberam em excesso certos
    componentes (ácidos orgânicos, enzimas, amino-ácidos,
    vitaminas).

   São de grande importância par estudos genéticos e para a
    indústria.

   Ex. Penicillium – produção de penicilina
Mutantes para locomoção e comportamento


   Ausência de flagelos:

   Mutantes mot¯: perdem a capacidade de locomoção

   Mutantes che¯: têm comportamento alterado em
    comparação com o tipo original em relação à
    quimiotaxia
Mutantes para patogenicidade
   Isolamento de microorganismos não patogênicos
    obtidos de formas patogênicas




                          Mutantes de Meganasporte grisea I-22
                          cultivados em meio completo
Reversões
   Mutação reversa pode ocasionar a volta das
    características originais.
   Pode ser verdadeira ou ocasionada por supressão
    dentro do gene mutado (intragênica) ou por outro gene
    que não o mutado (intergênica)
   Reversão de auxotrofia para prototrofia é usada para
    detecção de substâncias mutagênicas, pratico para
    estimar o numero dessas reversões.
   Utiliza-se o meio mínimo que não possibilita o
    surgimento de mutante original, mas permite o
    aparecimento e contagem de colônias reversas.
Detecção, Seleção e Isolamento de mutantes


   Gerar e isolar microrganismos mutantes revela-se muito
    importante, pois o seu uso e estudo no laboratório e na
    indústria é de grande interesse.
   As bactérias são excelentes modelos para estudar os
    mecanismos moleculares subjacentes ao aparecimento de
    mutações, devido ao fato de serem organismos haplóides, isto
    é, possuem uma única cópia de cada um dos genes que
    formam o seu genoma.
    Assim, qualquer mutação adquirida é imediatamente
    expressa na geração descendente conduzindo diretamente a
    uma alteração fenotípica, ou seja, uma mudança de uma
    característica observável numa espécie, como já foi referido.
Como estudar os microrganismos?

   Primeiro têm de ser detectados isolados eficientemente dos
    organismos wild type e de outros mutantes sem interesse.
   Passa-se agora à descrição de algumas técnicas usadas na
    sua detecção, seleção e isolamento.
   Como o código genético é degenerado, há mutações que não
    modificam as propriedades de uma estirpe bacteriana.
   A detecção de mutantes numa população Mutantes
    auxotróficos
   Fenótipo condicionado à presença ou ausência da
    macromolécula não sintetizada
   Mutantes resistentes a agentes antimicrobianos
Caracterizar mutantes
   Quando se pretende obter mutantes de um determinado microrganismo, é
    necessário a partida, ou seja, as suas características normais – as
    características do wild type – para assim se reconhecer o fenótipo alterado.
   Os mutantes podem ser detectados muitas vezes de uma forma direta –
    através da observação visual da cor da colônia, ou de uma forma mais
    complexa, como é o caso da técnica utilizada para detectar e isolar mutantes
    auxotróficos.
   A técnica deve permite a distinção entre mutantes e linhagem wild type, tendo
    por base a sua capacidade de crescimento na ausência de um produto final
    biossintético particular.
   Os mutantes lisina auxotróficos, como não têm a capacidade de sintetizar o
    aminoácido lisina, não vão crescer num meio mínimo sem lisina (meio sem
    quantidades adequadas de lisina) mas vão crescer num meio mínimo com este
    aminoácido.
Técnicas para isolamento e caracterização de
                  mutantes
Como se procede então para isolar os mutantes lisina
     auxotróficos?


   Geram-se os mutantes tratando a cultura com um agente mutagênico;
   Semeia-se a cultura contendo mutantes auxotróficos e Wild Type numa
    placa de Petri com meio completo e deixa-se incubar;
   Depois das colônias se desenvolverem, coloca-se um veludo estéril na
    superfície da placa de Petri e transferem-se as bactérias para duas
    placas de petri diferentes.
   As bactérias são semeadas para as duas placas na mesma posição que
    se encontravam na primeira placa;
   Após incubação, verifica-se que há colônias que cresceram no meio
    mínimo com lisina, mas que não cresceram no meio mínimo sem lisina –
    são lisina negativas (mutantes);
   Determina-se então a localização destes mutantes (Lys -) e são depois
    isolados.
Isolamento de mutantes auxotróficos. (Lisina negativos)
Nas culturas em especial, alguns gêneros de enterobactérias.
Isolamentos dos mutante
   A retirada dos mutantes é efetuada após a sua detecção, pode apresentar
    alguns problemas práticos, pelo que se deve recorrer a eficientes sistemas de
    seleção, que utilizam fatores ambientais para separar os mutantes da linhagem
    wild type.

