O documento discute a gestão da clínica no Sistema Único de Saúde brasileiro. Aponta que o atual modelo é fragmentado e hospitalocêntrico, enquanto a gestão da clínica visa integrar os pontos de atenção à saúde para fornecer cuidados coordenados e de qualidade. Isso é feito por meio de instrumentos como diretrizes clínicas, gestão de patologias, gestão de casos e prontuário eletrônico, que buscam melhorar a assistência e a eficiência do sistema.
7. • A dificuldade de desenvolvimento de vínculo
• Comunicação deficiente entre os diferentes pontos de
atenção à saúde
• A longa espera e as filas em serviços hospitalares, de
atenção médica especializada e de apoio diagnóstico e
terapêutico
• A fragilidade dos sistemas logísticos integradores: centrais
de agendamento e sistema de transporte sanitário
AS MANIFESTAÇÕES OBJETIVAS
DA FRAGMENTAÇÃO NO SUS
8. A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO
SUS
Ênfase no modelo de Atenção à Saúde voltado
para as condições agudas
A fragilidade das funções resolutiva e
coordenadora da Atenção Primária à Saúde
9. A ausência de diretrizes clínicas
As deficiências quantitativas e qualitativas dos
recursos humanos
O sistema de Educação Continuada Fragmentado
FONTE: MENDES (2002)
A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO
SUS
10. A infra-estrutura física inadequada das unidades
básicas saúde
As deficiências do trabalho
FONTE: MENDES (2002)
A ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO
SUS
11. A GESTÃO DA CLÍNICA: MUDANÇA
NO MODELO DE GESTÃO
12. A GESTÃO DA CLÍNICA
Tem como objetivo assegurar padrões
clínicos ótimos e, conseqüentemente,
melhorar a qualidade das práticas clínicas
(Department of Health, 1998)
13. A GESTÃO DA CLÍNICA
É o conjunto de instrumentos tecnológicos
que permite integrar os diversos pontos de
atenção à saúde para conformar uma rede de
atenção à saúde, capaz de prestar a atenção
no lugar certo, no tempo certo, com o custo
certo e a qualidade certa
(Mendes, 2002)
14. A GESTÃO DA CLÍNICA
Os instrumentos tecnológicos:
Gestão de patologia (Gestão da condição de saúde)
Gestão de casos
Auditoria clínica
Listas de espera
Diretrizes Clínicas
15. Diretrizes clínicas
São instrumentos de normalização do padrão
do cuidado em saúde.
Propósito: orientar os profissionais de saúde
quanto às intervenções clínicas, pautadas em
evidência científica.
Busca: alcançar melhoria do atendimento.
(EDDY, 1990)
17. Diretrizes clínicas
Funções gerencial:
Controlar a variabilidade clínica nos serviços de
saúde;
Instrumentalizar os profissionais na tomada de
decisões;
Homogeneizar as condutas clínicas.
(MENDES, 2002)
23. Protocolos clínicos
Normalizam o padrão de atendimento à
determinada patologia ou condição, identificando
as ações de prevenção, diagnóstico,
cura/cuidado ou reabilitação em um ponto de
atenção específico.
(MENDES, 2002)
24. Protocolos clínicos
Objetivo de prestar a atenção à saúde
adequada em relação a partes do processo da
condição/patologia e em um ponto de atenção à
saúde específico.
25. Protocolos clínicos e
linhas-guia
Exemplo:
Normalização da atenção ao pré-natal, ao parto
e ao puerpério, em todos os pontos de atenção à
saúde: linha-guia
Detalhamento do diagnóstico e tratamento da
toxoplasmose, uma parte de todo o processo:
protocolo clínico.
26. Protocolos clínicos e
linhas-guia
Linha-guia: desenvolvida por grau de risco,
envolve a estratificação de risco.
Ex: uma linha-guia não normaliza ações para
gestante em geral, mas procura estratificar essa
condição em grupos de risco que implicam em
manejos clínicos diferentes.
27. Protocolos clínicos e
linhas-guia
Protocolos clínicos: normalizam parte do
processo da condição ou patologia, num único
ponto de atenção do sistema integrado de
serviços de saúde.
Ex: protocolo pode ser desenvolvido para o uso
de determinado medicamento para uma
população com uma dada condição
28. Diretrizes clínicas
Assim, pode-se dizer que as diretrizes clínicas
devem orientar as equipes de saúde quanto ao
planejamento local, fornecendo indicadores,
parâmetros e elementos para a construção de
um sistema de informação gerencial, permitindo
o monitoramento e avaliação das ações.
