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TRABALHO DE
PORTUGUÊS
NOME : MURILO CESAR MANOEL
AFONSO
Nº : 19
NOME : NICOLAS JOSE MATIAS
Nº: 22
SÉRIE : 1º A
Auto da Barca do Inferno
• Obra de Gil Vicente
• O primeiro personagem é o fidalgo, representante da nobreza e do luxo, e que em vida foi tirano e vivia de luxúria. O diabo diz que
aquela é sua barca e que ele deve entrar ali. Ele se recusa e diz que muitas pessoas rezam por ele. Ao pedir para entrar na barca do anjo
que leva ao paraíso seu pedido é negado devido aos pecados que cometeu. Ele se dirige para a barca do inferno e tenta convencer o
diabo a ver sua amada, porém o diabo revela que ela o enganava.
• O próximo personagem é o Onzeneiro, uma espécie de agiota da época, ele tenta convencer o anjo a deixá-lo ir para o paraíso mais o
pedido é negado pois ele foi ganancioso e avarento. Ele tenta subornar o diabo, e diz que quer voltar para pegar toda a sua riqueza
acumulada, porém o pedido é negado e ele entra na barca do inferno.
• Depois, vem Joane, chamado de Parvo, que significa um tolo e inocente, que vivia de forma simples. O diabo tenta enganá-lo para
entrar na barca, mais quando ele descobre o destino corre para conversar com o anjo que por fim devido a sua humildade o autoriza a
subir na barca.
• A próxima alma a chegar é a do sapateiro, que chega com todos os seus instrumentos de trabalho. Ele se julga trabalhador e inocente,
por isso pede ao anjo para deixá-lo ir ao paraíso, o pedido porém é negado já que ele roubou e enganou seus clientes. Ele então entra
na barca do diabo.
• O quinto a chegar é o frade, que segue em direção ao anjo convicto que por ser um membro da igreja ali é seu lugar. Mas ele chega
com sua amante e é condenado pelo anjo por falso moralismo religioso, portanto deve ir para o inferno. Indignado ele segue seu
destino. Brísida Vaz é a próxima, umaalcoviteira que chega até o anjo com o argumento de possuir seiscentos virgos postiços, que
seriam hímens. Isso deixa a entender que prostituía meninas virgens. Ela é condenada por bruxaria e prostituição, e entra então na
barca do diabo.
• Em seguida chega o Judeu, de nome Semifará, acompanhado de um bode. Nem o anjo ou o diabo o quer em sua barca. Ele não pode
chegar perto do anjo acusado de não aceitar o cristianismo, e então tenta convencer o diabo a levá-lo, que aceita com a condição que
ele irá rebocado e não dentro da barca. Está é uma crítica ao movimento que acontecia na época, em que muitos judeus foram expulsos
de Portugal e os que ficaram deveriam se converter.
• Por fim chegam os representantes da lei, um corregedor e um procurador, que aparecem com seus livros e processos nas mãos e
tentam argumentar sua entrada no céu. Porém são impedidos e acusados por manipular a justiça para o bem próprio. Eles seguem para
a barca do inferno, onde parecem já conhecer a alcoviteira.
• Os últimos a chegarem são quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo, por isso são perdoados de seus
pecados e seguem para a barca do anjo.
• Gil Vicente mostra nesta obra os valores da época, fazendo uma sátira social e demonstrando que aqueles que acumulam e não pensam
no bem e nas leis de Deus em vida, merecem o inferno como destino.
Sonetos
005 :
• Amor é um fogo que arde sem se ver,
• é ferida que dói, e não se sente;
• é um contentamento descontente,
• é dor que desatina sem doer.
•
• É um não querer mais que bem querer;
• é um andar solitário entre a gente;
• é nunca contentar se de contente;
• é um cuidar que ganha em se perder.
•
• É querer estar preso por vontade;
• é servir a quem vence, o vencedor;
• é ter com quem nos mata, lealdade.
•
• Mas como causar pode seu favor
• nos corações humanos amizade,
• se tão contrário a si é o mesmo Amor?
013 :
Alegres campos, verdes arvoredos,
claras e frescas águas de cristal,
que em vós os debuxais ao natural,
discorrendo da altura dos rochedos;
Silvestres montes, ásperos penedos,
compostos em concerto desigual,
sabei que, sem licença de meu mal,
já não podeis fazer meus olhos ledos.
