SlideShare uma empresa Scribd logo
HEMODIÁLISE<br /> <br />     Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal. <br />     A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal. <br />Existem, portanto, dois tipos de diálise: a Peritoneal e a Hemodiálise. <br />Diálise Peritoneal <br />     Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Essa membrana se fosse totalmente estendida, teria uma superfície de dois metros quadrados, área de filtração suficiente para cumprir a função de limpeza das substâncias retidas pela insuficiência renal terminal. <br />Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um catéter especial dentro da cavidade abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma. A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente ao rim. <br />Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas, são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise. <br />     A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal. <br />     A diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem iluminado. <br />     Neste caso é conhecida como DPAC (diálise peritoneal ambulatorial crônica). <br />     O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A DPAC permite todas as atividades comuns do dia-a-dia, viagens, exercícios, trabalho. <br />     A diálise peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente somente visitas médicas periódicas. <br />Hemodiálise <br />     Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos, chamados de filtros capilares. <br />Para realizar a hemodiálise, é necessário fazer passar o sangue pelo filtro capilar. Para isso, é fundamental ter um vaso resistente e suficientemente acessível que permita ser puncionado três vezes por semana com agulhas especiais. <br />     O vaso sangüíneo com essas características é obtido através de uma fístula artéria venosa (FAV).<br />     A FAV é feita por um cirurgião vascular unindo uma veia e uma artéria superficial do braço de modo a permitir um fluxo de sangue superior a 250 ml/minuto. <br />     Esse fluxo de sangue abundante passa pelo filtro capilar durante 4 horas, retirando tudo o que é indesejável. O rim artificial é uma máquina que controla a pressão do filtro, a velocidade e o volume de sangue que passam pelo capilar e o volume e a qualidade do líquido que banha o filtro. <br />     Para realizar uma hemodiálise de bom padrão é necessário uma fístula artério-venosa com bom fluxo, um local com condições hospitalares; maquinaria adequada e assistência médica permanente. <br />     Tendo essas condições, o paciente poderá realizar hemodiálise por muitos anos. <br />     A hemodiálise tem a capacidade de filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal. <br />     A diferença entre a diálise e o rim normal é que na diálise realizamos três sessões de quatro horas, o equivalente a 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156). <br />     Apesar de realizar somente 12 horas semanais de diálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas. <br />     Os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise. <br />     Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação.    Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição. <br />     O número de pacientes que fazem diálise peritoneal é da ordem de 2 a 5 % dos renais crônicos e o restante faz hemodiálise. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande.<br />Cuidados de enfermagem durante a hemodiálise<br />Antes da sessão:<br />Verificar sinais vitais.<br />Verificar peso do paciente.<br />Esvaziar a bexiga e medir a diurese.<br />Verificar quais os medicamentos o paciente está fazendo uso.<br />Administrar a medicação prescrita.<br />Durante a sessão:<br />Administrar medicação prescrita.<br />Ficar atento para sangramento nasal ou cutâneo.<br />Observar e relatar presença de: tremores, sonolência, náuseas, vômitos, tonturas e cãibras musculares.<br />Providenciar  dieta e hidratação durante a diálise.<br />Fazer controle do balanço hídrico.<br />Após a sessão:<br />Fazer curativo compressivo na região da fístula.<br />Pesar o paciente.<br />Verificar sinais vitais.<br />Administrar medicação prescrita.<br />Orientar o paciente a não pegar o peso com o braço do shunt, não aferir pressão arterial ou administrar medicação neste membro.<br />Limpar e desinfetar o aparelho dializador.<br />Obs: Deve-se evitar as medições de pressão arterial ou retirada de amostras sanguíneas do braço em que está a fístula arteriovenosa.  Esses procedimentos podem causar um bloqueio ou uma coagulação no dispositivo de acesso.<br />Complicações que podem ocorrer durante a hemodiálise<br />     As complicações durante a sessão de hemodiálise podem decorrer devido às conseqüências das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio.<br />Cãibras musculares. <br />Hipotensão (queda rápida da pressão arterial): náuseas, vômitos, diaforese, taquicardia e vertigem são sinais comuns de hipotensão. <br />Complicações graves:<br />Embolia gasosa: pode ocorrer quando o ar penetra no sistema vascular do paciente. <br />Hipovolemia. <br />Extravasamentos sanguíneos: ocorre quando as linhas sanguíneas se desconectam, ou quando as agulhas de diálise são deslocadas acidentalmente. <br />Arritmias: podem resultar das alterações eletrolíticas e do pH ou a partir da remoção de medicamentos antiarrítmicos durante a diálise. <br />Desequilíbrio dialítico: resulta dos deslocamentos de líquido cerebral. <br />Choque. <br />Convulsões. <br />Obs:  Muitas dessas complicações podem ser evitadas, caso o profissional de enfermagem esteja sempre alerta e acompanhando o paciente durante a sessão.<br />Complicações a longo prazo<br />     Doença cardiovascular arteriosclerótica: Principal causa de morte e principal fator de limitação da sobrevida a longo prazo. Os distúrbios do metabolismo lipídico parecem ser acentuados pela Hemodiálise. A insuficiência cardíaca congestiva, a doença cardíaca coronariana com dor anginosa,  a apoplexia, a insuficiência vascular periférica e o acidente vascular  cerebral podem incapacitar o paciente.<br />      Anemia e fadiga: Podem ser causadas  por perda hemática acelerada (por hemólise e sangramento) e por distúrbio da produção de eritropoietina. A insônia, fadiga e mal-estar geral são persistentes. A deterioração do bem-estar físico e emocional, falta de energia e de força, e a perda de interesse contribuem  negativamente para a intensificação da anemia.<br /> <br />     Infecção recorrente: O processo de hemodiálise faz com que o paciente tenha menor resistência às infecções. A exposição do sangue aos produtos do sangue e a materiais estranhos, pode causar infecção e bacteremia por gram negativos e gram positivos. Infecção local na área do shunt e nas fístulas e hepatite associada à hemodiálise.<br />      Sangramento: O sangramento pode ser devido ao: sangramento pro acúmulo de heparina;   sangramento gastrintestinal; hematoma subdural; pericardite hemorrágica e menorragia.<br />     Alteração do metabolismo do cálcio: Pode resultar em: osteodistrofia renal (que produz dor óssea e fraturas); necrose asséptica do quadril; calcificação vascular e prurido incurável (coceira).<br />     Ascite crônica:  Pode ser devida à sobrecarga hídrica associada à insuficiência cardíaca congestiva, má nutrição (hipoalbuminemia) e diálise insuficiente.<br />     Úlceras gástricas: Ocorrem a partir do stress fisiológico da doença crônica de base, dos medicamentos e de problemas correlatos.<br />     Síndrome de desequilíbrio: Causada por alterações hidreletrolíticas rápidas; pode produzir hipertensão, cefaléia, vômitos, convulsões, coma e problemas psiquiátricos.<br />Cuidados gerais <br />Alterar o estilo de vida, caso esse modo de vida, prejudique o tratamento.<br />As viagens devem, se possível, ser evitadas. Caso necessite viajar, deve-se entrar em contato com a sua central de hemodiálise, para que eles possam providenciar tudo o que for necessário para o seu tratamento em outra localidade.<br />Qualquer medicamento que queira usar fora da lista de remédios que o médico prescreveu, mesmo que seja um simples analgésico, deve ser comunicado imediatamente ao médico.<br />Manter a pele limpa e bem umidificada, empregando óleos de banho, sabonete com excesso de lipídios e cremes ou loções, ajuda a promover o conforto e a reduzir o prurido (coceira), que é uma das conseqüências da hemodiálise.<br />Manter as unhas aparadas para evitar a arranhadura e a escoriação quando houver a necessidade de se coçar devido ao prurido intenso.<br />Não comer em lugares onde não se possa conseguir alimentos sem sal.<br />Ler com atenção os rótulos dos alimentos; evitar alimentos preparados comercialmente, que recebem acréscimos de sódio.<br />Evitar quot;
substitutos do salquot;
  pois podem conter cloreto de potássio, que deve ser evitado.<br />Comer vegetais e frutas frescas, dentro da prescrição dietética.<br />O paciente deve poder ajustar sua ingestão  hídrica (líquidos) de acordo com o peso que ganhou entre as sessões de diálise. O médico pode dar orientações básicas.<br />Para aliviar a sede, tente consumir balas azedas.<br />Tenha uma balança em casa para sempre se pesar. O médico deve informar qual o seu peso ideal e quantos quilos é permitido ganhar entre cada sessão de hemodiálise.<br />Participe de grupos de apoio.<br />Fonte: www.abcdasaude.com.br/artigo.php?224-<br />Wikipédia.org/wiki/hemodialise<br />
Hemodiálise
Hemodiálise
Hemodiálise
Hemodiálise

