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Castro Alves
Navio Negreiro
Apresentação
Castro Alves foi um praticante, entre muitos outros, da poesia libertária que se
associaria para sempre ao seu nome. Alguns de seus contemporâneos gozaram de
mais fama que ele, naquele momento. Mas a permanência de sua poesia – em
comparação com outros, que foram esquecidos – comprova não apenas a
qualidade de seus versos, mas também a força de seu apelo político.
Seu nome é o mais lembrado quando se trata de exemplificar a poesia condoreira
no Brasil. A imagem que inspirou a denominação da tendência é bastante
adequada: o condor é uma ave exuberante na elegância de seu voo e na altura que
alcança, que lhe confere liberdade e a sensação de superação dos limites
estabelecidos. O último aspecto conduz a um desejo de extravasamento, enquanto
a busca da liberdade leva à produção de uma arte participativa, de temática social
explícita. Além disso, a referida exuberância é traduzida nas imagens exageradas
que povoam a poesia dessa tendência.
As principais polêmicas de que participa a poesia de Castro Alves dizem
respeito a discussões mantidas na época: a luta pela abolição da escravatura,
a difusão das ideias republicanas e as questões referentes à participação
brasileira na Guerra do Paraguai. O tom dos debates gerados por esses
assuntos é reproduzido nos vocativos, que criam um clima de expansão vocal,
aproximando o poema do discurso político de praça pública. A linguagem
pomposa usada pelo poeta é a base do arrebatamento que ele costumava
provocar nos auditórios que o ouviam, formados, principalmente, por
estudantes.
O compromisso do poeta com causas sociais não era estranho ao romantismo.
Surgido na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, o movimento
romântico logo se identificou com os ideais libertários dos revolucionários
franceses de 1789. O espírito de revolta é uma marca de nascença. Em Castro
Alves, esse espírito se manifesta tanto na oposição do indivíduo aos costumes
sociais que ele combate, quanto na sua capacidade de se colocar como
representante de uma voz que busca a transformação.
CONTEXTO
Sobre o autor
Nascido na Bahia, Castro Alves cursou Direito em São Paulo, entrando em
contato com o romantismo byroniano dos jovens estudantes locais. O
poeta inglês Byron, além de ter inspirado toda uma geração de escritores
sentimentais, também exerceu grande influência na postura combativa e
libertária, faceta da qual Castro Alves é o principal representante entre
nós.
Importância do livro
O poema O navio negreiro é um texto fundamental do romantismo
brasileiro. Trata-se de uma das grandes justificativas para a qualificação
que acompanha Castro Alves até hoje: “o poeta dos escravos”. Os poemas
presentes nesta seleção confirmam esse apelido. E “A Cachoeira de Paulo
Afonso” mostra que havia lugar para o sentimentalismo na poesia de
caráter abolicionista.
Período histórico
O romantismo foi um movimento artístico amplo
o suficiente para não ser limitado a uma faceta
sentimental e idealizadora, que acabou se
tornando sua porção mais conhecida. Muitos
representantes da escola romântica, como Castro
Alves, estiveram envolvidos com grandes questões
históricas, transformando seus versos em veículos
de transmissão de suas ideias.
ANÁLISE
O estudante Castro Alves se tornou conhecido por uma peça teatral escrita para
oferecer um papel à sua amante na época, a atriz Eugênia Câmara. A peça, Gonzaga ou
A revolução de Minas já demonstrava o pendor do artista para a poesia de caráter
social, pela qual ele também seria conhecido, antes mesmo de seu único livro
publicado em vida, Espumas Flutuantes.
A abordagem das questões sociais é feita de uma perspectiva romântica, o que
significa colocar em destaque a visão piedosa. A proposta era infundir no leitor o asco
pelo escravocrata e a compaixão pelo escravo sofredor. Os versos da “A canção do
africano” cumpriam bem sua missão: “O escravo então foi deitar-se, / Pois tinha de
levantar-se / Bem antes do sol nascer, / E se tardasse, coitado, / Teria de ser surrado, /
Pois bastava escravo ser. // E a cativa desgraçada / Deita seu filho, calada, / E põe-se
triste a beijá-lo, / Talvez temendo que o dono / Não viesse, em meio do sono, / De seus
braços arrancá-lo!”
