O romance Iracema de José de Alencar narra o amor proibido entre a índia Iracema e o colonizador português Martim, resultando na fundação do estado do Ceará. A obra utiliza uma linguagem tipicamente brasileira e é considerada um marco do Romantismo nacionalista pela ênfase dada à cultura indígena e à natureza cearense.
2. O romance A Moreninha conta a história de amor entre Augusto e D. Carolina (a moreninha).
Tudo começa quando Augusto, Leopoldo e Fabrício são convidados por Filipe para passar o
feriado de Sant’Ana na casa de sua avó. Os quatro amigos estudantes de medicina vão para
a Ilha passar o feriado e lá encontram D. Ana, a anfitriã, duas amigas, a irmã de Filipe, D.
Carolina e suas primas Joana e Joaquina. Antes de partirem Filipe havia feito uma aposta com
Augusto: se este voltasse da Ilha sem ter se apaixonado verdadeiramente por uma das
meninas, Filipe escreveria um romance por ter perdido a aposta. Caso se apaixonasse, Augusto
é quem deveria escrevê-lo.
Augusto era um jovem namorador e inconstante no amor. Fabrício revela a personalidade do
amigo a todos num jantar, o que faz Augusto ser desprezado pelas moças, menos por Carolina.
Sentindo-se sozinho, Augusto revela a D. Ana, em uma conversa pela Ilha, que sua inconstância
no amor tem a ver com as desilusões amorosas que já viveu e conta um episódio que lhe
aconteceu na infância. Em uma viagem com a família, Augusto apaixonou-se por uma menina
com quem brincara na praia. Ele e a menina ajudaram um homem moribundo e, como forma
de agradecimento, o homem deu a Augusto um botão de esmeralda envolvido numa fita
branca e deu a menina o camafeu de Augusto envolvido numa fita verde. Essa era a única
lembrança que tinha da menina, pois não havia lhe perguntado nem o nome.
O fim de semana termina e os jovens retornam para os estudos, mas Augusto se vê com
saudades de Carolina e retorna a Ilha para encontra-la. O pai de Augusto, achando que isso
estava atrapalhando seus estudos, proíbe o filho de visitar Carolina. Depois de um tempo
distantes, Augusto volta a Ilha para se declarar a Carolina. Mas ela o repreende por estar
3. O romance A Moreninha é um clássico da nossa
literatura e representa a narrativa romântica com
características nacionais. O Romantismo, como
grande parte dos movimentos literários, tinha força
na Europa. A obra de Joaquim Manuel de Macedo
dá os primeiros passos para o Romantismo
tipicamente brasileiro.
A obra mostra os costumes e a organização da
sociedade que se formava no século XIX no Rio de
Janeiro: os estudantes de medicina, os bailes, a
tradição da festa de Sant’Ana , o flerte das moças
etc. Também está presente a cultura nacional,
através da lenda da gruta, em que o choro de uma
moça que se apaixonou por um índio e não foi
correspondida se transforma na fonte que corre na
gruta
4. O romance A Moreninha é considerado o
primeiro romance romântico brasileiro.
Apresenta uma linguagem simples, um
enredo que prende o leitor com algum
suspense e um final feliz típico dessa fase
do movimento do Romantismo. A obra
remonta o cenário da alta sociedade
carioca em meados do século XIX.
Joaquim Manuel de Macedo ganhou
notoriedade na corte carioca, pois a obra
caiu no gosto do público.
5. Joaquim Manoel de Macedo é um
médico que nunca exerceu a profissão,
pois dedicou sua vida à literatura.
Tornou-se o autor mais lido no Brasil de
sua época, sua obra representava a
classe média carioca que habitava a
corte em meados do século XIX.
6. - Filipe: estudante de medicina, amigo de Augusto. Faz o convite aos colegas para
passarem feriado na casa de sua avó.
- Leopoldo: o mais animado dos amigos de Augusto, também estudante de medicina.
- Fabrício: é prático e um tanto mesquinho quando se trata de relacionamentos. Pede
ajuda a Augusto para livrar-se de Joaquina.
- Augusto: é volúvel e inconstante nos relacionamentos amorosos. Apaixona-se
facilmente, mas dura pouco, por isso afirma nunca ter amado. Apesar da inconstância,
é romântico. Pois não engana as moças, apenas é volúvel.
- Joana: prima de Filipe. Tem dezessete anos, cabelos e olhos negros, é pálida.
