Este documento fornece referências de níveis de HCG na gravidez por semana gestacional, classificação e incidência de abortamentos, sinais e sintomas de diferentes tipos de abortamento, além de tratamentos como misoprostol.
3. Referências de HCG na Gravidez
∗ 1ª semana : 10- 30 mUI/Ml
∗ 2ª semana : 30- 100 mUI/mL
∗ 3ª semana : 100- 1000 mUI/mL
∗ 4ª semana : 1000- 10000 mUI/mL
∗ 2º e 3º mês : 30000-100000 mUI/mL
∗ 2º trimestre: 10000- 30000 mUI/mL
∗ 3º trimestre: 5000- 15000 mUI/mL
∗ Obs: >30,0mUI/mL sugestivo de gravidez. Outras con
dições clinicas podem apresentar valores elevados. Uso
de Pregnyl pode levar resultado falso positivo
4.
5.
6. O abortamento é a expulsão do concepto antes de sua vitabilidade, o que
corresponde a interrupção da gestação antes das 20-22 semanas, e/ou
pesando menos de 500 gramas
∗ Incidência: A incidência de abortamentos clínicos oscila entre 12 a
15% das gestações.
∗ Classificação:
-Tipos:
Precoce: Menos de 12 sem.
Tardio: 12-20 sem.
Abortamento:
7. SANGRAMENTO DOR T.V./O.C.I. AFU CD.
AMEAÇA Até Moderado Variável Fechado = I.G. • USG/BCF
• REPOUSO
• PROGESTERONA
INEVITÁVEL/
INCOMPLET
O
Moderado c/
coágulos
Rítmica
D.U. +
Aberto > I.G. • INTERNAMENTO
• USG
• ESVAZIAMENTO
UTERINO
RETIDO Ausente ( -- ) Entreaberto < I.G. • USG PARA AVALIAR
RESTOS
INFECTADO • Com Odor
fétido
• Temperatura
Forte Entreaberto
(DOLOROSO)
• INTERNAMENTO
• USG
• ATB/ESVAZIAMENTO
UTERINO
HABITUAL (3 OU +). Primário ou Secundário. • CLAS. SANGUINEA
• VDRL
• CERCLAGEM ANTES
DA 13ª SEM
PREVISTO
EM LEI
B.O ou NOTIFICÃO • DILATAÇÃO
• CURETAGEM
• AMIU
8. a) 800mcg em dose única a cada 24 horas, nos casos em que
a mulher optar por esperar o aborto no seu domicílio;
b) 400mcg de 12 em 12 horas;
c) 200mcg de 6 em 6 horas.
MISIPROSTOL
9. É conceituada como a gestação que ocorre fora da cavidade uterina
∗ Incidência: è observada em cerca de 17 para 1000 gestações.
∗ Fatores de risco: do nº de DST, doença inflamatória pélvica, perdas
gestacionais recidivantes, anomalias tubárias e uso de reprodução assistida .
∗ Classificação: É classificada de acordo com a localização, a mais freqüente é
na trompa (98%). Pode ser localizado na trompa, abdome, ovário e cérvix.
Prenhez Ectópica
12. ∗ Diagnostico: Os sintomas são clássicos:
∗ Atraso menstrual,
∗ Dor abdominal,
∗ Choque,sangramentos irregulares, anemia, útero menor que o esperado
para a IG, Sinal de abdome agudo;
∗ ESCAPULALGIA (sinal de lanffont) ,
∗ DOR NA MOBILIZAÇÃO CERVICAL( sinal de proust) . bhcg e USG
∗ A interrupção geralmente acontece entre 6 e 12 semanas.
∗ Tratamento: tratamento clínico ou até uma laparotomia exploradora
Prenhez Ectópica
13. Incompetência istmo-cervical
∗ CAUSAS:
∗ Doenças crônicas maternas: lupus eritematoso sistêmico,
hipertensão, hipotireoidismo etc.
∗ - Doenças infecciosas: rubéola, hepatites, varicela, pneumonia,
pielonefrite etc.
∗ LESÕES TRAUMÁTICAS NO COLO.
14.
15. É a separação intempestiva e prematura da placenta após 22 semanas de
gestação, podendo ser total ou parcial.
∗ Incidência: Ocorre cerca de 0,4 a 3,5% das gestações.
∗ Etiologia: É obscura pode ser por causas externas (como traumas,
versão do útero), como por causas internas (polidrâminio, cordão
curto, pré-eclampsia).
∗ Quadro clinico:
Hemorragia interna e externa, hemoâminio, dolorosa estado geral
comprometido, PA variável (alta ou baixa), hipertonia uterina
abaulamento uterino, dor intensa, ausculta fetal alterada.
Descolamento Prematuro da
Placenta:
17. ∗ Diagnóstico: È realizado pela anamnese, exame físico e obstétrico.
∗ Conduta:A hospitalização deve ser realizada imediatamente após o
diagnóstico.