(MENDES, 2002)
29. DIRETRIZ
CLÍNICA
MUDANÇA DE
COMPORTAMENTO
DOS PROFISSIONAIS
MUDANÇA DE
COMPORTAMENTO
DOS USUÁRIOS
MELHORIA GERENCIAL
EDUCAÇÃO PERMANENTE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
DESENVOLVIMENTO
GERENCIAL
INSTRUMENTOS GERENCIAIS:
PRONTUÁRIO CLÍNICO, AUDITORIA
CLÍNICA, SISTEMA DE
INFORMAÇÃO GERENCIAL
CONTRATUALIZAÇÃO DAS
EQUIPES
FONTE: MENDES (2004)
A IMPLANTAÇÃO DAS
LINHAS-GUIA
30. A GESTÃO DE PATOLOGIAS
(Gestão da condição de saúde)
31. O CONCEITO DE GESTÃO DE
PATOLOGIA
Consiste no desenvolvimento de um conjunto de
intervenções educacionais e gerenciais, relativas
a determinada condição ou patologia, definidas
pelas diretrizes clínicas, com o objetivo de
melhorar a qualidade da atenção à saúde e a
eficiência dos serviços.
FONTE: TODD & NASH (1997); COUCH (1998); MENDES (NO PRELO)
32. O CONCEITO DE GESTÃO DE
PATOLOGIA
Envolve intervenções na promoção da saúde, na
prevenção da condição ou doença e, no seu
tratamento e reabilitação.
Engloba o conjunto de pontos de atenção à
saúde de uma rede assistencial.
33. O CONCEITO DE GESTÃO DE
PATOLOGIA
É uma mudança radical na abordagem
clínica.
34. O CONCEITO DE GESTÃO DE
PATOLOGIA
Supera o modelo médico individual a um doente,
ações curativas e reabilitadoras PARA...
Uma abordagem pautada numa população
adscrita, identificando pessoas em risco de
adoecer ou adoecidas.
35. O CONCEITO DE GESTÃO DE
PATOLOGIA
Ênfase: na promoção da saúde e/ou ação
preventiva, ou a atenção adequada, com
intervenção precoce objetivando melhores
resultados e menores custos.
36. O CONCEITO DE GESTÃO DE
PATOLOGIA
Indicada: para o manejo das condições crônicas
que demandam atenção por longo tempo e em
diferentes pontos de atenção à saúde.
38. CONCEITO DE GESTÃO DE
CASOS
É um processo que se desenvolve entre o gestor
de caso e o usuário do serviço de saúde para
planejar, monitorar e avaliar opções e serviços,
de acordo com as necessidades da pessoa, com
o objetivo de propiciar uma atenção de qualidade,
personalizada e humanizada
39. CONCEITO DE GESTÃO DE
CASOS
Essência?
Relação próxima e personalizada entre o um
gestor de caso e um usuário do serviço de saúde.
40. GESTÃO DE CASOS
Objetivos:
advogar as necessidades e expectativas de
usuários em situação especial
prover o serviço certo ao usuário certo
aumentar a qualidade do cuidado
diminuir a fragmentação da atenção
41. GESTÃO DE CASOS
Permite
Identificar as pessoas com maior risco,
acompanhar e controlar o curso da
doença.
Assim, é possível minimizar o custo da
doença, melhorar a qualidade e autonomia
de vida.
42. GESTÃO DE CASOS
Gestor de caso
Pode ser um enfermeiro ou assistente
social.
Em alguns casos: grupo de profissionais.
43. GESTÃO DE CASOS
Um bom gestor de caso?
Fundamental: conhecer a natureza dos
serviços oferecidos em toda a rede
assistencial, ser bom negociador e hábil
na comunicação.
44. GESTÃO DE CASOS
Gestor de caso?
Responsabiliza-se por uma pessoa em
toda a duração da condição/doença e
analisa a necessidade da atenção e a
propriedade dos serviços ofertados e
recebidos.
Assim...
45. GESTÃO DE CASOS
Gestor de caso?
Deve coordenar a atenção, utilizando-se
dos serviços que compõem o sistema e
observar o plano terapêutico.
46. PRONTUÁRIO CLÍNICO
Ministério da Saúde
“Prontuário é todo acervo documental
padronizado, organizado e conciso
referente ao registro dos cuidados
prestados ao paciente e também os
documentos relacionados a essa
assistência”.
48. AUDITORIA NA CLÍNICA
Analisa, de forma sistemática e crítica, a
qualidade da atenção à saúde, avaliando
diagnóstico e tratamento, uso dos
recursos e os resultados para os paciente.
50. Onde estamos ?
VOLTADO PARA
INDIVÍDUOS
Onde
pretendemos
chegar ?
VOLTADO PARA UMA
POPULAÇÃO
FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007)
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI
51. Onde estamos ?
O SUJEITO É O
PACIENTE
Onde
pretendemos
chegar ?
O SUJEITO É
AGENTE DE SUA
SAÚDE
FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007)
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI
53. Onde estamos ?
ÊNFASE NAS AÇÕES
CURATIVAS
Onde
pretendemos
chegar ?
ATENÇÃO INTEGRAL
FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007)
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI
54. A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI
Assim, as transformações são
necessárias para que ocorra
melhoria da qualidade da
atenção à saúde.
55. Onde estamos ?
CUIDADO PROFISSIONAL
Onde
pretendemos
chegar ?
CUIDADO
MULTIPROFISSIONAL
FONTE: FERNANDEZ (2003) MENDES (2007)
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI