1. Exame Físico e Avaliação inicial do
Recém Nascido
Discente: Samuel Cevidanes Neves
2. Recém Nascido pós termo
→ São os nascidos depois das 42 semanas de gestação.
→ Causas desconhecidas.
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS;
→ Perímetro cefálico e altura geralmente são normais, mais o peso pode ser mais
baixo no caso de insuficiência placentária.
→ Na insuficiência placentária e comum; descamação, unhas longas cabelo
abundante, pele pálida, expressão alerta e pele laxa, especialmente nas coxas.
→ Também; Tinção meconial das unhas, pele, vernix e do cordão umbilical, e das
membranas placentárias.
→ Complicações frequentes; depressão perinatal, aspiração do mecônio,
hipertensão pulmonar persistente, hipoglicemia, hipocalcemia, e policitemia.
5. Prognostico;
→ Quanto mais o parto se atrasar, maior a mortalidade.
Tratamento;
→ monitorização obstétrica cuidadosa (com monitorização cardiotocográficas sem
estres, perfil biofísico).
→ Consideração de; não intervenção, indução do parto, ou cesárea.
6. Recém Nascido Grande para a Idade Gestacional
→ Lactantes que nascem com um peso maior do percentil 99, são denominados
Grandes para a idade gestacional.
→ Mortalidade aumenta quando o peso do lactente chega a ser mais que 4000
gr.
→ Geralmente são de partos a termo.
→ Fatores de predisposição; diabetes e obesidade materna.
7. → Maior risco de traumatismo no
parto, (especialmente lesões no
plexo cervical e braquial),
fraturas da clavícula,
céfalohematomas, hematomas
subdurais, equimose.
→ Maior incidência de doenças
congênitas.
8. Sinais, sintomas e tratamento
Os lactentes GIG são grandes, obesos e pletóricos. Eles são frequentemente apáticos, flácidos e podem
alimentar-se mal. Podem ocorrer complicações durante o trabalho de parto em qualquer lactente GIG.
Complicações metabólicas e respiratórias são específicas paro o GIG filho de mãe diabética.
Complicações do parto
Por causa do grande tamanho do recém-nascido, o parto vaginal pode ser difícil e ocasionalmente
provocar trauma de parto. Podem ocorrer distocia dos ombros, fraturas da clavícula ou membros e asfixia
neonatal. Portanto, a cesárea deve ser considerada na suspeita de um feto GIG, especialmente se as
medidas pélvicas maternas forem menores do que o normal.
9. EMERGÊNCIAS NA SALA DE PARTO
● As emergências mais comuns são as secundárias à falha em
iniciar e manter a respiração.
● Menos comum, mas mais importantes:
- choque
- anemia grave
- pletora (policitemia)
- convulsões
- abordagem à malformações
10. DESCONFORTO OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
● Depressão do SNC, causado por medicamentos maternos ou asfixia perinatal,
● Insuficiência respiratória periférica - problemas nas trocas gasosas.
● CAUSAS:
○ Atresia das coanas: malformação rara caracterizada pela obliteração da abertura
das coanas. Nesses casos deve se fazer a inspeção das vias aéreas e colocar um
tubo orofaríngeo
○ Malformações obstrutivas da mandíbula, epiglote, laringe ou traqueia: nesses
casos a conduta tomada é a colocação de um tubo endotraqueal
○ Depressão ou lesão do SNC.
○ Hipoplasia mandibular com deslocamento da língua
○ Escavação abdominal - hérnia ou eventração diafragmáticas
○ Pneumotórax hipertensivo - hipoplasia pulmonar e/ou malformações renais.
11. DESCONFORTO OU INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
- nem sempre o desconforto respiratório é maligno
- quando há desconforto respiratório mas com esforço respiratório bom, ou
seja, respiração com a boca fechada sem efetivamente levar ar aos pulmões,
a causa deve ser pesquisada imediatamente (indicação de RX torácico)
12. RETARDO PARA INICIAR E MANTER A RESPIRAÇÃO
● Condição comum ao nascimento
● Pulmões pouco complacentes e os esforços respiratórios insuficientes para iniciar uma
respiração efetiva.