   As técnicas utilizadas para efetuar a seleção envolvem condições de incubação
    que favorecem o crescimento do mutante, enquanto que o wild type não é
    favorecido.

   Muitas vezes, as células wild type são susceptíveis ao ataque de vírus (Figura 1),
    ou ao tratamento com antibióticos (Figura 2), sendo assim possível fazer
    crescer a bactéria na presença de um desses agentes e observar microrganismos
    sobreviventes.
Resistência aos Bacteriófagos
   Figura 1 – Resistência aos
    Bacteriófagos.
   Bacteriófagos (Fagos) são
    vírus que lisam e portanto,
    matam as bactérias.
   Ao expor-se uma cultura de
    E.Coli num meio contendo o
    agente seletor Fago T2 e
    incubando-se depois,
    verifica-se que resistem 4
    clones - são os mutantes
    resistentes a esse fago
Resistência a antibióticos
   Considerando o exemplo
    de bactérias wild type
    sensíveis ao antibiótico
    estreptomicina:
   Como se procede para
    selecionar mutantes
    resistentes a esse
    antibiótico?




                               Figura 2. Mutantes resistentes ao antibiótico estreptomicina.
Seleção de mutantes resistentes a
antibiótico
   Coloca-se em contato com o antibiótico (estreptomicina neste caso) a
    cultura de microrganismos contendo mutantes resistentes ao mesmo; morrem
    todas as colônias exceto as resistentes ao antibiótico;
   Faz-se a seleção positiva dos mutantes bacterianos com um agente de
    seleção – estreptomicina - ou seja, põe-se de novo em contacto o
    antibiótico com os mutantes resistentes ao mesmo e incuba-se.
   Apenas se desenvolve a linhagem de microrganismos que não reverteu à
    mutação, ou seja, apenas se desenvolvem os microrganismos que
    continuaram com a mutação após contacto sucessivo com o antibiótico –
    são os resistentes ao mesmo.
   Assim, selecionam-se os mutantes resistentes em detrimento dos mutantes
    que, nalguma geração, reverteram à mutação, ou seja, nalguma geração
    deixaram de a ter.
Quebra de resistência
   Esta técnica é importante na Quimioterapia, uma vez que, como é sabido,
    não se deve abusar dos antibióticos pois, como demonstrado nesta técnica,
    ao expor-se o antibiótico aos microrganismos de um modo sucessivo, vão-
    se eliminando os que não são resistentes, ficando apenas os que resistem,
    que poderão então crescer e multiplicar-se de uma forma mais eficaz.

   Também pode ser utilizada esta técnica de seleção no isolamento de
    reversíveis à lisina auxotróficos (Lys -). Coloca-se uma população destes
    microrganismos num meio sem lisina e deixa-se incubar. Examinando
    depois o desenvolvimento e formação das colônias, verifica-se que apenas
    as células que reverteram à mutação cresceram, pois têm a capacidade
    de sintetizar lisina.
Teste de flutuação

    As mutações ocorrem
     independentemente ou
     dependentemente do
     agente seletor?
    Será que é necessário o
     contacto com o agente
     seletor para surgir a
     mutação, ou esta surge
     espontaneamente,
     acontece?
    Para se saberem estas
     respostas realiza-se o
     teste de flutuação.