E, pois me já não vedes como vistes,
não me alegrem verduras deleitosas,
nem águas que correndo alegres vêm.
Semearei em vós lembranças tristes,
regando-vos com lágrimas saudosas,
e nascerão saudades de meu bem
Sonetos
• 080:
• Alma minha gentil, que te partiste
• tão cedo desta vida descontente,
• repousa lá no Céu eternamente,
• e viva eu cá na terra sempre triste.
•
• Se lá no assento etéreo, onde subiste,
• memória desta vida se consente,
• não te esqueças daquele amor ardente
• que já nos olhos meus tão puro viste.
• E se vires que pode merecer te
• algüa causa a dor que me ficou
• da mágoa, sem remédio, de perder te,
•
• roga a Deus, que teus anos encurtou,
• que tão cedo de cá me leve a ver te,
• quão cedo de meus olhos te levou.
• 058 :
• A Morte, que da vida o nó desata,
• os nós, que dá o Amor, cortar quisera
• na Ausência, que é contr' ele espada fera,
• e co Tempo, que tudo desbarata.
•
• Duas contrárias, que üa a outra mata,
• a Morte contra o Amor ajunta e altera:
• üa é Razão contra a Fortuna austera,
• outra, contra a Razão, Fortuna ingrata.
•
• Mas mostre a sua imperial potência
• a Morte em apartar dum corpo a alma,
• duas num corpo o Amor ajunte e una;
•
• porque assi leve triunfante a palma,
• Amor da Morte, apesar da Ausência,
• do Tempo, da Razão e da Fortuna.
Soneto (Final)
• 160 :
• À sepultura de del-Rei dom João Terceiro
•
• Quem jaz no grão sepulcro, que descreve
• tão ilustres sinais no forte escudo?
• - Ninguém; que nisso, enfim, se toma tudo
• mas foi quem tudo pôde e tudo teve.
•
• Foi Rei?- Fez tudo quanto a Rei se deve;
• pôs na guerra e na paz devido estudo;
• mas quão pesado foi ao Mouro rudo
• tanto lhe seja agora a terra leve.
•
• Alexandre será?- Ninguém se engane;
• que sustentar, mais que adquirir se estima.
• - Será Adriano, grão senhor do mundo?
•
• Mais observante foi da Lei de cima.
• - E Numa?- Numa, não; mas é Joane:
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Auto da barca do inferno murilo e nicholas 1ºa

  • 1. TRABALHO DE PORTUGUÊS NOME : MURILO CESAR MANOEL AFONSO Nº : 19 NOME : NICOLAS JOSE MATIAS Nº: 22 SÉRIE : 1º A
  • 2. Auto da Barca do Inferno • Obra de Gil Vicente • O primeiro personagem é o fidalgo, representante da nobreza e do luxo, e que em vida foi tirano e vivia de luxúria. O diabo diz que aquela é sua barca e que ele deve entrar ali. Ele se recusa e diz que muitas pessoas rezam por ele. Ao pedir para entrar na barca do anjo que leva ao paraíso seu pedido é negado devido aos pecados que cometeu. Ele se dirige para a barca do inferno e tenta convencer o diabo a ver sua amada, porém o diabo revela que ela o enganava. • O próximo personagem é o Onzeneiro, uma espécie de agiota da época, ele tenta convencer o anjo a deixá-lo ir para o paraíso mais o pedido é negado pois ele foi ganancioso e avarento. Ele tenta subornar o diabo, e diz que quer voltar para pegar toda a sua riqueza acumulada, porém o pedido é negado e ele entra na barca do inferno. • Depois, vem Joane, chamado de Parvo, que significa um tolo e inocente, que vivia de forma simples. O diabo tenta enganá-lo para entrar na barca, mais quando ele descobre o destino corre para conversar com o anjo que por fim devido a sua humildade o autoriza a subir na barca. • A próxima alma a chegar é a do sapateiro, que chega com todos os seus instrumentos de trabalho. Ele se julga trabalhador e inocente, por isso pede ao anjo para deixá-lo ir ao paraíso, o pedido porém é negado já que ele roubou e enganou seus clientes. Ele então entra na barca do diabo. • O quinto a chegar é o frade, que segue em direção ao anjo convicto que por ser um membro da igreja ali é seu lugar. Mas ele chega com sua amante e é condenado pelo anjo por falso moralismo religioso, portanto deve ir para o inferno. Indignado ele segue seu destino. Brísida Vaz é a próxima, umaalcoviteira que chega até o anjo com o argumento de possuir seiscentos virgos postiços, que seriam hímens. Isso deixa a entender