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GGEESSTTÃÃOO DDEE EEMMPPRREESSAASS 
Prof. Leonel Claudino Boano
CCoonntteeúúddoo PPrrooggrraammááttiiccoo 
 PARTE I – INTRODUÇÃO E GENERALIDADES 
 A Gestão e a sua Evolução: Conceitos, Funções e níveis 
 Gestor: Tarefas e aptidões necessárias 
◦ – Escola Clássica; Teoria Geral da Administração 
 – Teoria Clássica e teoria científica 
 – Escola de Relações Humanas 
 – Burocracia 
 – Behavorismo 
 – Estruturalismo 
 – Teorias dos Sistemas 
 – Desenvolvimento Organizacional 
 – Teorias Modernas de Gestão 
 – Abordagem contingencial 
 – Administração por objectivos 
 – Administração Estratégica 
 – Administração Participativa 
 – Administração Japonesa
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
1.1 – Conceito de Gestão 
Vivemos numa sociedade dominada por organizações 
grandes e/ou pequenas, com ou sem fins lucrativos 
nas quais as pessoas trabalham em conjunto, com 
vista à prossecução de objectivos que seriam 
impossíveis de atingir se as pessoas trabalhassem 
isoladamente. 
Dentre essas organizações, a empresa é, sem dúvida, 
uma das mais importantes e com maiores 
repercurssões nas nossas vidas. Apesar que, nem 
todas iniciativas empresarias terminam em sucesso.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
Na realidade, mesmo num país de empreendedores e 
onde as técnicas de gestão estão mais desenvolvidas, 
como os Estados Unidos da América, 24% dos 
novos negócios falham nos primeiros dois anos, e 
apenas 48% se mantêm para além dos quatro anos. 
Os custos da má gestão são elevados para a 
sociedade. 
Na maior parte dos casos, a causa da falência de 
empresas deve-se a má gestão. De facto, cada vez 
mais se reconhece que o factor mais significativo na 
determinação do desempenho e sucesso de 
qualaquer organização é a qualidade da sua gestão.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
De uma forma relactivamente simples, mas 
abrangente podemos definir gestão como o 
processo de se conseguir obter resultados (bens e 
serviços) com o esforço de outros. Pressupões a 
existência de uma organização que desenvolve uma 
actividade para melhorar ou atingir objectivos. 
1.2 – Funções 
A tarefa básica da gestão é interpretar objectivos 
propostos e transformá-los em acção empresarial, 
através do planeamento, organização, direcção e 
controlo de todos os esforços realizados em todas 
as áreas e níveis da empresa, a fim de atingi-los.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
A gestão abarca quatro funções fundamentais: 
1 – Planeamento: É o processo de determinar 
antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo. 
Planeamento e previsão não são sinónimos. O 
planeamento inclui previsão, mas pode haver previsão 
sem que haja planeamento porque este tem implícita a 
ideia de acção a desenvolver para que as coisas 
aconteçam, o que é diferente de esperar que aconteça o 
que se previu. 
Os planos devem ser definidos em termos precisos de tal 
modo que sirvam de guias claros para os gestores e 
pessoal da empresa.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
2 – Organização: Consiste em estabelecer relações 
formais entre as pessoas, e entre estas os recursos, 
para atingir os objectivos propostos. Um dos 
aspectos fundamentais desta função é assegurar que 
a pessoa certa, com as qualificações certas, esteja no 
local e tempo certo. 
Planear e definir as funções que competem a cada 
elemento da organização, quais os recursos 
disponíveis e como se distribuem é fundamental, 
mas por sí só não traduz acção. É necessário dirigir 
para que as pessoas façam o que se pretende ser 
feito.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
3 – Direcção: É o processo de determinar, isto é, 
afectar, ou influenciar, o comportamento dos 
outros. Esta envolve: Motivação, Liderança e 
Comunicação. 
Por melhor que seja o planeamento, mais adequada a 
estrutura organizacional definida e apropriada e 
estilo de direcção posto em execução, na prática as 
coisas nunca se passam como planeadas. Os 
resultados não coincidem com os objectivos 
prosseguidos, há que verificar os desvios e analisar 
as razões que estiveram na sua origem. Gerir 
implica também controlar.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
4 – Controlo: É o processo de comparação do actual 
desempenho da organização com standards 
previamente estabelecidos, apontando as eventuais 
acções correctivas. 
Mais do que descobrir culpados e puni-los, a prática da 
funçãos controlo deve conduzir a determinação 
correcta dos desvios verificados e definir as acções 
necessárias para que sejam corrigidos e evitados no 
futuro.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
1.3 – Níveis de Gestão 
Quando falamos em gestão, pensamos de imediato 
nos membros do conselho de administação, nos 
gerentes e/ou nos directores de uma empresa. 
Contudo, nem todos os gestores têm 
responsabilidade pela empresa como um todo. 
Embora a divisão não seja absolutamente 
indiscutível, consideram-se, geralmente, três níveis 
de gestão:
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
1 – Nível Institucional: Caracteriza-se por uma 
forte componente estratégica, ou seja, 
envolvimento da totalidade dos recursos 
disponíveis na determinação do rumo a seguir 
(associado as acções com implicações de médio e 
longo prazo) e pela formulação de políticas gerais 
que são definidas de forma genérica e dizem 
respeito a toda empresa. Corresponde aos 
membros do conselho de administração, gerência, 
conselho de gestão e direcção geral.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss 
2 – Nível Intermédio: Predomina uma componente 
táctica que se caracteriza pela movimentação de 
recursos no curto prazo e elaboração de planos e 
progamas específicos relacionados com a área ou função 
do respectivo gestor. É desempenhada pelos directores 
de divisão, de área, funcionais e de departamento. 
3 – Nível Operacional: Predomina a componente 
técnica, e a actividade destes traduz-se na execução de 
rotinas e procedimentos. São os supervisores, chefes de 
serviço e de secção. 
A importância relativa das funções não é exactamente a 
mesma nos diversos níveis.
1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee 
nníívveeiiss
2. Gestor: Tarefas ee aappttiiddõõeess nneecceessssáárriiaass 
A actuação dos gestores avalia-se por padrões de 
eficiência e eficácia, que são conceitos diferentes, 
embora por vezes se verifique que há quem faça 
alguma confusão. 
Eficiência: Relação proporcional entre a qualidade e 
quantidade de inputs e a qualidade e quantidade de 
outputs produzidos. 
Eficácia: É a medida em que os outputs produzidos 
pelo processo se aproximam dos objectivos 
propostos. Isto é, quanto menores forem os desvios 
entre o planeado e o realizado, maior é o grau de 
eficácia.
2. Gestor: Tarefas ee aappttiiddõõeess nneecceessssáárriiaass 
Um gestor pode ser relativamente eficaz sem atingir um 
grau elevado de eficiência. Para ser eficiente e eficaz, o 
gestor deve possuir e desenvolver continuamente várias 
aptidões essenciais à saber: 
1 – Aptidão Conceptual: É a capacidade para aprender 
ideias gerais e abstractas e aplicá-las em situações 
concretas. Engloba a capacidade para ver a organização 
como um todo. 
2 – Aptidão Técnica: É a capacidade para usar 
conhecimentos, métodos e/ou técnicas específicas no 
seu trabalho concreto. Ex., conhecimentos e experiência 
em Engenharia, Informática, Contabilidade.
2. Gestor: Tarefas ee aappttiiddõõeess nneecceessssáárriiaass 
3 – Aptidão em Relações Humanas: É a capacidade de 
compreender, motivar e obter a adesão de outras 
pessoas. Envolve características relacionadas com as 
capacidades de comunicar, trabalhar e entender as 
atitudes e os comportamentos dos indivíduos e dos 
grupos. 
O grau de desenvolvimento destas aptidões está 
relacionado com o nível de gestão em que o gestor 
se situa.
3. Atributos do GGeessttoorr ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 
A gestão das organizações é um todo integrado; é 
mais do que a soma das funções. Os seus 
componentes não devem ser considerados 
isoladamente. Assim, a gestão é uma “forma” ou um 
sistema. O gestor das organizações assume 
determinados papéis em função das condições do 
meio envolvente e de um ou vários componentes 
da gestão. 
No sentido sociológico da palavra, o papel é a relação 
existente entre o funcionamento de uma 
organização e os comportamentos individuais.
3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 
33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr 
No exercício da sua actividade, o gestor incarna vários 
papéis assumidos alternativa ou simultaneamente, uma 
parte ou todos eles. A fonte dos papéis do gestor é a 
autoridade formal que conduz ao estatuto. Henri 
Mintzberg define três conjuntos de papéis do gestor à 
saber: 
a) Papéis interpessoais 
São três papéis que decorrem da autoridade formal do 
gestor: 
- Símbolo: o gestor é uma figura de proa devido à posição 
hierárquica que ele ocupa; este papel obriga-o cumprir 
algumas obrigações de natureza cerimonial, responder 
fisicamente aos convites internos e externos. 
Ex: Participar no casamento ou funeral do filho de um trabalhador, estas actividades consomem cerca de
3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 
33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr 
- Líder: o gestor é o chefe, responsável do desempenho de 
seus subordinados; assim, deve ter a capacidade de 
influência ou motivação sobre eles. 
Ex: instaurar um sistema de prémio que recompense um desempenho destacado. 
- Agente de Ligação: o gestor representa um elo de ligação ao 
exterior e dentro da organização (fora da hierarquia 
vertical) a procura de informações através de uma rede 
pessoal (informal e privada). 
Ex: Sendo membro de uma associação dos economistas, fica informado das decisões monetárias que se 
preparam no país. 
b) Papéis informacionais 
O gestor é a centro nervoso do circuito informacional 
resultante das suas relações interpessoais de gestor; ele é:
3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 
33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr 
- Observado activo: É a pessoa mais informada, recolhendo 
informacionais dos contactos externos e internos, em 
posição posição de vigília sobre os acontecimentos que 
surgem no meio envolvente; ipso facto, deve saber mais do 
que qualquer dos seus subordinados. 
Ex: A eminência do lançamento de um novo produto de substituição pela concorrência. 
- Agente de difusão: Difunde e/ou partilha com os seus 
subordinados as suas informações muitas vezes ignoradas 
por estes. 
Ex: As inquietações do Conselho de Administração sobre os resultados da organização. 
Porta Voz: Comunica as informações alusivas à organização ao 
exterior, sobre o seu desempenho junto das entidades 
influentes. Ex: Anunciar o aumento da quota do mercado.
3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 
33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr 
c) Papéis decisionais 
Com a sua autoridade formal e o privilégio que ele tem ao 
aceder às informações pertinentes, o gestor está na base 
do processo de tomada de decisão e de elaboração das 
estratégias; ele é: 
- Empreendedor: Procura melhorar e adaptar 
permanentemente a organização em função das mutuações 
do meio envolvente, toma as decisões para a 
implementação dos projectos, é um inovador. 
Ex: Implementar uma caixa de sugestão na empresa. 
- Regulador: Gere um conjunto que é mais do que a soma 
das partes, resolve os disfuncionamentos verificados . 
Ex: Tomar a decisão para acabar com o absentismo.
3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 
33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr 
- Distribuidor dos recursos: Distribui-os segundo uma 
determinada ordem de prioridade, porque são escassos, 
nomeadamente o seu próprio tempo. 
Ex: Alocar aos departamentos os meios rolantes. 
- Negociador: É responsável pelos ajustes necessários na 
implementação das decisões, a negociação é uma das suas 
obrigações. 
Ex: Fazer aceitar concessões (cortes orçamentais) aos outros actores. 
Actualemente, com as novas tecnologias de informação e 
comunicação, estes papéis do gestor tendem a evoluir no 
sentido de permiti-lo ganhar mais tempo. A utilização da 
Internet reduz o espaço e o tempo, isto é, facilita o gestor 
no exercício dos diferentes papéis.
4. EEvvoolluuççããoo ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
Considera-se que vários factores contribuiram para a 
evolução da ciência da gestão, nomeadamente: 
1 – Factores económicos: A concorrência dos mercados 
condena os gestores a serem mais perfomantes na 
definição dos objectivos estratégicos e na utilização dos 
recursos , a fim de aumentar a produtividade. 
2 – Factores sociais: O activismoo das associações sócio-profissionais 
e a tomada de consciência da 
responsabilidade social de tantos outros actores 
proporcionaram conquistas para o mundo do trabalho. 
3 – Factores políticos: A tomada em consideração de 
contingências de gestão económica dentro de um quadro 
de actuação política. Ex: Regulamento sobre o tempo e horário de trabalho, as 
condições de despedimento de pessoal.
4. EEvvoolluuççããoo ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
4 – Factores tecnológicos: A utilização de novos tipos de 
instrumentos e/ou máquinas, leva à adaptação do sistema 
de produção e dos homens. 
5 – Factores do contexto internacional: A mundialização 
cria interdependência das empresas, a queda das fronteiras 
comerciais facilitando a circulação das pessoas, bens e/ou 
serviços. Ex: Implantação das cadeias de restauração rápida (fast food).
4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 
Esta corrente foi implementada a partir do fim do século 
XIX, com as empresas preocupadas em aumentar o seu 
rendimento pela melhor utilização dos recursos. 
a) Abordagem científica 
Dentro desta abordagem, cita-se como principal protagonista 
o americano Frederick Taylor que, em 1911, define os 
princípios de direcção científica do trabalho na sequência 
das seguintes observações empíricas: 
“O operário médio pensa que é de seu interesse e de seus companheiros 
trabalhar de maneira lenta, em vez de trabalhar rapidamente”. 
“Sempre que um operário aumenta a sua produção e recebe um salário 
elevado, o patrão acha que este facto desequilibrará o mercado de trabalho 
e que não poderá concorrer com os seus congéneres, ai baixa o salário 
tentando manter o nível”.
4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 
O postulado da base da organização científica é que existe 
uma via e única melhor forma para executar uma tarefa: 
One best way. Os quatro princípios fundamentais do 
sistema de direcção científica são: 
1 – O estudo de todos os conhecimentos tradicionais, o seu 
registo, a sua classificação e a transformação destes 
conhecimentos em leis científicas; 
2 – A selecção científica dos operários e a superação das suas 
qualidades e conhecimento; 
3 – A aplicação da ciência do trabalho pelos operários 
cientificamente treinados; 
4 – A repartição igual do trabalho executado na empresa 
entre operários e membros de direcção.
4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 
As consequências observadas na sequência da aplicação do 
método são: 
1 – O melhoramento da colaboração entre os gestores e 
operários; 
2 – A especialização devida à divisão de trabalho que 
proporciona a prosperidade económica e o 
desenvolvimento da riqueza; 
3 – O pagamento de prémios aos empregados para melhor 
produtividade. 
b) Abordagem administrativa 
Destaca-se o engenheiro francês Henri fayol que define: 
1- Cinco funções adminstrativas: Prever, organizar, mandar, 
coordenar e controlar.
4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 
2 – Seis Grandes funções: - Agrupando as operações 
fundamentais da organização: Técnica, Comercial, 
Financeira, Contabilística, Segurança e de Administração. 
3 – Catorze princípios gerais de administração – Divisão do 
trabalho, Autoridade, Disciplina, Unidade de Liderança, 
Unidade de Direcção, Subordinação do interesse particular 
ao interesse geral, Remuneração, Centralização, 
Hierarquia, Ordem, Equidade, Estabilidade do pessoal, 
Iniciação, União do pessoal. 
c) Abordagem burocrática 
Max Weber, sociólogo, filósofo alemão e jurista de 
formação, na sua obra “Economia e Sociedade” define três 
tipos de dominação do exercício da actividade económica. 
São designados os três modelos de autoridade da 
organização:
4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 
44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 
1- Modelo burocático racional: Implica a existência de regras e 
regulamentos bem definidos e respeitados pelos membros 
da organizaçã, a divisão do trabalho, a estrutura 
hierárquica, a qualificação profissional, impersonalização 
das relações pessoais, recrutamento e promoção baseados 
em aptidões e não nas relações pessoais; 
2 – Modelo Tradicional: Deve-se obediência à pessoa do chefe 
e não as regras; as relações sociais são patrimonias 
(recruta-se segundo as afinidades de família) ou 
extrapatrimoniais (recruta-se segundo as relações de 
confiança e fidelidade), instaura-se um sistema hereditário 
ou clientelista; 
3 – Modelo Carismático: Deve-se obediência a pessoa do 
chefe porque possui carisma.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
II.1.1 – A razão de ser da cultura organizacional 
A cultura da empresa, nas palavras de Thévenet, mostra-nos 
um estado de espírito dos homens na organização – actua-se 
sobre os problemas da organização com os utensílios e 
maneiras de pensar adaptados à época. 
