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Machado de Assis
"Memórias Póstumas de Brás Cubas“
Hugo Almeida Bachega N°32
JoaquimMariaMachadodeAssis
Machado de Assis é considerado
um dos mais importantes
escritores da literatura nacional.
Primeiro presidente da Academia
Brasileira de Letras, foi também
um dos fundadores. Em Memórias
Póstumas de Brás Cubas,
Machado apresenta um estilo
novo, rompendo com a tradicional
narração linear e dando início ao
realismo brasileiro. Os críticos da
época perceberam que a narrativa
apresentou elementos
modernistas e de realismo
mágico.
Nasceu: 21 de junho de 1839
Faleceu: 29 de setembro de 1908
Memórias Póstumas de Brás Cuba
Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve se dedicar à tarefa
de narrar sua própria vida. Dessa perspectiva, impõe opiniões sem se preocupar com o
julgamento que os vivos podem fazer dele. De sua infância, registra apenas o contato
com um colega de escola, Quincas Borba, e o comportamento de menino endiabrado,
que o fazia maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores adúlteros de uma
amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com uma prostituta
de luxo, Marcela.
Depois de retornar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma existência de
moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugênia, e a despreza
por ser manca. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com
o político Lobo Neves. A traição dura muitos anos e se desfaz de maneira fria. Brás ainda
se aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da moça
interrompe o projeto de casamento.
Desse ponto até o fim da vida, Brás se dedica à carreira política, que exerce sem talento,
e a ações beneficentes, que faz sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico
quanto a própria existência, arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos,
não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Trecho da obra
• Trecho
“Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente
não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto,
traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava,
porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente
com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da
travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por
pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu
cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à
guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o,
dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia – algumas vezes gemendo –, mas
obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um “ai, nhonhô!” – ao que eu
retorquia: – “Cala a boca, besta!”
• Comentario
O trecho mostra como foi a criação de Brás Cubas e os desmandos que o menino
cometia. As ações do pequeno não eram apenas a expressão de uma criança levada,
mas indicam como o filho de um membro da elite se comportava. Esse
comportamento perdura, de outro modo, por toda a vida de Brás Cubas.
Personagens
• Brás Cubas : narrador e protagonista, é o “defunto autor” de sua própria biografia, na qual avalia
com ceticismo a existência humana.
• Virgília : esposa do político Lobo Neves e amante de Brás Cubas, sustenta o caso adúltero para
manter as aparências do casamento.
• Quincas Borba : amigo de Brás, formula a filosofia do humanitismo.
• Eugênia: jovem manca de quem Brás rouba um beijo, abandonando-a em seguida.
• Marcela: prostituta de luxo com quem o narrador se envolve na juventude.
• Cotrim: cunhado de Brás pelo casamento com a irmã deste, Sabina, trata-se de um homem de
hábitos rudes no trato com escravos.
• Nhã Loló : parenta de Cotrim, é a noiva arranjada por Sabina para o irmão; o casamento não se
realiza em função da morte da pretendente.
• Dona Plácida: ex-empregada de Virgília , acoberta os encontros amorosos entre Brás e sua antiga
ama.
• Prudêncio: ex-escravo de Brás; depois de alforriado, torna-se dono de um escravo, no qual se
vinga das violências recebidas na infância.

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  • 2. JoaquimMariaMachadodeAssis Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores da literatura nacional. Primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, foi também um dos fundadores. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado apresenta um estilo novo, rompendo com a tradicional narração linear e dando início ao realismo brasileiro. Os críticos da época perceberam que a narrativa apresentou elementos modernistas e de realismo mágico. Nasceu: 21 de junho de 1839 Faleceu: 29 de setembro de 1908
  • 3.
  • 4. Memórias Póstumas de Brás Cuba Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve se dedicar à tarefa de narrar sua própria vida. Dessa perspectiva, impõe opiniões sem se preocupar com o julgamento que os vivos podem fazer dele. De sua infância, registra apenas o contato com um colega de escola, Quincas Borba, e o comportamento de menino endiabrado, que o fazia maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores adúlteros de uma amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com uma prostituta de luxo, Marcela. Depois de retornar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugênia, e a despreza por ser manca. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo Neves. A traição dura muitos anos e se desfaz de maneira fria. Brás ainda se aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da moça interrompe o projeto de casamento. Desse ponto até o fim da vida, Brás se dedica à carreira política, que exerce sem talento, e a ações beneficentes, que faz sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência, arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
  • 5. Trecho da obra • Trecho “Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia – algumas vezes gemendo –, mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: – “Cala a boca, besta!” • Comentario O trecho mostra como foi a criação de Brás Cubas e os desmandos que o menino cometia. As ações do pequeno não eram apenas a expressão de uma criança levada, mas indicam como o filho de um membro da elite se comportava. Esse comportamento perdura, de outro modo, por toda a vida de Brás Cubas.
  • 6. Personagens • Brás Cubas : narrador e protagonista, é o “defunto autor” de sua própria biografia, na qual avalia com ceticismo a existência humana. • Virgília : esposa do político Lobo Neves e amante de Brás Cubas, sustenta o caso adúltero para manter as aparências do casamento. • Quincas Borba : amigo de Brás, formula a filosofia do humanitismo. • Eugênia: jovem manca de quem Brás rouba um beijo, abandonando-a em seguida. • Marcela: prostituta de luxo com quem o narrador se envolve na juventude. • Cotrim: cunhado de Brás pelo casamento com a irmã deste, Sabina, trata-se de um homem de hábitos rudes no trato com escravos. • Nhã Loló : parenta de Cotrim, é a noiva arranjada por Sabina para o irmão; o casamento não se realiza em função da morte da pretendente. • Dona Plácida: ex-empregada de Virgília , acoberta os encontros amorosos entre Brás e sua antiga ama. • Prudêncio: ex-escravo de Brás; depois de alforriado, torna-se dono de um escravo, no qual se vinga das violências recebidas na infância.