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaAna Nataly
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaJucie Vasconcelos
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem Cleiton Ribeiro Alves
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
tammygerbasi
 
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Andressa Santos
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
Claudia Beatriz Barreto
 
Métodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosMétodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuos
Aroldo Gavioli
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentes
Aroldo Gavioli
 
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiEduarda Gobbi
 
Fisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renalFisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renal
x.x Costa
 
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
Rodrigo Vargas
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônicaivanaferraz
 
Sinais Vitais
Sinais VitaisSinais Vitais
Sinais Vitais
Tamyres Magalhães
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
cuidadoaoadulto
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
Patricia Nunes
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físicolacmuam
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
Cíntia Costa
 
CIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICACIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICA
Fernanda Marinho
 

Mais procurados (20)

Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal aguda
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Diarréia aguda
Diarréia agudaDiarréia aguda
Diarréia aguda
 
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Métodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosMétodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuos
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentes
 
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
 
Fisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renalFisiologia humana insuficiência renal
Fisiologia humana insuficiência renal
 
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Apresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônicaApresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônica
 
Sinais Vitais
Sinais VitaisSinais Vitais
Sinais Vitais
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
CIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICACIRROSE HEPÁTICA
CIRROSE HEPÁTICA
 

Destaque

Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalCuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
roberta55dantas
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaJucie Vasconcelos
 
Manual de limpeza e desinfecção hemodialise
Manual de limpeza e desinfecção hemodialise Manual de limpeza e desinfecção hemodialise
Manual de limpeza e desinfecção hemodialise
dhvc2010
 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISEPESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE
Rafael Lima
 
Fistula arteriovenosa en diabeticos Omar Rudnitzky
Fistula arteriovenosa en diabeticos Omar RudnitzkyFistula arteriovenosa en diabeticos Omar Rudnitzky
Fistula arteriovenosa en diabeticos Omar Rudnitzky
Carina Patrón
 
Aula acessos venosos
Aula acessos venososAula acessos venosos
Aula acessos venosos
Viviane da Silva
 
Aula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealAula intubacao traqueal
Aula intubacao traqueal
clbell
 
Monitorização Hemodinâmica não invasiva
Monitorização Hemodinâmica não invasivaMonitorização Hemodinâmica não invasiva
Monitorização Hemodinâmica não invasiva
resenfe2013
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterialresenfe2013
 
Acesso venoso enfermagem
Acesso venoso enfermagemAcesso venoso enfermagem
Acesso venoso enfermagemÉlcio Medeiros
 
Insuficiencia renal cronica
Insuficiencia renal cronicaInsuficiencia renal cronica
Insuficiencia renal cronica
Jhonatan Valdés
 

Destaque (13)

Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalCuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 
Manual de limpeza e desinfecção hemodialise
Manual de limpeza e desinfecção hemodialise Manual de limpeza e desinfecção hemodialise
Manual de limpeza e desinfecção hemodialise
 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISEPESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE
 
Fistula arteriovenosa en diabeticos Omar Rudnitzky
Fistula arteriovenosa en diabeticos Omar RudnitzkyFistula arteriovenosa en diabeticos Omar Rudnitzky
Fistula arteriovenosa en diabeticos Omar Rudnitzky
 
Aula acessos venosos
Aula acessos venososAula acessos venosos
Aula acessos venosos
 
Aula intubacao traqueal
Aula intubacao traquealAula intubacao traqueal
Aula intubacao traqueal
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Monitorização Hemodinâmica não invasiva
Monitorização Hemodinâmica não invasivaMonitorização Hemodinâmica não invasiva
Monitorização Hemodinâmica não invasiva
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterial
 
Acesso venoso enfermagem
Acesso venoso enfermagemAcesso venoso enfermagem
Acesso venoso enfermagem
 