    Figura 5 – Teste de Flutuação: 1a experiência (controle) e 2a experiência
1a experiência
   Tem-se um caldo de
    bactérias do qual se
    tiram alíquotas iguais e
    semeiam-se em vários
    meios iguais com o mesmo
    agente seletor (Fago T1);
   Incuba-se. Após
    incubação, observa-se
    que houve formação de
    colônias, mas a sua
    quantidade é constante
    ao longo de todas as
    placas, ou seja, houve
    pouca flutuação no
    número de colônias.
2a experiência:

   Em vários tubos coloca-se a
    bactéria, onde a replicação
    de cada um é
    independente;
   Fazem-se espalhamento dos
    tubos onde existe 109
    bactérias para placas com
    fago T1;
   Incuba-se.
   Após incubação obtém-se
    uma flutuação do número
    de colônias resistentes nas
    placas.
   Não se obtém o mesmo resultado em todas as placas ou seja, o resultado
    é diferente em cada tubo. Isto mostra então que as mutações ocorrem
    independentemente do contacto com o agente seletor (neste caso o fago
    T1). Não é por não haver contacto com o agente seletor que deixa de
    haver mutações de resistência. Então, a que se deve a variação?
   As mutações ocorrem espontaneamente, quando ocorre a replicação do
    DNA durante o crescimento. São variáveis, aleatórias, não precisam do
    agente seletor, é uma questão de probabilidade. Neste caso, ocorreram
    várias mutações de 103 bact./mL para 109 bact./mL.

      Figura 6 – Teste de
      flutuação. Quanto mais
      cedo ocorre a mutação,
      maior será o número
      de mutantes nas
      Caixas.
Avaliações de mutações
   Taxa de mutação é o número de mutações de um fenótipo
    particular que ocorreram numa cultura em crescimento, dividido
    pelo número total de gerações celulares (divisões) no mesmo
    intervalo de tempo.

   TM = número de bactérias resistentes (mutantes) /Número de
    gerações celulares

   a – taxa de mutação
   m – número médio de mutações que ocorreram na cultura
   N – número total de divisões celulares
Informações sobre a taxa de mutações
   O conceito de taxa de mutação é muito importante
    porque nos dá a probabilidade de ocorrência de
    mutações.
   Perceber esta probabilidade é também muito
    importante para detectar bactérias resistentes a um
    antibiótico e prever, assim, a sua eficácia.
   Se a probabilidade é baixa, o antibiótico é bom, se por
    outro lado, a probabilidade de ocorrência de mutações
    é elevada, o antibiótico não é muito bom.
   Conclui-se assim que a taxa de mutação é muito útil
    para se avaliar a performance de um futuro
    antibiótico.
Mutantes em vírus

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Microorganism Mutations

  • 1. MUTAÇÕES EM MICROORGANISMOS Tipos, isolamento, caracterização e a natureza da variação
  • 2. Como é os microorganismos evoluem?  Alterações na sequência dos genes podem ocorrer e resultar em alterações no fenótipo.  Importantes para gerar variabilidade e contribuir, assim, para o processo de evolução dos microrganismos.  Evolução requer variabilidade  Requerendo a evolução variabilidade, face a uma mudança brusca no meio ambiente, as bactérias e outros microrganismos possuem um conjunto de mecanismos geradores de alterações genéticas que conduzem a variantes, fornecendo-lhes assim a possibilidade de ultrapassar situações que ponham em risco a sua sobrevivência.  As variantes com características que melhor se adaptam à nova situação são selecionadas e sobrevivem em detrimento das menos adaptadas.
  • 3. Principais mecanismos que geram variabilidade, contribuindo assim para a evolução  Variações no Genótipo:  Mutações  Recombinações  Aquisição de novos genes  Rearranjos intramoleculares (translocação e inversão)  Variações no Fenótipo (características visíveis):  Indução enzimática  As recombinações do DNA e as mutações são os mecanismos que mais contribuem para a evolução.
  • 4. Obtenção de mutantes  Como estudar um ser vivo geneticamente?  Tipo original (tipo selvagem) x mutantes  Importante para estudo genético em microorganismos  Diferentes tipos com caracteristicas hereditárias distintas e bem definidas
  • 5. Clones em microorganimso  Origem de uma única célula  Divisão celulares  Progressão geométrica  Muitas células = colônias em meio de cultura sólidos;  Colônia visível a olho nu = clone = grupo de células todas iguais geneticamente
  • 6. Mutações em microorganismos  Mutações letais, quando expressas, resultam na morte do microrganismo.  Mutações condicionadas, são as que são expressas apenas em determinadas condições ambientais, por exemplo, mutações de letalidade condicionada na E. Coli, podem ser expressas a altas temperaturas, mas não a baixas temperaturas; esse hipotético mutante (termossensível) crescerá então normalmente a baixas temperaturas, mas a altas temperaturas poderá morrer.  U tilizam-se mutantes termossensíveis quando se quer atingir um gene que é essencial à integridade e viabilidade da célula. Ex. gene da DNA polimerase.
  • 7. Mutações Bioquímicas  Mutações bioquímicas são mutações que causam uma mudança na bioquímica da célula, causando frequentemente deficiência ou mesmo inativando uma via biossintética da bactéria, ou seja, é eliminada a capacidade da bactéria sintetizar uma macromolécula essencial, como aminoácidos ou nucleótidos.  Os microrganismos que sofrem esta alteração são chamados mutantes auxotróficos, dizem-se auxotróficos para a molécula que não conseguem sintetizar.  Um outro tipo de mutantes bioquímicos são os chamados mutantes resistentes. Estes organismos sofrem mutações e adquirem resistência a agentes antimicrobianos, como antibióticos.
  • 8. Tipos de mutantes  Mutantes auxotróficos  Mutantes incapazes de utilizar certas fontes de carbono e nitrogenio  Mutantes resistentes a agentes inibidores  Mutantes morfológicos  Mutantes para produção de substancias liberadas pelas celulas  Mutantes para locomoção e comportamento  Mutantes para patogenicidade  Mutantes mais sensíveis a agentes inibidores  Reversões  Mutantes em vírus
  • 9. Mutantes auxotróficos  Crescimento em meio definido ou mínimo – sais minerais, fonte de carbono, aminoácidos, vitaminas e outros componentes de natureza conhecida.  Crescimento em meio completo – peptona, extrato de levedura, caseína hidrolisada, extrato de carne  Microrganismos que não crescem em meio mínimo, em oposição à linhagem original, chamada de prototrófica. Se um mutante auxotrófico não for capaz de crescer em meio mínimo, mas crescer em meio completo ou mesmo em meio mínimo adicionado de um aminoácido, por exemplo, triptofano, esse mutante é chamado de triptofano deficiente nutricional para a síntese de triptofano, triptofano – ou trp- .
  • 10. Mutantes deficiente por sinteses Convenciona-se três letras minúsculas: Lisina – lys¯ Prolina – pro ¯ Biotina - bio ¯  Vários genes para mesma síntese: 1 letra maiúscula é adicionada Ex. 3 genes que afetam a síntese de triptofano: trpA, trpB e trpC  Vários mutantes do mesmo gene: designados por números: trpA1, trpA2, trpA3, etc. Essa nomenclatura é convencionada para todos os tipos de mutantes em microorganimos