-Propedêutica de urgência em casos graves
-Propedêutica laboratorial (hematimetria, coagulograma, função renal e
hepática)
-A interrupção da gestação é mandatória após estabilização do quadro
clínico.
∗ Via de parto:
Cesariana- via principal de escolha , em fetos vivos e viáveis.
Normal- é indicado se há comprovação do óbito fetal , e quadro materno
estável
Descolamento Prematuro da
Placenta
18. È a implantação da placenta no segmento inferior do útero, parcial ou
total.
∗ Incidência:0,3 a 1,2% das gestações. Encontra-se com maior
freqüência nas multíparas.
∗ Etiologia: É desconhecida, porém possuem alguns fatores de risco:
-endométrio deficiente,
-processos inflamatórios,
-curetagem, multicesáreas e multiparidade.
Placenta Prévia
19. ∗ Quadro clínico: Hemorragia indolor no terceiro trimestre da
gestação, anemia e choque.
∗ Diagnostico: Anamnese, exame físico e obstétrico, observar
hemorragia indolor, realizar USG. Na vigência de sangramento
indolor não realizar TV.
∗ Tratamento/Conduta: internar a gestante, e esta conduta
devera ser mantida até o momento do parto. A paciente devera
seguir repouso absoluto, monitorização dos níveis
hematimetricos, USG seriadas e avaliação fetal diária.
Placenta Prévia
20. Placenta Prévia
∗ Classificação:
-Placenta Marginal-lateral
próximo ao OCI
-Placenta Parcial- lateral ocluindo
parcialmente o OCI
-Placenta Total- ocluindo
totalmente o OCI.
21. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE
PLACENTA PRÉVIA E O DESCOLAMENTO
PREMATURO DE PLACENTA
Placenta Prévia Descolamento Prematuro de Placenta
Placenta anormalmente inserida Placenta normalmente inserida
Sangramento vaginal O sangramento pode ser oculto
Indolor Doloroso
Abdome depreciável exceto durante as
contrações
Abdome em tábua e doloroso
Possível a palpação dos contornos
fetais
Impossível a palpação dos contornos
fetais
Provas de coagulação dentro dos
limites da anormalidade
A hipofibrinogenopenia é comum
23. ∗ A ruptura uterina é uma das complicações mais temíveis, que
podem surgir numa gravidez e que pode determinar na morte
do filho e da mãe.
∗ Embora esta não seja uma ocorrência comum, é grave!
∗ Principais causas:
∗ Multiparidade, oligoâmnio, medicamentalização do parto,
compressão uterina, e outros.
Rotura Uterina
24. ∗ Conceito: rotura completa ou incompleta da parede
uterina
∗ Ocorre sobretudo após 28 semanas de gestação e
durante o trabalho de parto
∗ Precedido, na maioria das vezes, por quadro de
iminência de rotura uterina
∗ Complicação obstétrica de extrema gravidade
Rotura Uterina
25. É o do volume de LA
∗ Incidência: 0.5 a 3.0%, mais freqüente no 3º trimestre da gestação
∗ Etiologia:Esta associada ao diabetes gestacional. e algumas mal formações do
sistema nervoso central.
∗ Classificação: pode ser leve, moderado ou grave.
∗ Diagnostico: o volume uterino é ↑ do que a IG, dificuldade respiratória ,
taquicardia, edema em MMII e dificuldade de deambulação. Deve ser
realizado USG para avaliar o ILA.
Polidrâminio:
26. ∗ Complicações:
*Maternas- Parto prematuro, aminiorrexe prematura e hipotonia.
*Fetais- Prolapso de cordão, prematuridade, mal formação e mortalidade
perinatal.
∗ Tratamento:
É etiológico,podendo ter um seguimento ambulatorial, ou internamento para
aminiocentese de alívio e conduta de antecipação do Parto.
Polidrâminio:
27. Consiste na redução de liquido amniótico. O volume de liquido amniótico varia
de acordo com a IG, por isso é necessária a definição desta para o correto
diagnóstico.
∗ Incidência:0,4 a 5,0% das gestações.
∗ Etiologia: observamos como causa a insuficiência placentária, hipertensão
arterial crônica, CIUR e pós datismo. A causa fetal mais evidente é de
anomalia do aparelho urinário .
∗ Diagnostico: É observada a não evolução da AFU, útero sensível a palpação,
fácil detectação de partes fetais e USG mostrando diminuição de LA.
Oligoâminio
28. ∗ Tratamento:
- Depende da Ig no momento do diagnostico
- Índice de LA
- Origem do oligoâminio
- Associação com as complicações obstétricas.
Oligoâminio
29. ∗ Incidência/ importância: 10% das gestações
Causa importante de morbimortalidade materna e perinatal.
Primeira causa de morte materna no Brasil (35% dos óbitos).
∗ É dita gestacional se identificada após 20 sem.