Insuficiencia renal cronica
Insuficiencia renal cronicaInsuficiencia renal cronica
Insuficiencia renal cronica
 

Semelhante a Hemodiálise

Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Guinho Santos
 
Cópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdfCópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdf
PriscilaRodrigues209545
 
Renal.pptx
Renal.pptxRenal.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxDiálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
MIRIAN FARIA
 
Saúde do Adulto
Saúde do AdultoSaúde do Adulto
Saúde do Adulto
Zeca Ribeiro
 
Doenças Renais
Doenças RenaisDoenças Renais
Doenças Renais
Felipe Santos
 
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxAssistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
VeridyanaValverde1
 
doenças do sistema urinário.pdf
doenças do sistema urinário.pdfdoenças do sistema urinário.pdf
doenças do sistema urinário.pdf
GustavoWallaceAlvesd
 
1889
18891889
1889
Pelo Siro
 
fluidoterapia-2015.pdf
fluidoterapia-2015.pdffluidoterapia-2015.pdf
fluidoterapia-2015.pdf
anderson carlos de oliveira
 
DISNATREMIAS+CA+P.pptx
DISNATREMIAS+CA+P.pptxDISNATREMIAS+CA+P.pptx
DISNATREMIAS+CA+P.pptx
DboraGomes526871
 
Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008Arquivo-FClinico
 
BALANÇO HÍDRICO.pptx
BALANÇO HÍDRICO.pptxBALANÇO HÍDRICO.pptx
BALANÇO HÍDRICO.pptx
VictorSouza352520
 
Hemorragia digestiva alta
Hemorragia digestiva altaHemorragia digestiva alta
Hemorragia digestiva alta
Karoline Pereira
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEMCHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
silvasantosm18
 
4. Afecções urologicas.pdf
4. Afecções urologicas.pdf4. Afecções urologicas.pdf
4. Afecções urologicas.pdf
JoanaDarcDeSiqueira
 
nefrectomia.pdf
nefrectomia.pdfnefrectomia.pdf
nefrectomia.pdf
EvelineMachado3
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Yuri Assis
 
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptxDIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
Daniel37211
 

Semelhante a Hemodiálise (20)

Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
 
Cópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdfCópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdf
 
Renal.pptx
Renal.pptxRenal.pptx
Renal.pptx
 
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxDiálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
 
Saúde do Adulto
Saúde do AdultoSaúde do Adulto
Saúde do Adulto
 
Doenças Renais
Doenças RenaisDoenças Renais
Doenças Renais
 
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxAssistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
 
doenças do sistema urinário.pdf
doenças do sistema urinário.pdfdoenças do sistema urinário.pdf
doenças do sistema urinário.pdf
 
1889
18891889
1889
 
fluidoterapia-2015.pdf
fluidoterapia-2015.pdffluidoterapia-2015.pdf
fluidoterapia-2015.pdf
 
DISNATREMIAS+CA+P.pptx
DISNATREMIAS+CA+P.pptxDISNATREMIAS+CA+P.pptx
DISNATREMIAS+CA+P.pptx
 
Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008Hemorragias digestivas 2008
Hemorragias digestivas 2008
 
BALANÇO HÍDRICO.pptx
BALANÇO HÍDRICO.pptxBALANÇO HÍDRICO.pptx
BALANÇO HÍDRICO.pptx
 
Hemorragia digestiva alta
Hemorragia digestiva altaHemorragia digestiva alta
Hemorragia digestiva alta
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEMCHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
 
4. Afecções urologicas.pdf
4. Afecções urologicas.pdf4. Afecções urologicas.pdf
4. Afecções urologicas.pdf
 
nefrectomia.pdf
nefrectomia.pdfnefrectomia.pdf
nefrectomia.pdf
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
 
BALANÇO HÍDRICO.pdf
BALANÇO HÍDRICO.pdfBALANÇO HÍDRICO.pdf
BALANÇO HÍDRICO.pdf
 
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptxDIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
 

Hemodiálise

  • 1. HEMODIÁLISE<br /> <br /> Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal. <br /> A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal. <br />Existem, portanto, dois tipos de diálise: a Peritoneal e a Hemodiálise. <br />Diálise Peritoneal <br /> Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Essa membrana se fosse totalmente estendida, teria uma superfície de dois metros quadrados, área de filtração suficiente para cumprir a função de limpeza das substâncias retidas pela insuficiência renal terminal. <br />Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um catéter especial dentro da cavidade abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma. A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente ao rim. <br />Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas, são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise. <br /> A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal. <br /> A diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem iluminado. <br /> Neste caso é conhecida como DPAC (diálise peritoneal ambulatorial crônica). <br /> O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A DPAC permite todas as atividades comuns do dia-a-dia, viagens, exercícios, trabalho. <br /> A diálise peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente somente visitas médicas periódicas. <br />Hemodiálise <br /> Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos, chamados de filtros capilares. <br />Para realizar a hemodiálise, é necessário fazer passar o sangue pelo filtro capilar. Para isso, é fundamental ter um vaso resistente e suficientemente acessível que permita ser puncionado três vezes por semana com agulhas especiais. <br /> O vaso sangüíneo com essas características é obtido através de uma fístula artéria venosa (FAV).<br /> A FAV é feita por um cirurgião vascular unindo uma veia e uma artéria superficial do braço de modo a permitir um fluxo de sangue superior a 250 ml/minuto. <br /> Esse fluxo de sangue abundante passa pelo filtro capilar durante 4 horas, retirando tudo o que é indesejável. O rim artificial é uma máquina que controla a pressão do filtro, a velocidade e o volume de sangue que passam pelo capilar e o volume e a qualidade do líquido que banha o filtro. <br /> Para realizar uma hemodiálise de bom padrão é necessário uma fístula artério-venosa com bom fluxo, um local com condições hospitalares; maquinaria adequada e assistência médica permanente. <br /> Tendo essas condições, o paciente poderá realizar hemodiálise por muitos anos. <br /> A hemodiálise tem a capacidade de filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal. <br /> A diferença entre a diálise e o rim normal é que na diálise realizamos três sessões de quatro horas, o equivalente a 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156). <br /> Apesar de realizar somente 12 horas semanais de diálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas. <br /> Os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise. <br /> Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição. <br /> O número de pacientes que fazem diálise peritoneal é da ordem de 2 a 5 % dos renais crônicos e o restante faz hemodiálise. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande.<br />Cuidados de enfermagem durante a hemodiálise<br />Antes da sessão:<br />Verificar sinais vitais.<br />Verificar peso do paciente.<br />Esvaziar a bexiga e medir a diurese.<br />Verificar quais os medicamentos o paciente está fazendo uso.<br />Administrar a medicação prescrita.<br />Durante a sessão:<br />Administrar medicação prescrita.<br />Ficar atento para sangramento nasal ou cutâneo.<br />Observar e relatar presença de: tremores, sonolência, náuseas, vômitos, tonturas e cãibras musculares.<br />Providenciar  dieta e hidratação durante a diálise.<br />Fazer controle do balanço hídrico.<br />Após a sessão:<br />Fazer curativo compressivo na região da fístula.<br />Pesar o paciente.<br />Verificar sinais vitais.<br />Administrar medicação prescrita.<br />Orientar o paciente a não pegar o peso com o braço do shunt, não aferir pressão arterial ou administrar medicação neste membro.<br />Limpar e desinfetar o aparelho dializador.<br />Obs: Deve-se evitar as medições de pressão arterial ou retirada de amostras sanguíneas do braço em que está a fístula arteriovenosa.  Esses procedimentos podem causar um bloqueio ou uma coagulação no dispositivo de acesso.<br />Complicações que podem ocorrer durante a hemodiálise<br /> As complicações durante a sessão de hemodiálise podem decorrer devido às conseqüências das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio.<br />Cãibras musculares. <br />Hipotensão (queda rápida da pressão arterial): náuseas, vômitos, diaforese, taquicardia e vertigem são sinais comuns de hipotensão. <br />Complicações graves:<br />Embolia gasosa: pode ocorrer quando o ar penetra no sistema vascular do paciente. <br />Hipovolemia. <br />Extravasamentos sanguíneos: ocorre quando as linhas sanguíneas se desconectam, ou quando as agulhas de diálise são deslocadas acidentalmente. <br />Arritmias: podem resultar das alterações eletrolíticas e do pH ou a partir da remoção de medicamentos antiarrítmicos durante a diálise. <br />Desequilíbrio dialítico: resulta dos deslocamentos de líquido cerebral. <br />Choque. <br />Convulsões. <br />Obs:  Muitas dessas complicações podem ser evitadas, caso o profissional de enfermagem esteja sempre alerta e acompanhando o paciente durante a sessão.<br />Complicações a longo prazo<br /> Doença cardiovascular arteriosclerótica: Principal causa de morte e principal fator de limitação da sobrevida a longo prazo. Os distúrbios do metabolismo lipídico parecem ser acentuados pela Hemodiálise. A insuficiência cardíaca congestiva, a doença cardíaca coronariana com dor anginosa,  a apoplexia, a insuficiência vascular periférica e o acidente vascular  cerebral podem incapacitar o paciente.<br />  Anemia e fadiga: Podem ser causadas  por perda hemática acelerada (por hemólise e sangramento) e por distúrbio da produção de eritropoietina. A insônia, fadiga e mal-estar geral são persistentes. A deterioração do bem-estar físico e emocional, falta de energia e de força, e a perda de interesse contribuem  negativamente para a intensificação da anemia.<br /> <br /> Infecção recorrente: O processo de hemodiálise faz com que o paciente tenha menor resistência às infecções. A exposição do sangue aos produtos do sangue e a materiais estranhos, pode causar infecção e bacteremia por gram negativos e gram positivos. Infecção local na área do shunt e nas fístulas e hepatite associada à hemodiálise.<br />  Sangramento: O sangramento pode ser devido ao: sangramento pro acúmulo de heparina;   sangramento gastrintestinal; hematoma subdural; pericardite hemorrágica e menorragia.<br /> Alteração do metabolismo do cálcio: Pode resultar em: osteodistrofia renal (que produz dor óssea e fraturas); necrose asséptica do quadril; calcificação vascular e prurido incurável (coceira).<br /> Ascite crônica:  Pode ser devida à sobrecarga hídrica associada à insuficiência cardíaca congestiva, má nutrição (hipoalbuminemia) e diálise insuficiente.<br /> Úlceras gástricas: Ocorrem a partir do stress fisiológico da doença crônica de base, dos medicamentos e de problemas correlatos.<br /> Síndrome de desequilíbrio: Causada por alterações hidreletrolíticas rápidas; pode produzir hipertensão, cefaléia, vômitos, convulsões, coma e problemas psiquiátricos.<br />Cuidados gerais <br />Alterar o estilo de vida, caso esse modo de vida, prejudique o tratamento.<br />As viagens devem, se possível, ser evitadas. Caso necessite viajar, deve-se entrar em contato com a sua central de hemodiálise, para que eles possam providenciar tudo o que for necessário para o seu tratamento em outra localidade.<br />Qualquer medicamento que queira usar fora da lista de remédios que o médico prescreveu, mesmo que seja um simples analgésico, deve ser comunicado imediatamente ao médico.<br />Manter a pele limpa e bem umidificada, empregando óleos de banho, sabonete com excesso de lipídios e cremes ou loções, ajuda a promover o conforto e a reduzir o prurido (coceira), que é uma das conseqüências da hemodiálise.<br />Manter as unhas aparadas para evitar a arranhadura e a escoriação quando houver a necessidade de se coçar devido ao prurido intenso.<br />Não comer em lugares onde não se possa conseguir alimentos sem sal.<br />Ler com atenção os rótulos dos alimentos; evitar alimentos preparados comercialmente, que recebem acréscimos de sódio.<br />Evitar quot; substitutos do salquot;   pois podem conter cloreto de potássio, que deve ser evitado.<br />Comer vegetais e frutas frescas, dentro da prescrição dietética.<br />O paciente deve poder ajustar sua ingestão  hídrica (líquidos) de acordo com o peso que ganhou entre as sessões de diálise. O médico pode dar orientações básicas.<br />Para aliviar a sede, tente consumir balas azedas.<br />Tenha uma balança em casa para sempre se pesar. O médico deve informar qual o seu peso ideal e quantos quilos é permitido ganhar entre cada sessão de hemodiálise.<br />Participe de grupos de apoio.<br />Fonte: www.abcdasaude.com.br/artigo.php?224-<br />Wikipédia.org/wiki/hemodialise<br />