  • 11. Auxotróficos parciais “leaky” = sintetiza somente uma pequena quantidade do componente essencial, parte é ´vazada` para fora da célula. Estratégia para a geração de clones condicionalmente gene alvo. CDNAs Ts mutante de um gene de interesse pode ser projetado com base nas informações dos mutantes ts fermento, se disponível. Seguindo o protocolo padrão para gerar ts células mutantes, cada cDNA mutação é introduzido por uma integração orientada para o locus endógenas do gene em células DT40 heterozigotos (+/-) mutante. As células resultantes devem ser homozigotos (-/-) células mutantes e
  • 12. Mutantes incapazes de utilizar certas fontes de carbono e nitrogênio  Bacterias e fungos capazes de utilizar varias fontes de carbono: glicose, galactose, lactose, maltose, acetato e outras.  Mutantes para fontes de C em bactérias têm a vantagem de serem distinguíveis morfologicamente em certos meios especiais com adição de corantes.  Mutantes são incapazes de usar galactose (gal¯) tipo selvagem (gal+)
  • 13. Mutante que não usa lactose  Mutantes lac- em E. coli apresentam coloração rosada em meio com eosina e azul em meio de metileno, enquanto os selvagens são colônias de coloração vermelho-brilhante  Tipo seilvagem : lac+
  • 14. Mutantes incapazes de utilizar fontes de nitrogenio  Utilizados em fungos  Incapazes de utilizar nitrato ou amonia  A classificação dos mutantes, de acordo com a via de utilização do nitrato, em nit1, nit2, nit3 e nitM, será realizada de acordo com BROOKER et al. (1991) Hipoxantina Xantina Ácido úrico Purina desidrogenase nit M Co-fator Molibdênio Nitrato Nitrito redutase redutase Nitrato Nitrito Amônio nit1 nit3 Via de utilização de nitrato no metabolismo de fungos
  • 15.  Obtenção e caracterização dos mutantes não utilizadores de nitrato (mutantes nit) 6 mm Extrato de malte 3,5% + KClO3 1,5% 10 Isolados com dias crescimento ralo, com pouco ou nenhum micélio aéreo Meio mínimo Mutantes nit
  • 16. Mutantes nit Nit1 Meio básico + NaNO3 nit2 Meio básico + hipoxantina nit3 Meio básico + NaNO2 nitM Meio básico + tartarato de amômio
  • 17. Mutantes resistentes a agentes inibidores  Em bactérias, os mutantes resistentes a antibióticos e quimioterápicos são largamente utilizados não só para estudos básicos de genética como pela sua importância aplicada.  Mutantes resistentes:  Estreptomicina – strR  Tetraciclina: tetR  Cloranfenicol: chlR 
  • 18. Inibidores de crescimento de microorganismos  Em fungos, são bem conhecidos os mutantes resistentes a acertos fungicidas:  Benomil: benR  Cloronel: chlR  Corantes como acriflavina AcrR  Os inibidores ainda incluem outros componentes :  Metais pesados (mercúrio, arsênio, cobre, zinco, cálcio, etc.)  Agentes biológicos (vírus)  Agentes físicos (luz UV, temperaturas elevadas)
  • 19. Mutantes morfológicos  Mutações morfológicas modificam a morfologia (forma) da colônia ou da célula do microrganismo.  Aqueles que apresentam modificações:  Coloração  Tamanho  Formato da colônia  Formação de estruturas  Formação de conídeos
  • 20. Mutantes “minute” ou “petite  Colônias menores que a linhagem original, largamente empregados em fungos, leveduras Eletromicrografia de Células leveduras. (A) estrutura das mitocôndrias normais. (B) mitocôndria em um mutante petite. Em mutantes petite, todos os produtos de genes mitocondriais codificadas estão faltando, a organela construida inteiramente a partir de proteínas do núcleo-codificado.
  • 21. Topotecano (TPT) é capaz de induzir petite e se acumula na mitocôndria. (A) Teste da gota para testar o efeito do tratamento TPT sobre o crescimento do fermento. O indicador foram expressas sob controle do promotor GAL1 e as células foram cultivadas em placas com ou sem 20 mg / ml TPT. Note-se que petite induzida em galactose pela expressão de mt125Top1-103 sob o controle do GAL1p cresceu mais lentamente do que petite induzida em galactose pela expressão de mt125Top1-103 sob o controle do MET25p. (B) Localização intracelular da CPT e TPT. Usando as configurações para a detecção de DAPI, a TPT intracelular e localização CPT foi determinada pela sua auto-fluorescência. pRWE129 foi expressa para GFP-local do núcleo. CPT é principalmente enriquecido em vacúolos, enquanto TPT a coloração de fluorescência (seta branca). Barra branca representa 5 mM. de la Loza M C D , Wellinger R E Nucl. Acids Res. 2009;37:e26-e26 © 2009 The Author(s)