que prostituía meninas virgens. Ela é condenada por bruxaria e prostituição, e entra então na barca do diabo. • Em seguida chega o Judeu, de nome Semifará, acompanhado de um bode. Nem o anjo ou o diabo o quer em sua barca. Ele não pode chegar perto do anjo acusado de não aceitar o cristianismo, e então tenta convencer o diabo a levá-lo, que aceita com a condição que ele irá rebocado e não dentro da barca. Está é uma crítica ao movimento que acontecia na época, em que muitos judeus foram expulsos de Portugal e os que ficaram deveriam se converter. • Por fim chegam os representantes da lei, um corregedor e um procurador, que aparecem com seus livros e processos nas mãos e tentam argumentar sua entrada no céu. Porém são impedidos e acusados por manipular a justiça para o bem próprio. Eles seguem para a barca do inferno, onde parecem já conhecer a alcoviteira. • Os últimos a chegarem são quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo, por isso são perdoados de seus pecados e seguem para a barca do anjo. • Gil Vicente mostra nesta obra os valores da época, fazendo uma sátira social e demonstrando que aqueles que acumulam e não pensam no bem e nas leis de Deus em vida, merecem o inferno como destino.
  • 3. Sonetos 005 : • Amor é um fogo que arde sem se ver, • é ferida que dói, e não se sente; • é um contentamento descontente, • é dor que desatina sem doer. • • É um não querer mais que bem querer; • é um andar solitário entre a gente; • é nunca contentar se de contente; • é um cuidar que ganha em se perder. • • É querer estar preso por vontade; • é servir a quem vence, o vencedor; • é ter com quem nos mata, lealdade. • • Mas como causar pode seu favor • nos corações humanos amizade, • se tão contrário a si é o mesmo Amor? 013 : Alegres campos, verdes arvoredos, claras e frescas águas de cristal, que em vós os debuxais ao natural, discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos, compostos em concerto desigual, sabei que, sem licença de meu mal, já não podeis fazer meus olhos ledos. E, pois me já não vedes como vistes, não me alegrem verduras deleitosas, nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, regando-vos com lágrimas saudosas, e nascerão saudades de meu bem
  • 4. Sonetos • 080: • Alma minha gentil, que te partiste • tão cedo desta vida descontente, • repousa lá no Céu eternamente, • e viva eu cá na terra sempre triste. • • Se lá no assento etéreo, onde subiste, • memória desta vida se consente, • não te esqueças daquele amor ardente • que já nos olhos meus tão puro viste. • E se vires que pode merecer te • algüa causa a dor que me ficou • da mágoa, sem remédio, de perder te, • • roga a Deus, que teus anos encurtou, • que tão cedo de cá me leve a ver te, • quão cedo de meus olhos te levou. • 058 : • A Morte, que da vida o nó desata, • os nós, que dá o Amor, cortar quisera • na Ausência, que é contr' ele espada fera, • e co Tempo, que tudo desbarata. • • Duas contrárias, que üa a outra mata, • a Morte contra o Amor ajunta e altera: • üa é Razão contra a Fortuna austera, • outra, contra a Razão, Fortuna ingrata. • • Mas mostre a sua imperial potência • a Morte em apartar dum corpo a alma, • duas num corpo o Amor ajunte e una; • • porque assi leve triunfante a palma, • Amor da Morte, apesar da Ausência, • do Tempo, da Razão e da Fortuna.
  • 5. Soneto (Final) • 160 : • À sepultura de del-Rei dom João Terceiro • • Quem jaz no grão sepulcro, que descreve • tão ilustres sinais no forte escudo? • - Ninguém; que nisso, enfim, se toma tudo • mas foi quem tudo pôde e tudo teve. • • Foi Rei?- Fez tudo quanto a Rei se deve; • pôs na guerra e na paz devido estudo; • mas quão pesado foi ao Mouro rudo • tanto lhe seja agora a terra leve. • • Alexandre será?- Ninguém se engane; • que sustentar, mais que adquirir se estima. • - Será Adriano, grão senhor do mundo? • • Mais observante foi da Lei de cima. • - E Numa?- Numa, não; mas é Joane: • de Portugal terceiro, sem segundo.