Não há muito tempo, a Empresa era vista por critérios 
exclusivamente económicos. Reconhecer a Empresa como 
uma realidade social coexistente com a económica é o 
primeiro passo para uma nova política de relações humanas, 
de organização e métodos de produção, de repartição de 
responsabilidades e de expressão do pessoal. Verificou-se 
que cada conjunto de homens dispõe de uma herança.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
Cada conjunto de homens tem uma cultura própria. Deste 
modo, não é possível compreender a eficácia de uma 
organização através de uma mera análise superficial, 
desprovida de uma relação intrínseca com a cultura. Aliás, 
Lemaitre refere o papel da cultura como factor essecial 
para o êxito da Empresa. 
A concorrência desmedida em termos internos e externos, a 
ética de trabalho que domina esta época (melhoria das 
condições de trabalho, satisfação no trabalho, 
responsabilidade social), a evolução da estrutura das 
Empresas na sequência dos choques petrolíferos e, 
consequentemente, o desenvolvimento das teorias de 
Desenvolvimento Organizacional são pontos de partida 
para o aparecimento desta abordagem cultural.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
Segundo Donnadieu, o homem deixa a situação de agente e 
passa a situação de actor social. A cultura torna-se um 
meio para orientar as escolhas individuais e colectivas do 
homem no trabalho: é um sistema de autocontrolo e de 
reconhecimento mútuo. Tudo isso assenta numa 
interiorização das normas e valores da organização por 
parte dos actores. 
Com a desagregação dos grupos tradicionais, a Empresa suge 
então, ao lado da família e da escola, como ponto-chave de 
socialização. É na cultura da organização e no grupo que 
ela forma que o indivíduo vai reforçar a sua identidade 
social. Contrapondo-a aos grupos externos.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
II.1.2 – Necessidade de flexibilidade mantendo a 
identidade 
Verifica-se que devido às enormes exigências do meio, as 
Empresas tiveram que se diferenciar para responderem a 
essas dificuldades. É através de mecanismos de 
diferenciação e de grande flexibilidade que se poderão 
colocar estrategicamente no meio concorrencial 
conseguindo aperceber-se das características particulares 
de determinados mercados e, assim, responder com maior 
eficácia. 
Esta diferenciação no sentido de especialização coloca um 
novo problema. Como manter uma política global da 
Empresa, como evitar a desagregação total, como garantir 
uma imagem num mercado concorrencial?
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
A resposta para este problema de integração parece surgir 
através da cultura forte desenvolvida pela corporate cultura 
que irá sublinhar a necessidade da existência de uma 
cultura única. Nesta perspectiva ir-se-ão desenvolver um 
conjunto de processos devidamente estudados e 
formalmente aplicados que visam precisamente a unificação 
da cultura. 
Só através deste factor de integração é possível as 
Empresas serem suficientemente flexíveis nas suas 
respostas à envolvente, sem se desagregarem e sem 
perderem a sua identidade. 
Não existe uma cultura única, mas antes um mosaico de 
subcultura.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
Essas particularidades da Cultura da Empresa devem-se a 
mecanismos diversos, tais como o objectivo específico de 
cada sector, os grupos profissionais, a relação com o 
poder, o tipo de relação com o trabalho (entre outros), 
que provocam uma distintividade cultural dentro da 
organização. 
Como garantir a unificação destas subculturas, respeitando-as 
e mantendo a identidade da Empresa? 
Por um lado, a diferenciação de ordem cultural permite uma 
maior flexibilidade da Empresa: perante uma alteração da 
envolvente, tendo a Empresa no seu seio um conjunto de 
formas diferenciadas de perceber a realidade sem estar 
assente na estrutura variada que resolve grande diversidade 
de situações.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa 
Por outro lado, esta diversificação tem que ser acompanhada 
por uma identidade própria da organização. Ou seja, esta 
diferenciação deverá ser devidamente acompanhada pelo 
factor integrador da cultura fundadora que confere a estas 
diversas subculturas uma identidade única.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
A estrutura organizacional serve como suporte dos 
objectivos estratégicos da Empresa e como forma de 
optmizar a complexidade, formalização e centralização da 
sua forma de funcionar. 
Acentua-se o facto da estrutura poder dar resposta adequada 
aos desafios da envolvente exterior, sendo uma fonte de 
satisfação de Clientes, ao mesmo tempo que dá resposta às 
exigências e expectativas dos clientes internos da Empresa. 
Esta faz ligação entre os modelos adoptados e as diferentes 
variáveis com que a Empresa tem que lidar, 
nomeadamente, a tecnologia, a dimensão e as 
características da envolvente.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
O tipo de estrutura adoptado por determinada Empresa 
pode constituir um factor crítico de sucesso na condução 
do seu negócio e na gestão das pessoas que nela trabalham. 
Mas o certo é que – pesem embora algumas críticas – a 
ligação estratégica/estrutura/sistema continua a ser 
substancialmente verdadeira e verificável. 
A estratégia empresarial define os objectivos de negócio a 
atingir, bem como o caminho crítico para lá chegar, que é 
balizado pelos Valores e pela Cultura da Empresa e pelos 
Princípios Operativos que forem definidos. 
A estrutura surge como forma de operacionalizar a 
estratégia, de lhe dar suporte organizando os meios e 
alocar os recursos disponíveis.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Ela serve como instrumento de coordenação e controlo. Para 
que isso seja efectivado surge, num plano prático, os 
sistemas que vão permitir implantá-los no terreno. 
Para que uma estrutura desempenhe adequadamente o seu 
papel, precisa de reunir um conjunto de requisitos: 
- Ser uma fonte de satisfação contínua dos Clientes 
Externos e Internos – Deve ser capaz de dar resposta 
eficaz às solicitações dos Clientes Externos e, 
simultaneamente, ser uma fonte de estabilidade, coesão e 
motivação das equipas e dos profissionais que trabalham na 
Empresa permitindo o seu desenvolvimento pessoal e 
profissional;
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
- Responder eficazmente às condições de mercado – 
Caracteriza-se a competitividade exacerbada como um dos 
traços dominantes do mercado de negócios e a 
necessidade vital das Empresas evidenciarem rapidez de 
movimentação, flexibilidade na sua capacidade de resposta 
às alterações do meio e capacidade de inovação e 
criatividade para se anteciparem à concorrência e a 
inflexões nos gostos e preferências dos consumidores. 
Para que isso ocorra numa organização, é necessário que se 
torne possível a circulação livre de informações, a rapidez 
na tomada de decisão, a assunção de riscos e uma 
geometria variável que permita a constituição de grupos de 
projecto para resolver certas questões concretas, reunindo 
as competências necessárias.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
- Gerar ganhos de produtividade – A própria dimensão 
das Empresas gera complexidade e burocracia, que é 
imperativo combater. Para conseguir reter um razoável 
grau de simplicidade e leveza de processos é necessário ter 
uma organização em que os sistemas de controlo não 
sejam sufocantes e transformados em causa primeira de 
todas as coisas. 
Esta leveza e agilidade de estrutura permitem manter índices 
de produtividade competitivos, encurtando as cadeias de 
comando, tornando os custos de estrutura mais eficientes 
quando comparados com os dos concorrentes e evitando a 
erosão gradual da posição competitiva da Empresa no 
mercado.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
II.2.1 – As componentes estruturais 
Vimos anteriormente, que a estrutura surge como 
instrumento de coordenação de actividades e de controlo 
de actuação dos membros da Empresa. É definida como a 
forma de gerir a complexidade, a formalização e a 
centralização existentes numa organização. 
A forma como estas três componentes estruturais podem 
combinar-se varia de caso para caso. No entanto, a solução 
adoptada por uma dada Empresa, tem uma impacto 
importante no comportamento e atitude dos seus 
membros.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Vamos analisar de per si, os componentes da estrutura 
organizacional: 
1 – A complexidade 
Quer dizer o número de componentes e de variáveis com 
que a Empresa tem que lidar. Pode diferenciar as 
organizações, através de três formas: 
a) Diferenciação Horizontal – Consiste no grau de 
heterogeneidade entre as várias unidades funcionais 
existentes na organização, com base na orientação dos 
seus membros, na natureza das tarefas que desempenham 
e na formação académica e profissional.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
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Quanto maior o número de tarefas, numa organização, que 
exige conhecimentos e aptidões especializadas, tanto mais 
complexa será a organização, porque as orientações 
diversas tornam mais difícil a comunicação entre os 
membros e mais complicada a tarefa de coordenar as suas 
actividades. Ex: Os conflitos entre produção e vendas, 
vendas e marketing ou vendas e finanças. 
b) Diferenciação Vertical – Refere-se ao número de graus 
hierárquicos existentes no organigrama da Empresa. 
Quanto maior for o número de graus intermédios 
existentes entre a gestão de topo e os operacionais, tanto 
mais complexa será a organização. Isto porque aumenta o 
potencial de distorção das instruções e da comunicação 
em geral e torna-se difícil a coordenação de acções.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Isto porque os graus intermédios filtram a informação e a 
gestão de topo não consegue fazer o acompanhamento 
eficaz das funções operacionais, quando há mais níveis 
hierárquicos. 
Este tipo de diferenciação gera lentidão no processo 
decisório, a menos que haja delegação de poderes, o que 
raramente acontece em organizações fortemente 
hierarquizadas. Ex: Administração Pública e Forças 
Armadas. 
c) Diferenciação geográfica – Consiste na dispersão da 
Empresa por vários locais de trabalho. Isto acarreta 
inevitavelmente um maior grau de complexidade, pela 
necessidade de coordenar várias sucursais e as manter 
alinhadas com a estratégia global da organização.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
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IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Por outro lado, envolve um esforço adicional para criar 
sinergias, evitando duplicação de estruturas (sobretudo de 
apoio) e prevenindo, assim, custos acrescidos e 
desperdícios de recursos. 
2 – A formalização 
Refere-se ao grau em que os cargos dentro da Empresa estão 
padronizados. Se um determinado cargo é altamente 
formal então o seu titular tem uma margem mínima de 
autonomia acerca do que deverá ser feito, quando deverá 
ser feito, ser executado e como deverá levá-lo a cabo. 
Nesta situação, os colaboradores lidam com as mesmas 
questões exactamente da mesma maneira, adaptando-se 
soluções consistentes independentemente de quem decide.
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IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Há guias de cargo escritos, abundância de normas internas e 
procedimentos claramente definidos, esclarecendo a forma 
de executar as tarefas. 
Se o grau de formalismo for reduzido, os colaboradores têm 
uma grande latitude no modo como organizam e 
desenvolvem o trabalho. A liberdade de exercício da 
função pelo colaborador está na razão inversa da 
padronização de comportamentos pela organização, quanto 
maior for a uniformização, tanto menor será a contribuição 
individual do colaborador. 
O grau de formalismo varia bastante de Empresa para 
Empresa. Certos cargos são tradicionalmente pouco pré-preogramados: 
é o caso dos delegados de informação 
médica.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
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IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Há funções quase totalmente planificadas, em que os titulares 
funcionam dentro de horários rígidos e são obrigados a 
seguir um conjunto de procedimentos tipificados pela 
gestão. Ex: Secretárias, telefonistas, escrituários, etc. 
3 – A centralização 
Nalgumas organizações os gestores de topo tomam as 
decisões e os gestores intermédios limitam-se a executar 
as suas directivas. Há organizações onde a tomada de 
decisões pertence aos gestores que estão mais próximos 
dos problemas ou dos clientes. 
O termo centralização refere-se ao grau em que a tomada 
de decisão está concentrada num único ponto da 
organização, em que a gestão de topo toma todas as 
decisões-chave.
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
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IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Numa organização descentralizada é possível tomar decisões 
mais velozes para resolver os problemas, mais pessoas 
podem participar no processo decisório, enriquecendo-o, e 
é menos povável que os colaboradores se sintam alienados 
em relação àqueles que tomam decisões que afectam a sua 
actividade profissional. 
II.2.2 – Os modelos estruturais fundamentais 
Há váriadas soluções que os gestores adoptam na conjugação 
e combinação dos três componentes referidos. No 
entanto, o desenho organizacional acaba por se integrar 
num de dois modelos fundamentais:
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
A estrutura mecanicista, caracterizada por uma elevada 
complexidade (elevado grau de diferenciação horizontal), 
grande formalização e pequena participação por gestores 
intermédios na tomada de decisão (forte centralização). 
Trata-se de uma organização rígida em termos de pirâmide: 
1. Alta Diferenciação Horizontal; 2. Relações hierárquicas rígidas 
2. 3. Tarefas flixas ; 4. Alto formalismo; 
3. 5. Canais de comunicação formais; 6. Centralização do poder de decisão
CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee 
SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass 
IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall 
Estrutura orgânica, com baixo grau de complexidade e 
formalização, uma rede de disseminação de informação 
sofisticada (em todos os sentidos: vertical e lateral) e um 
elevado grau de participação na tomada de decisão 
(descentralização). É uma organização flexível e adaptável, 
onde a coordenação se consegue através da comunicação 
constante e de sucessivos ajustamentos. 
1. Baixa Diferenciação Horizontal; 2. Cooperação (na vertical e Horizontal 
2. 3. Tarefas flexíveis; 4. Baixo formalismo; 
3. 5. Comunicação Informal; 6. Descentralização do poder de decisão
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..11 -- DDeeffiinniiççããoo 
Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para 
trabalharem entusiasmaticamente visando atingir objectivos 
identificados como sendo para bem comum. 
Habilidade é simplesmente uma capacidade adquirida. 
Desta feita, Liderança – é influenciar os outros – é uma 
habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida por 
alguém que tenha o desejo e pratique as acções adequadas. 
Para desenvolver melhor a influência de ter para com os 
outros, é fundamental compreender a diferença entre poder 
e autoridade. 
Poder: Faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer a 
vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a 
pessoa preferir não fazer.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..11 -- DDeeffiinniiççããoo 
Autoridade: Habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa 
vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. 
Poder é definido como uma faculdade, enquanto autoridade é 
definido como uma habilidade. 
Poder, pode ser dado ou tomado, isto não acontece com a 
autoridade. A autoridade não pode ser comprada ou 
vendida, nem dada ou tomada. 
A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, ao seu 
carácter e a influência que estabelece sobre as pessoas. 
O poder corrói os relacionamentos, ou seja, a inquietação de 
um funcionário é muitas vezes uma “rebelião” disfarçada. É 
aconselhável lidar com pessoas voluntárias no mundo dos 
negócios, tal como eles são na igreja.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..11 -- DDeeffiinniiççããoo 
Há momentos que o líder deve saber exercer o poder, para 
que as pessoas não pisem em nossas cabeças, ou para 
colocar limites. 
Há ocasiões em que precisamos de poder. Quando precisar 
exercer, o líder deve reflectir sobre as razões que o 
obrigam a recorrer ao poder porque nossa autoridade foi 
quebrada, ou pior ainda, talvez não tivessemos nenhuma 
autoridade. 
Neste sentido, liderar é conseguir que as coisas sejam feitas 
através das pessoas.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..22 -- TTeeoorriiaass 
Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas 
constactou a influência da Liderança sobre o 
comportamento das pessoas. Existem três principais teorias 
sobre a Liderança: 
1 – Traços de Personalidade: O líder possuí características 
marcantes de personalidade que o qualificam para a função. 
2 – Estilos de Liderança: Aponta-se três estilos de liderança 
que são autocrática, democrática e liberal. 
3 – Situações de Liderança (Teoria Contingencial): O líder 
pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo 
com a situação. 
Para Lacombe os líderes influenciam as pessoas graças ao seu 
poder, que pode ser legítimo, de refeência e do saber.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..33 –– EEssttiillooss ddee LLiiddeerraannççaa 
Existem 4 tipos ou estilos de Liderança à saber: 
1 – Liderança autocrática, autoritária ou directiva: O 
líder é focado apenas nas tarefas, toma as decisões 
individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O 
líder determina as providências e técnicas para execução 
das tarefas, de modo imprevisível para o grupo. 
2 – Liderança democrática, participativa ou consultiva: É 
voltada para as pessoas e há participações dos liderados no 
processo decisório. As directrizes são debatidas e decididas 
pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio 
grupo esboça as providências para atingir o alvo solicitando 
aconselhamento técnico ao líder quando necessário.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..33 –– EEssttiillooss ddee LLiiddeerraannççaa 
Liderança liberal ou Laissez faire: As pessoas têm mais 
liberdade na execução dos seus projectos indicando 
possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não 
necessita de supervisão constante. 