  • 22. Mutantes com colônias com bordos enrrugados Experimento sobre a transformação pneumocócica: (a) ratos são resistentes ao tipo de bactéria Streptococcus pneumoniae R, (b) são mortos por injeção com virulência de bactérias do tipo S; (c) com injeção de calor bactérias virulentas mortas não matam ratos, mas (d) Tipe S bactérias são misturados com bactérias não-virulenta Tipo R, eles têm a capacidade de transformar não- virulenta Tipo R em virulenta Tipo S .
  • 23. Mutantes com baixo crescimento de hifas e não formação de conídios Fenótipo de um Neurospora crassa rho-4 mutante. (A) Hifas de N. crassa do tipo selvagem e conídios após 5 dias de crescimento em placas. (B) Um mutante rho-4 na forma de micélio fino com manchas de vazamento de citoplasma (setas pretas) e sem conídios. (C) Hifas N. crassa do tipo selvagem corados com calcofluor (1 mg / ml), mostram coloração brilhante nas paredes e septos celulares. Uma seta aponta para um conídio. (D) rho-4 mutante hifas coradas com calcofluor (1 mg / ml) da parede celular mostram coloração, mas não septadas e sem coloração. rho-4 mutantes sofrem fusão celular. Área marcada de evento recente fusão celular. Coloração de calcofluor não apresenta um septo, mas a Neurospora crassa parede celular das hifas intervir de fusão, que é degradada após a conclusão da fusão de hifas. Bar, 10 mM.
  • 24. Fenótipos úteis em Genética Bacteriana  Sabe-se que, mudanças na estrutura das proteínas podem levar a mudanças nas suas funções que, por sua vez, podem alterar o fenótipo de um organismo (as suas propriedades visíveis). Aspecto das colônias. Esta figura evidencia como o aspecto das colônias da mesma bactéria é diferente consoante se trate de um WT (wild type) – organismo não mutante – ou de um organismo mutante. Wild type (WT) é a forma prevalente de um gene e o seu fenótipo associado
  • 25. Serratia marcescens WT Fotografia de estirpes do tipo selvagem de Serratia marcescens ATCC 274, Serratia sp. ATCC 39006 e Serratia sp diferente. ATCC 39006 mutantes biossintéticos cultivados em meio peptona glicerol. As cepas são indicados (a partir do topo, em sentido horário), Serratia 39006 mutante biossintético, Serratia 39006 tipo selvagem, três Serratia 39006 mutantes biossintéticas e S. marcescens ATCC 274 do tipo selvagem. As bordas pigmentadas dos três mutantes biossintéticos na metade inferior do resultado da placa de ágar a partir de onde ocorre a alimentação cruzada de intermediários.
  • 26. Staphylococcus aureus  Formação de biofilmes por estirpes de S. aureus em poliestireno: (C) Em pocinhos de vidro (D) Biofilme bacteriano formado durante o cultivo de noite em placas de poliestireno foram coradas com safranina. (E) Poços: 1) S. aureus ATCC 35556 do tipo selvagem, 2) icaADBC mutante; 3) dltA mutante; 4) dltA mutante complementada com pRBdlt1 plasmídeo, 5) S. TM300 carnosus.
  • 27. Aspergillus nidulans  Fungo com conídios de coloração verde, os mutantes amarelos, brancos  Aspergillus nidulans oferece um excelente sistema experimental.  É fácil de cultivar em laboratório, gera mutantes haplóides e podem ser facilmente isoladas e tem um bom sistema genético.  Uma variedade de ferramentas moleculares, incluindo um sistema de transformação nos permitem manipular sequências in vitro e então re-introduzir o DNA no organismo.  A seqüência do genoma de Aspergillus nidulans já está disponível.
  • 28. Mutantes para produção de substâncias liberadas pelas células.  Bacillus, Streptomyces, brevibacterium e fungos do genero Penicilliume Aspergillus: liberam antibióticos, ácidos orgânicos, enzimas , aminoácidos, vitaminase outras usbtanciuas  Mutantes incapazes de liberar ou que liberam em excesso certos componentes (ácidos orgânicos, enzimas, amino-ácidos, vitaminas).  São de grande importância par estudos genéticos e para a indústria.  Ex. Penicillium – produção de penicilina
  • 29. Mutantes para locomoção e comportamento  Ausência de flagelos:  Mutantes mot¯: perdem a capacidade de locomoção  Mutantes che¯: têm comportamento alterado em comparação com o tipo original em relação à quimiotaxia
  • 30. Mutantes para patogenicidade  Isolamento de microorganismos não patogênicos obtidos de formas patogênicas Mutantes de Meganasporte grisea I-22 cultivados em meio completo
  • 31. Reversões  Mutação reversa pode ocasionar a volta das características originais.  Pode ser verdadeira ou ocasionada por supressão dentro do gene mutado (intragênica) ou por outro gene que não o mutado (intergênica)  Reversão de auxotrofia para prototrofia é usada para detecção de substâncias mutagênicas, pratico para estimar o numero dessas reversões.  Utiliza-se o meio mínimo que não possibilita o surgimento de mutante original, mas permite o aparecimento e contagem de colônias reversas.