- Joaquina: prima de Filipe. Tem dezesseis anos, é loura de olhos azuis e tem faces cor-
de-rosa.
- D. Ana: avó de Filipe. Dona da casa na ilha, senhora amável de sessenta anos que
nutre um carinho especial pela neta (a Moreninha) que criou após ter ficado órfã.
- Moreninha: irmã de Filipe. Menina de quatorze anos, travessa, engraçada e
impertinente.
- D. Violante: uma senhora amiga de D. Ana. Era inconveniente e chateou Augusto
com lamentações e assuntos de doenças.
10. A obra Iracema de José de Alencar narra o trágico romance entre
Iracema, a virgem dos lábios de mel, e Martim, o primeiro colonizador
português do Ceará. Após um acidente Martim é recebido pela tribo
dos Tabajaras, onde vivia a jovem Iracema.
Na trama Iracema e Martim se apaixonam e fogem para viverem
o amor proibido, juntos levam o guerreiro Pitiguara Poti, amigo que
Martim considerava como irmão.
Ao perceberem a fuga, os Tabajaras perseguem os amantes travando
um combate sangrento ao encontrá-los. Desesperados, os três vão para
uma praia deserta, na qual Martim e Iracema constroem uma cabana.
Mas, passando-se alguns tempos, Martim resolve ir guerrear junto com
os Pitiguaras e com seu amigo Poti, deixando Iracema grávida na
cabana. Antes de Martim voltar para a tribo, Iracema dar à luz a um
menino. Após o parto ela fica gravemente debilitada e acaba morrendo.
Martim chega logo depois, e ao ouvir o canto triste da Jandaia (ave que
sempre acompanhava Iracema), presencia a tragédia.
Ele retorna para sua terra natal levando o filho consigo. Porém,
quatro anos depois, voltam para o Ceará, onde implantam a fé cristã.
11. Iracema possui um narrador onisciente. Através de uma
linguagem tipicamente brasileira e cheia de metáforas e palavras
indígenas, não só em Iracema como em outras obras, o autor
demonstra características que o levam a uma singularidade na
representação e afirmação da cultura brasileira. Em seus diálogos
com Martim, Iracema tem em sua fala traços da oralidade, onde
são encontradas diversas expressões indígenas, estruturas sintáticas
semelhante aos que os índios utilizavam, tendo em vista sua
dificuldade com a Língua Portuguesa. Sendo assim, o livro torna-se
permeado de múltiplas interpretações, segundo o significado e
entendimento de cada leitor.
O romance de Martim e Iracema tem como metáfora a criação
do Ceará. Através da história, o autor cria uma lenda de como o
estado teria sido criado. Pois quando Iracema morre, ela é
enterrada por Martim e seu amigo Poti à beira de um coqueiro de
que ela gostava muito. Diante desse coqueiro, sempre se ouvia um
lamento; era o lamento de sua ave de estimação, que sentia sua
falta. Assim, o canto da jandaia se chamava de Ceará, onde ali foi
fundada.
12. Publicado em 1865, Iracema, obra de José de Alencar, faz
parte da tríade dos romances indianistas (juntamente com O
Guarani e Ubirajara), sendo considerado o mais maduro deles,
pois admite várias interpretações, com uma excelente estrutura
narrativa. É considerado um poema em forma de prosa, com
características épicas, em que tanto Martim como Iracema são
heróis. Iracema é uma típica heroína que representa o
romantismo: espera o amado, se entrega a ele, fica com
saudades, e morre por essa saudade.
Período histórico
Iracema possui personagens históricos, ou seja, que realmente
existiram e fizeram parte da História do Brasil. Martim e Poti são
um exemplo. Além disso, o livro é escrito após a regularização
da colonização do Ceará. Todo esse cenário de lendas, de
amor proibido, serve para acontecer o nascimento do primeiro
filho da miscigenação entre o branco e o índio. Assim, o índio é
visto com bons olhos ufanistas e representantes da cultura
brasileira
13. A obra Iracema de José de Alencar
chamou-me a atenção não só pelos
personagens que a compõem, mas
também pela ênfase que o autor dar
aos costumes e culturas dos povos
indígenas que aqui habitavam e,
principalmente aos elementos da
natureza cearense, bem como, as
belíssimas chapadas e praias do Ceará.
É interessante lembrar que essas são
características da primeira geração do
Romantismo brasileiro, na qual se
destacam a poesia nacionalista,