Apesar desse enquadramento da crítica aos parâmetros românticos, a glorificação do
negro não deixava de ser, naquele contexto, um gesto ousado. Sua presença na vida
cotidiana, sempre como figura degradada, parecia afastá-lo de qualquer possibilidade
de transformação em objeto artístico aceitável aos leitores. Castro Alves conseguiu
realizar essa tarefa, sem que seus versos tenham perdido qualidade artística.
Sua poesia cria uma imagem heroica e idealizada do negro, em um
processo semelhante àquele a que foi submetido o índio na obra de
Gonçalves Dias, por exemplo.
O poema narrativo “A Cachoeira de Paulo Afonso” conta a história
de um casal de negros enamorados. Os dois resolvem fugir juntos,
mas em certo momento decidem deixar que a canoa em que estão
deslize pelas águas e despenque da Cachoeira de Paulo Afonso.
Como se vê, a temática da escravidão só é abordada
marginalmente. Mas é preciso levar em conta que o par central
possui o mesmo estatuto romântico conferido a casais brancos nos
romances de folhetim: são capazes de amar, de odiar, de manifestar
piedade e revolta. Para a sociedade brasileira da época, era ousadia
suficiente.
Neste último poema, como em outros do livro, convém destacar a
importância do cenário. Nos versos de Castro Alves, ele é descrito
com tal intensidade, que quase pode ser visualizado pelo leitor. A
natureza, na poesia de Castro Alves, é dotada de grandiosidade: ele
fala em oceanos, mares, cachoeiras, imensidões – amplificando o
efeito de seus versos, que parecem querer ecoar pelos campos.
Fonte de pesquisa
http://educacao.globo.com/literatura/assu
nto/autores/castro-alves.html
Giovanna Forestieri nº7
Laura Marie nº16
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Castro Alves, o poeta dos escravos

  • 3. Apresentação Castro Alves foi um praticante, entre muitos outros, da poesia libertária que se associaria para sempre ao seu nome. Alguns de seus contemporâneos gozaram de mais fama que ele, naquele momento. Mas a permanência de sua poesia – em comparação com outros, que foram esquecidos – comprova não apenas a qualidade de seus versos, mas também a força de seu apelo político. Seu nome é o mais lembrado quando se trata de exemplificar a poesia condoreira no Brasil. A imagem que inspirou a denominação da tendência é bastante adequada: o condor é uma ave exuberante na elegância de seu voo e na altura que alcança, que lhe confere liberdade e a sensação de superação dos limites estabelecidos. O último aspecto conduz a um desejo de extravasamento, enquanto a busca da liberdade leva à produção de uma arte participativa, de temática social explícita. Além disso, a referida exuberância é traduzida nas imagens exageradas que povoam a poesia dessa tendência.
  • 4. As principais polêmicas de que participa a poesia de Castro Alves dizem respeito a discussões mantidas na época: a luta pela abolição da escravatura, a difusão das ideias republicanas e as questões referentes à participação brasileira na Guerra do Paraguai. O tom dos debates gerados por esses assuntos é reproduzido nos vocativos, que criam um clima de expansão vocal, aproximando o poema do discurso político de praça pública. A linguagem pomposa usada pelo poeta é a base do arrebatamento que ele costumava provocar nos auditórios que o ouviam, formados, principalmente, por estudantes. O compromisso do poeta com causas sociais não era estranho ao romantismo. Surgido na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, o movimento romântico logo se identificou com os ideais libertários dos revolucionários franceses de 1789. O espírito de revolta é uma marca de nascença. Em Castro Alves, esse espírito se manifesta tanto na oposição do indivíduo aos costumes sociais que ele combate, quanto na sua capacidade de se colocar como representante de uma voz que busca a transformação.