  • 32. Detecção, Seleção e Isolamento de mutantes  Gerar e isolar microrganismos mutantes revela-se muito importante, pois o seu uso e estudo no laboratório e na indústria é de grande interesse.  As bactérias são excelentes modelos para estudar os mecanismos moleculares subjacentes ao aparecimento de mutações, devido ao fato de serem organismos haplóides, isto é, possuem uma única cópia de cada um dos genes que formam o seu genoma.  Assim, qualquer mutação adquirida é imediatamente expressa na geração descendente conduzindo diretamente a uma alteração fenotípica, ou seja, uma mudança de uma característica observável numa espécie, como já foi referido.
  • 33. Como estudar os microrganismos?  Primeiro têm de ser detectados isolados eficientemente dos organismos wild type e de outros mutantes sem interesse.  Passa-se agora à descrição de algumas técnicas usadas na sua detecção, seleção e isolamento.  Como o código genético é degenerado, há mutações que não modificam as propriedades de uma estirpe bacteriana.  A detecção de mutantes numa população Mutantes auxotróficos  Fenótipo condicionado à presença ou ausência da macromolécula não sintetizada  Mutantes resistentes a agentes antimicrobianos
  • 34. Caracterizar mutantes  Quando se pretende obter mutantes de um determinado microrganismo, é necessário a partida, ou seja, as suas características normais – as características do wild type – para assim se reconhecer o fenótipo alterado.  Os mutantes podem ser detectados muitas vezes de uma forma direta – através da observação visual da cor da colônia, ou de uma forma mais complexa, como é o caso da técnica utilizada para detectar e isolar mutantes auxotróficos.  A técnica deve permite a distinção entre mutantes e linhagem wild type, tendo por base a sua capacidade de crescimento na ausência de um produto final biossintético particular.  Os mutantes lisina auxotróficos, como não têm a capacidade de sintetizar o aminoácido lisina, não vão crescer num meio mínimo sem lisina (meio sem quantidades adequadas de lisina) mas vão crescer num meio mínimo com este aminoácido.
  • 35. Técnicas para isolamento e caracterização de mutantes
  • 36. Como se procede então para isolar os mutantes lisina auxotróficos?  Geram-se os mutantes tratando a cultura com um agente mutagênico;  Semeia-se a cultura contendo mutantes auxotróficos e Wild Type numa placa de Petri com meio completo e deixa-se incubar;  Depois das colônias se desenvolverem, coloca-se um veludo estéril na superfície da placa de Petri e transferem-se as bactérias para duas placas de petri diferentes.  As bactérias são semeadas para as duas placas na mesma posição que se encontravam na primeira placa;  Após incubação, verifica-se que há colônias que cresceram no meio mínimo com lisina, mas que não cresceram no meio mínimo sem lisina – são lisina negativas (mutantes);  Determina-se então a localização destes mutantes (Lys -) e são depois isolados.
  • 37. Isolamento de mutantes auxotróficos. (Lisina negativos) Nas culturas em especial, alguns gêneros de enterobactérias.
  • 38. Isolamentos dos mutante  A retirada dos mutantes é efetuada após a sua detecção, pode apresentar alguns problemas práticos, pelo que se deve recorrer a eficientes sistemas de seleção, que utilizam fatores ambientais para separar os mutantes da linhagem wild type.  As técnicas utilizadas para efetuar a seleção envolvem condições de incubação que favorecem o crescimento do mutante, enquanto que o wild type não é favorecido.  Muitas vezes, as células wild type são susceptíveis ao ataque de vírus (Figura 1), ou ao tratamento com antibióticos (Figura 2), sendo assim possível fazer crescer a bactéria na presença de um desses agentes e observar microrganismos sobreviventes.
  • 39. Resistência aos Bacteriófagos  Figura 1 – Resistência aos Bacteriófagos.  Bacteriófagos (Fagos) são vírus que lisam e portanto, matam as bactérias.  Ao expor-se uma cultura de E.Coli num meio contendo o agente seletor Fago T2 e incubando-se depois, verifica-se que resistem 4 clones - são os mutantes resistentes a esse fago
  • 40. Resistência a antibióticos  Considerando o exemplo de bactérias wild type sensíveis ao antibiótico estreptomicina:  Como se procede para selecionar mutantes resistentes a esse antibiótico? Figura 2. Mutantes resistentes ao antibiótico estreptomicina.
  • 41. Seleção de mutantes resistentes a antibiótico  Coloca-se em contato com o antibiótico (estreptomicina neste caso) a cultura de microrganismos contendo mutantes resistentes ao mesmo; morrem todas as colônias exceto as resistentes ao antibiótico;  Faz-se a seleção positiva dos mutantes bacterianos com um agente de seleção – estreptomicina - ou seja, põe-se de novo em contacto o antibiótico com os mutantes resistentes ao mesmo e incuba-se.  Apenas se desenvolve a linhagem de microrganismos que não reverteu à mutação, ou seja, apenas se desenvolvem os microrganismos que continuaram com a mutação após contacto sucessivo com o antibiótico – são os resistentes ao mesmo.  Assim, selecionam-se os mutantes resistentes em detrimento dos mutantes que, nalguma geração, reverteram à mutação, ou seja, nalguma geração deixaram de a ter.
  • 42. Quebra de resistência  Esta técnica é importante na Quimioterapia, uma vez que, como é sabido, não se deve abusar dos antibióticos pois, como demonstrado nesta técnica, ao expor-se o antibiótico aos microrganismos de um modo sucessivo, vão- se eliminando os que não são resistentes, ficando apenas os que resistem, que poderão então crescer e multiplicar-se de uma forma mais eficaz.  Também pode ser utilizada esta técnica de seleção no isolamento de reversíveis à lisina auxotróficos (Lys -). Coloca-se uma população destes microrganismos num meio sem lisina e deixa-se incubar. Examinando depois o desenvolvimento e formação das colônias, verifica-se que apenas as células que reverteram à mutação cresceram, pois têm a capacidade de sintetizar lisina.
  • 43. Teste de flutuação  As mutações ocorrem independentemente ou dependentemente do agente seletor?  Será que é necessário o contacto com o agente seletor para surgir a mutação, ou esta surge espontaneamente, acontece?  Para se saberem estas respostas realiza-se o teste de flutuação. Figura 5 – Teste de Flutuação: 1a experiência (controle) e 2a experiência
  • 44. 1a experiência  Tem-se um caldo de bactérias do qual se tiram alíquotas iguais e semeiam-se em vários meios iguais com o mesmo agente seletor (Fago T1);  Incuba-se. Após incubação, observa-se que houve formação de colônias, mas a sua quantidade é constante ao longo de todas as placas, ou seja, houve pouca flutuação no número de colônias.
  • 45. 2a experiência:  Em vários tubos coloca-se a bactéria, onde a replicação de cada um é independente;  Fazem-se espalhamento dos tubos onde existe 109 bactérias para placas com fago T1;  Incuba-se.  Após incubação obtém-se uma flutuação do número de colônias resistentes nas placas.
  • 46. Não se obtém o mesmo resultado em todas as placas ou seja, o resultado é diferente em cada tubo. Isto mostra então que as mutações ocorrem independentemente do contacto com o agente seletor (neste caso o fago T1). Não é por não haver contacto com o agente seletor que deixa de haver mutações de resistência. Então, a que se deve a variação?  As mutações ocorrem espontaneamente, quando ocorre a replicação do DNA durante o crescimento. São variáveis, aleatórias, não precisam do agente seletor, é uma questão de probabilidade. Neste caso, ocorreram várias mutações de 103 bact./mL para 109 bact./mL. Figura 6 – Teste de flutuação. Quanto mais cedo ocorre a mutação, maior será o número de mutantes nas Caixas.
  • 47. Avaliações de mutações  Taxa de mutação é o número de mutações de um fenótipo particular que ocorreram numa cultura em crescimento, dividido pelo número total de gerações celulares (divisões) no mesmo intervalo de tempo.  TM = número de bactérias resistentes (mutantes) /Número de gerações celulares  a – taxa de mutação  m – número médio de mutações que ocorreram na cultura  N – número total de divisões celulares
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  • 49. Informações sobre a taxa de mutações  O conceito de taxa de mutação é muito importante porque nos dá a probabilidade de ocorrência de mutações.  Perceber esta probabilidade é também muito importante para detectar bactérias resistentes a um antibiótico e prever, assim, a sua eficácia.  Se a probabilidade é baixa, o antibiótico é bom, se por outro lado, a probabilidade de ocorrência de mutações é elevada, o antibiótico não é muito bom.  Conclui-se assim que a taxa de mutação é muito útil para se avaliar a performance de um futuro antibiótico.
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