● A prematuridade é um fator causal isolado apenas em caso de RN<1,500g
● Narcose: é uma sequela do uso materno de sedativos antes do parto.
- estimulação precoce da respiração + naloxona (0,1mg/kg)
● O uso de estimulantes do SNC não é efetivo
● Massagem cardíaca, correção da acidose e suporte circulatório são tratamentos adjuvantes
em RN com asfixia grave.
13. RESSUSCITAÇÃO NEONATAL
● 5% a 10% dos recém-nascidos necessitam de auxílio para estabelecer função
cardiorrespiratória normal
● O objetivo da ressuscitação é diminuir o comprometimento hipóxico-isquêmico, restabelecer
a respiração espontânea e manter o débito cardíaco adequado
● QUADRO CLÍNICO: criança flácida, cianótica, apnéica ou sem pulso
14. ABC da ressuscitação
● A: antecipar e estabelecer uma via respiratória
patente através de aspiração e, se necessário,
intubação endotraqueal.
● B: iniciar a respiração através de estímulo tátil
ou uso de ventilação de pressão positiva (VPP).
É usado o oxigênio 100%, mas o as 30% com
doses crescentes também é efetivo
● C: manter a circulação com massagem
cardíaca externa e medicamentos, se
necessário. A massagem cardíaca deve ter
frequência de 120bpm
● A epinefrina é usada em casos em que a FC <
60bpm após 30s de VPP+MC, a veia umbilical
é cateterizada para a administração.
15. MECÔNIO
● Mecônio no líquido amniótico é indicação de sofrimento fetal
● conduta: aspirar boca, nariz e hipofaringe imediatamente.
● em casos de criança deprimida, com tônus muscular insatisfatório ou
FC<100bpm, deve-se intubar (tubo endotraqueal), com fornecimento de
oxigênio em fluxo livre e com dispositivo de sucção.
16. CHOQUE
● asfixia grave
● hemorragia durante a gestação, trabalho de parto ou nascimento
○ hemólise
○ descolamento abrupto ou rompimento da placenta
○ lesão traumática do cordão umbilical ou órgãos internos
● infecção generalizada
● manifestações clínicas:
○ sinais de desconforto respiratório
○ cianose
○ palidez
○ flacidez
○ taqui ou bradicardia
○ edema e hepatoesplenomegalia
17. PNEUMOTÓRAX
● 1% a 2% dos lactentes desenvolvem pneumotórax, mas apenas 0,05% a
0,07% são sintomáticos
● fatores de risco: necessidade de VPP ou presença de mecônio no líquido
amniótico
● manifestações clínicas: angústia respiratória com MV diminuído do lado
afetado
18. DEFEITOS NA PAREDE ABDOMINAL
- Uma conduta apropriada na sala
de parto, previne a perda de
líquido em excesso e minimiza o
risco de lesionar uma víscera.
19. LESÕES DURANTE O PARTO
● VÍSCERAS: o fígado é mais suscetível a lesão durante partos de apresentação
pélvica ou em casos de massagem cardíaca incorreta.
● FRATURAS: a clavícula é o osso que mais comumente é fraturado,
principalmente em partos distócicos.