∗ Transitória se até 12 sem pós parto
∗ Hipertensão = pressão arterial sistólica (PAS) de 140 mmHg ou superior e/ou
pressão arterial diastólica (PAD) de 90 mmHg ou superior.
∗ Proteinúria - a partir de 300 mg na urina de 24 h ou 1+ ou mais em exame de fita.
Idealmente deve ser realizado o exame das 24 horas.
∗ Edema– retirado da classificação.
Hipertensão X Gestação
30.
31. ∗ Pré-eclâmpsia leve – ausência dos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia
grave em paciente com critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia. Geralmente
está presente hiperuricemia (ácido úrico > 6mg%).
∗ Pré-eclâmpsia grave:
-PAS > 160 e/ou PAD > 110
-Proteinúria igual ou superior a 2g/ 24 horas ou 2+ ou mais na fita
-Manifestações visuais e cerebrais
-Sinais e sintomas de iminência de eclampsia
Hipertensão X Gestação
32. ∗ Iminência de eclâmpsia:
-Manifestações visuais e/ou cerebrais persistentes
-Dor em hipocôndrio direito e/ou epigastralgia
-Exaltação dos reflexos tendinosos
∗ Eclâmpsia:
-Ocorrência de convulsões não atribuídas a outras causas./crise convulsiva =
tônico-clônica, generalizada;
-Complicações: hemorragia cerebral, pneumonia aspirativa, EAP, coagulopatia e
acidose , HELP .
Hipertensão X Gestação
33. ∗ Monitorização:
-FR – suspender < 14-16 IRPM
-Reflexos patelares – suspender se reflexos ausentes
-Diurese– deve ser suspenso na presença de oligúria (<25 ml/hora)
-Gluconato de cálcio 10%.
Hipertensão X Gestação
34.
35.
36. Tratamento M.S. 2012
ESQUEMA PARA USO DO SULFATO DE MAGNÉSIO
Deve-se estar atento para as diferentes concentrações das apresentações
existentes no mercado:
MgSO4.7H2O a 50%: uma amp = 10 ml = 5 g
MgSO4.7H2O a 20%: uma amp = 10 ml = 2 g
MgSO4.7H2O a 10%: uma amp = 10 ml = 1 g
37. ∗ Tratamento: O único tratamento efetivo da pré-eclâmpsia/ eclâmpsia,
determinando a “cura” , é o parto. Todas as outras modalidades
terapêuticas destinam-se a manter estável o quadro clínico materno e
vigiar a vitalidade fetal.
∗ Conduta na PEG(urgência)
-Profilaxia da crise convulsiva (Mgso4)
-Trat. emergência hipertensiva: hidralazina IV
-Avaliação da gestante e do feto.
-Conduta ativa ou conservadora .
Hipertensão X Gestação
38. ∗ É quadro clínico caracterizado por hemólise
∗ (H = "hemolysis")
∗ (EL = "elevated liver functions tests")
∗ (LP = “low platelets count").
∗ H-- hemólise hemólise
∗ EL-- aumento de enzimas hepáticas aumento de enzimas
hepáticas
∗ LP-- plaquetopenia
Síndrome HELLP
39. É quadro clínico caracterizado por hemólise (H = "hemolysis") elevação de
enzimas hepáticas (EL = "elevated liver functions tests") e plaquetopenia (LP =
low platelets count").
DIAGNÓSTICO
∗ A hemólise é caracterizada pela elevação de bilirrubinas e da desidrogenase
lática,.
∗ As transaminases hepáticas séricas encontram-se com valores maiores que 70
UI/litro
∗ A trombocitopenia é grave e em níveis menores que 100.000 plaquetas/mm3.
∗ A síndrome HELLP associa-se freqüentemente com outras complicações, como
edema agudo de pulmão, coagulação intravascular disseminada (CIVD),
rotura hepática e morte materna.
Síndrome HELLP
40. ∗ Interrupção da Gestação ( Após estabilização Materna)
∗ UTI( materna e neonatal)
∗ Hidralazina
∗ MgSO4
∗ Hemotransfusão S/N
Síndrome HELLP
41. ∗ Diagnostico:
∗ A época ideal para se iniciar o rastreamento de diabetes na
gestação nas pacientes pré- dispostas é o início da gestação, já
nas pacientes “normais” o ideal seria entre 24-28 semanas
de gestação .
∗ Definida como a intolerância aos carboidratos, diagnosticada
pela primeira vez durante a gestação.
Diabetes Gestacional
42. ∗ Incidência: O binômio gestação/diabetes incide em aproximadamente 5%
das gestações.
∗ Fisiopatologia:
Secreção de hormônios hiperglicemiantes pela placenta.
Pacientes com reservas pancreáticas , ou com resistência à insulina, funciona
como “estress” levando a um estado latente de intolerância aos
carboidratos.
Diabetes Gestacional