O documento discute diferentes perspectivas para se olhar o mundo natural, como o senso comum, pensamento mágico, mitos, religiões e ciência. Apresenta cada uma dessas perspectivas e compara a ciência e religião, destacando que a ciência busca verdades provisórias através da razão, enquanto a religião prega uma verdade absoluta baseada na fé. Também discute a importância da alfabetização científica e da iniciação científica para os estudantes.
4. Examinemos, aqui e
agora,
um pouco cada um destes
seis mentefatos
Há diferentes perspectivas para
olharmos o mundo natural
Podemos fazê-lo com os óculos:
do senso comum,
do pensamento mágico,
dos mitos,
das religiões,
da ciência.
5.
senso (latim sensus, -us, sentido, órgão do sentido,
faculdade de sentir, sensação, pensamento)
bom senso: Equilíbrio nas decisões ou nos julgamentos
em cada situação que se apresenta.
senso comum: Conjunto de opiniões
ou ideias que são geralmente
aceitas numa época e num local
determinados.
Senso comum
8. Diferentes cosmogonias:
Por exemplo: mito de Pandora (Zeus X Prometeu)
Qual a diferença de mitos dos relatos
biblicos ou corânicos?
E ... Os mitos modernos?
Mitos
9. “Se consegui enxergar tão
longe é porque me apoiei nos
ombros de outros gigantes!”
Ciência
10.
Afinal o que é Ciência?
A Ciência é uma linguagem que traduz o modo
como estudamos e compreendemos a natureza.
Explicar o nosso mundo natural.
Assim a Ciência não trata do mundo sobrenatural!
• Mais que isso, compreendê-la tem uma dimensão
utilitarista e traz diversas vantagens.
-> Alfabetizados científicamente
11. Assim, destas diferentes perspectivas
(=óculos) para olharmos o mundo
natural
religiões, dos mitos, da ciência, do senso
comum, do pensamento mágico,...
Não afirmamos qual desses mentefatos culturais é o
melhor e tampouco que haja a necessidade de nos
valermos apenas de um deles.
13. As religiões...
... afirmam a existência de
uma verdade global,
imanente, eterna, completa,
que trata tanto da natureza
como do homem. Esta verdade
tem uma exigência fulcral
para crê-la:
a FÉ.
14. A Ciência ...
...não tem a verdade, mas aceita algumas
verdades transitórias, provisórias em
um cenário parcial onde os humanos
não são o centro da natureza, mas
elementos da mesma. O entendimento
destas verdades – e portanto a não
crença nas mesmas –, tem uma
exigência:
a R A Z Ã O.
15. 1917-2003
Prêmio Nobel de Química 1977
por suas contribuições ao não-equilíbrio
termodinâmico, particularmente a teoria das
estruturas dissipativas
“Só tenho uma certeza:
as minhas muitas incertezas”
Ilya Prigogine
16.
Alfabetização Científica
O que é isso? Para que serve?
• A alfabetização científica se trata da capacidade
de leitura e compreensão da linguagem que traduz
e explica (pelo menos em parte) o mundo em que
vivemos.
• O nosso mundo está escrito em uma linguagem
chamada… CIÊNCIA!
18.
Alfabetização Científica
Como ocorre?
• É preciso estimular o estudante através de um
ensino diferenciado onde ele participa de forma
significativa e efetiva do seu processo de construção
do conhecimento.
Se torna sujeito do seu processo de aprendizagem
• Não se limita, apenas, a resolver problemas e
responder questionamentos.
19.
Alfabetização Científica
Como ocorre?
• Os estudantes são naturalmente curiosos e
dinâmicos;
• Quando essas importantes características são
reprimidas - atividades mecânicas - a construção
do conhecimento se torna desinteressantes e pode
frustrar os envolvidos.
20.
Alfabetização Científica
Como ocorre?
• Para aprender ciências, o estudante precisa ser
instigado, ter aguçada a curiosidade e o interesse
pela ciência cotidiana;
• Sem conexões com nossas experiências
anteriores, não produzimos conhecimento. É
preciso estabelecer relações, para que se forme
uma rede de conceitos (RAMOS, 2008).
21.
Alfabetização Científica
Como ocorre?
• Atividades diferenciadas que contemplem
diferentes aspectos:
• Conceitual: aprendizagem dos conceitos científicos e traz
significado às suas vivências cotidianas.
• Pessoal/Vocacional: observar suas qualidades e
interesses, permitindo criar inclinações adequadas.
• Social: ocorre por intermédio de atividades em grupo
22.
A lniciação Científica
• Processo que oferece um conjunto de conhecimentos
considerados indispensáveis para estudantes, nas
técnicas e nas tradições da ciência – o “fazer ciência”;
23.
A lniciação Científica
• Pode ser um processo independente de uma atividade
experimental;
Para investigar é preciso pensar sobre o que pode ser
feito e decidir sobre as coisas que podem ser alteradas;
Proporciona o desenvolvimento de um conjunto de
habilidades do estudante.
24.
A lniciação Científica
Atividades de iniciação científica
• Envolvem procedimentos como:
Observação;
Pesquisa;
Análise;
Levantamento de hipóteses;
Registros dos dados obtidos;
Discussão dos resultados;
Respostas aos questionamentos levantados,
Conduz, portanto, os estudantes à prática do
pensamento.
26.
Ideias
Um espaço diferenciado para o ensino.
• Espaço de educação não formal, onde estudantes mais
interessados se reúnem, no contraturno, em torno de
temas, atividades ou problemas específicos;
• Sempre coordenados e orientados por um professor
qualificado;
• Local onde todos podem trocar ideias e realizar suas
reuniões, além de desenvolver pesquisas com temas
científicos dentro da própria comunidade.
27.
Referências
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MEC/SEF, 1998.
BUCH, G.M.; SCHROEDER, E. Clubes de Ciências e alfabetização científica: percepções dos professores coordenadores da Rede
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<http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID199/v8_n1_a2013.pdf > Acesso em: 20 mai. 2014.
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________, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 4. ed. Ijuí: Ed. UNIJUI, 2006. 438 p. (Educação em
química).
LONGHI, A.; SCHROEDER, E. Clubes de Ciências, o que pensam os professores coordenadores sobre ciência, natureza da ciência e
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MANCUSO, R.; LIMA, V. M. R.; BANDEIRA, V. Clubes de Ciências: criação, funcionamento, dinamização. Porto Alegre: SE/CECIRS,
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MASSI, L.; QUEIROZ, S. L. Estudos sobre iniciação científica no Brasil: Uma revisão. Cadernos de Pesquisa. v. 40, n. 139, p. 173-
197, 2010.
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– SC. 2012. 108 f.. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Naturais e Matemática). Universidade Regional de
Blumenau, Blumenau, 2012.
RAMOS, M. G. A problematização necessária no ensino de ciências e o livro didático. In: BORGES, R. M. R.; BASSO, N. R. S.; FILHO,
J. B. (Org.). Propostas interativas na educação científica e tecnológica. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. 176 p.
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