  • 5. CONTEXTO Sobre o autor Nascido na Bahia, Castro Alves cursou Direito em São Paulo, entrando em contato com o romantismo byroniano dos jovens estudantes locais. O poeta inglês Byron, além de ter inspirado toda uma geração de escritores sentimentais, também exerceu grande influência na postura combativa e libertária, faceta da qual Castro Alves é o principal representante entre nós. Importância do livro O poema O navio negreiro é um texto fundamental do romantismo brasileiro. Trata-se de uma das grandes justificativas para a qualificação que acompanha Castro Alves até hoje: “o poeta dos escravos”. Os poemas presentes nesta seleção confirmam esse apelido. E “A Cachoeira de Paulo Afonso” mostra que havia lugar para o sentimentalismo na poesia de caráter abolicionista.
  • 6. Período histórico O romantismo foi um movimento artístico amplo o suficiente para não ser limitado a uma faceta sentimental e idealizadora, que acabou se tornando sua porção mais conhecida. Muitos representantes da escola romântica, como Castro Alves, estiveram envolvidos com grandes questões históricas, transformando seus versos em veículos de transmissão de suas ideias.
  • 7. ANÁLISE O estudante Castro Alves se tornou conhecido por uma peça teatral escrita para oferecer um papel à sua amante na época, a atriz Eugênia Câmara. A peça, Gonzaga ou A revolução de Minas já demonstrava o pendor do artista para a poesia de caráter social, pela qual ele também seria conhecido, antes mesmo de seu único livro publicado em vida, Espumas Flutuantes. A abordagem das questões sociais é feita de uma perspectiva romântica, o que significa colocar em destaque a visão piedosa. A proposta era infundir no leitor o asco pelo escravocrata e a compaixão pelo escravo sofredor. Os versos da “A canção do africano” cumpriam bem sua missão: “O escravo então foi deitar-se, / Pois tinha de levantar-se / Bem antes do sol nascer, / E se tardasse, coitado, / Teria de ser surrado, / Pois bastava escravo ser. // E a cativa desgraçada / Deita seu filho, calada, / E põe-se triste a beijá-lo, / Talvez temendo que o dono / Não viesse, em meio do sono, / De seus braços arrancá-lo!” Apesar desse enquadramento da crítica aos parâmetros românticos, a glorificação do negro não deixava de ser, naquele contexto, um gesto ousado. Sua presença na vida cotidiana, sempre como figura degradada, parecia afastá-lo de qualquer possibilidade de transformação em objeto artístico aceitável aos leitores. Castro Alves conseguiu realizar essa tarefa, sem que seus versos tenham perdido qualidade artística.
  • 8. Sua poesia cria uma imagem heroica e idealizada do negro, em um processo semelhante àquele a que foi submetido o índio na obra de Gonçalves Dias, por exemplo. O poema narrativo “A Cachoeira de Paulo Afonso” conta a história de um casal de negros enamorados. Os dois resolvem fugir juntos, mas em certo momento decidem deixar que a canoa em que estão deslize pelas águas e despenque da Cachoeira de Paulo Afonso. Como se vê, a temática da escravidão só é abordada marginalmente. Mas é preciso levar em conta que o par central possui o mesmo estatuto romântico conferido a casais brancos nos romances de folhetim: são capazes de amar, de odiar, de manifestar piedade e revolta. Para a sociedade brasileira da época, era ousadia suficiente. Neste último poema, como em outros do livro, convém destacar a importância do cenário. Nos versos de Castro Alves, ele é descrito com tal intensidade, que quase pode ser visualizado pelo leitor. A natureza, na poesia de Castro Alves, é dotada de grandiosidade: ele fala em oceanos, mares, cachoeiras, imensidões – amplificando o efeito de seus versos, que parecem querer ecoar pelos campos.