Liderança Paternalista: O líder e sua equipa têm relações 
interpessoais similares às de pai e profissional, pois numa 
relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, 
incondicionalmente.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr 
O papel do líder é extremamente exigente e para este ser 
bem sucedido deve ter qualidades extras, conforme abaixo 
mencionamos: 
1 – Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para 
desenvolver; 
2 – Exercer influência sobre os outros; 
3 – Honestidade, confiabilidade; 
4 – Bom exemplo; 
5 – Cuidadoso; 
6 – Compromisso 
7 – Bom Ouvinte; 
8 – Conquistar confiança dos outros; 
9 – Respeitoso; 
10 – Encorajador; 
11 – Habilidade Positiva; 
13 – Gostar de lidar com as pessoas
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr 
Len Hoffman dizia: “É preciso tratar outros seres humanos, 
exactamente como você gostaria que eles o tratassem” daí 
que, para liderar você deve servir. 
Sempre que uma ou mais pessoas se reúnem com propósito, 
há oportunidade de exercer a Liderança. Certas vezez como 
líder tomamos decisões pessoais sobre a aplicação dos 
princípios da Liderança em nossas vidas, o que por sua vez 
traduz-se no sucesso. 
Nós não devemos usar muito a palavra “gerência” para 
comandar as pessoas, porque gerênciar não é algo que 
façamos para os outros, mas sim, gerenciamos nosso 
inventário, talão de cheques, e outros recursos materiais, ou 
a nós mesmos, mas nunca outros seres humanos. Isto é 
gerenciamos coisas e lideramos pessoas.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr 
Como líderes, se nos concentrar-mos em tarefas e não em 
relacionamentos, podemos ter transferências, rebeliões, má 
qualidade de trabalho, baixo compromisso, baixa confiança 
e outros indesejáveis. Como não só, concentrar-se 
somente nos resultados e descuidar-se do relacionamento, 
gera muita insatisfação por parte dos colaboradores, que de 
alguma forma afetará os mesmos resultados. 
De outra forma, não cumprir com as tarefas e só se 
preocupar com o relacionamento, gera liderança 
insegurada. 
Daí surge a seguinte questão: O que deve ser feito para uma 
liderança bem executada?
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr 
A resposta ou chave para esta questão parte do uso que o 
líder irá fazer das habilidades aqui apresentadas, isto é, as 
habilidades de um líder partem do comportamento e, 
comportamento é escolha. Esta escolha só depende 
unicamente de nós como líderes. A chave para liderança é 
executar as tarefas enquanto se constroem os 
relacionamentos. 
Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos – com Deus, 
conosco e com os outros. Isto é especial para os negócios, 
porque sem pessoas não há negócio. Os grandes líderes têm 
essa capacidade de construir relacionamentos saudáveis. 
Para haver um negócio saudável e próspero devem existir 
relacionamentos saudáveis entre os responsáveis pela 
organização, mas isso não abrange somente os gestores, mas 
sim também os clientes, empregados, sócios e fornecedores.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr 
A regra número um dos negócios é: Se não correspondermos 
às necessidades dos nossos clientes, alguém o fará. Como 
líderes devemos ser capazes de satisfazer as necessidades 
legítimas dos clientes. O mesmo princípio aplica-se aos 
empregados, mas isto só será possível conversando com o 
mesmo e ouvindo-o. 
Abaixo alguns pontos sobre o que as pessoas esperam da sua 
organização: 
1 – Tratamento digno e respeitoso; 
2 – Capacidade de contribuir para o sucesso da organização; 
3 – Sentimento de participação; 
4 – O dinheiro. 
Infelizmente, alguns líderes esquecem-se destes pormenores e 
ponhem o dinheiro em primeiro lugar.
CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA 
IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr 
A liderança resume-se em três palavras: “Identificar e 
satisfazer as necessidades” 
“Não tenho necessariamente que gostar de meus trabalhadores e 
sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor 
é trabalho de equipa, o amor respeita a dignidade e a 
individualidade. Esta é a força de qualquer organização!” – 
Vince Lombardi.
CAPÍTULO III - MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
III.1 - Teorias da Motivação e satisfação no trabalho 
1. Abraham Maslow: Teoria da Hierárquia de 
necessidades 
Satisfação fora do trabalho Necessidades Satisfação no trabalho 
· Educação 
· Crescimento pessoal 
· Passatempos 
· Religião 
5 
De Auto-realização 
· Trabalho desafiante 
· Diversidade 
· Autonomia 
· Crescimento pessoal 
· Participação nas decisões 
· Aprovação da família 
· Aprovação dos amigos 
· Reconhecimento da comunidade 
4 
De Estima 
· Reconhecimento 
· Responsabilidade 
· Orgulho 
· Promoções 
· Família 
· Amigos 
· Grupos sociais 
· Comunidade 
3 
Sociais 
· Amizade dos colegas 
· Interacção com clientes 
· Chefia amigável 
· Camaradagem 
· Autonomia 
· Liberdade 
· Protecção contra violência 
· Abrigo 
2 
De Segurança 
· Trabalho seguro 
· Permanência no emprego 
· Protecção 
· Comida 
· Agua 
· Sexo 
· Sono e repouso 
1 
Fisiológicas 
· Renumeração e benefícios 
· Horário do trabalho 
· Intervalos de descanso 
· Conforto físico
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
Os argumentos da teoria de Maslow são os seguintes: 
1. As necessidades não-satisfeitas influenciam o 
comportamento, dirigindo-o para metas ou objectivos 
individuais. Uma necessidade satisfeita não é motivadora 
de comportamento. 
2. 2. Cada pessoa nasce com certa bagagem de necessidades 
fisiológicas, que são as necessidades inatas ou hereditárias. 
De inicio, seu comportamento é exclusivamente voltado 
para a satisfação cíclica dessas necessidades, como fome, 
sede, sono, actividade, sexo etc.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
3. A partir de uma certa idade, a pessoa ingressa em uma longa 
trajectória de aprendizagem de novos padrões de 
necessidades. Surgem as necessidades de segurança, voltadas 
para a protecção contra o perigo e contra as ameaças e a 
privação. As necessidades fisiológicas e de segurança 
constituem as necessidades primarias do individuo, 
voltadas para sua própria conservação e 
sobrevivência pessoal.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
4. À medida que a pessoa passa a controlar suas necessidades 
primárias, surgem lenta e gradativamente as necessidades 
secundárias, em função da aprendizagem. As necessidades 
mais elevadas somente surgem quando as necessidades 
primarias são satisfeitas e quando passam a predominar 
sobre os níveis mais baixos de necessidades. 
5. O comportamento do indivíduo passa a ser influenciado 
por um grande numero de necessidades comitentes que se 
articulam na hierarquia.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
6. Contudo, na medida em que uma necessidade mais baixa não 
é satisfeita, ela se torna imperativa passa a predominar 
provisoriamente no comportamento até que seja parcial ou 
totalmente satisfeita. As pessoas procuram primeiro 
satisfazer as necessidades básicas antes de focalizar o 
comportamento nas necessidades mais elevadas. 
7. As necessidades mais baixas requerem um processo 
motivacional mais rápido (comer e dormir ) e enquanto as 
mais elevadas requerem um ciclo extremamente mais longo.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr 
8. A teoria de Maslow está construída sobre a premissa de 
que as pessoas têm necessidade de crescer, desenvolver, 
pressuposto valido para algumas pessoas, mas não para 
todas elas. 
Alderfer condensou a teoria de Maslow segundo as 
necessidades de existir, relacionar-se, e crescer. Assim sua 
teoria ERC (existência, relacionamento e crescimento). 
1. Necessidades de existência: são as necessidades de bem-estar 
físico: existência, preservação e sobrevivência 
incluindo as necessidades fisiológicas e de segurança de 
Maslow.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr 
2. Necessidades de relacionamento: são as necessidades de 
relações interpessoais, de interacção social com outras 
pessoas. Isto é, a sociabilidade e ao relacionamento social. 
Incluem as categorias sociais e os componentes externos da 
necessidade de Maslow. 
3. Necessidades de crescimento: são as necessidades de 
desenvolvimento do potencial humano e desejo de 
crescimento e competência pessoal. Incluem os 
componentes intrínsecos das necessidades de Maslow, bem 
como a necessidade de auto-realização.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 
A motivação das pessoas para o trabalho depende de dois 
factores intimamente relacionados: Higiénicos e 
Motivacionais. 
1. Factores Higiénicos: referem-se as condicções que 
rodeiam a pessoa enquanto trabalha, englobando as 
condicoes físicas e ambientais de trabalho, salário e 
benefícios sociais, politicas da organização, estilo de 
liderança recebido, clima de relações entre a direcção e os 
empregados, regulamentos internos, oportunidades de 
crescimento, relacionamento com os colegas etc.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 
Contudo, os factores higiénicos são limitados em sua 
capacidade de influenciar as pessoas. A expressão higiene 
serve para reflectir seu carácter preventivo e profilático e 
para mostrar que , quando são excelentes, eles apenas 
evitam a insatisfação, uma vez que sua influencia sobre o 
comportamento não consegue elevar substancial e 
duradouramente a satisfação das pessoas. Porem, quando 
precários, provocam a insatisfação.
CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 
Por isso são chamados factores insatisfacientes, incluem: 
- Salário percebido 
- Benefícios sociais percebidos 
- Condições físicas de trabalho e conforto 
- Relações com o gerente 
- Relações com os colegas e camaradagem 
- Politicas da organização 
Eles estão relacionados com as condições externas ao 
indivíduo. Estão relacionados com as necessidades 
primárias da pessoa. Assim, eles afectam a insatisfação com 
o trabalho.
CAPÍTULO IIIIII -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 
2. Factores motivacionais: referem-se ao conteúdo do 
cargo, as tarefas e às actividades relacionadas com o cargo 
em si. Produzem efeito duradouro de satisfação e de 
aumento de produtividade em níveis excelência. 
Quando os factores motivacionais são óptimos, elevam 
substancialmente a satisfação das pessoas. Quando são 
precários, provocam ausência de satisfação. Por isso são 
chamados factores satisfacientes, incluem: 
- Uso pleno de habilidades pessoas. 
- Liberdade de decidir como executar o trabalho 
- Responsabilidade total pelo trabalho. 
- Definição de metas e objectivos no trabalho. 
- Autoavaliação do desempenho.
CAPÍTULO IIIIII -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 
Os factores motivacionais estão relacionados com as 
condições internas do indivíduo que conduzem a 
sentimentos de satisfação e de auto-realização. Estão 
relacionados com as necessidades secundárias da pessoa.
CAPÍTULO IIIIII -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo 
TTrraabbaallhhoo 
IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 
Herzberg chegou a conclusão de que os factores 
responsáveis pela satisfação profissional são totalmente 
desligados e distintos dos factores responsáveis pela 
insatisfação. Para ele, oposto de satisfação não é 
insatisfação, mas nenhuma satisfação. Da mesma maneira, 
o oposto de insatisfação não é a satisfação, mas nenhuma 
insatisfação.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..11 –– IInnttrroodduuççããoo aaoo MMaarrkkeettiinngg 
O marketing sempre existiu (a partir da altura em que os 
homens sentiram necessidade de vender o que produziam), 
…embora com as mais variadas abordagens 
Market Marketing 
Acção no Mercado 
O marketing é um processo contínuo de desenvolvimento e de 
troca de ideias, bens, e serviços que visam satisfazer as 
necessidades dos clientes e organizações, utilizando para o 
efeito as politicas dos 7 P´s. neste contexto, os indivíduos e 
grupos obtêm o que necessitam e o que desejam através da 
criação e troca de produtos e valores com outras pessoas.
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IIVV..11 –– IInnttrroodduuççããoo aaoo MMaarrkkeettiinngg 
O conceito de marketing nesta perspectiva visa: 
1. Detectar e identificar os desejos, necessidades e 
preferências do consumidor com orientação para os 
produtos ou serviços já existentes ou para outros 
desenvolvimentos futuros. 
2. Motivar e envolver todas as áreas da empresa para condução 
de políticas e acções que visem a satisfação das necessidades 
dos consumidores. Desta forma a função marketing não é 
comparada a função venda, publicidades, P&D, mas sim o 
negocio no seu conjunto.
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IIVV..11 –– NNíívveeiiss ddee aaccttuuaaççããoo ddoo MMaarrkkeettiinngg 
1. Como ciência de gestão ( estabelece uma metodologia 
de abordagem do mercado para a exploração das 
oportunidades de sucesso da empresa). 
2. Como um conjunto de técnicas coerentes e distintas que 
possibilitam o desenvolvimento da acção empresarial e da 
organização.
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IIVV..11 –– EEvvoolluuççããoo hhiissttóórriiccaa ddoo MMaarrkkeettiinngg 
1ª Fase - Primado da Produção (1870 – 1930) 
• Sub-fase artesanal 
• Sub-fase industrial 
2ª Fase - Primado da Venda (1930 – 1950) 
3ª Fase - Implantação e Desenvolvimento do Marketing 
(1950 ….) 
3ª Fase – óptica de marketing 
• Marketing actual 
• Mercados mais complexos 
• Mais concorrência, o que obrigou a criação de 
departamentos de marketing. 
• Mais atenção ao consumidor.
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IIVV..22 –– EEvvoolluuççããoo hhiissttóórriiccaa ddoo MMaarrkkeettiinngg 
Na óptica do marketing predominam, neste contexto os 
seguintes elementos: 
1. Ênfase no mercado: definir os mercados onde actuar e 
satisfazer. 
2. Orientação para o cliente. 
3. Marketing integrado: visa a integração das diversas funções 
da empresa no ponto de vista da sua orientação para o 
cliente, reconhecendo a necessidade imperiosa em obter a 
plena satisfação do cliente. Esta perspectiva implica a criação 
de uma cultura de marketing através da utilização do 
conceito e instrumentos de marketing.
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IIVV..22 –– EEvvoolluuççããoo hhiissttóórriiccaa ddoo MMaarrkkeettiinngg 
4. Rentabilidade : na óptica do marketing a plena satisfação do 
consumidor é um meio para a empresa poder vir a obter a 
rentabilidade pretendida numa perspectiva de longo prazo
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IIVV..33 –– EEvvoolluuççããoo ddoo CCoonncceeiittoo ddee MMaarrkkeettiinngg 
Óptica das Vendas 
OBJECTO MEIOS OBJECTIVOS 
Produtos Venda Lucros decorrem 
Óptica de marketing 
Promoção do volume de Vendas 
OBJECTO MEIOS OBJECTIVOS 
Necessidade dos Marketing Lucros decorrem 
consumidores Integrado da satisfação dos 
consumidores
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IIVV..33 –– EEvvoolluuççããoo ddoo CCoonncceeiittoo ddee MMaarrkkeettiinngg 
Marketing é um actividade organizacional e um conjunto de 
processos para criar, comunicar e entregar valor e gerir 
relacionamento com clientes, mantendo benefícios para a 
organização e para seus públicos de interesse. 
Adaptado da definição da American 
Marketing Association, 2004
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..44 –– IImmpplleemmeennttaaççããoo ddoo MMaarrkkeettiinngg nnaass oorrggaanniizzaaççõõeess 
A implementação do marketing nas organizações requer um 
alinhamento entre gestores de topo, estruturas 
organizacionais e relações entre departamentos. 
Não deve ser uma preocupação ou função exclusiva do 
departamento de marketing, dizendo antes respeito a toda a 
organização. 
Focar a atenção nos mercados. Satisfazer os clientes melhor do 
que a concorrência, envolve, não só estudar os primeiros 
como os últimos, bem como os desenvolvimentos legais, 
culturais sociais e tecnológicos que se vão produzindo na 
sociedade.
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IIVV..44 –– IImmpplleemmeennttaaççããoo ddoo MMaarrkkeettiinngg nnaass oorrggaanniizzaaççõõeess 
Atingir os objectivos da organização 
através da satisfação das 
necessidades dos consumidores, 
melhor do que os principais 
concorrentes 
Consecução 
dos 
Objectivos 
Esforço 
Integrado 
Orientação 
para o 
Consumidor
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IIVV..55 –– MMaarrkkeettiinngg IInntteeggrraaddoo 
PRODUÇÃO 
P 
COMERCIAL 
P CC 
P 
RECURSOS 
HUMANOS P 
FINANÇAS
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IIVV..55..11 –– AAttiittuuddee ddoo MMaarrkkeettiinngg 
Mais importante que entender a definição de marketing é 
compreender que o marketing deve ser encarado como uma 
filosofia, uma forma de conduta tal que leve as necessidades 
latentes (quantitativas e qualitativas) a impor a definição de 
objectivos. 