○ o reflexo de moro está ausente
○ possui bom prognóstico com imobilização
pode também haver fratura de ossos longos e fratura nasal
20. TRANSIÇÃO PARA RESPIRAÇÃO PULMONAR
● Processo importante no contexto de doenças respiratórias de RN;
o Causas frequentes em UTI neonatal, tanto de RN a termo como pré-termo;
● Função pulmonar adequada de RN depende de:
o Permeabilidade das vias;
o Desenvolvimento funcional do pulmão;
o Maturidade do controle respiratório;
● Inicia-se com a substituição do liquido por ar já na vida intra uterina, antes do nascimento;
o (transporte ativo do Na pelo epitélio pulmonar, carreação do líquido para o
interstício e absorção pelos vasos sanguíneos – contribuição de elevações
nos níveis de catecolaminas, vasopressina, prolactina e glicocorticoides –
epitélio muda de secretor de cloreto para reabsorvem-te de Na);
● Neste processo estabelece-se a capacidade residual funcional adequada para alcançar maior
relação ventilação/perfusão;
21. ● Primeira respiração:
o Parto vaginal auxilia na expulsão do liquido (compressão torácica);
o O start é o declínio da PaO2 e do PH, aumento da PaCO2 (causados por interrupção placentária,
redistribuição do débito, queda da temperatura corporal);
o Surfactante intensifica a aeração – diminui pressão exigida para abertura dos alvéolos;
o Com entrada do ar cai pressão hidrostática na vasculatura, aumentando o fluxo sanguíneos e
superfície vascular efetiva;
o Liquido remanescente, reabsorção linfática (deficiências na reabsorção);
o Pré-termos tem dificuldade de inicia-la, CRF é menor, com auto risco para hipóxia, hipercorbia
por consequência de atelectasias, e, shunts, hipoventilação e aprisionamento de ar são longos e
presentes;
22. ● Padrão respiratório:
o É dito respiração periódica;
o Caracterizado por respiração regular com episódios breves de apneia;
o Mais comuns em pré-termos (5-10 seg.), seguido de explosão de movimentos respiratórios (50-
60 /min por 10 -15 seg.);
o Raramente causam alteração da cor ou FC;
o Ocorre até 36 semanas de Idade pós-concepcional (IGN mais IpósN);
o Não há significados prognósticos;
23. APNEIA
● Primeiramente reconhecer alguns sinais e sintomas (cianose, gemência, batimentos nasais, tiragem
taquipneia, redução do murmúrio vesicular com estertores e/ou roncos, palidez e apneia);
● Há uma variedade de lesões (foto) causadoras de distúrbios respiratórios;
● Qualquer sinal deve ser investigado e definido diagnostico;
● Conduta visa garantir redução das lesões, melhorar prognóstico, diminuindo complicações de curto
e longo prazo;
● A apneia é comum RN pré-termo;
● Consequência da prematuridade ou doença associada;
● Preocupante , avaliação diagnostica imediata;
● Saber diferenciar da respiração periódica;
24. ● É presente em um conjunto de doenças (foto);
● Consequência ao centro controle respiratório no SNC, distúrbios na liberação de O2 para os tecidos
ou defeitos de ventilação;
● Quando não é identificado causa – apneia idiopática da prematuridade:
o Obstrutiva (ausência de fluxo, persistência de movimentos respiratórios);
o Central (ambos ausentes)
o Mista (evolução)
o Frequência de apneia é inversamente proporcional à IG;
o 50-75% casos são da forma mista;
o Resposta paradoxal – imaturidade do centro respiratório;
25. ● Manifestações clínicas:
o Imediatamente ao nascimento é patológico;
o 2° a 7° dia – apneia idiopática;
o Em pré-termo, apneia grave, é interrupção por mais de 20 seg., ou de qualquer duração quando
acompanhado de cianose e bradicardia;
o Bradicardia relaciona-se com a gravidade da hipóxia;
o Ela segue a apneia por 1-2 seg.;
26. ● Tratamento:
o Conduta imediata e monitores cardiorrespiratórios (UTI);
o Casos leves e intermitentes: estimulação gentil;
o Recorrente e prolongada: aspiração; alteração de decúbito; ventilação com máscara e
bolsa (imediatamente); oxigênio administrado criteriosamente;
o Recorrente da prematuridade: teofilina, cafína, doxapram;
o Para anêmicos: transfusões de concentrado de hemácias;
o DRGE: tem relação com apneia, entretanto, não há relatado que tem redução com
medicação anti-refluxo;
o Apneia obstrutiva mista é eficaz: Pressão positiva das vias aéreas por via nasal (2-5 cm de
H2O) e cânula nasal de alto fluxo umidificado (1-2,5 / min)
27. ● Prognóstico:
o Se leve, recorrente ou refratária ao tratamento não interfere;
o Condições associadas (foto) são determinantes;
o Apneia da prematuridade geralmente vai até a 36° semana da IPC;