Caracteriza-se pela preocupação em conhecer o público, para 
melhor se lhe adaptar e para agir de forma mais eficaz. 
1. Conhecer o Consumidor - É o ponto de partida. É uma 
necessidade absoluta para preparar uma acção de marketing. 
2. Adaptar-se ao Consumidor - É não ir contra os seus hábitos, 
satisfazer necessidades e desejos, preferências. É falar uma 
linguagem adequada ao consumidor. 
3. Influenciar o Consumidor - É tentar modificar as atitudes e os 
comportamentos num sentido favorável à organização.
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IIVV..66 –– EEssttrraattééggiiaa 
A palavra estratégia tem origem militar e deriva do grego 
“Strategos”, que combina Stratos (Exército) com ag 
(liderança). Assim Strategos significa literalmente “A função 
do General do Exército”. 
No meio empresarial, a estratégia é frequentemente conotada 
com a formulação de um plano que reúne de uma forma 
integrada, os objectivos, políticas e acções da organização 
com vista a alcançar o sucesso. 
As definições do conceito de estratégia são tão numerosas 
quanto os autores que as referem e embora exista alguma 
convergência em alguns aspectos que estão na base do 
conceito, o conteúdo e os processos de formação da 
estratégia são objectos de abordagens muito diversas que 
assentam na forma como os autores concebem a 
organização e entendem o seu funcionamento.
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IIVV..66 –– EEssttrraattééggiiaa 
Andrews, Guth (1965) Learned, Christensen definiu Estratégia 
como sendo o padrão de objectivos, fins ou metas e 
principais políticas e planos para atingir esses objectivos, 
estabelecidos de forma a definir qual o negócio em que a 
empresa está e o tipo de empresa que é ou vai ser. 
Jauch e Glueck (1980) também contribuiram na definição 
afirmando que é um plano unificado, englobante e integrado 
relacionando as vantagens estratégicas com os desafios do 
meio envolvente. É elaborado para assegurar que os 
objectivos básicos da empresa são atingidos.
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IIVV..66 –– EEssttrraattééggiiaa 
IV.6.1 - Estratégia Competitiva 
A estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva 
favorável em uma indústria, a arena fundamental onde 
ocorre a concorrência. A estratégia competitiva visa a 
estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as 
forças que determinam a concorrência na indústria. (Michael 
Porter). 
Aestratégia competitiva responde ao meio ambiente e também 
tenta modelar este meio em favor de uma empresa. 
As estratégias competitivas de marketing de guerra combinam 
movimentos de ataque e defesa visando atingir posições 
competitivas mais fortes no mercado em que se opera. São 
estratégias que nasceram com as teorias de guerra do 
general prussiano Karl von Clausewitz, e que foram 
transplantadas e adaptadas para a utilização em marketing.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Estas estratégias são utilizadas em mercados estáveis, onde a procura 
de uma maior participação de mercado de uma empresa implicará, 
necessariamente, na perda de participação de outras. As 
estratégias competitivas de marketing de guerra podem ser 
ofensivas ou defensivas. 
IV.6.1.1 - Estratégia Ofensiva 
Uma empresa que segue uma estratégia ofensiva tem consciência da 
importância da inovação como um elemento-chave na conquista 
de uma posição líder no mercado. Empresas que adoptam esta 
estratégia procuram lançar produtos inovadores no mercado que 
lhes permitam beneficiar da vantagem competitiva de, pelo menos 
durante algum tempo, terem um produto diferenciado da 
concorrência e no qual os seus clientes reconhecem 
características distintivas que valorizam.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
A esta estratégia está evidentemente associado um nível de risco 
considerável pois, mesmo com uma condução correcta do 
processo de inovação, existe sempre a possibilidade de o mercado 
não responder da forma esperada e, consequentemente, de a 
empresa não recuperar o investimento efectuado. Por este 
motivo, empresas que enveredam por esta estratégia dispõem 
normalmente de um elevado nível de recursos, pretendem-se 
posicionar como líderes de mercado e têm capacidade para se 
defenderem da possível concorrência de empresas que optem por 
estratégias distintas (nomeadamente estratégia reactiva). 
Sabendo que a cópia é inevitável, a forma de estas empresas se 
manterem na liderança é posicionarem-se sempre um passo à 
frente em relação à concorrência, inovando a uma velocidade 
superior e procurando encontrar antecipadamente as respostas 
às modificações das necessidades dos seus clientes.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Estratégia ofensiva resume-se em descobrir uma fraqueza na 
força do concorrente. É importante determinar as maiores 
forças de seu principal concorrente e descobrir as 
fraquezas determinantes nesta(s) forças. Isso requer 
desenvolver a inteligência de marketing. A partir do 
momento que você determinar essa fraqueza em uma das 
forças do líder ou concorrente, é necessario atacar com 
rapidez e precisão, mas ao atacar terá que ter em conta 
alguns detalhes importante desta técnica, ou seja, sua 
empresa, produto ou marca deve desenvolver uma força 
concreta que acentue a fraqueza do concorrente e utilizar 
promoção de vendas e comunicação com mensagem que 
remeta uma força à você, conforme a fraqueza do 
concorrente.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Estratégias 
ofensivas 
Ataque frontal Atacar o concorrente no seu campo de batalha. 
Grande risco de fracassos. Pode redundar em 
grandes perdas. O atacante deve possuir grandes 
recursos financeiros, vantagens competitivas e 
prever perdas suportáveis. 
Ataque de flanco Canalizar o combate para arenas onde o concorrente 
tem vulnerabilidades e o atacante potencialidades 
(regiões, segmentos de mercado, linhas de produto 
etc.). 
Ataque de cerco Atacar o concorrente cerceando-lhe acesso a itens 
fundamentais. Exemplos: comprando fornecedores 
ou usando o poder de barganha da empresa para 
impedir o fornecimento a concorrentes; idem em 
relação a rede de distribuição; exclusividade de 
processos e produtos (patentes ou contratos 
exclusivos); produtos melhores que o concorrente 
em todos os sentidos. 
Ataque de guerrilha Ataques rápidos e inesperados ao concorrente 
visando o seu enfraquecimento. Sua eficácia reside 
na dificuldade que o atacado tenha para se defender 
com rapidez devido a sua imprevisibilidade.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Vantagens 
 Usadas por poucas empresas buscando presença marcante; 
 Liderança técnica e de mercado; 
 Iniciativa de inovar e de disputar; 
 Informações actualizada da concorrência, produto e preço; 
 Desenvolve pesquisa fundamental orientada; 
 Valorização do sistema de patentes; 
 Contrata técnicos qualificados ou cientistas; 
 Inovação em produto. 
Caracteriza-se pela ousadia, compreende o ataque ao concorrente tentando 
atingir suas vulnerabilidades, para utilizá-la é preciso conhecer muito bem 
o concorrente que será alvo do ataque, suas fraquezas e potencialidades, 
com base nesse conhecimento, a estratégia ataca o concorrente 
oferecendo ao consumidor o que esse concorrente não está em 
condições de realizar. É utilizada para ganhar participação de mercado de 
um concorrente maior.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
IV.6.1.2 - Estratégia Defensiva 
A estratégia defensiva é normalmente seguida por empresas que se 
concentram em mercados que são dominados por empresas 
concorrentes, face as quais não dispõem de recursos que lhe 
permitem adoptar uma estretágia de concorrência aberta. 
Estratégia defensiva adotada por organizações que possuem domínio 
definido de produtos, mercados que pretendem manter ou 
defender da acção dos concorrentes. Preocupa-se com a defesa e 
estabilidade. 
Empresas que adoptam esta estratégia procuram centrar a actividade 
em segmentos ou nichos de mercado para os quais possuem 
características distintivas e onde os concorrentes dominantes não 
se encontram presentes. Entre as inovações que estas empresas 
podem explorar destacam-se as inovações ao nível da imagem, da 
embalagem e da marca.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Estratégias 
defensivas 
Defesa de posição (ou fortificação) Construção de barreiras contra a imitação ou entrada, 
através da diferenciação na oferta em bases não imitáveis. 
Por exemplo: marca diferenciada, reputação elevada, 
qualidade superior, assistência técnica melhor, preços mais 
baixos baseado em vantagens na estrutura de custos. 
Defesa de flanco Defender seus flancos, ou seja não permitir a permanência de 
vulnerabilidades que possam ser atacadas pela concorrência. 
Exige constante previsão das estratégias dos concorrentes e das 
vulnerabilidades mais prováveis de serem atacadas. 
Defesa antecipada Atingir o potencial agressor antes que seja atacado, 
surpreendendo o concorrente desprevenido, com o objetivo de 
desencorajar ataques futuros ou demonstrar que se houver 
ataque, haverá retaliação. 
Defesa de contra-ofensiva Revidar imediatamente o ataque sofrido para tentar neutralizar 
sua iniciativa. Identificar as vulnerabilidades do agressor e 
contra-atacar com toda a intensidade. 
Defesa móvel Consiste na empresa reformular continuamente suas estratégias 
de marketing, adequando-as rapidamente ao mercado. Essa 
rapidez defende a empresa contra ataques dos concorrentes. 
Defesa de retirada Consiste em retirar-se dos mercados onde as posições são 
indefensáveis para concentrar esforços naqueles em que a 
empresa desfruta de reais vantagens competitivas e, portanto, 
defensáveis.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
As estratégias defensivas compreendem aquelas que visam 
proteger a posição competitiva da empresa de forma a manter 
a sua participação no mercado. É preferencialmente a estratégia 
que deve ser adotada pelo líder. Uma das formas de praticar 
adequadamente a estratégia defensiva é através da constante 
inovação tecnológica. Os líderes para mantererem suas 
lideranças devem se caracterizar pela constante inovação e 
dessa forma diferenciar-se dos concorrentes de menor porte. 
Para a adopção desta estratégia, também chamada de destruição 
criativa, é preciso ter coragem para lançar produtos inovadores 
em substituição aos produtos da empresa que ainda estão no 
estágio da maturidade do seu ciclo de vida (em mercados 
extremamente competitivos com inovações tecnológicas muito 
rápidas, pode ocorrer do produto ter que ser sacrificado até 
mesmo no estágio de crescimento).
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Não inovar significa deixar oportunidades em aberto para que 
concorrentes as ocupem. Caso não seja possível ser a empresa 
inovadora, tão logo perceba que esteja sendo atacada pela 
inovação de um concorrente menor, deverá imediatamente imitá-lo, 
aproveitando o seu porte e evitando que o concorrente 
inovador se firme no mercado. 
Existem outras estratégias defensivas caracterizadas mais como 
estratégias de negócios do que propriamente estratégias de 
marketing: aquisição ou incorporação de concorrentes menores 
cujo crescimento possa vir a ameaçar a posição de liderança da 
empresa ou a prática de dumping de preços, de forma a eliminar 
os concorrentes, levando-os a situações de insolvência. Existem 
severas punições para estas práticas consideradas desleais em 
países onde o capitalismo já está sedimentado. Dependendo do 
porte e dos recursos do atacante, as estratégias ofensivas podem 
ser: defesa de posição (ou fortificação), defesa de flanco, defesa 
antecipada, defesa de contra-ofensiva, defesa móvel e retirada.
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IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa 
Vantagens 
Mercados oligopolizados; 
Aproveita erros dos pioneiros; 
Defasada em termos das mudanças técnicas; 
P&D difere da ofensiva na natureza e ritmo inovativo; 
Resposta e adaptação às inovações concorrentes; 
Avanços técnicos a custos inferiores; 
Patentes enfraquecem liderança dos pioneiros; 
Pessoal de elevada qualidade científica e técnica.
Estratégia Ofensiva vs Defensiva 
Estratégi 
Nível Institucional 
a 
Escolha do Domínio 
Nível Intermediário 
Articulação Interna 
Nível Operacional 
Execução das Operações 
Defensiva Garantir e conservar o 
domínio actual de 
produtos/mercados 
Planejamento e controle das 
operações p/assegurar ou 
aumentar a eficiência 
Produção de bens ou 
serviços de maneira 
eficiente 
Busca da estabilidade do 
domínio 
Ênfase na conservação Ênfase na tecnologia 
utilizada 
Ofensiva Explorar e localizar novas 
oportunidades de 
produto/mercado 
Facilitar e coordenar as 
frequentes mudanças nas 
atividades e operações 
Manter flexibilidade na 
tecnologia para 
acompanhar as mudanças 
Busca de novos domínios 
ainda que transitórios 
Ênfase na mudança Ênfase na flexibilidade 
tecnológica 
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
O modelo das Cinco Forças de Porter foi concebido por 
Michael Porter em 1979 e destina-se à análise da 
competição entre empresas. Considera cinco factores, as 
"forças" competitivas, que devem ser estudados para que se 
possa desenvolver uma estratégia empresarial eficiente. 
Porter refere-se a essas forças como microambiente, em 
contraste com o termo mais geral macroambiente. Utilizam 
dessas forças em uma empresa que afeta a sua capacidade 
para servir os seus clientes e obter lucros. Uma mudança 
em qualquer uma das forças normalmente requer uma nova 
pesquisa (análise) para re-avaliar o mercado. 
Porter avalia que a estratégia competitiva de uma empresa 
deve aparecer a partir da abrangência das regras da 
concorrência que definem a atratividade de uma indústria.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
1. Rivalidade entre os concorrentes 
Para a maioria das indústrias, esse é o principal determinante 
da competitividade do mercado. Às vezes rivais competem 
agressivamente, não só em relação ao preço do produto, 
como também a inovação, marketing, etc. 
◦ Número de concorrentes e repartição de quotas de mercado; 
◦ Taxa de crescimento da indústria; 
◦ Diversidade de concorrentes; 
◦ Complexidade e assimetria informacional; 
◦ Nível de publicidade; 
◦ Grau de diferenciação dos produtos; 
◦ As barreiras à saída . 
Em situações de elevada rivalidade os concorrentes procuram 
activamente captar clientes, as margens são esmagadas e a 
actuação centra-se em cortes de preços e descontos de 
quantidade.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
2. Poder de Negociação dos clientes 
Os clientes exigem mais qualidade por um menor preço de 
bens e serviços. Também competindo com a indústria, 
forçando os preços para baixo. Assim jogando os 
concorrentes uns contra os outros. 
◦ Análise RFM (economia); 
◦ Preço da compra total; 
◦ Disponibilidade de informação do comprador em relação ao produto; 
◦ Existência de produtos substitutos; 
◦ Da dimensão enquanto clientes; 
◦ Da capacidade de integração a montante.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
3. Poder de Negociação dos fornecedores 
Também descrito como mercado de insumos, fornecedores, 
de matérias-primas, componentes e serviços para a empresa 
pode ser uma fonte de poder. Fornecedores podem recusar-se 
a trabalhar com a empresa, ou por exemplo, cobrar 
preços excessivamente elevados para recursos únicos. 
◦ Grau de diferenciação dos insumos; 
◦ Custo dos factores de produção em relação ao preço de venda do 
produto; 
◦ Ameaça de transmitir integração dos fornecedores em relação à 
ameaça de integração por outras empresas; 
◦ Ter somente um fornecedor para a empresa pode ser um ponto fraco, 
caso o fornecedor venha a falir ou mesmo a elevar os preços de 
matérias-primas muito maior em relação a concorrência; 
◦ Ameaça de integração a montante ou a jusante.
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IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
4. Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes 
Muitas empresas entram no mercado com o desejo de conseguir uma fatia 
(parcela) de um setor e frequentemente recursos substanciais. Caso haja 
barreiras de entradas que possam dificultar a sua inserção, fica mais dificil 
a sua fixação no mercado: a ameaça de entrada é pequena. Se o 
concorrente estabelecer-se pode haver perda de rentabilidade por parte 
de empresa. Com a ajuda de barreiras ficará muito difícil para o 
concorrente "roubar" os melhores clientes, assim caso o concorrente se 
estabelecer no mercado, ele eventualmente vai ficar com os piores. 
o A existência de barreiras de entrada (patentes, direitos, etc); 
◦ Acesso aos canais de distribuição; 
◦ Diferenciação dos produtos; 
◦ Exigências de capital; 
◦ Políticas governamentais; 
◦ Marca; 
◦ Vantagens absolutas de custo; 
◦ Economia de escala; 
◦ Custos de transição
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IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
5. Ameaça de produtos substitutos 
A existência de produtos (bens e serviços) substitutos no mercado, 
que analisados, desempenham funções equivalentes ou parecidas é 
uma condição básica de barganha que pode afetar as empresas. 
Assim os substitutos (bens ou serviços) podem limitar os lucros 
em tempos normais, e como também podem reduzir as fontes de 
riqueza que a indústria pode obter em tempos de prosperidade. 
Outro fator seria que, o produto comercializado ou produzido pela 
empresa possa tornar-se obsoleto com o tempo, para isso não 
ocorrer é preciso investir em avanços tecnológicos, produzir um 
derivado ou mesmo um novo produto. A organização deve ficar 
atenta as novas mudanças/tendências do mercado/produto. Caso 
não seja feito nada, a concorrência pode adquirir parte do 
mercado da empresa analisada.
CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg 
IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 
Relação preço/rendimento; 
Nivel de diferenciação do produto; 
Poder de barganha do comprador; 
Qualidade do produto.
CAPÍTULO II – Empresa ee MMeeiioo EEnnvvoollvveennttee 
IIII..11 –– CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddaa OOrrggaanniizzaaççããoo 
Já foi definido no capítulo anterior, que gerir é planear, 
organizar, dirigir e controlar os meios que temos a dispor 
para atingirmos os objectivos da organização. Porém, 
considera-se a organização como um sistema aberto, 
porque troca com o meio envolvente informações, energia, 
produtos e outros.
CAPÍTULO II – Empresa ee MMeeiioo EEnnvvoollvveennttee 
IIII..11 –– CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo MMeeiioo EEnnvvoollvveennttee 
A empresa opera dentro dum contexto de turbulências 
favoráveis ou desfavoráveis chamado meio envolvente e 
que tem incidência sobre a estrutura da organização

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Gestão de Empresas: Funções e Evolução

  • 1. GGEESSTTÃÃOO DDEE EEMMPPRREESSAASS Prof. Leonel Claudino Boano
  • 2. CCoonntteeúúddoo PPrrooggrraammááttiiccoo  PARTE I – INTRODUÇÃO E GENERALIDADES  A Gestão e a sua Evolução: Conceitos, Funções e níveis  Gestor: Tarefas e aptidões necessárias ◦ – Escola Clássica; Teoria Geral da Administração  – Teoria Clássica e teoria científica  – Escola de Relações Humanas  – Burocracia  – Behavorismo  – Estruturalismo  – Teorias dos Sistemas  – Desenvolvimento Organizacional  – Teorias Modernas de Gestão  – Abordagem contingencial  – Administração por objectivos  – Administração Estratégica  – Administração Participativa  – Administração Japonesa
  • 3. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 1.1 – Conceito de Gestão Vivemos numa sociedade dominada por organizações grandes e/ou pequenas, com ou sem fins lucrativos nas quais as pessoas trabalham em conjunto, com vista à prossecução de objectivos que seriam impossíveis de atingir se as pessoas trabalhassem isoladamente. Dentre essas organizações, a empresa é, sem dúvida, uma das mais importantes e com maiores repercurssões nas nossas vidas. Apesar que, nem todas iniciativas empresarias terminam em sucesso.
  • 4. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss Na realidade, mesmo num país de empreendedores e onde as técnicas de gestão estão mais desenvolvidas, como os Estados Unidos da América, 24% dos novos negócios falham nos primeiros dois anos, e apenas 48% se mantêm para além dos quatro anos. Os custos da má gestão são elevados para a sociedade. Na maior parte dos casos, a causa da falência de empresas deve-se a má gestão. De facto, cada vez mais se reconhece que o factor mais significativo na determinação do desempenho e sucesso de qualaquer organização é a qualidade da sua gestão.
  • 5. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss De uma forma relactivamente simples, mas abrangente podemos definir gestão como o processo de se conseguir obter resultados (bens e serviços) com o esforço de outros. Pressupões a existência de uma organização que desenvolve uma actividade para melhorar ou atingir objectivos. 1.2 – Funções A tarefa básica da gestão é interpretar objectivos propostos e transformá-los em acção empresarial, através do planeamento, organização, direcção e controlo de todos os esforços realizados em todas as áreas e níveis da empresa, a fim de atingi-los.
  • 6. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss A gestão abarca quatro funções fundamentais: 1 – Planeamento: É o processo de determinar antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo. Planeamento e previsão não são sinónimos. O planeamento inclui previsão, mas pode haver previsão sem que haja planeamento porque este tem implícita a ideia de acção a desenvolver para que as coisas aconteçam, o que é diferente de esperar que aconteça o que se previu. Os planos devem ser definidos em termos precisos de tal modo que sirvam de guias claros para os gestores e pessoal da empresa.
  • 7. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 2 – Organização: Consiste em estabelecer relações formais entre as pessoas, e entre estas os recursos, para atingir os objectivos propostos. Um dos aspectos fundamentais desta função é assegurar que a pessoa certa, com as qualificações certas, esteja no local e tempo certo. Planear e definir as funções que competem a cada elemento da organização, quais os recursos disponíveis e como se distribuem é fundamental, mas por sí só não traduz acção. É necessário dirigir para que as pessoas façam o que se pretende ser feito.
  • 8. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 3 – Direcção: É o processo de determinar, isto é, afectar, ou influenciar, o comportamento dos outros. Esta envolve: Motivação, Liderança e Comunicação. Por melhor que seja o planeamento, mais adequada a estrutura organizacional definida e apropriada e estilo de direcção posto em execução, na prática as coisas nunca se passam como planeadas. Os resultados não coincidem com os objectivos prosseguidos, há que verificar os desvios e analisar as razões que estiveram na sua origem. Gerir implica também controlar.
  • 9. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 4 – Controlo: É o processo de comparação do actual desempenho da organização com standards previamente estabelecidos, apontando as eventuais acções correctivas. Mais do que descobrir culpados e puni-los, a prática da funçãos controlo deve conduzir a determinação correcta dos desvios verificados e definir as acções necessárias para que sejam corrigidos e evitados no futuro.
  • 10. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss
  • 11. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 1.3 – Níveis de Gestão Quando falamos em gestão, pensamos de imediato nos membros do conselho de administação, nos gerentes e/ou nos directores de uma empresa. Contudo, nem todos os gestores têm responsabilidade pela empresa como um todo. Embora a divisão não seja absolutamente indiscutível, consideram-se, geralmente, três níveis de gestão:
  • 12. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 1 – Nível Institucional: Caracteriza-se por uma forte componente estratégica, ou seja, envolvimento da totalidade dos recursos disponíveis na determinação do rumo a seguir (associado as acções com implicações de médio e longo prazo) e pela formulação de políticas gerais que são definidas de forma genérica e dizem respeito a toda empresa. Corresponde aos membros do conselho de administração, gerência, conselho de gestão e direcção geral.
  • 13. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss 2 – Nível Intermédio: Predomina uma componente táctica que se caracteriza pela movimentação de recursos no curto prazo e elaboração de planos e progamas específicos relacionados com a área ou função do respectivo gestor. É desempenhada pelos directores de divisão, de área, funcionais e de departamento. 3 – Nível Operacional: Predomina a componente técnica, e a actividade destes traduz-se na execução de rotinas e procedimentos. São os supervisores, chefes de serviço e de secção. A importância relativa das funções não é exactamente a mesma nos diversos níveis.
  • 14. 1. A Gestão e a sua Evolução: CCoonncceeiittooss,, FFuunnççõõeess ee nníívveeiiss
  • 15. 2. Gestor: Tarefas ee aappttiiddõõeess nneecceessssáárriiaass A actuação dos gestores avalia-se por padrões de eficiência e eficácia, que são conceitos diferentes, embora por vezes se verifique que há quem faça alguma confusão. Eficiência: Relação proporcional entre a qualidade e quantidade de inputs e a qualidade e quantidade de outputs produzidos. Eficácia: É a medida em que os outputs produzidos pelo processo se aproximam dos objectivos propostos. Isto é, quanto menores forem os desvios entre o planeado e o realizado, maior é o grau de eficácia.
  • 16. 2. Gestor: Tarefas ee aappttiiddõõeess nneecceessssáárriiaass Um gestor pode ser relativamente eficaz sem atingir um grau elevado de eficiência. Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve possuir e desenvolver continuamente várias aptidões essenciais à saber: 1 – Aptidão Conceptual: É a capacidade para aprender ideias gerais e abstractas e aplicá-las em situações concretas. Engloba a capacidade para ver a organização como um todo. 2 – Aptidão Técnica: É a capacidade para usar conhecimentos, métodos e/ou técnicas específicas no seu trabalho concreto. Ex., conhecimentos e experiência em Engenharia, Informática, Contabilidade.
  • 17. 2. Gestor: Tarefas ee aappttiiddõõeess nneecceessssáárriiaass 3 – Aptidão em Relações Humanas: É a capacidade de compreender, motivar e obter a adesão de outras pessoas. Envolve características relacionadas com as capacidades de comunicar, trabalhar e entender as atitudes e os comportamentos dos indivíduos e dos grupos. O grau de desenvolvimento destas aptidões está relacionado com o nível de gestão em que o gestor se situa.
  • 18. 3. Atributos do GGeessttoorr ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess A gestão das organizações é um todo integrado; é mais do que a soma das funções. Os seus componentes não devem ser considerados isoladamente. Assim, a gestão é uma “forma” ou um sistema. O gestor das organizações assume determinados papéis em função das condições do meio envolvente e de um ou vários componentes da gestão. No sentido sociológico da palavra, o papel é a relação existente entre o funcionamento de uma organização e os comportamentos individuais.
  • 19. 3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr No exercício da sua actividade, o gestor incarna vários papéis assumidos alternativa ou simultaneamente, uma parte ou todos eles. A fonte dos papéis do gestor é a autoridade formal que conduz ao estatuto. Henri Mintzberg define três conjuntos de papéis do gestor à saber: a) Papéis interpessoais São três papéis que decorrem da autoridade formal do gestor: - Símbolo: o gestor é uma figura de proa devido à posição hierárquica que ele ocupa; este papel obriga-o cumprir algumas obrigações de natureza cerimonial, responder fisicamente aos convites internos e externos. Ex: Participar no casamento ou funeral do filho de um trabalhador, estas actividades consomem cerca de
  • 20. 3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr - Líder: o gestor é o chefe, responsável do desempenho de seus subordinados; assim, deve ter a capacidade de influência ou motivação sobre eles. Ex: instaurar um sistema de prémio que recompense um desempenho destacado. - Agente de Ligação: o gestor representa um elo de ligação ao exterior e dentro da organização (fora da hierarquia vertical) a procura de informações através de uma rede pessoal (informal e privada). Ex: Sendo membro de uma associação dos economistas, fica informado das decisões monetárias que se preparam no país. b) Papéis informacionais O gestor é a centro nervoso do circuito informacional resultante das suas relações interpessoais de gestor; ele é:
  • 21. 3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr - Observado activo: É a pessoa mais informada, recolhendo informacionais dos contactos externos e internos, em posição posição de vigília sobre os acontecimentos que surgem no meio envolvente; ipso facto, deve saber mais do que qualquer dos seus subordinados. Ex: A eminência do lançamento de um novo produto de substituição pela concorrência. - Agente de difusão: Difunde e/ou partilha com os seus subordinados as suas informações muitas vezes ignoradas por estes. Ex: As inquietações do Conselho de Administração sobre os resultados da organização. Porta Voz: Comunica as informações alusivas à organização ao exterior, sobre o seu desempenho junto das entidades influentes. Ex: Anunciar o aumento da quota do mercado.
  • 22. 3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr c) Papéis decisionais Com a sua autoridade formal e o privilégio que ele tem ao aceder às informações pertinentes, o gestor está na base do processo de tomada de decisão e de elaboração das estratégias; ele é: - Empreendedor: Procura melhorar e adaptar permanentemente a organização em função das mutuações do meio envolvente, toma as decisões para a implementação dos projectos, é um inovador. Ex: Implementar uma caixa de sugestão na empresa. - Regulador: Gere um conjunto que é mais do que a soma das partes, resolve os disfuncionamentos verificados . Ex: Tomar a decisão para acabar com o absentismo.
  • 23. 3. Atributos do Gestor ddaass OOrrggaanniizzaaççõõeess 33..11 –– PPaappééiiss ddoo GGeessttoorr - Distribuidor dos recursos: Distribui-os segundo uma determinada ordem de prioridade, porque são escassos, nomeadamente o seu próprio tempo. Ex: Alocar aos departamentos os meios rolantes. - Negociador: É responsável pelos ajustes necessários na implementação das decisões, a negociação é uma das suas obrigações. Ex: Fazer aceitar concessões (cortes orçamentais) aos outros actores. Actualemente, com as novas tecnologias de informação e comunicação, estes papéis do gestor tendem a evoluir no sentido de permiti-lo ganhar mais tempo. A utilização da Internet reduz o espaço e o tempo, isto é, facilita o gestor no exercício dos diferentes papéis.
  • 24. 4. EEvvoolluuççããoo ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo Considera-se que vários factores contribuiram para a evolução da ciência da gestão, nomeadamente: 1 – Factores económicos: A concorrência dos mercados condena os gestores a serem mais perfomantes na definição dos objectivos estratégicos e na utilização dos recursos , a fim de aumentar a produtividade. 2 – Factores sociais: O activismoo das associações sócio-profissionais e a tomada de consciência da responsabilidade social de tantos outros actores proporcionaram conquistas para o mundo do trabalho. 3 – Factores políticos: A tomada em consideração de contingências de gestão económica dentro de um quadro de actuação política. Ex: Regulamento sobre o tempo e horário de trabalho, as condições de despedimento de pessoal.
  • 25. 4. EEvvoolluuççããoo ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 4 – Factores tecnológicos: A utilização de novos tipos de instrumentos e/ou máquinas, leva à adaptação do sistema de produção e dos homens. 5 – Factores do contexto internacional: A mundialização cria interdependência das empresas, a queda das fronteiras comerciais facilitando a circulação das pessoas, bens e/ou serviços. Ex: Implantação das cadeias de restauração rápida (fast food).
  • 26. 4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa Esta corrente foi implementada a partir do fim do século XIX, com as empresas preocupadas em aumentar o seu rendimento pela melhor utilização dos recursos. a) Abordagem científica Dentro desta abordagem, cita-se como principal protagonista o americano Frederick Taylor que, em 1911, define os princípios de direcção científica do trabalho na sequência das seguintes observações empíricas: “O operário médio pensa que é de seu interesse e de seus companheiros trabalhar de maneira lenta, em vez de trabalhar rapidamente”. “Sempre que um operário aumenta a sua produção e recebe um salário elevado, o patrão acha que este facto desequilibrará o mercado de trabalho e que não poderá concorrer com os seus congéneres, ai baixa o salário tentando manter o nível”.
  • 27. 4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa O postulado da base da organização científica é que existe uma via e única melhor forma para executar uma tarefa: One best way. Os quatro princípios fundamentais do sistema de direcção científica são: 1 – O estudo de todos os conhecimentos tradicionais, o seu registo, a sua classificação e a transformação destes conhecimentos em leis científicas; 2 – A selecção científica dos operários e a superação das suas qualidades e conhecimento; 3 – A aplicação da ciência do trabalho pelos operários cientificamente treinados; 4 – A repartição igual do trabalho executado na empresa entre operários e membros de direcção.
  • 28. 4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa As consequências observadas na sequência da aplicação do método são: 1 – O melhoramento da colaboração entre os gestores e operários; 2 – A especialização devida à divisão de trabalho que proporciona a prosperidade económica e o desenvolvimento da riqueza; 3 – O pagamento de prémios aos empregados para melhor produtividade. b) Abordagem administrativa Destaca-se o engenheiro francês Henri fayol que define: 1- Cinco funções adminstrativas: Prever, organizar, mandar, coordenar e controlar.
  • 29. 4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 2 – Seis Grandes funções: - Agrupando as operações fundamentais da organização: Técnica, Comercial, Financeira, Contabilística, Segurança e de Administração. 3 – Catorze princípios gerais de administração – Divisão do trabalho, Autoridade, Disciplina, Unidade de Liderança, Unidade de Direcção, Subordinação do interesse particular ao interesse geral, Remuneração, Centralização, Hierarquia, Ordem, Equidade, Estabilidade do pessoal, Iniciação, União do pessoal. c) Abordagem burocrática Max Weber, sociólogo, filósofo alemão e jurista de formação, na sua obra “Economia e Sociedade” define três tipos de dominação do exercício da actividade económica. São designados os três modelos de autoridade da organização:
  • 30. 4. Evolução ddaass tteeoorriiaass ddee GGeessttããoo 44..11 –– CCoorrrreennttee CClláássssiiccaa 1- Modelo burocático racional: Implica a existência de regras e regulamentos bem definidos e respeitados pelos membros da organizaçã, a divisão do trabalho, a estrutura hierárquica, a qualificação profissional, impersonalização das relações pessoais, recrutamento e promoção baseados em aptidões e não nas relações pessoais; 2 – Modelo Tradicional: Deve-se obediência à pessoa do chefe e não as regras; as relações sociais são patrimonias (recruta-se segundo as afinidades de família) ou extrapatrimoniais (recruta-se segundo as relações de confiança e fidelidade), instaura-se um sistema hereditário ou clientelista; 3 – Modelo Carismático: Deve-se obediência a pessoa do chefe porque possui carisma.
  • 31. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa II.1.1 – A razão de ser da cultura organizacional A cultura da empresa, nas palavras de Thévenet, mostra-nos um estado de espírito dos homens na organização – actua-se sobre os problemas da organização com os utensílios e maneiras de pensar adaptados à época. Não há muito tempo, a Empresa era vista por critérios exclusivamente económicos. Reconhecer a Empresa como uma realidade social coexistente com a económica é o primeiro passo para uma nova política de relações humanas, de organização e métodos de produção, de repartição de responsabilidades e de expressão do pessoal. Verificou-se que cada conjunto de homens dispõe de uma herança.
  • 32. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa Cada conjunto de homens tem uma cultura própria. Deste modo, não é possível compreender a eficácia de uma organização através de uma mera análise superficial, desprovida de uma relação intrínseca com a cultura. Aliás, Lemaitre refere o papel da cultura como factor essecial para o êxito da Empresa. A concorrência desmedida em termos internos e externos, a ética de trabalho que domina esta época (melhoria das condições de trabalho, satisfação no trabalho, responsabilidade social), a evolução da estrutura das Empresas na sequência dos choques petrolíferos e, consequentemente, o desenvolvimento das teorias de Desenvolvimento Organizacional são pontos de partida para o aparecimento desta abordagem cultural.
  • 33. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa Segundo Donnadieu, o homem deixa a situação de agente e passa a situação de actor social. A cultura torna-se um meio para orientar as escolhas individuais e colectivas do homem no trabalho: é um sistema de autocontrolo e de reconhecimento mútuo. Tudo isso assenta numa interiorização das normas e valores da organização por parte dos actores. Com a desagregação dos grupos tradicionais, a Empresa suge então, ao lado da família e da escola, como ponto-chave de socialização. É na cultura da organização e no grupo que ela forma que o indivíduo vai reforçar a sua identidade social. Contrapondo-a aos grupos externos.
  • 34. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa II.1.2 – Necessidade de flexibilidade mantendo a identidade Verifica-se que devido às enormes exigências do meio, as Empresas tiveram que se diferenciar para responderem a essas dificuldades. É através de mecanismos de diferenciação e de grande flexibilidade que se poderão colocar estrategicamente no meio concorrencial conseguindo aperceber-se das características particulares de determinados mercados e, assim, responder com maior eficácia. Esta diferenciação no sentido de especialização coloca um novo problema. Como manter uma política global da Empresa, como evitar a desagregação total, como garantir uma imagem num mercado concorrencial?
  • 35. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa A resposta para este problema de integração parece surgir através da cultura forte desenvolvida pela corporate cultura que irá sublinhar a necessidade da existência de uma cultura única. Nesta perspectiva ir-se-ão desenvolver um conjunto de processos devidamente estudados e formalmente aplicados que visam precisamente a unificação da cultura. Só através deste factor de integração é possível as Empresas serem suficientemente flexíveis nas suas respostas à envolvente, sem se desagregarem e sem perderem a sua identidade. Não existe uma cultura única, mas antes um mosaico de subcultura.
  • 36. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa Essas particularidades da Cultura da Empresa devem-se a mecanismos diversos, tais como o objectivo específico de cada sector, os grupos profissionais, a relação com o poder, o tipo de relação com o trabalho (entre outros), que provocam uma distintividade cultural dentro da organização. Como garantir a unificação destas subculturas, respeitando-as e mantendo a identidade da Empresa? Por um lado, a diferenciação de ordem cultural permite uma maior flexibilidade da Empresa: perante uma alteração da envolvente, tendo a Empresa no seu seio um conjunto de formas diferenciadas de perceber a realidade sem estar assente na estrutura variada que resolve grande diversidade de situações.
  • 37. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..11 –– AA CCuullttuurraa ddaa EEmmpprreessaa Por outro lado, esta diversificação tem que ser acompanhada por uma identidade própria da organização. Ou seja, esta diferenciação deverá ser devidamente acompanhada pelo factor integrador da cultura fundadora que confere a estas diversas subculturas uma identidade única.
  • 38. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall A estrutura organizacional serve como suporte dos objectivos estratégicos da Empresa e como forma de optmizar a complexidade, formalização e centralização da sua forma de funcionar. Acentua-se o facto da estrutura poder dar resposta adequada aos desafios da envolvente exterior, sendo uma fonte de satisfação de Clientes, ao mesmo tempo que dá resposta às exigências e expectativas dos clientes internos da Empresa. Esta faz ligação entre os modelos adoptados e as diferentes variáveis com que a Empresa tem que lidar, nomeadamente, a tecnologia, a dimensão e as características da envolvente.
  • 39. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall O tipo de estrutura adoptado por determinada Empresa pode constituir um factor crítico de sucesso na condução do seu negócio e na gestão das pessoas que nela trabalham. Mas o certo é que – pesem embora algumas críticas – a ligação estratégica/estrutura/sistema continua a ser substancialmente verdadeira e verificável. A estratégia empresarial define os objectivos de negócio a atingir, bem como o caminho crítico para lá chegar, que é balizado pelos Valores e pela Cultura da Empresa e pelos Princípios Operativos que forem definidos. A estrutura surge como forma de operacionalizar a estratégia, de lhe dar suporte organizando os meios e alocar os recursos disponíveis.
  • 40. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Ela serve como instrumento de coordenação e controlo. Para que isso seja efectivado surge, num plano prático, os sistemas que vão permitir implantá-los no terreno. Para que uma estrutura desempenhe adequadamente o seu papel, precisa de reunir um conjunto de requisitos: - Ser uma fonte de satisfação contínua dos Clientes Externos e Internos – Deve ser capaz de dar resposta eficaz às solicitações dos Clientes Externos e, simultaneamente, ser uma fonte de estabilidade, coesão e motivação das equipas e dos profissionais que trabalham na Empresa permitindo o seu desenvolvimento pessoal e profissional;
  • 41. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall - Responder eficazmente às condições de mercado – Caracteriza-se a competitividade exacerbada como um dos traços dominantes do mercado de negócios e a necessidade vital das Empresas evidenciarem rapidez de movimentação, flexibilidade na sua capacidade de resposta às alterações do meio e capacidade de inovação e criatividade para se anteciparem à concorrência e a inflexões nos gostos e preferências dos consumidores. Para que isso ocorra numa organização, é necessário que se torne possível a circulação livre de informações, a rapidez na tomada de decisão, a assunção de riscos e uma geometria variável que permita a constituição de grupos de projecto para resolver certas questões concretas, reunindo as competências necessárias.
  • 42. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall - Gerar ganhos de produtividade – A própria dimensão das Empresas gera complexidade e burocracia, que é imperativo combater. Para conseguir reter um razoável grau de simplicidade e leveza de processos é necessário ter uma organização em que os sistemas de controlo não sejam sufocantes e transformados em causa primeira de todas as coisas. Esta leveza e agilidade de estrutura permitem manter índices de produtividade competitivos, encurtando as cadeias de comando, tornando os custos de estrutura mais eficientes quando comparados com os dos concorrentes e evitando a erosão gradual da posição competitiva da Empresa no mercado.
  • 43. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall II.2.1 – As componentes estruturais Vimos anteriormente, que a estrutura surge como instrumento de coordenação de actividades e de controlo de actuação dos membros da Empresa. É definida como a forma de gerir a complexidade, a formalização e a centralização existentes numa organização. A forma como estas três componentes estruturais podem combinar-se varia de caso para caso. No entanto, a solução adoptada por uma dada Empresa, tem uma impacto importante no comportamento e atitude dos seus membros.
  • 44. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Vamos analisar de per si, os componentes da estrutura organizacional: 1 – A complexidade Quer dizer o número de componentes e de variáveis com que a Empresa tem que lidar. Pode diferenciar as organizações, através de três formas: a) Diferenciação Horizontal – Consiste no grau de heterogeneidade entre as várias unidades funcionais existentes na organização, com base na orientação dos seus membros, na natureza das tarefas que desempenham e na formação académica e profissional.
  • 45. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Quanto maior o número de tarefas, numa organização, que exige conhecimentos e aptidões especializadas, tanto mais complexa será a organização, porque as orientações diversas tornam mais difícil a comunicação entre os membros e mais complicada a tarefa de coordenar as suas actividades. Ex: Os conflitos entre produção e vendas, vendas e marketing ou vendas e finanças. b) Diferenciação Vertical – Refere-se ao número de graus hierárquicos existentes no organigrama da Empresa. Quanto maior for o número de graus intermédios existentes entre a gestão de topo e os operacionais, tanto mais complexa será a organização. Isto porque aumenta o potencial de distorção das instruções e da comunicação em geral e torna-se difícil a coordenação de acções.
  • 46. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Isto porque os graus intermédios filtram a informação e a gestão de topo não consegue fazer o acompanhamento eficaz das funções operacionais, quando há mais níveis hierárquicos. Este tipo de diferenciação gera lentidão no processo decisório, a menos que haja delegação de poderes, o que raramente acontece em organizações fortemente hierarquizadas. Ex: Administração Pública e Forças Armadas. c) Diferenciação geográfica – Consiste na dispersão da Empresa por vários locais de trabalho. Isto acarreta inevitavelmente um maior grau de complexidade, pela necessidade de coordenar várias sucursais e as manter alinhadas com a estratégia global da organização.
  • 47. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Por outro lado, envolve um esforço adicional para criar sinergias, evitando duplicação de estruturas (sobretudo de apoio) e prevenindo, assim, custos acrescidos e desperdícios de recursos. 2 – A formalização Refere-se ao grau em que os cargos dentro da Empresa estão padronizados. Se um determinado cargo é altamente formal então o seu titular tem uma margem mínima de autonomia acerca do que deverá ser feito, quando deverá ser feito, ser executado e como deverá levá-lo a cabo. Nesta situação, os colaboradores lidam com as mesmas questões exactamente da mesma maneira, adaptando-se soluções consistentes independentemente de quem decide.
  • 48. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Há guias de cargo escritos, abundância de normas internas e procedimentos claramente definidos, esclarecendo a forma de executar as tarefas. Se o grau de formalismo for reduzido, os colaboradores têm uma grande latitude no modo como organizam e desenvolvem o trabalho. A liberdade de exercício da função pelo colaborador está na razão inversa da padronização de comportamentos pela organização, quanto maior for a uniformização, tanto menor será a contribuição individual do colaborador. O grau de formalismo varia bastante de Empresa para Empresa. Certos cargos são tradicionalmente pouco pré-preogramados: é o caso dos delegados de informação médica.
  • 49. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Há funções quase totalmente planificadas, em que os titulares funcionam dentro de horários rígidos e são obrigados a seguir um conjunto de procedimentos tipificados pela gestão. Ex: Secretárias, telefonistas, escrituários, etc. 3 – A centralização Nalgumas organizações os gestores de topo tomam as decisões e os gestores intermédios limitam-se a executar as suas directivas. Há organizações onde a tomada de decisões pertence aos gestores que estão mais próximos dos problemas ou dos clientes. O termo centralização refere-se ao grau em que a tomada de decisão está concentrada num único ponto da organização, em que a gestão de topo toma todas as decisões-chave.
  • 50. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Numa organização descentralizada é possível tomar decisões mais velozes para resolver os problemas, mais pessoas podem participar no processo decisório, enriquecendo-o, e é menos povável que os colaboradores se sintam alienados em relação àqueles que tomam decisões que afectam a sua actividade profissional. II.2.2 – Os modelos estruturais fundamentais Há váriadas soluções que os gestores adoptam na conjugação e combinação dos três componentes referidos. No entanto, o desenho organizacional acaba por se integrar num de dois modelos fundamentais:
  • 51. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall A estrutura mecanicista, caracterizada por uma elevada complexidade (elevado grau de diferenciação horizontal), grande formalização e pequena participação por gestores intermédios na tomada de decisão (forte centralização). Trata-se de uma organização rígida em termos de pirâmide: 1. Alta Diferenciação Horizontal; 2. Relações hierárquicas rígidas 2. 3. Tarefas flixas ; 4. Alto formalismo; 3. 5. Canais de comunicação formais; 6. Centralização do poder de decisão
  • 52. CAPÍTULO II –– FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss ddee SSuucceessssoo nnaa GGeessttããoo ddaass PPeessssooaass IIII..22 –– AA EEssttrruuttuurraa OOrrggaanniizzaacciioonnaall Estrutura orgânica, com baixo grau de complexidade e formalização, uma rede de disseminação de informação sofisticada (em todos os sentidos: vertical e lateral) e um elevado grau de participação na tomada de decisão (descentralização). É uma organização flexível e adaptável, onde a coordenação se consegue através da comunicação constante e de sucessivos ajustamentos. 1. Baixa Diferenciação Horizontal; 2. Cooperação (na vertical e Horizontal 2. 3. Tarefas flexíveis; 4. Baixo formalismo; 3. 5. Comunicação Informal; 6. Descentralização do poder de decisão
  • 53. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..11 -- DDeeffiinniiççããoo Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasmaticamente visando atingir objectivos identificados como sendo para bem comum. Habilidade é simplesmente uma capacidade adquirida. Desta feita, Liderança – é influenciar os outros – é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida por alguém que tenha o desejo e pratique as acções adequadas. Para desenvolver melhor a influência de ter para com os outros, é fundamental compreender a diferença entre poder e autoridade. Poder: Faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer a vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferir não fazer.
  • 54. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..11 -- DDeeffiinniiççããoo Autoridade: Habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. Poder é definido como uma faculdade, enquanto autoridade é definido como uma habilidade. Poder, pode ser dado ou tomado, isto não acontece com a autoridade. A autoridade não pode ser comprada ou vendida, nem dada ou tomada. A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, ao seu carácter e a influência que estabelece sobre as pessoas. O poder corrói os relacionamentos, ou seja, a inquietação de um funcionário é muitas vezes uma “rebelião” disfarçada. É aconselhável lidar com pessoas voluntárias no mundo dos negócios, tal como eles são na igreja.
  • 55. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..11 -- DDeeffiinniiççããoo Há momentos que o líder deve saber exercer o poder, para que as pessoas não pisem em nossas cabeças, ou para colocar limites. Há ocasiões em que precisamos de poder. Quando precisar exercer, o líder deve reflectir sobre as razões que o obrigam a recorrer ao poder porque nossa autoridade foi quebrada, ou pior ainda, talvez não tivessemos nenhuma autoridade. Neste sentido, liderar é conseguir que as coisas sejam feitas através das pessoas.
  • 56. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..22 -- TTeeoorriiaass Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas constactou a influência da Liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais teorias sobre a Liderança: 1 – Traços de Personalidade: O líder possuí características marcantes de personalidade que o qualificam para a função. 2 – Estilos de Liderança: Aponta-se três estilos de liderança que são autocrática, democrática e liberal. 3 – Situações de Liderança (Teoria Contingencial): O líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação. Para Lacombe os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser legítimo, de refeência e do saber.
  • 57. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..33 –– EEssttiillooss ddee LLiiddeerraannççaa Existem 4 tipos ou estilos de Liderança à saber: 1 – Liderança autocrática, autoritária ou directiva: O líder é focado apenas nas tarefas, toma as decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder determina as providências e técnicas para execução das tarefas, de modo imprevisível para o grupo. 2 – Liderança democrática, participativa ou consultiva: É voltada para as pessoas e há participações dos liderados no processo decisório. As directrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário.
  • 58. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..33 –– EEssttiillooss ddee LLiiddeerraannççaa Liderança liberal ou Laissez faire: As pessoas têm mais liberdade na execução dos seus projectos indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão constante. Liderança Paternalista: O líder e sua equipa têm relações interpessoais similares às de pai e profissional, pois numa relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, incondicionalmente.
  • 59. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr O papel do líder é extremamente exigente e para este ser bem sucedido deve ter qualidades extras, conforme abaixo mencionamos: 1 – Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver; 2 – Exercer influência sobre os outros; 3 – Honestidade, confiabilidade; 4 – Bom exemplo; 5 – Cuidadoso; 6 – Compromisso 7 – Bom Ouvinte; 8 – Conquistar confiança dos outros; 9 – Respeitoso; 10 – Encorajador; 11 – Habilidade Positiva; 13 – Gostar de lidar com as pessoas
  • 60. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr Len Hoffman dizia: “É preciso tratar outros seres humanos, exactamente como você gostaria que eles o tratassem” daí que, para liderar você deve servir. Sempre que uma ou mais pessoas se reúnem com propósito, há oportunidade de exercer a Liderança. Certas vezez como líder tomamos decisões pessoais sobre a aplicação dos princípios da Liderança em nossas vidas, o que por sua vez traduz-se no sucesso. Nós não devemos usar muito a palavra “gerência” para comandar as pessoas, porque gerênciar não é algo que façamos para os outros, mas sim, gerenciamos nosso inventário, talão de cheques, e outros recursos materiais, ou a nós mesmos, mas nunca outros seres humanos. Isto é gerenciamos coisas e lideramos pessoas.
  • 61. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr Como líderes, se nos concentrar-mos em tarefas e não em relacionamentos, podemos ter transferências, rebeliões, má qualidade de trabalho, baixo compromisso, baixa confiança e outros indesejáveis. Como não só, concentrar-se somente nos resultados e descuidar-se do relacionamento, gera muita insatisfação por parte dos colaboradores, que de alguma forma afetará os mesmos resultados. De outra forma, não cumprir com as tarefas e só se preocupar com o relacionamento, gera liderança insegurada. Daí surge a seguinte questão: O que deve ser feito para uma liderança bem executada?
  • 62. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr A resposta ou chave para esta questão parte do uso que o líder irá fazer das habilidades aqui apresentadas, isto é, as habilidades de um líder partem do comportamento e, comportamento é escolha. Esta escolha só depende unicamente de nós como líderes. A chave para liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos. Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos – com Deus, conosco e com os outros. Isto é especial para os negócios, porque sem pessoas não há negócio. Os grandes líderes têm essa capacidade de construir relacionamentos saudáveis. Para haver um negócio saudável e próspero devem existir relacionamentos saudáveis entre os responsáveis pela organização, mas isso não abrange somente os gestores, mas sim também os clientes, empregados, sócios e fornecedores.
  • 63. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr A regra número um dos negócios é: Se não correspondermos às necessidades dos nossos clientes, alguém o fará. Como líderes devemos ser capazes de satisfazer as necessidades legítimas dos clientes. O mesmo princípio aplica-se aos empregados, mas isto só será possível conversando com o mesmo e ouvindo-o. Abaixo alguns pontos sobre o que as pessoas esperam da sua organização: 1 – Tratamento digno e respeitoso; 2 – Capacidade de contribuir para o sucesso da organização; 3 – Sentimento de participação; 4 – O dinheiro. Infelizmente, alguns líderes esquecem-se destes pormenores e ponhem o dinheiro em primeiro lugar.
  • 64. CCaappííttuulloo IIIIII –– LLIIDDEERRAANNÇÇAA IIIIII..44 –– HHaabbiilliiddaaddeess ddee uumm LLííddeerr A liderança resume-se em três palavras: “Identificar e satisfazer as necessidades” “Não tenho necessariamente que gostar de meus trabalhadores e sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipa, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização!” – Vince Lombardi.
  • 65. CAPÍTULO III - MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo III.1 - Teorias da Motivação e satisfação no trabalho 1. Abraham Maslow: Teoria da Hierárquia de necessidades Satisfação fora do trabalho Necessidades Satisfação no trabalho · Educação · Crescimento pessoal · Passatempos · Religião 5 De Auto-realização · Trabalho desafiante · Diversidade · Autonomia · Crescimento pessoal · Participação nas decisões · Aprovação da família · Aprovação dos amigos · Reconhecimento da comunidade 4 De Estima · Reconhecimento · Responsabilidade · Orgulho · Promoções · Família · Amigos · Grupos sociais · Comunidade 3 Sociais · Amizade dos colegas · Interacção com clientes · Chefia amigável · Camaradagem · Autonomia · Liberdade · Protecção contra violência · Abrigo 2 De Segurança · Trabalho seguro · Permanência no emprego · Protecção · Comida · Agua · Sexo · Sono e repouso 1 Fisiológicas · Renumeração e benefícios · Horário do trabalho · Intervalos de descanso · Conforto físico
  • 66. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo
  • 67. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo Os argumentos da teoria de Maslow são os seguintes: 1. As necessidades não-satisfeitas influenciam o comportamento, dirigindo-o para metas ou objectivos individuais. Uma necessidade satisfeita não é motivadora de comportamento. 2. 2. Cada pessoa nasce com certa bagagem de necessidades fisiológicas, que são as necessidades inatas ou hereditárias. De inicio, seu comportamento é exclusivamente voltado para a satisfação cíclica dessas necessidades, como fome, sede, sono, actividade, sexo etc.
  • 68. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo 3. A partir de uma certa idade, a pessoa ingressa em uma longa trajectória de aprendizagem de novos padrões de necessidades. Surgem as necessidades de segurança, voltadas para a protecção contra o perigo e contra as ameaças e a privação. As necessidades fisiológicas e de segurança constituem as necessidades primarias do individuo, voltadas para sua própria conservação e sobrevivência pessoal.
  • 69. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo 4. À medida que a pessoa passa a controlar suas necessidades primárias, surgem lenta e gradativamente as necessidades secundárias, em função da aprendizagem. As necessidades mais elevadas somente surgem quando as necessidades primarias são satisfeitas e quando passam a predominar sobre os níveis mais baixos de necessidades. 5. O comportamento do indivíduo passa a ser influenciado por um grande numero de necessidades comitentes que se articulam na hierarquia.
  • 70. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..11 –– TTeeoorriiaass ddaa MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo 6. Contudo, na medida em que uma necessidade mais baixa não é satisfeita, ela se torna imperativa passa a predominar provisoriamente no comportamento até que seja parcial ou totalmente satisfeita. As pessoas procuram primeiro satisfazer as necessidades básicas antes de focalizar o comportamento nas necessidades mais elevadas. 7. As necessidades mais baixas requerem um processo motivacional mais rápido (comer e dormir ) e enquanto as mais elevadas requerem um ciclo extremamente mais longo.
  • 71. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr 8. A teoria de Maslow está construída sobre a premissa de que as pessoas têm necessidade de crescer, desenvolver, pressuposto valido para algumas pessoas, mas não para todas elas. Alderfer condensou a teoria de Maslow segundo as necessidades de existir, relacionar-se, e crescer. Assim sua teoria ERC (existência, relacionamento e crescimento). 1. Necessidades de existência: são as necessidades de bem-estar físico: existência, preservação e sobrevivência incluindo as necessidades fisiológicas e de segurança de Maslow.
  • 72. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr 2. Necessidades de relacionamento: são as necessidades de relações interpessoais, de interacção social com outras pessoas. Isto é, a sociabilidade e ao relacionamento social. Incluem as categorias sociais e os componentes externos da necessidade de Maslow. 3. Necessidades de crescimento: são as necessidades de desenvolvimento do potencial humano e desejo de crescimento e competência pessoal. Incluem os componentes intrínsecos das necessidades de Maslow, bem como a necessidade de auto-realização.
  • 73. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr
  • 74. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..22 –– TTeeoorriiaa EERRCC ddee CCllaayyttoonn AAllddeerrffeerr
  • 75. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg A motivação das pessoas para o trabalho depende de dois factores intimamente relacionados: Higiénicos e Motivacionais. 1. Factores Higiénicos: referem-se as condicções que rodeiam a pessoa enquanto trabalha, englobando as condicoes físicas e ambientais de trabalho, salário e benefícios sociais, politicas da organização, estilo de liderança recebido, clima de relações entre a direcção e os empregados, regulamentos internos, oportunidades de crescimento, relacionamento com os colegas etc.
  • 76. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg Contudo, os factores higiénicos são limitados em sua capacidade de influenciar as pessoas. A expressão higiene serve para reflectir seu carácter preventivo e profilático e para mostrar que , quando são excelentes, eles apenas evitam a insatisfação, uma vez que sua influencia sobre o comportamento não consegue elevar substancial e duradouramente a satisfação das pessoas. Porem, quando precários, provocam a insatisfação.
  • 77. CAPÍTULO III -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg Por isso são chamados factores insatisfacientes, incluem: - Salário percebido - Benefícios sociais percebidos - Condições físicas de trabalho e conforto - Relações com o gerente - Relações com os colegas e camaradagem - Politicas da organização Eles estão relacionados com as condições externas ao indivíduo. Estão relacionados com as necessidades primárias da pessoa. Assim, eles afectam a insatisfação com o trabalho.
  • 78. CAPÍTULO IIIIII -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg 2. Factores motivacionais: referem-se ao conteúdo do cargo, as tarefas e às actividades relacionadas com o cargo em si. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis excelência. Quando os factores motivacionais são óptimos, elevam substancialmente a satisfação das pessoas. Quando são precários, provocam ausência de satisfação. Por isso são chamados factores satisfacientes, incluem: - Uso pleno de habilidades pessoas. - Liberdade de decidir como executar o trabalho - Responsabilidade total pelo trabalho. - Definição de metas e objectivos no trabalho. - Autoavaliação do desempenho.
  • 79. CAPÍTULO IIIIII -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg Os factores motivacionais estão relacionados com as condições internas do indivíduo que conduzem a sentimentos de satisfação e de auto-realização. Estão relacionados com as necessidades secundárias da pessoa.
  • 80. CAPÍTULO IIIIII -- MMoottiivvaaççããoo ee SSaattiissffaaççããoo nnoo TTrraabbaallhhoo IIIIII..33 –– TTeeoorriiaa ddooss DDooiiss FFaaccttoorreess ddee FFrreeddeerriicckk HHeerrzzbbeerrgg Herzberg chegou a conclusão de que os factores responsáveis pela satisfação profissional são totalmente desligados e distintos dos factores responsáveis pela insatisfação. Para ele, oposto de satisfação não é insatisfação, mas nenhuma satisfação. Da mesma maneira, o oposto de insatisfação não é a satisfação, mas nenhuma insatisfação.
  • 81. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..11 –– IInnttrroodduuççããoo aaoo MMaarrkkeettiinngg O marketing sempre existiu (a partir da altura em que os homens sentiram necessidade de vender o que produziam), …embora com as mais variadas abordagens Market Marketing Acção no Mercado O marketing é um processo contínuo de desenvolvimento e de troca de ideias, bens, e serviços que visam satisfazer as necessidades dos clientes e organizações, utilizando para o efeito as politicas dos 7 P´s. neste contexto, os indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e o que desejam através da criação e troca de produtos e valores com outras pessoas.
  • 82. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..11 –– IInnttrroodduuççããoo aaoo MMaarrkkeettiinngg O conceito de marketing nesta perspectiva visa: 1. Detectar e identificar os desejos, necessidades e preferências do consumidor com orientação para os produtos ou serviços já existentes ou para outros desenvolvimentos futuros. 2. Motivar e envolver todas as áreas da empresa para condução de políticas e acções que visem a satisfação das necessidades dos consumidores. Desta forma a função marketing não é comparada a função venda, publicidades, P&D, mas sim o negocio no seu conjunto.
  • 83. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..11 –– NNíívveeiiss ddee aaccttuuaaççããoo ddoo MMaarrkkeettiinngg 1. Como ciência de gestão ( estabelece uma metodologia de abordagem do mercado para a exploração das oportunidades de sucesso da empresa). 2. Como um conjunto de técnicas coerentes e distintas que possibilitam o desenvolvimento da acção empresarial e da organização.
  • 84. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..11 –– EEvvoolluuççããoo hhiissttóórriiccaa ddoo MMaarrkkeettiinngg 1ª Fase - Primado da Produção (1870 – 1930) • Sub-fase artesanal • Sub-fase industrial 2ª Fase - Primado da Venda (1930 – 1950) 3ª Fase - Implantação e Desenvolvimento do Marketing (1950 ….) 3ª Fase – óptica de marketing • Marketing actual • Mercados mais complexos • Mais concorrência, o que obrigou a criação de departamentos de marketing. • Mais atenção ao consumidor.
  • 85. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..22 –– EEvvoolluuççããoo hhiissttóórriiccaa ddoo MMaarrkkeettiinngg Na óptica do marketing predominam, neste contexto os seguintes elementos: 1. Ênfase no mercado: definir os mercados onde actuar e satisfazer. 2. Orientação para o cliente. 3. Marketing integrado: visa a integração das diversas funções da empresa no ponto de vista da sua orientação para o cliente, reconhecendo a necessidade imperiosa em obter a plena satisfação do cliente. Esta perspectiva implica a criação de uma cultura de marketing através da utilização do conceito e instrumentos de marketing.
  • 86. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..22 –– EEvvoolluuççããoo hhiissttóórriiccaa ddoo MMaarrkkeettiinngg 4. Rentabilidade : na óptica do marketing a plena satisfação do consumidor é um meio para a empresa poder vir a obter a rentabilidade pretendida numa perspectiva de longo prazo
  • 87. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..33 –– EEvvoolluuççããoo ddoo CCoonncceeiittoo ddee MMaarrkkeettiinngg Óptica das Vendas OBJECTO MEIOS OBJECTIVOS Produtos Venda Lucros decorrem Óptica de marketing Promoção do volume de Vendas OBJECTO MEIOS OBJECTIVOS Necessidade dos Marketing Lucros decorrem consumidores Integrado da satisfação dos consumidores
  • 88. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..33 –– EEvvoolluuççããoo ddoo CCoonncceeiittoo ddee MMaarrkkeettiinngg Marketing é um actividade organizacional e um conjunto de processos para criar, comunicar e entregar valor e gerir relacionamento com clientes, mantendo benefícios para a organização e para seus públicos de interesse. Adaptado da definição da American Marketing Association, 2004
  • 89. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..44 –– IImmpplleemmeennttaaççããoo ddoo MMaarrkkeettiinngg nnaass oorrggaanniizzaaççõõeess A implementação do marketing nas organizações requer um alinhamento entre gestores de topo, estruturas organizacionais e relações entre departamentos. Não deve ser uma preocupação ou função exclusiva do departamento de marketing, dizendo antes respeito a toda a organização. Focar a atenção nos mercados. Satisfazer os clientes melhor do que a concorrência, envolve, não só estudar os primeiros como os últimos, bem como os desenvolvimentos legais, culturais sociais e tecnológicos que se vão produzindo na sociedade.
  • 90. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..44 –– IImmpplleemmeennttaaççããoo ddoo MMaarrkkeettiinngg nnaass oorrggaanniizzaaççõõeess Atingir os objectivos da organização através da satisfação das necessidades dos consumidores, melhor do que os principais concorrentes Consecução dos Objectivos Esforço Integrado Orientação para o Consumidor
  • 91. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..55 –– MMaarrkkeettiinngg IInntteeggrraaddoo PRODUÇÃO P COMERCIAL P CC P RECURSOS HUMANOS P FINANÇAS
  • 92. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..55..11 –– AAttiittuuddee ddoo MMaarrkkeettiinngg Mais importante que entender a definição de marketing é compreender que o marketing deve ser encarado como uma filosofia, uma forma de conduta tal que leve as necessidades latentes (quantitativas e qualitativas) a impor a definição de objectivos. Caracteriza-se pela preocupação em conhecer o público, para melhor se lhe adaptar e para agir de forma mais eficaz. 1. Conhecer o Consumidor - É o ponto de partida. É uma necessidade absoluta para preparar uma acção de marketing. 2. Adaptar-se ao Consumidor - É não ir contra os seus hábitos, satisfazer necessidades e desejos, preferências. É falar uma linguagem adequada ao consumidor. 3. Influenciar o Consumidor - É tentar modificar as atitudes e os comportamentos num sentido favorável à organização.
  • 93. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66 –– EEssttrraattééggiiaa A palavra estratégia tem origem militar e deriva do grego “Strategos”, que combina Stratos (Exército) com ag (liderança). Assim Strategos significa literalmente “A função do General do Exército”. No meio empresarial, a estratégia é frequentemente conotada com a formulação de um plano que reúne de uma forma integrada, os objectivos, políticas e acções da organização com vista a alcançar o sucesso. As definições do conceito de estratégia são tão numerosas quanto os autores que as referem e embora exista alguma convergência em alguns aspectos que estão na base do conceito, o conteúdo e os processos de formação da estratégia são objectos de abordagens muito diversas que assentam na forma como os autores concebem a organização e entendem o seu funcionamento.
  • 94. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66 –– EEssttrraattééggiiaa Andrews, Guth (1965) Learned, Christensen definiu Estratégia como sendo o padrão de objectivos, fins ou metas e principais políticas e planos para atingir esses objectivos, estabelecidos de forma a definir qual o negócio em que a empresa está e o tipo de empresa que é ou vai ser. Jauch e Glueck (1980) também contribuiram na definição afirmando que é um plano unificado, englobante e integrado relacionando as vantagens estratégicas com os desafios do meio envolvente. É elaborado para assegurar que os objectivos básicos da empresa são atingidos.
  • 95. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66 –– EEssttrraattééggiiaa IV.6.1 - Estratégia Competitiva A estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, a arena fundamental onde ocorre a concorrência. A estratégia competitiva visa a estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência na indústria. (Michael Porter). Aestratégia competitiva responde ao meio ambiente e também tenta modelar este meio em favor de uma empresa. As estratégias competitivas de marketing de guerra combinam movimentos de ataque e defesa visando atingir posições competitivas mais fortes no mercado em que se opera. São estratégias que nasceram com as teorias de guerra do general prussiano Karl von Clausewitz, e que foram transplantadas e adaptadas para a utilização em marketing.
  • 96. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Estas estratégias são utilizadas em mercados estáveis, onde a procura de uma maior participação de mercado de uma empresa implicará, necessariamente, na perda de participação de outras. As estratégias competitivas de marketing de guerra podem ser ofensivas ou defensivas. IV.6.1.1 - Estratégia Ofensiva Uma empresa que segue uma estratégia ofensiva tem consciência da importância da inovação como um elemento-chave na conquista de uma posição líder no mercado. Empresas que adoptam esta estratégia procuram lançar produtos inovadores no mercado que lhes permitam beneficiar da vantagem competitiva de, pelo menos durante algum tempo, terem um produto diferenciado da concorrência e no qual os seus clientes reconhecem características distintivas que valorizam.
  • 97. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa A esta estratégia está evidentemente associado um nível de risco considerável pois, mesmo com uma condução correcta do processo de inovação, existe sempre a possibilidade de o mercado não responder da forma esperada e, consequentemente, de a empresa não recuperar o investimento efectuado. Por este motivo, empresas que enveredam por esta estratégia dispõem normalmente de um elevado nível de recursos, pretendem-se posicionar como líderes de mercado e têm capacidade para se defenderem da possível concorrência de empresas que optem por estratégias distintas (nomeadamente estratégia reactiva). Sabendo que a cópia é inevitável, a forma de estas empresas se manterem na liderança é posicionarem-se sempre um passo à frente em relação à concorrência, inovando a uma velocidade superior e procurando encontrar antecipadamente as respostas às modificações das necessidades dos seus clientes.
  • 98. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Estratégia ofensiva resume-se em descobrir uma fraqueza na força do concorrente. É importante determinar as maiores forças de seu principal concorrente e descobrir as fraquezas determinantes nesta(s) forças. Isso requer desenvolver a inteligência de marketing. A partir do momento que você determinar essa fraqueza em uma das forças do líder ou concorrente, é necessario atacar com rapidez e precisão, mas ao atacar terá que ter em conta alguns detalhes importante desta técnica, ou seja, sua empresa, produto ou marca deve desenvolver uma força concreta que acentue a fraqueza do concorrente e utilizar promoção de vendas e comunicação com mensagem que remeta uma força à você, conforme a fraqueza do concorrente.
  • 99. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Estratégias ofensivas Ataque frontal Atacar o concorrente no seu campo de batalha. Grande risco de fracassos. Pode redundar em grandes perdas. O atacante deve possuir grandes recursos financeiros, vantagens competitivas e prever perdas suportáveis. Ataque de flanco Canalizar o combate para arenas onde o concorrente tem vulnerabilidades e o atacante potencialidades (regiões, segmentos de mercado, linhas de produto etc.). Ataque de cerco Atacar o concorrente cerceando-lhe acesso a itens fundamentais. Exemplos: comprando fornecedores ou usando o poder de barganha da empresa para impedir o fornecimento a concorrentes; idem em relação a rede de distribuição; exclusividade de processos e produtos (patentes ou contratos exclusivos); produtos melhores que o concorrente em todos os sentidos. Ataque de guerrilha Ataques rápidos e inesperados ao concorrente visando o seu enfraquecimento. Sua eficácia reside na dificuldade que o atacado tenha para se defender com rapidez devido a sua imprevisibilidade.
  • 100. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Vantagens  Usadas por poucas empresas buscando presença marcante;  Liderança técnica e de mercado;  Iniciativa de inovar e de disputar;  Informações actualizada da concorrência, produto e preço;  Desenvolve pesquisa fundamental orientada;  Valorização do sistema de patentes;  Contrata técnicos qualificados ou cientistas;  Inovação em produto. Caracteriza-se pela ousadia, compreende o ataque ao concorrente tentando atingir suas vulnerabilidades, para utilizá-la é preciso conhecer muito bem o concorrente que será alvo do ataque, suas fraquezas e potencialidades, com base nesse conhecimento, a estratégia ataca o concorrente oferecendo ao consumidor o que esse concorrente não está em condições de realizar. É utilizada para ganhar participação de mercado de um concorrente maior.
  • 101. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa IV.6.1.2 - Estratégia Defensiva A estratégia defensiva é normalmente seguida por empresas que se concentram em mercados que são dominados por empresas concorrentes, face as quais não dispõem de recursos que lhe permitem adoptar uma estretágia de concorrência aberta. Estratégia defensiva adotada por organizações que possuem domínio definido de produtos, mercados que pretendem manter ou defender da acção dos concorrentes. Preocupa-se com a defesa e estabilidade. Empresas que adoptam esta estratégia procuram centrar a actividade em segmentos ou nichos de mercado para os quais possuem características distintivas e onde os concorrentes dominantes não se encontram presentes. Entre as inovações que estas empresas podem explorar destacam-se as inovações ao nível da imagem, da embalagem e da marca.
  • 102. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Estratégias defensivas Defesa de posição (ou fortificação) Construção de barreiras contra a imitação ou entrada, através da diferenciação na oferta em bases não imitáveis. Por exemplo: marca diferenciada, reputação elevada, qualidade superior, assistência técnica melhor, preços mais baixos baseado em vantagens na estrutura de custos. Defesa de flanco Defender seus flancos, ou seja não permitir a permanência de vulnerabilidades que possam ser atacadas pela concorrência. Exige constante previsão das estratégias dos concorrentes e das vulnerabilidades mais prováveis de serem atacadas. Defesa antecipada Atingir o potencial agressor antes que seja atacado, surpreendendo o concorrente desprevenido, com o objetivo de desencorajar ataques futuros ou demonstrar que se houver ataque, haverá retaliação. Defesa de contra-ofensiva Revidar imediatamente o ataque sofrido para tentar neutralizar sua iniciativa. Identificar as vulnerabilidades do agressor e contra-atacar com toda a intensidade. Defesa móvel Consiste na empresa reformular continuamente suas estratégias de marketing, adequando-as rapidamente ao mercado. Essa rapidez defende a empresa contra ataques dos concorrentes. Defesa de retirada Consiste em retirar-se dos mercados onde as posições são indefensáveis para concentrar esforços naqueles em que a empresa desfruta de reais vantagens competitivas e, portanto, defensáveis.
  • 103. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa As estratégias defensivas compreendem aquelas que visam proteger a posição competitiva da empresa de forma a manter a sua participação no mercado. É preferencialmente a estratégia que deve ser adotada pelo líder. Uma das formas de praticar adequadamente a estratégia defensiva é através da constante inovação tecnológica. Os líderes para mantererem suas lideranças devem se caracterizar pela constante inovação e dessa forma diferenciar-se dos concorrentes de menor porte. Para a adopção desta estratégia, também chamada de destruição criativa, é preciso ter coragem para lançar produtos inovadores em substituição aos produtos da empresa que ainda estão no estágio da maturidade do seu ciclo de vida (em mercados extremamente competitivos com inovações tecnológicas muito rápidas, pode ocorrer do produto ter que ser sacrificado até mesmo no estágio de crescimento).
  • 104. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Não inovar significa deixar oportunidades em aberto para que concorrentes as ocupem. Caso não seja possível ser a empresa inovadora, tão logo perceba que esteja sendo atacada pela inovação de um concorrente menor, deverá imediatamente imitá-lo, aproveitando o seu porte e evitando que o concorrente inovador se firme no mercado. Existem outras estratégias defensivas caracterizadas mais como estratégias de negócios do que propriamente estratégias de marketing: aquisição ou incorporação de concorrentes menores cujo crescimento possa vir a ameaçar a posição de liderança da empresa ou a prática de dumping de preços, de forma a eliminar os concorrentes, levando-os a situações de insolvência. Existem severas punições para estas práticas consideradas desleais em países onde o capitalismo já está sedimentado. Dependendo do porte e dos recursos do atacante, as estratégias ofensivas podem ser: defesa de posição (ou fortificação), defesa de flanco, defesa antecipada, defesa de contra-ofensiva, defesa móvel e retirada.
  • 105. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa Vantagens Mercados oligopolizados; Aproveita erros dos pioneiros; Defasada em termos das mudanças técnicas; P&D difere da ofensiva na natureza e ritmo inovativo; Resposta e adaptação às inovações concorrentes; Avanços técnicos a custos inferiores; Patentes enfraquecem liderança dos pioneiros; Pessoal de elevada qualidade científica e técnica.
  • 106. Estratégia Ofensiva vs Defensiva Estratégi Nível Institucional a Escolha do Domínio Nível Intermediário Articulação Interna Nível Operacional Execução das Operações Defensiva Garantir e conservar o domínio actual de produtos/mercados Planejamento e controle das operações p/assegurar ou aumentar a eficiência Produção de bens ou serviços de maneira eficiente Busca da estabilidade do domínio Ênfase na conservação Ênfase na tecnologia utilizada Ofensiva Explorar e localizar novas oportunidades de produto/mercado Facilitar e coordenar as frequentes mudanças nas atividades e operações Manter flexibilidade na tecnologia para acompanhar as mudanças Busca de novos domínios ainda que transitórios Ênfase na mudança Ênfase na flexibilidade tecnológica CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..11 –– EEssttrraattééggiiaa CCoommppeettiittiivvaa
  • 107. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr O modelo das Cinco Forças de Porter foi concebido por Michael Porter em 1979 e destina-se à análise da competição entre empresas. Considera cinco factores, as "forças" competitivas, que devem ser estudados para que se possa desenvolver uma estratégia empresarial eficiente. Porter refere-se a essas forças como microambiente, em contraste com o termo mais geral macroambiente. Utilizam dessas forças em uma empresa que afeta a sua capacidade para servir os seus clientes e obter lucros. Uma mudança em qualquer uma das forças normalmente requer uma nova pesquisa (análise) para re-avaliar o mercado. Porter avalia que a estratégia competitiva de uma empresa deve aparecer a partir da abrangência das regras da concorrência que definem a atratividade de uma indústria.
  • 108. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 1. Rivalidade entre os concorrentes Para a maioria das indústrias, esse é o principal determinante da competitividade do mercado. Às vezes rivais competem agressivamente, não só em relação ao preço do produto, como também a inovação, marketing, etc. ◦ Número de concorrentes e repartição de quotas de mercado; ◦ Taxa de crescimento da indústria; ◦ Diversidade de concorrentes; ◦ Complexidade e assimetria informacional; ◦ Nível de publicidade; ◦ Grau de diferenciação dos produtos; ◦ As barreiras à saída . Em situações de elevada rivalidade os concorrentes procuram activamente captar clientes, as margens são esmagadas e a actuação centra-se em cortes de preços e descontos de quantidade.
  • 109. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 2. Poder de Negociação dos clientes Os clientes exigem mais qualidade por um menor preço de bens e serviços. Também competindo com a indústria, forçando os preços para baixo. Assim jogando os concorrentes uns contra os outros. ◦ Análise RFM (economia); ◦ Preço da compra total; ◦ Disponibilidade de informação do comprador em relação ao produto; ◦ Existência de produtos substitutos; ◦ Da dimensão enquanto clientes; ◦ Da capacidade de integração a montante.
  • 110. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 3. Poder de Negociação dos fornecedores Também descrito como mercado de insumos, fornecedores, de matérias-primas, componentes e serviços para a empresa pode ser uma fonte de poder. Fornecedores podem recusar-se a trabalhar com a empresa, ou por exemplo, cobrar preços excessivamente elevados para recursos únicos. ◦ Grau de diferenciação dos insumos; ◦ Custo dos factores de produção em relação ao preço de venda do produto; ◦ Ameaça de transmitir integração dos fornecedores em relação à ameaça de integração por outras empresas; ◦ Ter somente um fornecedor para a empresa pode ser um ponto fraco, caso o fornecedor venha a falir ou mesmo a elevar os preços de matérias-primas muito maior em relação a concorrência; ◦ Ameaça de integração a montante ou a jusante.
  • 111. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 4. Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes Muitas empresas entram no mercado com o desejo de conseguir uma fatia (parcela) de um setor e frequentemente recursos substanciais. Caso haja barreiras de entradas que possam dificultar a sua inserção, fica mais dificil a sua fixação no mercado: a ameaça de entrada é pequena. Se o concorrente estabelecer-se pode haver perda de rentabilidade por parte de empresa. Com a ajuda de barreiras ficará muito difícil para o concorrente "roubar" os melhores clientes, assim caso o concorrente se estabelecer no mercado, ele eventualmente vai ficar com os piores. o A existência de barreiras de entrada (patentes, direitos, etc); ◦ Acesso aos canais de distribuição; ◦ Diferenciação dos produtos; ◦ Exigências de capital; ◦ Políticas governamentais; ◦ Marca; ◦ Vantagens absolutas de custo; ◦ Economia de escala; ◦ Custos de transição
  • 112. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr 5. Ameaça de produtos substitutos A existência de produtos (bens e serviços) substitutos no mercado, que analisados, desempenham funções equivalentes ou parecidas é uma condição básica de barganha que pode afetar as empresas. Assim os substitutos (bens ou serviços) podem limitar os lucros em tempos normais, e como também podem reduzir as fontes de riqueza que a indústria pode obter em tempos de prosperidade. Outro fator seria que, o produto comercializado ou produzido pela empresa possa tornar-se obsoleto com o tempo, para isso não ocorrer é preciso investir em avanços tecnológicos, produzir um derivado ou mesmo um novo produto. A organização deve ficar atenta as novas mudanças/tendências do mercado/produto. Caso não seja feito nada, a concorrência pode adquirir parte do mercado da empresa analisada.
  • 113. CCAAPPÍÍTTUULLOO IIVV –– MMaarrkkeettiinngg IIVV..66..22 –– CCiinnccoo FFoorrççaa ddee PPoorrtteerr Relação preço/rendimento; Nivel de diferenciação do produto; Poder de barganha do comprador; Qualidade do produto.
  • 114. CAPÍTULO II – Empresa ee MMeeiioo EEnnvvoollvveennttee IIII..11 –– CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddaa OOrrggaanniizzaaççããoo Já foi definido no capítulo anterior, que gerir é planear, organizar, dirigir e controlar os meios que temos a dispor para atingirmos os objectivos da organização. Porém, considera-se a organização como um sistema aberto, porque troca com o meio envolvente informações, energia, produtos e outros.
  • 115. CAPÍTULO II – Empresa ee MMeeiioo EEnnvvoollvveennttee IIII..11 –– CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo MMeeiioo EEnnvvoollvveennttee A empresa opera dentro dum contexto de turbulências favoráveis ou desfavoráveis chamado meio envolvente e que tem incidência sobre a estrutura da organização